Introdução

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Tema: “ Do global ao metanacional”
Trabalho realizado por: Daniel Pereira Nº 2 12ªD
Escola secundaria
de Paredes
Disciplina: Economia C
Ano Lectivo: 2006-2007
Disciplina: Economia C
Ano lectivo: 06/07
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Índice
Assunto
pagina
-Introdução
3
-As empresas internacionais, multinacionais e metanacionais
4e5
- Empresa metanacional
6e7
- O porque da mudança de nome
8
- O surgimento das empresas metanacionais e os seus impactes
9
- Mudança das empresas
10 e 11
- Evolução das empresas multinacionais
12
- O sucesso das EMN já existentes do que dependem
13 e14
- Os 3 níveis da competição global na nova economia dos saberes 15, 16 e 17
- Do nível global ao metanacional
18,19 e 20
- Do nível multinacional para o metanacional
21,22 e 23
- As vantagens competitivas que as EM ganhara
24
- As EM e a gestão do conhecimento
25 e 26
- As oportunidades para as EM
27
- As metanacionais portuguesas
28
- As metanacionais portuguesas nasceram no sítio errado
29
- O caso Nokia
30 e 31
- Algumas citações do Prof. José Pinto dos Santos
32
- Conclusão
33
- Bibliografia
34
- Apreciação e comentários da professora
35
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Introdução
Neste trabalho vou ter como objectivo tentar relatar a evolução de
todo o tipo de empresas, que passem num processo do nível global para o
metanacional, não deixando de mencionar os níveis “intermédios” que estas
podem atingir e não conseguir ultrapassa, desde do nível internacional,
transnacional e multinacional.
No entanto no desenvolvimento do trabalho vou ter uma maior
atenção no que diz respeito do nível metanacional das empresas, tentando
mencionar algumas das suas competências, vantagens, objectivos e sempre
que possível fazer comparações aos níveis de empresa que antecedem as
metanacionais.
Com o terminar do mesmo trabalho vou abordar um simples caso de
empresa metanacional (Nokia), tentado sempre mostrar a realidade das
empresas metanacionais.
Em suma com o terminar deste trabalho vou pretender adquirir um
maior conhecimento, no que diz respeito ao tipo de empresas e as vantagens
que cada uma traz para o desenvolvimento de um país, tal como as vantagens
que o mundo em que vivemos tira com o desenvolvimento das mesmas.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Empresas Internacionais, Multinacionais e
Metanacionais
Uma empresa que não realiza nenhum tipo de transacção internacional
é uma empresa nacional ou doméstica. Seu nível de empenhamento no
comércio internacional é inexistente ou nulo. Há que se ressaltar, contudo,
que mesmo essas empresas ditas domésticas estão sujeitas aos efeitos da
globalização, uma vez que podem ter seus mercados invadidos por empresas
estrangeiras.
Qualifica-se como um primeiro nível de empenhamento global as
empresas internacionais. E o que são as empresas internacionais? A
resposta é simples o prefixo “ inter” aplicado a palavra nacional =
internacional, assume a interpretação de “entre”. O termo internacional
aprece definido “entre países”, ou seja, desde logo empresas internacionais
no sentido empresarial, tem o significado de uma empresa que transacciona
com, ou esta presente em vários países.
O segundo nível de empenhamento global é de multinacionais. O termo
“multi” tem significado de abundante. As empresas multinacionais são
aquelas que reúnem grupos de actividades em mais de três países.
Por ultimo o terceiro nível de empenhamento global é das empresas
metanacionais. O prefixo “meta” tem o significado de “além de” de
interposição ou, ainda, de comunidade ou nível de participação.
Empresas metanacionais, portanto, estão interpostas em diversos
países, não se vinculando a qualquer um deles, mas agindo como uma
comunidade orgânica, que reúne membros altamente especializados em
determinadas actividades, voltadas para o objectivo comum da vantagem
competitiva. As visões, interesses e compromissos da empresa metanacional
transpõem a realidade específica de qualquer país em particular em que
estejam presentes.
Contudo a medida que a globalização se intensifica e a tecnologia
reduz o custo de distâncias de eventuais estratégias de internacionalização
das empresas passam a ter menor possibilidade de sucesso. A projecção
para além do mundo do conhecimento e de cultura do país de origem, ainda
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Tema: “ Do global ao metanacional”
que, com um esforço de localização, não é suficiente para diferenciar as
empresas no futuro.
Contudo a razão pela qual é possível identificar outros modos de
internacionalização, em que a empresa, em vez de prolongar aquilo que
aprendeu no seu país de origem faz a integração de recursos, de tecnologias
e da compreensão de mercados dispersos e diferenciando de outras partes
do mundo.
