CINEMA MOSTRA AIDS – PARAÍBA JOÃO PESSOA | 4, 5 e 6 de Outubro de 2007 CAMPINA GRANDE | 7, 8 e 9 de Outubro de 2007 Entrada franca REALIZAÇÃO GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Saúde Gerência Operacional das DST/Aids Grupo PELA VIDDA – São Paulo – SP APOIO Usina Cultural Saelpa SESC Paraíba Zarinha Centro de Cultura Tintin Cineclube ABD – Associação Brasileira de Documentaristas/Seção PB Para’iwa Hospital Clementino Fraga (SES-PB) Hospital Alcides Carneiro (UFCG) Restaurante Porto Galo (JP) Restaurante La Suissa (CG) PROGRAMAÇÃO JOÃO PESSOA Quinta-Feira, 4.10.2007 Usina Cultural Saelpa (Av. Juarez Távora) + Sessão para alunos das escolas públicas estaduais – nível médio 9h e 15h: TRANSIT, de Niall MacCormick (Inglaterra: ficção, 90 min, 2005) Ambientada em quatro países, a trama acompanha o drama e as aventuras de protagonistas que vivem na Cidade do México, Los Angeles, São Petersburgo (Rússia) e Nairóbi (Quênia). Entre os personagens estão a americana Asha, desconfiada da fidelidade do namorado, e o africano Matthew, mergulhado na cultura hiphop de seu país. Usina Cultural Saelpa (Av. Juarez Távora) + Sessão pública: censura 16 anos 20h: JESUS CHILDREN OF AMERICA, de Spike Lee (EUA, fic, 20 min, 2005) O curta-metragem enfoca o tormento diário de Blanca (Hannah Hodson), uma garota do Brooklyn, em Nova York, que nasceu com o vírus HIV por conta de seus pais drogados. O cineasta toca na ferida ao ilustrar com tintas fortes o preconceito das colegas e dos vizinhos de Blanca sem deixar de vislumbrar um bocado de esperança na ajuda assistencial oferecida por entidades nos Estados Unidos. 20h30: DIAS, de Laura Muscardin (Itália, fic, 90 min, 2001) Depois dos filmes sobre os primeiros casos da doença, os dramas dos soropositivos e dos títulos engajados na conscientização e no sexo seguro, esta produção é uma das poucas a enfocar a convivência possível com o vírus HIV. Nesta categoria encaixa-se o personagem Claudio (Thomas Trabacchi), um executivo gay bemsucedido e com um relacionamento estável. Sua preocupação com a enfermidade não exige mais que o coquetel de medicamentos diário e um check-up mensal no hospital. O relativo bem-estar permite, inclusive, que ele se apaixone por um jovem garçon e dê uma reviravolta em sua vida. SESC-Centro (R. Des. Souto Maior) Meio-dia: CAZUZA, de Sandra Werneck e Walter Carvalho (Brasil, fic, 100min, 2004) O cantor e compositor Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza (1958-1990) se tornou uma espécie de mártir da doença ao trazer seu longo tormento a público. Determinou, assim, uma maior preocupação e busca de informações. A nação acompanhou seu tratamento, naquela época fundamentado na descoberta do AZT, suas idas e vindas aos Estados Unidos e por fim chorou com a heróica mãe Lucinha Araújo. É no livro-depoimento dela que os diretores se basearam para esse tocante drama que acompanha o surgimento do grupo Barão Vermelho, a intensa rotina sexual, o apego às drogas do vocalista e a descoberta do vírus. Tudo levado por uma impressionante caracterização de Daniel de Oliveira. Hospital Clementino Fraga (Rua Éster Borges - Jaguaribe) 15h: ANJOS DA ASA QUEBRADA, de Jorge Ferreira (Brasil, doc, 30 min, 2000) O média-metragem mostra a história de Silvana que descobriu ser portadora do HIV durante a amamentação de seu segundo filho e perdeu o marido e outro filho por AIDS. Seu depoimento emocionado, comentado por profissionais de saúde, reforça a importância da realização de testes para detecção precoce do HIV e sífilis durante a gestação. Ao abordar de forma humana e sensível a questão da transmissão vertical, é mais uma contribuição para o esclarecimento dos profissionais de saúde e da população sobre a importância da testagem e da profilaxia intraparto. Zarinha Centro de Cultura (Tambaú) + Sessão pública: censura 16 anos 17h : EU AMO ESSE HOMEM, de Stéphane Giusti (França, fic, 87min, 1997) O drama romântico de Stéphane Giusti, realizada para TV, retrata com charme e simpatia a difícil "saída do armário", a paixão num meio reconhecidamente volátil e evolui para o papo sério quando Lucas (JeanMichel Portal), o assumido, revela ser