SEXUALIDADE CONJUGAL Quando falamos em sexualidade, logo

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SEXUALIDADE CONJUGAL
Quando falamos em sexualidade, logo vém à cabeça das pessoas o sexo.
Mas realmente, nos dias de hoje, é fácil confundir-se, pois:
SEXO - RELAÇÃO SEXUAL
é o que dizem ser
SEXUALIDADE
Mas durante essa exposição o que queremos é desmentir essa afirmação social, amplamente
pregada pelos meios de comunicação e proliferada nas rodas de conversa masculinas e
femininas.
Falar de SEXO enquanto mecanismo ou prática é realmente muito fácil. E no nosso caso, numa
preparação de noivos, eu diria que é completamente desnecessária. Sem puritanismo ou
hipocrisia, diante da situação atual da juventude, devemos dizer que muitos adolescentes e
jovens conhecem muito mais sobre métodos, formas e usos da RELAÇÃO SEXUAL – o SEXO –
que nós, casados e unidos em uma só carne.
Como o que nos interessa é o que leva as pessoas ao momento supremo do SEXO, precisamos
dizer algumas coisas que nos parecem importantes:
A primeira é que Igreja não proíbe. A missão dos que seguem a Jesus Cristo não é proibir
condutas ou usos, mas recomendar o caminho da Verdade e da Vida, à luz da vontade de Deus.
Nem mesmo pecar é proibido, mas a Igreja alerta que o pecado nos tira do caminho da Salvação
nos afastando de Deus. Cabe à Igreja a missão de salvar o pecador e não de condená-lo sem
uma chance de apresentar a ele a luz da Salvação: Jesus Cristo.
--------------------A segunda coisa que é importante para começarmos, é que há muitas correntes modernas que
nos indicam mais erros que acertos. O SEXO é tido como o todo e não como parte de um todo
que envolve o casal por inteiro. Quando duas pessoas se unem por amor, com respeito e o firme
desejo de construirem juntos uma vida, apesar dos problemas que possam surgir, e desejando
abrir sua vida a dois à influência de Deus, estamos falando de Matrimônio. E esta união
subentende uma unidade em "uma só carne" muito significativa e profunda, porque o homem e a
mulher unidos dessa forma compartilham-se completamente: no carnal, no espiritual e no
afetivo-psicológico. São "um" integralmente. Um maravilhoso mistério da vida que nunca deveria
sofrer com a divisão e a destruição.
Mas todos devem conhecer, infelizmente, casais que sofrem demais sem nunca se entender.
Casais que namoraram, noivaram e que decidiram viver juntos, com sacramento ou não, e que
atualmente estão às portas da separação ou já se separaram. O que muda entre o tempo de
namoro e o tempo de casado?
Podemos citar algumas coisas como:

A rotina e o convívio diário, compartilhando os espaços, as coisas, os momentos, sem
ter o um espaço físico que nos distancie em caso de algum tipo de atrito ou
contrariedade, comuns no casamento. Se um ou outro não concordarem, por exemplo,
com uma compra feita por um sem a consulta ao outro, não haverá como inventar uma
indisposição para esfriar a cabeça "lá em casa", como acontecia nos tempo de namoro,
porque já estaremos "aqui em casa". Sem o espaço físico, as palavras não cessam, os
olhares não deixam de se cruzar, a preseça é percebida a todo instante e, até mesmo, a
respiração vai incomodar. E o pior será descobrir que o dia seguinte será igual se
alguma medida não for tomada. Mais terrível ainda é constatar que sempre acontedcerá
o mesmo todas as vezes que o mesmo deslize for cometido. Some-se à isso a
"normalidade", a falta de "novidades" e de um certo glamour nas coisas simples do diaa-dia: acordar sempre no mesmo horário por imposição do trabalho, tomar as refeições
triviais a cada dia mais corridas, os trabalhos cada vez mais automatizados que nos
impedem de viver a vida com mais afetividade, o mesmo caminho, o mesma calçada, a
mesma tinta no teto do quarto... entre tantas outras coisas, que acabam virando a tal
"rotina".

Uma maior responsabilidade do casal diante dos novos desafios de uma vida a
dois para construir um novo lar, uma nova família. Experimente dizer a uma mulher, em
cima da hora, que você convidou alguém para jantar em sua casa... talvez não sobre
muita casa depois do anúncio, pois a mulher se agitará tanto com a suposta
responsabilidade de receber bem aquela pessoa, que acabará estressada e estressante.
Diga ao marido que teve que comprar, emergencialmente e sem, obviamente, tempo
para uma consulta ao orçamento doméstico, um sofá novo para receber a visita...
terminará com um marido mais falante que papagaio de cortiço. Sátiras à parte, a
responsabilidade de sempre acertar, de sempre agradar o outro, de sempre tomar a
decisão mais adequada, tornam a vida a dois no casamento diferente da vida de
namorados, onde até mesmo uma grande gafe tem potencial para tornar-se piada quase
que imediatamente.

