23.07.12_2a_edicao

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Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais
ÍNDICE
Mulheres organizam protesto contra decisão do Cremerj de proibir partos em casa e doulas em
hospitais........................................................................................................................................................4
Conferência Internacional sobre Aids enfatiza o uso estratégico de antirretrovirais .......................5
SUS vai oferecer remédio caro.................................................................................................................5
Santa Casa comemora transplantes. ......................................................................................................6
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio ...................................................................................7
Testes caseiros podem detectar vírus da Aids ......................................................................................9
Filmes............................................................................................................................................................9
Saúde pública vai receber nova droga ..................................................................................................10
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio .................................................................................11
Painel indica medicar todos com HIV ....................................................................................................12
Novo medicamento aumenta chances de cura ....................................................................................12
Parto em casa e trabalho de parteira estão proibidos ........................................................................14
Protesto na Cinelândia (Saúde Federal 1) - COLUNA DO SERVIDOR ..........................................14
Semus imuniza profissionais da contra hepatite b ..............................................................................14
Sesau apresenta balanço das ações da Carreta da Saúde ..............................................................15
Conferência busca novos caminhos de combate à aids ....................................................................16
Público LGBT lota ruas da capital ..........................................................................................................17
Núcleo monitora manifestações de homofobia ....................................................................................17
Lésbicas recorrem à Maria da Penha contra agressões ....................................................................18
Otimismo pelo fim da pandemia de Aids...............................................................................................18
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................19
SUS dará remédio de alto custo para câncer ......................................................................................20
Na mira do tráfico e da prostituição .......................................................................................................20
A sombra das raparigas em flor..............................................................................................................21
Roleta-russa...............................................................................................................................................23
Golpe certeiro contra a Aids ....................................................................................................................24
100 atletas para ver em Londres - Parte 3 ...........................................................................................26
O que querem as mulheres .....................................................................................................................33
As amarras da paixão ..............................................................................................................................35
O início do fim da aids ..............................................................................................................................36
A soldada de Dilma ...................................................................................................................................36
A filmadora de soluções ...........................................................................................................................41
Em nome da subversão ...........................................................................................................................42
O fim da Aids mais proximo ....................................................................................................................45
Arapuca de tucano?..................................................................................................................................46
A garota do bando ....................................................................................................................................48
A alcova liberta ..........................................................................................................................................48
A legião coreana .......................................................................................................................................50
O magnata russo que curtiu ....................................................................................................................52
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................54
MP fecha sete bares e danceterias na cidade de Bayeux, na Paraíba ...........................................55
Feira em Guarulhos traz novidades do mercado de caminhões .......................................................56
Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro ...........................56
Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa ......................................................................57
Mostra destaca nova produção do Nordeste .......................................................................................58
EUA têm vergonha de falar sobre sexo, diz historiadora ...................................................................58
Guerra contra a Aids ................................................................................................................................61
Aceno para os "azuis" ..............................................................................................................................62
Painel recomenda antiretrovirais a todos os pacientes com HIV ......................................................63
Sespa leva ações de prevenção aos balneários paraenses .............................................................64
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................64
Esperança de fim da pandemia de Sida prevalece em Conferência Internacional .......................65
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais ............................................................................................................................................66
Cartunista Jaguar diz em crônica que tem cirrose e câncer ..............................................................67
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje ............................................................................67
Esperança de fim da pandemia de Aids marca Conferência.............................................................68
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................69
Óleo de abacate é aliado na dieta e auxilia na prevenção de doenças...........................................70
Começa a Conferência Internacional sobre Aids ................................................................................70
Espanha registra 4ª vítima fatal de incêndio ........................................................................................71
O início do fim da aids ..............................................................................................................................72
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................72
Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa ......................................................................73
Droga de alto custo para tratar câncer de mama será fornecida pelo SUS ....................................74
SUS vai fornecer gratuitamente medicamento contra câncer de mama (Mundo) .........................74
Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro (Internacional) .75
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama (Mundo) .......................................................76
"Fogo não está sob controle", diz ministro............................................................................................76
Casos de hepatite A crescem com cheia dos rios no Amazonas .....................................................77
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .......................................................................77
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio .................................................................................78
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais ............................................................................................................................................80
SUS irá ofertar remédio para câncer de mama ...................................................................................80
Painel internacional de saúde recomenda antiretrovirais a todos os pacientes com HIV ............81
Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa ......................................................................82
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais | Agência Brasil ...............................................................................................................83
Esperança de fim da pandemia de Aids prevalece em Conferência Internacional ........................84
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio .................................................................................85
Conferência sobre Aids começa com foco no uso estratégico de antirretrovirais .........................86
Wagner Pelegrine: Uma doença silenciosa chamada hepatite C .....................................................87
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio .................................................................................87
Painel recomenda antirretrovirais a todos os pacientes com HIV ....................................................89
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais ............................................................................................................................................89
Casais gays negros usam mais ..............................................................................................................90
Fármaco brasileiro mostra potencial contra tuberculose e câncer ...................................................91
Saúde - Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais ............................................................................................................................................93
Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa ......................................................................93
Homem é preso por suspeita de estupro a menino de sete anos ....................................................94
Começa a Conferência Internacional sobre Aids ................................................................................95
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio .................................................................................96
Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais ............................................................................................................................................97
Portadores do HIV devem usar antirretrovirais sem exceção, diz painel ........................................98
Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro (Sociedade) .....98
A segurança às cegas: Brasil desconhece o tamanho real da criminalidade .................................99
Esperança de fim da pandemia de Aids prevalece em Conferência Internacional ......................100
Resistência a remédios contra HIV aumenta na África ....................................................................101
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio ...............................................................................102
Artistas usarão humor para enfrentar a Aids ......................................................................................103
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama .....................................................................104
Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro .........................105
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama (Geral) .......................................................105
Óleo de abacate é aliado na dieta e auxilia na prevenção de doenças (Bem-Estar) ..................106
Coiotes em Uruguaiana: imigrantes ilegais são aliciados para atividades clandestinas entre
Buenos Aires e SP (Polícia) ..................................................................................................................107
Cartunista Jaguar diz estar com cirrose e câncer .............................................................................108
AGORA - RS | PAÍS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
22/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Mulheres organizam protesto contra decisão do Cremerj de proibir partos em casa e
doulas em hospitais
Movimentos sociais e de mulheres do Rio de Janeiro estão preparando um ato de repúdio às resoluções do Conselho Regional
de Medicina do Estado do estado (Cremerj) que proíbem a participação de médicos obstetras em partos domiciliares e a
presença das doulas (acompanhantes) em ambientes hospitalares.
A causa é apoiada pelo Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama), cuja coordenadora, Ana Cristina Duarte, receia que a
medida possa se espalhar por todo o país. A manifestação está programada para o dia 5 de agosto, no Posto 9, em Ipanema.
Para a conselheira da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (ReHuNa), Ingrid Lotfi, a decisão do Cremerj,
publicada no último dia 19, foi uma "retaliação" à Marcha pelo Parto em Casa, ocorrida no dia 17 de junho em várias cidades
brasileiras.
A marcha foi convocada por meio das redes sociais após o Cremerj ter solicitado ao Conselho Regional de Medicina de São
Paulo (Cremesp) a punição do obstetra Jorge Francisco Kuhn, que defendeu, em um programa de televisão, o direito de
mulheres saudáveis optarem pelo parto domiciliar, informou Ingrid.
Ela - que também coordena o Isthar-Espaço para Gestantes do Rio de Janeiro, presente em 11 cidades brasileiras - defende o
Brasil adote a prática existente em países desenvolvidos, como Canadá, Holanda e Inglaterra de que mulheres grávidas de
baixo risco tenham a opção de dar à luz fora do ambiente hospitalar. "A gente tem o direito de escolher que o bebê nasça em
casa. Existem estudos que mostram que [o parto em casa] é tão seguro quanto o [ocorrido] no hospital, se a gente tiver
condições de saúde e tudo estiver bem."
Ingrid Lotfi se disse a favor também da presença das doulas nos hospitais. "Ela não tem nenhuma função médica. Pelo
contrário, ela está ali para encorajar a mulher, dar um suporte contínuo emocional, psicológico, físico, coisas que auxiliem e
potencializem a fisiologia do parto."
Principal programa do governo para a maternidade, a Rede Cegonha prevê que a gestante conheça previamente a unidade de
saúde onde terá o bebê e tenha direito a um acompanhante, de livre escolha, durante a internação. A Rede Cegonha, lançada
em março de 2011, é uma estratégia do Ministério da Saúde operacionalizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e
fundamentada nos princípios da humanização e assistência às gestantes e aos bebês.
Para o conselheiro do Cremerj, Luís Fernando Moraes, o objetivo da entidade, ao publicar as duas resoluções, é "proteger a
mulher e seu filho na hora do parto". Ele disse à Agência Brasil que o médico "não pode compactuar" com a realização de
partos em casa, "onde pode haver alguma complicação".
O médico lembrou que o Conselho Federal de Medicina e a própria Sociedade de Ginecologia consideram o parto domiciliar
"um retrocesso e inseguro". De acordo com ele, em caso de problemas, a paciente terá o seu direito a uma assistência segura
comprometido. O intuito do Cremerj é proibir que o obstetra faça partos domiciliares. "Se ele compactuar com isso, a gente
entende que esse é um problema ético", disse. O profissional que desobeder a resolução responderá a processo disciplinar.
Em relação à presença das doulas nos hospitais, Luís Fernando Moraes esclareceu que elas não têm nenhuma formação na
área da saúde. "Pessoas leigas dentro de uma sala cirúrgica, atuando, nós achamos que isso é inseguro também para a
paciente, porque essas pessoas não têm formação, não têm noções de assepsia, de cuidados. Por isso, a gente tenta proteger
a paciente com essas resoluções."
Por Ag. Brasil
DCI - SP | SERVIÇOS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Conferência Internacional sobre Aids enfatiza o uso estratégico de antirretrovirais
BRASÍLIA - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids teve início neste domingo (22) em Washington, nos Estados Unidos. O
tema deste ano...
Agência Brasil
BRASÍLIA - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids teve início neste domingo (22) em Washington, nos Estados Unidos. O
tema deste ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações
decisivas em uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
DIÁRIO CATARINENSE - SC | GERAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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SUS vai oferecer remédio caro
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS.
A inclusão será publicada nesta semana no Diário Oficial. O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo. Estima-se
que entre 20% e 25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que
tem como alvo a mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir as células doentes, preservando as sadias.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil -, ela estava restrita a mulheres que
conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
R$ 9,8 milhões em apenas uma ação civil em SC
O Trastuzumabe é, inclusive, o 7º medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou
R$ 266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens
de compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de SC, por exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos
cofres públicos.
Brasília
DIÁRIO DO NORDESTE - CE | REGIONAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Santa Casa comemora transplantes.
Sobral. A Santa Casa de Misericórdia de Sobral completa, hoje, o aniversário de um ano de seu primeiro transplante de
córnea, e tem muitos motivos para comemorar. Nesse período, já foram feitos 18 transplantes deste órgão. O primeiro
procedimento foi realizado em um morador de Forquilha, em caráter de urgência, por conta de uma grave infecção ocular. Na
época, o paciente tinha 57 anos e foi o primeiro transplantado da região Norte do Estado do Ceará.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do hospital, a Santa Casa dispõe de uma Organização de Procura de Órgãos
(Opos), por meio do Ministério da Saúde, que são equipes médicas responsáveis pela vigilância dos casos de morte
encefálica nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) dos hospitais.
Desde 2009, 65 doações já foram efetivadas por familiares de pacientes na Santa Casa. "Do início das atividades, em maio de
2009, até 30 de agosto de 2010, a Santa Casa já obteve 63 doações efetivas. Destas, 22 doações de múltiplos órgãos", explica
o coordenador da equipe de captação e transplante, o oftalmologista Ribamar Fernandes.
Demanda
O gestor explica que a Santa Casa de Sobral atende pacientes de toda a região Norte, além de pessoas de Juazeiro do Norte
e da região do Cariri. Segundo Ribamar Fernandes, para entrar na fila para o transplante, o paciente passa por uma avaliação
médica e, posteriormente, se cadastrar no Sistema Nacional de Transplantes, exceto quando o caso é de urgência.
O oftalmologista informa que, depois de captadas no Município de Sobral, todas as córneas são enviadas para o Banco de
Olhos de Fortaleza, porém, a expectativa é de isso mude em um curto prazo. "Atualmente, temos uma demanda para a criação
do Banco de Olhos de Sobral, algo que é extremamente necessário", afirma.
Segundo Ribamar Fernandes, único médico na região Norte que realiza transplante de córnea, a equipe da Santa Casa passa
por um treinamento no Banco de Olhos de Fortaleza.
Para essa semana, já temos dois novos transplantes marcados", comemora, dizendo que, nesses 12 meses, só foram
registrados dois casos com indícios de rejeição, mas o problema foi resolvido com medicamentos.
"Atualmente, existem 17 pacientes inscritos no serviço a espera da cirurgia. Além disso, está sendo desenvolvida uma
pesquisa qualitativa no sentido de avaliar a satisfação e os reais benefícios que os pacientes submetidos à cirurgia sentiram
após o transplante", destaca Ribamar Fernandes.
Para ser um doador de córneas da Santa Casa de Sobral, o interessado precisa ter entre dois e 65 anos de idade. O globo
ocular pode ser doado em situação de morte encefálica, onde o cérebro para de funcionar, mas o coração ainda bate com
ajuda de aparelhos. O procedimento pode ser realizado, ainda seis horas após o coração parar.
Histórico
A Santa Casa de Misericórdia de Sobral foi fundada em 1925. É um Hospital de Ensino de caráter regional com 90% de sua
área instalada a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), além de ser a instituição hospitalar de referência para toda a
região Norte do Estado do Ceará, que conta com uma população de, aproximadamente, 1,6 milhões de habitantes.
Conforme dados da Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Sobral, no início de 2009, o hospital reorganizou o processo de
doação de órgãos e tecidos para transplante, com o intuito de beneficiar diversos pacientes que estão na fila de espera.
