Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE Hepatite - Brasília - DF...............................................................................................................................3 Os onze do Supremo..................................................................................................................................3 Droga engana HIV inativo..........................................................................................................................6 Injeção recupera a visão em ratos ...........................................................................................................7 Mortes e casos de gripe suína em SP mais que dobram em 18 dias ................................................7 SUS terá droga mais eficaz para hepatite C ..........................................................................................8 Ministro da Saúde descarta risco de epidemia da gripe A no Brasil ..................................................9 Menina que contraiu HIV em hospital público será indenizada ...........................................................9 Ex-seminarista gay e pastora hétero abrem igreja em Bauru ...........................................................10 Governo divulga medidas para contornar paralisação .......................................................................11 Dois novos remédios para hepatite C entram no SUS (Ciência + Saúde) ......................................11 Droga pode desmascarar HIV escondido (Ciência + Saúde) ............................................................12 Aumenta hepatite de transmissão sexual .............................................................................................13 Zero HIV (Artigo) .......................................................................................................................................14 Novo teste é arma contra a doença .......................................................................................................15 Mais remédios pelo SUS .........................................................................................................................15 Substituição de grevistas .........................................................................................................................16 Castas à brasileira ....................................................................................................................................17 Coca-Cola, Levi Strauss e outras multinacionais participam de campanha contra restrição na concessão de vistos para pessoas com HIV ........................................................................................18 Ativistas realizam manifestação e exigem menor preço para o Truvada em frente ao estande da Gilead ..........................................................................................................................................................19 Ativistas norte-americanos aproveitam Conferência em Washington para exigir tratamento universal no país .......................................................................................................................................20 Programa de aids no Brasil enfrenta falhas e precisa ser `replanejado`, informa BBC Brasil .....21 Cientistas apresentam pesquisa sobre novo anel vaginal na Conferência Internacional de Aids .....................................................................................................................................................................23 Governo `perde ousadia` e `retrocede` nas campanhas anti-HIV, dizem ativistas em matéria da BBC .............................................................................................................................................................24 Esper Kallás defende a profilaxia pré-exposição e a circuncisão como formas de prevenção ao HIV ...............................................................................................................................................................26 Boletim da Agência Aids veiculado no Estadão Notícias do dia 25/07 na Rádio Estadão ESPN .....................................................................................................................................................................26 Especialistas acreditam que crianças, adolescentes e mulheres devem ser prioridade nas ações de prevenção e tratamento ..........................................................................................................27 Estacionamento irregular e prostituição são constantes no Recreio (Barra) ..................................28 Criticada pela população, candidatos em SP focam a Saúde ...........................................................28 Remédio para câncer consegue tirar HIV de "esconderijo" no corpo ..............................................29 "É retrocesso absurdo", diz mãe que fez parto em casa sobre decisão no RJ ..............................30 Parto em casa divide especialistas; veja opiniões a favor e contra .................................................31 Droga pode desmascarar HIV escondido em células humanas .......................................................33 Menina que contraiu HIV em hospital público será indenizada .........................................................34 Ex-seminarista gay e pastora hétero abrem igreja em Bauru ...........................................................35 Governo divulga medidas para contornar paralisação da Anvisa .....................................................35 Setor farmacêutico entra na Justiça contra greve ...............................................................................36 Dilma descentraliza função de agências em greve .............................................................................38 SUS terá droga mais eficaz para hepatite C ........................................................................................38 Mortes e casos de gripe suína em SP mais que dobram em 18 dias ..............................................39 Agência tenta aprimorar exames antidoping ........................................................................................39 CORREIO BRAZILIENSE - DF | POLÍTICA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Hepatite - Brasília - DF Luiz Carlos Azedo Dois novos medicamentos contra Hepatite C serão incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS). O Telaprevir e o Boceprevir devem beneficiar 5,5 mil pacientes, todos portadores de Cirrose e fibrose avançada, que fazem parte do grupo de maior risco de progressão da doença. CORREIO BRAZILIENSE - DF | ESPECIAL DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Imagem 1 Os onze do Supremo O Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 ministros, que se reúnem em plenário tradicionalmente duas vezes por semana para julgar os processos mais importantes da Corte. Eclético, o tribunal é integrado por quatro juristas com origem no Ministério Público, quatro oriundos da advocacia e três magistrados de carreira. Três ministros são paulistas, três cariocas, dois mineiros, um sergipano, um mato-grossense e uma gaúcha. Conforme estabelece a Constituição, todos os ministros são de livre indicação do presidente da República, embora tenham que ser aprovados pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, após sabatina, e pelo plenário da Casa Legislativa, antes da nomeação. Da atual composição do Supremo, mais da metade dos integrantes foi indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nomeou seis ministros. Dilma Rousseff indicou dois dos atuais magistrados, enquanto os demais foram escolhidos por José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Antes de iniciados os julgamentos, os ministros costumam se encontrar em uma área restrita reservada para o lanche deles. Por lá, conversam, trocam ideias, mas não costumam combinar votos. Há quem defenda uma discussão prévia dos processos a serem julgados para que os magistrados evitem polêmicas durante as sessões. Mas isso não é realidade. São raros os acordos feitos a portas fechadas, como o que ocorreu no caso da definição do cronograma do mensalão. Três dos ministros do Supremo acumulam o cargo com a função de integrante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do Supremo é escolhido pelo critério da antiguidade. Aqueles que tomaram posse há mais tempo chegam ao comando do tribunal para um mandato de dois anos. O atual presidente, Carlos Ayres Britto, assumiu em abril, mas ficará no cargo por apenas sete meses, pois terá que pedir aposentadoria em novembro, quando completará 70 anos. O próximo presidente do STF será Joaquim Barbosa. Carlos Ayres Britto (presidente) Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, o ministro Carlos Ayres Britto, 69 anos, teve um papel fundamental para que o julgamento do mensalão começasse na próxima quinta-feira. Por diversas vezes, ele cobrou pressa do revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowski, na entrega de suas considerações finais. O grande temor era de que eventuais atrasos atrapalhassem a participação do ministro Cezar Peluso no julgamento, já que ele completa 70 anos em 3 de setembro e terá que deixar a Corte. O próprio Ayres Britto também se aposentará este ano. Ele sairá do STF em 18 de novembro, depois de nove anos como integrante do Supremo. Durante quase uma década, o ministro teve sua trajetória marcada por votos em que destilou a sua linguagem poética e carimbou o seu perfil liberal. Um dos mais marcantes foi o relatório no julgamento a respeito da legalidade das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. "Pede-se que este tribunal declare que qualquer maneira de amar vale a pena", declarou o ministro. Indicado em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele também se destacou como relator de outros importantes processos, como o que liberou as pesquisas com células-tronco no Brasil e é descrito como um magistrado de perfil apaziguador - jamais se envolveu em discussões consideradas ofensivas com outros ministros. Sergipano, do município de Propriá, Britto integra a Academia de Letras de seu estado e é autor de seis livros. Celso de Mello Decano do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado para a principal Corte brasileira em 1989 pelo então presidente José Sarney. Será o último voto proferido no julgamento do mensalão, mas, por sua respeitabilidade e capacidade jurídica expressa em seus votos, não raro consegue alterar opiniões anteriores expressas pelos seus pares. Para ele, o sistema de Justiça deve "servir às pessoas para solucionar os seus problemas, não alimentar a si próprio". Já foi capaz de rever uma decisão meramente jurídica após uma análise detalhada do caso. Certa feita, havia negado o pedido de um detento que solicitava transferência para receber atendimentos médicos. Negou por achar que o STF não era o tribunal competente para julgar a causa. Voltou atrás ao saber que o preso era vítima de câncer e Aids e completou afirmando que "ignorar o pedido de transferência equivaleria a uma sentença de morte". Também foi um precursor na tese da fidelidade partidária. Esperou exatos 18 anos para conseguir formar maioria em torno do argumento de que o parlamentar que muda de legenda perde o direito à vaga. "O ato de infidelidade quer à agremiação partidária, quer, sobretudo, aos eleitores, traduz um gesto de intolerável desrespeito à vontade soberana do povo", proferiu em voto firmado em 2007. Foi decisivo também no julgamento em que aplicou à esfera pública a mesma lei de greve do setor privado. E concedeu um habeas corpus a um preso acusado de furtar um botijão de gás no valor de R$ 20. Como justificativa o fato de que, em julho de 2004, data do furto, o objeto furtado equivalia a 7,69% do salário mínimo então vigente no país. Marco Aurélio MeLlo Um dos mais abertos e polêmicos ministros do Supremo, Marco Aurélio, 66 anos, jamais se furtou a manter suas convicções mesmo que elas não sejam seguidas ou compreendidas por seus pares. Tanto que ficou conhecido como "senhor voto vencido", por não terem sido raras as vezes em que seu voto destoou do entendimento da maioria. É primo do ex-presidente Fernando Collor. Uma das marcas de Marco Aurélio é o respeito ao processo legal. Essa postura já lhe rendeu diversas críticas, já que, em vários momentos, concedeu habeas corpus em casos polêmicos, por entender que "a prisão antes do trânsito em julgado da condenação, salvo em casos excepcionais, viola o princípio da presunção de inocência". Um dos beneficiados pelo habeas corpus foi o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, em 2000, acusado de ter se beneficiado com informações privilegiadas da desvalorização cambial de 1999. Libertado, o banqueiro, proprietário do falido banco Marka, fugiu para a Itália e só foi preso novamente em 2007, em Mônaco. Por ter cidadania italiana, não podia ser extraditado. Também votou a favor do habeas corpus para Susane von Ritchthofen e o para o explorador de máquinas de caça-níqueis Antonio Khalil, o Turcão. A paixão pelo processo legal rivaliza com o amor por seu time de coração, o Flamengo. É conhecida a história de uma tarde de domingo, quando Marco Aurélio interrompeu uma entrevista por telefone para gritar, em êxtase: "Vai, Obina". Na época, a torcida rubro-negra achava que o centroavante era melhor do que o camaronês Samuel Eto"o, então jogador do Barcelona. Gilmar Mendes De todos os ministros do Supremo Tribunal Federal que começarão a julgar o mensalão a partir da próxima quinta, 2 de agosto, Gilmar Ferreira Mendes foi o que se envolveu na maior polêmica recente sobre o caso: a famosa reunião com o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva no escritório do ex-presidente do STF Nelson Jobim. Nela, Gilmar Mendes garante que Lula pediu o adiamento do julgamento do mensalão para depois das eleições municipais de outubro em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. A relação de Gilmar com Lula sempre alternou momentos de aproximação com outros de confronto explícito. Gilmar chegou a afirmar que o país vivia um estado policialesco e um suposto grampo de uma conversa entre ele e o ex-senador Demóstenes Torres, em 2008 - desmentido posteriormente por perícias da Polícia Federal -, levou à queda do então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda. Para ele, por exemplo, as mais de 407 mil interceptações telefônicas autorizadas pela magistratura em 2007 são uma prova da "fragilidade do Poder Judiciário." Mendes é tido como criterioso e defensor explícito do fim das algemas nos casos de prisão, por acreditar que essa medida fere a integridade dos réus. Ex-advogado-geral da União durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o mato-grossense Mendes tem 56 anos e acredita que o julgamento do mensalão é importante para "desmistificar a ideia de que foro privilegiado rima com impunidade". Cezar Peluso O mensalão será o último julgamento de Cezar Peluso como ministro do Supremo Tribunal Federal. Em 3 de setembro, ele se aposentará da principal Corte do país, onde entrou em 2003. Essa movimentação já gera polêmica, uma vez que Peluso, possivelmente, terá que adiantar o seu voto antes de aposentar-se por atingir 70 anos. O primeiro ministro nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a fidelidade partidária e a extensão da Lei de Greve do serviço público à iniciativa privada. Envolveu-se em uma polêmica feroz com