No entanto vamos encontrar um tipo de empresas, anteriormente
mencionadas, que por sua vez atingiram um nível de internacionalização
elevado e mais complexo, que vão conseguir desenvolver capacidades de
conjugação, de organização de saberes diversos e ao mesmo tempo
dispersos por vários locais do mundo, desenvolvendo produtos distintos ou
criando assim novos processos a partir de tecnologias, aptidões e outros
conhecimentos complexos dispersos por todo o mundo. Porém com a
centralização das empresas no que diz respeito a este “estudo” para
conseguirem desenvolver, vai proporcionar um novo nível empresarial, hoje
conhecido por metanacional, dando sim a origem as empresas metanacionais
já referidas em cima.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
A Empresa Metanacional
Sendo uma empresa metanacional, um modelo que se vê definida por
três competências fundamentais que constituem o núcleo duro da mudança:
capacidade em identificar e captar conhecimentos emergentes em todo o
mundo; mobilizar este saber global disperso, e transformar esta inovação
em valor através de uma produção, marketing e distribuição eficientes à
escala global.
Este conceito de empresa metanacional (EM), surge na tentativa de
resposta a um leque de variadas questões, nas quais podemos salientar as
seguintes:

O que fazer quando as indústrias críticas necessárias não estão
disponíveis em locais relativamente próximos, mas antes do outro
lado do mundo?

Como responder em tempo útil e de forma adequada quando
consumidores cada vez mais exigentes e sofisticados, aparecem em
localizações onde as subsidiárias das EMN têm uma fraca
presença?

Como explorar e mobilizar melhor e mais rapidamente o
conhecimento e o know-how que se encontra fragmentado e
disperso pelas várias subsidiárias ao longo do mundo?
No entanto este conceito veio na tentativa de responder as questões
acima mencionadas, devido a estas não de encontrar no contexto das
Empresas Multinacionais (EMN) tradicionais, nem incluídas no que diz
respeito as empresas globais e transnacionais.
Contudo maior parte dos autores definem este tipo de empresas como
uma empresa que consegue uma nova vantagem competitiva ao descobrir,
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Tema: “ Do global ao metanacional”
aceder, mobilizar e utilizar conhecimento disperso, a partir de múltiplas
localizações, espalhadas pelo mundo.
Como já vimos a aparecimento das empresas metanacionais veio
devido aos seus antecessores ter uma dificuldade em responder a um leque
de variadas perguntas, contudo tentar arranjar uma resposta para este tipo
de perguntas não significa que não exista um padrão único de metanacional,
pois uma empresa pode com um desígnio consciente metanacional, como pode
evoluir para alcançar esse patamar, ou seja, uma empresa pode já “nascer”
metanacional, enquanto outras tem de “batalhar” para conseguir entrar
nesse nível de empresas.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
O porque da mudança, ou criação de um
novo nome?
Com a implementação de um novo nome de empresa, tendo esta
designação de Empresa Metanacional, vir “ substituir” o conceito de
Empresa multinacional, multifocal ou transnacional. Esta substituição de
nome veio devido a estes conceitos não ser em partes suficientes para
responder ao tipo de questões em cima mencionadas.
Juntamente este nome distancia-se de todos os outros (multinacional,
multifocal ou transnacional), pois o contexto de empresa Metanacional é
sobretudo mais abrangente. Contudo esta nova denominação de empresa,
veio por meios justificar que o tipo de Globalização não se trata de ir
buscar conhecimentos e Know-how a outros países nem levá-los a outros
mercados.
Este novo conceito é um manifesto aos gestores que pretendam criar
ou gerir uma nova forma de empresa multinacional preparada para vencer na
economia global do conhecimento. O conceito poderá, num futuro próximo,
conduzir a uma reavaliação da teoria das empresas multinacionais.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
O surgimento das EM e os seus impactos
O surgimento deste novo modelo empresarial veio apenas com um
simples objectivo de querer alterar a natureza da globalização e o seu
impacto nas pessoas e nos estados. No entanto no mundo em que vivemos,
existem várias empresas a competir pela sua capacidade de descobrir,
alcançar o conhecimento disperso por todo o mundo, e para estas empresas,
não interessa desde logo a sua origem, mas sim o nível dimensional que estas
conseguem obter. Contudo com o aparecimento deste género de empresas
veio facilitar a “vida” as empresas e agentes económicos de curta dimensão,
ou aqueles que por sua vez se encontrem distantes dos principais centros
industriais, vão ter desde logo oportunidades para contribuir para o “puzzle”
das metanacionais, isto significa que nas empresas metanacionais a
igualdade e a diferenciação vão ser levadas a cabo, isto quer dizer que
aspectos como estes vão passar a ser valorizados, e não “ignorados” como
eram até hoje, dando por sua vez o lugar a homogeneidade até agora muito
levada a cabo e vista como o principal das empresas para o seu crescimento
e desenvolvimento, mas com a inserção no mundo empresarial, do modelo
metanacional a homogeneidade deixou de ser vista como era, dando sim o
lugar a igualdade e diferenciação.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
A mudança das Empresas
Contudo o jogo global destas empresas esta na mudança, ser uma
empresa global até agora trazia-nos uma eficiência de produção, de vendas
e de outros tipo de serviços capazes de entrar nos maiores mercados
mundiais. No entanto a economia esta em mudança desde do aparecimento
das empresas metanacionais, o desafio deste modelo passa portanto na
inovação, através de uma aprendizagem de conhecimentos ao longo de todo
mundo, porém os “vencedores” desta tentativa de inovar os conhecimentos
destas mesmas empresas, vão desde logo adquirir determinados valores no
que diz respeito a procura, ou seja, vão passar a mobilizara a bolsa das
tecnologias ainda não exploradas, e por sua vez explorando mercados de
inteligência que se encontravam fragmentados.
