VII – Teoria da Produção e dos Custos

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VII – Teoria da Produção e dos Custos
A Empresa e a Produção – empresa é a unidade económica de produção encarregada de combinar os fatores
produtivos (L,T,K) para produzir bens e serviços que depois serão vendidos no mercado.
Propriedades da empresa – prof. disse q não dava e ñ punha no teste.
A função de Produção
É: Uma relação quantificada entre o nível de inputs e o nível de output máximo que pode ser atingido com
determinada tecnologia
A Relação através da qual os fatores produtivos (K, T, L) são combinados para produzir o produto.
Admitindo que o processo de produção utiliza 2fatores produtivos, o capital(K), e o trabalho(L), a relação entre K,L
e Q pode ser representada do seguinte modo:
Q = F (K,L) F. Produção
Se a F.produção mede o montante máximo de output que é possível obter a partir de um determinado montante
de inputs, então:
Fatores produtivos Fixos e Variáveis
A Curto Prazo – horizonte temporal demasiado curto para permitir variações nas quantidades utilizadas de todos
os inputs.
Um fator produtivo cuja quantidade não possa ser alterada num determinado período é denominada fator
produtivo fixo em relação a esse período de tempo.
A Longo Prazo – horizonte temporal que permite a alteração das quantidades utilizadas de todos os inputs.
Um fator produtivo cuja quantidade pode ser alterada livremente é denominada fator produtivo variável em
relação a esse período de tempo.
Produção no Curto Prazo
Caraterísticas da f.produção no c.prazo
- Passa pela origem não se produzem quantidades positivas se não se utilizam quantidades positivas do fator
produtivo variável.
- A adição sucessiva de mais uma unidade de fator variável aumenta o produto a uma taxa decrescente (PmgL
decrescente)
- A partir de certo ponto se, se utilizarem unidades adicionais do fator produtivo variável obtidos acréscimos de
produção negativos.
Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
Se forem adicionados montantes iguais do fator produtivo variável, mantendo todos os outros fatores produtivos
constantes, os acréscimos do produto são a partir de certo ponto decrescentes e podem chegar a se negativos.
Produtos Total, Médio e Marginal
Produto Total – é o montante total de produto que se obtém com um determinado montante de fator produtivo
variável.
Produto Marginal – corresponde a alteração no produto total que ocorre como resposta a uma alteração unitária
no fator produtivo variável (ceteris paribus)
Produto Médio – de um fator produtivo
variável é definido como o produto
total dividido pela quantidade utilizada
do fator.
Produção e Eficiência no L. Prazo
No longo prazo todos os fatores produtivos são por definição variáveis.
O lugar geométrico de todas as combinações possíveis de fatores produtivos que originam uma determinada
quantidade de produto é denominada de isoquanta
O número atribuído a uma isoquanta corresponde à quantidade real de produto que se obtém.
Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) – é a taxa a qual o produtor está disposto a trocar um
fator produtivo por outro, sem alterar a quantidade total do produto.
Derivar a fórmula da TMST:
I TMST I diminui com movimentos descendentes ao longo da isoquanta.
Casos Particulares de Isoquantas
Isoquanta Linear – não existe uma crescente dificuldade em substituir os fatores de produção, isto é, os fatores
produtivos não detêm especificidades no processo produtivo. A TMST é constante ao longo da isoquanta.
Isoquanta Retangular – não é possível substituir um fator produtivo por outro. Os fatores produtivos são
perfeitamente complementares – os inputs são combinados de forma eficiente em proporções constantes.
Rendimentos à Escala – rendimentos a escala refere-se ao modo como o output se altera quando se altera a
escala da produção.
Este conceito informa-nos sobre o que acontece ao produto quando se aumentam todos os fatores produtivos na
mesma proporção.