a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, que denunciou a existência de "bandidos de toga". Logo após a declaração de Eliana, Peluso, que na época presidia o CNJ, disse que o conselho repudiava "acusações levianas que, sem identificar pessoas, nem propiciar qualquer defesa, lançam, sem prova, dúvidas sobre a honra de milhares de juízes". Também criou um mal-estar com o Palácio do Planalto ao pressionar a presidente Dilma Rousseff pelo reajuste dos servidores do Judiciário. Outra marca de Peluso é colocar-se contra situações de violação das garantias constitucionais. Certa feita, elaborou um voto de 28 páginas considerando nulo o interrogatório por videoconferência, especialmente quando não existe citação ao réu. Para ele, essa prática "limita o exercício da ampla defesa, além de ser um insulto às garantias constitucionais da igualdade e publicidade". Joaquim Barbosa (relator) Primeiro e único ministro negro da história do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de 57 anos, é o protagonista do processo do mensalão na Corte. Sorteado relator do caso do mensalão em 2006, coube a ele conduzir a mais extensa e importante ação da política recente brasileira. Há cinco anos, o voto de Joaquim, favorável à abertura da ação penal do mensalão, prevaleceu no julgamento em que o Supremo aceitou a denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra 40 réus. O ministro Joaquim não se furta de criticar a imoralidade durante julgamentos em plenário. Foi favorável à Lei da Ficha Limpa e chegou a ser criticado por advogados de réus do mensalão que alegam cerceamento de defesa no processo - os defensores de Marcos Valério tentaram, sem êxito, tirar Joaquim da relatoria do mensalão. Polêmico, Joaquim Barbosa coleciona desafetos. Já bateu boca em plenário com os colegas Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes. Brigou no cafezinho do Supremo com o ex-ministro Eros Grau e, mais recentemente, acusou o colega Cezar Peluso de manipular resultados de julgamentos. Mineiro de Paracatu, Joaquim estudou em um colégio estadual em sua cidade natal antes de se mudar para Brasília, onde cursou o segundo grau no Colégio Elefante Branco. Graduou-se em direito pela Universidade de Brasília (UnB). Estudou línguas estrangeiras no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. O ministro iniciou a carreira jurídica como advogado. Depois, exerceu as funções de oficial de chancelaria e de membro do Ministério Público Federal, de 1984 a 2003, quando foi nomeado ministro do Supremo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. CORREIO BRAZILIENSE - DF | SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Droga engana HIV inativo Já se passaram três décadas desde que a síndrome da imunodeficiência humana (Aids) foi descrita pela primeira vez, mas, além da prevenção, a única estratégia de luta contra o HIV são os medicamentos Antirretrovirais. Apesar do sucesso das drogas que evitam a replicação do vírus, não existe cura para doença, e essa tem sido apontada por especialistas como a única saída para frear uma epidemia. Agora, uma pesquisa das universidades da Califórnia e da Carolina do Norte publicada na edição de hoje da Nature descreve um tratamento que poderá acabar de vez com a infecção. Mesmo quando os Antirretrovirais conseguem evitar que o vírus faça cópias incessantes no organismo, o HIV jamais some do infectado. Ele se aloja nas células de defesa sem se expressar. Como está geneticamente inativo, não provoca danos nem é identificado como alvo pelos medicamentos. O problema é que, a qualquer momento, ele pode sair do esconderijo e começar a se replicar, atacando pacientes que já estavam com a carga viral - quantidade de vírus na corrente sanguínea - baixa. "Entre os muitos importantes objetivos das pesquisas sobre HIV está o desenvolvimento de terapias que consigam eliminar a infecção pelo vírus", diz David Margolis, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte e principal autor do artigo. "A existência desses vírus em estado latente é o principal empecilho para atingirmos esse objetivo." Alguns testes in vitro sugerem que acordar o HIV dormente para combatê-lo, é a estratégia mais apropriada. Até agora, porém, as substâncias usadas para esse fim não conseguiram estimular a ativação do vírus. Além disso, os experimentos foram feitos em amostras cultivadas em laboratório, não em pacientes humanos. No artigo, a equipe de Margolis relata o teste de uma droga que, como o AZT, primeiro antirretroviral do mercado, originalmente é usada no tratamento contra o câncer, principalmente linfomas, e que pode pegar o HIV de surpresa. O experimento foi realizado em soropositivos mesmo sabendo, conforme admite Margolis, que estavam sendo submetidos a um tratamento tóxico e sem benefícios clínicos comprovados. As dosagens usadas nos testes, porém, não provocaram efeitos colaterais nos pacientes, que continuaram tomando os Antirretrovirais. O que faz com que o HIV se torne latente é uma enzima chamada histona deacetilace (HDAC), que afeta a expressão genética do vírus. Em um experimento realizado em 2009, uma equipe de cientistas italianos já havia detectado que alguns inibidores dessa enzima conseguiam acordar a porção de células infectadas latentes. Quando adicionaram uma droga que induzia o estresse oxidativo, o HIV latente não só voltava a agir, como as células infectadas morriam. A estratégia de David Margolis, portanto, não é nova, mas a pesquisa americana é a primeira a testá-la em pacientes humanos, sem provocar um alto teor de toxidade. A droga usada pela equipe de Margolis foi a substância vorinostat, já conhecida por inibir a HDAC. Para evitar uma exposição desnecessária ao medicamento, primeiro os pesquisadores fizeram exames para ter certeza de que os pacientes tinham reservatórios de HIV que poderiam responder à droga. Eles extraíram células de defesa dos soropositivos e, in vitro, expuseram as células ao vorinostat. Onze voluntários se encaixavam nesse perfil e oito acabaram participando do estudo. Essas pessoas receberam 400mg da substância, injetada pela veia, e, seis horas depois, os pesquisadores extraíram mais células de defesa para verificar se o inibidor havia surtido efeito. O resultado foi positivo: o nível de ativação do RNA viral aumentou cinco vezes. Isso significa que a substância foi capaz de desmascarar o HIV escondido. Novas estratégias Com o vírus em plena atividade, o sistema imunológico conseguiu identificá-lo como corpo estranho e passou a combatê-lo. Os Antirretrovirais que os pacientes tomavam conseguiram evitar que o vírus circulante na corrente sanguínea se dividisse e invadisse novas células. "Acredito que nosso trabalho tenha fornecido provas persuasivas de que há novas estratégias para atacar e erradicar o HIV latente", diz Margolis. ]Para Steven G. Deeks, professor do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia, esse é o típico "estudo provocativo, que levanta mais perguntas do que respostas". Primeiro, argumenta, é preciso refletir se vale a pena administrar drogas potencialmente tóxicas em pessoas que, embora soropositivas, levam uma vida normal com os Antirretrovirais. Outro argumento de Deeks é que ainda não se sabe quanto do reservatório viral pode ser eliminado pelo inibidor da HDAC. Na primeira fase do estudo, quando apenas as células dos soropositivos foram submetidas ao teste in vitro, cinco das 16 amostras não foram afetadas pela droga. Ainda assim, Deeks diz que os cientistas não podem subestimar o estudo, que fornece uma "abordagem racional e inteiramente nova para o gerenciamento da infecção por HIV". CORREIO BRAZILIENSE - DF | SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Injeção recupera a visão em ratos Estudo publicado ontem a revista Neuron mostra como cientistas americanos conseguiram devolver a visão a ratos cegos com a injeção de um medicamento que os deixa sensíveis à luz. A comunidade científica comemorou o resultado da pesquisa, classificada como um significativo passo para o tratamento que pode, no futuro, curar as causas mais comuns de cegueira como a degeneração macular e a retinite pigmentosa - sem a necessidade de intervenção cirúrgica ou de implantação de microchips e transplante de células-tronco, duas técnicas ainda polêmicas Professor de biologia celular e molecular da Universidade da Califórnia, em Berkeley, o pesquisador Richard Kramer, explicou que o tratamento com AAQ, substância que torna as células da retina sensíveis à luz, não é permanente. "A vantagem dessa abordagem é que é um simples produto, o que significa que se pode mudar a dosagem, usá-lo em combinação com outras terapias, ou interromper (o tratamento) se não gostar dos resultados", explicou Kramer, que liderou o estudo. Ele também assinalou que o método permite, a partir do surgimento de medicamentos melhores, a oferta de outras possibilidades aos pacientes. "Não dá para fazer isso quando se implanta cirurgicamente um chip ou após modificar geneticamente alguém", exemplificou. Por enquanto, não está claro o quanto da visão dos ratos foi recuperada, mas os pesquisadores garantem que o medicamento fez efeito porque as pupilas deles foram contraídas diante da presença de luz forte. E a partir do experimento, os animais passaram a evitar a luz. Os cientistas usaram na pesquisa ratos com mutações genéticas que faziam com que suas hastes e cones morressem com apenas alguns meses de vida. "Esse é um grande avanço no campo da restauração da visão", enfatizou Russell van Gelder, coautor do estudo. Oftalmologista e chefe do Departamento de Oftalmologia da Universidade de Washington, em Seattle, Van Gelder admitiu, de qualquer forma, que ainda há um longo percurso pela frente. "Ainda precisamos mostrar que esses componentes são seguros e vamos trabalhar com pessoas da mesma maneira que trabalhamos com ratos, mas esses resultados demonstram que essa classe de compostos restabelece a sensibilidade à luz das retinas afetadas por doenças genéticas", disse. "Este é um rande avanço no ampo da restauração da visão" Russell van Gelder, Pesquisador O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Mortes e casos de gripe suína em SP mais que dobram em 18 dias Nesse período, o Estado registrou 15 mortes e 80 casos; região mais atingida é a de São José do Rio Preto Chico Siqueira Números da Secretaria Estadual da Saúde mostram que as mortes por gripe suína e os casos graves da doença mais que dobraram em São Paulo entre 25 de junho e 13 de julho. No primeiro levantamento, a secretaria divulgou que 14 pessoas tinham morrido e 66 haviam sido internadas neste ano. A nova parcial, divulgada anteontem, mostra que 29 pessoas morreram e 146 foram internadas por causa da doença entre 1.º de janeiro e 13 de julho no Estado. O número representa mais 15 mortes e 80 novos casos da doença em 18 dias. E de monstra que o número de mortos em São Paulo já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o País no ano passado. Em 2011, o Estado registrou 26 casos graves de gripe suína e 5 mortes, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica. O levantamento não conta dezenas de casos e pelo menos duas mortes ocorridas após 13 de julho no interior - uma delas de um recém- nascido contaminado pela mãe. O último óbito foi em São José do Rio Preto, na segunda-feira. A região de Rio Preto é a mais atingida pela doença no Estado de São Paulo. Já são 11 mortes e 77 pessoas infectadas. Só na cidade de Rio Preto houve três mortes. Controle. Apesar dos números, a secretaria diz que a situação está sob controle. Em nota, a pasta diz que o Estado segue as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde e a situação não representa "anormalidade epidemiológica". ------Fatalidade A dona de casa Sandra Regina da Silva, que morreu na segunda-feira em São José do Rio Preto, morava em Alta Floresta (MT), e estava na cidade para o tratamento de um câncer. O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem SUS terá droga mais eficaz para hepatite C Denise Madueño Dois novos remédios serão fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com Hepatite C a partir de 2013. As drogas - telaprevir e boceprevir - são de uma nova geração, os inibidores de proteases, e deverão ser usadas por portadores de Cirrose e fibrose avançadas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 5,5 mil pessoas estão nesse grupo de maior risco de progressão da doença e poderão ser tratadas pelo novo coquetel de remédios. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a adoção das novas drogas permitirá dobrar as chances de um paciente se curar. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80%, ante os 40% de sucesso do tratamento atual,coma associação de duas drogas, o Interferon peguilato e a ribavirina. Dados apresentados pelo ministério apontam cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela Hepatite C no Brasil. "É uma doença silenciosa e muitas vezes o diagnóstico é tardio. A grande prioridade é rompermos o silêncio", disse o ministro. O período entre a infecção pelo vírus e a fase da Cirrose hepática pode levar de 20 a 30 anos, sem que a pessoa apresente sintomas. FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Ministro da Saúde descarta risco de epidemia da gripe A no Brasil Vírus H1N1 DE BRASÍLIA E DE SÃO PAULO - "Não há epidemia nem risco de epidemia de H1N1 no Brasil ou nos Estados do Sul", afirmou na tarde de ontem o ministro Alexandre Padilha (Saúde). Ele já havia negado uma epidemia na semana passada. Este ano, foram registrados 1.762 casos da gripe A, concentrados na região Sul, São Paulo e Minas, segundo informações do governo. Ao todo, 210 pessoas morreram pela doença. O ministro disse que a situação epidemiológica deste ano é "absolutamente diferente" da que existiu durante a epidemia mundial, em 2009. E destacou que o Brasil atingiu a meta de vacinação contra a gripe este ano, o que, segundo ele, não ocorreu em outros países. Padilha afirmou ainda que o ministério vai enviar vacinas aos Estados que demandarem reforços, mas apenas para a vacinação dos grupos de risco. FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Menina que contraiu HIV em hospital público será indenizada Danos morais DE SALVADOR - A Justiça determinou que o governo da Bahia pague uma indenização de R$ 100 mil por danos morais à família de uma jovem de 16 anos que foi infectada pelo vírus HIV, em 1998, após uma transfusão de sangue em um hospital público de Salvador. A decisão judicial estipula ainda o pagamento de uma pensão vitalícia de quatro salários mínimos (R$ 2.488). Quando tinha dois anos e oito meses, a menina foi internada com anemia no Hospital Geral Roberto Santos, onde recebeu a transfusão. Em 2010, uma sentença judicial estipulou R$ 50 mil por danos morais e pensão vitalícia de dois salários mínimos, mas a família considerou o valor baixo. A Procuradoria Geral do Estado disse que recorrerá da decisão. O órgão alega que é preciso esclarecer as causas da contaminação. FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Ex-seminarista gay e pastora hétero abrem igreja em Bauru COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BAURU Foco Na adolescência, o encarregado de loja Aloisio Pereira da Silva Júnior, 28, procurou a Igreja Católica porque acreditava que poderia "curar" sua Homossexualidade. Chegou a ser seminarista, mas, 15 anos depois, resolveu procurar outra forma de expressar sua religiosidade após seu namoro com um homem não ser bem aceito. No domingo passado, o agora reverendo Júnior inaugurou a primeira igreja gay de