Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE CORREIO BRAZILIENSE - DF Crenças no divã geram discussão ...........................................................................................................3 Redução de danos em debate ..................................................................................................................4 Avanços paliativos contra a anemia falciforme ......................................................................................5 O ESTADO DE S. PAULO - SP Por um Brasil sem cigarro (Artigo) ...........................................................................................................7 Instituto Butantan(Fórum dos leitores) ....................................................................................................8 As greves na Justiça (Editorial) ................................................................................................................9 FOLHA DE S. PAULO - SP A triagem de um doador de sangue (Saúde + Ciência) .....................................................................10 Taleban mata 18 em atentado em hotel nos arredores de Cabul.....................................................10 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS Folha de S. Paulo: Dilma analisa cooperar com o combate a aids na África .................................11 Encontro ´Saber para Reagir em Português´ termina em Porto Alegre com criação de plano contra feminização da aids no Sul do País ...........................................................................................11 Profissionais da saúde de oito países participam de oficinas no Centro de Referência em DST/Aids de São Paulo ...........................................................................................................................12 Morre em Botucatu o professor e médico Domingos Alves Meira. Programa Estadual de DST/Aids de SP lamenta a perda ..........................................................................................................13 Instituto DIET homenageia Agência Aids com certificado de Responsabilidade Social pelo Camarote Solidário ...................................................................................................................................14 UOL Enfrentamentos noturnos em Gaza deixam 21 feridos ......................................................................15 TERRA Enfrentamentos noturnos em Gaza deixam 21 feridos ......................................................................16 Mulheres migrantes vítimas de violência serão atendidas na fronteira ...........................................17 G1 Inverno exige cuidados com a gripe A/H1N1, alerta Ministério da Saúde (Ribeirão e Franca) ...17 FOLHA ONLINE A triagem de um doador de sangue.......................................................................................................20 CORREIO BRAZILIENSE - DF | CIDADES ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Crenças no divã geram discussão A implantação de um curso de pós-graduação em psicologia cristã tem causado polêmica entre o Centro Universitário do DF (UDF) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP). O curso está em vias de aprovação pelo Conselho de Educação da faculdade, terá três meses de duração e será ministrado para graduados em psicologia. Para o Conselho Federal, a iniciativa é uma afronta à ética profissional, caso ela deixe o campo do conhecimento e seja aplicada na prática. A categoria prometeu agir caso algum psicólogo - são 8 mil no DF - faça associação entre crença e ciência nos consultórios. O curso ainda vai ser avaliado pelo Conselho de Educação da faculdade, e o edital deve ser lançado ainda este mês. Segundo o advogado e professor em assessoria parlamentar da UDF Paulo Fernando Melo, o Centro Universitário tem total autonomia para decidir quais cursos serão oferecidos: "O Conselho Federal não tem nenhuma ingerência e não pode impedir que alguém queira se especializar em alguma coisa". Conforme destacado na Resolução n° 1 de 2007 do Conselho Nacional de Educação, o Ministério da Educação (MEC) se mantém isento quanto à abertura desse tipo de disciplina. De acordo com o texto, "os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de educação superior devidamente credenciadas independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento, e devem atender ao disposto nesta Resolução." Orientação sexual O parlamentar evangélico João Campos (PSDB-GO) propôs um projeto de decreto legislativo, o CDC 234/2011, para sustar a Resolução 001/99 do Conselho Federal que proíbe os psicólogos de prestarem orientação sexual. "A resolução é homofóbica. Como a resolução impede o profissional de atender quem o procura e não veda o heterossexual que quer ser homossexual? Essa resolução é inconstitucional", definiu o deputado, em entrevista ao Correio. O professor da faculdade e advogado Paulo Fernando Melo vai além. Para ele, tudo não passa de revanche por ele, também evangélico, ter defendido a psicóloga Rozângela Justino, processada em 2008 pelo Conselho Federal de Psicologia por oferecer ajuda a gays interessados em mudar a orientação sexual. Além de Rozângela, há o caso de Marisa Lobo (ver Depoimento), investigada pelo Conselho Regional do Paraná e com processo de cassação do registro profissional por entender que ela infringiu o Código de Ética da categoria ao expor sua crença. Para aprofundar o tema e debater a Resolução 001/99 do CFP, vai haver uma audiência pública na próxima quinta-feira, dia 28, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Código de ética Para o presidente do CFP, o ramo do conhecimento tem técnicas e metodologias consagradas e não pode ser associado a crença ou religião (veja O que diz a lei). "A psicologia como ciência e profissão é laica e não tem nenhuma aproximação com os fundamentos religiosos", esclareceu Humberto Verona. No entanto, se o currículo definido pela faculdade tratar do tema apenas pela pesquisa, a UDF não estaria ferindo nenhum princípio estipulado no código de ética da classe. A partir do momento em que são criados programas de estágio e disciplinas que levam os matriculados a aplicar o aprendido em clínicas, o Conselho pode pedir, inclusive, o embargo do curso. "Nós vamos acompanhar o caso. É nosso papel e obrigação legal fiscalizar. Vamos esperar para conhecer a proposta deles", detalha Verona. Segundo o decano e coordenador de pós-graduação da UDF, Marcos Espíndola, o CFP precisa respeitar a autonomia da universidade. "Há pouco tempo atrás, só tínhamos médico e hoje existe o cardiologista, o angiologista e está se criando uma série de especialidades. Entendemos ser necessária a psicologia cristã. Depois da monografia, o aluno estará mais tranquilo para enfrentar determinadas questões sociais, mas esse tema me parece muito mais sociológico do que de ética profissional de um Conselho", encerrou Espíndola. O que diz a lei A Resolução nº 001/99 do Código de Ética profissional do psicólogo diz, no artigo 2º, que é "vetado ao psicólogo induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais". O código estabelece ainda que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades. Depoimento "O que eu faço hoje no Brasil inteiro é quebrar paradigmas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Homossexualismo não é doença, porém, se for o desejo do paciente reverter a orientação sexual, como eu posso me negar a fazer isso? Se a pessoa quer, ninguém tem o direito de impedir ou de dizer que é por causa de uma ou outra religião. Ser laico é acreditar em Deus e não ter religião definida. Ex-homossexuais existem aos montes e vou lutar pelos direitos humanos." Marisa Lobo é psicóloga clínica, formada em 1996 pela Universidade de Tuiuti (PR) CORREIO BRAZILIENSE - DF | CIDADES ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Redução de danos em debate A informação de que quase sete em cada 10 brasileiras que praticaram aborto confirmaram a gravidez indesejada em serviços de saúde, conforme o Correio mostrou com exclusividade na edição de ontem, reforçou o coro de quem apoia um serviço de aconselhamento às gestantes na rede pública. "A proibição, do ponto de vista legal ou moral, não tem impedido às mulheres de fazerem aborto, então temos um problema de saúde pública. Por que não orientar essas pessoas que buscam positivar a suspeita da gravidez na rede de saúde sobre riscos de uma interrupção?", afirma Rosângela Talib, uma das coordenadoras da organização não governamental Católicas pelo Direito de Decidir. O movimento católico tradicional, por outro lado, condena a ideia. E prepara para a próxima semana manifestações em Brasília contra o aborto. "O profissional de saúde não está ali para recomendar a realização do aborto, essa não é a função dele", destaca Paulo Fernando Melo, vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família. A pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde que apontou o índice de 67% de confirmação da gravidez por exame de sangue ou ultrassonografia - entre as 122 mulheres entrevistadas em cinco capitais que interromperam a gestação - é vista com desconfiança por Melo. "A nós, parece uma forma de justificar a implantação da política de redução de danos. Acompanhamos a experiência do Uruguai, modelo que o Brasil quer copiar, e vimos os médicos incentivando o aborto apenas, sem adotar qualquer outro tipo de medida. Não deixaremos isso acontecer aqui", critica o militante. O grupo que defende o modelo uruguaio como uma opção viável no Brasil, entretanto, ressalta outras medidas, inclusive informar à mulher sobre a possibilidade de encaminhar a criança para adoção, embora não desqualifiquem a divulgação dos métodos abortivos seguros como um dos principais serviços a serem prestados. "É acolher no sistema de saúde e tentar trabalhar para que ela não coloque em risco a própria vida. Conheço um pouco da experiência de redução de danos e vejo bons resultados", afirma a socióloga Dulce Xavier, atualmente gestora de políticas para as mulheres de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Leila Adesse, diretora da Ações Afirmativas em Direitos e Saúde, considera que nem mesmo o serviço oferecido a quem chega com complicações por conta de um aborto inseguro é praticado. "Há uma norma técnica do Ministério da Saúde dizendo como deve ser o atendimento. Mas o que vemos são mulheres sendo maltratadas e mal orientadas. Sem contar aquelas que, mesmo com problemas, não procuram o serviço ou buscam tarde demais por conta da criminalização", diz. Hoje, a taxa de mortalidade materna no Brasil é semelhante à de países da África Subsaariana, com média de 65 mortes por mil nascidos. O governo brasileiro já reconheceu que, entre os oito objetivos do milênio, compromissos firmados com a ONU para serem atingidos até 2015, o de reduzir a morte de gestantes para 35 não será cumprido. Desde que a discussão, dentro do governo, sobre redução de danos decorrentes do abortamento ilegal tornou-se pública, a sociedade tem se mobilizado, tanto contra quanto a favor. Enquanto no grupo que apoia a iniciativa a repercussão se dá atualmente de forma interna, com base em discussões sobre o assunto, o movimento religioso decidiu ir às ruas. Na segundafeira, haverá uma sessão solene na Câmara dos Deputados. No dia seguinte, uma marcha na Esplanada dos Ministérios, com o mesmo tema, sairá à tarde. E na quarta-feira, os parlamentares das bancadas católica e evangélica tentarão votar, na Comissão de Finanças e Tributação, o projeto de lei que cria o Estatuto do Nascituro - uma legislação que garante direitos do feto. Explicações O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem, mas informou que não consta da agenda de trabalho a implantação de uma política de redução de danos nem colocou qualquer representante para comentar os dados da pesquisa divulgada pelo Correio na edição de ontem. Apesar dessa posição oficial que vem sendo mantida, a bancada religiosa no Congresso pretende votar um requerimento de informações ao ministro Alexandre Padilha, da Saúde, sobre o objetivo da viagem de quatro servidores, no ano passado, ao Uruguai. "O Diário Oficial aponta que os servidores foram conhecer a política de prevenção ao aborto. E, agora, o governo diz que não está estudando nada nesse sentido?", questiona Melo. Também será alvo do questionamento um convênio que teria sido firmado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para treinar profissionais para a política de redução de danos. "A nós, parece uma forma de justificar a implantação da política de redução de danos. Acompanhamos a experiência do Uruguai, modelo que o Brasil quer copiar, e vimos os médicos incentivando o aborto apenas, sem adotar qualquer outro tipo de medida" Rosângela Talib, coordenadora da ONG Católicas pelo Direito de Decidir CORREIO BRAZILIENSE - DF | SAÚDE ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Avanços paliativos contra a anemia falciforme Alanis tem 3 anos e, ao contrário da maioria das crianças, não pode brincar na piscina, exagerar nas atividades físicas e ficar exposta tanto ao sol, quanto ao frio. O motivo: a pequena de olhos espertos nasceu com anemia falciforme, uma doença hereditária que leva a uma deformação das hemácias. Em vez de arredondadas e elásticas, as células modificadas assumem a forma de foice, tornam-se rígidas e tendem a formar grupos que podem fechar os pequenos vasos sanguíneos em todas as partes do corpo, lesionando órgãos como o cérebro, os pulmões e os rins. Atualmente, o medicamento mais utilizado para a doença falciforme é a hidroxiureia, que, apesar de não ser um tratamento definitivo, ajuda a melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos portadores. "Depois que passei a usar, minha vida melhorou mil vezes. Antes, eu tinha 15 crises por ano, já faz um ano que comecei com o medicamento e, até agora, só tive uma crise forte", conta a fonoaudióloga Luana Martins, 33 anos. Segundo ela, as dores e as internações eram tantas que seu curso superior, por exemplo, acabou somente por determinação e raça, já que grande parte do tempo "estava mais doente do que presente". A função da hidroxiureia é induzir o aumento da hemoglobina fetal, substância capaz de impedir a deformação das hemácias, fenômeno fundamental para o desenvolvimento da doença. Entretanto, por se tratar de um medicamento quimioterápico, apesar do efeito benéfico, a droga pode provocar efeitos colaterais. A intenção de achar medicamentos mais eficazes que a hidroxiureia ou mesmo que possam ser utilizados em conjunto com ela levou uma equipe de pesquisadores da Unicamp e da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp) a começar a desenvolver dois novos fármacos. Um deles consiste em uma molécula "totalmente brasileira", criada por farmacêuticos e médicos das universidades e patenteada pela Agência de Inovação Inova Unicamp. A molécula reúne três efeitos importantes: analgésico, anti-inflamatório e a capacidade de aumentar os níveis de hemoglobina fetal. Esses novos compostos foram testados (in vitro) em culturas de células K562, células-tronco hematopoéticas (CD34+) e em camundongos transgênicos com anemia falciforme. A próxima etapa, que já foi iniciada em parceria com uma indústria farmacêutica, é a fase clínica, na qual os compostos serão testados em humanos, e, posteriormente, levará à fabricação de remédios. O outro estudo, coordenado pela professora da Unicamp Nicola Conran Zorzetto, identificou a existência de um mecanismo nos glóbulos vermelhos de pacientes falciformes que pode ser responsável pelo aumento da hemoglobina fetal. Esse mecanismo consiste no elevado nível de uma molécula denominada GMP cíclico (guanosina monofosfato cíclica ou GMPc)."