Esta nova realidade de empresas vai trazer uma nova oportunidade
para as empresas criarem novas e mais fortes oportunidades para competir.
Estas novas oportunidades proporciona emergência de uma economia global
de conhecimento, num contexto em que:
A
vantagem
conhecimento;
competitiva
é
essencialmente
baseada
no
 Nem
todo o conhecimento de que uma empresa global necessita
para prosperar se encontra no mesmo sítio. Antes pelo contrário,
encontra-se disperso pelo globo;
O
custo da distância está a diminuir rapidamente para os bens
móveis – capitais, produtos e informação – de forma que eles são
realmente acessíveis a todos.
Contudo a emergência desta economia global do conhecimento significa
que as oportunidades e desafios essenciais à exploração do conhecimento
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Tema: “ Do global ao metanacional”
espalhado por todo mundo consiste numa grande preocupação para os
gestores. A mobilização do conhecimento global disperso é no entanto tão
fatal para o actual sucesso das multinacionais norte-americanas e das
prodigiosas multinacionais japonesas, como por exemplo (General Electrics,
Procter & Gamble e Toyota), no entanto as empresas Europeias tentam
ultrapassar as dificuldades essenciais de um mercado Europeu fragmentado,
ou ainda para as empresas latino-americanas e asiáticas que se juntaram ao
jogo global.
Todavia a ideia de mobilizar de mobilizar o conhecimento global
disperso não é de todo novo, pois a medida que as empresas começam a
perceber que o valor de tal saber é fundamental deixam de estar pressas a
sua origem geográficas.
As novas líderes multinacionais surgirão em localizações pouco
prováveis e afastadas dos tradicionais centros e capitais das respectivas
indústrias. As empresas que testemunham este facto passam pelas
conhecidas marcas, Nokia e Ericsson, que apareceram no Árctico. Esta
mudança de longo prazo afecta não só as empresas as prodigiosas gigantes
mundiais, como os novos competidores emergentes.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
A evolução das EMN
Contudo uma empresa para atingir o nível multinacional pode por sua
vez demorar décadas de internacionalização, evoluindo a sua estrutura
organizacional conforme o grau de internacionalização e de diversidade de
produtos (ver fig.1)
Fig.1 – Fases de evolução das estruturas metanacionais
A fig.1 mostra-nos que a evolução vai ao encontro de uma “matriz
global”, depois da empresa ter começado a sua internacionalização com uma
divisão internacional, seguido de uma estrutura por produtos ou áreas
geográficas consoante o maior ou menor peso relativo dos produtos ou das
vendas aos mercados externos.
Em suma, as EMN projectam-se à escala internacional as todas as
competências desenvolvidas localmente, acompanhando o ciclo de vida do
produto.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
O sucesso das EMN já existentes do que
vai depender?
O sucesso das EMN já existentes no futuro vai depender da forma
crescente da sua capacidade em aceder ao saber a partir de fora das
subsidiárias existentes, e da sua habilidade em interligar as competências
que estão espalhadas ao longo das suas redes globais operativas. Tendo as
EMN estas capacidades vai permitir-lhes criar produtos, como a obtenção
de serviços e de processos inovadores necessários. A sua criação vai exigir
que se melhore, de forma radical, a sua capacidade de mobilizar o
conhecimento que permanece inexplorado dentro da rede subsidiárias.
Contudo o problema passa não só como alcançar o conhecimento existente
dentro de uma rede de subsidiarias nacionais, pois não é de todo só
necessário alcançar os países ou as unidades globais de negócios como
líderes estratégicos para a unidade de negócio. Para vencer numa economia
de conhecimento exige uma alteração fundamental na forma tradicional das
EMN pensarem e agirem. Contudo as EMN emergentes na nova economia
dependem da capacidade de inovar através de ideias, quer sejam
tecnológicas, de mercado do saber num quadro global. Esta estratégia vem
contudo tentar permitir às empresas que operem com um mínimo de
adaptações em relação à fórmula original, porém a nova geração de
vencedores na moderna economia, não distribui ao mundo uma oferta
centralizada, projectada a partir da base nacional, pelo o contrario, terão
sucesso através da aprendizagem de bolsas de saber único que se
encontram espalhadas por todo o mundo, e após a utilização deste
conhecimento vão conseguir alimentar um ciclo de inovação continuo.
Com o aparecimento das EM não vai existir vantagem competitiva no
seu país de origem, pois estas vêem o mundo como um cenário global de
bolsas tecnológicas, mercados de inteligência e de capacidade.