soropositivo para o novo parceiro Martin (Marcial Di Fonzo-Bo). O cenário é Marselha, no sul da França, onde os dois protagonistas trabalham numa escola de natação. Martin surge como o novo professor e atrai o interesse de Lucas. Mas além de tímido e fechado, o moço se relaciona com uma garota (Mathilde Seigner). No rito de conhecimento de Martin, a mãe de Lucas (Vittoria Scognamiglio), decidida e protetora, exercerá papel fundamental. Ponto Cem Réis (Centro) + Sessão pública: censura livre 16h30min: GRUPO FOLCLÓRICO TENENTE LUCENA (SESC) 17h: Experimento Teatral: "A Vida tem a Cor que você Pinta", direção de Elba Soares, com o Grupo da Ação Social Arquidiocesana – Casa de Convivência PositHIVa 18h: ANJOS DO SOL, de Rudi Lagemann (Brasil, 92 min, 2006) Maria (Fernanda Carvalho) é uma jovem de 12 anos, que mora no interior do nordeste brasileiro. No verão de 2002 ela é vendida por sua família a um recrutador de prostitutas. Após ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada a um prostíbulo localizado perto de um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, ela consegue fugir e passa a cruzar o Brasil através de viagens de caminhão. Mas ao chegar no Rio de Janeiro a prostituição volta a cruzar seu caminho. Cineclube Parai’wa: (Bairro São José) + Sessão pública: censura livre 19h30: MATRACA E O POVO INVISÍVEL, de Marcus Campos (Brasil, doc, 37 min, 2006) Dizem que o palhaço, além de ser um perfeito idiota, é um estorvo para o sistema social. Sem pretender questionar esta “verdade”, Matraca e o Povo Invisível é um mix de realidade, gentilezas e diálogos entre um palhaço músico, população de rua e profissionais do sexo. O palhaço tem de ir aonde o povo está e o trabalhador da saúde também…e a rua torna-se o picadeiro das brincadeiras. A alegria é fundamental para a saúde! 20h15: HOUSE OF LOVE, de Cecil Moller (EUA/Namíbia, doc, 26 min 2001) O cenário do curta-metragem é o pequeno porto Walvis Bay, na Namíbia, África, e as personagens as prostitutas locais. Elas dependem das rápidas visitas dos marinheiros para sobreviver e contam ao diretor Cecil Moller os motivos que as levaram ao trabalho. Falam ainda de amor, sexo, pecado e uma noção muito pessoal de redenção, enquanto o fantasma da Aids ronda seu cotidiano. Sexta-Feira, 05/10/2007 Usina Cultural Saelpa (Av. Juarez Távora) + Sessão para alunos das escolas públicas estaduais – nível médio 9h e 15h: PEQUENOS GUERREIROS – NASCIDOS COM HIV, de Ash Baron Cohen (EUA, doc, 45 min, 2003) Dillon Card, Bert e Sophia Ramirez são alguns dos jovens entrevistados neste documentário, entre crianças e adolescentes, que convivem muito bem com a Aids. Exibida na 29ª Mostra BR de Cinema, no ano passado, a fita é narrada pelo ator James Woods e traz aquele tom bem humorado reconfortante para um tema tão árduo e dolorido. Usina Cultural Saelpa (Av. Juarez Távora) + Sessão pública: censura 16 anos 20h: ALGUÉM AINDA MORRE DE AIDS?, de Louise Hogarth (EUA, doc, 25 min, 2002) Nesta breve investigação do risco de mortalidade por causa da doença, numa época em que muitas vidas são salvas graças aos coquetéis, a realizadora adota uma perspectiva cautelosa sobre o possível declínio de progressão da infecção pelo vírus HIV. Entre os relatos, a fita antecipa uma atitude que seria explorada em seguida no documentário O Presente. Questiona também a efetividade de novos tratamentos e alerta para uma "terceira onda" da doença que inclui a mutação do vírus e a associação a um câncer. 20h30: O PRESENTE, de Louise Hogarth (EUA, doc, 62 min, 2002) O Presente é o vírus HIV. Bug Chasers são aqueles parceiros que querem voluntariamente ser infectados pelo vírus e gift givers, os soropositivos e "doadores" em potencial. Para consumar a transmissão do HIV, os interessados marcam encontro, em geral por sites especializados, nas chamadas festas de conversão. Fechase, assim, o intrigante círculo, que o filme procura discutir a partir de um pressuposto básico desses personagens. Eles acreditam que ao disseminar a Aids e torná-la a regra, não a exceção, estarão poupando a si mesmos e a comunidade do medo da infecção e das preocupações com o sexo seguro. Uma lógica invertida graças