É possível concluir que a elevação dos níveis dessa molécula influencia o aumento de hemoglobina fetal em portadores da disfunção." A pesquisadora complementa que hoje também é sabido que a própria hidroxiureia tem uma ação pela via de GMPc e que, possivelmente, novos estudos poderão amplificar esses efeitos em outras drogas para diminuir a adesão das células do sangue à parede vascular e, portanto, inibir o fechamento dos vasos sanguíneos. Experimental Embora a doença seja causada por uma única mutação, há pacientes que não respondem ao tratamento com hidroxiureia. Nesse caso, a única alternativa é o transplante de medula óssea, semelhante ao que é feito em pacientes com leucemia. O tratamento ainda é para poucos no Brasil. Até hoje, somente 17 pessoas foram submetidas a ele. No país, o procedimento é feito em caráter experimental e poucos centros oferecem a alternativa. Isso porque a anemia falciforme não é reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como parte das doenças transplantáveis. A hematologista Belinda Simões, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, local onde foi feita a maioria dos transplantes, 11 no total, é uma das grandes defensoras do transplante. "Dos 17 transplantados no Brasil, 14 estão vivos e três morreram. Não pelo transplante, mas por complicações da própria doença. Os demais estão vivos, bem e curados." A médica ressalta que todos foram transplantados por apresentarem consequências graves da doença. Elvis Magalhães, coordenador-geral da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme, é um exemplo e, segundo ela, "motivo para lutarmos para poder fazer os transplantes em maior número de pacientes e mais cedo". Elvis foi curado da anemia falciforme em 2005, quando realizou a operação. "É importante ter esperança, eu já fiz mais de 500 transfusões de sangue, já passei por um transplante e hoje estou aqui curado. Essa é a mudança que tem de ocorrer. Antes da década de 1980, 80% das pessoas morriam sem completar os 5 anos", fala. Procurado pelo Correio, o Ministério da Saúde informou que os critérios para o transplante de medula óssea em pessoas com doença falciforme vêm sendo discutidos por especialistas e técnicos da área e que já constam no documento de revisão do atual Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). "Essa revisão resultará em uma nova proposta de regulamento técnico, que entrará em consulta pública no próximo semestre", afirmou a assessoria. Sangue sequestrado Geralmente, é ainda no primeiro ano de vida que aparecem os sintomas da doença. Foi assim com Alanis. Seu pai, Jefferson Oliveira, conta que, aos cinco meses, a menina teve uma forte crise de dor, as mãos e os pés incharam, e o choro se tornou compulsivo. Ele e sua mulher, Cristienne Graciano, correram para o hospital e a internaram. Dois meses depois, tiveram que voltar ao centro. O motivo, entretanto, foi mais sério, Alanis teve uma crise de sequestro esplênico: seu baço, órgão que filtra o sangue, aumentou rapidamente e começou a sequestrar todo o sangue que deveria irrigar outros órgãos. O sequestro de sangue é a complicação da doença que está entre as principais causas de óbito. E é por isso que alguns médicos indicam a retirada do órgão. A cirurgia de Alanis está marcada para o fim do ano. Motivo de alegria e, ao mesmo tempo, de preocupação de sua mãe. "Tenho medo porque, quando você fala em anemia falciforme, é uma caixa de surpresas desagradáveis. Antes, eu ficava muito mais assustada, mas agora tento levar um dia de cada vez, acho que assim é melhor", desabafa Cristienne. Um dos problemas que ainda rondam a doença é a falta de informação. O erro mais comum decorrente disso é associá-la à anemia comum. Para evitar tais confusões, médicos e pesquisadores já têm utilizado somente a denominação "doença falciforme", já que, ao contrário da anemia comum, a falciforme é genética e apresenta um excesso de ferro, em vez da falta dele. "Meus pais só foram descobrir minha doença quando eu estava com 1 ano. Antes disso, eles já tinham me dado muito remédio errado. Todo mundo falava para colocar prego no feijão, comer couve, minha mãe já fez até vitamina de beterraba, com laranja e fígado batido. Sem querer, ela estava era piorando minha saúde", conta Luciana Pereira, hoje com 28 anos. Assim como Luciana, seu irmão também é portador da doença. Os dois são naturais da Bahia, estado brasileiro com maior incidência da doença, de acordo com Elvis Silva Magalhães. O grande número de afrodescendentes no local pode ser uma das explicações, já que a doença teve origem no continente africano. De acordo com a pesquisadora da Unicamp Nicola Conran Zorzetto, existem países na África em que os portadores assintomáticos chegam a mais de 20% da população. O ESTADO DE S. PAULO - SP | ECONOMIA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Veja a matéria no site de origem Por um Brasil sem cigarro (Artigo) Décadas atrás, o hábito de fumar era visto como algo elegante e charmoso, ideia reforçada pela publicidade e pelas estrelas que apareciam com cigarros entre os dedos nos filmes de Hollywood. Na época, os malefícios para a saúde não eram muito debatidos a não ser entre os cientistas e os próprios executivos de empresas fabricantes. Após intensas campanhas antitabagismo, o número de fumantes no Brasil caiu e o hábito é cultivado com certo constrangimento. De acordo com pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Saúde, os fumantes são 14,8% dos brasileiros, proporção bem inferior aos 22,4%, de 2003, e os 34,8%, de 1989. No mundo, 47% da população masculina e 12% da feminina fumam, evidenciando, em perspectiva, o sucesso dos programas de combate ao tabagismo no Brasil. Mas,se em termos relativos os números são positivos, em termos absolutos, ainda temos o que lamentar. No Brasil, há 30 milhões de fumantes, destes, mais de 3 milhões de adolescentes, entre 15 e 19anos, e cerca de 30 mil crianças, entre 5 e 9 anos. Mais estarrecedor é o grande número de mulheres grávidas fumantes, quase 1 milhão. E mesmo entre estudantes de Medicina, o hábito ainda está presente, como apontou o estudo de 2011 da Faculdade de Medicina de Passo Fundo, identificando que 5,1% dos alunos eram fumantes diários e 11,2%, eventuais. Fumar é uma escolha pessoal, com recompensa imediata na forma de um intenso prazer que chega a cada tragada, muito antes de suas consequências, que só o tempo se encarrega de explicitar. De acordo com a Organização Pan-americana da Saúde, o tabagismo é responsável por 25% das mortes por derrame cerebral, 30% das mortes por câncer e 90% das mortes por câncer de pulmão. No Brasil, são 200 mil óbitos por ano relacionados à causa. E não é só na saúde que o tabagismo impacta negativamente. Quem fuma um maço por dia ao final de um ano poderia comprar uma TV LCD de 42 polegadas, por exemplo. As consequências financeiras também são severas para toda a coletividade, uma vez que as despesas com saúde são bancadas por todos na forma das contribuições que financiam o SUS ou mensalidades dos planos de saúde. De fato, o governo sente no bolso esse impacto, já que só o SUS gasta, anualmente, R$ 426 milhões no tratamento de doenças relacionadas ao fumo. A esse montante ainda poderíamos somar os prejuízos causados pelas ausências ao trabalho, despesas previdenciárias com auxílio-doença e aposentadorias por invalidez. Felizmente, a política antitabagismo foi bem-sucedida na supressão do glamour associado ao cigarro e despertou um sentimento coletivo do direito a ambientes livres de fumaça, sem negar o direito individual de fumar. Esse é um movimento que parece não ter mais volta. Atualmente, cenas que seriam consideradas comuns há alguns anos, como pessoas fumando em hospitais, restaurantes, ônibus