Bauru (a 329 km de São Paulo), a Igreja Inclusiva Monte da Adoração. O culto inicial reuniu cerca de 50 pessoas em um salão alugado no tradicional bairro Jardim Bela Vista. A Monte da Adoração é pentecostal e, além de Júnior, é conduzida por uma pastora heterossexual, Cristina Gonçalves, 54, dissidente de uma igreja evangélica. O empresário Fulvio Signorini, 35, esteve presente no primeiro culto. Evangélico e gay, diz que procurou várias igrejas em que sua orientação sexual não provocasse constrangimento, sem sucesso. Segundo Júnior, 30% dos 50 fiéis são homossexuais. Eles já se encontravam em casas antes. "Nosso objetivo maior é o evangelismo", diz. A Monte da Adoração está finalizando seu estatuto. Depois disso, será registrada em cartório. A cidade tem cerca de 700 igrejas evangélicas. O novo templo não foi bem recebido pelo Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru. O presidente, Ubiratan Cássio Sanches, diz que não é possível "deixar de pregar contra a mentira, a corrupção, a Homossexualidade e a pedofilia". O bispo local, Dom Caetano Ferrari, faz ressalvas. "Não vejo necessidade de abrir uma igreja inclusiva para os homossexuais, porque esses fiéis não estão excluídos da igreja". Nos EUA, as igrejas inclusivas existem há 40 anos. No Brasil, desde a década de 1990. FOLHA DE S. PAULO - SP | MERCADO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Governo divulga medidas para contornar paralisação DE BRASÍLIA Liberação de navios será em Brasília e esferas estaduais podem ser acionadas O Ministério da Saúde divulgou ontem algumas das medidas que serão aplicadas aos portos e aeroportos para contornar a greve de servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que promete atrasar a entrada de algumas mercadorias no país. A agência é responsável por fiscalizar e autorizar o atracamento de boa parte dos navios que circulam pelos portos brasileiros, além de analisar os produtos importados que tenham relação com a saúde. Segundo o ministro Alexandre Padilha, nos portos onde houver paralisação das atividades a ponto de dificultar o atracamento dos navios, essa autorização será dada diretamente pela Anvisa em Brasília -e não pelos portos. Outra medida será usar os serviços das esferas estaduais e municipais, sob supervisão da Anvisa, para fazer a análise das mercadorias que entrarem no Brasil. "Estamos fazendo avaliações diárias [sobre a necessidade das vigilâncias locais]. Até agora, não está sendo necessário", explicou Padilha. O ministro descartou a possibilidade de falta de remédios nas farmácias, tanto pela decisão dos grevistas de manter a entrada das mercadorias tidas como essenciais quanto pela proposta de convocar as vigilâncias locais para a triagem das mercadorias. Essas medidas estão alinhadas com o decreto publicado ontem pelo governo federal, diante de um possível nó nos portos brasileiros. FOLHA DE S. PAULO - SP | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Dois novos remédios para hepatite C entram no SUS (Ciência + Saúde) DE BRASÍLIA Drogas são mais eficazes do que a atual Pacientes com Hepatite C terão acesso a duas novas drogas na rede pública em 2013, disse ontem o Ministério da Saúde. O telaprevir e boceprevir serão usados por pacientes com Cirrose e fibrose avançadas, população estimada em 5.500 pessoas. As duas drogas alcançam até 80% de eficácia, contra os cerca de 40% de sucesso da usada hoje. "Estamos introduzindo como se fosse um coquetel para as hepatites", disse o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, outras drogas poderão ser incorporadas no futuro. A Hepatite C, de infecção predominante por transfusões de sangue e compartilhamento de objetos como seringas, responde por cerca de 70% das hepatites crônicas no país, onde cerca de 26 mil pessoas estão em tratamento pelas hepatites B e C. O anúncio foi feito em cerimônia do dia mundial da luta contra as hepatites, comemorado no sábado. O ministério ainda lançou um edital voltado para tatuadores e manicures, para premiar boas práticas contra a doença. FOLHA DE S. PAULO - SP | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Droga pode desmascarar HIV escondido (Ciência + Saúde) RAFAEL GARCIA EM WASHINGTON Substância já usada para tratar câncer faz com que vírus da Aids latente fique exposto e seja atacado pelo organismo Pesquisa realizada em oito pacientes sem sintomas poderia ser passo rumo à cura, mas faltam mais estudos Uma droga que normalmente é usada contra o câncer conseguiu ajudar pacientes infectados pelo HIV a combater um dos problemas que mais desafiam cientistas na busca de uma cura para a Aids: a habilidade do vírus de ficar quieto e se "esconder". O resultado do teste do medicamento, o vorinostat, foi apresentado hoje por pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte na Conferência Internacional da Aids, realizada em Washington. Oito pacientes virtualmente "curados" pela terapia antirretroviral, já usada contra o vírus que causa a Aids, tomaram uma dose da droga anticâncer e descobriram que, na verdade, ainda tinham o HIV em estado latente em algumas células. Esse estado inerte do vírus já era conhecido dos cientistas. É justamente essa habilidade do HIV que impede os medicamentos disponíveis de eliminarem a infecção de vez. Quando o vírus se aloja dentro de uma célula do sistema imune e deixa de usar seu material genético para fazer proteínas, os remédios Antirretrovirais não conseguem atingi-lo. Tirar o paciente da terapia, porém, é perigoso, pois o vírus latente sempre pode se reativar mais tarde. SEM SOSSEGO Por isso os soropositivos precisam sempre fazer exames para medir a carga de vírus em seu sangue, mesmo que tenham se livrado da maior parte da infecção. O vorinostat "obrigou" os vírus escondidos a começarem a produzir cópias de trechos de seu material genético, que é formado por RNA, e não por DNA. Isso parece ter alertado células de defesa do organismo, que teriam destruído as células infectadas. Segundo David Margolis, médico que liderou o estudo, isso pode ser o primeiro passo para atingir uma cura real. O efeito verificado com o primeiro teste do vorinostat, porém, foi muito sutil, porque os cientistas usaram apenas duas doses pequenas da droga (200 mg e 400 mg), que é bastante tóxica. "Agora precisamos investigar isso em um estudo com doses múltiplas ou, no futuro, com drogas melhores que façam a mesma coisa", diz. Margolis detalha os resultados do teste em um estudo na revista "Nature". Em outro artigo na mesma edição, Steven Deek, infectologista da Universidade da Califórnia em San Francisco, comenta a descoberta. "O estudo é a primeira evidência de que talvez seja possível atingir a cura assim", afirma, apesar de questionar se as célula s sequestradas pelo vírus inerte serão mesmo eliminadas pelo organismo. Deek também se diz preocupado com a possível necessidade de usar grandes doses da droga para obter algum efeito, pois ela é tóxica. Margolis, porém, acha improvável que as doses em uma eventual terapia para desentocar o HIV precisem ser tão altas quanto as do tratamento de câncer. Para ele, será preciso até evitar que o remédio não seja muito usado. "Pode ser que aumentar muito a expressão do RNA viral seja ruim, porque aí ocorreria um novo espalhamento da infecção, em vez de a droga apenas desentocar os vírus escondidos", diz. O GLOBO - RJ | CIÊNCIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Aumenta hepatite de transmissão sexual A infecção do tipo B já responde por 7,7 novos casos por 100 mil habitantes, contra 6,4 em 2007 André de Souza [email protected] BRASÍLIA. A cada ano, 33 mil novos casos de Hepatite são notificados no Brasil. Mas os números globais escondem tendências opostas. A taxa de incidência da Hepatite A - que afeta principalmente crianças vivendo em condições precárias teve uma redução acentuada entre 2007 e 2010, quando passou de 7 para 3,6 novos casos por grupo de 100 mil habitantes. Já a taxa de detecção da Hepatite B, transmitida principalmente por relação sexual, aumentou no ano passado, chegando a 7,7 novos casos por 100 mil habitantes. Eram 6,4 em 2007 e 6,9 em 2010. No caso da Hepatite C, transmitida na maioria dos casos por via sanguínea, a taxa de detecção diminuiu em 2011, quando comparada ao ano anterior, voltando aos níveis de 2007. Foram 5 novos casos por 100 mil pessoas tanto em 2011 como em 2007, frente a 5,4 em 2010. Os dados são do Ministério da Saúde, que apresentou ontem os números mais recentes da doença. O ministério explicou que os números são mais altos nos tipo B e C porque houve uma quantidade maior de diagnósticos. Pela explicação da pasta, pessoas que não sabiam ter Hepatite descobriram que sofriam da doença. Enquanto a Hepatite B tem a maior taxa anual de detecção da doença (calculada a partir dos números dos últimos cinco anos), a maioria dos casos acumulados entre 1999 e 2011 são do tipo A. Já a mais mortal delas é a do tipo C. A Hepatite C se concentra na população acima de 40 anos e é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de Cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. O Ministério da Saúde também anunciou ontem a inclusão de dois novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento contra Hepatite C. Segundo a pasta, o Telaprevir e o Boceprevir vão beneficiar, a partir do início do ano que vem, 5,5 mil pacientes com Cirrose e fibrose avançada, que têm maior risco de piora da doença, podendo chegar à morte. Os medicamentos têm eficácia de até 80%, contra cerca de 40% dos remédios usados até agora (Interferon convencional, Interferon peguilado e Ribavirina). O GLOBO - RJ | OPINIÃO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Zero HIV (Artigo) NAVI PILLAY Aresposta coletiva contra o HIV, há três décadas, pode ser resumida em uma palavra: vergonhosa. Na pior das hipóteses, as pessoas que vivem com HIV foram, inexplicavelmente, presas às suas camas, detidas, afastadas em instalações médicas, criminalizadas e deportadas. Na melhor das hipóteses, perderam seus empregos, foram expulsas das escolas e tiveram negado o acesso a serviços básicos. Respondemos a um vírus humilhando, estigmatizando e punindo as pessoas infectadas. Nossa resposta ao vírus foi tão dolorosa, e às vezes tão mortal, quanto o próprio vírus. Felizmente, avanços impressionantes foram feitos. Nos últimos anos, avanços científicos ocorreram e o número de novas infecções, particularmente entre as crianças, declinou. Menos pessoas estão morrendo. Cerca de metade das pessoas que podem receber tratamento, mesmo nos países de baixa e média renda, está recebendo Antirretrovirais. O HIV não é mais a sentença de morte. E, no entanto, o estigma e a discriminação enfrentados por pessoas HIV+ permanecem altos, em todo o mundo. Ainda hoje se privilegiam estratégias punitivas para o HIV, como a criminalização da transmissão do HIV, sua não divulgação e exposição. Restrições à entrada e a deportação de HIV+ não nacionais nas fronteiras são ainda muito comuns, especialmente nos países mais ricos. A face do HIV tem sido sempre a face da nossa incapacidade de proteger os direitos humanos. Um dos principais motores da Aids sempre foi, e continua sendo, esta falha para assegurar a proteção dos direitos humanos de comunidades marginalizadas, incluindo prisioneiros, trabalhadores do sexo, usuários de drogas, pessoas com deficiência e imigrantes, refugiados e requerentes de asilo. A homofobia, a discriminação de gênero, a discriminação racial e a violência contra as mulheres têm nos impedido esforços maiores para gerir eficazmente e conter a propagação do HIV. O tema da Conferência Internacional da Aids deste ano, que se realiza em Washington, é Juntos Mudando o Rumo. Realmente, chegou o momento de mudarmos o rumo. As violações de direitos humanos da propagação do HIV - e, em muitos casos, também da luta contra o HIV - devem ser combatidas. É hora de se construir sobre os ganhos para criar uma resposta global a uma epidemia que nos desafia. E a perspectiva de direitos humanos é essencial. O ponto de partida é o reconhecimento de todas as pessoas como iguais no gozo de seus direitos. Leis gerais e políticas em muitos países que criminalizam a transmissão não intencional do HIV, a exposição e não divulgação têm como alvo específico grupos que devem fazer testes de HIV obrigatórios, e restringem as viagens de indivíduos com base no HIV - tais políticas são alarmistas e equivocadas. Avanços na direção certa foram feitos, um dos quais - a eliminação das restrições de viagem - permitiu aos EUA acolherem esta conferência sobre Aids, após 22 anos. Mesmo em Estados onde as leis protegem os direitos humanos de pessoas HIV+, não é claro em que medida elas são respeitadas. Mais recursos precisam ser canalizados para garantir o acesso ao tratamento antirretroviral para salvar vidas, mas também para programas de direitos humanos, formação de profissionais de saúde e policiais, acesso à Justiça para indivíduos HIV+, combate ao estigma e educação de jovens sobre sexo seguro. O financiamento da luta contra a Aids de uma forma holística não só é necessário, é uma obrigação legal. Este não é um momento para complacência. O Unaids tem como seu objetivo: zero novas infecções, zero mortes relacionadas à Aids e discriminação zero. Nesta conferência sobre Aids é essencial que os direitos humanos norteiem e motivem nossa resposta. NAVI PILLAY é alta comissária da ONU para os Direitos Humanos. O GLOBO - RJ | CIÊNCIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 Novo teste é arma contra a doença Um novo teste para diagnóstico da Hepatite B desenvolvido no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) pode virar uma poderosa arma para conter o avanço da doença no Brasil. No lugar do sangue fresco usados para fazer os exames convencionais, ele é capaz de detectar a doença em uma pequena quantidade de sangue seco em um papel. Com isso, o novo teste dispensa técnicas e materiais mais complexos para coleta e transporte das amostras, que também podem ser obtidas por pessoas com poucos conhecimentos técnicos. - Em um país de dimensões continentais como o Brasil, as pessoas podem não conseguir um diagnóstico porque não há condições mínimas de infraestrutura para a coleta ou mesmo o envio de amostras - lembra Livia Melo Villar, pesquisadora do IOC e uma das responsáveis pela criação do novo exame. - Já com o nosso teste, não é necessário treinamento especializado para a coleta. Além disso, não é preciso refrigeração para o transporte das amostras, que podem ser enviadas pelo correio dentro de um envelope mesmo. (Cesar Baima) JORNAL DE BRASILIA - DF | BRASIL DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Veja a matéria no site de origem Mais remédios pelo SUS Dois novos medicamentos contra a Hepatite C, o telaprevir e o boceprevir, serão incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, os remédios (inibidores da enzima protease) são considerados mais eficazes e devem beneficiar cerca de 5,5 mil pacientes com Cirrose e fibrose avançada. O telaprevir e o boceprevir serão tomados por via oral durante até 48 semanas. Juntos, têm uma taxa de eficácia de 80% - o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional utilizada atualmente, que dura de 48 a 72 semanas. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a Hepatite é uma doença silenciosa e que, em razão da ausência de sintomas, o diagnóstico é tardio na maioria dos casos. Segundo ele, a pasta fez amplo debate com especialistas e movimentos sociais antes da inclusão dos dois remédios no SUS, que devem estar disponíveis no início do ano que vem. "Estamos dando um passo bastante decisivo para o tratamento das hepatites, possibilitando, para um conjunto dos brasileiros assistidos pelo SUS, a oportunidade de receber aquilo que há de melhor em relação ao tratamento para as hepatites virais", declarou. De acordo com o ministério, cerca de 1,5 milhão de brasileiros têm o vírus da Hepatite C, responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de Cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. Da infecção à Cirrose hepática, a doença pode passar despercebida por até 30 anos. JORNAL DE BRASILIA - DF | ECONOMIA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Substituição de grevistas A presidenta Dilma Rousseff determinou aos ministros cujas áreas sofrem com a série de paralisações no País que garantam o funcionamento dos serviços públicos com normalidade. A ordem está em um decreto e começou a valer ontem mesmo. Pelo decreto, Dilma diz que compete aos ministros de Estado - su - pervisores dos órgãos ou entidades onde ocorre a greve, paralisação ou o retardamento de atividades e serviços públicos - buscar alternativas para garantir o atendimento à população. O decreto dispõe de quatro artigos. No texto, o governo orienta que sejam fechadas parcerias com estados e municípios para assegurar a regularidade dos serviços. "(Cabe a cada ministro) promover, mediante convênio, o compartilhamento da execução da atividade ou serviço com os estados, o Distrito Federal ou os municípios", diz o decreto. A validade do decreto acaba quando se encerrar o período de greves. A preocupação do governo, segundo fontes, é com a possibilidade de interrupção da entrada de produtos essenciais para tratamento de doenças, em decorrência da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da operação-padrão dos servidores da Receita Federal, além dos reflexos econômicos. No caso da Anvisa, o Ministério da Saúde já anunciou que as autorizações serão dadas pelo órgão em Brasília. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) informa que há 25 categorias em greve no País atingindo 25 estados e o DF. De acordo com a Condesef, está marcado para terça-feira o Dia Nacional de Luta em todo o País. O Sindicato Nacional das Agências Reguladoras (Sinagências) foi pego de surpresa pelo decreto. Para o Sinagências, que deverá seguir o Sindsep-DF, acionando a Justiça contra o corte de ponto, o governo, "numa tentativa desesperada de enfrentar, por meio da força, a greve, em vez de negociar, coloca em risco a sociedade e a segurança nacional" . Além disso, de acordo com os sindicalistas, o decreto ameaça com "procedimento disciplinar específico" os que ocupam cargos de chefia. JB ONLINE - RJ | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 06:04 Veja a matéria no site de origem Castas à brasileira As histórias das pessoas sensibilizam não exatamente pela narrativa de como sofrem, mas como cada uma resiste ao sofrimento. Essa resistência (desisti de "resiliência" depois da apropriação indevida que a psiquiátrica fez do termo) já é uma forma de cura que, às vezes, transcende cuidados médicos. Pois vejam dois exemplos de problemas que misturam medicina, justiça e aberração. A lei é para todos, pois não? Somos iguais perante a legislação? Então por que uma moça negra, trabalhadora doméstica, de aproximadamente 35 anos que teve o pé direito amputado em função de um tumor maligno não consegue se aposentar, e outros conseguiram o benefício por terem perdido a unha num torno mecânico? É um problema de peritagem? De organização sindical? Da capacidade de tumultuar um posto do INSS? Por que a classe política tem foro especial enquanto o policial federal não conseguiu obter a tempo a escolta antes de ser fuzilado em Brasília? Por que até os juízes estão sendo acossados ao julgarem gente poderosa conforme convém ao poder? O demagógico não é comparar eventos aparentemente distantes como esses, mas fingir que n ão são pertinentes. Estão todos interacionados. A reforma do Código Penal ainda em trâmite só é bem-vinda se vier com determinação da sociedade para modificar as condições de sua aplicabilidade e minimizar a separação das castas nacionais. O sistema de castas à brasileira é aquele que separa não pela etnia ou por um tribalismo metafísico mas por extratos de poder. Numa blitz policial, o cidadão liberado quis saber qual o motivo de ter sido tão desrespeitado durante a revista, e a resposta foi: "Agora a gente trata pobre e rico tudo igual". Pois esse é o medo, a regra ficou clara, serão todos maltratados. É impossível contemporizar e duro admitir: a web é um lixão aberto ao ciberspaco. Diverte, distrai e há até pérolas resgatáveis, mas constam como exceções à regra. A legislação mudará para tentar enquadrar os crimes virtuais, resta saber se funcionará. Circulam pelo esgoto eletrônico sideral, além das calúnias e golpes, textos e correntes que para serem classificados sob este rótulo precisariam melhorar muito. Algumas merecem resgate: pedidos de volta dos "bons tempos" do regime militar, mensalão como conspiração arquitetada pela CIA, volta da censura com controle da mídia, educação formal dispensável, vírus da Aids fabricado por laboratórios farmacêuticos (essa até que poderia ser crível, mas para outras patologias), a mudança do clima como invenção das indústrias de ar condicionado, de fato o bestialógico é assustador. Mas o que causa espanto é que aparentemente perdemos a virtude - nesta altura é o que é - da perplexidade. O saudoso Millôr dizia que imprensa é oposição, o resto é capitulação. Espanta ver quantos capitularam e se acomodaram nos braços do subsidio estatal. Escandalizei-vos já. Sim, o mensalão (desculpem, é força do hábito), vale dizer, a lógica por detrás da "ação penal 470" sobrevive Brasil afora, com seus impunes tentáculos cheios da grana fácil dos contribuintes, travestida de "liberação de verba", "medidas provisórias" e "emendas parlamentares". Só mesmo "trouxas legalistas" ainda acham que não vale a pena sucumbir aos dez por cento. Acontece que eles são a maioria da população. Mesmo com o beneficio da dúvida, diante de tantas injustiças não era para um país redemocratizado estar de ponta-cabeça antes de se aposentar? A justificativa corrente "mas isso tudo ocorria também em governos anteriores" perdeu o prazo de validade. Se de fato ocorria, o que estamos esperando para evitar a recorrência? Temos 200 milhões de técnicos de futebol e talvez a metade disso de analistas políticos amadores. Muitos admitem o medo de fazer comentários críticos em público - como confidenciou o funcionário de uma universidade - porque poderiam dedurá-lo e lhe cortariam o ponto ou a bolsa. O patrulhamento já era uma realidade, a novidade é o monitoramento virtual. Por que os intelectuais adotaram o silêncio defensivo como forma de não se comprometer com os esculachos na República? A omissão da crítica intelectual - nome correto: "constrangedora cooptação" - passou do ponto. Esperava-se muito mais da inteligência nacional. As vozes ouvidas são tímidas e em sua maioria coro de enaltecimento à gestão federal, puxa-saquismo, no velho idioma. Como Arthur Schopenhauer pedira em sua época, uma comissão da verdade merecia ser constituída também para avaliar porque assuntos e pessoas realmente vitais passaram a ser irrelevantes, enquanto a superficialidade arrivista tornou-se hegemônica. O amortecimento coletivo chegou ao insuportável e à beira do ponto de ebulição, agora terá que escolher de qual lado do abismo ficará. A sociedade sairá triunfante porque, diante da parada dura que é o tamanho do fosso, ninguém mais pode se dar ao luxo de escolher errado. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Coca-Cola, Levi Strauss e outras multinacionais participam de campanha contra restrição na concessão de vistos para pessoas com HIV Presidentes e diretores de mais de 20 grandes marcas internacionais, como Coca-Cola, Levi Strauss e da liga de basquete norte-americana NBA, assinaram um documento que pede o fim da restrição na concessão de vistos para portadores do HIV. A inciativa está sendo divulgada na Conferência Internacional de Aids, em Washington, nos Estados Unidos. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), que está apoiando esta inciativa das empresas, 46 países ainda têm alguma forma de restringir a entrada de soropositivos. "Não há nenhuma evidência que este tipo de restrição ajuda em estratégias de saúde pública", disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. "Pelo contrário, elas são discriminatórias e violam os direitos humanos", completou. O presidente da fabricante de roupas Levi Strauss & Co, Chip Bergh, foi o primeiro a assinar o documento. "Restrição a viagens de pessoas com HIV não afeta apenas os indivíduos, mas os negócios. No mundo competitivo de hoje, onde o negócio global é essencial, temos que enviar nossos profissionais para todos os lugares. Por isso, fazemos aqui o nosso protesto contra estas restrições", disse. Além dos Estados Unidos, vários outros países retiraram recentemente a proibição na concessão de vistos para pessoas com HIV e Aids, entre eles, Coreia do Sul, Ucrânia e Namíbia. A ideia da campanha é conseguir a adesão de mais de 100 pessoas empresas até 1º dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids. Já assinaram a campanha presidentes e diretores das seguintes empresas: Acess Banck Plc, Aetna, Anglo American plc, BD, BET Networks, Bristol-Myers Squibb, Coca-Cola, GAP, Getty Images, Gilead Sciences, H&M, Heineken, Huv One Internacional, Johnson & Johnson, Keneth Cole Productions, Leve Strauss, Merck, Mylan, National Basketball Association, Nordstrom, Orasure Technologies, Vestergaard Frandsen, Virgen Unite e MTVN Internacional. Lucas Bonanno, de Washington A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com apoio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Ativistas realizam manifestação e exigem menor preço para o Truvada em frente ao estande da Gilead Se o diretor executivo (CEO) do laboratório Gilead Sciences, John Martin, tivesse acompanhado a manifestação que ativistas de distintas partes do mundo fizeram na manhã desta quarta-feira no Convention Center, em Washington, onde acontece até a próxima sexta-feira a 19ª Conferência Internacional de Aids, provavelmente não gostaria de ver a foto de seu rosto estampada em máscaras usadas por manifestantes que cercaram o estande da empresa no local reservado à demonstração de novos produtos que a indústria farmacêutica lança, governos mostram suas ações e agências internacionais divulgam seus trabalhos. A ocupação do estande foi feita rapidamente, como em uma ação de guerrilha. Os ativistas chegam, pedem licença, quando é possível. Quando não, os profissionais das empresas saem do espaço porque sabem que a ação é impossível de ser contida. Nesta que aconteceu no Convention Center, eles isolaram o estande com uma fita amarela. Ficaram dentro. Distribuiram folhetos impressos com informações. Tudo organizado e feito rapidamente. Criativos, eles usaram a máscara com o rosto de John Martin e deram seu recado em relação ao Truvada. Foram longamente filmados e fotografados por pessoas presentes que acompanhavam a Conferência e, evidentemente, pela mídia internacional que cobre os desdobramentos do evento. O Truvada, fabricado pelo laboratório Gilead Sciences, teve sua aprovação anunciada recentemente pelo FDA (órgão do governo americano que controla drogas e alimentos), como primeira pílula para ajudar a prevenir a infecção do HIV em grupos de alto risco. Sua aprovação foi divulgada em todo o mundo, com destaque pela imprensa internacional. A partir desta decisão tomada pelo FDA, médicos estão autorizados a prescrever o Truvada nos Estados Unidos a grupos como prostitutas ou casais em que um dos parceiros é soropositivo. A posição definitiva do FDA veio dois meses depois do órgão ter se mostrado favorável a um estudo que indicou que o medicamento pode reduzir de 44% a 73% o risco de contração do HIV em homens homossexuais. Na mesma semana, um comitê do FDA se reuniu e os especialistas se posicionaram a favor do uso do Truvada para esses fins. O medicamento é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectadas com HIV, e é usado em combinação com outros remédios Antirretrovirais. Agora, com a aprovação do FDA, a droga passa a ser recomendada também para pessoas não infectadas. Mesmo sendo comemorada por grande parte da comunidade científica, a nova indicação para o Truvada foi rejeitada por alguns grupos de prevenção ao HIV, como a Aids Healthcare Foundation, dos Estados Unidos, a mesma organização que promoveu a manifestação que fechou o estande da companhia. Uma ativista perguntava incessantemente andando em frente e ao redor do estande: "O que nós queremos"? "Não mais preços agora". "Quando nós queremos?". "Agora", respondiam todos em tom firme e forte, sempre cadenciado. Outras palavras de ordem como "Redução dos preços da combinação tripla agora", "Gilead destrói o acesso ao tratamento","O preço do Truvada é um assassinato", "Fingindo inovações, arruinando vidas" e "Quebraram a promessa: o preço é uma barreira" também foram ditas em voz alta para todos ouvirem e registrarem. A Aids Healthcare Foudation também já se posiciou e afirmou que o uso contínuo do medicamento pode induzir a uma falsa sensação de segurança, o que levaria, segundo eles, a um menor uso de métodos preventivos mais eficazes, como a Camisinha. Os altivos ,irreverentes, inteligentes e assertivos ativistas norte-americanos e de muitas partes do mundo, os mesmos que há trinta anos começaram a gritar e a chamar atenção de todos para o grande numero de mortes, sofrimento, tristeza e estragos que a Aids trazia ao país e, depois ao mundo, resolveram voltar às ruas de Washington. Sabem que preços abusivos de medicamentos impedem o acesso universal. Sabem que as inovações propostas pela indústria farmacêutica não podem ficar restritas apenas àqueles países que têm mais condições de pagar pelos preços cobrados. Sabem que existe gente com Aids em todos os países do mundo. Gente que tem o mesmo direito de receber novos remédios, novas possibilidades e condições para seguir a vida e suas histórias. Muita gente também sabe disso. Mas os ativistas resolveram mostrar que o HIV não se enfrenta usando nenhum tipo de máscara. Roseli Tardelli, de Washington A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com apoio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Ativistas norte-americanos aproveitam Conferência em Washington para exigir tratamento universal no país __Phill Wilson, da Black Aids Institute, vive com HIV há mais de 30 anos Além da representação que tem para o mundo, a realização da Conferência Internacional de Aids nos Estados Unidos deve trazer também progressos para o enfrentamento do HIV no país. Pelo menos, é o que esperam os ativistas norte-americanos. Diferentemente do que ocorre no Brasil, os Estados Unidos não têm um sistema nacional de serviços gratuitos de saúde, e o acesso aos medicamentos Antirretrovirais, por exemplo, precisam ser pagos. Segundo dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês), apenas um de cada quatro norte-americanos vivendo com HIV recebem atendimento contra a Aids, sendo que os afroamericanos e os jovens são os últimos a receberem cuidados de saúde. "Precisamos mudar esta situação. Os portadores do HIV e Aids nos Estados Unidos precisam de medicamentos para viver bem e cuidar das suas famílias e para reduzir as chances de transmissão do vírus", disse o diretor do CDC, Thomas R. Frieden. Pesquisas clínicas mostram que os medicamentos Antirretrovirais agem no corpo diminuindo a quantidade de HIV no sangue, o que torna mais difícil a transmissão do vírus em relações desprotegidas. Na cidade de Washington, capital do país, estima-se que cerca de 3% da população esteja infectada. No Brasil, a média nacional é de 0,6%. Em uma das sessões principais da Conferência, o Presidente da organização não governamental norte-americana Black Aids Institute, Phill Wilson, disse que tem "o perfil" para dar seu depoimento no evento, pois é soropositivo, negro e gay. "Mas eu não tenho todas as caras da Aids, pois não sou mulher, não sou transgênero, não sou estrangeiro, não sou usuário de droga injetável, nem profissional do sexo, morador de rua e vítima de violência doméstica. A Aids não tem uma cara, mas todas as caras", comentou. Há mais de 30 anos com HIV, Phill lembra que ainda hoje cerca de 50 mil pessoas se infectam todos os anos nos Estados Unidos. A epidemia no país tem predomínio masculino, com 75% do total de pessoas infectadas. Cerca de 43% dos soropositivos são negros, 34% brancos e 19% latinos. O ativista apresentou dados de uma pesquisa nacional que mostra que seis de cada 10 negros homossexuais se tornarão portadores do HIV até os 50 anos de idade. A organização Aids Healthcare Foundation promove também em Washington uma série de protestos contra as políticas nacionais de atendimento às pessoas com HIV nos Estados Unidos. O grupo quer tratamento gratuito para as pessoas com HIV, Casas de Apoio para os doentes de Aids e ampliação dos serviços de aconselhamento e testagem voluntária do vírus. Os Estados Unidos voltam a receber a Conferência Internacional de Aids depois de 22 anos. O país deixou de concorrer pelo evento porque passou a proibir a entrada de estrangeiros soropositivos, regra mudada pelo presidente Barack Obama. O retorno do evento ao país que reúne os principais pesquisadores na área foi comemorado por ativistas e pesquisadores ao redor do mundo. A próxima edição da Conferência está marcada para julho de 2014 em Melbourne, na Austrália. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), o país está na lista daqueles que ainda dificultam a entrada de estrangeiros com HIV. A realização do evento deve mais uma vez contribuir para quebrar esta fronteira de preconceitos. Lucas Bonanno, de Washington A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com apoio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Programa de aids no Brasil enfrenta falhas e precisa ser `replanejado`, informa BBC Brasil O programa brasileiro de tratamento e prevenção da Aids precisa ser reformulado, alertam especialistas do setor em matéria produzida pela BBC Brasil. Dentre os problemas que vêm sendo apresentados, os principais são a falta de médicos, leitos e exames para os pacientes; de medicamentos para tratar doenças causadas pelos Antirretrovirais e de recursos para ONGs. Leia a matéria na íntegra: Apesar de ser tido como um modelo de política de saúde pública no exterior, o programa brasileiro de tratamento e prevenção da Aids vive uma fase de declínio e precisa de um "replanejamento", alertam especialistas do setor. "O programa brasileiro tem que ser revisitado. Deve haver uma reflexão profunda sobre a nova realidade da epidemia do país, e um redesenho das estratégias com vistas ao acesso universal (ao tratamento)", diz Pedro Chequer, coordenador no Brasil do Unaids, o programa da ONU contra a Aids. "Não podemos ficar na percepção de que o programa caminhou bem e está bem. Temos desafios novos e eles têm de ser enfrentados." O Programa Nacional DST/Aids começou a chamar a atenção do mundo em 1996, quando o Brasil se tornou o primeiro país em desenvolvimento a determinar, por lei, o acesso universal à terapia antirretroviral. Entre 2003 e 2005, o modelo brasileiro foi reconhecida por prêmios da Fundação Bill e Melinda Gates, da Organização Mundial da Saúde e da Unaids. Os resultados costumam ser apresentados em encontros internacionais, como a Conferência Internacional de Aids, em andamento até sexta-feira em Washington. Problemas A imagem positiva se mantém, mas o aumento das denúncias de organizações da sociedade civil vem alertando para uma realidade mais dura no âmbito local. Entre os problemas que vêm sendo apresentados estão falta de médicos, leitos e exames para os pacientes; de medicamentos para tratar doenças causadas pelos Antirretrovirais; de recursos para ONGs; bem como episódios de desabastecimento do coquetel em postos de saúde, obrigando os pacientes a interromper o tratamento. Para Eduardo Gomez, pesquisador da Universidade Rutgers de Camden, em Nova Jersey, a história de sucesso do programa brasileiro de Aids entrou em declínio nos últimos anos por fatores como a saída de recursos internacionais e o enfraquecimento da relação entre o governo e a sociedade civil. "Historicamente, o programa de Aids brasileiro tinha uma conexão forte com as ONGs, mas agora elas estão sem recursos e sem motivação. O governo precisa delas para conscientizar populações difíceis de atingir", diz Gomez, que pesquisa o sistema de saúde público brasileiro. `Desmantelamento` Para o psicólogo Veriano Terto Júnior, coordenador-geral da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), houve um desmantelamento na resposta brasileira à Aids. "As pessoas estão morrendo, as ONGs estão fechando as portas, os hospitais estão terríveis e o governo federal está censurando suas próprias campanhas", afirma. Ele se refere a dois episódios recentes nos quais o governo federal decidiu rever campanhas sobre a prevenção do HIV. As mudanças foram vistas como uma atitude conservadora, motivada por pressão, sobretudo, de grupos evangélicos. Na estatística nacional, a epidemia da Aids alcançou um estágio de relativa estabilidade, atingindo cerca de 0,6% da população. Porém, a cada ano mais de 30 mil pessoas são infectadas - no ano passado, foram 33 mil. A epidemia cresce no Norte, no Nordeste e no Sul. Pedro Chequer lembra que havia dúvidas sobre a capacidade do Brasil de financiar uma oferta universal de Antirretrovirais. Hoje, o país investe cerca de R$ 1,2 bilhão no programa por ano, e este orçamento conta com apenas 0,25% de recursos internacionais. Alcance Mas o fato de a oferta ser universal não significa que alcance todos os soropositivos. O Ministério da Saúde estima que 250 mil brasileiros tenham o vírus sem que saibam. "Nosso investimento é para reduzir esse número, ampliar o número de diagnósticos e aumentar o número de pessoas em atendimento", afirma Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. "Vamos ter que trabalhar para absorver esse novo grupo de pessoas na rede." À medida que aumenta a longevidade de pessoas soropositivas, aumenta a demanda sobre a rede de saúde pública, já que os pacientes não precisam apenas do tratamento Antirretrovirais. A terapia prolongada com o coquetel da Aids pode causar uma série de efeitos colaterais, como diabetes, danos órgãos vitais e lipodistrofia (uma mudança na distribuição de gordura pelo corpo). No tratamento dessas doenças, pacientes esbarram em problemas típicos da rede pública: falta de leitos, falta de remédios, falta de médicos. O programa nacional foi descentralizado em 2003, e desde então conta com Estados e municípios para executar as políticas na ponta. "Ainda temos vários gargalos a serem resolvidos. Os hospitais estão realmente sobrecarregados e acabam tendo dificuldade para o agendamento (de consultas)", diz Barbosa. "Hoje, nosso grande investimento é para o atendimento ter uma fluidez maior. Em alguns lugares ainda temos dificuldades, como o Rio de Janeiro." Sem recursos No braço carioca do Grupo Pela Vidda, a visita da BBC Brasil durante um encontro de ativistas desencadeia uma sessão de denúncias. Todos soropositivos, eles vêm sofrendo na pele problemas como a falta exames para monitorar a efetividade do tratamento. Os exames para testar a imunidade e a carga viral devem ser feitos a cada três ou quatro meses, informa o Ministério da Saúde. No Rio, eles dizem conseguir fazer em média uma vez por ano, e muitas vezes têm o tratamento modificado pelo médico "às cegas", sem ter o resultado do exame para guiar a mudança. Apesar da importância que tiveram na elaboração da resposta nacional à Aids, ONGs como a Abia e a Pela Vidda sobrevivem com dificuldades, e muitas estão fechando as portas. Os motivos são plenos de contradições. O Brasil cresceu e pulou de categoria: passou de país de baixa e média renda para nação de alta e média renda, e deixou de ser elegível para doações de instituições filantrópicas. Passou de receptor a doador. As ONGs se queixam de que o governo não compensou por essa fuga de capitais, e elas ficaram sem recursos. O problema maior, entretanto, parece ser que os recursos disponíveis não chegam a elas. Eduardo Barbosa diz que o governo federal repassa R$ 10 milhões por ano para projetos de ONGs, mas parte da verba fica parada. "Existe uma grande dificuldade dos Estados de fazer parcerias com as ONGs por conta de problemas de certificação", diz. Pedro Chequer estima que aproximadamente R$ 150 milhões destinados às ONGs estejam parados nos cofres dos Estados, acumulados. "Há necessidade de mais dinheiro, mas Estados e municípios não têm capacidade operativa de usar os recursos que o governo federal repassa. Isso é grave, sinaliza um descaso com a saúde pública. Recurso parado significa postergar a ação, às vezes ao ponto de o paciente ter um diagnóstico tardio. Um diagnóstico tardio é uma grande perda", diz. Fonte: BBC Brasil AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Cientistas apresentam pesquisa sobre novo anel vaginal na Conferência Internacional de Aids Especialistas em Aids receberam novos apelos nesta quarta-feira, 25, para expandir a assistência para as mulheres muito além de um enfoque global sobre a gravidez. Muitos países têm aumentado o tratamento de mulheres grávidas infectadas pelo HIV para reduzir as chances de infectar seus bebês. Mas a Dr. Chewe Luo, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), disse que a maioria dos países não continuam automaticamente o tratamento dessas mulheres com drogas anti-Aids depois que seus bebês são desmamados uma prática importante para mantê-los saudáveis a longo prazo. Ela elogiou o Malawi por começar a fazer exatamente isso E ela ainda ressaltoud que meninas adolescentes - entre 10 e 18 anos de idade - muitas vezes são ignoradas por programas globais de testagem, prevenção e tratamento do HIV. Sem protege-las, argumentou, todo o investimento feito para os bebês serem saudáveis foi para nada. Enquanto isso, uma nova importante pesquisa importante está começando na África para determinar se um tipo especial de anel vaginal pode fornecer proteção para as mulheres sem seus parceiros saberem. Oferecer às mulheres ferramentas para se protegerem quando seus parceiros não usam a Camisinha é fundamental para combater a pandemia da Aids. Mulheres já representam metade dos 34,2 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo. Na África esses número chega a 60%. Mas desenvolver os chamados microbicidas tem sido difícil. Pesquisas anteriores encontraram um gel vaginal anti-Aids experimental que oferecia uma proteção parcial, mas lembrar-se de usá-lo em cada ato sexual seria um obstáculo para algumas mulheres. A nova tentativa: um anel vaginal que é inserido uma vez por mês e, lentamente, espalha uma droga anti-Aids em todo o tecido ao redor dele. O trabalho marca uma tentativa de "uma nova geração de ferramentas de prevenção direcionadas às mulheres", observou o` Dr. Carl Dieffenbach do Instituto Nacional de Saúde dos EUA na terça-feira, 24 de julho, ao anunciar a nova pesquisa na Conferência Internacional de Aids. `` Nós precisamos de opções que se encaixam facilmente na vida das mulheres``, acrescentou o Dr. Sharon Hillier, da Universidade de Pittsburgh e da Rede de Testes de Microbidas, que está conduzindo o estudo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde. Desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Parceria Internacional para os Microbicidas, o anel de silicone contém uma droga anti-Aids chamado dapivirine. Ao contrário dos anéis vaginais vendidos hoje em os EUA, o anel experimental não funciona como anticoncepcional. Por enquanto, o foco está somente na prevenção do HIV. Estudos iniciais sugeriram que o anel poderia funcionar, e as mulheres afirmaram que preferiam usá-lo em vez de um gel, informou Saidi Kapiga, da Escola Londrina de Higiene e Medicina Tropical. Agora começam estudos necessários mais abrangentes para testar se o anel realmente funciona. O estudo financiado pelo Instituto, chamado ASPIRE, vai envolver cerca de 3.500 mulheres em Malawi, na África do Sul, Uganda, Zâmbia e Zimbábue. Algumas vão receber ou um anel vaginal contendo dapivirine outras um anel idêntico na aparência, mas livre de drogas, a ser inserido uma vez por mês durante um ano. O objetivo é verificar se a utilização do anel reduz o risco das mulheres se infectarem pelo HIV em pelo menos 60 por cento. As primeiras mulheres em Uganda foram inscritas na terça-feira, disse Hillier. Um estudo com um anel menor envolvendo 1.650 mulheres começou no mês passado na África do Sul e pretende recrutar mulheres em Ruanda e Malawi, também. "Esse tipo de proteção com base vaginal deve causar menos efeitos colaterais que as pílulas, e estudos anteriores do anel não encontraram problemas", contou a diretora-executiva da Parceria Internacional para os Microbicidas. "Além disso, estudos em animais não mostraram nenhum sinal de que o anel poderia prejudicar o feto caso a mulher tenha engravidado ao usá-lo," acrescentou. Redação Agência de Notícias da Aids A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com apoio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Governo `perde ousadia` e `retrocede` nas campanhas anti-HIV, dizem ativistas em matéria da BBC Três episódios recentes relacionados à elaboração de campanhas para a conscientização das populações mais vulneráveis ao HIV marcaram o conservadorismo do governo brasileiro, informa a BBC Brasil. O último caso foi o da substituição de uma campanha elaborada pelo Ministério da Saúde para o carnaval deste ano. O vídeo mostrava dois rapazes jovens que conversavam em um bar e, segundos antes de se beijarem, recebiam o conselho de uma fada para usarem Preservativo. De última hora a campanha foi substituída por uma que mostrava estatísticas sobre índices de infecção do HIV e de mortalidade da Aids. Confira a matéria na íntegra: Entre os problemas que o programa nacional de Aids vem apresentando, de acordo com especialistas do setor, está a "perda de ousadia" na elaboração de campanhas para conscientizar populações mais vulneráveis ao contágio do HIV. Apesar de o Brasil ter se destacado como pioneiro na elaboração de políticas públicas para tratar e conter o avanço da Aids, três episódios recentes marcaram uma posição mais conservadora do governo. O caso mais recente foi uma campanha elaborada pelo Ministério da Saúde para o carnaval deste ano. O vídeo mostrava dois rapazes jovens engatando uma conversa em um bar. Antes que se beijassem, aparecia uma fada oferecendo uma Camisinha, alertando para que os jovens usassem o Preservativo. A campanha foi lançada com uma festa na Rocinha, no Rio, mas de última hora foi substituída por uma propaganda mostrando estatísticas sobre índices de infecção do HIV e de mortalidade da Aids. Para Veriano Terto Júnior, coordenador-geral