à possibilidade atual de convivência com a doença, outro ângulo debatido na fita. SESC-Centro (R. Des. Souto Maior) 10h: Experimento Teatral: "A Vida tem a Cor que você Pinta", direção de Elba Soares, com o Grupo da Ação Social Arquidiocesana – Casa de Convivência PositHIVa. Meio-dia: YESTERDAY, de Darrel Roodt (África do Sul, fic, 96 min, 2004) Esse drama traz uma rara visão do epicentro da epidemia da Aids no mundo. Numa remota aldeia africana, Yesterday (personagem de Lelei Khumalo) é diagnosticada com o vírus HIV. Apesar da doença não ser mais uma surpresa entre seu povo, ela é vítima da ignorância. Enfrenta duras reações tanto por parte do marido (Kenneth Kambula), que a infectou, como por parte dos moradores do vilarejo. Hospital Clementino Fraga (Rua Ester Borges - Jaguaribe) 15h: PROTESTO CONTRA O MONOPÓLIO, de Ann T. Rosseti (EUA, doc, 60 min 2003) O documentário mostra o empenho de militantes pelo mundo em protesto pela falta de medicamentos contra o vírus HIV. A análise crítica engloba a batalha de países pobres e indivíduos marginalizados contra os governos e as indústrias farmacêuticas para ter acesso aos remédios. Há um momento dedicado ao Brasil, que conquistou uma vitória na quebra de patentes de antiretrovirais. Ex-ministro da Saúde do governo FHC o José Serra é visto em discurso na ONU. A fita também aborda o destino dos 50 bilhões de dólares do Fundo Global para o desenvolvimento de remédios contra a Aids. Zarinha Centro de Cultura (Tambaú) + Sessão pública: censura 16 anos 17h : O DIA EM QUE MEU DEUS MORREU, de Andrew Levine (EUA, doc, 70 min, 2003) O diretor americano já havia explorado num curta-metragem o tema do tráfico de meninas do Nepal para a Índia. Ele mantém o mesmo foco neste longa documental e mergulha com mais detalhes no bem organizado e violento sistema de escravidão que atinge centenas de garotas, futuras prostitutas nos apertados e apinhados bordéis da antiga Bombaim, atual Mumbai. Entre as muitas crueldades que aguardam as recém-chegadas, do estupro a torturas físicas, está um universo de expansão da Aids que chega a 80% entre as jovens. A câmera segue a trajetória de cinco delas, inclusive uma que conseguiu escapar durante a viagem e passou a ajudar as colegas na fronteira. APROS-PB (Rua da Areia – Centro) 20h: HOUSE OF LOVE, de Cecil Moller (EUA/Namíbia, doc, 26 min 2001) O cenário do curta-metragem é o pequeno porto Walvis Bay, na Namíbia, África, e as personagens as prostitutas locais. Elas dependem das rápidas visitas dos marinheiros para sobreviver e contam ao diretor Cecil Moller os motivos que as levaram ao trabalho. Falam ainda de amor, sexo, pecado e uma noção muito pessoal de redenção, enquanto o fantasma da Aids ronda seu cotidiano. 20h30: BASTA UM DIA, de Vagner de Almeida (Brasil, doc, 40 min, 2006) Lançado recentemente pela ABIA – Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids-, do mesmo diretor de Borboletas da Vida, o documentário aborda a vida de travestis e homossexuais da baixada fluminense (RJ) que, entre a coragem e o medo, tentam, muitas vezes sem sucesso, sobreviver à dura realidade de violências impostas ao seu cotidiano. 21h:LANÇAMENTO DA CAMPANHA EDUCATIVA DE RESPEITO À DIVERSIDADE SEXUAL – "NÃO NEGO. ORIENTAÇÃO SEXUAL NÃO É UMA ESCOLHA. É UM DIREITO" , da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba. 21h30min: SHOW MUSICAL "TRIBUTO A RENATO RUSSO", com as bandas paraibanas OMNIA VINCINT e POR ENQUANTO (Apoio Coordenação de Música – SESC-Centro/Paraíba). Sábado, 06/10/2007 Usina Cultural Saelpa (Av. Juarez Távora) + Sessão pública: censura 16 anos 20h: A CLOSER WALK, de Robert Bilheimer (EUA, doc, 85 min, 2003) Um panorama caótico da epidemia da Aids é mostrado nesse documentário narrado pelos astros Glenn Close e Will Smith. As câmeras passeiam pela África mostrando o drama de crianças órfãs e o descaso da saúde pública em países pobres. Circulam por nações da Europa central, onde drogados compartilham seringas infectadas, e enfocam, na Índia, a tragédia de soropositivas contaminadas pelos próprios maridos. O objetivo é um só: alertar que a Aids, a pior epidemia da história, ainda continua fazendo vítimas.