Com o surgimento deste tipo de empresas estas vão-se diferenciar
verdadeiramente das EMN, ao contrário destas, as EM vão se concentrar
em descobrir bolsas de conhecimento ao longo de todo o mundo, enquanto as
suas antecessoras, EMN preocupavam-se em retirar vantagens nas suas
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Tema: “ Do global ao metanacional”
sedes espalhadas pelo mundo. A vantagem das EM vem do facto de
transporem as fronteiras entre diferentes Estados-Membros, pois a sua
visão de paraíso económico não engloba um horizonte feito de
homogeneidade, no qual seria fácil de disponibilizar produtos caseiros e
tecnológicos. Trata-se precisamente do oposto. As EM tentam procurar e
explorar a diferença, o facto de se ser único. Valorizam as diferenças
geográficas e culturais. E precisamente porque captam conhecimento e
saber num mar global, podem, potencialmente, criar novas e melhores
competências em comparação com qualquer agente de uma EMN, seja ele a
sede, subsidiárias nacionais ou centros de excelência.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Os três níveis de competição global na
nova economia do saber
O tipo de EM plena ainda não existe, O desafio consiste em criá-la
antes que a concorrência o faça. Algumas empresas têm já um avanço na
corrida para a criação desta nova forma de vantagem global. Para
ultrapassarem este desafio, os vencedores da economia do conhecimento
terão que ser capazes de superar os seus concorrentes em três níveis
diferentes (fig. 2).
OS TRÊS NÍVEIS DAS EMPRESAS METANACIONAIS – fig. 2
Para criar vantagem metanacional, uma empresa necessita de alargar
as suas capacidades de forma a conseguir competir em cada um destes três
níveis distintos.
1) Identificar: Para se tornar numa metanacional de sucesso, uma empresa
necessita de alargar as suas capacidades na identificação de novas fontes
de tecnologia relevantes, competências e identificação dos hábitos dos
consumidores mais inovadores, os chamados consumidores líderes. Tal
pressupõe aprender a pressentir e a processar todo este saber complexo,
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Tema: “ Do global ao metanacional”
numa forma que a empresa possa usá-lo eficientemente. Mas mais do que
identificar e aceder à tecnologia que é igualmente acessível e passível de
utilização por parte da concorrência, a criação de novas fontes de vantagem
competitiva requer a identificação de tecnologia inovadora ou a emergência
de novos hábitos de consumo subestimados pela concorrência.
2) Mobilizar: Uma metanacional de sucesso precisará de um conjunto de
estruturas, que transformem o novo saber em produtos inovadores ou
oportunidades de mercado específicas. Tais estruturas, que dificilmente
poderão ser as unidades de produção actualmente existentes, necessitam
de mobilizar conhecimento disseminado em bolsas por toda a empresa e
utilizá-lo para explorar novos produtos e serviços. Um bom exemplo de tal é
evidenciado pela Polygram, que tem sido capaz de criar uma tal estrutura,
uma rede internacional de repertórios, que procura novos talentos, ainda
desconhecidos, mas com potencial de se tornarem êxitos internacionais.
Tais estruturas são apelidadas de ímans, no sentido em que atraem
conhecimento potencialmente relevante e que se encontra disperso,
utilizando-o para criar produtos, serviços ou processos inovadores, e que
por sua vez facilitam a transferência destas inovações na rede diária de
operações. As forças motrizes aqui são o empreendorismo e a mobilização.
3) A operacionalização: Após a criação de um novo produto, serviço ou
modelo de negócio, o seu lucro potencial tem que ser concretizado. As
maiorias das multinacionais são hábeis neste campo.
Tal como as EMN, a empresa metanacional necessita de configurar e
gerir estas operações para o crescimento das vendas e da rentabilidade. A
lógica do plano operativo é eficiência, flexibilidade, e disciplina financeira.
Será talvez interessante fazer a esta altura uma comparação com as
aptidões da EMN tradicional. A maioria dos gestores refere que a vantagem
das EMN assenta em duas áreas chave:

A EMN utiliza os produtos, serviços, tecnologias, sistemas e knowhow que desenvolveu no seu país de origem e dissemina toda esta
experiência através da venda, distribuição e produtos no mundo
inteiro. Tal permite-lhes colher os benefícios da existência de
economias de escala e da arbitragem da existência de fronteiras
em bens, sistemas e pessoas. Permite-lhes igualmente servir os
clientes das EMN e atacar os líderes nacionais pela utilização de
recursos globais;
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Tema: “ Do global ao metanacional”
A
EMN acede a mão-de-obra e matérias-primas baratas ao
deslocalizar a sua produção ou as funções do back-office para o
mundo em desenvolvimento, deixando muitas vezes apenas as
actividades de elevado valor acrescentado, como por exemplo I&D,
o design dos produtos, o marketing e a estratégia no país de
origem.
