Resumo - Unesp

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Mecanismos básicos do aprendizado
Ana Silvia Barraviera1, André Mendes Jorge2, Angelo Cataneo3, Benedito
Barraviera1, Marco Antonio Nogueira Duarte1, Maria Fernanda Sarmento e
Souza1, Paulo Francisco Domingues2, Rui Seabra Ferreira Júnior1.
Resumo
O presente trabalho objetivou promover uma discussão sobre os
mecanismos básicos do aprendizado bem como as ferramentas pedagógicas
que são utilizadas estrategicamente pela metodologia EDMC.
Palavras-chave: EAD, mecanismos de aprendizagem.
1 Introdução
1.1 Justificativas
Um dos principais objetivos desta área de atuação é prover elementos
que alavanquem um melhor desempenho. Para atingir tal objetivo, o caminho é
ressaltar quais são as principais barreiras para a aprendizagem individual, das
equipes e da organização, bem como quais são os principais fatores que
facilitam e promovem a aprendizagem nestes níveis.
LOBO NETO (2001) relata que a Educação a Distância (EAD) como
estratégia de ampliação das possibilidades de acesso à educação deve
aprofundar o compromisso do projeto pedagógico com o projeto histórico,
político e cultural da sociedade. O mesmo autor cita que para exercer este
papel, a EAD não pode ser concebida, apenas, como um sucedâneo da
educação presencial. Por isso sua função social não se restringe a promover a
ampliação do número dos que têm acesso à educação. Esta é, certamente,
uma importante característica da EAD e que muito contribui para a definição de
seu papel social.
1.2 Objetivos
O presente trabalho procurou discutir os mecanismos básicos do
aprendizado bem como as ferramentas pedagógicas que são utilizadas
estrategicamente pela metodologia Educação a Distância Mediada por
Computador - EDMC.
2 O que seria a aprendizagem
Primeiramente é necessário expandir a visão do que é a aprendizagem,
separando este conceito do seu tradicional entendimento. Aprender pode, para
muitos, significar “aprender a resposta certa”, uma mudança estática de uma
condição de conhecimento ou know-how para outra.
SENGE (1999) comenta porém, que no ambiente atual de grandes
mudanças e imprevisibilidade, a aprendizagem deve ser vista como um
processo contínuo com as seguintes etapas:
1 CEVAP - UNESP - Botucatu; 2 FMVZ - UNESP - Botucatu e 3 FCA - UNESP - Botucatu
2
(1) aprender a perceber ou a reinterpretar uma situação;
(2) aprender como aplicar esta percepção para a formulação de uma
política e especificação de uma ação;
(3) aprender como implementar estas políticas e ações pretendidas;
(4) aprender como manter estes 3 últimos itens ativos, vivos e abertos a
constante revisão.
Neste contexto existem conceitos, métodos e ferramentas que auxiliam a
promover este processo de aprendizagem. Eles são usados nas atividades
visando:
 a facilitação das equipes no processo de redefinirem seus processos
de aprendizagem, deixando-os melhor sintonizados com os seus objetivos;
 a facilitação da interação entre as pessoas;
 projeto de sistemas de trabalho voltados para a criação e
compartilhamento de conhecimentos;
 a capacitação em novos métodos e ferramentas que ajudem na nova
percepção dos problemas e na busca de soluções sistêmicas.
É, sobretudo, como instrumento de qualificação do processo
pedagógico e do serviço educacional, que a EAD traz uma
fundamental contribuição. Bastam duas menções para
confirmar esta afirmação. Sua utilização para a capacitação e
atualização dos profissionais da educação e a formação e
especialização em novas ocupações e profissões. Esta, sem
dúvida, foi uma das mais ponderáveis razões do crescimento
desta modalidade de ensino nos níveis médio e superior.
Além disso, a EAD, por suas próprias características, se
constitui em canal privilegiado de interação com as
manifestações do desenvolvimento científico e tecnológico no
campo das comunicações.
É preciso, porém, ter muita clareza sobre as condições de ter
a EAD como alternativa de democratização do ensino. As
questões educacionais não se resolvem pela simples
aplicação técnica e tecnocrática de um sofisticado sistema de
comunicação, num processo de "modernização cosmética".
Não nos serve - como a ninguém serve - qualquer tipo de
educação à distância.
Sob o ponto de vista social, a EAD, como qualquer forma de
educação, não apenas deve pretender ser, mas precisa
concretamente realizar-se como uma prática social
significativa e conseqüente em relação aos princípios
filosóficos de qualquer projeto pedagógico: a busca da
autonomia, o respeito à liberdade e à razão [LOBO NETO,
2001].
