(Mc 7, 1-7_ 14-15_ 21-23) - Paróquia

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LOUVAR A DEUS NÃO SÓ COM OS LÁBIOS (Mc 7, 1-7. 14-15. 21-23).
Côn. Ivanir Leonardi
Felizmente, ao lado de uma maioria, que participa das celebrações religiosas
de uma maneira apenas social, separando a vida da fé e a fé da vida, há e
sempre houve, aqueles que procuram entre avanços e retrocessos,
altos e baixos, viverem uma vida de busca de um ideal maior.
Existem pessoas, que felizmente, colocam em segundo plano a tentação do
prazer sem compromisso, a busca do acúmulo de bens materiais, e fogem de
uma religiosidade de aparência e faz de conta.
Também não faltam os que pensam, que para limpar a sujeira do mal, basta
uma boa higiene do corpo. Quando este apenas obedeceu ao comando de
nossa mente e, portanto é ela que deve ser limpa pelo
arrependimento sincero. Não são as nossas mãos, pés, olhos, os
responsáveis pelo pecado, mas o livre arbítrio, mal utilizado pela
sedução das tentações, que nos levam a agir contra o amor e a
favor de nosso orgulho, a causa primeira de todo pecado.
Os judeus davam ao ritual de banhos e lavagem das mãos e pés, um certo
poder mágico, que de fato eles não têm. É óbvio que precisamos seguir
regras de higiene, pois tocamos em coisas altamente contaminadas por
inúmeros vírus e bactérias, desconhecidos na sociedade antiga.
Lavar bem as mãos e os utensílios para alimentar-se é um coadjuvante para
uma vida saudável, que só acontecerá, se a mente também estiver
limpa da sujeira da maldade e do pecado.
Jesus, citando o profeta Isaias destaca que: “Este povo me louva com
os lábios, mas o seu coração está longe de mim... o culto que me
prestam são doutrinas e preceitos humanos” (Mc, 7, 6-7).
Sabemos que o nosso corpo pode ser atacado por agentes exteriores, mas
quanto ao espírito, o que o torna impuro não é tanto aquilo que
vem de fora, mas o que sai do seu interior (Mc 7, 15).
É do coração, isto é, da mente, que nasce todo o pecado. Sempre antes de
fazer o mal, as pessoas pensam nele, portanto para vencê-lo é preciso
mudar os pensamentos. Imoralidades, roubos, assassinatos, adultérios,
ambição desmedida, maldades, fraudes, devassidão, calúnia, inveja, orgulho e
falta de juízo, são elementos que levam o corpo a pecar (Mc 7, 21-23).
Os pecados são os mesmos de ontem, hoje e sempre, apenas
revestidos ou disfarçados com nova roupagem. Para vencê-los e não deixarmos
que eles escravizem a nossa vida é preciso olhar para valores maiores,
buscarmos não apenas os prazeres, satisfações imediatas e
ocupar-se, pois uma pessoa que vive na ociosidade, sempre acaba
encontrando algo negativo para fazer.
A sintonia constante com Deus, como uma necessidade
essencial para nossa vida, nos ajudará a obter as graças para
vencer o mal, e evitar que ele nos domine.
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