Um bom exemplo desta dupla abordagem liderar a partir da força da
base no mercado de origem e procurar novos mercados potenciais e
vantagens em termos de custos no exterior – é a Nike, a gigante global de
produtos desportivos. A sua base no Oregon (Beaverton) comporta o centro
nevrálgico de I&D, design, conceito de marca, sistemas de controlo de
qualidade e finanças. A Nike controla uma rede de subcontratações
produtivas em localizações de baixo custo, tais como na China, Indonésia e
Tailândia. Mantém o controle de qualidade e a rede aquisitiva através
destes países asiáticos. Tem construído centros de vendas, distribuição e
marketing locais nos mercados-chave, ao longo do globo. Este modelo
tradicional de projecção a partir do país de origem levou ao crescimento de
EMN gigantescas, tais como a Siemens, a Procter & Gamble, a General
Motors, a Microsoft, a Sony e a Toyota. Os actuais gestores internacionais
aprenderam no entanto a adaptar os seus produtos, serviços e sistemas,
como resposta às diferenças entre os diferentes mercados nacionais, como
a Unilever, uma multinacional apelidada muitas vezes de multifocal.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Do nível global ao multinacional
A transformação de uma multinacional tradicional, seja global ou
multidoméstica, numa empresa metanacional, coloca desafios de gestão
importantes, distintos, devido à natureza distinta daquelas empresas. As
empresas globais com uma gestão centralizada, tendem a responder além do
mundo que assimilaram no seu mercado doméstico.
Estão muito mais confortáveis em ensinar ao mundo do que
aprenderem com o mesmo, por isso, o grande desafio é desenvolver a
competência de sensing, isto é, a identificação de novos conhecimentos que
estão presos nas bolsas de saber locais dispersas por saberes locais.
Contudo as empresas globais estão claramente bem posicionadas para
gerar uma corrente de inovações de forma rápida e eficiência a escala
global. As dificuldades são a ausência de uma estrutura para aceder ao
conhecimento único, uma vez que as multinacionais globais actuam com o
mínimo de adaptação local e as filiais não estão preparadas para questionar
e aprender a partir do ambiente local.
As empresas multidomésticas têm habitualmente uma boa capacidade
de identificação e de prospecção de conhecimento, porque cada uma da
subsidiária esta atenta as necessidades que o mercado local proporciona.
Por outros têm dificuldades em mobilizar e operacionalizar esse
conhecimento e as inovações resultantes a escala global.
Em suma as EMN dirigidas centralmente têm por norma uma
mentalidade de projecção global fortemente fixada. Sentem-se muito mais
confortáveis a ensinar o resto do mundo, do que a aprender com ele. Quanto
maior tiver sido o sucesso de tal projecção no passado, maior será a
dificuldade em inverter a tendência.
O quadro seguinte ilustra de forma clara os pontos fortes e as
fraquezas das EMN centralizadas globalmente (quadro I).
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Quadro I
EMPRESAS MULTINACIONAIS CENTRALIZADAS GLOBALMENTE
Competências
Metanacionais
Prospecção com sucesso de
novas bolsas de conhecimento
Acesso a novas fontes de saber,
disperso e diferenciado
Forças e
Fraquezas
Fraco
Fraco
Instalação de imans para
inovação, utilizando
conhecimento disperso
Moderado
Mobilizar e relacionar
conhecimento de fontes
dispersas
Fraco
Relacionar e utilizar inovações
metanacionais
Utilizar operações a escala
global para alcançar inovações
Moderado
Forte
Rationale
Ênfase em encontrar novos
mercados e centros de
produção a baixo custo,
semelhantes ao ambiente do
mercado interno, para
minimizar a adaptação.
Ênfase em explorar vantagens
nacionais, incluindo tecnologia,
sistemas e processos internos.
Produtos globais, plataformas, e
gestores de conta
frequentemente desempenham
um papel importante, mas como
catalisadores de transferências
globais de tecnologias baseadas
no mercado nacional, sistemas e
processos.
A mistura de variadas formas
de saber tende a estar
confinada ao mercado nacional.
Falta de vontade em aceitar
inovações que não têm por
origem o centro ou alguma
subsidiária mais forte.
As empresas globais
experimentam e exploram as
suas vantagens de forma global.
O quadro acima que uma base de conhecimento geograficamente
fragmentada é o inimigo da EMN multidoméstica, dada a sua orientação de
gestão policêntrica, as empresas multidomésticas necessita de melhorar
várias das suas capacidades. Acima de tudo, precisam de ultrapassar a
desvantagem inerente à fragmentação que lhes é característica, através da
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Tema: “ Do global ao metanacional”
criação de ímans capazes de atrair o conhecimento que se encontra disperso
globalmente.
O quadro abaixo mostra-nos de forma mais clara o ponto forte e
fraco das EMN multidomésticas (quadro II).
Quadro II
EMPRESAS MULTINACIONACIONAIS MULTIDOMÉSTICAS
Competências
Metanacionais
Prospecção com sucesso de
novas bolsas de conhecimento
Forças e
Fraquezas
Moderado
Acesso a novas fontes de saber,
disperso e diferenciado
Forte
Instalação de imans para
inovação, utilizando
conhecimento disperso
Fraco
Mobilizar e relacionar
conhecimento de fontes
dispersas
Forte localmente
Relacionar e utilizar inovações
metanacionais
Fraco globalmente
Moderado
Utilizar operações à escala
globais para alcançar inovações
Fraco
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Rationale
A prospecção de novos talentos
tende a estar confinada aos
mercados locais, onde a EMN
multidoméstica possui
subsidiárias fortemente
instaladas.
