Suplementação de vitamina D Utilidade na ICC Melhora o perfil de citocinas inflamatórias em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (1) Doutor, O objetivo deste Informe Científico é apresentar um estudo que apontou a eficácia da suplementação de vitamina D no tratamento da ICC. Segundo os resultados, após 9 meses de suplementação de vitamina D3 2000 UI + cálcio 500 mg ao dia, houve melhora no perfil de citocinas nos pacientes com ICC. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) É a condição clínica na qual o coração se torna incapaz de bombear o volume sangüíneo necessário para manter e suprir as demandas do metabolismo tecidual, usualmente causada pelo comprometimento da função contrátil do músculo cardíaco (falência cardíaca), traduzido finalmente por disfunção sistólica (2). A ICC pode ser causada pela hipertensão, miopatia, diabetes, doença arterial coronariana ou pelo defeito das válvulas cardíacas (6). Epidemiologia Segundo dados do Ministério da Saúde (DATASUS/1998), existem 2 milhões de pacientes com insuficiência cardíaca e 240.000 novos casos são diagnosticados anualmente, sendo a principal causa de internação hospitalar por doença cardiovascular (2). Resposta inflamatória na insuficiência cardíaca: Diversas linhas de pesquisa sugerem que a inflamação apresenta função patogênica no desenvolvimento e na progressão da insuficiência cardíaca, influenciando na contratilidade e na hipertrofia, promovendo apoptose e contribuindo para o processo de remodelamento miocárdico (4). A inflamação sistêmica tem sido considerada como um precipitador da ICC aguda (5) . A citocina pró-inflamatória, fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), exerce um significativa atividade patológica na ICC (3). Tratamento O tratamento da ICC tem como principais objetivos o alívio dos sintomas, a melhora da qualidade de vida e o aumento da expectativa de vida. É adotado tanto o tratamento farmacológico quanto o tratamento nãofarmacológico (2). Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):754-9. Suplementação de vitamina D melhora o perfil de citocinas em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva: uma triagem placebo-controlada, randomizada e duplo-cega. Schleithoff SS, Zittermann A, Tenderich G, Berthold HK, Stehle P, Koerfer R. Institute of Nutrition and Food Science, University of Bonn, Bonn, Germany. Embasamento: concentrações circulatórias elevadas de citocinas próinflamatórias podem contribuir para a patogênese da insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Estudos in vitro sugerem que a vitamina D suprime citocinas pró-inflamatórias e aumenta as citocinas antiinflamatórias. Objetivo: nós avaliamos os efeitos da suplementação de vitamina D sobre a taxa de sobrevivência e as diferentes variáveis bioquímicas em pacientes com ICC. Projeto: cento e vinte e dois pacientes randomicamente receberam 50 mcg de vitamina D(3)/d + 500 mg de Ca/dia [grupo D(+)] ou placebo + cálcio 500 mg/dia [grupo D(-)] por 9 meses. As variáveis bioquímicas foram acessadas na linha base e após 9 meses. A taxa de sobrevivência foi calculada por um acompanhamento de um período de 15 meses. Resultados: noventa e três pacientes completaram o estudo. Significativos efeitos em relação ao tratamento foram observados sobre as concentrações séricas transformadas por logarítmo de 25-hidroxivitamina D (P=0,001), hormônio paratireóide (P=0,007), fator de necrose tumoral alfa (P=0,006) e interleucina 10 (P=0,042). A 25-hidroxivitamina D aumentou em 26,8 ng/mL no grupo D(+), mas aumentou apenas em 3,6 ng/mL no grupo D(-). Comparado com a linha base, o hormônio paratireóide foi significativamente mais baixo e a citocina antiinflamatória interleucina 10 foi significativamente mais alta no grupo D(+) após 9 meses. A citocina pró-inflamatória, fator de necrose tumoral alfa, aumentou no grupo D(-), mas permaneceu constante no grupo D(+). A taxa de sobrevivência não diferiu significativamente entre os grupos de estudo durante o período de acompanhamento. Conclusões: vitamina D(3) reduz os níveis inflamatórios em pacientes com ICC e pode servir como um novo agente antiinflamatório para o futuro tratamento da doença. Nossos dados apontam evidência para o envolvimento de um dano no eixo hormônio paratireóide-vitamina D na progressão da ICC. PMID: 16600924 [PubMed - in process] Suplementação de vitamina D melhora o perfil de citocinas em pacientes com ICC (1). Concentrações plasmáticas elevadas de citocinas pró-inflamatórias podem contribuir para a patogênese da insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Estudos in vitro sugerem que a vitamina D suprime citocinas pró-inflamatórias e aumenta as citocinas antiinflamatórias. 