Incentivo
A partir desse planejamento, o processo de doação incrementou uma nova possibilidade de terapia, incentivando as doações e
transplantes em toda a região Norte do Ceará.
Um dos principais objetivos da instituição médica é vencer a atual desproporção entre o número de pacientes em lista e o
número de transplantes, sendo o processo de doação uma etapa essencial.
No início deste ano, a Santa Casa de Misericórdia de Sobral promoveu o Primeiro Fórum Sobre Doação de Órgãos e Tecidos,
evento inserido na comemoração da XIII Campanha Nacional de Doação de Órgãos.
No que diz respeito ao incentivo à doação de órgão no Estado do Ceará, vale destacar a campanha Doe de Coração, realizada
pela Fundação Edson Queiroz desde 2003. A iniciativa, reconhecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
(ABTO), sensibiliza milhares de pessoas, aumentando o número de doadores efetivos, diminuindo o tempo de espera nas filas
de transplantes e devolvendo esperança às pessoas que esperam por um órgão.
Mais informações: Santa Casa de Misericórdia do Município de Sobral - Rua Antônio Crisóstomo de Melo, 919, Centro Sobral/CE - Telefone: (88) 3677.1930 - Site: www.stacasa.com.br
DIÁRIO DO NORDESTE - CE | NACIONAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
Agência Estado
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela -,
que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
FOLHA DE LONDRINA - PR | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
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Testes caseiros podem detectar vírus da Aids
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA), que funciona como a Anvisa, no Brasil, responsável por
regular remédios e alimentos, aprovou o primeiro teste caseiro para detectar o vírus da Aids pela saliva, no último dia 3.
O OraQuick, desenvolvido pela empresa OraSure, dá o resultado em 20 a 40 minutos. O produto indica a presença de HIV ao
recolher a saliva com uma haste bucal. A FDA destaca que esse método não é 100% preciso - podendo chegar a 92% -, o que
significa que o OraQuick poderia falhar em uma pessoa para cada 12 usuárias. Em pacientes que não têm o HIV, o teste se
mostrou 99% seguro.
Segundo a agência, o OraQuick deve ser uma alternativa para quem não puder fazer o exame de sangue tradicional. A FDA já
aprovou anteriormente vários kits caseiros para detectar o vírus da Aids, mas eles precisavam de uma amostra de sangue,
que deveria ser enviada a um laboratório.
Agência Graffo
GAZETA DO POVO - PR | CADERNO G
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012 03:04
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Filmes
Anônimo(Anonymous. Reino Unido/Alemanha, 2011). Direção de Roland Emmerich. Com Rhys Ifans, Vanessa Redgrave e
David Thewlis. Drama, 130 min. Classificação indicativa: 12 anos.
Em tempos elizabetanos, as obras de William Shakespeare despertam a atenção e a curiosidade de todos, principalmente
levando-se em conta sua origem humilde e o fato de não ter escrito nada além de peças teatrais. A partir disso, estudiosos do
mundo inteiro escreveram tratados e mais tratados para refutar ou defender a hipótese: seria Shakespeare o verdadeiro autor
das peças? Anônimo dramatiza essa possibilidade e coloca o Conde de Oxford, Edward De Vere, como um dos principais
candidatos a autor. N/A
Heleno(Heleno. Brasil, 2011). Direção de José Henrique Fonseca. Com Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Herson Capri.
Drama, 116 min. Classificação indicativa: 16 anos.
Heleno é a trágica cinebiografia do jogador de futebol Heleno de Freitas, primeiro galã do esporte no Rio de Janeiro na década
de 1940, auge do glamour e do romantismo da cidade. Uma promessa do Botafogo, Heleno cai em desgraça por
circunstâncias trazidas pela Segunda Guerra Mundial e pela vida de libertinagem desregrada, indo parar num hospício aos 39
anos de idade, vítima da Sífilis. Baseado no livro Nunca Houve um Homem como Heleno, de Marcos Eduardo Novaes. GG1/2
JORNAL A CIDADE - RIBEIRÃO PRETO | CIDADES
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
22/07/2012
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Saúde pública vai receber nova droga
Médico da Unifesp esteve em Ribeirão Preto para apresentar o Telaprevir aos profissionais da região
Mariana Lucera
Um novo medicamento para o Tratamento da Hepatite C deverá estar disponível para pacientes do SUS (Sistema Único de
Saúde) até o fim desse ano. Estimativas do Ministério da Saúde apontam que cerca de dois milhões de pessoas tenham a
doença no país. Em Ribeirão, de 2007 até o fim de 2011, foram registrados 2.280 casos de hepatites, sendo grande parte dos
tipos B e C.
Para apresentar a nova droga a infectologistas e hepatologistas de Ribeirão Preto e região, o infectologista Paulo Abrão,
membro do Comitê Científico de Hepatites da Sociedade Brasileira de Infectologista e professor da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp), onde o novo produto vem sendo testada desde o ano passado, participou de uma palestra na cidade.
"Utilizamos essa nova droga, chamada Telaprevir, em 40 pacientes e constatamos que esse novo medicamento, associado
aos outros dois remédios utilizados no combate dessa doença, eleva para 80% as chances de cura para o paciente, que antes
tinha só 40% de chance com o uso de duas drogas padrão disponíveis no mercado", explica Abrão.
De acordo com o médico, o medicamento vem sendo utilizado há pelo menos três anos na Europa e nos Estados Unidos. "O
objetivo desse encontro com os médicos da região de Ribeirão é passar um pouco de nossa experiência e as orientações
sobre quais são os pacientes que têm indicação para usar esse novo medicamento", ressalta Abrão.
Casos graves
Segundo o infectologista, o novo tratamento é para o paciente com Hepatite C, com o vírus tipo 1. "São para os casos de
Hepatite grave, em que o paciente já apresenta quadro de pré-Cirrose ou Cirrose. O remédio tem a função de evitar a piora
do paciente, de modo que ele acabe precisando de um transplante", explica Abrão.
O especialista afirma que a expectativa é que o novo medicamento esteja disponível pelo SUS até dezembro deste ano. "O
Ministério da Saúde já está com estudos técnicos avançados sobre essa droga e a orientação sobre o tipo de paciente que
pode utilizá-la", diz o infectologista. Segundo ele, o tratamento com esse medicamento, já disponível na rede particular, custa
R$ 70 mil e ele precisa ser administrado juntamente com os remédios Interferon Peguilado Alfa e Ribavirina, já usados no
tratamento atual contra a doença.
Maior número de ocorrências é dos tipos B e C
A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto iniciou uma campanha contra a Hepatite em todas as suas unidades até o dia 30 de
julho. A cidade anotou 2.280 casos da doença de 2007 até o fim de 2011, sendo a maior parte dos casos dos tipos B e C.
Segundo dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica, a maioria dos casos da doença é de Hepatite B, que é transmitida
principalmente por contato sexual. Para esse tipo de vírus, existe prevenção vacinal para pessoas com até 29 anos.
"A Hepatite B é tão infecciosa quanto o vírus da Aids e causa doenças silenciosas, que muitas vezes não apresentam
sintomas. A pessoa pode ter o vírus e daqui a 20 ou 30 anos descobrir uma Cirrose ou um câncer hepático", explica a
coordenadora do programa DST Aids e hepatites, Fátima Regina de Almeida Lima Neves.
O objetivo da campanha deste ano é fazer o diagnóstico precoce e preparar os funcionários das unidades de saúde para
encaminhar os pacientes para exames nos CTAs (Centros de Testagem e Aconselhamento).
JORNAL A CIDADE - RIBEIRÃO PRETO | BRASIL/MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
Agência Estado
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela -,
que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
JORNAL DA TARDE - SP | CIDADE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
Painel indica medicar todos com HIV
Um painel internacional de saúde realizado nos EUA recomendou pela primeira vez que todos os pacientes com vírus HIV
sejam tratados com remédios Antirretrovirais, mesmo quando o impacto do vírus no sistema imunológico se mostra pequeno.
A Sociedade Antiviral Internacional (IAS), entidade sem fins lucrativos, citou novas evidências de que a infecção com o vírus da
imunodeficiência não tratada causa Aids e pode levar a vários outros problemas, incluindo doenças cardiovasculares e renais.
Além disso, dados mostraram que combater o HIV reduz o risco de uma pessoa infectada transmitir o vírus a outra.
O início do tratamento costuma ser protelado para evitar a resistência do HIV aos remédios e seus efeitos colaterais. No
entanto, segundo a IAS, novos medicamentos mais seguros permitem antecipar a terapia.
JORNAL DO COMÉRCIO - RS | GERAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Novo medicamento aumenta chances de cura
Cristina Duarte
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no final de 2011 o uso de uma nova medicação para o tratamento
de pacientes portadores da Hepatite C crônica. O Telaprevir aumenta as chances de cura em até 79% em pacientes
infectados pelo tipo 1 do vírus HVC. No Brasil, a estimativa é de que dois milhões de pessoas estejam infectadas. Cerca de
56% dos casos de câncer de fígado estão associados ao vírus, com taxa de mortalidade perto de 90% em grandes centros
urbanos.
Recentemente, o médico infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Abrão esteve em Porto Alegre
para um debate com o objetivo de trocar experiências sobre o tratamento. O infectologista participou do estudo da medicação e
da elaboração do Protocolo Brasileiro de Tratamento. O Telaprevir está sendo utilizado apenas para tratamento particular, mas
a expectativa é de que o medicamento esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) até o final do ano.
Hoje a Hepatite C é a principal causa de Cirrose e câncer de fígado. É uma doença "silenciosa": a pessoa pode viver durante
muitos anos sem sentir nada e só ter algum sintoma quando a Hepatite está na fase final.
Jornal do Comércio - Como é realizado o novo tratamento?
Paulo Abrão - Ao contrário do que as pessoas acham, a Hepatite C é uma doença totalmente curável, só que as duas
medicações disponíveis hoje, Interferon e Ribavirina, curam apenas 40% dos pacientes que tem o tipo 1 do vírus, o mais difícil
de ser curado. Com o Telaprevir agregado a esses dois medicamentos, a chance dobra. O tratamento com a nova medicação
dura três meses, ao valor de R$ 70 mil. Custa caro porque é uma medicação nova, de alta tecnologia, e o investimento para
desenvolver foi muito grande. Geralmente, o paciente tem que tomar os três remédios: o Telaprevir por três meses e os outros
dois por mais seis meses ou um ano.
JC - Os efeitos colaterais do Telaprevir são fortes?
Abrão - As principais reações são alergia na pele e anemia. A pessoa é monitorada e o tratamento poder ser realizado em
casa. Mas ela tem um cronograma que deve seguir à risca, de consultas para o monitoramento médico com uma série de
exames periodicamente. É um tratamento especializado, não pode ser feito em qualquer local, como uma Unidade Básica de
Saúde, tem que ser feito numa unidade especializada, onde os médicos têm experiência em lidar com a doença.
JC - Como se avalia se o paciente está curado?
Abrão - Durante o tratamento, a quantidade de vírus é acompanhada e, com a sua eliminação, é sinal de que está dando certo.
Depois de todo o tratamento, é preciso esperar seis meses sem os medicamentos. Se o vírus não retorna, o paciente está
curado; se volta, o paciente deve ser tratado de outro modo, com outras medicações que estão em estudo e que futuramente
serão utilizadas, mas não estão disponíveis ainda.
JC - Como será a implantação do medicamento pelo SUS?
Abrão - O Ministério da Saúde terminou o estudo de como seria implantado no Brasil, quem seriam os pacientes que
receberiam primeiro a medicação, os critérios para essa indicação e os cuidados e orientações. É preciso todo um protocolo
para o médico seguir na hora em que a medicação estiver disponível. Agora, se aguarda apenas a aprovação do Ministro da
Saúde e a negociação de preço com a empresa fabricante. Serão R$ 200 milhões em dois anos, com a perspectiva de tratar
mais de cinco mil pacientes nesse período.
JC - Quantos pacientes o senhor já tratou com o Telaprevir?
Abrão - Mais de 30 pacientes, com excelentes resultados. A grande maioria se curou, uma média de 85%.
O DIA - RJ | RIO DE JANEIRO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Parto em casa e trabalho de parteira estão proibidos
Resolução do Cremerj prevê processo disciplinar para médicos que descumprirem medida
Uma decisão tomada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) acendeu a discussão sobre os direitos
da mãe na gravidez. Duas resoluções, que entraram em vigor na semana passada, proíbem a atuação de parteiras, doulas acompanhantes de gestantes - e a realização de partos em casa. O principal argumento da entidade é que essas profissionais
e o procedimento fora de ambiente hospitalar coloca em risco a mulher e o bebê. O médico que participar do parto domiciliar
será processado disciplinarmente e pode até perder o direito de exercer a profissão.
O Rio é o primeiro estado do País a ter esse tipo de proibição. No Brasil, existem cerca de 60 mil parteiras em atuação. "Est ão
querendo voltar ao tempo em que as mulheres tinham filhos em casa. Isso é absolutamente inseguro. Essas mães estão sendo
iludidas. A doula não tem formação nenhuma. E o médico que atua com elas ou faz parto em casa comete um crime contra o
paciente", defendeu o obstetra Luís Fernando Moraes, conselheiro do Cremerj.
Pais de Bel, de apenas 15 dias, o casal Bia Siqueira, 31, e Guilherme Abrunhosa, 29, defende que a atividade de doula é
importante para muitas mães no trabalho de parto. "Com essa proibição, se eu tiver outro filho, vou entrar com mandado de
segurança para garantir uma doula ao nosso lado. Ela trouxe tranquilidade para a Bia", disse Guilherme.
Com mais de cinco mil partos no currículo, a professora de Enfermagem Lelia Maria Queiroz acha a medida do Cremerj
arbitrária. "O Ministério da Saúde reconhece as parteiras. Como os médicos do Rio, não?".
