24/05 - manuscrito de um shaumbra

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O ÚLTIMO – Maio de 2016
NB: essa canalização é extraída de um conjunto de canalizações
que acompanharão nossa ressurreição nesse mês de maio.
Em seu nome e em meu nome, em sua forma como em toda forma,
no sem forma, no sem nome, no espaço e por toda a parte, eu sou
você.
Você, em sua inteira liberdade, em sua inteira verdade, aí, onde
ninguém mais pode testemunhar, ai, onde nada mais pode ser dito
e onde, no entanto, tudo está incluído e tudo está presente.
Em sua Presença, como em minha Presença, em sua Ausência,
como em minha Ausência, em todo limitado, como em todo
ilimitado, eu falo e eu me calo, diante da majestade, diante da
Evidência.
Em seu coração, que é meu coração, além de toda propriedade e
de toda denominação, eu o chamo, para que você renasça em si
mesmo.
Além de sua forma, além do peso como além da Leveza, eu estou
aí, onde você está.
Em suas dores, em suas alegrias, o Amor está aí.
No fogo, qualquer que seja, eu estou aí, onde você se tem.
No ser como no não ser, no ego como no Si e além de todo Si, eu
falo.
Quer você me ouça ou não, nada muda, quer você me perceba ou
que você não me perceba, eu estou aí.
Transcendendo a história, transcendendo todo nome, toda forma,
todo objeto e todo sujeito, além dos mundos, além das estrelas,
além dos buracos negros, além da vida, além da morte, no que
passa e no que permanece, eu sou você.
No coração do ser, de cada um de você, em todas as facetas, em
todos os reflexos, em todo erro e em toda verdade, eu permaneço,
porque eu não sou nem uma nem a outra, e eu sou cada um.
No Espírito, você me vê e você é você.
No Amor... [Silêncio]… deixe-me tomá-lo, para restabelecê-lo.
Você, que nasce de novo, na chama do Espírito, na chama de seu
coração, na chama do Sol como na chama da Terra, em todo lugar,
em todo espaço e em todo tempo, eu o acompanho.
Eu coloco, em você, o sopro do Verbo, então, eu lhe digo: levantese, revele-se.
… Silêncio…
Levante toda aparência e todo véu.
… Silêncio…
No Branco, como em toda cor, como em toda ausência de cor,
existe nenhum lugar, nenhum local no qual você não está.
Eu sou a energia que corre, eu sou todos os olhares, todas as dores
e todas as alegrias.
Tudo está aí e nada pode ser retirado, e nada pode ali subtrair-se.
… Silêncio…
A vida, sem limite e sem condição, é o que você é.
Ao mesmo tempo, nem isso nem aquilo, ao mesmo tempo, isso e
aquilo.
… Silêncio…
Aí, onde nenhuma falta pode, mesmo, ser imaginada.
Você é o nada, você é o pleno, você é o tudo, você é o Único.
Vire-se e veja, e viva.
… Silêncio…
No Verbo e no Sopro, você se anima.
No Verbo e no Sopro, você desaparece.
E, no entanto, isso continua aí.
Nada guarde, nada retenha.
Você, além de todo movimento, além de toda descida e de toda
subida, aí, de onde tudo vem, aí, para onde tudo volta, você é você.
Não sua pessoa, mas, sim, a soma do conjunto dos possíveis, na
qual, mesmo o impossível, não pode ser excluído.
… Silêncio…
No mesmo fogo, na mesma vida, que jamais falece, que jamais se
esquece.
No tempo que transcende todo tempo.
Você é isso e, mesmo isso, não saberia defini-lo ou compreendê-lo.
… Silêncio…
Em cada palavra e em cada espaço entre minhas palavras, o que
você ouve é apenas sua própria voz, sua própria palavra e o Verbo
vivificado.
E, nisso, nada há a chamar nem a temer, nada a perder e nada a
ganhar, onde todos os jogos são permitidos, porque não há
qualquer permissão para obter em outros lugares que não em você.
Quando você desperta, quando você adormece, quando você
dorme e quando você está em pé, você continua aí.
Mesmo quando possa parecer nada mais ali haver, você estará aí,
despojado de toda forma, como de toda história.
Em todas as formas possíveis e em todas as histórias escritas ou a
escrever, você está aí.
Nada há a saber, nada há a aprender nem a desaprender, há
apenas isso.
Em cada Agni Deva, em cada sol, você está aí.
… Silêncio…
Em verdade, eu lhe digo, você é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Você é todos os caminhos, todas as verdades e todas as vidas.
Aí onde há você, aí onde há eu, tudo está aí.
… Silêncio…
Ouça-me, e você se ouvirá, sem palavras ou com palavras.
Na forma e no sem forma, o Amor que se ama a ele mesmo sem
restrição, sem, a priori e, sobretudo, sem condição.
E aí, quando nada mais pode ser distinguido, quando tudo pode ser
visto, você está aí, como alhures, como em todo alhures, conhecido
ou desconhecido.