e aviões, já causam perplexidade na maioria de nós. Para tal, o aumento das restrições ao fumo, a proibição à propaganda e as campanhas de esclarecimento tiveram grande contribuição. Há que persistir nessa política para reduzir ainda mais a fração de fumantes. Para facilitar o alcance desse objetivo, é necessário colocar à disposição meios para auxiliar aqueles que pretendem abandonar o hábito e superar a dependência e os efeitos da abstinência. As operadoras de planos de saúde têm dado grande contribuição com a oferta de programas de incentivo e apoio à adoção de hábitos saudáveis. As ações são as mais variadas possíveis, indo da distribuição de materiais informativos a palestras de sensibilização, sessões terapêuticas, diagnósticos específicos, orientações personalizadas e acompanhamento por equipes multidisciplinares. E aqueles que já sentem no corpo as consequências do tabagismo têm à disposição diversos programas de acompanhamento de doentes crônicos. Assim, munidos de informação, aqueles que ainda escolhem o caminho do tabagismo, fazem-no dentro de seu pleno direito. Para aqueles que pretendem abandonar o vício, nunca houve momento tão propício. José Checin,DIRETOR EXECUTIVO DA FENASAÚDE O ESTADO DE S. PAULO - SP | ESPAÇO ABERTO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 23/06/2012 Veja a matéria no site de origem Instituto Butantan(Fórum dos leitores) A carta do professor Antonio Carlos Marins de Camargo (Fapesp, 20/6, A3) incorre num erro. Existe uma pressão da sociedade pela transferência da pesquisa para a produção e o desenvolvimento tecnológico que tem levado a rea- ções inadequadas de alguns pesquisadores. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) tem apoiado projetos de pesquisa básica e, quando aprovados pelos pares, projetos de custo maior que levam a pesquisa para a produção. É o caso do surfactante, que, aperfeiçoado, deve prevenir a partir de 2013 a morte de cem bebês por dia após o parto, financiado pela Fapesp e o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 25 anos de Butantan, vi o instituto sair da decadência, o que despertou um esforço em denegrir o que foi feito. Ao contrário de outros produtores públicos, transformamos pesquisas, com tecnologia própria, em vacinas. De 1985 a 2009, publicamos em revistas internacionais mais de cem artigos, que resultaram em 800 milhões de doses de vacinas produzidas, não diluídas como xarope de refrigerantes. Foi o caso da vacina contra a Hepatite B, sobre a qual Camargo acha que o laboratório que dirigiu no Butantan ajudou a transferência de tecnologia de uma empresa no exterior. Mentira, foi desenvolvida no Butantan e, depois de uma luta para dizer que não funcionava, resultou em cerca de 200 milhões de doses da vacina para todas as crianças nascidas, a um custo cinco vezes menor do que o do mercado privado. Desenvolvemos uma vacina contra coqueluche - que substitui uma hoje não recomendada pela Organização Mundial da Saúde - que custa 50 vezes menos do que a da clínica privada e permitirá aos países mais pobres pagarem por ela. Funcionários da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), em artigo recente na revista Biologicals, afirmam que a nova vacina foi desenvolvida no Instituto Nacional de Saúde (NIH). Mentira, foi desenvolvida no Butantan, o que não significa que não temos acordos com o NIH, entre os quais uma vacina em teste final contra dengue, que custará cerca de R$ 2. A não vacinação gratuita de parte da população contra a influenza AH1, que terá o ciclo completo de produção em 2013, custa ao Ministério menos que R$ 8. Novas pesquisas apontam para uma vacina de influenza por menos da metade do preço. A população apela para as clínicas privadas e paga R$ 70. Tudo isso foi feito sem prejudicar a pesquisa básica, publicada em jornais internacionais, que subiu de praticamente zero para mais de 250 por ano. Não é à toa que o Butantan causa inveja e receio da competição internacional que quer destruir a instituição. ISAIAS RAW, ex-diretor do Instituto e presidente da Fundação Butantan [email protected] São Paulo O ESTADO DE S. PAULO - SP | NOTAS E INFORMAÇÕES ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem As greves na Justiça (Editorial) Na mesma semana em que os servidores de seis Ministérios entraram em greve, reivindicando reajuste salarial, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que editará nos próximos dias um enunciado administrativo regulamentando o desconto dos vencimentos dos serventuários judiciais que não comparecerem ao trabalho por motivo de protesto. O enunciado esteve para ser aprovado na sessão da última terça-feira, mas a discussão foi suspensa por conta de uma divergência com relação à redação do texto. Do ponto de vista técnico-jurídico, o enunciado do CNJ tem validade apenas no âmbito do Poder Judiciário. Em termos políticos, no entanto, ele sinaliza a disposição da cúpula da instituição de evitar a paralisação de atividades essenciais num ano eleitoral. Em alguns setores, como no caso do Ministério da Saúde, a adesão à greve foi de 100%, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal. No caso do Ministério da Educação, a suspensão do trabalho pode comprometer o cronograma do Sistema de Seleção Unificada das universidades federais, cujos professores já se encontram com os braços cruzados há mais de um mês. A greve do funcionalismo atingiu até o Ministério das Relações Exteriores, levando à paralisação do trabalho mais de 70 postos consulares. Foi a primeira vez que os oficiais e assistentes de chancelaria cruzaram os braços desde a criação do Itamaraty. Os oficiais, que recebem R$ 6,3 mil por mês, querem ganhar R$ 12,9 mil - o equivalente aos vencimentos de um diplomata em início de carreira. Para evitar abusos no âmbito do Judiciário e garantir o funcionamento do Estado de Direito, pois o acesso aos tribunais é um direito fundamental assegurado pela Constituição, o CNJ decidiu que as diferentes instâncias e braços especializados da Justiça deverão descontar do salário ou exigir compensação dos dias parados, sem que sejam discutidos os motivos pelos quais os serventuários judiciais se declaram em greve. Segundo o texto originariamente proposto pelo relator, conselheiro Gilberto Valente Martins, a paralisação das atividades judiciais, por motivo de greve, "implica a suspensão da relação jurídica de trabalho e, consequentemente, possibilidade de desconto de remuneração correspondente". Contudo, apesar de a redação contar com o voto favorável da maioria dos demais integrantes do CNJ, o conselheiro Jorge Hélio alegou que o texto proposto não permitia aos dirigentes dos tribunais distinguir a greve "justa" da greve política. "Privilegiar a suspensão jurídica do vínculo de trabalho em moldes europeus, que não são os moldes entre nós adotados, muito menos praticados, em detrimento do exercício do direito de greve, fere um direito garantido constitucionalmente", disse ele. Segundo ele, o desconto automático dos dias parados penaliza "não apenas o servidor, mas a sua família". Depois de longo debate, coordenado pelo ministro Joaquim Barbosa, do STF, os conselheiros decidiram que a redação do enunciado será refeita, mas continuará prevendo expressamente desconto salarial ou reposição dos dias não trabalhados, independentemente de a greve ser considerada "justa" ou "ilegal". E também acertaram que a nova redação será submetida à votação na próxima sessão plenária do CNJ. O direito de greve foi concedido ao funcionalismo público pela Constituição de 88, que condicionou seu exercício à aprovação de uma lei regulamentar. Mas até hoje não foi votada uma lei,por causa da pressão dos sindicatos dos servidores públicos, o que tem permitido abusos.No ano passado, por exemplo, os serventuários do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8.