Dado que este conceito diz respeito a situações nas quais todos os fatores produtivos são variáveis é um conceito
l.prazo
Situações possíveis:
 Rendimentos Constantes à Escala – um aumento proporcional em todos os fatores produtivos gera um aumento
na mesma proporção do output
F (tK, tL) = t F (K,L)
 Rendimentos Crescentes à Escala – alterações proporcionais em todos os fatores produtivos conduzem a uma
alteração mais do que proporcional no output F (tK, tL) > t F(K,L)
 Rendimentos Decrescentes à Escala – alterações proporcionais em todos os fatores produtivos conduzem a uma
alteração menos do que proporcional no output F (tK, tL) < t F(K,L)
Note-se que, como podemos observar na figura a função de produção não tem que apresentar o mesmo grau de
rendimentos à escala para diferentes níveis de output.
Eficiência Técnica e Eficiência Económica
Um método de produção é tecnicamente eficiente se a produção que se obtém é a máxima possível
dadas as quantidades utilizadas de fatores produtivos.
A eficiência económica mede o uso de fatores produtivos não em termos físicos mas sim em termos de
custos.
Um método de produção economicamente eficiente
 é aquele cujo custo de produção é o mais baixo possível dado um conjunto de preços dos fatores
produtivos.
 minimiza o custo de oportunidade dos fatores utilizados para obter determinado nível de produção.
Custos da Empresa a Curto e Longo Prazos
Qual a relação entre quantidade produzida e o custo da sua produção?
Como variam os custos com o produto no c.prazo?
Como variam os custos com o produto no l.prazo?
Custos no Curto Prazo
Dada a função de produção: Q = F ( L, K0)
Existem determinados custos em que a empresa incorre que são:
 Fixos - relacionados com os fatores produtivos fixos. Não variam no c.prazo à medida q a quantidade de produto
varia.
 Variáveis – relacionados com os fatores produtivos variáveis. Variam à medida que se altera a quantidade de
produtivos utilizados: CT = CV + CF
Se,
CF = r.K0 e CV = w.L ENTÂO, CT = w.L + r. K0
Relação entre a Curva de Produto Total e as Curvas de Custos
Custos Médios e Marginais no Curto Prazo
A função de custo médio mede o custo por unidade de output
A função custo variável médio mede o custo variável por unidade de output.
A função custo fixo médio mede o custo fixo por unidade de output.
Curva de custo marginal mede a alteração nos custos resultante de uma determinada alteração no output:
CMg = CT / Q =  CV / Q
CMG = dCT / dQ = dCV / dQ
 Relação entre as
Curvas de Custos
A Afetação da Produção a 2 Processos
Como dividir uma determinada quota de produção entre 2 processos de forma a produzir-se ao menor
custo possível?
 se QT é a quantidade total produzida
 Q1 e Q2 são os montantes produzidos em cada um dos processos, 1,2
 CT1 CT2 são os custos totais de produção em cada um dos processos 1e2
Os valores de Q1 e Q2 que resolvem este problema são aqueles para os quais os Cmg de produção são
iguais nos dois processos
Razão: Se um processo apresentasse custos marginais inferiores poder-se-ia transferir uma unidade do
produto do processo com Cmg mais elevado para o processo com menor Cmg.
Como o resultado seria o mesmo produto com um custo total inferior a divisão inicial não poderia ter
sido minimizadora de custos
Então:
Condição de Custo Mínimo: Cmg1 = Cmg2 e Q1 + Q2 = QT
Relação entre Produto Marginal, Produto Médio, Custo Marginal e Custo Médio
Qual o elo entre estas 2relações?
Cmg = CT / Q = CV / Q
Como o trabalho é o único fator produtivo variável: Cmg = wL / Q
Se os salários forem constantes: Cmg= w L /Q
Como: PmgL = Q / L
Então: Cmg = w.1/PmgL = w/PmgL
Conclusão: Mínimo Cmg acontece quando o Pmg é o máximo.
Do mesmo modo: CVm = CV/Q = wL/Q
Como: PM = Q/L
Então: CVm = w.1/PM = w/PM
Conclusão: Mínimo CVm acontece quanto PM é máximo.