2.1 Construtivismo
Para o sucesso do Ensino Construtivista, o maior entusiasta tem que ser
professor. Ele deve Ter uma mente aberta e uma capacidade para aceitar o
papel de mediador entre o aluno e o conhecimento.
Dentro e fora da sala de aula, o professor tem como tarefa guiar o aluno
para que siga os caminhos que levam a construção dos conhecimentos sociais
3
considerados essenciais. "É um trabalho que exige um envolvimento efetivo do
profissional.
O termo "construcionismo" decorre da necessidade de se caracterizar a
interação-objeto, mediada por uma linguagem de programação. O profissional
que conhece esta linguagem atua como mediador dessa interação. O aluno
interage com o objeto que usa métodos para facilitar a aprendizagem e, a
principalmente a descoberta do aluno.
O que se propõe na realidade é a mudança do paradigma pedagógico
do Instrucionismo para o Construcionismo. Existe resistência do sistema
educacional; se a mudança não ocorrer, os resultados indesejáveis poderão
ser o êxodo do aluno ou a produção de educandos obsoletos [MORAIS, 1998].
2.2 Repensando a Educação
A educação não pode ser vista restritamente, delimitada pela sala de
aula, mas vista sob o conceito de que a aprendizagem ocorre não apenas num
local geográfico chamado "escola", mas que é um estado da mente. Cada
indivíduo, cada organização, para manter a sua posição competitiva, terá que
investir na aquisição de novo conhecimento e de novas estratégias [LITTO,
1997].
A sociedade mudou muito nas últimas décadas, mas a educação formal
continua essencialmente inalterada: continuamos a confundir um amontoado
de fatos com o conhecimento (veja o vestibular brasileiro); a ignorar os estilos
individuais de aprendizagem de cada aluno; a exigir uso apenas de
memorização e não de capacitações cognitivas de alta ordem como
interpretação, julgamento e decisão; a exigir "respostas corretas", quando o
que é realmente importante é saber achar a informação necessária, na hora
certa para tomar uma decisão e saber fazer as perguntas certas [LITTO, 1997].
A literatura científica indica que existirão três categorias grandes de trabalho:
serviços rotineiros de produção, serviços feitos pessoa-a-pessoa e serviços
analítico-simbólicos. O tipo de educação que estamos oferecendo nas escolas
hoje em dia será suficiente para aqueles que pretendem trabalhar nas
primeiras duas categorias.
Mas é na terceira categoria que a competitividade e bem estar de cada
nação dependerá, e as escolas atuais não são adequadas para o desafio que
está no horizonte. Os profissionais que trabalharão em serviços analíticosimbólicos lidarão com a manipulação de símbolos (dados, palavras,
representações orais e visuais) em três tipos de atividade: (1) a solução de
problemas, (2) a identificação de problemas e (3) o agenciamento estratégico.
Através do pensamento sistêmico, o aluno aprende a não cair na falácia de
compartimentalizar as coisas (como se faz na educação formal atual), mas de
ver a realidade como um sistema de causas e conseqüências. Uma vez que no
mundo real as coisas raramente se encontram pré-definidos e facilmente
separáveis, é importante que o aluno consegue sempre ver "o todo", porque
isto pode revelar relações não esperadas e soluções potenciais. Em vez de
aprender apenas como solucionar um problema, o aluno deve aprender a
examinar porque o problema surgiu e como está conectado a outros
problemas.
Funcionando com o status de um núcleo de pesquisa interdisciplinar
subordinado à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade, A Escola do Futuro
hoje reúne mais de 100 pesquisadores, provindo de vários setores diferentes
da Universidade: Escola Politécnica, Instituto de Matemática e Estatística,
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Instituto de Física, Instituto de Psicologia, Faculdade de Educação, Escola de
Comunicações e Artes e Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Além do apoio financeiro inicial dado pelo INEP, a Escola do Futuro tem
recebido expressivo suporte do CNPq, do BID - Banco Inter-Americano de
Desenvolvimento, do UNDP - United Nations Development Programme, da
Fundação AT&T, das empresas UNISYS e Apple Computers e da própria USP.