da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), a mudança veio por pressão de grupos evangélicos e representou uma "censura do governo sobre si mesmo". "Isso foi vexame do governo. É uma agressão aos direitos de jovens receberem uma mensagem educativa", diz. "Há uma perda do governo da sua ousadia, da sua liderança na condução de campanhas ousadas que consigam alcançar as populações mais atingidas e vulneráveis." Redefinição Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, afirma que não houve veto às campanhas. "O que houve foi uma redefinição da política de comunicação do Ministério da Saúde, que optou por trabalhar com determinadas peças e mídias direcionadas a determinados públicos", afirma. De acordo com Barbosa, havia o desejo de elaborar campanhas que pudessem ser mais permanentes, usadas não apenas no carnaval como também ao longo do ano. Para Terto, porém, a nova campanha tinha pouco apelo para jovens homossexuais, público-alvo da ação. Eles fazem parte do grupo mais vulnerável ao contágio pelo HIV, ao lado de profissionais do sexo e usuários de drogas. Pedro Chequer, coordenador no Brasil do programa da ONU contra a Aids, afirma que o cancelamento das campanhas acionou um "alerta vermelho" por já ter como precedente a retirada de circulação de uma campanha anti-homofobia que circularia nas escolas. Em maio do ano passado, a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão do chamado "kit anti-homofobia" após protestos das bancadas religiosas no Congresso. O material, elaborado pelo Ministério da Educação, havia sido validado pela Unesco e pelo Unaids. Para Chequer, tais decisões representam "um retrocesso inaceitável do ponto de vista do controle da Aids". E contrariam a tradição brasileira no combate à doença até agora, com campanhas diretas, focadas em disseminar a mensagem correta e com embasamento científico. "Eu entendo (esses episódios) como equívocos no percurso, considerando-se o compromisso que o governo tem com os direitos humanos e com o enfrentamento da Aids. A expectativa que temos é de que essas influências nefastas e retrógradas deixem de ter voz e que se volte a ter o embasamento científico como referência nesta área", afirma. Eduardo Barbosa afirma que o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais vem desenvolvendo campanhas específicas para grupos de risco como a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), e que o objetivo agora é ter um maior enfoque local, com participação dos Estados. "Na nossa nova concepção, hoje quem deve construir essas campanhas, com nosso incentivo e financiamento, são os Estados. Temos uma grande diversidade no Brasil. Falar com a população de gays em Porto Alegre, por exemplo, é diferente de falar com a comunidade gay no Rio Grande do Norte." Fonte: BBC Brasil AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Esper Kallás defende a profilaxia pré-exposição e a circuncisão como formas de prevenção ao HIV Deve-se adotar a profilaxia pré-exposição e a circuncisão como formas de prevenção ao HIV, afirma o professor da Faculdade de Medicina da USP, Esper Georges Kallás, em artigo para o jornal Folha de S. Paulo. "Enquanto uma vacina não chega, temos de lançar mão de novas estratégias para conter o avanço do HIV", afirma. Segundo Kallás, aproximadamente 0,5% dos brasileiros vivem com o vírus, metade sem saber. Dentre as profissionais do sexo 5% são portadoras do vírus e até 15% dos homens que fazem sexo com homens já estão infectados em cidades como São Paulo. Kállas propõe a adoção destas medidas ao expor que pesquisas indicam que a circuncisão voluntária e o uso de profilaxia préexposição adicionam proteção de cerca de 60% e 42-73% respectivamente. "É utópico pensarmos em um mundo sem Prostituição, com 100% de adesão ao uso da Camisinha. É preconceituoso pensarmos em um mundo sem diversidade e hiperatividade sexual. Todos os avanços na prevenção devem, portanto, ser bem-vindos, comemorados e explorados", completa. Fonte: Folha de S. Paulo AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Boletim da Agência Aids veiculado no Estadão Notícias do dia 25/07 na Rádio Estadão ESPN A Agência de Notícias da Aids envia diariamente boletins sobre a 19ª Conferência Internacional de Aids para a Rádio Estadão ESPN. Estes boletins, são veiculados no Estadão Notícias, que vai ao ar das 5 às 6 horas da manhã e no Estadão no Ar Terceira Edição, que é das 19 às 20 horas. Redação da Agência de Notícias da Aids A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com aporio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 25/07/2012 Veja a matéria no site de origem Especialistas acreditam que crianças, adolescentes e mulheres devem ser prioridade nas ações de prevenção e tratamento Nesta quarta-feira, 25 de julho, os principais temas discutidos na 19ª Conferência Internacional de Aids, em Washington, foram a pesquisa para vacina do HIV e na epidemia entre crianças, adolescentes e mulheres. Segundo os palestrantes, esses grupos precisam ser prioridade em pesquisa, cuidado e tratamento em todos os níveis. As mulheres representam cerca de metade das aproximadamente 34 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo. Elas são duas vezes mais suscetíveis a se tornarem infectadas com HIV através de relação sexual heterossexual do que os homens, sendo essa a forma de transmissão mais comum. Em muitos países as mulheres têm mais dificuldade do que o homem para negociar a Camisinha e são mais suscetíveis a fazer parte de um sexo não consensual. Além disso, elas têm que lidar com questões como a transmissão vertical do vírus e a responsabilidade de cuidar de pessoas com Aids e órfãos também são questões de grande efeito nas mulheres. "Nós não podemos nem começar a falar em acabar com a Aids quando muito do impacto da epidemia continua sendo tão inclinado em direção às mulheres", disse Dra Diane Havlir, professora de medicina da Universidade da California, São Francisco. "Os grandes avanços que temos visto em reduzir a transmissão vertical através dos medicamentos Antirretrovirais precisam ser replicados em outros lugares para aliviar o peso do sexo feminino da epidemia". Em sua apresentação O caminho para o desenvolvimento de uma vacina para o HIV-1, Barton Haynes (Estados Unidos), diretor do Duke Human Vaccine Institute and the Center for HIV/Aids Vaccine Immunology (CHAVI), apresentou um painel dos problemas que impediram o desenvolvimento de vacinas bem-sucedidas e as estratégias que o campo está desenvolvendo para superar esses problemas. Chewe Luo, Conselheiro Senior em HIV/Aids da Unicef, falou sobre Virar a maré em crianças e adolescentes, incluindo o Plano Global para eliminar novas infecções por HIV em crianças até 2015 e mantendo suas mães vivas. O apoio da OMS na "estratégia teste-e-trate" para todas as mulheres grávidas vivendo com HIV pode otimizar a saúde das mães e reduzir a transmissão vertical e a transmissão sexual entre casais sorodiscordantes, de acordo com Luo. "Embora um notável progresso tenha sido feito na curta história de prevenção da transmissão vertical do HIV, é muito claro que nós não alcançaremos o objetivo de eliminá-lo a não ser que apliquemos algumas inovações sérias. E é disso que se trata essa estratégia". Linda Scruggs (Estados Unidos), consultora e mulher vivendo com Aids, discutiu como questões específicas de gênero convergem para criar vulnerabilidades únicas vividas em comum por mulheres em todo o mundo, ainda diferentes das experiências dos. Não apenas todas as mulheres deveriam ter acesso ao teste, cuidado e tratamento, mas elas deveriam ser parte da discussão de planejamento e pesquisa que oferecerá suporte para acabar com a Aids, de acordo com Struggs. Geeta Rao Gupta, Vice-diretora executiva da Unicef, enfatizou em sua apresentação Virando a maré para mulheres e garotas que a comunidade global tem a oportunidade de virar a maré para garotas adolescentes. Enquanto nos últimos anos foi feito progresso substancial, existe uma agenda indefinida na resposta global à Aids - as persistentes altas taxas de infecção entre adolescentes, especialmente garotas. De acordo com Rao Gupta, esse fato reflete difundidas normas sociais que perpetuam a desigualdade de gênero e práticas nocivas, como o casamento de crianças e a violência sexual. Ela chama a comunidade global para acelerar o progresso da resposta à Aids redobrando o compromisso com adolescentes meninas e meninos. Prêmio Nesta quarta, 10 organizações comunitárias do mundo todo receberam ainda o Prêmio Laço Vermelho. O prêmio honra a iniciativa e o excelente trabalho em comunidade na resposta à epidemia da Aids. Mais de 1400 nominações de mais de 120 países foram recebidas pela organização do prêmio, que é oferecido pelo Unaids em parceria com outras organizações da ONU, Aids 2012, Rede Mundial de Oessoas Vivendo com HIV/Aids, Pare a Aids agora!, Rede Global de Mulheres Vivendo com HIV/Aids e o Conselho Internacional de Organizações e Serviços de Aids. Os vencedores do Prêmio Laço Vermelho 2012 são "The Help", de Myanmar. "SEROvie", do Haiti. "Afraye Sabs Association", do Irã; "Espoela", do México, "The Kenya Hospices & Palliative Care Association (KEHPCA)", do Quênia; "Positive Women's Network (PWN+)", do Sri Lanka; "Initiative Group Patients in Control", da Rússia; "Delhi Network os Positive People (DNP+)", da India; "Giramatsiko Post Test Club", da Uganda; e "Global Youth Coalition against Aids (GYCA)", do Egito. Cada um dos ganhadores receberá 10 mil dólares e reconhecimento internacional por sua inovação e liderança. Redação da Agência de Notícias da Aids A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da Conferência Internacional de Aids em Washington em parceria com o portal UOL, Rede Cultura, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e Rede de Comunicação Oboré. Esta cobertura tem apoio da Anglo American, Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Durante o evento, está também sendo produzido um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais com apoio da mineradora Anglo American e do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). O GLOBO ONLINE | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 07:00 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Estacionamento irregular e prostituição são constantes no Recreio (Barra) -- Conteúdo não encontrado -- UOL | UOL NOTÍCIAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 07:15 Veja a matéria no site de origem Criticada pela população, candidatos em SP focam a Saúde São Paulo - Tema central nos debates da campanha para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), as propostas para melhorar o sistema de saúde municipal de São Paulo deverão colocar em embate os principais candidatos que disputam estas eleições na maior capital do País. Entre as propostas, a ampliação do atual sistema de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), defendido pelo candidato do PSDB, José Serra; a aproximação com o governo federal em busca de mais recursos, proposto pelo petista Fernando Haddad e por Gabriel Chalita, do PMDB; e a reestruturação administrativa dos hospitais, pregada por Celso Russomanno (PRB). A discussão deverá ganhar o centro dos debates justamente pelo fato de que a população já deu mostras claras de sua insatisfação: em pesquisa CNI/Ibope, divulgada no fim de junho, 66% dos entrevistados desaprovam a saúde brasileira. Para tentar ganhar a adesão do eleitorado, os candidatos Fernando Haddad e Gabriel Chalita pretendem usar o bom trânsito com o governo federal para ampliar as parcerias na área da saúde. "A cidade de São Paulo não tem uma só UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Por quê? Pela falta de cooperação e de parceria entre o município e a União. É o partidarismo falando mais alto quando deveria se subordinar ao interesse do cidadão", acusou Chalita. Em suas diretrizes para a saúde, Haddad afirma que se eleito vai "garantir recursos necessários e adequados ao financiamento do sistema municipal de saúde com a participação e compromisso dos três níveis de governo". José Serra, que já foi prefeito entre 2005 e 2006 e Ministro da Saúde de 1998 a 2002, citou realizações de sua administração na Prefeitura e de seu sucessor, Gilberto Kassab, na gestão da área. "Em 2005, a cidade tinha 545 equipamentos, incluindo hospitais, prontos-socorros, UBS (Unidades Básicas de Saúde) etc. Hoje, são 937 unidades. Uma das maiores inovações foi a criação das AMAs, as unidades de Assistência Médica Ambulatorial", defendeu o tucano. "Para fortalecer ainda mais a rede, vamos criar, em parceria com o governo estadual, mais seis AMES (Ambulatórios Médicos de Especialidades) na capital", emendou. G1 | BEM ESTAR DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 07:00 Veja a matéria no site de origem Remédio para câncer consegue tirar HIV de "esconderijo" no corpo "Nature" traz estudo sobre como vírus dormente pode ser "desmascarado".Aids escondida em glóbulos brancos é importante obstáculo à cura. Cientistas anunciaram ter conseguido expulsar o vírus da Aids dormente em glóbulos brancos usando um medicamento destinado ao tratamento de câncer. A capacidade do código genético do HIV de se esconder em células e despertar anos mais tarde é um dos principais obstáculos para se chegar a uma cura. A nova pesquisa, publicada na edição desta quinta-feira (26) da "Nature", abre a perspectiva de a ciência dominar uma maneira de tirar o HIV de seu "esconderijo" para eliminá-lo. Usando a droga quimioterápica Vorinostat, os pesquisadores americanos conseguiram despertar e "desmascarar" o vírus latente em glóbulos brancos CD4+T de oito pacientes. Com a droga, eles saíam dos glóbulos brancos, ficando momentaneamente sem poder voltar. O HIV é um retrovírus, o que significa que injeta seu DNA em células hospedeiras, que viram fábricas de vírus. "Após uma única dose da droga, pelo menos por um momento, o Vorinostat faz com que o vírus saia do seu esconderijo", disse David Margolis, um dos autores estudo. Sem uma célula hospedeira, em teoria, ele morre em questão de minutos. "Esta é uma prova do conceito de que o vírus pode ser alvejado especificamente dentro de um paciente por uma droga e, essencialmente, abre o caminho para que esta classe de fármacos seja estudada para o uso desta maneira". O medicamento tem como alvo uma enzima que permite ao vírus ficar latente. Os autores ressalvaram que o efeito observado no Vorinostat é apenas um indicativo de que uma cura pode ser alcançada por esse caminho, mas que ele ainda precisa ser mais explorado. "Há uma possibilidade de que isso possa funcionar. Mas, se é apenas 99% verdade e 1% dos vírus escapar, não haverá sucesso. É por isso que temos que ter cuidado com o nosso trabalho e o que afirmamos a respeito dele", disse Margolis à agência AFP. G1 | BEM ESTAR ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 06:39 Veja a matéria no site de origem "É retrocesso absurdo", diz mãe que fez parto em casa sobre decisão no RJ Mariana Feola, 29, filha de Ana Maria Braga, teve Joana, 1, no quarto.Ela critica decisão do Cremerj de proibir médicos de fazer parto domiciliar. A opção de dar à luz o bebê em casa é uma decisão que deve ser da mãe e não do médico obstetra. Essa é a opinião da comerciante Mariana Maffeis Feola, de 29 anos, que teve sua filha Joana, de 1 ano e 6 meses, no quarto de sua casa em São Paulo, em fevereiro de 2011. Ela questiona o posicionamento do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que anunciou proibição e punição a médicos que