Custos no Longo Prazo
Por definição, no l.prazo todos os custos são variáveis.
Como escolher uma combinação ótima de fatores produtivos de modo a minimizar os custos?
Ou, equivalentemente, como produzir a máxima quantidade possível de produto para uma determinada despesa
com fatores produtivos?
Dada a função custo total: CT = wL + rK
Resolvendo em ordem a K, obtém-se:
 Expressão geral da Isocustos (lugar geométrico de todas as combinações possíveis de
fatores produtivos que podem ser adquiridas com um despesa total = CT)
Caraterísticas:
 interceto vertical: CT/r
 interceto horizontal: CT/w
 declive: -w/r
Como escolher a combinação ótima?
 qual a quantidade máxima de produto para um determinado montante de despesa?
 qual o mínimo custo de produção de uma determinada quantidade de produto?
 declive da isoquanta: - PmgL/PmgK = TMST
 declive da isocustos: - w/r
O custo mínimo ocorre no ponto de tangencia da isoquanta com a isocustos:
 - PmgL / PmgK = -w/r
 PmgL / PmgK = w/r
 PmgL/w = PmgK / r
A Relação entre a Escolha Ótima e os Custos no L.Prazo
- A curva formada pelos sucessivos pontos de ótimo à medida que aumenta a quantidade produzida e o custo,
mantendo-se constante w,r e a tecnologia, é chamada de caminho de expressão do produto no longo prazo
Dito de outro modo, o caminho de expansão é o lugar geométrico dos cabazes dos fatores produtivos que
minimizam os custos quando o quociente dos preços dos fatores produtivos é constante em w/r
Para se chegar do caminho de expansão à curva de custo total no l.prazo representam-se apenas os pares de
quantidade-custo relevantes:
- a curva de custo médio de l.prazo mostra o custo médio mínimo de produção quando todos os fatores produtivos
são variáveis,. Independentemente da sua forma, a curva de CMI.p. será sempre o envelope da família das curvas
de custos médios de c.prazo, sendo cada uma delas tangente à curva de CMI.p. num único ponto:
- a curva de custo marginal de l.prazo mostra o custo adicional necessário para obter mais uma unidade de
produção, quando todos os fatores produtivos são variáveis de forma que estes podem ser modificados
oticamente de forma a minimizar os custos.
A Curva de Custos Médios L.Prazo e os Rendimentos de Escala
A forma de curva de custos médios de l.prazo é descrita em função das economias e deseconomias de escala:
 quando se observam rendimentos crescentes à escala o CMI.p. diminui à medida que aumenta o output.
 quando existem rendimentos decrescentes à escala o CMI.p. é crescente à medida que aumenta o output.
 quando se verificam rendimentos constantes à escala, CMI.p. é uma linha horizontal
Contudo o grau de rendimentos à escala de uma função de produção não necessita de ser o mesmo para todo o
intervalo de
produto
A Escala Mínima Eficiente
Em algumas produções parece existir um nível mínimo imprescindível para que o emprego de determinados
fatores alcance o seu nível de máxima eficiência. A este nível chama-se escala mínima eficiente.
- Em postos inferiores ao de escala mínima eficiente de um processo de produção aumentos no nível de
produção correspondem a reduções mais que proporcionais no custo unitário.
- A existência de escala mínima eficiente., motivada pela divisibilidade imperfeita e a especialização dos
fatores é a causa da curva de CMI.p. apresentar parte descendente.
- para níveis superiores à escala mínima eficiente, a hipótese de réplica e divisibilidade perfeita levaria a
rendimentos constantes à escala ou custos unitários constantes.
- Em alguns casos a curva CMI.p. tem a forma de U o que parece descrever de forma satisfatória a
evolução dos CMI.p.