Mergulhe na Água do alto e na Água de baixo, sem distância.
Mergulhe na Água de Vida.
… Silêncio…
Você, o Verbo preliminar a tudo, lembre-se.
… Silêncio…
No fluxo e no refluxo, na dança da Vida, eu o convido aí, onde você
se acolhe, aí, onde você se vê, aí, onde você fala, aí, onde tudo é
Silêncio.
Aqui e agora, alhures, após e antes, em toda carne, em todo
Espírito, você está aí, e se segura sem segurar em nada, presente
e ausente ao mesmo tempo.
Você está aí, mais nenhuma violência e nenhum sofrimento podem
parecer atingir o que quer que seja.
Nada mais espere, vire-se, olhe-se, e você se vê.
Aceite-me, então, você se aceita.
Em seu sorriso, em toda forma e em suas lágrimas de cada olho, o
mesmo Amor, a mesma Verdade.
Seja o Único, você, que é ardente, ou você, que está, ainda, morno,
não pare nisso.
… Silêncio…
O Coro dos Anjos entoa o canto de glória de sua Presença e de sua
Ausência.
Assim, a sinfonia do novo, a sinfonia do Amor ressoa em todo lugar
e ilumina cada coisa e cada um.
… Silêncio…
Você, que é eu, assim como cada outro, eu falo em seu coração, no
qual tudo é branco.
Você é a Felicidade.
Pela terceira vez, eu me dirijo a você, que conclui um ciclo, para
que você se tenha em todo ciclo, como fora de cada ciclo.
Eu canto em seu coração.
Tudo é Um.
Eu falo por sua língua e por seu sopro.
Aí, onde mais nenhuma palavra pode ser útil, mas testemunha o
que apenas pode ser vivido, onde todo o resto é supérfluo.
Eu venho amá-lo, na medida de seu amor, que jamais poderá ser
medido, se não é no que você pode, ainda, pensar, no que é
necessário tratar como chaga que é, ela também, apenas uma
ilusão.
… Silêncio…
Na fonte que jorra e na Fonte de Cristal, você se religa à sua
liberdade, aí, onde tudo é sentido, aí, onde tudo é Amor em ação e
em verdade.
Esqueça-se de minhas palavras, esqueça-se de suas palavras,
coloque-se no Silêncio que sustenta o Verbo, antes de qualquer
começo.
… Silêncio…
Escute-se, no silêncio de nosso coração.
Eu me junto a você.
… Silêncio…
Em toda Graça há uma doação, em toda doação há a Graça.
Qual Graça?
A Graça do Amor e a Graça da Luz, que canta a mesma nota, que
vive o mesmo coração.
Eu estou vivo se você está vivo, eu estou vivo, mesmo sem
qualquer condição, sem qualquer si.
… Silêncio…
Você é isso.
Em qualquer papel que seja, em qualquer ideia que seja, você está
aí.
E quando o papel apaga-se e quando todo pensamento cala-se,
você está, ainda, aí, e continua aí, porque, ao ser de toda parte e de
lugar algum, todas as suas moradas são minhas, a morada de cada
um é, igualmente, sua.
Eu sou seu corpo, como todo corpo, da partícula elementar ao
conjunto de sóis, ao conjunto de vidas.
Eu sou você, porque tudo é Um.
De qualquer lado que você olhe ou coloque-se, em qualquer
dimensão, em qualquer origem, em qualquer linhagem, na chama
de Vida, em todo canal e em todo circuito, como em toda molécula
de seu corpo, como em cada tijolo do universo.
Venha, não se mova, você é de toda parte.
Deixe-me abraçá-lo, para abraçar-se a si mesmo, em sua forma
como em toda forma.
Deixe-me enlaçá-lo, para aperfeiçoar o que você pensa haver a
aperfeiçoar.
Não pense.
Aí está o Verbo do Amor.
… Silêncio…
Você, eu sou você, eu sou o Infinito, assim como o Indefinido, além
de toda definição.
… Silêncio…
Nutra-se de Luz e de Amor, do que você é.
Nutra-se de tudo o que você pôde pensar rejeitar, por medo ou
ignorância, por desprezo ou por amor.
Nenhuma diferença e nenhuma distância.
Veja o que é, além do que apareceu, além de toda forma.
Veja.
Aí onde você se percebe, como aí onde você não se percebe, você
continua aí.
Presente e ausente ao mesmo tempo, aí, onde nada é congelado e
tudo é imutável, no mesmo movimento, no mesmo repouso.
Eu o enlaço e eu o abraso.
Leve-me à plena vida, à plena alegria, ao pleno coração.
Esqueça-se de suas palavras e de minhas palavras, guarde delas
apenas o sabor e o gosto eterno que passa das palavras.
Aqui, cada um é seu amigo e cada um é seu amado.
O que quer que você pense, o que quer que diga e o que quer que
faça, isso nada mudará, porque isso é imutável.