atuem em partos domiciliares. Mariana, que é filha da apresentadora Ana Maria Braga, considera a medida do conselho retrógrada. "Os representantes do Cremerj não são deuses para proibir as mulheres de terem seus filhos em casa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende o direito da mãe de escolher. O que acontece no Brasil é que há um cartel das maternidades, que age em prol das cesarianas, para o lucro maior dos médicos. Esse é um modelo falido, como já mostram países mais desenvolvidos. Alguns estados são retrógrados e provincianos. Com certeza, o Cremerj vai ter de voltar atrás porque o que estão fazendo é um retrocesso absurdo." Segundo ela, o parto tem seu "tempo natural". "Quanto mais intervenções forem colocadas nesse momento, mais chances de ocorrer problemas para a mãe e para o bebê." No caso dela, o processo ativo de parto durou cerca de oito horas. Mariana teve o acompanhamento de duas enfermeiras obstetrícias e de uma doula (mulher que oferece apoio emocional para a parturiente antes, durante e após o parto). "A minha recuperação pós-parto foi imediata. Já pude cuidar da minha filha logo após o nascimento, pude amamentá-la em seguida." Ela relata que o parto é um trabalho dos dois: do bebê e da parturiente. "Não pode haver intervenção nessa relação. É uma pena esse cenário brasileiro e até mesmo a ignorância das mulheres, que permitem que os médicos interfiram nesse momento tão especial. É assim que nascemos, naturalmente, há milênios." Preparação Segundo Mariana, o período de preparação para o parto domiciliar foi grande. "Todas as mulheres que optam por esse processo, que é fisiológico, procuram desde bibliografia, encontros com gestantes, fazem consultas de pré-natal, procuram as doulas e ouvem profissionais que participam de partos naturais." Ela diz ter optado pelo parto em casa após se decepcionar com o acompanhamento feito pelo médico obstetra. "No terceiro mês de gestação comecei a frequentar um grupo de gestantes com essa experiência. Troquei de médico obstetra. Ele nem soube da minha decisão. Percebi que o modelo de assistência dele não condizia com os meus ideiais e meus princípios. No sétimo mês eu passei a ter apenas acompanhamento exclusivo das enfermeiras. Para o momento do parto, tive um médico obstetra de plantão (que não foi acionado), caso ocorresse a necessidade de uma remoção para o hospital." Mariana diz que, antes da gravidez, sabia desse tipo de modelo de parto. "Tinha conhecimento de que, no exterior, em países de primeiro mundo, ele é muito adotado, é um modelo obstétrico bastante estudado. Cada vez mais se vê a presença de enfermeiras obstetrícias e das doulas apoiando as gestantes de baixo risco. Entrei nesse mundo quando fiquei grávida mesmo. Estudei muito para isso. A leitura e os relatos de partos domiciliares foram muito importantes para mim." Papel do pai A decisão pelo parto domiciliar tem de ser conjunta, segundo Mariana. "Meu marido acompanhou todas as reuniões. Foi uma decisão conjunta. O seu companheiro precisa ter 100% de certeza que você será capaz de fazer o parto. Meu marido foi muito importante na ocasião do parto. Ele fez algumas massagens que aliviaram a dor, deu apoio físico e moral. É um nascimento orgânico e o ambiente domiciliar é mais confortável e insubstituível." Hoje, Joana está com 1 ano e 6 meses, saudável e ainda amamentando. "Vou amamentar por tempo indeterminado. Nunca gostei de mamadeira, nunca gostei de leite de vaca, que nunca tomei e não quero ver isso dentro de casa", diz Mariana. Decisão polêmica As resoluções do Cremerj de proibir e punir disciplinarmente médicos que participarem da realização de partos domiciliares têm causado polêmica. O conselho já havia acionado o órgão de São Paulo contra um médico que defendia o parto em casa. O depoimento dele foi exibido em uma reportagem sobre o assunto no Fantástico. A decisão causou revolta em profissionais que atuam na área. O Cremerj publicou duas resoluções na última quinta-feira (19). Uma delas proíbe que médicos façam partos em casa. A segunda proíbe que as doulas acompanhem os partos nas maternidades. O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) informou que vai entrar, até a sexta-feira (27), com uma ação civil pública contra as resoluções 265 e 266/2012 do Cremerj. Humanização do parto Dados do Ministério da Saúde sobre partos realizados no país, somando informações das redes pública e privada, mostram que o nascimento de bebês por cesariana já é maior do que a quantidade de partos naturais. Em 2010, dado mais recente do governo, foram 1,49 milhão de cesarianas contra 1,36 milhão de partos naturais. De acordo com o governo federal, 98% dos partos realizados no país são hospitalares, mas diversas ações estão sendo feitas para que as mulheres tenham um parto humanizado, que significa ter uma "ambiência adequada, equipes qualificadas, tecnologia disponível, direito acompanhante e tratamento digno". Sobre a decisão do Cremerj, de vetar a presença de doulas e parteiras, o ministério afirma que as doulas são um "instrumento humanizador" do parto e reconhece que a assistência prestada pelas parteiras é uma realidade em diversos locais do país. Por conta disto, investe na capacitação dessas profissionais, integrando-as ao trabalho feito no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, de acordo com o governo, as decisões anunciadas pelo Cremerj não afetam as políticas federais para a saúde. "Sou otimista sobre a decisão do Cremerj de proibir e punir os médicos e de impedir a atividade das doulas durante os partos domiciliares. Acho que terão de voltar atrás. Isso vai contra toda a literatura internacional, que indica o parto normal como mais eficaz e seguro para o bebê e para a mãe", diz Marcelly Ribeiro, doula que acompanhou o nascimento de Joana e prestou assistência para Mariana durante o parto em casa. G1 | BEM ESTAR ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 06:39 Veja a matéria no site de origem Parto em casa divide especialistas; veja opiniões a favor e contra Conselho do Rio proibiu médicos de atuar em partos domiciliares.Profissionais discordam sobre riscos oferecidos às gestantes. A decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) de proibir e punir disciplinarmente médicos que participarem da realização de partos domiciliares tem causado polêmica entre especialistas que são favoráveis ou contrários à prática. Ouvidos pelo G1, médicos obstetras se dividem quanto à realização do parto em casa, sem a ajuda hospitalar. Para uns, não é seguro porque possíveis complicações durante o procedimento podem levar a graves consequências à gestante e ao feto. Para outros, a técnica não oferece risco e evita intervenções cirúrgicas e aplicação de medicamentos. Segundo Mário Macoto Kondo, obstetra do Hospital das Clínicas de São Paulo, dar à luz em casa é um evento imprevisível, com risco de intercorrências, mesmo que elas aconteçam em em apenas 1% dos partos. "A gestante pode sofrer um prolapso de cordão (quando o cordão umbilical sai na frente do bebê), um período expulsivo prolongado, onde necessita a utilização da fórceps para abreviar o parto ou ainda complicações hemorrágicas, além da retenção da placenta. Esses são alguns dos exemplos que posso citar para não sugerir o procedimento domiciliar", diz Kondo. Apoio afetivo, físico e emocional Já o médico obstetra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Jorge Francisco Kuhn dos Santos diz que o parto domiciliar é uma opção para a mulher que deseja dar à luz com menos chances de sofrer intervenções que são costumeiras no ambiente hospitalar, consideradas dolororas e, muitas vezes, danosas. "Evita, por exemplo, a realização de procedimentos como a episiotomia (um corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular que fica entre a vagina e o ânus, para facilitar a saída do bebê). A mulher não recebe soro que força contrações uterinas e ainda evita o risco de procedimento cirúrgico desnecessário, como a cesariana. Quem opta pelo parto domiciliar tem conhecimento e consciência sobre o assunto", diz Santos. Segundo ele, que trabalha com partos domiciliares há dez anos, ter um bebê em casa é seguro desde que sejam estabelecidas algumas regras. "Tem que ser um desejo da gestante; ela não deve ter doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou outras intercorrências clínicas, ou seja, deve gozar de perfeita saúde; e deve haver um plano de contigência, em casos de emergência." Nesta última exigência, o médico pede que a grávida deve verificar se está a, no máximo, 20 minutos de um hospital e se há meios rápidos de locomoção até o local de atendimento. Risco de punição a quem descumprir regras Nas resoluções 265 e 266 publicadas no dia 19 de julho no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, o Conselho de Medicina afirma que profissionais que participarem de equipes de suporte previamente acordadas a partos domiciliares estão passíveis de processo disciplinar. A medida ainda impede a participação de pessoas não habilitadas ou de profissões não reconhecidas na área da saúde durante e após a realização do parto, em ambiente hospitalar, com exceção aos acompanhantes legais. Neste caso, atinge a atuação de parteiras e doulas, pessoas especializadas no acompanhamento das gestantes. "O grande objetivo disso é um alerta para as mães. Sabemos que poucos médicos fazem esse procedimento, mas agora eles estão publicamente avisados de que estão proibidos e sabem através da resolução o que eles não podem fazer", diz Luis Fernando Moraes, assessor da presidência do Cremerj. Epidemia de cesáreas De acordo com Olimpio Moraes, obstetra e vice-presidente para o Nordeste da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a federação também não recomenda o parto domiciliar por falta de evidências sobre a segurança do procedimento. Entretanto, a instituição é contrária à postura do Cremerj por "mexer com a liberdade das mulheres" e levanta o debate sobre as técnicas obstétricas utilizadas nos hospitais do país. Segundo ele, há um modelo cultural no Brasil que indica a cesariana como o melhor procedimento, além de um conflito de interesse dos médicos que forçam mães a realizar a técnica - que necessita de procedimento cirúrgico para a retirada do bebê -, já que proporciona ganhos financeiros e menor tempo de dedicação. No entanto, muitas vezes a atitude não é aprovada pelas grávidas. "Devido à carga excessiva de trabalho dos profissionais, eles não conseguem atender todas as gestantes que acompanham. Isso faz com que ocorra uma epidemia de cesáreas no país. O Cremerj também deveria processar aqueles médicos que fazem cesárea sem o consentimento da paciente, que prefere o parto normal", diz Moraes. Dados do Ministério da Saúde sobre partos realizados no país, somando informações das redes pública e privada, mostram que o nascimento de bebês por cesariana já é maior do que a quantidade de partos naturais. Em 2010, dado mais recente do governo, foram 1,49 milhão de cesarianas contra 1,36 milhão de partos naturais. De acordo com o governo federal, 98% dos partos realizados no país são hospitalares, mas diversas ações estão sendo feitas nos hospitais para que as mulheres tenham um parto humanizado, que significa ter uma "ambiência adequada, equipes qualificadas, tecnologia disponível, direito a acompanhante e tratamento digno". Sobre a decisão do Cremerj, de vetar a presença de doulas e parteiras, o ministério afirma que as doulas são um "instrumento humanizador" do parto e reconhece que a assistência prestada pelas parteiras é uma realidade em diversos locais do país. Por conta disto, investe na capacitação dessas profissionais, integrando-as ao trabalho feito no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, de acordo com o governo, as decisões anunciadas pelo Cremerj não afetam as políticas federais para a saúde. FOLHA ONLINE | CIÊNCIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 05:00 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Droga pode desmascarar HIV escondido em células humanas Uma droga que normalmente é usada contra o câncer conseguiu ajudar pacientes infectados pelo HIV a combater um dos problemas que mais desafiam cientistas na busca de uma cura para a Aids: a habilidade do vírus de ficar quieto e se "esconder". O resultado do teste do medicamento, o vorinostat, foi apresentado hoje por pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte na Conferência Internacional da Aids, realizada em Washington. Oito pacientes virtualmente "curados" pela terapia antirretroviral, já usada rotineiramente contra o vírus da Aids, tomaram uma dose da droga anticâncer e descobriram que, na verdade, ainda tinham o HIV em estado latente em algumas células. Esse estado inerte do vírus já era conhecido dos cientistas. É justamente essa habilidade do HIV que impede os medicamentos disponíveis de eliminarem a infecção de vez. Quando o vírus se aloja dentro de uma célula do sistema imune e deixa de usar seu material genético para fazer proteínas, os remédios Antirretrovirais não conseguem atingi-lo. Tirar o paciente da terapia, porém, é perigoso, pois o vírus latente sempre pode se reativar mais tarde. SEM SOSSEGO Por isso os soropositivos precisam sempre fazer exames para medir a carga de vírus em seu sangue, mesmo que tenham se livrado da maior parte da infecção. O vorinostat "obrigou" os vírus escondidos a começarem a produzir cópias de trechos de seu material genético, que é formado por RNA, e não por DNA. Isso parece ter alertado células de defesa do organismo, que teriam destruído as células infectadas. Segundo David Margolis, médico que liderou o estudo, isso pode ser o primeiro passo para atingir uma cura real. O efeito verificado com o primeiro teste do vorinostat, porém, foi muito sutil, porque os cientistas usaram apenas duas doses pequenas da droga (200 mg e 400 mg), que é bastante tóxica. "Agora precisamos investigar isso em um estudo com doses múltiplas ou, no futuro, com drogas melhores que façam a mesma coisa", diz. Margolis detalha os resultados do teste em um estudo na revista "Nature". Em outro artigo na mesma edição, Steven Deek, infectologista da Universidade da Califórnia em San Francisco, comenta a descoberta. "O estudo é a primeira evidência de que talvez seja possível atingir a cura assim", afirma, apesar de questionar se as células sequestradas pelo vírus inerte serão mesmo eliminadas pelo organismo. Deek também se diz preocupado com a possível necessidade de usar grandes doses da droga para obter algum efeito, pois ela é tóxica. Margolis, porém, acha improvável que as doses em uma eventual terapia para desentocar o HIV precisem ser tão altas quanto as do tratamento de câncer. Para ele, será preciso até evitar que o remédio não seja muito usado. "Pode ser que aumentar muito a expressão do RNA viral seja ruim, porque aí ocorreria um novo espalhamento da infecção, em vez de a droga apenas desentocar os vírus escondidos", diz. FOLHA ONLINE | COTIDIANO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 04:30 Veja a matéria no site de origem Menina que contraiu HIV em hospital público será indenizada A Justiça determinou que o governo da Bahia pague uma indenização de R$ 100 mil por danos morais à família de uma jovem de 16 anos que foi infectada pelo vírus HIV, em 1998, após uma transfusão de sangue em um hospital público de Salvador. A decisão judicial estipula ainda o pagamento de uma pensão vitalícia de quatro salários mínimos (R$ 2.488). Quando tinha dois anos e oito meses, a menina foi internada com