Decisão de Produção e Maximização dos Benefícios
Para determinar a quantidade de produto que irá colocar no mercado a empresa pretende maximizar os lucros
Para esta relação existe 3possibilidades:
Se,
No caso de se verificarem perdas, podemos detetar 3situações possíveis:
 Se as perdas forem superiores aos CF, isto é, CV>RT ou CVM>P, a empresa deve encerrar. Dado que se CVM>P, a
empresa incorre em perdas superiores do que se deixar de produzir caso em que as perdas se reduzem apenas aos
CF.
 Se as perdas forem iguais aos CF, isto é, CV=RT ou CVM=P os únicos custos que ficam por cobrir são os CF. Neste
caso a empresa será indiferente entre produzir ou não, já que as perdas que obtém por produzir são iguais às que
teria caso não produzisse
 Se as perdas forem menores que os CF, isto é CV<RT ou CVM<P a empresa cobre totós os seus CV e parte dos
seus CF de tal modo que as perdas que incorre por produzir são inferiores às que incorreria caso não produzisse
(CF). Nesta situação a empresa decidirá produzir. O seu desejo de maximizar os lucros leva-a a minimizar as
perdas.
Maximização de Lucros e as receitas Marginais
As condições para maximizar os lucros são:
 Cmg = Rmg (alteração na receita total derivada da venda de uma unidade adicional de produto)
 P> CVM
 A empresa maximiza o seu lucro total no ponto em que não é possível obter nenhum lucro total adicional pelo
facto de aumentar a produção.
 A empresa aumenta o lucro total sempre que a receita adicional da última unidade vendida seja maior que o
Cmg.
VIII - CONCORRENCIA PERFEITA
Estrutura de Mercado
O critério de referencia para a classificação de diferentes situações de concorrência, isto é, para a definição da
estrutura de um mercado é o nº de participantes nesse mercado.
Em geral pode afirma-se que quanto mais elevado for o nº de participantes mais competitivo será o mercado:
Fatores Condicionantes da Concorrência Perfeita:
1) Elevado nº de compradores e vendedores no mercado – este facto leva que o preço de mercado dependa
da quantidade produzida por uma empresa individual. As empresas individuais tomam o preço de mercado
como um dado, são “price takers”
2) Produto Homogéneo – o produto vendido por uma empresa é substituto do produto vendido por outra
empresa qualquer. Neste sentido tanto compradores como vendedores devem sem indiferentes em
relação a quem compra ou vende.
3) Mobilidade perfeita dos fatores produtivos – de tal forma que as empresas têm liberdade de entrada e
saída no mercado como resposta a incentivos monetários.
4) Empresas e consumidores possuem informação perfeita sobre as condições gerais do mercado – preço
de equilíbrio do mercado é conhecido, não se pode comprar nem vender a um preço diferente do de
equilíbrio. Todos os que querem vender ou comprar podem faze-lo, mas ao preço de equilíbrio.
Deste modo, um mercado é perfeitamente competitivo quando:
 existem muitos vendedores pequenos relativamente ao mercado
 o produto é homogéneo
 os compradores estão bem informados
 existe livre entrada e saída de empresas
 as decisões, tanto de oferta como de procura são independentes.
Uma empresa perfeitamente competitiva será price-taker, dado que considera o preço de mercado constante e
espera poder vender tudo o que quiser ao preço vigente.
Desta definição resulta que a empresa perfeitamente competitiva enfrenta uma curva da procura perfeitamente
elástica:
As decisões chave que terá que tomar são:
 produzir ou não
 se decidir produzir: que quantidade produzir?
Um mercado de concorrência perfeita estará em equilíbrio quando:
 o preço de mercado é único
 a oferta é igual à procura
 todos os consumidores do mercado maximizam a sua utilidade
 todas as empresas do setor maximizam os lucros
A Empresa Competitiva e a Decisão de produzir
A empresa competitiva maximiza o seu lucro, ou minimiza as suas perdas, quando:
- a diferença entre a receita total e o custo total é máxima
- RMG (=P) = Cmg
A empresa concorrencial, maximizadora do lucro irá produzir a quantidade de produto para a qual a Rmg (=P)
seja igual ao custo marginal na região crescente da curva de Cmg.
