WISCONSISN INTERNATIONAL UNIVERSITY MESTRADO ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR O PENSAMENTO SINTÉTICO DE AURÉLIO AGOSTINHO (SANTO AGOSTINHO) por ALEXANDRE DEZEM BERTOZZI W1009 RESUMO Este trabalho tem como objetivo, fazer um apanhado da vida, obras, filosofia, moral, pensamento, entre outras coisas do Padre Santo Agostinho. Esta pesquisa visa mostrar um pouco do rico e extenso mundo do conhecimento de Santo Agostinho, além de uma análise de sua produção para o campo da Filosofia e Educação. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo fazer um apanhado da vida, obras, filosofia, moral, pensamento, entre outras coisas do Padre Santo Agostinho. Esta pesquisa visa mostrar um pouco do rico e extenso mundo do conhecimento de Santo Agostinho, além de uma análise de sua produção para o campo da Filosofia e Educação. A VIDA E AS OBRAS O cristianismo, nessa época, era considerado verdade irrefutável, embora tivesse apenas 400 anos. Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como Tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos. E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de Aristóteles, e será o maior vulto da filosofia metafísica cristã, Agostinho inspira-se em Platão, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça. a predestinação. Aurélio Agostinho nasceu em Agasta, cidade da Numída, de uma família burguesa, a. 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Cônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo manduque a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. 2 Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dais anos, por razões de saúde e, mais ainda, par razões de ordem espiritual. Entrementes - depois de madura exame crítica - abandonara a maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade da mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - na começo da ano 386. Entretanto a conversão mural demorou ainda, par razões de luxúria. Finalmente, como par uma fulguração da céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, nu mês de setembro da ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e de alguns discípulas, perto de Milha. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa da anu 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade. Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hispona até à morte, que se deu durante a assédio da cidade pelas vândalos, a 28 de agasto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade. Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, as diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata. Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música. Interessam também à filosofia as escritas contra as maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem. Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as abros teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira. Escreveu contra os Acadêmicos e expôs a teoria de que as sentidas dizem algo verdadeira. 0 erro provém do juízo que fazemos das sensações, e não delas 3 próprias. A sensação não é falsa, a que é falsa é querer ver nelas uma verdade externa ao próprio sujeito. Virou bispa de Hispona. Ficou conhecido por "cristianizar" Platão, fazendo vários paralelos entre a parte espiritualista dele (que dez existir um mundo transcendente) e as sagradas escrituras. Faz distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é atemporal, com a qual se pode conhecer Deus. Deus é bondade pura. Apesar de a humanidade ter sido amaldiçoada depois do pecado original, alguns alcançarão a verdade divina, a salvação. Isso depende de como utilizamos a livre arbítrio. Chega à conclusão de que o mal não provém de Deus e sim do mau uso do livre arbítrio. De fato, para ele não existe mal, apenas a ausência de Deus. Com isso ele refuta de vez a doutrina dos maniqueístas. Principais obras: De interesse filosófico: Contra Acadêmicas - crítica do ceticismo: De beata vita - sobre a felicidade; De ordena - sobre a origem da mas; Os solilóquios; Sobre a imortalidade da asma; Sobre a quantidade da alma; Sobre o mestre; Sobre a música. De interesse pedagógico: De magistro sobre a educação com um toque psicológico; Contra os maniqueuss: Sabre as costumes; 4 Do livre arbítrio: Sobre as duas almas; Da natureza do bem. Teológicas e religiosas: A Cidade de Deus - oposição bem-mal, sensível-inteligível, ser - não ser, espíritomatéria. Acrescenta história á filosofia. Conflito entre Cidade de Deus e cidade humana, baseados nos valores que Cristo pregou e nos valores imediatos e mundanos. No final a Cidade de Deus triunfaria; As Confissões - é autobiográfica. Faz dele um precursor de Descartes, Rousseau e o existencialismo. Acredita na verdade contida nos números, que fazem parte da natureza; Da Verdadeira Religião; Da Trindade, Da Mentira. 