O DIA - RJ | ECONOMIA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Protesto na Cinelândia (Saúde Federal 1) - COLUNA DO SERVIDOR
Servidores da Saúde Federal em greve fazem ato unificado na próxima quarta-feira. A concentração será a partir das 10h, na
Cinelândia, de onde os servidores irão em passeata até a sede do Nerj (Núcleo do Ministério da Saúde), na Rua México 28,
Centro.
O GIRASSOL - TO | ÚLTIMAS NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Semus imuniza profissionais da contra hepatite b
A Secretaria da Saúde de Palmas (Semus), em parceria com a Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente
(Semasp), vai imunizar os profissionais da coleta de lixo doméstico e hospitalar contra Hepatite B, nesta segunda-feira, 23, às
8 horas, na sede da Semasp, na quadra 1.212 Sul.
Técnicos da Unidade de Saúde da Família (USF) 1.206 Sul vacinarão cerca de 40 profissionais. Segundo a biomédica
responsável pela Área Técnica das Hepatites em Palmas, Fernanda Fernandes, esta imunização é importante para evitar que
possíveis acidentes com material perfurocortante descartado incorretamente no lixo doméstico venha a contaminá-los.
Segundo Fernanda, as chances de se contrair a doença em um acidente com material contaminado pelo vírus da Hepatite B é
de 30%.
Vacina
A vacina contra a Hepatite B está disponível nas Unidades Saúde da Família (USF) para adultos de até 29 anos, conforme
recomenda o Ministério da Saúde (MS). "Também é importante receber as três doses recomendadas que vão garantir a
imunidade à doença", acrescenta Fernanda.
O GIRASSOL - TO | ÚLTIMAS NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Sesau apresenta balanço das ações da Carreta da Saúde
Nesta segunda-feira, 23, no auditório da Justiça Federal, em Palmas, a partir das 9h, será apresentado pela Gerência Estadual
de Hanseníase da Sesau - Secretaria de Estado da Saúde, o balanço das ações realizadas na Carreta da Saúde, um
caminhão itinerante que percorreu diversos municípios do Estado levando atendimento médico e realizando exames para
diagnóstico da Hanseníase.
Participam do evento a coordenadora Nacional de Controle da Hanseníase, Dra. Rosa Castália França Soares, o coordenador
nacional do Morhan - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, Artur Custódio, a atriz Sandra
Barsotti e representantes dos municípios de Arraias, Gurupi, Colinas do Tocantins, Lajeado, Porto Nacional e Palmas que irão
apresentar as estratégias utilizadas nas ações, resultados e opiniões sobre a carreta.
A Carreta da Saúde possui cinco consultórios e um laboratório para atender a população das cidades por onde passa. No
veículo, todos recebem informações sobre a doença e seus sintomas, recebem atendimento médico, realizam exame para
identificar se estão com Hanseníase e, em caso positivo, também, recebe na hora o medicamento para o tratamento, o mesmo
medicamento oferecido na rede pública.
A carreta é uma parceria com o grupo Novartis, Morhan, Sesau e secretarias municipais, com o apoio do Conasens - Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Ela começou a circular no Estado em outubro de 2011, encerrando em julho de
2012, passou por 35 municípios realizando diversos diagnósticos.
Municípios que receberam a visita da Carreta foram: Cariri, Dueré, Miracema, Augustinópolis, Gurupi, Lajeado, Colinas,
Araguaína, Paraíso, Porto Nacional, Palmas, Fátima, Oliveira de Fátima, Formoso do Araguaia, Palmeirópolis, Miranorte,
Brejinho de Nazaré, Lagoa da Confusão, Arraias, Combinado, Novo Alegre, Dianópolis, Almas, Natividade, Tocantínia,
Lajeado, Campos Lindos, Itaporã, Riachinho, Xambioá, São Miguel do Tocantins, Axixá, Araguatins, Sitio Novo e Itaguatins.
O POVO - CE | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência busca novos caminhos de combate à aids
Cerca de 25 mil pessoas se reúnem até o próximo sábado na Conferência Internacional sobre a Aids, realizada em
Washington. Organizadores acreditam que luta contra o vírus esteja num momento decisivo.
"Pela primeira vez tenho a sensação de estarmos no início do fim da epidemia da Aids", diz com otimismo Diane Havlir,
médica do Hospital Geral de São Francisco e uma das profissionais que dirigem a 19ª Conferência Internacional da Aids,
realizada na capital norte-americana deste domingo (22/07) até o próximo sábado.
Havlir pretende, ao lado de outros profissionais do setor, "virar a página", como já diz o lema da conferência. A médica está
entre os primeiros pesquisadores da enfermidade, tendo tratado de pacientes infectados desde o início da epidemia, nos anos
1980. E para tanto otimismo, Havlir tem suas razões: "Nos últimos três anos, foram feitas diversas descobertas na pesquisa da
Aids, com a ajuda das quais foi possível reduzir o número de novos infectados e de mortes", diz Havlir.
Entre estas descobertas, está também a constatação de que os medicamentos, hoje em dia, não apenas melhoram a
qualidade e o tempo de vida do paciente, mas também podem evitar uma infecção. Há pouco, as autoridades norte-americanas
acabaram de permitir a comercialização de um medicamento que supostamente reduz muito a possibilidade de contágio com o
vírus. Embora isso não signifique 100% de proteção, segundo os pesquisadores.
Assegurar o financiamento e despertar a atenção
A proteção contra o contágio será outro tema importante a ser tratado pelos 25 mil participantes do congresso. Em mesas
redondas e workshops para pesquisadores, médicos, políticos e outros envolvidos, haverá discussões também sobre novos
medicamentos e modalidades de vacina e tratamento, assim como acerca da procura de uma substância que possa curar
definitivamente esta doença, que ataca sobretudo homens homossexuais, dependentes de drogas e prostitutas.
Diante dos caixas vazios, os especialistas reunidos em Washington discutirão, ainda, formas de financiamento do combate à
Aids. "Não vai ser fácil", constata Chris Collins, vice-presidente da amfAR, fundação norte-americana de pesquisa sobre a
Aids. "É necessário um investimento contínuo num momento em que tanto os EUA quanto outros países se encontram frente a
sérios desafios financeiros".
Além disso, o assunto perdeu em relevância para a opinião pública. "A Aids saiu da consciência de muitas pessoas, tanto nos
EUA quanto em outros países", lamenta Diane Havlir. "Sabemos que é um problema, mas no momento o tema não atrai
atenção suficiente para que sejam tomadas as medidas necessárias", diz ela.
Retomada das conferências nos EUA
Em todo o mundo, 30 milhões de pessoas já morreram em consequência da Aids. Hoje, há 34 milhões de infectados e
somente 6 milhões estão em tratamento. "Este número deverá se duplicar em breve", afirma Havlir.
Deborah von Zinkernagel, coordenadora da iniciativa de combate à Aids dentro da Secretaria de Estado norte-americana,
elogia, neste sentido, a cooperação com os países africanos. "Um exemplo é a África do Sul, onde o governo e a sociedade
civil se empenham bastante, porque perceberam a influência que a epidemia tem sobre o país. Vemos isso também em outros
países, como Namíbia e Botswana", completa Von Zinkernagel.
O combate à Aids é também um combate constante contra o estigma e uma luta pelos direitos humanos em todos os lugares
do mundo. É sintomático que a conferência, de caráter bianual, só tenha voltado agora aos EUA, 22 anos depois da última ter
sido realizada no país, pois em 2009, o presidente Barack Obama aboliu a proibição de entrada no país de infectados com o
HIV. Obama não participará, contudo, da conferência, na qual estará presente a secretária de Estado Hillary Clinton.
Autora: Christina Bergmann (sv)
Revisão: Marcio Damasceno
O TEMPO - MG | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Público LGBT lota ruas da capital
Parada Gay.Com 15 anos de realização, evento deste ano teve "Parabéns pra você" e valsa na praça da Estação Organização
diz que público chegou a 60 mil; PM informou que foi a metade Lésbicas, gays, bissexuais, Transexuais, Travestis e
simpatizantes lotaram a praça da Estação, no centro da capital, ontem, para mostrar à sociedade com alegria e sem pudor sua
orientação sexual. Com direito a valsa, a Parada Orgulho LGBT de Belo Horizonte chegou à sua 15ª edição defendendo a
diversidade sexual e o fim da homofobia. Os organizadores calcularam que 60 mil pessoas estiveram no evento. Já a PM
informou que o público não passou de 30 mil. Depois de ficar concentrada por quase sete horas, a multidão, levando as cores
do arco-íris, símbolo do orgulho gay, subiu a rua da Bahia, em direção à rua Professor Moraes, na Savassi, ponto final da festa.
Quatro trios elétricos com muita música eletrônica "puxaram" o público. Em um palco na praça da Estação, houve
apresentações de transformistas e de bandas de músicas. Na concentração, os participantes cantaram o "Parabéns pra você",
pelos 15 anos do evento, e dançaram a valsa. "Um evento que começou marginalizado, hoje está consolidado em Belo
Horizonte e tem um caráter popular. As pessoas são livres para vestir e ser como querem", destacou o diretor do Centro de
Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), Carlos Magno. O cabeleireiro Kyara Kislansky, 25, era um dos
milhares de gays que não economizaram no visual. "Aqui a gente pode colocar a fantasia e a alegria de ser gay para fora, sem
medo", disse ele, vencedor do Miss Gay Belo Horizonte em 2011. Pessoas de vários lugares do país também prestigiaram a
festa. Os amigos Cristiano Dantas, 35, e André Lopes, 29, viajaram de Brasília só para conhecer o evento na cidade. "Ficamos
impressionados com a adesão da população. Em Brasília, a parada gay não reúne tanta gente", disse Dantas. Quem não é
homossexual participou da festa para apoiar a causa. A dona de casa Lucilene Campos, 36, levou suas duas filhas e o marido
pela segunda vez. "É um Carnaval sem brigas e por uma causa muito justa. Somos contra o preconceito".
O TEMPO - MG | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Núcleo monitora manifestações de homofobia
Além da onda de agressões contra mulheres de relações homoafetivas, o NAC tem registros também de ataques de ódio
contra o público LGBT no Estado. Um dos casos tem ocorrido na capital, contra Travestis que atuam na avenida Pedro II, na
região Noroeste da capital. "Tem um usuário de ônibus que sempre passa por ali à noite e atira pedra nos Travestis. Já teve
gente ferida", conta a coordenadora do núcleo, Ellen Carvalho.
Outro caso de intolerância foi registrado em maio último em uma empresa de distribuição de alimentos de Contagem, na região
metropolitana. O conferente de produtos R.S.B, 25, que é gay assumido, encontrou o armário e o banheiro pichados com
ofensas. "Chamei a polícia e registrei tudo. Depois que a empresa promoveu ações de conscientização contra o preconceito, o
clima melhorou", conta.
Funcionário de um shopping, em Venda Nova, na capital, o travesti Estefane Rodrigues também diz estar enfrentando o
preconceito de clientes e lojistas, que não aceitam que ele use o banheiro feminino. "Isso é ofensa. No banheiro masculino eu
corro o risco de apanhar". (LC)
O TEMPO - MG | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Lésbicas recorrem à Maria da Penha contra agressões
Violência.Núcleo de atendimento ao público registra aumento do número de pedidos por medidas protetivas Entre maio e
junho, unidade da capital recebeu cinco solicitações semelhantes O Núcleo de Atendimento e Cidadania LGBT (NAC) da
Polícia Civil, que há nove meses trabalha em defesa do público de lésbicas, gays, bissexuais, Travestis e Transexuais, vem
observando um novo perfil de denúncias de violência. São mulheres de relações homoafetivas agredidas por suas parceiras
que recorrem à Lei Maria da Penha em busca de proteção. Os casos começaram a aparecer neste ano e se intensificaram nos
últimos dois meses, com pelo menos um registro por semana. A coordenadora do NAC e psicóloga, Ellen Carvalho, ainda não
tem estatísticas fechadas, mas diz que o fenômeno tem chamado a atenção. Só folheando o caderno de ocorrências, ela
encontrou pelo menos cinco denúncias apenas entre maio e junho deste ano. "As mulheres procuram o núcleo com medo de
suas companheiras. Nesse caso, elas têm direito às medidas protetivas da Lei Maria da Penha". O assessor jurídico do
Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Ronner Botelho, explica que a Lei 11.340/2006 (Maria da Penha), em seu
artigo 5º, parágrafo único, prevê que as relações pessoais contempladas na legislação "independem de orientação sexual".
"Logo, suas determinações se aplicam aos relacionamentos de pessoas do mesmo sexo", completa Botelho. Entre as medidas
protetivas disponíveis, estão o afastamento imediato da agressora da casa onde vive o casal e a proibição de qualquer contato
entre as partes. A contadora autônoma Sofia (nome fictício), 35, foi beneficiada, há uma semana, com as medidas previstas na
lei. Ela procurou o NAC no começo de julho, após sofrer a segunda agressão da ex-companheira, com quem morou por dois
anos. "Na primeira vez, quando terminamos, eu apanhei muito, mas não fiz denúncia para preservar minha família", conta. Na
última ocasião, Sofia saía de um bar na capital com uma amiga quando as duas foram surpreendidas por socos e puxões de
cabelo dados pela antiga companheira da contadora. Sinais. Segundo Sofia, as manifestações de violência por parte da exparceira foram aparecendo ao longo do namoro. "Ela era ciumenta e possessiva e fazia agressões verbais. Além disso, havia
muita insegurança e baixa autoestima. Ela sempre se achava inferior a mim na beleza", relata. Ellen Carvalho explica que há,
no universo homoafetivo, uma busca perigosa pela identidade de gênero. "No casal de lésbicas, é comum uma delas assumir a
posição de 'homem' da relação, com comportamentos machistas, e a outra ser obrigada a se sujeitar às mais diversas
imposições", declara. Há casos em que a mulher fica impedida de trabalhar ou sair de casa sem a parceira, assim como
acontece com casais heterossexuais, que vivenciam essa hierarquia de gênero. "É o universo homoafetivo adotando normas
antigas de relacionamento", completa a psicóloga. Para farmacêutica e bioquímica cearense Maria da Penha Fernandes, que
deu nome à lei, as mulheres, independentemente de sua orientação sexual, não devem se sujeitar a esse tipo de pressão
psicológica. "Controlar a vida ou a roupa que se veste já basta para caracterizar violência e virar denúncia", explica.