Curva da Oferta de C.Prazo da Empresa e do Setor Concorrencial
2 Regras:
- o preço deve ser igual ao Cmg na zona crescente da curva de Cmg
- o preço deve exceder o valor do mínimo custo variável médio.
Estas duas regras definem, em conjunto, a curva da oferta de c.prazo de uma empresa perfeitamente
concorrencial:
- curva S: quantidade que a empresa está disposta a oferecer aos vários preços
- empresa concorrencial, simultaneamente price-taker e maximizadora do lucro
Oferta de Mercado a C.Prazo – é dada pelo somatório das quantidades oferecidas por todas as empresas a cada
nível de preços:
Equilíbrio
 Momentâneo ou a muito curto prazo
Acontece quando o período de tempo é demasiado breve que não permite alterar a utilização de qualquer fator
produtivo utilizado na produção. Oferta completamente rígida: alterações da D resultam apenas em subidas do
preço.
 No curto prazo
Período de tempo no qual as empresas podem alterar a produção através de ajustamentos dos fatores produtivos
variáveis. Alterações da D têm um impacto menor no preço.
 No longo prazo
Período de tempo no qual as empresas podem alterar a produção através de ajustamentos de todos os fatores
produtivos. Para além disso há livre entrada e saída de empresas. Oferta elástica alterações da D têm impacto
reduzido sobre os preços.
Equilíbrio no Curto prazo
A Curva da Oferta de Longo Prazo do setor Competitivo
No L. prazo a empresa só produzirá se o P for maior ou igual ao custo médio.
A L.prazo existe também um ponto de encerramento abaixo do qual a empresa não produzirá:
No Longo Prazo
- a quantidade oferecida será zero para todo o P < Cmedmin o que significa que a empresa optará por sair do
mercado se não puder ganhar pelo menos um lucro normal no setor onde opera.
- para qualquer P superior ao Cmedmin as empresas obterão lucros económicos extraordinários dando incentivo à
entrada de novas empresas: P diminui e Qs aumenta.
O setor só estará em equilíbrio de L.prazo no sentido de que não existem entradas nem saídas de empresas que
alteram a quantidade oferecida, quando o preço de mercado coincidir com o mínimo da curva de custos médios de
L.prazo.
Neste nível não há incentivo à entrada e saída do mercado e os lucros serão nulos.
Conclusão:
Quando estamos perante
- um mercado perfeitamente competitivo
- empresas que têm curvas de custos idênticas e,
- livre entrada e saída de empresas
Então
A condição de equilíbrio no longo prazo é
P = Cmgl.p. = Cmedl.p.
Para cada uma das empresas que integram o setor
Ou então
Excedente do Produtor
Uma característica importante dos mercados concorrenciais é a eficiência na afetação que significa que a
possibilidade de ganhos mútuos é completamente explorada através da troca.
Afirmar que o mercado concorrencial é eficiente é o mesmo que afirmar que este maximiza os benefícios líquidos
daqueles que nele participam.
O Excedente do Produtor mede em quanto é que a empresa beneficia como resultado de ter oferecido a
quantidade de produto que maximiza o seu lucro.
Excedente do produtor Agregado:
Beneficio Total Resultante das Trocas num Mercado:
IX - MONOPÓLIO
Mercados de Concorrência Imperfeita
Característica fundamental que os deferência da concorrência perfeita é a elasticidade preço da procura:
- Em concorrência perfeita a procura é perfeitamente elástica (Ep=)
- Em concorrência imperfeita a curva da procura tem uma elasticidade finita.
O equilíbrio da empresa competitiva, maximizadora do lucro acontece quando:
- Rmg = Cmg
- P > Cvmed
- Declive da curva Cmg maior que o declive da curva Cvmed
Dado que o equilíbrio para uma empresa de concorrência imperfeita acontece para um P>Cmg então,
- os mercados de concorrência imperfeita atuam em ineficiência económica (P> que em concorrência perfeita)
- e, consequentemente, produzem uma menor quantidade que o mercado de concorrência perfeita.