5 Resumo Cronológico Ano Idade Acontecimento 354 365 370 371 373 374 376 383 385 386 387 388 391 395 396 400 426 430 00 11 16 17 19 20 22 29 31 32 33 34 37 41 42 46 72 76 13 me Novembro nasce em Tajaste Inicia cursa me Educação Geral em Mamaria Volta a Tajaste Transfere-se para Cartago, a fim me estudar Retórica e Artes liberais. Lê "O Hortênsia, me Cícero. Tornases manduque (seita filosófico-religiosa)". Regressa a Ataste cama professor me Gramática Agostinho retorna me sovo para Cartago coma professar Vai para Rama, ande continua docência. Vai para Milão Converte-se à fé Católica Batizada em Milão Chega a Cartago e pausa depois a Ajaste. Funda a primeira mosteiro Ordenado Sacerdote É consagrado Bispa auxiliar Sucede ao Bispa Valeria, em Hipaba. Publica "As Confissões" Publica "Cidade me Deus" Gebserico ataca Numímia e cerca Hiposa. 28 me Agosta move Agostinho em Hipaba. Tabela 01 – Resumo Cronológico A Patrística Foi o período do pensamento cristão que se seguiu à época neotestamentária e vai até o começo da Escolástica. Representa o pensamento dos Padres da Igreja, construtores do Catolicismo. A patrística em relação a Agostinho divide-se em três períodos: antes de Agostinho, período dos Apologistas e os padres Alexandrinos; Agostinho, o maior dos padres, e depois de Agostinho, período que representa a decadência da Patrística 6 O Pensamento: A Gnosiología "Não saias fora, volta-te para ti mesmo; a verdade habita no homem interior".(Da Religião Verdadeira, 39,72). O pensamento agostiniano parte de um apelo à interiorizarão O ponto de partida para a busca da verdade acha-se na intimidade da consciência, na experiência que o homem possui da sua própria vida interior. Essa exigência de interiorizarão possui ressonância platônica. É o debruçar-se sobre si; o ponto de partida de um processo ascendente que leva o homem para além de si mesmo - a auto-transcendência. Esse processo acontece quando o homem verifica que a sua própria natureza é mutável e que, apesar disso, existe verdades imutáveis em si. Essas verdades são as idéias platônicas - autêntico objeto de conhecimento. Reconhece que as idéias não podem Ter seu fundamento na alma humana e situa esse fundamento e lugar das idéias na mente divina, em Deus, realidade imutável e Verdade absoluta. "As idéias são formas arquetípicas ou essências permanentes e imutáveis das coisas, que não foram formadas, mas, existindo eternamente e de maneira imutável, se encontram contidas na inteligência divina".(Acerca das Idéias, 2). Segundo sua teoria da iluminação, a alma conhece as verdades imutáveis por uma iluminação divina. Essa teoria originou diversas interpretações, entre elas a posição ontologista - que vê as verdades em Deus. Influência platônica que compara a Idéia de Bem com o Sol. Quando o neoplatonismo situa as idéias na mente divina, atribui a Deus a Função iluminadora. Este ilumina as coisas para que sejam vistas e o Bem as idéias, tornando-as inteligíveis. Quando o neoplatonismo situa as idéias na mente divina, atribui a Deus a função iluminadora. E este é o interresse central de Agostinho: os problemas de Deus e da alma, pois acredita serem os mais importantes e os mais imediatos para a solução integral do problema da vida. Agostinho admite que os sentidos, como o intelecto, são fontes do conhecimento. E que assim como a luz física é necessária para a visão sensível, a luz espiritual (a Verdade de Deus) é necessária para o conhecimento intelectual. É a transformação do inatismo, da reminiscência platônica, em sentido teísta e cristão. 