PIONEIRO - RS | GERAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
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Otimismo pelo fim da pandemia de Aids
Washington - A possibilidade de pôr fim à pandemia de Aids graças a um arsenal de novos tratamentos é uma luz no fim do
túnel para autoridades e pesquisadores, reunidos desde ontem na Conferência Internacional sobre a doença.
Mesmo sem falar em cura da doença, o otimismo se deve aos recentes resultados de Antirretrovirais, que reduzem
fortemente o risco de transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlam o vírus das que estão infectadas pela Aids.
Estima-se que 34 milhões de pessoas vivam com Aids no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas morreram desde o início
da doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8 milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
TRIBUNA IMPRESSA - SP | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir
da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias.
ZERO HORA - RS | GERAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Veja a matéria no site de origem
SUS dará remédio de alto custo para câncer
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
Ocâncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e 25%
das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias.
- Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. Essa é uma medicação essencial para as pacientes que
são positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases - afirmou o mastologista
Waldemir Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei.
ZERO HORA - RS | GERAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Na mira do tráfico e da prostituição
Máfias distintas, comandadas de São Paulo e Buenos Aires, aliciam para atividades clandestinas imigrantes que passam pelo
município gaúcho de Uruguaiana e por Paso de los Libres, na Argentina, à procura de trabalho
A mais importante ligação econômica do Mercosul, na fronteira oeste gaúcha, virou corredor do crime organizado sob o
controle de quadrilhas internacionais de tráfico de pessoas. Indícios apontam que imigrantes ilegais vindos do outro lado do
mundo para tentar a sorte no Brasil e na Argentina e que passam por Uruguaiana e Paso de los Libres estão sendo aliciados
para atividades clandestinas em algum ponto entre Buenos Aires e São Paulo. Nas duas cidades estariam os comandos
dessas quadrilhas.
Essa seria uma das razões para a surpreendente invasão de forasteiros nas duas cidades da fronteira, fazendo prosperar
redes de coiotes, responsáveis pela travessia ilegal dos estrangeiros de um país a outro, sobre a ponte internacional ou pelas
águas do Rio Uruguai.
Embora a maioria das respostas para esse fenômeno ainda seja desconhecida, suspeitas levam a acreditar que o movimento
de estrangeiros ilegais na fronteira é coordenado por duas máfias distintas. Uma exploraria a Prostituição de jovens asiáticas
e outra usaria africanos como mulas para o tráfico de cocaína e para o contrabando. Parte deles se faz passar por vendedores
de bijuterias.
Desde março, quando o movimento migratório irregular se intensificou, em média 10 estrangeiros por mês são impedidos de
ingressar ou mandados embora do Brasil pela Polícia Federal (PF) em Uruguaiana. Mas o número de imigrantes ilegais pode
ser bem maior.
- A gente vê que são uns 10, 12 por dia, indo e voltando da Argentina - diz um taxista de Uruguaiana, que não se identificou.
Nos últimos cinco meses, em Paso de los Libres, a Gendarmeria (responsável pelo controle de fronteiras da Argentina) já
flagrou 80 imigrantes ilegais vindo do Quênia, do Senegal, da Nigéria, de Burkina Faso, de Marrocos e da China. Há suspeitas
de que fariam tráfico de pedras preciosas e diamantes introduzidos no corpo.
- Já escutamos isso, mas nada foi comprovado. É um dilema para nós. Alegam que vendem semijoias, mas isso não rende
muito e andam com boas quantias de dinheiro - afirma o comissário-inspetor Ricardo Barboza, chefe regional da polícia na
cidade.
No mês passado, um nigeriano teve roubados US$ 10 mil (cerca de RS 20.230). Na sexta-feira, dois senegaleses, com
documentação em dia, foram vítimas de assaltante e perderam R$ 2,5 mil em pesos (cerca de R$ 1.250).
Cocaína lançada na Argentina é repassada depois ao Brasil
Outros dois homens vindos do Senegal e da Nigéria foram presos recentemente em Passo de los Libres carregando, cada um,
cerca de três quilos de cocaína. Um outro africano abandonou uma mochila com documentos e quatro quilos de cocaína ao ser
parado na ponte.
- Eles não têm trabalho, não têm profissão, não sabem ler e como têm dinheiro para contratar advogados? - espanta-se Maria
Eugenia Esquivel, secretária da Justiça Federal na cidade.
Desde a entrada em vigor no Brasil da Lei do Abate, em 2004, que permite a derrubada a tiros de aviões que transportam
drogas sobre o espaço aéreo brasileiro, fardos de cocaína costumam ser arremessados no lado argentino da fronteira para
depois chegarem ao Brasil.
[email protected]
JOSÉ LUÍS COSTA | Uruguaiana
VEJA | ARTES E ESPETÁCULOS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
A sombra das raparigas em flor
As protagonistas de Girls são jovens às voltas com as dores do crescimento na Nova York em crise. É um retrato geracional
mais honesto e realista que o do antecessor Sex and the City
MARCELO MARTHE
Hannah Horvath (Lena Dunham) queria ser Carrie Bradshaw. Assim como a personagem de Sarah Jessica Parker em Sex and
the City exibida entre 1998 e 2004, a heroína da série Girls (que estreia no país nesta segunda-feira, no canal pago HBO)
busca o sucesso como escritora em Nova York. Mas morrem aí as semelhanças entre ambas. Hannah tem 20 e poucos anos,
enquanto Carrie já havia virado os 30 (e terminaria a série as portas dos 40). Com 7 quilos a mais do que gostaria ela não tem
o corpinho esguio da antecessora. A distância que a separa do sucesso profissional da escritora retratada em Sex and the City,
então, é drástica. Interiorana que divide uma residência modesta com uma amiga na cidade, Hannah aceita trabalhar como
estagiária sem salário em uma editora, na ilusão de que isso poderá ser o trampolim para seu vago projeto de uma carreira
literária. E ela está longe de achar um tigrão como Mr. Big, o eterno amante de Carrie. Hannah conta tão somente com os
préstimos de Adam (Adam Driver), um bobalhão interessado apenas em aliviar as inesgotáveis pulsões eróticas nas curvas
portentosas da moça. Adam comete grosserias inomináveis, como dar tapinhas na barriga da namorada e sugerir que ela
emagreça. O contraste com a vida de glamour de Carrie e sua trupe (veja o quadro na página seguinte) se elucida de vez
quando Hannah é informada pelos pais de que sua mesada será cortada. Ela tenta argumentar. suplicante: "Por favor, me
deem mais tempo. Tenho boas razões para crer que serei a voz de minha geração".
A afirmação expõe quanto há de patético na paradoxal mistura de pretensão oca com ausência de ambição na protagonista. A
mesma conjunção infeliz é compartilhada por suas amigas: a bonitinha mas nervosa Marnie (Allison Williams), a estouvada
Jessa (Jemima Kirke) e a virgem neurótica Shoshanna (Zosia mamei, filha do dramaturgo e cineasta David mamei). Retrato
impiedoso e acurado de uma parcela expressiva das mulheres jovens de hoje. Girls revelase, afinal, um seriado mais honesto e, em que pese a imaturidade das personagens, adulto - que a infantilizada visão sobre as balzaquianas da virada dos anos
2000 oferecida por Sex and the City. Impressiona verificar nos créditos que a criadora, produtora, diretora e atriz principal de
Girls esteja no olho do mesmo furacão etário. Aos 26 anos. Lena Dunham despontou como idealizadora e estrela de vídeos
amadores e séries para a internet. Em 2010, fez sua estreia como diretora de longa-metragem com Tiny Furniture ("mobília
minúscula"), outro retrato da chamada geração Y, como se rotula o pessoal que nasceu entre o início dos anos 80 e meados
dos 90. O Zeitgeist tem seu peso na diferença colossal entre o mundo de Hannah e o de Carrie. Assim como as suas contra
partes do mundo real, as protagonistas de Girls têm à frente um futuro dificultado e apequenado pela recessão econômica
(levantamentos recentes mostram que um quarto dos jovens americanos entre 18 e 34 anos teve de voltar para a casa dos
pais, o que lá é considerado humilhação suprema; e a situação anda tão feia que mais de 40% dos recém-formados em cursos
universitários que conseguiram emprego estão em postos que não requerem esse tipo de instrução - viraram garçonetes,
valetes e assemelhados). Mas, apesar de terem menos idade e dinheiro, elas revelam mais potencial para evoluir rumo à
maturidade plena do que as Barbies tardias de Sex.
A passagem para a vida adulta, porém, é assolada por ansiedades neuróticas, todas de grande efeito cômico. A obsessão de
Marnie por se relacionar com alguém que preencha suas expectativas narcisistas joga a jovem nos braços (bem, não exata
meme nos braços) de um roqueiro de estilo coxinha, que compartilha com ela o gosto por certo brinquedo de alcova, enquanto
Shoshanna é
tão fixada em sua virgindade que repele qualquer pretendente disposto a iniciá la. As cenas de sexo são uma espécie de
resumo geracional; premidas pela urgência de afirmar para os outros e para si mesmas que possuem, sim, uma vida afetiva, as
personagens se jogam na cama de forma afoita - e frustrante.
O talento de Lena Dunham se comprova no modo como ela equilibra o humor ácido com um olhar generoso sobre suas
meninas - em particular, sobre a personagem que ela mesma interpreta. Na Nova York anti climática de Girls, Hannah vai, aos
trancos, virando uma mulher mais interessante do que a peruíssima Carrie Bradshaw jamais foi. Lena Dunham já foi chamada
de Woody Allen de saias. E tem chances de ser, de fato, a voz de sua geração.
Mulherzinhas versus meninonas
Enquanto a infantilidade dava o tom das personagens maduras de Sex and the City, exibida entre 1998 e 2004, sua sucessora
Girls investe numa abordagem desencantada - e mais honesta - da geração feminina na casa dos 20 anos
Sex and the City
O momento
Na virada dos anos 2000, os Estados Unidos viviam a euforia pré-estouro da bolha do setor imobiliário. As quatro amigas entre
30 e 40 anos eram a imagem da afluência econômica desmiolada: belas e bem vestidas, só circulavam pelas altas-rodas e
deslumbravam-se com roupas e sapatos de grife
A carreira
Lança um olhar edulcorado sobre a vida profissional das mulheres. O sucesso é dado a elas de barato, ainda que só falem e
pensem futilidades: a heroína canhe Bradshaw (Sarah Jessica Parker) é uma escritora badalada, Samantha (Kim Cattrall) atua
como uma poderosa relações-públicas, Miranda (Cynthia Nixon) é uma advogada bem-sucedida e Charlotte (Kristin Davis)
dirige uma galeria de arte
O amor
Do romantismo boboca de Charlotte à Sexualidade liberadíssima de Samantha, passando pelas idas e vindas na relação entre
Carrie e seu amado Mr. Big, o que se extraía da série era uma visão regressiva do comportamento feminino. Embora fossem
modemetes na aparência, no fundo elas dependiam da aprovação dos homens para se autoafirmar
Girls
O momento
Hannah (Lena Dunham) e suas amigas - todas na faixa dos 20 anos e nem sempre protótipos de beleza ou de elegância - vão
morar em Nova York na Husão de levar uma vida de glamour como a das balzaquianas de Sex and the City. Mas, com a crise
econômica, tém de enfrentar a transição para a vida adulta na pindaíba
A carreira
A realização profissional é um sonho fugidio. Enquanto engatinha na carreira de escritora, Hannah arranja empregos como o
de estagiária não remunerada numa editora e entra em pânico quando os pais cortam sua mesada. As colegas não se saem
melhor: Marnie (Allison Williams) é recepcionista de uma galeria e Jessa (Jemima Kirke) se vira como babá
O amor
Na ânsia de encontrarem o prazer e de preencherem necessidades afetivas, as meninas vão com tanta sede ao pote que o
sexo acaba sendo mecânico e equivocado. A série capta com ironia, aliás, quanto o sexo entre seres humanos "normais" como a gordinha Hannah e seu namorado - pode ser anti climático. Ou mesmo insosso: as amigas Marnie e Jessa já se
beijaram, sem nenhum fiapo de desejo, só para fugir do assédio de um coroa
VEJA | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
Roleta-russa
Indicação preventiva de remédio antiaids liberado nos Estados Unidos pode ter efeito contrário ao estimular comportamento
sexual irresponsável
Adriana Dias Lopes
Na semana passada, o antirretroviral Truvada foi liberado pela FDA, o órgão responsável pela regulamentação de
medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, para a prevenção do vírus da Aids, o HIV. O aval é para pessoas saudáveis
que pertencem a grupos de altíssimo risco de contaminação, como usuários de drogas injetáveis ou pessoas que têm parceiros
contaminados. A medida representa um avanço no controle dessa infecção que já matou 25 milhões de pessoas no mundo nos
últimos trinta anos. Mas ela foi recebida com cautela por muitos infectologistas. Isso porque, apesar de a autorização ter sido
restrita, os médicos temem que o medicamento seja utilizado de forma indiscriminada, como o principal método para se
proteger da Aids. "A indicação estimula comportamentos desajuizados, por dar uma falsa impressão de total proteção", diz o
infectologista Paulo Olzon, professor de clínica médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Um dos principais temores apontados pelos especialistas diz respeito à própria eficácia do remédio. Quando usado
preventivamente, o Truvada reduz o risco de infecção em cerca de 70%. "O índice é bom, mas está longe de resolver o
problema", diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. O HIV é extremamente
resistente à imunização. A começar por seu mecanismo de ação. O vírus tem como primeiro alvo no organismo os linfócitos
CD4, as principais células de defesa do sistema imunológico. Ele entra nos linfócitos CD4 de forma tão veloz e se multiplica tão
rapidamente que o corpo não consegue produzir anticorpos eficientes. O Truvada age antes mesmo da infecção, impedindo a
entrada do vírus no DNA das células CD4. Mas aqui surge um novo problema, que explica por que a eficácia do medicamento
é de 70% e não 100%. Há pelo menos 500 subtipos de HIV identificados na medicina, sendo que uma mesma pessoa pode se
infectar por mais de um deles. Cerca de 10% das variantes, justamente as mais prevalentes, são resistentes à ação desse tipo
de medicamento. O Truvada está disponível nos Estados Unidos para o tratamento de pessoas infectadas desde 2004. Basta a
apresentação de uma receita médica, com nome e RG do paciente, para comprar o remédio. No Brasil, só as importadoras de
produtos de saúde o vendem. O preço é de cerca de 1500 dólares (aproximadamente 3000 reais) a caixa, que dura um mês.