Embora atuando na área de pesquisa com sofisticada tecnologia educacional,
a Escola do Futuro reconhece que a problemática do ensino formal brasileiro
começa com a falta de salas de aula e de material pedagógico moderno e os
baixos salários e conseqüente baixa auto-estima dos professores em todo o
país. Ainda assim, considera o seu trabalho significante porque investe em
pesquisadores e novos materiais didáticos para viabilizar no futuro aquilo que
hoje é apenas experimental e porque se esforça para divulgar os resultados
das suas investigações para a comunidade de educadores brasileiros. A
plataforma teórica que orienta as pesquisas da Escola do Futuro se baseia num
conjunto de conceitos organizados em torno da identificação de um paradigma
antigo em Educação, que não funciona mais; e um novo paradigma, apropriado
para uma Sociedade de Informação/Conhecimento.
Na concepção tradicional de Educação, o aluno vem até a escola com a
cabeça essencialmente vazia e cabe à escola nela colocar um conjunto de
conhecimentos fatuais e habilidades intelectuais, testando periodicamente a
aquisição destes conhecimentos através de provas e exames. As habilidades
intelectuais mais valorizadas são a linguística (capacidade de ler, compreender
e escrever textos) e a lógica-matemática (capacidade de processar informação
quantitativa), porque essas são aquelas necessárias para empregos na
indústria e comércio, para onde a maior parte dos alunos é destinada na Era
Industrial.
2.3 A transferência de conhecimento
O maior desafio do nosso tempo é transferir mais conhecimento no
mesmo tempo disponível.
O processo educacional mundial passa atualmente por sérias
dificuldades. Isto porque os nossos jovens estão cada vez mais inteligentes e
com menos tempo para absorver todas as informações acumuladas ao longo
dos anos [VEJA, 2001]. É sabido que a quantidade de informações técnicas
explodiu neste final de século e o tempo disponível continua o mesmo do
começo do mundo. O dia continua tendo 24 horas, assim como os nossos
cursos de graduação que mantém o mesmo número de horas aula dos anos
50s. O grande desafio é: Como transferir mais conhecimento num menor tempo
disponível sem causar a angústia do excesso de informação [VEJA, 2001] ?
Existem pelo menos duas possibilidades: Ou aumentamos o tempo dos nossos
cursos de graduação ou construímos sistemas rápidos de transferência do
conhecimento. Esta segunda alternativa nos parece mais recomendável e para
tanto nós professores necessitamos perder o medo e conhecer profundamente
as novas tecnologias disponíveis para a área de educação. Se não
exercitarmos a criatividade e sugerirmos profundas mudanças nos paradigmas
vigentes correremos o risco de sermos sufocados pelo excesso de
informações, além de formarmos alunos despreparados para o mercado de
trabalho. Uma das saídas que nos parece mais viável no momento é
construirmos novas alternativas de transferência do conhecimento.
5
É sabido que quem lê aprende 20%, quem lê e vê cerca de 40%, quem
lê, vê e interage 75% [LINDSTROM, 1994]. Dessa forma, não se admite mais
utilizar ferramentas nas aulas que não estimule os órgãos dos sentidos em
seus múltiplos aspectos. Para tanto, o uso de mídias associadas como
ferramentas de trabalho em sala de aula é, no momento, a única saída para
mantermos a qualidade do ensino [BARRAVIERA, 1997, 2001].
Assim, o uso do papel associado ao vídeo, ao CD-ROM ou às páginas
da Internet certamente contribuirão para uma transferência mais rápida das
informações. A montagem deste conjunto de mídias deve ser feito com muito
critério e com projetos diferenciados entre o papel e as demais mídias. Esta
proposta pode ser composta de um livro texto acompanhado de um vídeo e um
CD tendo por convergência e interface final as páginas da Internet
[BARRAVIERA, 2001].
O livro deve possuir uma linguagem objetiva, clara, concisa e não dispor
de imagens, tabelas, esquemas, etc. O formato didático deve ser o mesmo do
vídeo e do CD-ROM a fim de facilitar o entendimento pelo aluno. O papel deve
conter informações atualizadas e profundas e chamar a atenção para imagens
disponíveis nas outras mídias.
O vídeo deve ser roteirizado com a supervisão do professor, sem no
entanto ter uma duração superior a 15 minutos. Com apenas este tempo
disponível deve ser salientado que não se trata de uma aula filmada sendo o
professor o seu artista principal. Neste caso, o professor será apenas o
orientador, sendo o responsável direto pelo conteúdo das informações, bem
como pela seqüência didática a ser seguida. Em decorrência do tempo escasso
o vídeo costuma não ter informações profundas, tendo por objetivo básico dar
ao usuário uma visão panorâmica geral do tema. Trata-se portanto, de
excelente ferramenta introdutória a qualquer assunto em questão.