Causas da Concorrência Imperfeita
- custos de produção
- barreiras à entrada
Monopólio
Estrutura de mercado na qual um único vendedor de um produto sem substitutos próximos serve todo o mercado.
Como a curva da D monopólio é dada pela curva da D de mercado, o monopolista:
- tem capacidade para determinar o preço de mercado
- sabe que pode aumentar o preço de mercado se diminuir a sua própria produção.
Índice de Poder de mercado
Em concorrência perfeita o índice será nulo dado que P= Cmg
Quanto maior a diferença entre ambos maior será o poder de mercado.
No caso extremo do monopólio o índice será de 100%
Causa do Monopólio
- controlo exclusivo de um fator produtivo fundamental que não pode ser facilmente duplicado
- -patentes que tipicamente conferem o direito de exclusividade em relação ao benefício que resulta das trocas
que dizem respeito à inovação em causa.
- licenças ou franchises do governo. Em muitos casos a lei só permite que a atividade produtiva seja exercida por
uma empresa com licença governamental
- economias de escala. Acontecem quando a curva de custos médios no L.prazo (com preços dos fatores
produtivos constantes) é decrescente (para níveis elevados de output).
Nestes casos a forma menos dispendiosa de servir o mercado é concentrar a produção numa só empresa
(Monopólio Natural):
A Produção e Receita Marginal em Monopólio
O objetivo principal do monopólio é maximizar o lucro económico.
A receita total e marginal variam de forma diferente caso estejamos em concorrência perfeita ou em
monopólio.
Dado que o monopolista enfrenta uma curva da procura decrescente:
P > Rmg isto acontece porque o monopolista para vender uma unidade adicional deve baixar o preço
não só dessa unidade mas de todas as que vendia anteriormente.
Produção, Receita Total, Receita Marginal e Elasticidade
Curvas de Custo Total, Receita Total e Lucro
Equilíbrio no Mercado Monopolista
A empresa monopolista estará em equilíbrio quando ao aumentar a produção numa unidade a variação das
receitas e dos custos for igual.
Dito de outro modo – o nível de produção que maximiza o lucro do monopolista é aquele para o qual a Rmg=Cmg
Uma empresa monopolista maximizadora do lucro produzirá na zona rígida da curva da D.
A Curva da Oferta do Monopolista
O monopolista não dispõe de uma relação unívoca entre preço e a quantidade.
Como não é price-taker não existe uma concorrência única entre P e Rmg quando a curva da D se desloca.
A igualização do Cmg pode ser alcançada para combinações de P e elasticidade distintas:
- um determinado valor da Rmg para uma curva da D pode corresponder a um P diferente
- ou quando a curva da D se desloca a elasticidade P da D altera-se mas não necessariamente na mesma direção.
- por esta razão se diz que o monopolista não tem curva S.
O monopolista possui uma lei oferta que consiste em igualar a Rmg ao Cmg
Os Lucros do Monopólio
A existência a L.prazo de uma empresa monopolista que obtenha lucros extraordinários só pode justificar-se se
existirem barreiras à entrada (rendimentos crescentes à escala, patentes, etc)
A Discriminação de Preços em Monopólio
As empresas monopolistas cobram frequentemente preços diferentes a compradores diferentes em
função das diferenças entre as suas elasticidades P da D – Discriminação de Preços
Discriminação de preços pode acontecer por 2motivos:
- o mercado pode fracionar-se e o monopolista é capaz de identificar cada um desses segmentos de
mercado
- não existe revenda
Discriminação Perfeita de Preços
Discriminação de Preços de segundo Grau
Discriminação de Preços de Terceiro Grau
Efeitos Económicos do Monopólio
Afirmou-se anteriormente que o mercado de concorrência perfeita originava uma afetação eficiente dos recursos.
Comparando com o mercado competitivo o monopolista reduz a quantidade produzida de forma a aumentar o
preço .