Em toda a história da medicina, são poucos os casos em que o tratamento de uma doença tenha progredido tanto quanto o da
Aids. No início da década de 80, quando não havia os Antirretrovirais, a presença do HIV no organismo representava uma
sentença de morte praticamente imediata. Entre o diagnóstico e a fase terminal, transcorriam cerca de cinco meses. Em 1986,
com a chegada ao mercado do primeiro remédio antiaids, o AZT, os pacientes com Aids passaram a viver um pouco mais de
um ano. Já no fim dos anos 1990, com a criação do coquetel antiaids, composto de pelo menos três tipos de medicamento
antirretroviral, foi possível prolongar, com qualidade, a vida dos doentes por tempo indeterminado. Mas, se as mudanças na
área dos tratamentos são indiscutíveis, a prevenção ainda deixa muito a desejar. A cada ano, cerca de 2,5 milhões de pessoas
se infectam com o vírus da Aids - 35 000 delas no Brasil, um número equivalente aos casos de câncer de intestino. Nesse
cenário, o Truvada, claro, pode ser um bom aliado. Entretanto, como acertadamente determinou a FDA, seu uso tem de ser
limitado àqueles para os quais o risco de contágio é iminente.
ISTO É | MEDICINA & BEM ESTAR
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
Golpe certeiro contra a Aids
A liberação da venda do primeiro remédio para prevenir a infecção pelo HIV abre uma nova fronteira para frear a expansão da
epidemia
Cilene Pereira, Mônica Tarantino e Monique Oliveira
Na semana passada, o governo dos Estados Unidos deu um passo inédito na escolha de novas armas para conter o HIV, vírus
que causa a Aids. Na terça-feira 17, a agência americana que regula medicamentos, o FDA, autorizou, pela primeira vez, a
venda de um medicamento para ser tomado de forma regular e continuada por pessoas saudáveis para protegê-las da
infecção pelo vírus. O remédio, que se chama Truvada, acondiciona na mesma cápsula azul duas substâncias já usadas contra
o HIV, o tenofovir e a emtricitabina.
De acordo com o FDA, a droga pode ser receitada a indivíduos altamente vulneráveis ao risco de contrair o HIV por meio de
atividade sexual. Pela ampla definição do órgão americano, portanto, estão incluídos trabalhadores do sexo, heterossexuais e
homossexuais que têm múltiplos parceiros e companheiro não contaminado em casais nos quais um deles é soropositivo
(chamados de casais discordantes). Nos casos em que a seguradora de saúde não assumir o pagamento do remédio, o
interessado em tomá-lo precisará desembolsar cerca de US$ 12 mil por ano.
PREVENÇÃO
O publicitário Danilo participou dos testes com o Truvada no Brasil
Fabricado pelo laboratório Gilead Sciences, na Califórnia, o Truvada já é usado em 93 países como um dos componentes do
coquetel de medicamentos dado aos pacientes. A decisão de disponibilizá-lo a pessoas não infectadas foi tomada com base
nas conclusões de quatro testes internacionais. O primeiro desses estudos, cujos resultados foram publicados em 2010 pelo
"The New England Journal of Medicine" - prestigiada publicação científica -, avaliou o desempenho da medicação entre 2.499
homens que fazem sexo com homens, distribuídos em seis países. O estudo teve a participação de 11 instituições de
pesquisa. Entre elas a Unidade de Pesquisa Clínica de São Paulo, ligada à Universidade de São Paulo. O publicitário
paulistano Danilo Poveza, 31 anos, foi um dos recrutados. "Achei importante participar", conta. Homossexual e soronegativo,
Danilo tomou a medicação todos os dias por um ano.
Nesse trabalho, ficou demonstrado que o nível de proteção oferecido pela droga variou de 43% a 73%. Outros dois estudos
mostraram níveis de proteção similares. O quarto, realizado com mulheres no continente africano, foi interrompido por causa
dos resultados ruins e da baixíssima adesão ao tratamento. Os trabalhos foram feitos de forma independente do fabricante do
remédio. Receberam patrocínio de entidades como a Fundação Bill e Melinda Gates e do Instituto Nacional de Saúde dos
Estados Unidos.
RISCOS
Rosenthal teme a falsa sensação de segurança que a droga pode dar. Kallás (abaixo)
foi um dos coordenadores do trabalho sobre a nova medicação feito no Brasil
A decisão americana causou impacto. As autoridades da saúde da França, por exemplo, pretendem aguardar novos estudos
antes de adotar a estratégia. No Brasil, onde o remédio está aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas nem
sequer integra o coquetel distribuído na rede pública, a posição do governo foi de cautela. "Mesmo que três estudos tenham
mostrado bons resultados em populações expostas a alto risco de infecção pelo HIV, ainda há muitas incertezas quanto à sua
utilização na vida real", disse o infectologista Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do
Ministério da Saúde. Isso quer dizer, portanto, que por aqui ainda não se sabe se o Truvada será oferecido, seja como
tratamento, seja como preventivo.
Até agora, o que existia para conter o vírus era aplicado depois que a pessoa já havia tido contato com ele. Nesses casos, o
indivíduo tem até 72 horas após ter se exposto ao risco para começar a receber o coquetel com medicações contra o vírus - o
mesmo usado pelos pacientes. Os remédios devem ser tomados por quatro semanas. Por isso, entre os médicos e outros
profissionais que atuam no combate à doença, é consenso que, do ponto de vista científico, a aprovação do Truvada como
recurso de prevenção deve ser comemorada. "Ele amplia os recursos para prevenir a disseminação do HIV", afirmou o
infectologista Esper Kallás, da Universidade de São Paulo. O médico participou do primeiro estudo com o remédio e agora está
concluindo novas análises sobre sua ação. "Estamos observando que os voluntários do estudo que apresentavam quantidade
do remédio detectável no sangue, o que significa que tomavam a medicação corretamente, chegaram a ter até 93% de
proteção."
ATIVISMO
Nunes Neto acredita que o remédio vai beneficiar
casais em que um dos parceiros é soropositivo
Na opinião de Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde, a profilaxia préexposição é um enfoque promissor. "Acreditamos que, provavelmente, seja um instrumento de intervenção a grupos nos quais
outras prevenções podem não ser acessíveis ou difíceis de implementar", disse. Segundo o infectologista Artur Timerman, do
Hospital Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, o medicamento pode ser um bom protetor, por exemplo, para usuários de
drogas injetáveis. "Eles integram um grupo de extrema vulnerabilidade à contaminação pelo HIV", diz. O ativista Américo
Nunes Neto, fundador do Instituto Vida Nova, que atende soropositivos em São Paulo, por sua vez, acredita que o remédio
pode ser um bom recurso para os casais nos quais um dos parceiros está contaminado. "Temos muitos casais nessas
condições", afirma. A assistente de responsabilidade social Silvia Almeida, orientadora de mulheres portadoras no Grupo de
Incentivo à Vida, compartilha a mesma opinião. "Há muita gente que não se sente segura nem usando a Camisinha", diz.
"Dependendo da compreensão do casal, pode haver uma combinação dos dois."
Uma das principais preocupações entre os especialistas, no entanto, é a de que a liberação do Truvada como remédio
preventivo seja a senha para um relaxamento na prevenção. "As pessoas podem se sentir ilusoriamente protegidas e deixar de
usar a Camisinha", afirma Timerman. "E os grupos para os quais o remédio é indicado com essa finalidade já são
normalmente refratários à utilização do Preservativo." O infectologista Caio Rosenthal, do Instituto de Infectologia Emilio
Ribas, de São Paulo, trata pacientes com Aids há mais de 15 anos. Ele considera a droga um bom instrumento, mas concorda
com o colega Timerman. "O remédio pode dar uma falsa sensação de segurança", diz. "Sou a favor da liberação desse tipo de
medicamento para casais discordantes que estejam em relações estáveis", defende.
Além disso, há outras ponderações. "O Truvada ou a associação de tenofovir com emtricitabina, uma combinação que está
disponível no Brasil há um bom tempo e tem efeito igual, não é um mar de rosas. O bom resultado depende do
comprometimento em tomar o remédio todos os dias, pois não pode haver falhas, e de suportar os efeitos colaterais", explica o
infectologista Rosenthal. Entre os efeitos estão náuseas e o risco de desenvolvimento de osteoporose (doença caracterizada
pelo enfraquecimento dos ossos). Existe também a possibilidade de o mau uso levar à criação de resistência a um dos
componentes do remédio. "Mas os resultados dos estudos feitos até agora mostraram que a ocorrência de resistência é rara",
afirma Kallás.
O consenso é que o Truvada deve ser entendido - e usado - como uma arma de prevenção de fato poderosa, mas que integra
um arsenal mais amplo criado com essa finalidade. "Ele inclui outras medidas, como a prática do sexo seguro", diz o
pesquisador Kallás. É por essa razão que todas as iniciativas não medicamentosas adotadas até hoje precisam ser mantidas e
aprimoradas. "A base para a prevenção é o diálogo dirigido para cada grupo e o uso do Preservativo", argumenta Zarifa
Khoury, coordenadora da Assistência do Programa Municipal de DST/Aids da cidade de São Paulo.
Na área de tratamentos, a comunidade científica teve outro motivo para festejar na semana passada. Pesquisadores do The
Scripps Research Institute, dos Estados Unidos, anunciaram a descoberta de um composto que, em laboratório, praticamente
eliminou a presença do HIV de dentro das células. A façanha foi registrada inclusive nas células extraídas dos chamados
reservatórios, locais nos quais as medicações costumam não ter efeito, o que inviabiliza, hoje, a eliminação total do vírus do
corpo. "O composto teve ação sobre essas células nas quais o HIV se esconde", afirmou Susana Valente, coordenadora do
trabalho.
Foram notícias como essas que aumentaram o otimismo dos principais pesquisadores de Aids do mundo, reunidos também ao
longo da semana passada em Washington, nos Estados Unidos, em um encontro sobre a doença - que ainda atinge 34,2
milhões de pessoas no planeta e que provoca a morte de cerca de dois milhões de indivíduos por ano. Um dos mais famosos,
o infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, por
exemplo, fez uma previsão fabulosa. "Se todos os recursos que temos hoje forem disponibilizados amplamente para quem
precisa, pode ser possível que tenhamos uma geração livre da Aids", afirmou. "Isso significa que as crianças de hoje
poderiam, um dia, viver em um mundo no qual a infecção pelo HIV e as mortes por Aids sejam raras."
ISTO É | ESPECIAIS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
21/07/2012
100 atletas para ver em Londres - Parte 3
Iziane, Mayra Aguiar, Leandro Guilheiro, Anderson Varejão, Marílson dos Santos, Giba, Maurren Maggi, Cesar Cielo, Robert
Scheidt, Marta, Oscar, Alison/Emanuel, Diego Hypólito e mais 87 competidores... vão atrair os holofotes nos Jogos de Londres
Por Amauri Segalla, Mariana Barboza e Rodrigo Cardoso
51
Natação
Ryan Lochte (EUA)
Fome de medalha
O americano Ryan Lotche não quer entrar em briga fácil em Londres. Seu alvo é nada menos que Michael Phelps, o maior
nadador de todos os tempos. Classificado para disputar 11 provas olímpicas, Lochte está, aos 27 anos, em melhor fase do que
o rival (que foi superado por ele no Mundial do ano passado e nas seletivas americanas). Ele não quer repetir o erro de
Pequim, quando comeu tanto sanduíche do McDonald?s que perdeu a forma e a chance de faturar mais medalhas (mesmo
assim, levou para casa dois ouros e dois bronzes). Para Londres, contratou uma nutricionista.
Quando ver: 28 de julho: 6h e 15h30 / 29 de julho: 6h24 e 15h36 / 31 de julho: 7h45 e 16h46 / 1º de agosto: 6h39, 7h47, 15h48
e 16h37 / 2 de agosto: 15h46 e 16h15
52
Vela
Fernanda Oliveira/Ana Barbachan (Brasil)
Vento a favor
A gaúcha Fernanda Oliveira e a carioca Isabel Swan, antigas parceiras na classe 470, tornaram-se as primeiras brasileiras a
conquistar uma medalha na vela (bronze em Pequim-2008). Em sua quarta Olimpíada, Fernanda, 31 anos, terá desta vez a
companhia da conterrânea Ana Barbachan, 21 anos. Experiente, Fernanda chegou a competir nos Jogos de Atenas-2004, mas
estava em desvantagem em relação às adversárias. Enquanto as rivais utilizaram um barco do ano, a brasileira usou um de
segunda mão, fabricado em 1999. Para Londres, ela terá à disposição um veleiro novo em folha.
Quando ver: 3 a 8 de agosto: a partir das 8h / 10 de agosto: a partir das 9h
53
Judô
Rafaela Silva (Brasil)
Briga nos tatames
A carioca Rafaela Lopes Silva conheceu o judô na infância. De tanto aprontar nas ruas da Cidade de Deus, foi levada ao
treinador Geraldo Bernardes, do Instituto Reação, projeto social idealizado pelo ex-judoca Flávio Canto. Com apenas 20 anos,
ela provou, nos tatames, ser mesmo boa de briga. Atual vice-campeã mundial, já havia faturado o Mundial Júnior em 2008 e
desbancado Ketleyn Quadros (primeira brasileira a subir no pódio em uma Olimpíada) na disputa por uma vaga ao Pan de
Guadalajara. Rafaela é uma das favoritas na categoria até 57kg.
