GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BOLETIM SEMESTRAL DO OBSERVATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Belo Horizonte Junho 2012 1. INTRODUÇÃO 3 2. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO 3 POPULAÇÃO ATENDIDA POPULAÇÃO ATENDIDA POPULAÇÃO ATENDIDA TRATAMENTO RESÍDUOS SÓLIDOS DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DRENAGEM PLUVIAL URBANA CONSIDERAÇÕES FINAIS RENDA E TAXAS DE CRESCIMENTO NO ESTADO 4 5 6 7 8 8 8 9 9 3. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 13 BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA GASTAM MAIS COM ALIMENTAÇÃO E VESTUÁRIO ALIMENTAÇÃO EDUCAÇÃO E TRABALHO 13 13 14 4. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA) 15 EVOLUÇÃO DA POBREZA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS 15 5. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO (PNAD) 18 6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) 20 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 2|Página 1. INTRODUÇÃO O Observatório de Desenvolvimento Social vem por meio desse relatório, apresentar os principais e mais recentes dados de instituições ligadas ao desenvolvimento social do país e do estado. Foram levantadas informações de instituições como: Fundação João Pinheiro, Censo 2010, PNAD 2009, IPEA 2011 e MDS. O objetivo da apresentação deste Boletim é exibir as desproteções/privações sociais encontradas no estado de Minas Gerais a partir das instituições anteriormente referenciadas. Além disso, o Boletim também tem como meta informar aos leitores das pesquisas que vêm sendo realizadas em nosso estado, na esperança de auxiliar a construção do conhecimento, formulação de pesquisas e desenvolvimento de metodologias de análise de dados. 2. Fundação João Pinheiro A Fundação João Pinheiro (FJP) possui diversos tipos de informações e dados sobre a realidade do estado de Minas Gerais. Dentre esses dados destacamos aqueles que possuem ligação com o desenvolvimento social do estado. O Sistema Estadual de Informação sobre Saneamento (SEIS), por exemplo, foi concebido em cinco dimensões, uma para cada área do saneamento: abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem pluvial urbana, além de uma dimensão específica para a gestão municipal em saneamento básico. A FJP apresenta os principais resultados sobre os serviços de saneamento, elaborados a partir das informações primárias do Sistema Estadual de Informações de Saneamento. O levantamento das informações sobre a gestão municipal em saneamento permite caracterizar a importância política e técnica que o tema representa para o município. A gestão desses serviços é ainda incipiente nos municípios do estado de 3|Página Minas Gerais, devido à ausência de sistematização das informações, carência de instrumentos de planejamento e gestão e descumprimento da legislação. Gráfico 1 – Instrumentos reguladores dos serviços de saneamento, Minas Gerais 2011 Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social – SEDESE, SEIS 2011 – Fundação João Pinheiro População atendida Em todos os 853 municípios do estado de Minas Gerais há rede de abastecimento de água, mas isso não significa que toda a população residente em Minas Gerais, em 2009, tinha acesso ao serviço. Em 2009, praticamente 80% da população tinha acesso aos serviços de abastecimento de água, mas esse acesso é diferenciado segundo a região de planejamento, o local de residência (sedes x distritos) e o tamanho do município. 