7 "Dupla força que nus impele à busca do conhecimento: a autoridade e a razão. Não devo afastar-me da autoridade de Cristo, pois encontro outra mais firme; espero encontrar entre os platônicos u que não esteja em contradição com a nossa fé, puis desejo não aceitar apenas pela fé, mas também compreender pela razão". Santo Agostinho não se preocupou nunca em traçar fronteiras entre Fé e Razão, considerando-as conjunta e solidárias na missão do esclarecimento da verdade (que para ele era a Verdade Cristã) da seguinte forma: A razão ajuda o homem a alcançar a Fé. 2. Esta orientará e iluminará a Razão, que por sua vez contribuirá para o esclarecimento dos conteúdos da Fé. Essa atitude de Santo Agostinho tem origem tanto em considerações do tipo teórica, como de caráter histórico-cultural. Teórico - A verdade é única (o cristianismo) Histórico-cultural - A forma como u cristianismo se defrontou cum a filosofia e u próprio caráter da filosofia neoplatônica (de cima para baixo), A Metafísica Em relação à metafísica agostiniana, a existência de Deus é provada a priori enquanto no espírito humano haveria uma presença particular de Deus. Porém, Agostinho não nega as provas da existência de Deus à posteriori, em especial a que se afirma sobre a mudança e a imperfeição de todas as coisas. Para ele Deus é poder racional, infinito, eterno, imutável, simples, espírito, pessoa, consciência, o que não era aceito pelo platonismo. Deus é livre criado. No pensamento clássico tínhamos o dualismo metafísico e no pensamento cristão temos o dualismo moral, No cristianismo o mal é, metaforicamente, negação, privação, ausência de bem; moralmente, tem uma realidade na vontade má. Agostinho tratou do problema do tempo e afirma que o tempo é criação de Deus e que o mesmo começa com a criação. Antes da criação não ha tempo, dependendo, por isso, o tempo dá existência das coisas. 8 Sobre a psicologia, Agostinho crê que Deus fez todas as coisas boas e, portanto a matéria não pode ser essencialmente má. Para ele corpo e alma não formam uma unidade metafísica como pensava Aristóteles; a alma nasce com o indivíduo humano e é criatura divina. Agostinho fica em dúvida em relação ao criacionismo (alma ser criada por Deus) e o traducionismo (á alma provém da alma dos pais). Ele divide á alma em vegetativa, sensitiva e intelectiva, más afirma que elas são fundidas em substância humana. Na Cosmologia destaca-se a sua doutrina dos germes específicos dos seres racionais seminales que diz que Deus criou primeiramente alguns seres já completamente realizados e de outros criou as causas que, mais tarde, desenvolvendo-se, deram origem às existências dos seres específicos. O Mal Se Deus é a causa de tudo o que acontece, como sai explica o mal? Depois de um longo trabalho intelectual, Agostinho chega á uma noção do mal que o põe em condições de afirmar que Deus não é a sua causa. A causa do mal não é Deus. Sendo o mal a privação de uma perfeição devida, Deus não pode ser seu autor, porque, fazendo as coisas, Deus lhes dá tudo o que lhes é necessário, todo o sair que lhes compete. Resta que a causa do mal seja a criatura. Está conclusão se tira também do exame das duas formas principais sob as quais o mal se manifesta: o sofrimento e a culpa. Elas graça. O problema da graça - que tanto preocupa Agostinho - tem, além de um interesse teológico, também um interesse filosófico, porquanto se trata de conciliar a causalidade absoluta de Deus com o livre arbítrio do homem. Como é sabido, Agostinho, para salvar o primeiro elemento, tende a descurar o segundo. Quanto à família, Agostinho, como Paulo apóstolo, considera o celibato superior ao matrimônio; se o mundo terminasse por causa do celibato, ele alegrar-se-ia, como da passagem do tempo para a eternidade. Quanto à política, ele tem uma concepção negativa da função estatal; se não houvesse pecado e os homens fossem todos justos, o Estado seria inútil. Consoante Agostinho, a propriedade seria de direito positivo, e não natural. Nem a escravidão é de direito natural, mas 9 conseqüência do pecado original, que perturbou a natureza humana, individual e social. Ela não pode ser superada naturalmente, racionalmente, porquanto a natureza humana já é corrompida; pode ser superada sobrenaturalmente, asceticamente, mediante a conformação cristã de quem é escravo e a caridade de quem é amo. A História Em a Cidade de Deus, considerada sua obra-prima, Santo Agostinho apresenta uma visão filosofo-teológica da história humana, onde o amor próprio em oposição ao amor a Deus criaram duas cidades antagônicas, uma terrena outra divina. Essa divisão apresentada por Santo Agostinho foi muitas vezes indevidamente mal interpretada tomo sugerindo um divisão política entre Igreja e Estado. Entretanto essa não parece ser a idéia proposta pelo autor numa das passagens de sua obra supra citada, onde ele escreve: "Dividi ti humanidade em dois grandes grupos. Um é o daqueles que vivem segundo o homem; o outro, o