122 pacientes com ICC foram selecionados para participar desse estudo. Eles foram divididos para receber, por 9 meses: Grupo 2: grupo D(-) Placebo + 500 mg de cálcio ao dia Grupo 1: grupo D(+) 50 mcg de vitamina D3 + 500 mg de cálcio ao dia As variáveis bioquímicas foram acessadas na linha base e após 9 meses. A taxa de sobrevivência foi calculada por um acompanhamento de um período de 15 meses. Resultados: Noventa e três pacientes completaram o estudo; Efeito significativo sobre as concentrações séricas de 25hidroxivitamina D, hormônio paratireóide, fator de necrose tumoral alfa e interleucina 10 foi observado no grupo D(+); A concentração de 25-hidroxivitamina D foi aumentada em 26,8 ng/mL no grupo D(+) e apenas em 3,6 ng/mL no grupo D(-); Comparado com a linha base, o hormônio paratireóide foi significativamente mais baixo e a citocina antiinflamatória interleucina 10 foi significativamente mais alta no grupo D(+) após 9 meses; A citocina pró-inflamatória, fator de necrose tumoral alfa, aumentou no grupo D(-), mas permaneceu constante no grupo D(+); A taxa de sobrevivência não diferiu significativamente entre os grupos de estudo durante o período de acompanhamento. Conclusão: Vitamina D3 reduz os níveis inflamatórios em pacientes com ICC e pode servir como um novo agente antiinflamatório para o futuro tratamento da doença. Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):754-9. Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):754-9. Vitamin D supplementation improves cytokine profiles in patients with congestive heart failure: a double-blind, randomized, placebo-controlled trial. Schleithoff SS, Zittermann A, Tenderich G, Berthold HK, Stehle P, Koerfer R. Institute of Nutrition and Food Science, University of Bonn, Bonn, Germany. BACKGROUND: Elevated circulating concentrations of proinflammatory cytokines may contribute to the pathogenesis of congestive heart failure (CHF). In vitro studies suggest that vitamin D suppresses proinflammatory cytokines and increases antiinflammatory cytokines. OBJECTIVE: We evaluated the effect of vitamin D supplementation on the survival rate and different biochemical variables in patients with CHF. DESIGN: One hundred twenty-three patients randomly received either 50 mug vitamin D(3)/d plus 500 mg Ca/d [D(+) group] or placebo plus 500 mg Ca/d [D(-) group] for 9 mo. Biochemical variables were assessed at baseline and after 9 mo. The survival rate was calculated for a follow-up period of 15 mo. RESULTS: Ninety-three patients completed the study. Significant treatment effects were observed on logarithmic-transformed serum concentrations of 25-hydroxyvitamin D (P = 0.001), parathyroid hormone (P = 0.007), tumor necrosis factor alpha (P = 0.006), and interleukin 10 (P = 0.042). 25Hydroxyvitamin D increased by 26.8 ng/mL in the D(+) group but increased only by 3.6 ng/mL in the D(-) group. Compared with baseline, parathyroid hormone was significantly lower and the antiinflammatory cytokine interleukin 10 was significantly higher in the D(+) group after 9 mo. The proinflammatory cytokine tumor necrosis factor alpha increased in the D(-) group but remained constant in the D(+) group. The survival rate did not differ significantly between the study groups during the follow-up period. CONCLUSIONS: Vitamin D(3) reduces the inflammatory milieu in CHF patients and might serve as a new antiinflammatory agent for the future treatment of the disease. Our data provide evidence for the involvement of an impaired vitamin D-parathyroid hormone axis in the progression of CHF. PMID: 16600924 [PubMed - in process] Descrição Vitamina D é um termo usado para designar uma ampla variedade de compostos esteróis incluindo o calcitriol, calcifediol, colecalciferol, ergocalciferol, alfacalcidol e diidrotaquisterol (9). Somente as vitaminas D2 e D3 são utilizadas para suplementação nutricional (10). Colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2) são equivalentes em potência, apresentando início de ação lento e duração relativamente prolongada (9,10). Mecanismo de Ação A base mecanística para muitos dos efeitos clínicos potenciais da vitamina D origina de sua habilidade em gerar a molécula ativa 1,25 hidroxivitamina D, e utilizá-la como molécula local, de sinalização parácrina; Na saúde cardiovascular, vitamina D apresenta uma tendência à atividade antiinflamatória, com importante efeito modulador das moléculas regulatórias do sistema imune (6). Indicação Melhora do perfil das citocinas inflamatórias em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (1). Posologia 50 mcg de vitamina D3 ao dia (1) (ou 2000 UI ao dia ). (4) Efeitos adversos (9,10) A administração em excesso de vitamina D leva ao desenvolvimento de hipercalcemia e seus efeitos associados como hipercalciúria, calcificação ectópica e dano cardiovascular ou renal. Sintomas de overdose incluem anorexia, náusea e vômito, diarréia, poliúria, cefaléia, entre outros. Contra-indicações (9,10) Hipersensibilidade à vitamina D; Pessoas com hipercalcemia e com evidência de toxicidade à vitamina D. Formulário 1 Vitamina D Vitamina D3 reduz os níveis inflamatórios em pacientes com ICC e pode servir como um novo agente antiinflamatório para o futuro tratamento da doença (1). Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):754-9. 1. Cápsulas de vitamina D + cálcio *Vitamina D3 _______2000 UI Vitamina lipossolúvel com atividade modulatória sobre o sistema imune (6). Cálcio quelado ______ 500 mg (1) - Mineral. Reduz a pressão sangüínea em pacientes (11) hipertensos . Tomar conforme orientação médica. (1) * 50 mcg de vitamina D3. ----------------Segundo estudo, pacientes portadores da ICC, com idade média de 75 anos, recebendo um coquetel de micronutrientes, entre eles a vitamina D 400 UI ao dia, apresentaram significativa melhora na função ventricular esquerda e na qualidade de vida; entretanto, essa dose não afetou a concentração de citocinas (6). American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 83, No. 4, 731-732, April 2006. 2. Cápsulas de vitamina D (6) *Vitamina D __________400 UI Vitamina lipossolúvel com atividade modulatória sobre o sistema imune. Tomar conforme orientação médica. *10 mcg de vitamina D. Formulário 2 Tratamento farmacológico Para pacientes com ICC de maior gravidade (2). Diuréticos 1. Cápsulas de furosemida 2. Cápsulas de furosemida + hidroclorotiazida (2,7) Furosemida ____________20 mg* Tomar 1 cápsula, 4 vezes ao dia ou a critério médico. * dose usual. Furosemida ____________20 mg* Hidroclorotiazida ______ 12,5 mg Tomar 1 cápsula, 4 vezes ao dia ou a critério médico. * dose usual. (2,7) 3. Cápsulas de espironolactona (2) Espironolactona ___________25 mg Tomar 1 cápsula, 2 vezes ao dia ou a critério médico. Beta-bloqueadores 1. Cápsulas de carvedilol (2,8) 2. Cápsulas de metoprolol (7) Carvedilol ____________6,25 mg Tomar 1 cápsula, 2 vezes ao dia ou a critério médico. A dose pode ser aumentada até 25 mg, 2 vezes ao dia. Metoprolol _____________75 mg Tomar 1 cápsula, 1 a 2 vezes ao dia ou a critério médico. Mais amplamente utilizado (3). Inibidores da ECA 1. Cápsulas de captopril(2) Captopril ______________6,25 mg Inicialmente, tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia ou a critério médico. 2. Cápsulas de enalapril (2) Enalapril ______________5 mg Inicialmente, tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia ou a critério médico. Bloqueador dos receptores de angiotensina II 1. Cápsulas de losartan(3) Losartan ____________50 mg Tomar 1 cápsula ao dia ou a critério médico. Referências Bibliográficas 1. Schleithoff SS, Zittermann A, Tenderich G, Berthold HK, Stehle P, Koerfer R. Vitamin D supplementation improves cytokine profiles in patients with congestive heart failure: a double-blind, randomized, placebocontrolled trial. Institute of Nutrition and Food Science, University of Bonn, Bonn, Germany. Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):754-9. 2. Prado, F.C; Ramos, J; Valle, J. R. Atualização Terapêutica 2003. 21ª edição. Editora Artes Médicas. 3. Pugh PJ, Jones RD, Malkin CJ, Hall J, Nettleship JE, Kerry KE, Jones TH, Channer KS. Physiologic testosterone therapy has no effect on serum levels of tumour necrosis factor-alpha in men with chronic heart failure. Teaching Hospitals NHS Trust, and Hormone & Vascular Biology Group, Academic Unit of Endocrinology, Division of Genomic Medicine, The University of Sheffield, Sheffield, United Kingdom. Endocr Res. 2005;31(4):271-83. 4. Mielniczuk LM, Baughman KL. Immune modulation therapy in heart failure. Department of Medicine, Division of Cardiovascular Medicine, Brigham and Women's Hospital, Boston, MA 02115 [email protected]. Congest Heart Fail. 2006 Mar-Apr;12(2):91-6. 5. Mueller C, Laule-Kilian K, Christ A, Brunner-La Rocca HP, Perruchoud AP. Inflammation and long-term mortality in acute congestive heart failure. Department of Internal Medicine, University of Basel, University Hospital, Basel, Switzerland. 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PDRHealth, calcium. Disponível em: http://www.pdrhealth.com/drug_info/nmdrugprofiles/nutsupdrugs/cal_0052 .shtml acesso em: 02/05/2006. Lista de Fornecedores Vitamina D3 Cálcio quelado Furosemida Hidroclorotiazida Espironolactona Metoprolol Carvedilol Captopril Enalapril Losartan Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma MASE Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Purifarma, Gerbras, Attivus Magisttrais, Galena, Via Farma Elaborado por www.consulfarma.com Direitos Autorais Protegidos pela Lei 9610 de 19 de Fev. de 1998. 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