ª Região (Pará e Amapá) ficaram 46 dias em greve. A Corte determinou o desconto dos dias não trabalhados, mas os serventuários recorreram ao CNJ. O órgão não apenas endossou a punição aplicada aos grevistas pelo presidente do TRT, sob a justificativa de que eles não podiam converter a população em refém de reivindicações descabidas, como também se comprometeu a baixar o enunciado que será votado na próxima sessão plenária. FOLHA DE S. PAULO - SP | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 23/06/2012 Veja a matéria no site de origem A triagem de um doador de sangue (Saúde + Ciência) JULIO ABRAMCZYK - [email protected] Plantão Médico A INTERFERÊNCIA da atividade sexual de um doador de sangue na segurança das transfusões feitas a partir das doações dele é analisada na tese de doutorado da médica Giuseppina Maria Patavino, aprovada recentemente pela Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa estuda o impacto do número de parceiros sexuais na triagem clínica dos doadores que comparecem aos bancos de sangue. Os doadores com maior número de parceiros heterossexuais nos 12 meses que precedem a doação de sangue apresentaram associação maior de exames que mostravam a presença de patógenos infecciosos por transfusão, em especial o HIV. No Hemocentro de São Paulo, é excluído um doador que tenha tido seis parceiros heterossexuais diferentes nos últimos 12 meses; em Pernambuco, apenas três; em Minas Gerais, dois. O estudo observou também correlação entre a idade dos doadores e exames sorológicos positivos. As pessoas com mais de 55 anos de idade apresentaram resultado oito vezes mais positivo aos testes do que os jovens de 25 anos ou menos. Acima dos 45 anos foi encontrada alta incidência para Sífilis, por exemplo. Doadores com mais de 55 anos apresentaram treze vezes mais exames positivos para Sífilis do que os de 25 anos ou menos. Por outro lado, a positividade para o HIV foi maior nos doadores com menos de 25 anos e de 25 anos a 34 anos. FOLHA DE S. PAULO - SP | MUNDO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 Veja a matéria no site de origem Taleban mata 18 em atentado em hotel nos arredores de Cabul DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Terroristas dizem que alvo foi escolhido por festas com álcool Membros do Taleban armados com metralhadoras, lança-granadas e explosivos atacaram um hotel de luxo à beira do lago Qargha, a cerca de 10 km de Cabul, capital do Afeganistão. A ação, iniciada na noite de anteontem, durou em torno de 12 horas, durante as quais os terroristas mataram ao menos 18 pessoas. O ataque foi contido após os membros do grupo -sete, segundo fontes oficiais, e quatro, segundo o Taleban- serem mortos por forças policiais afegãs. As informações foram divulgadas pelo ministro do Interior do país, Sediq Sediqqi. As margens do lago Qargha são um conhecido local de veraneio, muito frequentado por famílias. Lá se encontra o hotel de luxo Spozhmai, alvo do atentado, escolhido, segundo Zaibhula Nujahid, porta-voz do Taleban, por ser um local onde estrangeiros, entre os quais ligados à Otan, e autoridades afegãs se reuniriam para realizar festas com bebidas e Prostituição. A operação antiterrorista teve apoio de helicópteros da Otan no país. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | ÚLTIMAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/06/2012 Veja a matéria no site de origem Folha de S. Paulo: Dilma analisa cooperar com o combate a aids na África 22/06/2012-10h30 A presidente Dilma Rousseff analisa a possibilidade de acordos de cooperação com países da África em diversas áreas, incluindo o combate a Aids, informa o jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira, 22 de junho. A questão foi discutida na noite desta quinta-feira, 21 de junho, em um jantar oferecido a presidentes e representantes das nações africanas. Segundo a Folha, a intenção do governo agora é discutir as ações com os países africanos nos próximos meses. No mês de julho, a presidente Dilma deve ir à África participar do encontro da União Africana. Leia a notícia na íntegra no site da Folha. Fonte: Folha de S. Paulo AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | ÚLTIMAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/06/2012 Veja a matéria no site de origem Encontro ´Saber para Reagir em Português´ termina em Porto Alegre com criação de plano contra feminização da aids no Sul do País 22/06/2012 - 18h20 A sexta oficina do projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa, que terminou nesta sexta-feira, 22 de junho, em Porto Alegre, foi "bem produtiva e rendeu documentos importantes" para serem encaminhados aos gestores dos Estados da região Sul do Brasil, afirma a ativista e uma das organizadoras do evento Jenice Pizão. Desde segunda-feira, dia 18, o evento reuniu aproximadamente 15 mulheres ativistas da região Sul e uma de Cabo Verde. Segundo Jenice, que também integra o Movimento Nacional da Cidadãs Posithivas (MNCP), entre os temas tratados estão o atendimento às mulheres com HIV e Aids, a lipodistrofia, a reprodução assistida e os direitos sexuais e reprodutivos. "Os gestores presentes se comprometeram com algumas coisas. Também é muito interessante a parceria com Cabo Verde", disse à Agência Aids. O documento elaborado pelas ativistas, que além de abranger suas reivindicações traça também um plano de trabalho para os próximos dois anos para a melhoria das respostas à epidemia de HIV, foi entregue aos diretores do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e às coordenações de DST/Aids do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, que estavam presentes no evento. Jenice criticou a ausência de gestores dos Estados de Santa Catarina e Paraná. "Eles não vieram, o que demonstra uma falta de comprometimento. Hoje temos a situação de uma epidemia que é feminilizada, então esperávamos que os gestores que trabalham com isso tivessem um comprometimento maior com as mulheres. Santa Catarina e Paraná não fizeram sua parte". O Saber para Reagir em Língua Portuguesa tem como principal objetivo fortalecer as capacidades de atuação de mais de 150 mulheres líderes vivendo com HIV/Aids no contexto da epidemia nos países de língua oficial portuguesa. O evento é realizado pelo MNCP, em parceria com agências das Nações Unidas, com o Departamento de Aids e da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Esta edição do encontro contou também com apoio da Coordenação de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, da Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul. Nana Soares AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | ÚLTIMAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/06/2012 Veja a matéria no site de origem Profissionais da saúde de oito países participam de oficinas no Centro de Referência em DST/Aids de São Paulo 22/06/2012 - 15h A Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo recebeu durante esta semana, de 18 a 21 de junho, 36 médicos de Botsuana, Gana, Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Congo, Malawi e Suriname. Foram realizadas oficinas com momentos de exposição dialogada, discussão de casos e de práticas nos serviços de assistência (SAE) da cidade de São Paulo. O conteúdo teórico abordou as recomendações nacionais de assistência para o tratamento da Aids, eventos adversos, coinfecção de HIV e Tuberculose e falha terapêutica em adultos, além do manejo básico da gestante, crianças e adolescentes. Na próxima semana, de 22 a 27 de junho, a atividade terá continuidade com a capacitação de cinco profissionais de diversas áreas da saúde (psicólogo, assistente social, ONG) do Suriname. Esta atividade faz parte dos projetos de cooperação internacional, financiados pela Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e realizados em parceria