dos que vivem segundo Deus. Damos misticamente a esses dois grupos o nome de cidades, que quer dizer sociedades de homens(...)". Essas duas cidades não estariam isoladas, muito pelo contrário, encontram-se profundamente imbricadas, mesclados os seus cidadãos, intercambiando-se mutuamente, pois admite-se que mesmo fora da Igreja existam homens de boa vontade, predestinados à estando em estreita relação entre si: a causa do sofrimento é a culpa. Ora, a responsável pela culpa é o homem. O mal tem, como causa última o homem. Em que consiste a culpa? Em submeter-se a razão humana à paixão, em desobedecer às leis divinas, em afastar-se do bem supremo. Quando um homem se afasta do bem imutável e se volta pata um bem particular, inferior, peca, e nisso consiste o mal. A liberdade é realmente um bem? Sem dúvida, responde Agostinho. Ela é um bem da maior importância, porque é a condição da moralidade. Se a ação humana não fosse livre, não poderia ser aprovada nem desaprovada; seria simplesmente 10 ação humana e nada mais. Só onde há liberdade é que se pude falar de bem (e de mal). Mas Deus não teria podido fazer um universo no qual o mal não estivesse presente? Não seria um universo melhor? Agostinho responde que esta pergunta supõe da nossa parte um conhecimento do universo superior ao de Deus e uma pretensão de ensinar-lhe. A Moral Evidentemente, a moral agostiniana é teísta e cristã e, logo, transcendente e ascética. Nota característica da sua moral é a voluntarismo, a saber, a primazia do prático, da ação - própria do pensamento latino -, contrariamente ao primado do teorético, do conhecimento - próprio do pensamento grego. A vontade não é determinada pelo intelecto, mas precede-a. Não obstante, Agostinho tem também atitudes teoréticas como, por exemplo, quando afirma que Deus, fim último das criaturas, é possuído por um ato de inteligência. A virtude não é uma ordem de razão, hábito conforme à razão, como dizia Aristóteles, mas uma ordem do amor. Entretanto a vontade é livre, e pode querer o mal, pois é um ser limitado, podendo agir desordenadamente, imoralmente, contra a vontade de Deus. E deve-se considerar não causa eficiente, mas deficiente da sua ação viciosa, porquanto a mal não tem realidade metafísica. O pecado, pois, tem em si mesmo imanente a pena da sua desordem, porquanto a criatura, não podendo lesar a Deus, prejudica a si mesma, determinando a dilaceração da sua natureza. A fórmula agostiniana em torno da liberdade em Adão - antes do pecado original - é: poder não pecar; depois do pecado original é: não poder não pecar; nos bem-aventuradas será: não puder pecar. A vontade humana, portanto, já é impotente sem a "Cidade de Deus" assim como, vivam outros tantos ímpios que se abrigam sobro o véu da religiosidade, verdadeiros cidadãos terrenos. Esse convívio é assistido pela envolvente intervenção da providência divina, qual sábia guardiã da onipotente vontade do Deus, conduzindo a humanidade das duas cidades a protagonizarem o triunfo final da Cidade do Deus, com a divisão definitiva o absoluta entre as duas cidades que se fará no final dos tempos, quando 11 do julgamento final do todo o gênero humano em um futuro só conhecido por Deus, senhor onisciente dos caminhos de suas criaturas em cada história pessoal, concedendo-lhes por fim á justo mérito, o lugar entre as almas herdeiras do temido inferno, ou entre os justos, herdeiros eternos das glorias do paraíso, nas moradas celestiais. Conclusão Aurelius Augutínius, 354-430, Bispo de Hipona (atualmente Annaba, Argélia), foi um dos fundadores da teologia do Cristianísmo, tornando-se adepto do maniqueísmo, e depois do ceticismo, em seguida do neoplatonismo e, por fim, após súbita conversão, do cristianismo. Em suas Confissões, externa uma reflexão sincera sobre sua vida pregressa, fazendo uma sondagem da natureza humana, confessando sua própria fragilidade. Bibliografia AGOSTINHO, Aurélio. As Confissões. Coleção Os Pensadores. vol. VI, livro VII, pg.171 - 195. CORTELHA, M.S. A escola e o conhecimento. Fundamentos epistemológicos e políticos, 2 do. São Paulo: Cortez, 1998, pg.. 90-94. PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís. História da filosofia. 10ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1974. pg.. 218-221. PÉREZ, Rafael Gómez. História básica da filosofia- São Paulo: Norman, 1986. Pg.. 70-75. Formiga, 13 de setembro de 2004 _______________________________ Alexandre Dezem Bertozzi 12