Quando ver: 30 de julho: a partir das 5h30
54
Hóquei sobre grama
Luciana Aymar (Argentina)
Fera dentro e fora de campo
Luciana Aymar (ou Lucha para os mais próximos) é a capitã das Leonas, apelido que tornou conhecida a seleção argentina
bicampeã mundial (2002 e 2010) de hóquei sobre grama. Em qualquer lugar que joguem, as Leonas chamam a atenção ? pela
competência e beleza das atletas. De todas as jogadoras, nenhuma é tão reverenciada quanto Luciana. Eleita sete vezes a
melhor jogadora do mundo, virou celebridade em seu país ao posar nua para um ensaio fotográfico. Tem 34 anos e será a
porta-bandeira da Argentina em Londres.
Quando ver: 29 e 31 de julho, 2, 4, 6, 8 e 10 de agosto: a partir das 4h30
55
Remo
Fabiana Beltrame (Brasil)
Desafiadora de tabus
A catarinense Fabiana Beltrame é craque em quebrar tabus. Em 2004, na Olimpíada de Atenas, se tornou a primeira remadora
brasileira a participar desse tipo de disputa. No ano passado, atingiu postos que nenhum remador do Brasil jamais alcançou: foi
campeã mundial e venceu uma prova da Copa do Mundo da modalidade. Problema: em todas essas conquistas, Fabiana, 30
anos, competiu na categoria skiff simples (para um único competidor), que não consta do programa olímpico. Em Londres, ela
dividirá o barco com Luana Bartholo, no skiff duplo.
Quando ver: 30 de julho: 6h20 / 31 de julho: 5h30 / 3 de agosto: 6h20
56
Nado sincronizado
Rússia
As rainhas da precisão
São impressionantes dez horas de treinos por dia, o que ajuda a explicar por que as russas são favoritas em Londres. O ritmo
intenso de exercícios é uma marca registrada da técnica Tatiana Pokrovskaya, espécie de lenda viva na Rússia, que assumiu a
seleção em 1998 e quebrou um antigo domínio dos Estados Unidos e Canadá nessa modalidade. Seja no dueto ou na equipe
de oito atletas, as russas chegam como campeãs mundiais. Destaque para Natalia Ishchenko, 26 anos, conhecida em seu país
como a ?rainha da graça e precisão?.
Quando ver: 9 e 10 de agosto: 11h
57
Futebol
Lucas Moura (Brasil)
Arrancada ao ouro
O camisa 7 do São Paulo começou a carreira no Corinthians, mas, aos 13 anos, deixou a escola de futebol do time alvinegro
para jogar no Tricolor. Com arrancadas velozes e drible fácil, virou titular do time aos 17 anos e, aos 18, foi convocado para a
Seleção. Destaque do pré-olímpico realizado no Peru e eleito pela Fifa, em 2011, uma das revelações do ano no mundo, é hoje
uma das peças-chave de Mano Menezes na tentativa de o Brasil ganhar sua primeira medalha de ouro olímpica no futebol.
Quando ver: Fase classificatória 26 de julho: 15h45 / 29 de julho: 11h / 1º de agosto: 10h30 / Fase final 4, 7, 10 e 11 de agosto
58
Basquete
Pau Gasol (Espanha)
Talento cirúrgico
Em 1991, quando soube que o astro do basquete Magic Johnson tinha Aids, Pau Gasol, um garoto espanhol de 11 anos,
decidiu que seria médico para ajudar o ídolo. Dotado de talento excepcional para as quadras, Gasol alimentou o sonho até a
faculdade, mas abandonou o curso para se dedicar ao basquete. Ala versátil, virou ídolo da NBA e faturou dois títulos na liga
profissional dos Estados Unidos pelo mesmo time que consagrou Johnson, o Los Angeles Lakers. Gasol foi prata com a
Espanha nos Jogos de Pequim e é um dos únicos jogadores que podem encarar as estrelas do Dream Team americano em
Londres.
Quando ver: 29 de julho: 12h45 / 31 de julho: 7h15 / 2 de agosto: 16h / 4 de agosto: 7h15 / 6 de agosto: 16h / Fase final: 8, 10
e 12 de agosto
59
Pentatlo moderno
Yane Marques (Brasil)
Polivante
Em um único dia, a pernambucana Yane Marques corre três quilômetros, salta
metros, joga 35 vezes na esgrima e acerta um total de 15 tiros em três alvos
modalidade olímpica que reúne as modalidades citadas acima, Yane chegou no
ranking mundial do esporte, a melhor colocação na história de uma sul-americana.
dez atletas que lutam por medalha.
de cavalo sobre 12 obstáculos, nada 200
distintos. Praticante do pentatlo moderno,
ano passado a ocupar o terceiro lugar no
Para Londres, ela figura no seleto grupo de
Quando ver: 12 de agosto: 4h, 8h35, 10h35 e 14h
60
Futebol
Érika dos Santos (Brasil)
Ela quebrou estigmas
Nos gramados, ela não é tão badalada quanto a craque Marta, mas fora deles costuma fazer muito mais barulho. Zagueira na
seleção e ex-atacante no time do Santos, Érika Cristina dos Santos ficou conhecida depois de fazer um ensaio fotográfico com
pouca roupa. Ela diz que fez isso para tirar o estigma de que as boleiras não são femininas ? e certamente alcançou seu
objetivo. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foi um dos destaques da seleção que conquistou a medalha de prata.
Quando ver: Fase classificatória 25 de julho: 14h45 / 28 de julho: 10h30 / 31 de julho: 15h45 / Fase final 3, 6 e 9 de agosto
61
Natação
Bruno Fratus (Brasil)
Ele já venceu Cielo
Seu cartão de visitas para o mundo da natação foi uma vitória, no ano passado, sobre o nadador mais rápido do planeta, o
compatriota Cesar Cielo, em uma prova disputada no Brasil. Aos 23 anos, o carioca Bruno fratus é dono da segunda melhor
marca do mundo nos 50 m livre ? além desta prova, disputará os 100 m em Londres. Revelação da natação nacional, Fratus
deixou São Paulo e passou a treinar no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio, por contar com o mesmo bloco de largada que
será utilizado na Olimpíada.
Quando ver: 31 de julho: 6h e 15h30 / 1º de agosto: 16h16 / 2 de agosto: 6h e 15h30 / 3 de agosto: 16h06
62
Luta greco-romana
Mijaín López (Cuba)
O abominável gigante
O apelido de Mijaín López revela como ele é temido pelos adversários. Chamado de o ?abominável gigante?, este cubano tem
120 quilos de puro músculo e chega a Londres, aos 29 anos, com o peso de defender o ouro olímpico conquistado em Pequim2008. Dono de quatro títulos mundiais ? o que faz dele um dos recordistas em conquistas na luta greco-romana ? López iniciou
a vida esportiva no beisebol, esporte tradicional na ilha dos irmãos Castro. Por influência do irmão, que praticava boxe,
enveredou para a luta. Esta será a sua terceira Olimpíada. Quando ver: 6 de agosto: 9h
63
Canoagem Slalom
Pavol e Peter Hochschorner (Eslováquia)
Sintonia fina
A ciência sempre se perguntou o que pode explicar a intensa relação entre irmãos gêmeos. Pois o entrosamento é a força da
dupla Pavol e Peter Hochschorner, que vai a Londres defender o tricampeonato olímpico na categoria C2 da canoagem slalom.
Filhos de um casal que colecionou títulos nesse esporte, os dois eslovacos não perdem uma prova oficial há quatro anos. Haja
sintonia: eles treinam juntos seis horas por dia e, nos períodos de competições, moram na mesma casa. Foram eleitos pelo
Comitê Olímpico Internacional uma das estrelas dos Jogos de Londres.
Quando ver: 30 de julho: a partir das 9h30 / 2 de agosto: a partir das 9h30 / 2 de agosto: a partir das 11h
64
Tênis
Maria Sharapova (Rússia)
Ela dá bandeira
Em Pequim-2008, uma lesão no ombro direito fez Maria Sharapova desistir de carregar a bandeira da Rússia na cerimônia de
abertura da Olimpíada. A contusão foi tão grave que a russa, hoje com 25 anos, só retornaria às competições no ano seguinte.
Ao triunfar em Roland-Garros, em 2012, ela completou o Carrer Slam, que ocorre quando um tenista vence os quatro principais
torneios do circuito mundial (além de Roland-Garros, Wimbledon, US Open e Australian Open). Só dez mulheres atingiram o
feito. Como recompensa, a musa do tênis mundial será a porta-bandeira da Rússia nos Jogos.
Quando ver: 28 de julho a 2 de agosto: a partir das 7h30) / 3 a 5 de agosto: a partir 8h
65
Vôlei de praia
Kerri Walsh (EUA)
Ela jamais perdeu na Olimpíada
Aos 33 anos, Kerri Walsh desembarca em Londres com um passaporte de respeito na modalidade. Bicampeã olímpica em
parceria com a também americana Misty May-Treanor, ela venceu os 14 jogos que disputou nas duas edições passadas,
ganhou 28 sets e não perdeu nenhum. Ou seja: kerri jamais foi derrotada no vôlei de praia olímpico (disputou a edição de
Sydney-2000, mas jogando pela seleção de quadra dos Estados Unidos). A dupla mais vitoriosa dessa modalidade retomou a
parceria em 2011, após se separar, entre outros motivos, para cada uma delas engravidar.
Quando ver: 28 de julho: 16h / 29, 30 e 31 de julho, 1º, 2, 3 e 4 de agosto: a partir das 5h / 5 de agosto: a partir das 14h / 7 de
agosto: a partir das 13h / 8 de agosto: 15h e 17h
66
Atletismo / 400 metros
Amantle Montsho (Botsuana)
A primeira vez a gente não esquece
De um dos países mais pobres do mundo a referência de recuperação econômica, Botsuana, no sul da África, jamais ganhou
uma medalha olímpica. Essa sina, alimentada por décadas de miséria, está prestes a ser quebrada. Amantle Montsho, 29
anos, ganhou o título mundial dos 400 metros em Daegu, no ano passado, e é favorita ao pódio em Londres. Nos Jogos de
Pequim, em 2008, Amantle terminou a prova em último lugar e caiu no choro. Não pela decepção do resultado, mas por ter
conseguido participar da competição depois de anos de sofrimento.
Quando ver: 3 de agosto: 8h / 4 de agosto: 16h05 / 5 de agosto: 17h10
67
Boxe
Katie Taylor (Irlanda)
Sangue indomável
A irlandesa Katie Taylor é a primeira celebridade do boxe feminino. Linda, foi eleita por uma publicação especializada uma das
dez atletas mais sensuais do planeta. E isso apesar de desferir golpes sem piedade. Atual bicampeã mundial na categoria
peso-leve, Katie, hoje com 26 anos, tem a luta no sangue: o pai, Peter, já defendeu o título de peso-pesado, enquanto a mãe
era juíza de boxe. Embora se dedique de corpo e alma ao ringue, a atleta ainda tem outra paixão: o futebol. Katie é atleta da
seleção feminina da Irlanda e uma das jogadoras de maior destaque do time. Quando ver: 5 de agosto: 10h30 / 6 de agosto:
10h30 / 8 de agosto: 10h / 9 de agosto: 12h45
68
Atletismo / Decatlo
Ashton Eaton (EUA)
O superatleta
Quantos atletas chegam a Londres credenciados por um recorde mundial que acabou de ser batido? Um dos poucos que
alcançaram a façanha é o americano Ashton Eaton, 24 anos, que no final de junho quebrou a marca do decatlo (modalidade
composta por dez provas diferentes do atletismo) durante as seletivas de seu país. Filho e neto de esportistas e irmão de um
soldado que serviu no Afeganistão, Eaton jogou futebol, basquete e praticou artes marciais antes de se tornar um decatleta.
Forte e resistente, é conhecido nos Estados Unidos como ?Super Eaton.?
Quando ver: 8 de agosto: 6h10, 7h10, 8h50, 14h e 17h30
69
Triatlo
Alistair Brownlee (Inglaterra)
Tendão rompido e desmaio
A seis meses do começo dos Jogos Olímpicos, a fera da modalidade, o inglês
Alistair Brownlee, corria contra outro adversário:
o tempo. Com uma ruptura
no tendão de aquiles e uma bota ortopédica no pé esquerdo, o bicampeão
mundial (2009 e 2011)
e europeu (2010 e 2011) não via a hora de ver os pés
novamente trabalhando sobre o chão, no pedal da bicicleta e no mar.
No final
de junho, ele retornou às competições em alto estilo, vencendo uma etapa da
Copa do Mundo. Brownlee tem um
passado de problemas médicos. Em 2010, desmaiou durante uma prova e só
foi acordar 30 minutos depois, em um hospital.
Quando ver: 7 de Agosto: 7h30
70
Natação
Kosuke Kitajima (Japão)
Míssil nas águas
Foguete de bolso. Assim o nadador japonês Kosuke Kitajima, 29 anos e 1,73 m, é chamado pelos compatriotas. Kitajima, ouro
nos 100 e 200 m peito nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e Pequim-2008, chega a Londres atrás de uma marca histórica.
Nenhum homem conquistou três ouros em provas individuais em olimpíadas diferentes. Único a nadar os 100 m peito abaixo
de 59 segundos, está gabaritado para o feito. Não à toa, foi eleito recentemente um dos atletas japoneses do século.
Quando ver: 28 de julho: 7h52 e 16h30 / 29 de julho: 16h08 / 31 de julho: 6h17 e 16h47 / 1º de agosto: 15h30
71
Vôlei de praia
Juliana e Larissa (Brasil)
Areia é a praia delas
A dupla brasileira começa a caminhada rumo ao ouro olímpico com uma credencial de respeito. Em 2011, a santista Juliana da
Silva, 28 anos, e a catarinense Larissa França, 30, venceram os circuitos brasileiro e mundial, os Jogos Pan americanos e o
campeonato mundial. Neste último, desbancaram na final as bicampeãs olímpicas, as americanas Kerri Walsh e Misty MayTreanor. Juliana torce por melhor sorte nos Jogos de Londres. Pouco antes da Olimpíada de Pequim, ela lesionou o ligamento
do joelho direito e precisou ser substituída por Ana Paula.