com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids da Secretaria de Saúde. Redação da Agência de Notícias da Aids AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | ÚLTIMAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/06/2012 Veja a matéria no site de origem Morre em Botucatu o professor e médico Domingos Alves Meira. Programa Estadual de DST/Aids de SP lamenta a perda APOIO 22/06/2012 - 13h A Diretoria da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) comunicou nessa sexta-feira, 22 de junho, o falecimento nessa quinta-feira do professor doutor Domingos Alves Meira, aos 80 anos de idade Seu corpo está sendo velado no Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia - SAEI/DAM - (Hospital Dia) - unidade localizada no Distrito de Rubião Júnior e que leva o nome do professor. O sepultamento acontecerá às 16h, no Cemitério Jardim, em Botucatu. Alves Meira nasceu em São Paulo em 11 de junho de 1932. Era casado com a professora aposentada da FMB Jussara Marcondes Machado e deixa cinco filhos. O docente, que ocupava o cargo de diretor do Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia "Domingos Alves Meira", era formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (1958) e doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo (1965). Obteve a livre-docência na Universidade de São Paulo (1967). Tornou-se professor adjunto, por concurso, na Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (1975). Conquistou o cargo de professor titular na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (1977). Atualmente, era professor emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. Tinha experiência na área de Medicina, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: Aids, malária, paracoccidioidomicose, citocinas e HIV. Em 1978 criou e organizou a residência médica de moléstias infecciosas e parasitárias, depois, infectologia, da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). Foi diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp) de 1980 a 1984 e, durante seu mandato em 1982, criou a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) para a gestão dos recursos extraorçamentários do Hospital das Clínicas. Criou o Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem em 1993, e o Curso de Pós-Graduação em Doenças Tropicais em 1992, do qual foi coordenador e vice-coordenador, nele atuando como orientador e responsável por disciplinas, entre as quais se destacaram imunologia aplicada em HIV e Aids e metodologia de pesquisa científica até 2009. De 2000 a 2004 foi coordenador da Área de Ciências da Saúde da Unesp. Em junho de 2002, já aposentado, passou a atuar na universidade como professor voluntário e, em 2003, recebeu o título de professor emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. Em 2004 inaugurou o Serviço de Ambulatórios Especializados e Hospital-Dia "Domingos Alves Meira" para atendimento de indivíduos infectados pelos vírus HIV-I/II, VHB, VHC, e HTLV-I/II. Atua, desde o início nesse serviço, como diretor-técnico e médico, atendendo os pacientes do ambulatório de HTLV-I/II. Por 42 anos foi professor da graduação da FMB/Unesp e, por 30 anos, daresidência de infectologia, tendo participado da formação de quase 4.000 médicos e decerca de 70 especialistas. Durante a vida acadêmica teve 86 trabalhos publicados em revistas nacionais eestrangeiras; 45 capítulos em livros, tendo organizado dois livros da especialidade:Terapêutica de Doenças Infecciosas e Parasitárias e Clínica de Doenças Tropicais e Infecciosas. Das muitas homenagens que recebeu ao longo da vida profissional, destacam-se:seu nome dado a prêmio em quatro edições do Congresso Médico-Acadêmico e patronode duas turmas de formandos na Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp); título de Cidadão Botucatuense; medalha comemorativa do Sesquicentenário da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na qualidade de diretor da FCMBB. PROGRAMA ESTADUAL DST/Aids Programa Estadual de DST/Aids lamenta a perda Segundo nota divulgada pelo Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo nesta sexta-feira, o professor Alves Meira foi uma das primeiras personalidades ilustres a apoiar a criação do Programa de Aids de São Paulo. "Fez isto publicamente, abrindo imediatamente o atendimento e a internação de pacientes de Aids no Hospital da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP, com apoio do professor Sílvio de Alencar Marques do Departamento de Dermatologia desta escola. Seu endosso e prestígio foram essenciais para vencer as enormes resistências que o programa recém criado enfrentou nos primeiros anos da epidemia. Desde então, junto com outros docentes de FMB, foi um grande parceiro do Programa em atividades assistenciais de capacitação e de pesquisa", diz a nota assinada pela coordenadora do Programa, Maria Clara Gianna. Redação da Agência de Notícias da Aids AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | ÚLTIMAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/06/2012 Veja a matéria no site de origem Instituto DIET homenageia Agência Aids com certificado de Responsabilidade Social pelo Camarote Solidário APOIO 22/06/2012 - 17h30 A Agência de Notícias da Aids recebeu nesta sexta-feira, 22 de junho, um certificado de Responsabilidade Social do Instituto DIET (Direito, Integração e Terapêutica em Saúde e Cidadania). A homenagem desta organização não governamental que atua contra as DST/Aids no município de Guarulhos reforça a contribuição da Agência para o desenvolvimento das ações de assistência às pessoas vivendo com HIV e Aids através do Camarote Solidário. Realizado em parceria com o Condomínio Conjunto Nacional, o Camarote reúne, durante a Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros) de São Paulo, ativistas, jornalistas, gestores públicos, entre outros convidados que apoiam de alguma forma os direitos da população homossexual e as pessoas com HIV e Aids. Para cada convidado, pede-se 6kg de alimentos como ingresso no espaço privilegiado no mezanino do Conjunto Nacional, e o Instituto DIET, que hoje ajuda cerca de 150 famílias, recebe parte desses alimentos. O grupo distribui cestas básicas conforme a necessidade de cada família, identificada no momento do cadastro ou na visita domiciliar. As mães com crianças pequenas, por exemplo, podem ter o benefício durante um ano. Em outros casos, esse período não ultrapassa o limite de três ou seis meses. A 10ª edição do Camarote Solidário recebeu apoio da Contax, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e JPMiguel Engenharia. Redação da Agência de Notícias da Aids UOL | UOL NOTÍCIAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 05:39 Veja a matéria no site de origem Enfrentamentos noturnos em Gaza deixam 21 feridos Gaza, 23 jun (EFE).