O CD-ROM pode e deve conter informações aprofundadas, mesmo
porque o recurso da impressão de páginas deve estar presente. Neste,
poderão ser disponibilizados textos, imagens estáticas e dinâmicas, esquemas,
animações, vídeo clipes, locuções, etc. Além disso, deve ser interativo com as
páginas da Internet especialmente selecionadas.
Deve-se ter extremo cuidado na construção desta mídia, uma vez que o
projeto necessariamente deve ter uma porta de entrada e uma de saída com
navegações opcionais entre o linear e não linear. Deve-se dar preferência a
navegação do tipo linear e o aluno deve ser conduzido página a página a fim
de se chegar a um final sem que ele se perca pelas diversas opções que a
navegação não linear proporciona.
Durante a navegação linear, ou seja de maneira semelhante às páginas
de um livro, cada bloco de conteúdo não deve exceder 10 a 12 telas, pois caso
contrário tornar-se-á extremamente cansativo para o usuário. Ao final de cada
conjunto de telas poderá ser disponibilizado ligações com a Internet e
possibilidade de realização de testes de auto-avaliação.
A interatividade entre o CD-ROM e a Internet é hoje uma ferramenta
bastante comum e disponível. Uma das inegáveis vantagens da Internet é a
possibilidade de se fazer avaliação à distância ou não presencial.
A nosso ver, assunto estudado e avaliado é igual a aluno aprovado ou
não. Dessa forma, a avaliação final é dispensável, uma vez que o aluno iria
fazendo as avaliações durante o curso, em cada assunto disponibilizado. Não
se justifica mais as terríveis provas finais. Entende-se que após o estudo com
as ferramentas construídas com recursos de multimeios a avaliação poderá ser
feita pela Internet. As vantagens são muitas, uma vez que o sistema permite
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dar mais de uma chance ao aluno. Quando este tenta uma nova oportunidade
de avaliação o sistema embaralha as questões de tal maneira que não haja
prova similar ou questões repetidas Ao final é possível disponibilizar a média
das provas de maneira on line.
E aí dirão os conservadores: quando será feita a criação da consciência
humana? Pois é, para a reflexão sobrará muito mais tempo. Ou seja, se o
usuário pode levar para casa o material didático ou freqüentar o laboratório de
informática de madrugada, sobrará tempo durante o dia para os seminários de
reflexão. O professor terá mais tempo e prazer em trabalhar as reflexões da
classe, isto porque esta estará mais preparada para discutir o assunto. O
rendimento neste caso, será bem superior ao das aulas tradicionais.
Uma outra questão é: o professor perderá o seu emprego e será
substituído pela máquina? Saliento que o professor nunca perderá o seu
emprego pois, só ele é detentor do saber. Todo sistema didático, por mais
avançado que seja, só poderá ser construído se houver o professor
supervisionando. Além disso, o sistema necessita de atualizações periódicas e
isto só o professor será capaz de fazer. Dessa forma, o emprego estará
garantido e nesse caso teremos ainda um produto final - o profissional formado
- melhor qualificado para enfrentar os desafios da atualidade.
É preciso ter coragem para mudar! O século é de mudanças e o nosso
jovem já vem para a Universidade devidamente mudado, quer seja pelas novas
metodologias dos colégios, quer seja no ambiente dos cursinhos.
2.4 Tecnologias interativas na EAD
2.4.1 Aprendizagem sem distância
As novas tecnologias interativas são sustentadas e favorecidas pela
aparição das tecnologias distribuídas, como são as redes informáticas e os
softwares de acesso, como Internet e navegadores como Netscape e Internet
Explorer, entre outros.
Estas tecnologias da informação dão um acesso imediato a recursos de
aprendizagem que podem ser oferecidos aos estudantes ou trabalhadores
onde eles estiveram geograficamente. É por isso que se fala de aprendizagem
sem distância, com grande controle pelo estudante.
Este enfoque contrasta com o de ensino a distância, onde a formação é
geralmente guiada pelo formador e onde o enfoque é comunicacional: são
transmitidas informações organizadas. A aprendizagem sem distância tende a
reduzir o conceito de espaço, aproximando cognitivamente os diversos atores
envolvidos [GUADAMUZ, 1997].
2.4.2 A Internet
Apesar das origens da Internet remontarem aos tempos da guerra fria, o
termo Internet foi utilizado pela primeira vez somente em 1983. Durante a
década de 1980, a rede era utilizada basicamente pelo meio acadêmico, o que
mais tarde sofreria uma verdadeira revolução com a introdução da World Wide
Web (WWW). [ZAKON, 1999].