Bem desenvolvido em
subsidiárias locais, onde os
gestores se encontram melhor
relacionados com o ambiente
local do que com a sede.
Existem poucas estruturas ou
processos capazes de mobilizar
conhecimento adquirido em
localizações dispersas.
A capacidade de relacionar e
moldar conhecimentos tende a
ocorrer apenas numa base local,
onde o conhecimento é
adaptado. A uma escala global,
raramente sucede.
Periodicamente são absorvidas
e adaptadas inovações com
origem fora dos mercados
locais
À medida que cada subsidiária
se desenvolve localmente,
preserva de forma crescente a
sua autonomia. Falta
experiência em operações
globais.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Do nível multinacional para o metanacional
O paradigma da localização industrial, caracteriza-se pela capacidade
organizacional de separar o processo produtivo em diferentes localizações,
ao mesmo tempo em que reintegra sua unidade por meio de conexões de
telecomunicações.
Outro factor que recomenda uma especificidade geográfica para cada
fase do processo produtivo é a singularidade da força de trabalho
necessária em cada estágio. Assim, Castells fez uma generalização de
quatro tipos diferentes de estratégias locacionais, para distintas etapas do
processo produtivo:
(a) A P&D, a inovação e a fabricação de protótipos foram
concentrados em centros industriais altamente inovadores nas principais
áreas dos países centrais;
(b) a fabricação qualificada ficou em filiais, normalmente em áreas
recém-industrializadas, no mesmo país da matriz;
(c) a montagem semi-qualificada em larga escala e testes passou a ser
feita no exterior, com especial destaque para o sudeste asiático;
(d) a adequação de dispositivos e a manutenção e suporte técnico pósvenda foram organizados em centros regionais espalhados por todo o globo.
O item (a), especialmente, relaciona-se com a estratégia de inovação
(mapa 1). A criação de um substrato favorável para a inovação implica a
criação de sinergia resultante da integração de vários elementos, que,
portanto, devem estar localizados proximamente. Por essa razão, algumas
firmas deslocam seus centros de inovação para áreas como o Vale do Silício,
onde a efervescência das ideias e a integração constante com profissionais
de mesmo nível e da mesma área favorecem o surgimento de ideias originais.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Mapa 1 – A distribuição de inovação pelo mundo
O mapa acima mostra-nos a distribuição dos países que mais inovam e
que mais recebem essa inovação.
No entanto podemos concluir que existe uma distribuição irregular
em todo o mundo, ou seja, maior parte dos países não conseguem por sua vez
ser inovadores tecnológicos, mas uma pequena parte daqueles que não
conseguem inovar, tem por sua vez a oportunidade de receberem essa
inovação tecnológica.
A globalização tem se marcado por fenómenos como a queda dos
custos dos transportes e da comunicação, a intensificação do fluxo de
informações e de tecnologia, o aumento das semelhanças entre as infraestruturas nacionais e a atenuação das barreiras ao comércio e aos
investimentos. Para sobreviver e obter vantagem competitiva na economia
planetária, as empresas precisam adoptar uma estratégia global,
determinando as localizações de suas plantas de forma a obter economias
de escala, responder melhor às necessidades dos mercados internacionais e
reunir, com eficiência, recursos como capital, trabalho, matérias-primas e
tecnologia, a partir de fontes espalhadas por todo o mundo.
Contudo, as empresas multinacionais são muito dependentes de suas
bases nacionais. O modelo da grande empresa, com várias unidades,
hierarquicamente organizada em torno de linhas verticais de comando não
se adapta bem aos requisitos actuais de flexibilidade e agilidade.
As multinacionais pegam os produtos, serviços, tecnologias, sistemas
e know-how que construíram em seus países de origem e alcançam essa
experiência vendendo, distribuindo e produzindo ao redor do mundo. Ao
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Tema: “ Do global ao metanacional”
aceder ao trabalho e matérias-primas mais baratas, movendo sua produção e
funções de retaguarda para países emergentes.
As redes formadas pelas empresas metanacionais transcendem
fronteiras, identidades e interesses nacionais. A empresa metanacional
procura controlar pontos de equilíbrio desde as economias de escala na
produção transnacional, até as fontes de fluxo de caixa dos concorrentes no
exterior. Os movimentos mais importantes são aqueles que melhoram sua
posição de custo, em nível mundial, ou a sua capacidade de diferenciação,
enfraquecendo os concorrentes globais. As unidades da empresa nos vários
países são controlados como um sistema único e não como um conjunto de
posições independentes.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
A vantagem competitiva que as
empresas metanacionais ganhara
A vantagem competitiva da empresa metanacional resulta de sua
habilidade em desempenhar as actividades necessárias a um custo total
inferior ao dos rivais, ou, ainda, em exercer certas actividades de maneira
exclusiva, gerando determinado valor para o cliente que não esteja
directamente vinculado ao preço. Esse tipo de vantagem é a mais difícil de
ser copiada ou assimilada por rivais. Porém, tal vantagem todas as
organizações podem buscar, o que realmente pode ser factor diferencial é o
respeito a diversidade e a resposta rápida às mudanças decorrentes da
particularização local.