… Silêncio…
Qualquer que seja seu nome, qualquer que seja sua forma,
qualquer que seja seu mundo, você é de todo mundo e além de
cada mundo.
Nenhuma diferença, nenhuma distância.
Você está aí e eu estou aí, na Evidência da Vida, na Evidência do
perdão.
Assim você renasce, no espaço-tempo que não se conhece a ele
mesmo, porque tudo ali é conhecido e nada pode ser excluído.
Veja e viva o coração de seu coração, como o coração de cada um.
… Silêncio…
Em cada espaço entre minhas palavras há tudo, e tudo é Amor.
O que quer que se diga e o que quer que você diga, quaisquer que
sejam os pensamentos, quaisquer que sejam as ideias, há apenas
isso, em definitivo.
Aí, nada há a definir e nada a nomear, porque cada definição e
cada nome é o correto e verdadeiro nome.
Nesse coração, em cada coração, há a mesma vida, a mesma
Graça, a mesma Eternidade, o mesmo Infinito e todos os finitos.
O que resta mais do que isso?
E só isso é quintessência e essencial.
… Silêncio…
Ame toda forma, todo nome, porque você é tudo isso.
Aceite-o, mas não creia, viva-o.
Não há qualquer obstáculo, nem carne que se oponha, nem ideia,
nem pensamento, nem memória que possa limitar isso.
Saiba disso, mas, sobretudo, viva-o.
Nada espere, porque tudo está aí.
Qualquer que seja o mundo onde você está colocado, o que quer
que viva seu mundo, a Verdade ali não está, exceto na Vida, exceto
no Amor.
A Verdade é seu coração, que é meu coração.
Mostre-se, para que nada haja a demonstrar ou a provar, porque
você é a melhor prova do Amor.
… Silêncio…
Oremos, juntos, sem palavras e sem desejos, sem intenção e sem
projeção, apenas para festejar isso.
Cante, como o Coro dos Anjos, os louvores eternos.
Aí, você aí está, você jamais se moveu, você jamais partiu, você
continua aí.
Na eternidade dos dias, na eternidade das noites, como na
eternidade dos mundos, como na eternidade do Criado e do
Incriado, regue-se, sacie-se, embebede-se.
Aí, tudo é suave.
Aí, exata e precisamente.
Veja a Paz, a paz do Amor, a paz do verdadeiro.
Eu o convido a isso, a cada sopro, a cada suspiro, a cada impulso.
… Silêncio…
Sim, sim, há apenas «sim».
Sim à vida, sim ao Amor, sim à Eternidade, sim à sua forma como a
toda forma.
Você, o filho do «sim», ouça e percebe o que eu lhe dirijo em cada
palavra, em cada silêncio.
Aí está a essência da qual você é a quintessência.
Aqueça-se, não fique morno.
Abra-se, para que a fonte do Amor revele o cristal de sua
eternidade.
Aí, tudo é evidente.
Veja a Evidência, perceba a Vida no Fogo do batismo e na Água do
batismo.
Sorria para mim e ria comigo.
… Silêncio…
Não procure mais, tudo está presente, tudo está aí.
Eu falo assim, em você, a cada minuto, a cada vida, a cada morte,
mas você é finito, com a vida e a morte, só resta a Vida, só resta o
Amor, o remédio para toda infâmia, para todo sofrimento, o Amor,
ainda e sempre.
… Silêncio…
Na Graça, eu o vejo, no Amor, eu o vivo, na Verdade, eu o
abençoo.
… Silêncio…
Aí, em sua densidade e na Leveza, eu falo do mesmo modo e eu
me calo.
Tudo isso você sabe, tudo isso você vive.
Eu deposito, em seu coração, a bênção do Eterno.
… Silêncio…
E eu o consagro à vida Una e indivisível.
Tudo isso, você o diz a si mesmo, no silêncio e nas palavras, na
mesma Evidência.
… Silêncio…
Eu não o deixo, eu estou, permanentemente, eu sou você.
Eu o abraço e eu o enlaço na liberdade do Amor, na liberdade da
Alegria.
Eu o amo.
… Silêncio…
Guarde essas palavras e esses silêncios para sempre vivos, para
sempre presentes.
Eles são sua verdade, eles são minha verdade.
Eu o abençoo e eu me calo.
Eu o amo, eu o amo.
… Silêncio…
Eu me calo agora.
Repouse em paz, repouse no Amor.
… Silêncio…
Volte para você, para essa forma que você habita, mas guarde
minhas palavras e guarde meus silêncios, a cada segundo como
além desse tempo.
Eu o abraço e eu o enlaço.
Calemo-nos, juntos, e guardemos isso vivo.
… Silêncio…
Eu não o deixo, nada pode ser deixado.
Você é livre no Amor e o Silêncio faz-se e, no entanto, ele canta em
você e em mim.
… Silêncio…
Eu lhe digo até sempre, na Eternidade como em seu efêmero.
… Silêncio…
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