4|Página Tabela 1 – Abastecimento de Água: População Atendida, Minas Gerais - 2009 Região de Planejamento População atendida (%) Alto Paranaíba 79,54 Central 79,86 Centro Oeste de Minas 83,29 Jequitinhonha/ Mucuri 61,42 Mata 70,36 Noroeste 66,24 Norte 68,33 Rio Doce 73,51 Sul 76,69 Triângulo 87,61 RMBH 93,91 Minas Gerais 79,97 Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social – SEDESE, SEIS 2011 – Fundação João Pinheiro População atendida Sedes Municipais: 83,2% Distritos: 64,4% População atendida, segundo o tamanho do município População <20 mil habitantes: 65% Entre 20 e 50 mil habitantes: 81,6% Entre 50 e 100 mil habitantes: 90,8% Mais de 100 mil habitantes: 94,13% População atendida em Belo Horizonte: 98,8% Os maiores déficits no abastecimento de água, em Minas Gerais, estão nas sedes municipais dos municípios de pequeno porte (menos de 20 mil habitantes) e nos distritos. Em Minas Gerais, em 2009, em 768 sedes municipais e 332 distritos havia rede de esgotamento sanitário. Em 85 sedes municipais e 109 distritos não 5|Página havia rede de esgoto. O sistema não conseguiu informações sobre esgotamento sanitário para 339 distritos. Em 2009, 68,23% da população era atendida pela rede de esgotamento sanitário, mas esse acesso é diferenciado segundo a região de planejamento, o local de residência (sedes x distritos) e o tamanho do município. Tabela 2 – Esgotamento Sanitário: População Atendida, Minas Gerais - 2009 Região de Planejamento População atendida (%) Alto Paranaíba 77,19 Central 60,74 Centro Oeste de Minas 72,11 Jequitinhonha/ Mucuri 42,21 Mata 62,16 Noroeste 48,99 Norte 31,57 Rio Doce 66,97 Sul 71,77 Triângulo 86,15 RMBH 81,65 Minas Gerais 68,23 Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social – SEDESE, SEIS 2011 – Fundação João Pinheiro População atendida Sedes Municipais: 71,02% Distritos: Não foi estimada devido ao elevado número de distritos para os quais o sistema não obteve informações População atendida, segundo o tamanho do município População <20 mil habitantes: 47,8% Entre 20 e 50 mil habitantes: 61,4% Entre 50 e 100 mil habitantes: 72,5% Mais de 100 mil habitantes: 90,1% População atendida em Belo Horizonte: 96% 6|Página Ressalta-se que esse indicador mede, apenas, o acesso da população à rede geral; não mede a qualidade do serviço que é oferecido à população, nem a adoção de soluções alternativas, como fossa séptica, para escoamento das águas residuárias. De qualquer forma, esses resultados permitem inferir que os maiores déficits no sistema de esgotamento sanitário, em Minas Gerais, concentram-se nas sedes municipais dos municípios de pequeno porte (menos de 20 mil habitantes) e nos distritos. Tratamento Levando-se em consideração as sedes municipais que declararam possuir rede de esgoto no estado de Minas Gerais, 40,89% não possuem estação de tratamento de esgoto (ETE). Se consideramos que apenas 24,48% das sedes possuíam ETE em operação, pode-se dizer que em Minas Gerais 75,52% das sedes não há tratamento de esgoto, excetuando-se, é claro, as sedes que exportam esgoto para tratamento em outro município e/ou distrito. Um aspecto positivo, que merece ser destacado, é o número relativamente alto de municípios com ETE’s planejadas e/ou projetadas e /ou em construção. Tabela 3 – Percentual de municípios com ETE’s, nas sedes municipais, segundo a situação e a região de planejamento, Minas Gerais - 2009 Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social – SEDESE, SEIS 2011 – Fundação João Pinheiro 7|Página Resíduos Sólidos O questionário específico sobre o manejo, coleta e destinação final de resíduos contém questões referentes a: investimentos; responsabilidade social e ambiental; características do sistema de coleta e destinação final. Destinação final dos resíduos sólidos urbanos A principal destinação final do lixo coletado