anemia no Hospital Geral Roberto Santos, onde recebeu a transfusão. De acordo com o pai da garota, o pintor automotivo Carlos Silva, 40, os primeiros sintomas da infecção surgiram dias após o procedimento. Ao longo dos anos, a saúde da criança piorou. Debilitada, tinha crises de fraqueza, pneumonia e febre alta. Até que, em 2005, uma série de exames confirmou a presença do vírus. Em 2010, uma sentença judicial estipulou o pagamento de R$ 50 mil por danos morais e pensão vitalícia de dois salários mínimos, mas a família considerou o valor baixo e recorreu da decisão. Segundo o advogado da família, Artur Guimarães, no início do processo membros da família fizeram exames que descartaram a presença do vírus. Além disso, à época o banco de sangue do hospital era mantido por mais de uma instituição de coleta, e a procedência do sangue não foi comprovada. Silva conta que a filha costuma ter reações ao coquetel e falta às aulas devido ao mal-estar e à saúde frágil. "Essa situação destruiu tudo. Eu era taxista e saí de Salvador para reduzir despesas e fugir do preconceito", disse o pai da jovem, viúvo e com mais três filhas. A família mora em Camaçari, região metropolitana de Salvador. Por meio de sua assessoria, a Procuradoria-Geral do Estado disse que recorrerá da decisão. O órgão alega que é preciso esclarecer as causas da contaminação. Em setembro de 2011, o governo do Ceará foi condenado a pagar R$ 250 mil à família de um bebê que morreu após contrair o vírus HIV em transfusões em hospitais do Estado. FOLHA ONLINE | COTIDIANO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 03:30 Veja a matéria no site de origem Ex-seminarista gay e pastora hétero abrem igreja em Bauru Na adolescência, o encarregado de loja Aloisio Pereira da Silva Júnior, 28, procurou a Igreja Católica porque acreditava que poderia "curar" sua Homossexualidade. Chegou a ser seminarista, mas, 15 anos depois, resolveu procurar outra forma de expressar sua religiosidade após seu namoro com um homem não ser bem aceito. No domingo passado, o agora reverendo Júnior inaugurou a primeira igreja gay de Bauru (a 329 km de São Paulo), a Igreja Inclusiva Monte da Adoração. O culto inicial reuniu cerca de 50 pessoas em um salão alugado no tradicional bairro Jardim Bela Vista. A Monte da Adoração é pentecostal e, além de Júnior, é conduzida por uma pastora heterossexual, Cristina Gonçalves, 54, dissidente de uma igreja evangélica. O empresário Fulvio Signorini, 35, esteve presente no primeiro culto. Evangélico e gay, diz que procurou várias igrejas em que sua orientação sexual não provocasse constrangimento, sem sucesso. Segundo Júnior, 30% dos 50 fiéis são homossexuais. Eles já se encontravam em casas antes. "Nosso objetivo maior é o evangelismo", diz. A Monte da Adoração está finalizando seu estatuto. Depois disso, será registrada em cartório. A cidade tem cerca de 700 igrejas evangélicas. O novo templo não foi bem recebido pelo Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru. O presidente, Ubiratan Cássio Sanches, diz que não é possível "deixar de pregar contra a mentira, a corrupção, a Homossexualidade e a pedofilia". O bispo local, Dom Caetano Ferrari, faz ressalvas. "Não vejo necessidade de abrir uma igreja inclusiva para os homossexuais, porque esses fiéis não estão excluídos da igreja". Nos EUA, as igrejas inclusivas existem há 40 anos. No Brasil, desde a década de 1990. FOLHA ONLINE | MERCADO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 05:00 Veja a matéria no site de origem Governo divulga medidas para contornar paralisação da Anvisa O Ministério da Saúde divulgou ontem algumas das medidas que serão aplicadas aos portos e aeroportos para contornar a greve de servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que promete atrasar a entrada de algumas mercadorias no país. A agência é responsável por fiscalizar e autorizar o atracamento de boa parte dos navios que circulam pelos portos brasileiros, além de analisar os produtos importados que tenham relação com a saúde. Segundo o ministro Alexandre Padilha, nos portos onde houver paralisação das atividades a ponto de dificultar o atracamento dos navios, essa autorização será dada diretamente pela Anvisa em Brasília --e não pelos portos. Outra medida será usar os serviços das esferas estaduais e municipais, sob supervisão da Anvisa, para fazer a análise das mercadorias que entrarem no Brasil. "Estamos fazendo avaliações diárias [sobre a necessidade das vigilâncias locais]. Até agora, não está sendo necessário", explicou Padilha. O ministro descartou a possibilidade de falta de remédios nas farmácias, tanto pela decisão dos grevistas de manter a entrada das mercadorias tidas como essenciais quanto pela proposta de convocar as vigilâncias locais para a triagem das mercadorias. Essas medidas estão alinhadas com o decreto publicado ontem pelo governo federal, diante de um possível nó nos portos brasileiros. FOLHA ONLINE | COLUNISTAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 03:00 Veja a matéria no site de origem Setor farmacêutico entra na Justiça contra greve O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo vai entrar na Justiça com mandado de segurança amanhã, em nome de suas empresas associadas, para liberar os produtos que estão parados nos portos e aeroportos do Brasil por conta da greve da Anvisa. Na última assembleia realizada no Sindusfarma nesta semana, com a presença de 26 associados, todos informaram que suas companhias sentiam impactos, segundo Nelson Mussolini, vice-presidente executivo da entidade. De acordo com os empresários, desde o fim de junho o setor enfrenta dificuldades na Anvisa para o protocolo e a liberação das licenças de importação. Faltam reagentes e padrões utilizados em testes de controle de qualidade necessários para a liberação dos produtos para vendas. Os problemas estavam nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, além dos portos de Rio e Paranaguá e porto seco de Goiás, que representam quase todas as portas de entrada de insumos farmacêuticos, segundo estimativas da indústria. Procuradas individualmente as empresas não comentam. O Ministério da Saúde não respondeu aos pedidos de entrevista até o fechamento desta edição. Ontem, o governo federal publicou decreto com medidas para garantir continuidade de serviços públicos federais quando houver greve, paralisação ou operação padrão. Mercado Aberto * Fora da tomara O número de empresas que informam que suas vendas ou encomendas caíram no setor de eletroeletrônicos cresceu entre maio e junho ante igual período de 2011, segundo a Abinee, associação que reúne a indústria. Também passou de 60% para 71% a parcela das que afirmam que os negócios ficaram abaixo do esperado. Os segmentos de equipamentos e automação industriais estão entre os que mais sentiram a retração do mercado no país. As consultas comerciais não se converteram em negócios, segundo a Abinee. "As novas contratações estão suspensas no setor", diz Humberto Barbato, presidente da entidade. * Licitação que permitia JHSF instalar Fasano em BH é cancelada A JHSF não poderá mais instalar seu hotel Fasano de Belo Horizonte onde previa: na antiga sede do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais, um prédio modernista de 1965 tombado pelo município. O órgão revogou a licitação vencida pela empresa no ano passado com a justificativa de que houve mudanças no setor hoteleiro da cidade. Quando o processo licitatório teve início, em 2009, estudos apontavam que a capital mineira precisava de hotéis de alto padrão para receber a Copa do Mundo. O Tribunal de Contas, porém, questionou a necessidade. A Secretaria da Copa considerou que a oferta de leitos aumentou consideravelmente desde 2009, e a licitação foi cancelada. No local, ficará a Escola de Design da UEMG. A JHSF/Fasano informou que, além dos investimentos já realizados, estava preparada "para viabilizar o projeto do hotel". O grupo avalia como recorrer da decisão. A coluna apurou que a empresa não tem interesse em instalar o hotel em outro local da cidade. * Certificado digital A Valid, grupo dos setores de meios de pagamento e sistemas de identificação, começa a emitir certificado digital nesta semana. Uma nova empresa, a Valid Certificadora Digital, foi aberta pelo grupo no ano passado para criar o produto. "Investimos R$ 30 milhões para desenvolver uma tecnologia adequada às normas brasileiras e construir dois data centers, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro", diz o presidente da nova empresa, Márcio Nunes. Em um ano, os certificados digitais devem corresponder a 10% do faturamento do grupo, segundo o CEO, José Roberto Mauro. R$ 875 milhões foi o faturamento em 2011, mais de 90% foi obtido no Brasil R$ 1 bilhão deve ser o faturamento do grupo neste ano * Rentabilidade olímpica Os empresários brasileiros são os que mais relacionam os grandes eventos esportivos à oportunidade de receber investimentos, de acordo com estudo da Grant Thornton International. Cerca de 83% dos executivos disseram que novos aportes devem ser direcionados ao Brasil, pelo fato de o país ser sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. A pesquisa ouviu 11,5 mil empresas de 40 países. * Refrigerante A Coca-Cola Guararapes vai ampliar seu centro de distribuição de bebidas de Caruaru, que abastece o interior de Pernambuco. O empreendimento receberá R$ 8,5 milhões em investimentos. A estimativa é que as obras comecem em quatro meses e sejam concluídas no ano que vem. com JOANA CUNHA (interina), VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ ESTADÃO ONLINE | POLÍTICA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 03:10 Veja a matéria no site de origem Dilma descentraliza função de agências em greve "Em vez de a presidente Dilma Rousseff ter coragem de negociar com a categoria que faz a regulação federal, optou por uma decisão autocrática de repassar competências exclusivas da União para os Estados e municípios, ferindo a segurança sanitária brasileira", diz a nota do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação. O decreto assinado por Dilma reduz o "poder de fogo" dos funcionários em greve das agências reguladoras, ao permitir que Estados e municípios assumam atribuições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A Anvisa irá chamar os governos estaduais e municipais para que possam colaborar com a liberação de cargas. Está aberta essa possibilidade", disse ontem o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "Mas é uma alternativa que vamos avaliar dia a dia. Não foi necessário até agora." Ontem foi a vez dos agentes da Polícia Federal reivindicarem um plano de cargos e salários. "Vamos esperar até o dia 31 de julho, data prometida pelo governo para ele nos apresentar uma proposta. Se for negativa ou não ocorrer, vamos radicalizar no mês que vem", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF (Sindipol-DF), Jones Borges Leal. ESTADÃO ONLINE | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 03:09 Veja a matéria no site de origem SUS terá droga mais eficaz para hepatite C De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 5,5 mil pessoas estão nesse grupo de maior risco de progressão da doença e poderão ser tratadas pelo novo coquetel de remédios. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a adoção das novas drogas permitirá dobrar as chances de um paciente se curar. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80%, ante os 40% de sucesso do tratamento atual, com a associação de duas drogas, o Interferon peguilato e a ribavirina. Dados apresentados pelo ministério apontam cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela Hepatite C no Brasil. "É uma doença silenciosa e muitas vezes o diagnóstico é tardio. A grande prioridade é rompermos o silêncio", disse o ministro. O período entre a infecção pelo vírus e a fase da Cirrose hepática pode levar de 20 a 30 anos, sem que a pessoa apresente sintomas. ESTADÃO ONLINE | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 26/07/2012 03:09 Veja a matéria no site de origem Mortes e casos de gripe suína em SP mais que dobram em 18 dias No primeiro levantamento, a secretaria divulgou que 14 pessoas tinham morrido e 66 haviam sido internadas neste ano. A nova parcial, divulgada anteontem, mostra que 29 pessoas morreram e 146 foram internadas por causa da doença entre 1.º de janeiro e 13 de julho no Estado. O número representa mais 15 mortes e 80 novos casos da doença em 18 dias. E demonstra que o número de mortos em São Paulo já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o País no ano passado. Em 2011, o Estado registrou 26 casos graves de gripe suína e 5 mortes, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica. O levantamento não conta dezenas de casos e pelo menos duas mortes ocorridas após 13 de julho no interior - uma delas de um recém-nascido contaminado pela mãe. O último óbito foi em São José do Rio Preto, na segunda-feira. A região de Rio Preto é a mais atingida pela doença no Estado de São Paulo. Já são 11 mortes e 77 pessoas infectadas. Só na cidade de Rio Preto houve três mortes. Controle. Apesar dos números, a secretaria diz que a situação está sob controle. Em nota, a pasta diz que o Estado segue as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde e a situação não representa "anormalidade epidemiológica". ESTADÃO ONLINE | ESPORTES DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 26/07/2012 03:05 Veja a matéria no site de origem Agência tenta aprimorar exames antidoping A fiscalização de médicos, enfermeiros e de outros agentes treinados está mais rigorosa. Isso por causa de casos mais recentes e surpreendentes em que atletas trocaram o material que deveria ser coletado. A tentativa de fraude se dá de várias maneiras e normalmente ocorre no momento em que há a passagem da urina para o controle antidoping. Um dos métodos ao qual já recorreram atletas masculinos pode ser considerado insólito - eles enchem um Preservativo com urina "limpa", sem substância dopante, e o colocam dentro do calção. Um cateter improvisado é acionado na hora do exame. Por causa desse e de outros recursos antidesportivos de atletas, a Wada determinou mudanças no sistema. Os homens, no caso, quase tiram todo o uniforme ao lado de um examinador, que o observa por um espelho localizado diante dos dois. Isso se intensificou já nos Jogos de Atenas, em 2004. Naquela Olimpíada, dois atletas de uma delegação europeia foram desclassificados ao serem flagrados. Eles colocaram outra urina num balão de gás e também recorreram a um cateter, que passava por baixo do perímetro do pênis. Na hora do exame, retraíram a musculatura para apertar o balão e a urina retirada foi ejetada pela sonda e não da uretra. "Nesse episódio, já tínhamos a informação da fraude com antecedência e houve uma atenção redobrada para que desvendássemos a ação", contou o médico brasileiro Eduardo Henrique de Rose, responsável pela área antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e um dos fundadores e conselheiros da Wada. Em Londres, os observadores vão estar atentos ainda a outra variação de fraude, na qual o atleta pode se utilizar de um pênis artificial que serve como recipiente de urina "limpa". A Wada também já tomou conhecimento dessa prática há mais de um ano. Entre as mulheres, houve no último ciclo olímpico pelo menos uma incidência de doping por método nada convencional. A atleta também escondeu o material artificial dentro de um Preservativo, quase imperceptível sob o uniforme. Foi descoberta e depois punida.