O conhecimento cada dia mais profundo do outro, que, juntamente com a rotina e
com a nova responsabilidade, nos leva a ver cada vez mais os pontos negativos do
outro. É inevitável ouvir um "quando namorávamos não era assim" nos primeiros anos
de união. Tanto o marido como a esposa sempre tiveram, com certeza, um grande
esforço de conquista do outro para preservar a relação e atingir um suposto objetivo:
casar. Mas quando eles se unem, descobrem que casar não era a reta final, mas o
começo de uma vida. As cobranças por detalhes mínimos como o uso "adequado" dos
espaços e das coisas comuns, sem uma flexibilidade que permita que o outro se
acostume ao nosso próprio modismo, leva a um desgaste natural do relacionamento. Aí,
o sabonete com cabelos, a tubo de pasta de dentes amassado, o pente sujo, a toalha
molhada em cima dos móveis, a tábua de passar roupa no meio da sala, etc. passam a
ser espetáculos de horror e de uma suposta "insanidade" de cada pessoa. E isso acaba
cansando.
Ok. Mas o que isso tudo tem a ver com o tema SEXUALIDADE CONJUGAL?
Tudo! A sexualidade envolve a totalidade do ser homem e do ser mulher. Não somos somente
machos e fêmeas, somos muito mais. Quando nos consideramos apenas como seres sexuais
(macho ou fêmea) corremos o risco de acabarmos com a prática do SEXO dentro do casamento.
Como se diz, ficaremos no zero-a-zero constantemente.
Quando descobrimos o que é sermos Homens e Mulheres integralmente, descobrimos novas
formas de viver e de conviver. Aprendemos a respeitar o outro inteiramente. Vamos descobrindo
que aquelas diferenças entre o namoro e o casamento vão desaparecendo conforme
respeitamos nossos desejos, nossas vontades, nossas diferenças.
Homens e Mulheres diferem basicamente em:
HOMENS
Negam seus sentimentos
Fogem das conversas
Reagem imediatamente a estímulos físicos
MULHERES
Vivem seus sentimentos
Forçam a conversa
Necessitam de maior cuidado afetivo e de
pequenas gentilezas
São mais práticos
São mais prolixas
No conjunto da vida conjugal há um grande peso de uma boa vivência da sexualidade para que
o relacionamento perdure. Além do amor, do respeito, da cumplicidade, da constante partilha e
da amizade, a sexualidade pesa dentro de todo o ciclo, alimentando os outros aspectos e sendo
conseqüência de uma boa vivência deles. Quantos casais não reclamam de frieza e
distannciamento sexual e em uma observação mais profunda acabamos observando que o
problema começa bem antes da chegada à cama do casal. Podemos observar que às vezes
falta respeito no trato mútuo, ou que falta carinho e afeto no trato diário - coisas como o selinho,
o bom dia, um abraço descompromissado, etc. -, ou falta uma palavra de apoio em algum
momento crítico, ou falta uma certa compreensão de que o problema do outro é seu também... e
por aí vamos. Às vezes falta tudo, infelizmente! O exercício da sexualidade começa ali, nas
coisas do dia-a-dia.
Imaginem, depois de seis ou sete meses de casados, o masrido que tem um dia extremamente
estressante no serviço, onde nada deu certo e ainda precisou suportar mandos e desmandos de
um chefe irrascível. Voltando para casa, encontra trânsito ou condução cheia para lhe completar
o dia. Ao chegar em casa, ele, não querendo incomodar a esposa, afinal de contas nada daquilo
é da conta dela, abre a porta, diz um "oi" sem beijinho e vai para o banho. Alguns minutos
depois, volta para a cozinha, abre algumas tampas de panela e porque está "sem muita" fome,
come pouco. Mais tarde, ele olha para a esposa e diz: que tal umazinha?? O que vocês acham
que pode acontecer?
Bem, quando ele chegou e nem deu o "selinho" e foi direto para o banho, a mulher já foi
ofendida, afinal de contas ela esperou por esse momento o dia inteiro, e, por mais estressante
que possa ter sido o dia dela, o carinho é tudo que ela quer para esquecer o que passou. As
mais ciumentas já teriam ido verificar se as roupas dele não teriam perfumes ou fios de cabelo
de "outras". Quando ele abriu as tampas das panelas e comeu pouco, insultou-a profundamente.
E depois de tudo ainda quer algo a mais? O resultado é um importante zero-a-zero.
O pior é que, na cabeça masculina, incentivada pela mídia e pelos torpes costumes sociais
ligados à condição de macho, a relação sexual nesse momento de descanso seria a "solução", a
válvula de escape para o dia difícil. E a esposa lhe negou isso.
O que falta aqui? Como resolver essa situação? Como reestabelecer o frágil equilíbrio dessa
sexualidade desastrosa? DIÁLOGO e TRANSPARÊNCIA.
Se o marido, ao invés de calar-se, não tivesse fugido da conversa franca, teria chegado em casa
e dito imediatamente à mulher sobre o duro dia. Teria recebido o "selinho" e a compreensão
feminina. Posteriormente poderia haver alguma negociação, a esposa teria expressado também
suas angústias, ambos teriam feito naturalmente algo um ao outro para compensar o desgaste
e...
As diferenças teriam sido respeitadas. O resultado teria sido outro.
O que queremos dizer até este ponto é exatamente que o que a sociedade apregoa, incentivada
pelos meis de comunicação não funciona dentro do matrimônio. Por isso, mais que nunca, a
Igreja não aprova o relacionamento sexual fora do casamento, pois, é preciso uma ligação
profunda entre homem e mulher para que o SEXO seja pleno e integral. O descompromisso de
muitos namorados e "ficantes" que praticam a relação sexual de forma destacada dos valores
que apresentamos aqui os leva a uma posterior vivência falha no matrimônio. O SEXO fora do
casamento aprofunda os maus constumes masculinos e femininos e estimulará uma "guerra dos
sexos" após o casamento, onde um sempre se achará mais merecedor da felicidade que o outro.
Eu preciso de mais prazer que você, ou melhor, eu mereço este prazer agora mais do que você.
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