é o aterro controlado. Em apenas 12% dos municípios, o aterro sanitário foi declarado como principal destinação final. Tabela 4 – Destinação final do lixo coletado nos municípios de Minas Gerais - 2009 Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social – SEDESE, SEIS 2011 – Fundação João Pinheiro Drenagem Pluvial Urbana O questionário específico sobre drenagem pluvial urbana contém questões referentes a: responsabilidade social e ambiental; características operacionais do sistema de drenagem; características da rede de drenagem de águas pluviais; características da manutenção do sistema e características do sistema de drenagem dos municípios. Especificamente no caso da drenagem pluvial, é importante enfatizar a dificuldade em se estabelecer um índice de cobertura na prestação deste serviço. As variáveis para uma aproximação desse valor dependem das características naturais de cada localidade, do processo de urbanização e de como as medidas 8|Página adotadas se apresentam suficientes, ou não, para a devida operacionalização do sistema de manejo das águas pluviais. Foram considerados possuidores de sistema de drenagem aqueles municípios que informaram pelo menos uma dentre as seguintes variáveis: extensão total da rede de drenagem (em km); extensão da rede subterrânea de drenagem (em km); utiliza a “boca de lobo/boca de leão” como um tipo de captação das águas pluviais; utiliza a “caixa com grelha na sarjeta” como um tipo de captação das águas pluviais; utiliza “vala/canaleta/sarjeta” como um tipo de captação das águas pluviais; utiliza “outro” tipo de captação das águas pluviais. Em Minas Gerais, em 2009, 94,77% das sedes municipais e 73% dos distritos possuíam sistema de drenagem pluvial urbana, dentre as 842 sedes municipais e 600 distritos que responderam o questionário específico sobre drenagem pluvial urbana. Considerações Finais As informações apresentadas se referem às principais questões relacionadas aos serviços de saneamento básico. Este Sistema é uma iniciativa pioneira em Minas Gerais e no Brasil, mas ainda há muito para ser feito e revisto. O biênio 2008-2009 é apenas o ‘marco zero’. Pretende-se coletar, no próximo ano, informações sobre os serviços de saneamento para o biênio 2010-2011. Renda e taxas de crescimento no estado Outra informação relevante elaborada pela FJP e disponível pelo Censo 2010, foi a respeito da renda per capita total e das taxas de crescimento do estado de Minas Gerais em comparação com outros estados do país. A comparação do crescimento e da renda foi feita no ano de 2000 e 2010, no qual Minas Gerais permaneceu em 11ª posição em ambos os anos. Está disponível também no site a relação dos municípios do estado separados por regionais de planejamento. 9|Página Em relação ao Brasil como todo, Minas Gerais apresentou renda per capita abaixo da média do país, que foi de R$ 830,85 em 2010. 10 | P á g i n a 11 | P á g i n a Tabela 5 - Renda per capita total e taxas anuais de crescimento, Brasil e unidades da federação - 2000 e 2010 Renda per capita Taxas de crescimento anual UF 2010 (R$ de agosto/2011) Brasil Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins Posição em 2010 830,85 611,71 481,54 689,99 620,88 535,69 492,36 1774,39 823,70 802,21 404,99 773,79 808,46 773,41 492,76 505,69 876,69 550,59 447,17 1074,36 580,49 971,59 676,01 721,55 985,19 1079,58 562,07 642,14 17 25 13 16 21 24 1 7 9 27 10 8 11 23 22 6 20 26 3 18 5 14 12 4 2 19 15 2000 (R$ de agosto/2011) 580,23 352,73 273,12 412,65 339,50 312,70 305,00 1181,81 565,31 558,22 215,45 562,32 561,15 539,86 329,10 293,24 627,37 358,72 251,86 808,05 343,97 698,34 456,48 453,84 680,73 864,14 