Existe portanto um custo social do monopólio:
A Regulação do Monopólio
O estado pode decidir regulamentar a produção do monopólio. Para tal pode:
- deixar que o monopólio funcione com o mínimo de regulamentação e estabelecer impostos sobre os lucros
extraordinários
- obrigar o monopolista a fixar um preço que elimine os lucros extraordinários (regra do custo marginal)
- estabelecer um P=Cmg (regra do custo marginal)
X - OLIGOPÓLIO
Conceitos e Caraterísticas
Estrutura de mercado onde participa um nº reduzido de empresas, podendo cada uma delas, com as suas ações,
influenciar o preço de mercado. Para além disso as decisões de uma empresa influenciam as decisões das rivais (ex.
guerras de preços).
O caso extremo de oligopólio acontece quando existem apenas duas empresas no mercado: duopólio.
Equilíbrio do Oligopólio
- Rmg = Cmg
- P>Cvmed
- Declive da curva da Cmg é superior ao declive da curva de Rmg
A empresa oligopolista não possui uma função procura estável
Concentração e Oligopólio
Grau de concentração é dado pela proporção de vendas realizada por um numero reduzido de grandes empresas
(geralmente 4) em relação ao total de vendas realizadas no mercado.
Quanto maior o grau de concentração do mercado mais a estrutura se assemelhará ao monopólio.
Oligopólio e Interdependência
A interdependência das ações das empresas é a caraterística básica do oligopólio.
Por esta razão as empresas oligopolistas na hora da tomada de decisão tomam em consideração a reação previsível
das suas rivais originando comportamentos estratégicos.
Modelos de Oligopólio
Solução colusiva de duopólio: CARTEL – consiste num acordo entre empresas que tenta limitar as forças de
concorrência através do estabelecimento de acordos explícitos (ou táticos) sobre preços e níveis de produção de
forma a maximizar os lucros conjuntos (ex. OPEP)
Maximização Conjunta dos Lucros
No sentido de maximizar de forma conjunta os lucros as empresas que integram o cartel atuam como se fossem
uma só empresa.
Lucro máximo para o agregado acontece quando a curva de Cmg do setor interseta a curva de Rmg do setor.
Principal problema do cartel: Acordos Instáveis.
O equilíbrio do cartel acontece para um nível de produção para o qual a Rmg>Cmg da empresa individual.
Isto explica que as empresas individualmente tenham incentivo para quebrar o acordo: aumentam o nível de
produção e baixam o preço retirando quota de mercado às restantes empresas e aumentando os seus lucros
individuais (já que o acréscimo de receita é maior que o acréscimo de custo).
O conflito entre os interesses individuais e o interesse do cartel (grupo) conduz frequentemente a guerras de
preços no sentido de se aumentar a quota de mercado.
Para que o cartel seja viável é necessário criar mecanismos para detetar e punir eventuais violações dos acordos.
Soluções Não Colusivas
No caso do oligopólio ser não colusivo os rivais não dispõem de informação sobre o comportamento e a reação dos
seus concorrentes.
O preço situar-se-á entre o preço praticado em concorrência perfeita e o preço de monopólio.
Modelo da Curva Quebrada da Procura
Uma característica do oligopólio é a relativa rigidez de preços.
No sentido de reduzir a incerteza os oligopolistas tentam reduzir a
frequência da variação dos preços gerando a curva quebrada da
procura que resulta do facto das empresas rivais seguirem as
reduções de preços e não as subidas.
A Hipótese de Bain : Barreiras à Entrada
No sentido de explicar a razão pela qual algumas empresas
oligopolistas não fixam o preço que maximiza os lucros no C.prazo, Bain aponta a ameaça de entrada de novos
concorrentes.
Segundo Bain:
- o preço não descerá ao nível do mínimo Cmed L.prazo devido à existência de barreiras à entrada
- e o preço não será fixado ao nível da maximização de lucros devido à existência de ameaças de entrada. O preço
não será de monopólio mas sim um preço limite.
