ALGAZE, Guilhermo. “El Primer Urbanismo Mesopotámico” In: La

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ALGAZE, Guilhermo. “El Primer Urbanismo Mesopotámico” In: La Antigua
Mesopotamia En Los Albores De La Civilización
El primer urbanismo mesopotâmico
O conceito de casualidade circular e cumulativa, que nos permite olhar para um cenário que,
sendo ainda bastante especular, mas explicaria o início das sociedades urbanas da Baixa
Mesopotâmia durante o quarto milênio. Este cenário está focada no processo de diferenciação
econômica que poderia ter lugar no sul. Por motivos heurísticos, este é o processo hipotético
se divide em várias etapas.
El crescimento de las economías urbanas en La antigua Mesopotamia
A fase inicial de crescimento das economias do sul havia coincidido com o final do quinto
milênio e princípios do quarto. Em suas partes mais setentrionais, a irrigação com base na
gravidade e a elevação dos níveis das águas subterrâneas teriam assegurada uma colheita de
grãos e uma horticultura mais produtiva. Acidentalmente esse foi um médio impulso inicial
para um comércio crescente entre as comunidades que exploravam toda aquela variedade de
recursos econômicos e cada uma daquelas comunidades se especializou de modo natural na
produção de uns poucos cultivos ou produtos que lhes garantissem uma vantagem
comparativa devido à sua localização no ecossistema várzea.
 Os produtos comercializados naquela fase inicial eram:
1) Lã crua, tintas de tecido ou de casa, e produtos de base feitos de pêlo de cabra, artigos de
couro, gordura do leite e dos recursos de gado distribuídas pelas comunidades às margens das
melhores áreas regadas da planície aluvial, onde havia desfrutado de um acesso preferencial a
dos pastores e grupos nômades que produziam aqueles bens.
2) Panos de linho, produtos hortícolas e cereais produzidos pelas comunidades do norte da
Planície aluvial, quando o fluxo combinado dos rios Tigre e Eufrates, favorecendo a agricultura
irrigada e horticultura e maior produtividade.
3) Peixes secos, salgados e defumados, vários tipos de aves domésticas, canas e outros recursos
costeiros e fluviais produzidas preferencialmente por comunidades próximas à costa do Golfo
Pérsico.

A segunda fase do processo teria sido marcada por uma sensibilização incipiente, por parte da
elite, das implicações sociais e do modelo de negócios intra-regionais, que tinha operado até
então. Nesta fase, os processos de emulação competitiva teriam acelerado a difusão de
tecnologias e práticas, inicialmente desenvolvidas por institutos que exportavam nichos
especializados de aluvião. Logicamente essa emulação teria reduzido o nível de especialização
regional de aluvião, ainda que cada comunidade rival utilizasse os materiais excedentes e
habilidades humanas adquiridas durante a fase anterior para substituição de algumas
importações provenientes de centros vizinhos, ou possivelmente até mesmo áreas externas,
criando suas próprias capacidades de produção para esses produtos, desencadeando assim
outra explosão de crescimento resultante do processo de substituição de importações acima
mencionadas.