Quando ver: 28 de julho: 16h / 29, 30 e 31 de julho, 1º, 2, 3 e 4 de agosto: a partir das 5h / 5 de agosto: a partir das 14h / 7 de
agosto: a partir das 13h / 8 de agosto: 15h e 17h
72
Natação
James Magnussen (Austrália)
O maior rival de Cielo
Ele está destronando o brasileiro Cesar Cielo da prova dos 100 m livre. James Magnussen, 21 anos, detém o melhor tempo do
mundo sem os trajes tecnológicos, foi campeão mundial em Xangai, no ano passado, e lidera o atual ranking da prova.
Magnussen é um dos 25 nadadores que receberam da federação australiana um monitor de sono. Os dados que constam na
pesquisa, como ritmo de respiração, movimentos dos atletas durante a noite e tempo de descanso, são analisados para
possíveis ajustes na rotina dos competidores.
Quando ver: 31 de julho: 6h e 15h30 / 2 de agosto: 16h16
73
Vela
Ricardo Winick (Brasil)
Para não bater na trave
Bimba, como o velejador carioca Ricardo Winick Santos é conhecido, possui no currículo três campeonatos sul-americanos e
um mundial. Em Jogos Olímpicos, a medalha sempre bateu na trave. O caso mais dramático se deu em Atenas-2004. Bastava
o 16º lugar na última regata para que faturasse o bronze. Ele ficou em 17º. O atleta de 32 anos, da classe RS:X, apoia-se na
estrutura inédita que cerca a modalidade. Segundo ele, pela primeira vez em 20 anos de carreira contará com uma equipe de
apoio completa, incluindo fisioterapeuta, preparador físico e psicólogo.
Quando ver: 31 de julho a 5 agosto: 8h / 7 de agosto: 9h
74
Atletismo / 100 metros
Carmelita Jeter (EUA)
A mais rápida da história?
Há quem diga que a americana Carmelita Jeter é a mulher mais rápida da história. O recorde mundial dos 100 m (10.49
segundos) pertence a Florence Grifftith-Joyner, mas muitos especialistas suspeitam que a marca tenha sido alcançada graças
ao doping. Flo-Jo, como era conhecida, morreu em circunstâncias estranhas (depois de um ataque de epilepsia) em 1998 e,
desde então, quem chegou mais perto de seu recorde foi Carmelita Jeter. Em 2009, marcou 10.64 segundos, tempo que, se for
repetido, deve assegurar o ouro em Londres.
Quando ver: 3 de agosto: 6h40 e 15h05 / 4 de agosto: 15h35 e 17h55
75
Vôlei
Clayton Stanley (EUA)
Algoz do Brasil
Basta dar uma olhada nos números do americano Clayton Stanley para entender como ele se impõe no vôlei mundial. Com
104 quilos, 2,05 m de altura e um saque que viaja a 110 km/h, o ponteiro-oposto terminou a Olimpíada de Pequim-2008 com o
ouro no peito e as condecorações de melhor jogador e maior pontuador do torneio (na final, Stanley foi o principal algoz da
seleção brasileira de Bernardinho). O talento vem de família: seu pai, Jon, defendeu a seleção de vôlei dos Estados Unidos nos
Jogos da Cidade do México, em 1968.
Quando ver: Fase classificatória 29 e 31 de julho e 4 de agosto: 12h45 / 2 e 6 de agosto: 16h / Fase final 8, 10 e 12 de agosto
ÉPOCA | IDÉIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
O que querem as mulheres
Por que o romance erótico "Cinquenta tons de cinza" virou fenômeno mundial de vendas? Resposta: ele foi escrito sob medida
para as fantasias de submissão das mulheres modernas e autossuficientes
Nathalia Ziemkiewicz
Meu marido nunca leu uma linha escrita pela autora britânica Erika Leonard James. Mas, desde a semana passada, quando
mergulhei na leitura de sua primeira obra, ele virou fã dela. Isso porque, apesar de os termômetros de São Paulo denunciarem
o auge do inverno, dei férias a meu pijama de flanela. Enquanto avançava nos capítulos do livro, meu marido me via tirar do
armário uma ou outra camisola rendada. Mesmo recém-casada, aos 25 anos, e editora do blog de sexo de ÉPOCA, o
Sexpedia, não estou imune às armadilhas que a rotina pode impor a um longo relacionamento nem ao estímulo que os livros
de E.L. James podem produzir na vida dos casais. Sua trilogia vendeu 31 milhões de cópias apenas em língua inglesa. Agora,
se converteu em best-seller lá em casa.
A ficção adulta que movimentou minha vida doméstica, Cinquenta tons de cinza (um trocadilho com o sobrenome de um dos
protagonistas, Grey, que significa cinza em inglês), é um fenômeno editorial comparável a sucessos como Harry Potter ou O
código Da Vinci. A obra já foi traduzida para 37 idiomas, foi motivo de leilões disputadíssimos e chegará no dia 1º de agosto ao
Brasil. O primeiro volume da trilogia será lançado pela Editora Intrínseca com tiragem inicial de 200 mil exemplares, uma das
maiores para a estreia de um autor no país. Nos Estados Unidos, atores de Hollywood digladiam pelo papel dos protagonistas
Anastasia Steele, uma universitária desajeitada e virgem de 21 anos, e Christian Grey, bilionário misterioso cinco anos mais
velho por quem ela se apaixona.
O enredo não traz grandes surpresas. Depois do primeiro encontro casualAna conhece Grey ao entrevistá-lo para o jornal da
faculdade -, seguem-se os recursos ficcionais de praxe. Os dois se trombam em situações improváveis, e a atração mútua, que
fora instantânea, torna-se irrefreável. Grey vira uma espécie de anjo da guarda. Aparece do nada para salvar Ana de uma
bebedeira na balada. Leva a moça aturdida e encantada para jantar, pilotando um helicóptero. Até apresenta Ana para a
família, como a primeira namorada digna desse privilégio. Em troca dessa atenção e proteção, e de presentes que ela aceita
relutante, Grey propõe que Anastasia seja sua escrava sexual. Em seu apartamento principesco, mantém o "quarto vermelho
da dor", repleto de chicotes, mordaças e outros aparatos sadomasoquistas. Ele quer que ela se comprometa a seguir estritas
regras de conduta, entre elas chamá-lo de "senhor" e estar sempre disponível para transas. Enquanto pensa no assunto, Ana
experimenta, sempre corando, sessões demonstrativas de tortura sexual para mocinhas, durante as quais sua "deusa interior"uma espécie de ego 100% feminino - produz interjeições excitantes como... "Uau! .
Uma mulher que se julga moderna como eu, independente emocional e financeiramente, pode se sentir insultada. O livro reúne
todos os clichês contra os quais aquelas moças na década de 1960 empilharam sutiãs: a mulher fraca e ingênua que precisa
ser protegida, que salva o mulherengo problemático de si mesmo, que não resiste aos afagos do dinheiro. Some-se a isso um
texto fraquinho, e chegamos ao mistério: por que uma mistura rala e antiquada como essa faz tanto sucesso? Confesso que
devorei as 480 páginas do primeiro volume em três dias. Na televisão americana, leitoras gratas pela retomada de sua vida
sexual já deram depoimentos agradecendo calorosamente à autora. De onde vem isso?
A origem da trilogia não explica a enorme aceitação entre as mulheres. Cinquenta tons de cinza nasceu sob inspiração da saga
Crepúsculo, da americana Stephenie Meyer, que conta a história de amor da humana Bella e do vampiro Edward. Era uma
fanfiction, modalidade em que leitores publicam em sites novas tramas para seus heróis preferidos. A tensão sexual enrustida
da história adolescente de Crepúsculo tem se mostrado uma fonte prolífica para autores amadores. A britânica Erika, uma exprodutora de televisão de 48 anos, casada e mãe de dois adolescentes, foi apenas uma das fãs que resolveram escrever letra
por letra aquilo que Bella e Edward queriam fazer, mas Stephenie não deixava. Deu certo. Os capítulos de sua historinha
atraíram tanta audiência na internet que uma pequena editora australiana transformou a saga em livro e pediu que Erika
fizesse uma versão sem vampiros. Foi questão de tempo até que parasse no topo da lista do jornal The New York Times. No
começo, E rika ficou constrangida com a situação e se recusava a aparecer. Agora, caiu feliz nos braços do público.
Se o sucesso do livro não embaraça mais sua autora, seu efeito ainda constrange mulheres modernas que se percebem
excitadas pela historinha água com açúcar (mais chibatadas) de Anastasia Steele. Seríamos todas, no fundo, versões
dissimuladas de Anastasia, sem um Grey para chamar de nosso? O que há no livro que desperta tanto interesse - e tanta
excitação entre nós, mulheres?
Para responder a isso tudo, comecemos pelo início: admitindo que, sim, gostamos de sexo. Uma historinha picante pornográfica, por que não? - produz efeito. Há quem diga que nada pode ser mais excitante para uma mulher do que ver seu
marido lavando louça suja ou varrendo a sala. A ideia empolga, é verdade. Ter um parceiro com quem dividir as tarefas
domésticas libera tempo livre para nos emocionarmos no quarto. Mas essa piada revela que a sociedade menospreza o prazer
sexual da "mãe de família", da "mulher casada", da "dona de casa". O rótulo dado à obra de Erika pela imprensa estrangeira,
"pornô para mamães", é um indício. O gênero "porno para papais" é impensável. Presume-se que, depois de casar ou ter
filhos, o homem continue com necessidades eróticas. Da mulher não se espera o mesmo.
O sucesso de Cinquenta tons de cinza sugere que há muito desejo represado entre a pia da cozinha e a mesa do escritório.
Mostra, também, que as mulheres estão perdendo o constrangimento em usar pornografia para satisfazê-lo - ou alimentá-lo.
Outra coisa que ajuda a explicar o apelo desse livro entre as mulheres é uma linguagem adequada a nosso desejo. Não é
aquela dos filmes eróticos produzidos para o público masculino. Eles mostram, basicamente, paisagens genitais e closes de
penetração. "No pornô para homens, o sexo é atlético e mecânico, com pessoas conectadas apenas pelos genitais. As
mulheres precisam de fantasia para alcançar o contexto erótico. E não são explícitas como os homens. A imagem de um
homem nu da cintura para cima, sorrindo de olhos vendados, pode ser muito mais excitante que um close no pênis dele",
afirma a diretora sueca Érika Lust, premiada por seus roteiros pornôs feministas.
O que excita as mulheres é ser o centro das atenções de um homem forte (moral e fisicamente), como acontece com
Anastasia. Culpem a evolução por ter deixado esses rastros primitivos em nosso cérebro.
"Para a manutenção da espécie, era essencial escolher um parceiro saudável, capaz de gerar filhos resistentes e ajudar na
subsistência da prole", afirma o sexólogo Theo Lerner, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A biologia é
sempre uma ferramenta perigosa nessas discussões, mas é certo que o clima de romance - e a virilidade do homem - é muito
excitante para as leitoras "A mulher precisa de mais tempo e de contexto para liberar suas fantasias", diz a ginecologista
Carolina Ambrogini, coordenadora do projeto Afrodite, que atende mulheres com dificuldades sexuais.
Erika James seguiu à risca a receita erótica que une tempo e contexto. A cena de sexo inaugural entre Anastasia e Grey
acontece na página 103 do livro. Difícil imaginar um autor do sexo masculino com paciência para adiar por tantas páginas a
consumação. Ela não tem pressa em desenvolver o ambiente, o clima e os diálogos. As preliminares são longas - e tão
psicológicas quanto sensoriais. Erika investe no tal contexto, pré-requisito para acender nossa chama. Outra novidade do livro
é o foco narrativo, inteiramente voltado para as características físicas e gestuais de Grey. A autora o descreve com a mesma
volúpia de detalhes com que Jorge Amado passeia pelo corpo de Gabriela. Com base na riqueza de detalhes providos por
Erika, pesquisadores da Universidade de Lancashire, no Reino Unido, conseguiram até fazer um retrato falado do personagem.
Sobre Anastasia, pouco se sabe. Com cabelos castanhos, de pele e olhos claros, tem baixa autoestima e começa o livro
virgem até em masturbação. Mas tem uma invejável facilidade de atingir o clímax. Na passagem em que relata a primeira
transa de sua vida, ela experimenta três orgasmos seguidos. O primeiro, apenas com sopros e beijos nos mamilos. Os outros,
logo em seguida, com as duas primeiras penetrações de sua vida. Mais fácil que tomar um chazinho...
Antes que as mulheres se sintam extraterrestres ou questionem sua vocação para esse negócio de sexo, é bom conferir o
resultado de uma enquete feita pelo site de relacionamento Par Perfeito a pedido de ÉPOCA: mais de 80% das 1.000
brasileiras consultadas disseram não ter experimentado orgasmo ao perder a virgindade. Anastasia está mais próxima da
fantasia que da trabalhosa realidade das mulheres."Ela seduz porque a leitora gostaria de estar no lugar dela", afirma Sai
Gaddam, coautor de A billion wicked thoughts (Um bilhão de ideias malvadas). Seja por seu gozo instantâneo ou pela coragem
de se entregar aos fetiches mais obscuros, Anastasia encarna fantasias de felicidade feminina.
É improvável que a maioria das mulheres assinasse o acordo de Grey para ser sua escrava sexual. Mas não deixa de ser
intrigante que essa fantasia de submissão seja avidamente consumida por mulheres modernas. Depois de ascender
socialmente nas últimas décadas, elas controlam a família, os filhos e as finanças do casal. Ganharam voz ativa em casa e no
trabalho. Por isso, parece natural que, no teatro sexual, se permitam perder o controle."Elas passaram a se impor no cotidiano
e, no sexo, se sentem mais à vontade para buscar a submissão como forma de equilíbrio emocional", afirma Oswaldo
Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade. "É uma brincadeira" diz a psicanalista Diana Corso."Não significa que ela será
submissa em outras esferas da vida.