319,17 336,92 Posição em 2000 Taxa de crescimento 2000-2010 (%aa) Posição 2000-2010 Taxa de crescimento 1991-2000 (%aa) Posição 1991-2000 16 25 14 18 22 23 1 7 10 27 8 9 11 20 24 6 15 26 3 17 4 12 13 5 2 21 19 3,66 5,66 5,83 5,28 6,22 5,53 4,91 4,15 3,84 3,69 6,51 3,24 3,72 3,66 4,12 5,60 3,40 4,38 5,91 2,89 5,37 3,36 4,00 4,75 3,77 2,25 5,82 6,66 7 5 11 3 9 12 15 18 21 2 25 20 22 16 8 23 14 4 26 10 24 17 13 19 27 6 1 2,88 2,50 2,80 1,16 -0,39 3,29 3,58 2,80 4,51 3,39 3,58 3,86 2,89 4,04 4,50 3,98 1,96 2,96 4,46 3,19 3,88 3,55 4,18 -0,90 4,62 1,62 2,81 3,56 22 20 25 26 15 11 21 2 14 10 9 18 6 23 3 7 17 4 16 8 13 5 27 1 24 19 12 Fonte: IBGE, Censo 2000 e Sinopse dos Resultados do Censo 2010. Elaboração: Fundação João Pinheiro Nota: A renda de 2000 foi corrigida pelo INPC acumulado do período (fator de correção = 1,95209) 12 | P á g i n a 3. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL e UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Beneficiários do Bolsa Família gastam mais com alimentação e vestuário Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que os beneficiários do Programa Bolsa Família estão gastando mais com alimentação, educação e vestuário infantil. O estudo, encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), avaliou o impacto do programa nas despesas com saúde, educação, transportes, vestuário, além da frequência e evasão escolar, a taxa de ocupação e o poder de barganha das mulheres nas decisões domésticas. Foram analisados 15 mil domicílios de 269 municípios do País. A pesquisa procura avaliar o que aconteceria com essas famílias, caso elas não recebessem o benefício, explica o professor de demografia da UFMG, Eduardo Rios-Neto, um dos coordenadores do estudo. Alimentação Os resultados mostram que as famílias em situação de extrema pobreza com renda per capita de até R$ 50 gastam com alimentação R$ 388,22/ano a mais que aquelas não incluídas no programa, um ganho de 35%. Já na região Norte/Centro-Oeste essa diferença é de R$ 588,01. Nos domicílios em situação de pobreza (renda per capita de até R$ 100) os gastos com alimentos superam em R$ 278,12 por ano em comparação com os não beneficiários do Bolsa Família. No Nordeste, as despesas anuais com alimentação nessa mesma faixa de renda aumentaram R$ 322,12 em favor dos que recebem o benefício. Quanto mais pobre a família maior o impacto do programa, atesta a professora de economia da UFMG, Ana Maria Hermeto, outra coordenadora da pesquisa. 13 | P á g i n a Outro resultado significativo diz respeito aos gastos com vestuário infantil. Houve diferença de R$ 31,94 nas despesas anuais em domicílios com renda de até R$ 50 por pessoa. Nas regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste as famílias gastaram mais R$ 25,54 e R$ 25,23 que aquelas não beneficiárias do Bolsa Família. Educação e Trabalho O estudo indica que a frequência escolar entre crianças pobres de 7 a 14 anos atendidas pelo programa é 3,6 pontos percentuais superior em comparação com as que não recebem o benefício. Na região Nordeste essa diferença é ainda maior: 7,1 pontos percentuais. A evasão escolar é também menor no caso dos beneficiários do Bolsa Família. Nas famílias pobres, a evasão é de 1,8 ponto percentual menor em relação aos lares não incluídos no programa. Foi constatado ainda que a ocupação dos adultos atendidos pelo programa é maior em comparação com os não beneficiários. Nas famílias em situação de extrema pobreza a taxa de ocupação verificada é 3,1 pontos percentuais superior e nos domicílios pobres essa diferença é de 2,6 pontos percentuais. Conforme a secretária de Renda de Cidadania do MDS, Rosani Cunha, além