A terceira fase deste processo se havia caracterizado por uma competição ainda maior entre
as comunidades aluviais que até então já tinham capacidades produtivas mais ou menos
semelhantes. Como estas comunidades não tinham muito a oferecer uma a outra em termos
de comércio, o que houve foi uma expansão do comércio entre elas e as áreas adjacentes. O
comércio externo durante esta terceira fase pode ser reforçada por dois fatores interrelacionados, que podem ser considerados como condições para a decolagem necessária dos
sumérios. O primeiro foi o pré-desenvolvimento e distribuição no sul de indústrias
originalmente concebidas para satisfazer as necessidades de consumo das sociedades de
aluvião durante as primeiras fases de crescimento. O segundo fator foi a domesticação do
burro no meio do quarto milênio a.C. com importantes conseqüências intelectuais e materiais.
Sobre as conseqüências mentais a domesticação do asno proporcionou um maior e melhor
conhecimento geográfico e etnográfico das regiões próximas e os recursos ali existentes,
informações necessárias para o êxito do comércio intercultural. As conseqüências materiais foi
que pela primeira vez podia-se exportar em grande quantidade para regiões adjacentes em
grandes quantidades. A introdução de animais de carga teve de fornecer as sociedades do sul
uma capacidade qualitativa de interagir com culturas distantes do que as diferenças
quantitativas resultantes da eficiência econômica do meio de transporte e permitiu intensificar
encontros interculturais a um nível culturalmente inviável anteriormente.
La Expanción de Uruk
À medida que se consolidava um comércio exterior maciço e cada vez mais importante
durante os períodos médios de Uruk médio se estabeleceram também vários tipos de bases e
postos de comércio exterior nos principais pontos de comunicação estratégicos em toda a
periferia da Mesopotâmia. Os assentamentos intrusivos de Uruk podem ser classificados em
três tipos.
As dos primeiros se encontram em áreas periféricas, onde já havia uma hierarquia local de
assentamentos. As primeiras intrusões nestas áreas poderiam ser definidas como pequenas
diásporas comerciais. Um segundo tipo foi quando importantes centros preexistentes de
notável tamanho que, pela sua própria natureza, ainda eram nós do comércio inter-regional,
foram ocupadas por colonos de Uruk, provavelmente por meios coercitivos, este conservaram
a posse do território de significativo tamanho com seus costumes e leis. O terceiro tipo de
assentamento intrusivo é encontrado em áreas onde não há importante pré-ocupação com a
qual se trate. Nessas áreas, desde o início, mesmo durante a penetração de Uruk foi um
processo de implantação urbana que reproduziu se nas formas urbanas e sociais
Mesopotâmicas em uma paisagem essencialmente virgem, como o assentamento de Jebel
Aruda que se fundou em terreno virgem no alto de uma colina facilmente defensável e que
dominava o vale do Éufrates. As evidencias sobre as bases comerciais de Uruk implantadas em
cima de bases pré-existentes é mais ambígua devido à dificuldade de se encontrar indícios. O
mais fácil de reconhecer são as bases comerciais de Uruk do terceiro tipo: os enclaves grandes,
do tamanho de uma cidade fundada a partir do zero em áreas periféricas com pouca ou
nenhuma população local, principalmente identificados perto dos bancos do Éufrates, no norte
da Síria e sudeste da Turquia, quase sempre rodeados de pequenas vilas de Uruk que
possivelmente eram responsáveis por abastecer os enclaves com produtos agrícolas e gados. O
importante notar é que a escolha dos lugares para estabelecimento dos assentamentos sugere
que não só foram também utilizados como nós de inteligência para coletar informações sobre
as condições de vastas áreas da periferia da Mesopotâmia, mas também como pontos de
recepção e de transbordo de um número crescente de ativos periféricos reexpedidos na
planície ao final do período de Uruk e, possivelmente, como pontos de distribuição da
exportação de aluvião. A hipótese de que as bases comerciais tiveram um papel de importante
intermediário no comércio exterior das antigas comunidades sumérias se vêm apoiadas nos
próprios postos de comércio exterior, uma vez que foram encontrados metais distintos,
minerais e pedras exóticas sem polir. Mas o mais importante é que vários destes postos
comerciais também mostraram evidência de instalações das oficinas e áreas para processar
estes recursos, certamente para reexportação para as cidades da Mesopotâmia aluvial em
constante crescimento. Mas tarde se detalha com mais precisão a evidencia pertinente
Primeiro, as ramificações do ambiente social e econômico para o aumento do comércio
durante o Uruk médio, e recente nas antigas comunidades sumérias e, segundo, a dimensão
deste comércio.
Independentemente tipo não deve ser implícito que o estabelecimento das distintas bases
coloniais de Uruk na periferia mesopotâmica foi parte de um processo controlado e organizado
centralmente. Em vez disso, o processo colonial de Uruk recentes e devem ser, sobretudo,
como parte de um processo biológico de ação e reação, baseado no conflito entre todas e cada
uma das cidades-estado de Uruk por estabelecer bases em várias áreas e postos de comércio
avançados ajustado às condições locais, a fim de garantir o acesso a importantes linhas de
comunicação para capturar os preciosos recursos e também para impedir o acesso de seus
rivais locais do sul. Tampouco deve se sobre entender que todas as bases comerciais de Uruk
foram uma criação das instituições públicas das cidades distantes cidades Sumérias, ou que
todo o comercio de Uruk foi um intercambio oficial destinado a satisfazer as necessidades
estratégicas das instituições de controle dessas cidades. Embora seja evidente que o esforço
maciço de construções e coordenados que é visto, por exemplo, no complexo Habuda /
Qannas / Aruda não ser mais do que o produto de organizações estaduais é perfeitamente
possível interpretar as mensagens comerciais menores, especialmente aqueles localizados no
coração de Uruk em busca de um benefício pessoal ou familiar, seus sucessores paleoasirios,
muito melhor documentado, um milênio e meio mais tarde.
El Efecto Multiplicador
Observando o efeito multiplicador, ao mesmo tempo dos processos de substituição de
importações não é difícil imaginar o papel que têm desempenhado as orientações descritas, do
comércio interno e externo para o nascimento do registro arqueológico de sociedades da
Mesopotâmia e seu potencial impacto pode ser estimado usando os registros históricos da
Mesopotâmia e os modelos etnográficos mais relevantes, sempre que possível.

O silex - um dos exemplos mais antigos de substituição de importações no registro
arqueológico da Baixa Mesopotâmia talvez seja a substituição parcial do sílex
importados por foices barro de fabricação local um processo já iniciado no período de
Ubaid recente e contínua por várias fases do período de Uruk.

Os metais - um exemplo muito mais importante e duradouro do processo de
substituição da Baixa Mesopotâmia. O grosso de nossas evidências indica claramente
que, durante os períodos de Uruk médio e recente sociedades do sul já não eram
meros consumidores passivos de objetos de metal importado feito nas montanhas,
mas até então estavam começando a criar seu próprio valor acrescentado indústrias
metalúrgicas com base nas importações de metais parcialmente transformado e ligas
de cobre fundido. A evidencia concreta desse cambio se baseia nos restos de metal e
ligas de cobre encontrados na periferia cidade mesopotâmica de Uruk em suas
colônias perto também da evidencia de processamento de diversos tipos de metais em
tais depósitos.