Preço Limite é o preço que previne a entrada, isto é, é o preço mais alto que as incumbentes fixam sem induzir a
entrada de novos concorrentes.
Preço limite será inferior ao mínimo necessário para que um entrante se instale.
Condições de Entrada (E) é a margem que permite às incumbentes fixar um preço superior ao de concorrência
perfeita de forma sistemática sem originar a entrada de concorrentes.
Tipos de Barreiras à Entrada
 Diferenciação de Produtos através dos seus efeitos sobre as preferências e dos incrementos de custo que se
originam.
 Vantagens Absolutas em termos de Custos, os custos médios a L.prazo da entrante serão superiores para
qualquer nível de produção
 Economias de Escala
 Capital Inicial, a necessidade de capital inicial para instalar novas empresas será tanto mais uma barreira à
entrada, quanto maior for o montante necessário.
O Modelo de Maximização das vendas de Baumol
Baumol aponta que os gestores podem estar mais
interessados em maximizar as vendas e não os lucros.
No modelo de Baumol, supondo que existe um único
produto a empresa irá tentar maximizar as receitas totais
resultantes das vendas sempre que se alcance um nível
mínimo de lucros:
Concorrência Monopolista
Surge quando existem muitos vendedores cada um deles conseguindo diferenciar o seu produto (produtos
altamente substitutos)
- Os vendedores atuam como monopolistas de uma marca e enfrentam uma curva da procura decrescente.
- A publicidade tem um papel fundamental na diferenciação dos produtos.
- dado o elevado nº de vendedores a realização de acordos no sentido de controlar o mercado e impedir a entrada
de concorrentes é difícil.
Equilíbrio
Cada empresa tende a comportar-se como um monopolista e determina a quantidade de produto que maximiza os
lucros: Rmg = Cmg
 A parte de mercado que a empresa tem depende do nº de concorrentes.
 A evolução das vendas e das receitas marginais depende do comportamento dos concorrentes.
 A curva da D individual é aquela que é percebida pela empresa sob o pressuposto de que as restantes não irão
reagir.
 A empresa pode baixar o seu preço e considerar que a sua procura aumentará em detrimento dos seus
concorrentes (?)
 Se existirem lucros extraordinários entram novos concorrentes que absorvem parte do mercado.
 Diminuindo a procura: diminuir o preço, lucros normais.
Excesso da Capacidade – em equilíbrio de L.prazo a quantidade produzida é inferior á correspondente ao
mínimo Cmedl.p. Produz-se uma quantidade inferior à que seria possível obter eficientemente com os recursos
disponíveis.
Devido a:
- Curva da D decrescente, devido ao facto de produtor querer monopolizar a marca
O excesso de capacidade é interpretado como o custo de produzir produtos diferenciados.
A Solução de Cournot
A empresa escolhe quantidades e o bem é homogéneo, de tal modo que mesmo que as empresas produzam
quantidades distintas o preço será o mesmo.
A empresa assume que as empresas rivais continuarão a produzir as mesmas quantidades de produto, não
reagindo, por isso, às suas decisões relativas à produção.
O elemento chave do modelo de Cournot pode representar-se através de funções reação.
A função reação de cada empresa relaciona a produção que maximiza o seu lucro para diferentes níveis de
produção da empresa rival.
Um duopólio estará em equilíbrio de Cournot se a produção ótima de uma empresa for determinada a partir da
previsão da produção (ótima) da empresa rival.
Numa situação deste tipo nenhuma empresa terá incentivo para alterar a sua decisão sobre a produção.
A Empresa Líder e o Modelo de Stackelberg
Neste modelo, uma das empresas desempenha um papel de liderança enquanto que a sua rival limita-se a segui-la.
A empresa líder toma em conta a possível reação da seguidora e decide a sua quantidade.
Deste modo, a empresa líder manipula estrategicamente as decisões de quantidade da empresa rival.
A maximização do lucro da empresa líder é alcançado para um nível de quantidade q1* determinado por um ponto
de tangencia da função reação com a isolucro.
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