ESCRAVIDÃO ESPIRITUAL (Reflexão) Vítor Quinta Junho 2011 Todos conhecemos o significado da palavra “escravidão” como sendo uma forma de submissão completa a que o ser humano fica “amarrado” ao longo da sua vida, e da qual não consegue libertar-se, a maior parte das vezes. Pode ser uma escravidão física como a obrigação de prestar trabalho para o seu senhor, não sendo por isso remunerado, e que é muito comum até aos dias de hoje (infelizmente), ou a escravidão de uma dependência físico-psíquica (e.g. vícios da droga ou do tabaco, que também é uma droga) ou até, uma escravidão espiritual (muitos dos servos de Deus declaravam-se “escravos” do Senhor). Repare-se que qualquer forma de escravidão tanto pode ser involuntária como voluntária. A Bíblia relata-nos casos de escravos que tendo sido libertados pelo seu senhor devido a terem já pago a sua dívida ou por outro motivo qualquer, optavam por, voluntariamente, continuar a servir o mesmo senhor até ao fim dos seus dias. Mas, esta reflexão prende-se hoje com a forma de escravidão espiritual, aquela que pode fazer perigar a nossa salvação por Yeshua. Devido à escravidão física e espiritual a que o povo de Israel esteve sujeito durante centenas de anos no Egipto, YHWH, cumprindo a promessa feita a Abraão de que libertaria a sua descendência ao fim de 430 anos, tomou-os dali com mão forte: Levítico 26:13 – “Eu sou YHWH vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios, para que não fósseis seus escravos; e quebrei os timões do vosso jugo, e vos fiz andar erectos”. YHWH é Deus fiel. Ele prometeu a Abraão e cumpriu, libertando Israel. Porém, apesar da sua libertação física, muitos deste povo deixaram o seu coração “preso”, “escravizado” à sua forma de vida dali e aos “seus deuses”. Esta escravidão espiritual transformada em rebeldia, fez que uma geração inteira perecesse no deserto e não tivesse direito a entrar na “terra prometida”. E hoje? Quantos ainda hoje têm o seu coração “preso” à idolatria que herdaram dos seus pais e têm o seu coração/mente subordinada à rebeldia? Infelizmente muitos continuam a ser escravos do pecado (desobediência, iniquidade, transgressão da Lei/Torá). E, a Palavra de Deus ensina-nos que tal sujeição ao pecado implica a morte (eterna): Romanos 6:22-23 – “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Ser servos/escravos do pecado implica uma escravidão espiritual que fará perigar a vida eterna do ser humano se este não se arrepender da sua condição de rebeldia. E, tal como as outras formas de servidão, a servidão espiritual é aquela que pode ter maiores consequências na vida de qualquer ser humano. Se nos apresentarmos para sermos servos do pecado, então a condenação é certa. Mas, se dispusermos o nosso coração/mente para seguir a justiça de Deus, então o ganho é eterno. Provérbios 10:17 – “O caminho para a vida é daquele que guarda a instrução [a Lei/Torá], mas o que deixa a repreensão [a Lei/Torá] comete erro”. Erro que será fatal. Provérbios 11:19 – “Como a justiça [a Lei/Torá] encaminha para a vida, assim o que segue o mal vai para a sua morte”. A nossa postura nesta vida é que irá ditar a nossa condição eterna: ou a destruição devido à nossa rebeldia em não acatar a instrução/ensino de YHWH (a Sua Lei/Torá) e em recusarmos andar em obediência aos Seus preceitos como Yeshua, O Filho andou, ou o ganho da vida eterna através desse Mesmo Salvador Yeshua: Romanos 6:16-18 – “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos [escravos] do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça [a Lei/Torá; Yeshua, a Torá viva]”. AlleluYAH -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-