do aumento das frequências e da diminuição da evasão escolar é importante que haja uma preocupação com o ganho na qualidade da educação dessas crianças atendidas pelo Bolsa Família. Para tanto, o governo está elaborando uma integração com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para melhorar a qualidade do ensino oferecido a esses estudantes. Esta é uma das mais importantes pesquisas já realizada no Brasil de avaliação de impacto de um programa governamental, comenta o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Rômulo Paes. O estudo foi realizado em novembro de 2005, época em que o programa beneficiava 8,7 milhões de famílias. Hoje o Bolsa Família atende a 11 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros. A pesquisa será repetida a cada dois 14 | P á g i n a anos para se ter uma avaliação cada vez mais completa e fidedigna do impacto do programa nas famílias beneficiárias. 4. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA) O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é uma pesquisa domiciliar com a finalidade de conhecer as percepções da população brasileira sobre os bens e serviços públicos. Até a realização da última rodada, o sistema pesquisou áreas como trabalho, educação, cultura, saúde, justiça, segurança pública, igualdade de gênero, bancos e mobilidade urbana. A quarta rodada, realizada este ano, incluiu o questionário da área de Assistência Social. Diferentemente dos questionários anteriores, a pesquisa na área de assistência não buscou conhecer a percepção sobre seus serviços, mas sim aferir a percepção da população sobre o problema da pobreza. Os dados foram coletados no período de 08 a 29 de agosto de 2011. Evolução da pobreza nos últimos cinco anos Quando pesquisada a percepção da população sobre a evolução da pobreza no Brasil nos últimos cinco anos, de modo geral, a percepção de 41,4% da população brasileira é que a pobreza diminuiu. Para 28,1%, não houve mudanças e 29,7% acredita que a pobreza piorou. A pesquisa também revelou que a percepção de queda da pobreza é mais forte para as populações do Nordeste (48,5%) e Norte (46,7%), já para a população do Sul essa foi de 36,1%. 15 | P á g i n a Gráfico 2 - Percepção sobre a Evolução da pobreza, Brasil (%) 45 40 41,4 35 30 29,7 28,1 25 Diminuiu 20 Ficou igual 15 Aumentou 10 5 0 Diminuiu Ficou igual Aumentou Fonte: Pesquisa SIPS – Ipea 2011 Gráfico 3 - Percepção sobre a Evolução da pobreza, Brasil por regiões (%) 50 45 40 49 47 44 37 35 % 30 25 31 29 26 20 30 36 38 31 31 26 23 20 15 10 5 0 Centro-Oeste Nordeste Diminuiu Norte Ficou igual Sudeste Sul Aumentou Fonte: Pesquisa SIPS – Ipea 2011 16 | P á g i n a Gráfico 4 – Possíveis medidas para o Governo diminuir a pobreza da população 20 18 18,7 18,6 16 14 12 12,0 11,5 10 11,0 9,2 8 8,7 6 4 4,3 2 4,1 1,9 0 Aumentar o salário minimo Estimular empresas a contratar os pobres Apoiar pequenos agricultores Apoiar Promover Dar bolsas pequenos cursos de estudos negócios profissionalizantes para e rápidos estudantes Aumentar Aumentar vagas em valor do PBF cursos técnicos do EM Aumentar os benefícios do PBF Garantir moradia adequada ao pobre Fonte: Pesquisa SIPS – Ipea 2011 Diante das possíveis ações que o governo poderia tomar buscando a redução da pobreza, a percepção geral da população voltase, primordialmente, para iniciativas no mundo do trabalho (43,5% das menções) que envolvem: aumentar o valor do SM; estimular empresas a contratar pobres; apoiar pequenos agricultores; e apoiar pequenos negócios. A educação vem logo em seguida com 39,4% das menções e que envolve: promover cursos profissionalizantes; dar bolsas de estudos para estudantes; e aumentar vagas nos cursos 17 | P á g i n a técnicos. A habitação foi lembrada por 11% da população. E, por último, a transferências de renda, com 6,0%, principalmente com aumentar o valor do PBF e aumentar os beneficiários do programa. 5. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO (PNAD) A última PNAD realizada se deu no ano de 2009, e através de instituições como Universidades e da Fundação João Pinheiro, muitos estudo foram realizados com os dados disponíveis na página virtual do IBGE. Entre estes dados, cabe destacar aqui aqueles que surtem interesse para temas abordados na SEDESE. Entre os anos de 2001 e 2009, o número de indivíduos do estado que possuem 12 anos ou mais de estudo aumentou consideravelmente, enquanto o número de pessoas com menos anos de estudos diminuiu. Houve também um aumento nas três categorias de empregabilidade de 2001 a 2009, no qual o número de “empregados” sempre se mostra maior do que “empregadores” e “conta-própria”. 18 | P á g i n a Tabela 6 - Pessoas Ocupadas, segundo características - Estado de Minas Gerais - 2001-2009 Por posição na ocupação Anos Total de pessoas ocupadas Por anos de estudo menos 4 menos de 8 menos de 11 12 ou mais Empregadores contribuem para previdência Total Conta-própria Contribuem p/ previdência Total Empregados Total Com carteira 2001 8.415.901 2.026.684 4.855.153 6.155.385 750.343 385.242 236.258 1.632.641 298.995 6.393.863 3.205.547 2002 8.839.311 1.996.044 4.985.106 6.299.908 815.091 424.522 237.883 1.669.602 275.788 6.744.819 3.387.794 2003 8.951.717 1.916.997 4.864.611 6.272.788 896.988 426.830 245.846 1.725.875 290.800 6.798.626 3.475.041 2004 9.083.133 1.823.045 4.698.555 6.213.479 974.829 439.336 273.043 1.724.566 328.421 6.919.231 3.707.338 2005 9.531.838 1.855.395 4.838.614 6.421.072 1.011.110 428.859 266.737 1.858.141 373.344 7.244.838 3.911.567 2006 9.866.513 1.880.627 4.800.158 6.443.942 1.158.178 475.774 307.592 1.832.420 369.976 7.558.319 4.113.723 2007 9.811.837 1.679.510 4.484.695 6.284.827 1.257.624 403.370 239.616 1.867.304 378.488 7.541.163 4.302.527 2008 10.192.891 1.694.369 4.548.522 6.337.844 1.427.302 454.182 284.481 1.776.005 352.137 7.962.704 4.698.807 2009 10.400.809 1.682.816 4.578.714 6.308.818 1.539.261 488.394 310.215 1.877.335 385.205 8.035.080 4.651.888 Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2009 Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP) e Observatório de Desenvolvimento Social (*) Preços de 1º de agosto de 2009 19 | P á g i n a Na Tabela 7 foi feito um resumo dos principais indicadores da PNAD, no qual pode-se atentar para a situação do Estado de Minas Gerais entre 2001 e 2009. Tabela 7 - ÍNDICES E INDICADORES SELECIONADOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO; 40% mais ricos X 60% mais pobres* - Minas Gerais - Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008 2001-2004 INDICADORES / ÍNDICES Taxa de analfabetismo (%) 15 anos ou mais 18 a 24 anos 25 anos ou mais Taxa de analfabetismo funcional (%) 15 anos ou mais 18 a 24 anos 25 anos ou mais Taxa de analfabetismo fundamental (%) 18 anos ou mais 18 a 24 anos 25 anos ou mais Menos de 11 anos de estudo (%) 18 a 24 anos 25 anos ou mais Superior completo (%) 25 anos ou mais 100% 2005-2008 60% + pobres 40% + ricos 100% 60% + pobres 40% + ricos 10,9 2,3 14,1 14,8 3,3 19,9 5,6 0,5 7,0 9,2 1,5 11,6 12,0 2,2 15,9 5,9 0,5 7,2 25,0 8,3 31,2 32,5 12,1 41,8 14,7 2,1 18,2 21,6 4,9 26,7 27,4 7,1 35,2 15,0 1,9 18,1 57,9 33,5 64,0 72,0 45,2 79,5 39,7 14,1 45,0 51,3 23,1 57,3 64,0 33,0 71,5 37,6 9,3 42,8 60,1 75,2 73,8 89,4 37,4 57,8 51,4 70,1 65,9 84,4 31,4 55,5 6,4 0,8 13,2 7,8 1,4 14,3 Taxa líquida de