Têxteis - Por mais importante que foram as nascentes indústrias metalúrgicas, nas
cidades de Uruk, o fator de maior conseqüência no primeiros anos processos de
substituição de importações nessas cidades foi a adoção de um espécie ovelha de lã
inicialmente desenvolvido nas montanhas em torno da Mesopotâmia. Na segunda
metade do quarto milênio, as importações de lã e de ovelha de lã formavam parte da
economia do sul em forma de uma prospera indústria têxtil indígena com base em
tecidos de lã que, com efeito prático, substituíram os tecidos de linho que
anteriormente constituíam a maior parte da produção local no sul. As conseqüência
desta nova indústria foi que os tecidos de lã se converteram num componente
indispensável das razões que se engajaram os trabalhadores dependentes ligados às
atividades mais centrais da economia das cidades e dos Estados da Baixa
Mesopotamia. Três fatores foram importantes para a substituição o linho pela lã.
O primeiro foi que criar ovelhas no lugar de cultivar linho havia incrementado a
capacidade produtiva global das antigas sociedades mesopotâmicas, desde o
momento em que a produção têxtil poderia afastar-se das áreas irrigadas necessárias
para o cultivo do linho e colocado as terras perto das cidades de Uruk para novos usos
e culturas alternativas, enquanto a produção de têxteis existentes teria aumentado
como a confiança na fibra principal. O segundo fator seria influenciado pelo primeiro.
A eficácia, apesar da produção de fibra de lã utilizando ovelha necessita de mão de
obra intensiva, a produção de fibra de linho demanda muito mais tempo e mais
esforço, sem falar no tempo de preparação da lã é mais rápido. O terceiro fator faz
diferença no acabamento, com a lã existe a possibilidade de trabalhar o tecido em
diferentes cores e desenhos o que proporcionava maior maleabilidade a valor visual
frente ao linho.
Apesar de seu início mais tarde, os produtores de lã sulistas logo ultrapassou em larga
escala e eficácia os seus antecessores nas montanhas. Pode-se especular sobre alguns
dos fatores que contribuíram para esse processo. Um fator seria que para que as
ovelhas pastassem em terras marginais, antes utilizado e integrado no ciclo agrícola do
milho, e com a exploração da vegetação dos pântanos e zonas úmidas teria possuído
tanto o sul quanto o norte forragens para que a introdução de ovelhas neste novo
ambiente habilitado pelo homem não poderia impor qualquer desvantagem. Um
segundo fator seria a vantagem comparativa do sul em seu acesso a diferentes
corantes naturais. Um terceiro fator, e ainda mais importante, seria que as cidades sul,
em plena expansão e com novas populações emergentes ao seu redor contavam com
maior cota de mão de obra disponível para o trabalho têxtil. Desde o começo aquele
grande acervo de trabalhadores haviam se organizado para assegurar maior eficácia e
melhor qualificação em sua produção têxtil, nota-se que houve também uma aplicação
do Estado na produção têxtil. A passagem de roupa de lã como matéria-prima básica
na manufatura têxtil do sul na segunda metade do quarto milênio e desenvolvimento,
estreitamente relacionados, tecelagem patrocinada pelo Estado, um mercado que
apresenta manual que ilustra a muitos efeitos multiplicadores que estão promovendo
a introdução de novas indústrias e a capacidade de produção aumentada. Isso fez com
que a Mesopotâmia adotasse diferenças tecnológicas relevantes para a produção de lã
em tecidos e outros vestuários acabados. As indústrias de lã que surgiram foram
organizados de acordo com os princípios da concentração da produção e controle do
trabalho que mais tarde iria prevalecer entre os seus homólogos no período histórico,
muito melhor documentado. Com isso é possível supor que:
 A produção têxtil maciça em ambos os períodos foi essencialmente um
fenômeno urbano, com base nas próprias cidades ou suas dependências
imediatas.
 Que esta produção foi inteiramente financiada pela elite urbana e apenas
beneficiam as elites.
 Que em ambos os períodos (entre os períodos de Uruk e Ur III) viviam nas
cidades um percentual similar de elites.
 Que estas elites consumiam em iguais quantidades os tecidos e panos de
maior qualidade para uso próprio e para a exportação.
 Que ambos os períodos (entre os períodos de Uruk e Ur III) havia sido
necessário uma percentual similar de trabalhadores para produzir bens de
consumo para a elite, trabalhadores que utilizavam lã de menor qualidade.
Estes dados nos permitem verificar a partir desta produção de lã:
As diferenças no tamanho da população da planície entre as duas fases cronológicas.
AS diferenças geradas pelas singularidades institucionais imperiais de Ur III, como o efêmero
complexo de Puzrish Dagan para reunir o gado, que foi um ponto de concentração de ovelhas
e lãs entregues como imposto por províncias inferiores e como tributo dos aliados imperiais de
fora da planície aluvial.
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