- Os enfrentamentos entre milicianos palestinos da Faixa de Gaza e o Exército israelense continuaram ao longo da noite com bombardeios e lançamentos de foguetes, que produziram 20 feridos na faixa e um no lado israelense. A Força Aérea do Exército israelense bombardeou três pontos no norte e no sul de Gaza, ferindo 20 palestinos, cinco dos quais se encontram em estado grave, informou à Agência Efe Ashraf Al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza. Segundo esta fonte, pelo menos 12 dos feridos eram civis que estavam perto dos lugares atacados. O Exército afirmou em comunicado ter atacado "dois centros terroristas no norte de Gaza e um no sul", em operações nas quais confirmou ter atingido o alvo. "Os locais foram atacados em resposta ao contínuo fogo de foguetes contra o sul de Israel durante esta semana", segundo um comunicado militar. Uma porta-voz do Exército confirmou à Efe que, desde a meia-noite passada, as milícias palestinas lançaram pelo menos 23 foguetes, dos quais cinco foram interceptados por baterias antimísseis e 18 caíram em território israelense. Um dos foguetes feriu gravemente um homem de cerca de 50 anos que estava no refúgio de uma zona industrial no conselho regional de Shaar Hanegev, informou à Efe Zaki Heller, diretor internacional da instituição equivalente à Cruz Vermelha em Israel. Nesta sexta-feira, dois milicianos palestinos de grupos salafistas morreram e quatro foram feridos em dois ataques israelenses em represália ao lançamento de foguetes. O Exército israelense informou que na última semana as milícias palestinas lançaram mais de 145 foguetes desde Gaza contra Israel. Os enfrentamentos continuam, apesar de ter iniciado na quinta-feira um cessar-fogo entre as milícias de Gaza e Israel para pôr fim à escalada de violência, na qual já morreram 11 palestinos (sete milicianos, três civis adolescentes e uma menina de dois anos). Fontes de segurança em Gaza asseguram que as Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, cumprem a trégua, mas que grupos jihadistas salafistas menores prosseguem com o lançamento de foguetes. TERRA | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 05:23 Veja a matéria no site de origem Enfrentamentos noturnos em Gaza deixam 21 feridos Os enfrentamentos entre milicianos palestinos da Faixa de Gaza e o Exército israelense continuaram ao longo da noite com bombardeios e lançamentos de foguetes, que produziram 20 feridos na faixa e um no lado israelense. A Força Aérea do Exército israelense bombardeou três pontos no norte e no sul de Gaza, ferindo 20 palestinos, cinco dos quais se encontram em estado grave, informou à Agência Efe Ashraf Al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza. Segundo esta fonte, pelo menos 12 dos feridos eram civis que estavam perto dos lugares atacados. O Exército afirmou em comunicado ter atacado "dois centros terroristas no norte de Gaza e um no sul", em operações nas quais confirmou ter atingido o alvo. "Os locais foram atacados em resposta ao contínuo fogo de foguetes contra o sul de Israel durante esta semana", segundo um comunicado militar. Uma porta-voz do Exército confirmou à Efe que, desde a meia-noite passada, as milícias palestinas lançaram pelo menos 23 foguetes, dos quais cinco foram interceptados por baterias antimísseis e 18 caíram em território israelense. Um dos foguetes feriu gravemente um homem de cerca de 50 anos que estava no refúgio de uma zona industrial no conselho regional de Shaar Hanegev, informou à Efe Zaki Heller, diretor internacional da instituição equivalente à Cruz Vermelha em Israel. Nesta sexta-feira, dois milicianos palestinos de grupos salafistas morreram e quatro foram feridos em dois ataques israelenses em represália ao lançamento de foguetes. O Exército israelense informou que na última semana as milícias palestinas lançaram mais de 145 foguetes desde Gaza contra Israel. Os enfrentamentos continuam, apesar de ter iniciado na quinta-feira um cessar-fogo entre as milícias de Gaza e Israel para pôr fim à escalada de violência, na qual já morreram 11 palestinos (sete milicianos, três civis adolescentes e uma menina de dois anos). Fontes de segurança em Gaza asseguram que as Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, cumprem a trégua, mas que grupos jihadistas salafistas menores prosseguem com o lançamento de foguetes. EFE sar-aca/pa TERRA | NOTÍCIAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/06/2012 23:55 Veja a matéria no site de origem Mulheres migrantes vítimas de violência serão atendidas na fronteira Foi inaugurado na tarde de nesta sexta-feira em Pacaraima (RR) o primeiro centro binacional de atendimento à mulher migrante vítima de violência, em uma parceria entre Brasil e Venezuela. De acordo com Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), a região de fronteira geralmente apresenta problemas relacionados à questão. "Nas fronteiras secas, as mulheres saem de moto ou de carro e vão para o outro país fazer programa, sejam as brasileiras na Venezuela, sejam (as mulheres) da Venezuela no Brasil. Aí nós vamos ter um alto índice de violência, um alto índice de problemas de saúde, seja saúde sexual, Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids, sejam outros tipos de doença, e são essas perspectivas que faz com que se proponham políticas públicas de atendimento às mulheres". A secretária explicou que o centro vai atender mulheres e meninas vítimas de exploração sexual e tráfico de pessoas, além de mulheres indígenas que sofrem violência nas aldeias. As vítimas serão acolhidas e receberão acompanhamento psicológico, jurídico e com assistente social, além do encaminhamento para os serviços de saúde em Roraima e também em Santa Helena, na Venezuela. A equipe de atendimento conta com uma psicóloga, uma assistente social, uma advogada, duas educadoras sociais, dois motoristas e duas auxiliares. Os profissionais receberam capacitação da SPM em relação de gênero e diversidade, Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Lei Maria da Penha e tráfico de pessoas. G1 | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 23/06/2012 04:00 Veja a matéria no site de origem Inverno exige cuidados com a gripe A/H1N1, alerta Ministério da Saúde (Ribeirão e Franca) População deve ficar atenta aos sintomas e aos grupos de risco.Leia abaixo esclarecimentos sobre algumas dúvidas quanto à doença. O início do inverno exige de profissionais de saúde e da população cuidados com as doenças respiratórias que se proliferam mais facilmente nessa época. Em comunicado divulgado nesta semana, o Ministério da Saúde reforçou a preocupação com casos graves causadas pelo subtipo A/H1N1, popularmente chamado de "gripe A". Revisado no ano passado pelo Ministério, o Protocolo de Tratamento da Influenza esclarece os procedimentos que devem ser adotados em caso de suspeita de casos da gripe A. Um dos principais cuidados é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir, conhecido como tamiflu, medicamento usado no tratamento da doença e que ajuda a reduzir as complicações. Segundo o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, a orientação é para que os médicos prescrevam o medicamento aos pacientes que fazem parte dos chamados "grupos de risco" e apresentam sintomas, independentemente de resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento. "Gestantes, crianças pequenas, os idosos e portadores de doenças crônicas devem iniciar o tratamento." Os sintomas são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor na garganta, cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações). Veja abaixo mais explicações sobre a gripe A: O que é influenza A (H1N1)? É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus pandêmico (H1N1) 2009. Este novo subtipo do vírus da influenza, do mesmo modo que os demais, e é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O que significa H1N1? As letras correspondem às duas proteínas da superfície do vírus: H: Hemaglobulina e N: Neuraminidase . O numero 1 corresponde a ordem em que cada uma das proteínas foi registrada, significando que ambas as proteínas tem semelhanças com os componentes do vírus que já circulou anteriormente, quando da pandemia de 1918-1919. Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza pandêmica (H1N1) 2009? Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, ao apresentar estes sintomas, seja pela gripe comum ou pela nova gripe, deve-se procurar seu médico ou um posto de saúde. Esse vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 é mais violento e mata mais do que o vírus da gripe comum? Até o momento, o comportamento da nova gripe se assemelha ao da gripe comum. Ou seja, o vírus pandêmico (H1N1) 2009 não se apresentou mais violento ou mortal, na população geral. A maioria absoluta das pessoas que adoece, seja pela gripe comum, seja pela gripe pandêmica, desenvolvem formas leves da doença e se recuperam, mesmo sem uso de medicamentos. Para ambas as gripes pessoas com doenças crônica, gestantes e crianças menores de dois anos são mais vulneráveis. Mas quando consideramos a população jovem previamente saudável, este vírus pandêmico tem um maior potencial de causar doença grave, quando comparado com o vírus da gripe comum. Por outro lado, o vírus pandêmico tem acometido menos as pessoas maiores de 60 anos. Mas ainda são necessários estudos mais aprofundados que estão sendo realizados, em todo o mundo, para esclarecer o comportamento do novo vírus. Como ocorre a transmissão? A forma mais comum é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas de saliva, expelidas ao falar, ao tossir e espirrar. Outra forma é pelo contato (indireto), por meio das secreções de pessoas doentes. Nesses casos, a mão é o principal veículo transmissor do vírus, ao favorecer a introdução de partículas virais diretamente na boca, olhos e nariz. Quanto tempo o vírus resiste fora do organismo? O vírus resiste de 24 horas a 72 horas fora do organismo. Quanto tempo o vírus permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? Por até 10 horas. Qual o período de incubação do vírus? Há como a pessoa ter a doença e não ter os sintomas? O período de incubação do vírus é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação. Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto que nos adultos é de sete dias. A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. Os animais domésticos contagiam-se com o vírus? Com este vírus da gripe A especificamente não, mas provavelmente se contagiem com algum outro tipo de vírus. Quais os sintomas da influenza H1N1? A pessoa apresenta febre acima de 38ºC, tosse e dificuldade respiratória, acompanhada ou não de dor de garganta, ou de manifestações gastrointestinais, dor de cabeça, dores musculares, nas articulações e tosse. A febre é um dos sintomas mais recorrentes, presente em 92% dos casos. No surgimento de qualquer sintoma, recomenda-se procurar o médico de confiança ou a unidade de saúde mais próxima. O que fazer quando surgirem os sintomas? No surgimento dos sintomas de gripe, como febre repentina acima de 38º, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça e dificuldade de respirar, a pessoa deve procurar seu médico de confiança ou a unidade de saúde mais próxima. Como saber que os sintomas estão se agravando? Um detalhe importante a ser observado é quando a febre passa e depois volta de forma repentina, após alguns dias. Nas crianças, observe se os lábios estão lábios arroxeados, se as asas do nariz estão batendo e se a musculatura das costas está com movimentos intensos. Essas reações devem estar relacionadas aos sintomas comuns, como febre repentina (acima 38ºC), dor de cabeça, dificuldade respiratória, dores musculares e nas articulações, e coriza. Em qualquer uma dessas situações, procure seu médico de confiança ou a unidade de saúde mais próxima. Os casos graves ou de pessoas que façam parte do grupo de risco são tratados em hospital. Como o vírus provoca a morte de uma pessoa? Afeta órgãos vitais, como o pulmão, provocando dificuldades respiratórias severas, que, se não tratadas adequadamente, podem ocasionar a morte. Quais as formas de prevenção? Faça a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 71%. Lembre-se de retirar os acessórios (anéis, pulseiras, relógio), uma vez que estes objetos acumulam microrganismos não removidos com a lavagem das mãos. Evite encostar-se na pia; enxágue as mãos, retirando os resíduos de sabonete; evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; seque mãos e punhos com papel-toalha descartável; no caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha para fechá-la. Use lenço descartável para higiene nasal e ao tossir ou espirrar cubra nariz e boca. Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Evite, também, aglomerações e não divida objetos de uso pessoal, como toalhas de banho, talheres e copos. O uso de vitamina C ajuda a prevenir contra a influenza H1N1? Uma alimentação balanceada, rica em vitamina C, fortalece o organismo e ajuda a criar mais resistência contra qualquer doença. Porém, isso por si só não garante prevenção contra a influenza A (H1N1), mas ajuda o organismo a responder à infecção. A pessoa gripada deve ficar em casa? Pessoas com sintomas de gripe devem procurar orientação médica, antes de adotar medidas de isolamento domiciliar, além de manter as medidas de higiene indicadas. A vacina contra a influenza sazonal previne também contra a Influenza H1N1? Não. A cada ano a vacina é modificada, os componentes são diferentes, e ela só serve para aquele tipo específico de vírus influenza. Como tratar a doença? A partir de indicação médica, o tratamento é feito com o antiviral Oseltamivir , que deve ser utilizado em até 48 horas após o início dos sintomas, observando-se as recomendações do fabricante, constantes na bula do medicamento. Qualquer tratamento deve ser orientado por um médico. O Ministério da Saúde alerta que todos os indivíduos com síndrome gripal que apresentam fator de risco para as complicações de influenza, requerem - obrigatoriamente - avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico assistente, para indicação ou não de tratamento com Oseltamivir, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas. Em casos graves ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, o Tamiflu pode ser usado até 48 horas após o início dos sintomas. Todas as pessoas que se contaminam com esta doença morrem? Não. A situação epidemiológica atual, no Brasil e no mundo, caracteriza-se por uma pandemia com predominância de casos clinicamente leves e com baixa letalidade. Quem faz parte do grupo de risco? Pessoas portadoras de imunodepressão (organismo debilitado), como transplantados, pacientes com câncer, em tratamento para Aids, ou em uso de medicação imunossupressora. Também aquela em condições crônicas, como as pessoas portadoras de hemoglobinopatias (doenças genéticas do sangue), cardiopatias, pneumopatias, doenças renais crônicas, doenças metabólicas (diabetes mellitus e obesidade mórbida). Fazem parte do grupo de risco as crianças com menos de dois anos de idade, os adultos acima de 60 anos e as gestantes, independente do período. Veja também quais são as diferenças entre gripe e resfriado: FOLHA ONLINE | COLUNISTAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 23/06/2012 05:30 Veja a matéria no site de origem A triagem de um doador de sangue A interferência da atividade sexual de um doador de sangue na segurança das transfusões feitas a partir das doações dele é analisada na tese de doutorado da médica Giuseppina Maria Patavino, aprovada recentemente pela Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa estuda o impacto do número de parceiros sexuais na triagem clínica dos doadores que comparecem aos bancos de sangue. Os doadores com maior número de parceiros heterossexuais nos 12 meses que precedem a doação de sangue apresentaram associação maior de exames que mostravam a presença de patógenos infecciosos por transfusão, em especial o HIV. No Hemocentro de São Paulo, é excluído um doador que tenha tido seis parceiros heterossexuais diferentes nos últimos 12 meses; em Pernambuco, apenas três; em Minas Gerais, dois. O estudo observou também correlação entre a idade dos doadores e exames sorológicos positivos. As pessoas com mais de 55 anos de idade apresentaram resultado oito vezes mais positivo aos testes do que os jovens de 25 anos ou menos. Acima dos 45 anos foi encontrada alta incidência para Sífilis, por exemplo. Doadores com mais de 55 anos apresentaram treze vezes mais exames positivos para Sífilis do que os de 25 anos ou menos. Por outro lado, a positividade para o HIV foi maior nos doadores com menos de 25 anos e de 25 anos a 34 anos.