frequência (%) Fundamental Médio Superior 95,6 44,3 9,2 95,2 35,5 2,3 96,8 67,3 20,6 95,2 52,1 12,9 94,9 44,7 4,3 96,3 69,7 24,9 Taxa bruta combinada de frequência (%) 80,9 77,1 90,5 85,6 81,3 96,6 555,34 195,31 1095,37 673,45 262,88 1289,31 73,5 72,4 75,1 74,5 73,4 76,1 0,808 0,584 0,790 0,410 0,834 0,697 0,825 0,616 0,807 0,459 0,852 0,725 0,863 0,550 0,825 0,443 0,931 0,704 0,891 0,610 0,857 0,511 0,949 0,738 0,752 0,647 0,675 0,548 0,821 0,745 0,777 0,684 0,708 0,592 0,842 0,771 Renda per capita (R$ de agosto/2009) Esperança de vida ao nascer (anos) IDHM-Longevidade IDHM-Renda IDHM-Educação c/analfabetismo (15 anos ou mais) c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) IDHM c/analfabetismo (15 anos ou mais) c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) Fo ntes: Instituto B rasileiro de Geo grafia e Estatística (IB GE), P esquisa Nacio nal po r A mo stra de Do micílio s (P NA D), M inas Gerais, 2001-2008 Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP) - Observatório de Desenvolvimento Social Nota: * segundo a renda familiar per capita . 6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) Recentemente publicado, os dados do Censo 2010 veem apresentando um novo panorama da realidade brasileira em relação a diversas variáveis de estudo. Em relação aos indivíduos com algum tipo de deficiência física ou mental, foram 20 | P á g i n a divulgadas informações que ajudam a traçar um perfil educacional e laboral dessas pessoas. Como mostra o Gráfico 5, a maior porcentagem de pessoas que declararam possuir algum tipo de deficiência não possuem instrução ou não completaram o ensino fundamental (66,7%), enquanto a minoria de 6% completaram o ensino superior. Gráfico 5 – Distribuição da população de 15 anos ou mais de idade, por existência de deficiência e nível de instrução, Minas Gerais - 2010 9,9 Superior completo 6,0 27,7 Médio completo e superior incompleto 14,6 20,9 Fundamental completo e médio incompleto 12,5 40,9 Sem instrução e fundamental incompleto 66,7 0 10 20 30 40 50 60 70 % Nenhuma deficiência Pelo menos uma deficiência Fonte: SEDESE – Observatório de Desenvolvimento Social, IBGE - Censo Demográfico 2010. A taxa de ocupação da população com deficiência ficou mais baixa em relação com indivíduos com nenhuma deficiência, com 20,8% e 31,2% respectivamente. Segundo as analises realizadas pelo Censo 2010, as pessoas com deficiência vem ocupando cada vez mais lugares dentro do mercado de trabalho. 21 | P á g i n a Gráfico 6 – Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por existência de pelo menos uma das deficiências investigadas e situação de ocupação na semana de referência – Minas Gerais 2010 80 79,2 70 68,8 60 Pelo menos uma deficiência % 50 40 31,2 30 20 Nenhuma deficiência 20,8 10 0 Ocupadas Não ocupadas Fonte: SEDESE – Observatório de Desenvolvimento Social, IBGE - Censo Demográfico 2010. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foram apresentadas nesse Boletim, informações consideradas válidas para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e suas demais Subsecretarias – Assistência Social, Direitos Humanos e Projetos Especiais de Proteção Social. Esperamos ter alcançado o objetivo proposto de facilitar o acesso a dados disponíveis por instituições acadêmicas e governamentais a fim de possibilitar o desenvolvimento de novas políticas e construção do conhecimento. O Observatório de Desenvolvimento Social encontra-se a disposição para esclarecimentos futuros ou dúvidas a respeito do material exposto. Equipe Observatório de Desenvolvimento Social Flávio Lúcio Pinto Danúbia Lacerda Gomes Letícia Vulcano de Andrada 22 | P á g i n a