Isto pode determinar um grande diferencial e pode ser o cerne da
vantagem competitiva que as empresas metanacionais podem gerar.
A abordagem das multinacionais é a de conquista de novos mercados com as
mesmas ofertas padronizadas e bem-sucedidas em seus países de origem.
As empresas metanacionais buscam aprender de fontes únicas de
conhecimento, jorrando pontualmente em diversos pontos do planeta,
fazendo uso, então, desse conhecimento para alimentar um ciclo de inovação
contínua.
As metanacionais criam valor descobrindo e mobilizando combinações
inéditas de tecnologia e inteligência metodológico, que estão difundidas ao
redor do mundo, gerando novas formas de vantagem competitiva. O fato de
cruzar fronteiras não é tão significativo, mas sim a oportunidade de
transcendê-las.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Empresas metanacionais e gestão do
conhecimento
A postura das multinacionais é ambiciosa, projecta-se em sobre
outras realidades domésticas o mesmo filme, talvez com algumas
adaptações, que se produziu no país sede. As empresas multinacionais
assumem a postura de “ensinar o mundo”.
A postura das empresas metanacionais é de aprender com o mundo,
percebendo tudo que a tecnologia e conhecimento tem e por sua vez estão
espalhadas em diferentes áreas geográficos, inclusive de sectores externos
à sua indústria. Com isso, criam mais oportunidade para o surgimento de
usos criativos para produtos já existentes, para identificação de novas
necessidades dos consumidores, bem como para inovação.
A inovação gera descontinuidade no ambiente empresarial, por meio
do surgimento de novos produtos ou processos e da criação de novas arenas
de negócios. Buscar a inovação é estratégia puro-sangue, pois ela carrega na
sua essência a criação de posições exclusivas daquela que cria a "moda" e
todos os outros seguem, mas a exclusividade já está dada. A inovação é um
dos poucos caminhos para que se alcancem posições combinadas de
minimização de custos e diferenciação, vantagens competitivas normalmente
excludentes entre si.
Segundo MÜLBERT (2002), são quatro formas de conversão do
conhecimento:
 Socialização – conversão do conhecimento tácito em novos
conhecimentos tácitos, por meio d de partilhar experiências;
 Externalização
– conversão do conhecimento tácito em
conhecimento explícito, por meio de metáforas, analogias,
conceitos, hipóteses ou modelos;
 Combinação
– conversão do conhecimento explícito em novos
conhecimentos explícitos, por meio da classificação, do acréscimo,
da categorização ou da associação de conhecimentos explícitos;
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Tema: “ Do global ao metanacional”

Internalização – incorporação do conhecimento explícito pelo
indivíduo, tornando-o tácito, representado pela figura do “aprender
fazendo”.
A figura seguinte sintetiza essa abordagem.
Mülbert (2002) aponta para a necessidade de uma estrutura paralela,
não hierárquica e auto organizada, que funcione em conjunto com a
estrutura hierárquica formal da empresa burocrática. Chamada pelo autor
de hierarquia, essa estrutura facilita os processos de socialização e de
externalização. A vigência paralela das duas estruturas propicia a
transferência das ideias geradas e das actividades desenvolvidas entre
ambas.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
As oportunidades para as EM
No entanto este duro núcleo de empresas para poder “funcionar” vai
ter de ser beneficiado por várias oportunidades, desde as quais:
A
capacidade tecnológica, incluindo a base científica do processo
produtivo e administrativo, a vantagem em P&D, as pessoas
necessárias ao processo de inovação, o grau de utilização das novas
tecnologias de informática e comunicação e o nível de difusão em
toda a rede de interacção económica;
 Acesso a um grande mercado afluente integrado;
 Diferencial entre os custos de produção e os preços no mercado de
destino;
A
capacidade política das instituições nacionais e supranacionais
para impulsionar a estratégia de crescimento desses países ou
regiões sob sua jurisdição.
Assim, o novo espaço produtivo é organizado em torno de fluxos de
informação que, ao mesmo tempo, reúnem e separam, dependendo dos ciclos
das empresas, seus componentes territoriais.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
As metanacionais portuguesas
As metanacionais portuguesas apostam contudo nas tecnologias
nacionais e localizam por sua vez, boa parte do seu desenvolvimento em solo
luso, mas porém não obtém só vantagens das mesmas, pois estas também se
vão confrontar com algumas dificuldades a nível estrutural. Esta dificuldade
passa no entanto por várias características que as empresas portuguesas
não dão o seu “fruto”, isto significa, que estas têm dificuldades na inserção
no mercado, devido a uma mão-de-obra e a saída do secundário ser
muitíssimo fraca, o que desde logo proporciona a Portugal um conhecimento
insuficiente, o que reflecte desde logo numa fraca, ou nula imagem
tecnológica no estrangeiro.
Contudo se o nosso país existisse uma política oficial de marketing
internacional, de toda a forma “agressivo”, isto podia ajudar a Portugal a
mudar a sua característica não tecnológica de Portugal perante todo o
mundo.