Atualmente, a Internet, tem se intensificado como uma nova alternativa para
o ensino a distância. Quanto aos recursos que a Internet possibilita e que
podem ser utilizados para o ensino a distância, pode-se citar:
7

E-mail, que é a correspondência de forma digital enviada pela rede.
Configura um modo de comunicação assíncrona, mas que tem grande
eficiência e baixo custo.
 Chat, conhecido também como bate-papo. A comunicação simultânea
entre diversas pessoas pela Web estimula a troca de informações. É ,
portanto, um modo de comunicação síncrona, também tendo um custo
reduzido.
 Grupos de discussão. Estimulam a troca de informações através de
mensagens entre vários membros de uma comunidade virtual que têm
interesses afins.
 World Wide Web (WWW), que pode ser definida como um grande
sistema de informações que permite a recuperação de informação
hipermídia, oferece a possibilidade de acesso universal de um grande
número de pessoas a um grande universo de documentos [HUGHES,
1993]. Além de documentos, podem ser disponibilizados sistemas mais
interativos que permitem que o usuário tenha um retorno praticamente
imediato de suas ações. Dessa forma, pode-se, por exemplo, realizar
testes on line, em que o usuário, ao final do mesmo, fica sabendo qual
foi seu resultado e quais questões acertou e errou, verificando também
qual deveria ser a resposta correta.
 FTP e Download, que é a disponibilização de arquivos contendo tanto
áudio, texto, imagens ou vídeos, quanto de sistemas que podem ajudar
em vários aspectos o ensino pretendido.
 Videoconferências, que podem ser feitas com câmeras acopladas ao
computador, com envio de imagens e sons via Web. Esse recurso ainda
configura-se como relativamente lento, mas é possível.
Todos esses recursos têm a grande vantagem de não dependerem, a
partir do momento em que existe um computador e um modem ligados a uma
linha telefônica, de posição física para que possam ser utilizados. Dessa forma,
em um chat podem estar conversando várias pessoas de países diferentes. Um
arquivo que uma pessoa disponibilizar em um site do Rio Grande do Sul, Brasil,
poderá ser baixado por download por uma outra pessoa na Amazônia no
momento em que for necessário. Neste aspecto, o uso de tecnologias da Web
podem minimizar os custos de tempo e transporte.
3 Considerações Finais
A EAD é uma alternativa educacional capaz de propiciar a ampliação de
oportunidades educativas, através de programas de qualidade.
É de fundamental importância investimentos na formação e/ou
aperfeiçoamento dos recursos humanos envolvidos em projetos de EAD. As
instituições que hoje desenvolvem EAD no país deveriam buscar parcerias com
as Universidades e outras entidades privadas, no sentido de reivindicar o apoio
governamental para a criação de cursos de formação e especialização nessa
área.
A produção de materiais deve ser feita por profissionais competentes.
Daí, a recomendação de que sejam estabelecidos em cada projeto, critérios de
seleção dos responsáveis pela elaboração dos conteúdos e especialistas em
EAD.
A natureza do curso, as características da clientela, a disponibilidade de
recursos, entre outros, são fatores determinantes para a definição da estrutura
de materiais de ensino para EAD.
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4 Referências bibliográficas
BARRAVIERA, B. Editoração eletrônica científica: apostando em uma nova
mídia. Editora FundIBio, Botucatu, 1997, 222p.
BARRAVIERA, B.; MARINS, L.V.; SZPEITER, N. Vacinas contra vírus.
Editora de Publicações Biomédicas, Rio de Janeiro, CD-ROM, 2001.
GUADAMUZ, L. Tecnologias interativas no ensino a distância. Tecnologia
Educacional, v.25 (139), nov/dez, p.27-31, 1997.
HUGHES, K. Entering de World Wide Web: A Guide to Cyberspace.
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LINDSTROM, R.L. Guia business week para apresentações em multimídia.
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LITTO, F. M. Repensando a educação em função de mudanças sociais e
tecnológicas e o advento de novas formas de comunicação. Disponível em
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LOBO NETO, F.J.S. Educação a distância: regulamentação, condições de
êxito
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SENGE, P. A quinta disciplina. Editora Best Seller. 1999.
VEJA. O poder da inteligência. Editora Abril, São Paulo, Ano 34, No. 25,
pp.92-9, 2001.
VEJA. A angústia do excesso de informação. Editora Abril, São Paulo, Ano
34, No. 35, pp.62-6, 2001.
ZAKON, R. H. Internet Timeline - the definitive Internet history. Disponível
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