No entanto nem todas as empresas em Portugal percorreram todo o
percurso para alcançar este patamar, pois como já referi, existem empresas
que por sua vez, já podem “nascer” metanacionais. Estes casos não são
modelos “ puros”, mas por sua vez conseguem mostrar os traços que no
futuro podem ser uma mais valia para Portugal tornando-se mundiais.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
As metanacionais portuguesas nasceram no
sítio errado
Para muitos economistas e não são, as metanacionais portuguesas
nasceram no sitio errado, ou seja na periferia, propriamente à beira-mar, as
suas principais fraquezas não é a falta de “clusters” nacionais, mas sim a
inexperiência organizacional com dimensão nacional.
Se Portugal estivesse praticamente condenado ver crescer e poder
ter empresas internacionalmente competitivas, raramente podíamos de nos
dar ao prazer de existir empresas de carácter multinacional.
Este novo tipo de firma de postura universal e de expressão
internacional é uma “anomalia” segundo a eventual teoria tradicional de
internacionalização.
Contudo as metanacionais organizam-se internacionalmente em função
das bolsas do conhecimento na sua área e localizam-se, em regra, em
segmentos empenhados.
Nos últimos anos este modelo empresarial nasceu em todo os sítios
menos nos esperados, ou seja longe dos centros de inovação, ou seja
nasceram no sítio errado.
Em suma, o nosso país esta simplesmente condenado a sina de só
poder ganhar vantagem competitiva em alguns sectores de especialização
históricas, ou mesmo de indústrias maduras, ou seja, o problema central
destas jovens empresas metanacionais “é não ter, regra geral, profissionais
com experiência de organização internacional, como tem as empresas
multinacionais”
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O caso Nokia
A Nokia logo percebeu que para fazer parte da nova onda de
inovações no campo dos telefones celulares, bem como estar pronta para
responder às necessidades emergentes dos consumidores, não poderia ficar
restrita à sua base finlandesa. Dos seus 53.849 funcionários ao final de
2001, apenas 41% estavam lotados na Finlândia. Seu país de origem não está
entre os seus dez principais mercados, que são, em ordem decrescente, os
Estados Unidos, a China, o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Itália, as
Filipinas, a Tailândia, o Brasil e a Espanha. Em 2001, a Europa respondeu por
49% das vendas líquidas, as Américas 25% e a Ásia e o Pacífico por 26%
(fig. 3).
Para fazer frente às suas necessidades de financiamento, a empresa
buscou o centro financeiro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Com os
americanos, a Nokia “aprendeu” requisitos de desempenho e controle
financeiro que não existiam no mercado europeu. O facto de buscar capital
em um contexto institucional distante e não familiar também representa
uma oportunidade de conscientização, por parte dos executivos, de que o
mundo não é regido pelas normas domésticas vividas pela empresa. As ações
da Nokia são negociadas nas principais bolsas do mundo (Nova Iorque, Paris,
Frankfurt, Stockholm e Helsinki) e estão principalmente nas mãos de
estrangeiros.
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Tema: “ Do global ao metanacional”
Contudo a Nokia teve de compreender vários aspectos as
necessidades emergentes dos consumidores em mercados líderes à volta do
mundo, o aumento do consumismo na Europa, novas formas de funcionalidade
nos EUA e no Japão, a emergência dos telefones móveis como um acessório
de moda nos EUA e na Ásia, a substituição da telefonia móvel pelas linhas
fixas na China e na Índia. Gestores finlandeses foram enviados para
localizações-chave em todo o mundo, constituindo assim uma rede de valor
incalculável de troca de informações e partilha de experiências.
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Algumas de muitas citações de José Pinto
dos Santos
“ Os países não são todos iguais, nem nunca serão. As empresas que
não percebem isso vão fracassar. Adquirir a oferta das empresas aos
diferentes mercados é fundamental”
“ Não são os países que fazem as empresas, mas sim aqueles que a
gerem. Uma empresa portuguesa será tão mais competitiva, quanto mais
competentes forem os seu gestores”
“ As empresas não devem apenas terem engenheiro, economistas e
gestores. A diversidade cultural e intelectual é uma arma importante para o
aumento da sua competitividade e sustentabilidade”
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Conclusão
Neste trabalho pretendi mostrar um pouco da evolução do nível
empresarial, tentando nunca sair fora do mencionado no início do mesmo
trabalho.
Contudo este trabalho serviu-me para adquirir de uma forma mais
global e desenvolvida o conhecimento sobre determinados assuntos até
agora pouco explorados, ou não explorados.
Em suma, com a elaboração deste trabalho posso afirmar que as
empresas multinacionais estão velhas, daí a necessidade de apostar nas
empresas metanacionais, só elas asseguram o desenvolvimento e o bemestar futuro de um país. VIVA as METANACIONAIS!!, o desenvolvimento
de um país como é o nosso está dependente de apostas inovadoras, de que as
metanacionais são exemplo.
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Bibliografia
- Internet— várias pesquisas no google
- Jornais— nomeadamente “ Expresso e Publico”
- Entre outros
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Apreciação e comentários da
professora
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