As feministas, claro, não gostam desse tipo de explicação. Ela reverte, ao menos entre quatro paredes, décadas de conquistas
psicológicas. Simpatizantes do universo sadomasoquista argumentam que Cinquenta tons de cinza é piegas e não reflete a
verdadeira cultura do grupo. Conservadores dizem que a história é degradante e inspira violência contra as mulheres. Curiosos
leem para entender o burburinho. São pessoas como eu, que acabam multiplicando o efeito viral e os lucros de Erika. Aos
amigos homens, uma sugestão: a leitura talvez os faça entender que não basta dizer "eu quero tchu/eu quero tcha" para
conseguir uma noite memorável. Às amigas que perguntam se o livro é bom, respondo: depende. Literariamente, não.
Literalmente, sim. Faz lembrar que o sexo deveria ser prioritário mesmo na correria do dia a dia. Lá em casa, no instante em
que terminei a leitura, meu marido perguntou: "E então, amor, quando você começa o segundo volume?"
ÉPOCA | IDÉIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
As amarras da paixão
A submissão histórica da mulher criou o romantismo que norteia Cinquenta tons de cinza Um outro livro afirma que essa forma
de amor vai sair de cena
Martha Mendonça
O entusiasmo das donas de casa americanas com as algemas de Christian Grey não surpreendeu os estudiosos da
Sexualidade. Longe de ser uma novidade, o fascínio pela postura dominadora do personagem masculino de Cinquenta tons
de cinza obedece às regras mais antigas da história das relações afetivas. Desde que os primeiros seres humanos começaram
a se organizar em casais, por necessidades econômicas, religiosas ou emocionais, o jogo de poder se instaurou. A história do
amor e dos relacionamentos é um enredo de acordos, sexo e submissão, no qual coube à mulher, até há pouco tempo, o papel
de obedecer. A evolução dos relacionamentos e da posição da mulher ao longo dos tempos é o tema central do lançamento O
livro do amor (Record, dois volumes, 720 páginas), da psicóloga Regina Navarro Lins.
Em seu extenso trabalho de pesquisa, Regina aborda o amor não como algo biológico e inerente à natureza humana, como
costuma ser visto, mas como mais uma invenção do ser humano, sujeita a constantes alterações ao sabor das mudanças na
política, na religião e na economia. O amor tal como conhecemos hoje, base dos namoros e casamentos do mundo ocidental e também da relação apimentada entre Christian Grey e Anastasia -, é chamado de amor romântico. É um sentimento calcado
na idealização do parceiro e na ideia de que duas pessoas podem se encaixar completamente, sem deixar lacunas de qualquer
tipo. Para chegar a esse sentimento, ou a essa forma de sentir, a relação entre duas pessoas se modificou profundamente
através dos séculos (leia o quadro na página 72). Entre gregos e romanos, a noção de amor romântico nem sequer existia. A
paixão era um passatempo, uma diversão alheia ao casamento. Os maridos conviviam pouco com suas mulheres, que tinham
posição subalterna na sociedade. Só faziam sexo com elas para procriar. Casais nem dormiam no mesmo quarto. No século
III, o cristianismo começou a modificar os relacionamentos. A monogamia ganhou força por causa da castidade e do
surgimento da noção de pecado. O objeto de amor naquele tempo não era o homem ou a mulher, mas sim a figura de Deus. O
prazer carnal era censurado como algo animalesco, e a mulher continuava tendo um papel submisso.
No Renascimento e no Iluminismo, quando o ser humano passou a ser o centro do universo, a paixão voltou a ter posição de
destaque nos relacionamentos. Nos 200 anos que se seguiram, nos séculos XVII e XVIII, o romantismo como o conhecemos
se instaurou. A família ganhou importância, e o sexo passou a ser um dever dos cônjuges. Até mesmo o orgasmo feminino
deixou de ser visto com maus olhos - desde que, é claro, a mulher conhecesse seu lugar menor na sociedade.
Simultaneamente a essa escalada dos sentimentos ocorreu uma explosão na busca por prazer fora do casamento. A
Prostituição, os bailes de máscaras eróticos e a literatura de transgressão viraram moda nas cortes europeias, como uma
espécie de resposta materialista ao longo período de religiosidade da Idade Média.
Apesar da ruptura entre amor e prazer, a sociedade descobriu que era impossível ser feliz sem o amor romântico. Cartas de
amor viraram costume entre os jovens. O sofrimento romântico era um valor em si. Houve uma onda de suicídios, impulsionada
por livros de fmais trágicos, em especial Os sofrimentos do jovem Werther, de Johannes Goethe. Nele, o protagonista se
suicida por não poder ter sua amada. "Pede-se ao amor o que antes se pedia a Deus", diz o psicanalista Jurandir Freire Costa
no livro A invenção do amor, em que investiga a criação do amor romântico. Com a criação do cinema, as comédias
românticas de Hollywood se aliaram à literatura para consolidar essa visão de mundo. O casamento já estava desvinculado da
moral cristã da Idade Média, que bania os prazeres carnais. Mas a submissão da mulher ainda era forte, escondida sob a ideia
de que ela deveria ser a rainha do lar. A mulher romântica só poderia ter sexo e prazer se estivesse casada, e entre quatro
paredes. A virgindade era exigência para as moças direitas, que sonhavam com um marido capaz de lhes dar um lar, filhos e
segurança econômica e emocional.
A trajetória dos relacionamentos afetivos é, de acordo com Regina Navarro Lins, a própria história da mulher. O
comportamento feminino e suas modificações sempre foram o balizador dos sucessivos cenários do amor. A submissão da
mulher ao longo da história sempre esteve ligada ao controle de seu prazer por parte dos homens. Aquelas que confrontaram o
padrão foram surradas, queimadas ou isoladas socialmente, de acordo com o tempo em que viveram. Apesar de ter ganhado
liberdade com a revolução sexual e a invenção da pílula anticoncepcional nos anos 1960, a mulher vive agora outro tipo de
angústia: a submissão emocional, fruto do amor romântico. "Ao contrário do homem, estimulado a ser independente desde a
infância, a mulher não é criada para defender-se e cuidar de si própria", afirma Regina. "Por mais que ela estude e faça planos
profissionais para o futuro, alimenta o sonho de um dia encontrar alguém que dará significado a sua vida."
Se, por um lado, o best-seller Cinquenta tons de cinza levanta uma discussão sobre o desejo das mulheres pela submissão
emocional e sexual, por outro chama a atenção para um pequeno avanço: o erotismo ganhou importância no universo
feminino. A jovem Anastasia se submete aos desejos do milionário Grey, por quem é romanticamente apaixonada. A diferença
para a submissão clássica feminina, no entanto, é que, nesse caso, a submissão de Anastasia é um desejo dela. "Apesar de o
masoquismo estar mais associado às mulheres, devido ao treinamento de passividade que receberam ao longo de tantos
séculos, esse tipo de prazer faz parte das fantasias de ambos os sexos", diz Regina. "Dor e prazer são sensações intensas, e a
fronteira entre elas não é marcada com nitidez " Mesmo assim, Anastasia repete o papel hollywoodiano de mocinha submissa
à espera de um príncipe encantado - ainda que o cavalo branco tenha dado lugar a helicóptero, equipado com algemas e
chicotes.
Para Regina, esse sentimento sairá de cena em breve. O foco no outro e a exigência de exclusividade, a base do amor
romântico, não combinam com um mundo individualizado de múltiplas escolhas. De acordo com o filósofo polonês Zygmunt
Bauman, autor de Amor líquido, o imediatismo e a valorização do prazer pessoal modernos se opõem ao conceito do amor
romântico, que supõe elevada abnegação. Não haveria mais espaço, no futuro, para a construção de algo profundo e durável a
dois. No futuro imaginado por Regina, o romantismo dará lugar à diversidade. Casamentos abertos, bissexualidade, sexo
grupal - e até a fidelidade monogâmica - conviverão. Se essas previsões estiverem certas, as mulheres que impulsionaram o
sucesso da autora E.L. James podem pertencer à última geração que se identifica com a mocinha subjugada de Cinquenta
tons de cinza. As escritoras do futuro, restaria dar cor a relacionamentos abertos e sem amarras, que encerrariam a tradição de
romantismo e submissão.
ÉPOCA | PRIMEIRO PLANO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
O início do fim da aids
A pílula capaz de prevenir a infecção pelo HIV e outras conquistas que justificam o otimismo na luta contra a doença
Cristiane Segatto (texto), Marco Vergotti e Rodrigo Fortes (gráfico)
Avanços notáveis na compreens8o e no combate ao HIV sugerem que o mundo pode estar vivendo o início do fim da Aids. É o
que afirma um artigo publicado na semana passada no The New England Journal of Medicine. Depois da primeira evidência de
eficácia de uma vacina experimental, anunciada em 2009, surgiram outros indícios de que a doença pode se tornar controlável
como nunca. A agência americana que regula medicamentos (FDA) aprovou a primeira pílula capaz de evitar que pessoas
saudáveis adquiram o vírus. Nos estudos realizados, a redução no risco de infecção variou de 42% a 73%. A pílula Truvada é
composta de duas substâncias já usadas para tratar os doentes. O governo brasileiro não pretende oferecê-la para uso geral
por duas razões: o custo (cerca de R$ 20 mil por ano) e a convicção de que estimular o uso da Camisinha é a forma mais
inteligente de evitar a Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis. Outra vitória contra a doença é a redução no
número de mortes. Segundo a Unaids, um braço da ONU, elas caíram 24% entre 2005 e 2011. A razão é a ampliação do
acesso ao tratamento.
ÉPOCA | TEMPO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Imagem 1
A soldada de Dilma
A trajetória, as convicções e o poder de Ideli Salvatti, a ministra que recebe os políticos e tenta administrar seu apetite
insaciavel
Luiz Maklouf Carvalho
CAPÍTULO1
"O PIOR MINISTÉRIO DO PLANALTO"
"O Fi não gostou", disse a ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, numa tarde do mês passado. Ela estava na sala
de reuniões, geminada a seu gabinete, no 4° andar do Palácio do Planalto. O assunto era uma foto que se alastrara pela
internet: Ideli, então senadora, em dezembro de 2007, parece dar um sufocante beijo na boca do senador José Sarney.
Fi, o que não gostou, é Jeferson Figueiredo, marido de Ideli, subtenente músico do Exército. "Não é que ele não tenha gostado
da minha postura. Ele se incomodou, muito, foi com a forma como isso é usado."Naquele dezembro de 2007, última sessão do
ano, senadores e senadoras trocavam despedidas, com beijos, abraços e tapinhas nas costas. O repórter fotográfico Lula
Marques, do jornal Folha de S.Paulo, viu quando Ideli partiu para Sarney. Fotografou, de cima, a sequência de salamaleques.
Sabia que o ângulo faria parecer um beijo na boca - e caprichou.
"Meus Deus amado!", diz Ideli."Aquilo é ângulo de máquina! Tem várias vezes que você pega capa de jornal com a presidente
Dilma quase beijando na boca. É ângulo de máquina! Ou você acha que eu ia dar um beijo na boca do Sarney?"
"A ministra tem razão: foi um beijo no rosto", diz Marques. Na biografia de Sarney, da jornalista Regina Echeverria, Ideli é
citada só uma vez, no capítulo que conta como Sarney, bombardeado por denúncias, escapou de ser levado à Comissão de
Ética, em 2009. Ideli defendeu Sarney - contra integrantes de seu próprio partido.
Até hoje ela acha que estava certa:"Não tenho problema nenhum com o que aconteceu na situação do Sarney. Fizemos o
enfrentamento, mas perdemos a eleição. O Sarney ganhou, com votos de boa parte daqueles que depois queriam tirá-lo. Para
assumir quem? O Marconi Perillo, o vice-presidente? Aí não conte comigo, porque é questão de governabilidade. Ajudo a
colocar e depois you dar um jeito de tirar? Não conte comigo, porque posso ser tudo, menos louca, nem doida e nem burra".
No meio da conversa, toca o celular da ministra. É o ministro do Turismo, Gastão Vieira. Depois de ouvi-lo por um minuto, Ideli
responde:
- Tá. É o querido? Coisa "lindcha".
Mais um minuto.
- Ele já tem outro nome? Ótimo, ótimo, ótimo.
É isso que Ideli faz, dia após dia: receber e administrar pedidos. A maioria, de deputados federais da elasticíssima base aliada,
além de senadores, governadores, prefeitos, entidades, ONGs. Ministério do Varejo - ou do Toma Lá Dá Cá - soaria mais real
que Relações Institucionais. Ele passou a existir em 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula, para fazer o meio de
campo entre o pote dogoverno, que tem fundo, e a sede dos políticos, que não tem. De lá para cá, com Ideli, já são oito
ministros. Nenhum durou dois anos no cargo.
"É o pior ministério da Esplanada", diz o ministro Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência da República. "Dizemos,
brincando, que o ministro tem a validade de um iogurte. Porque tem de cumprir um papel incumprível: atender a demandas
sem fim numa situação em que os limites são dados pelo governo. É natural que haja choques - mas a Ideli se equilibra muito
bem nessa contradição." O senador Delcídio Amaral (PT-MT) faz outra comparação: "É um ministério frigideira. Os políticos
pedem a liberação das emendas que incluíram no orçamento, o ministro faz o que pode, mas o governo só libera quando quer,
em conta-gotas".
Pelo sistema em vigor, o Executivo não é obrigado a liberar as emendas aprovadas. Como cada um dos 513 deputados e 81
senadores tem direito a emendas no valor, neste ano, de R$ 15 milhões, não é difícil imaginar a pressão. Outro ponto de atrito
é o petitório para a nomeação em cargos de confiança. Ideli está no meio do redemoinho."Todo mundo tem essa história de
que a Dilma não conversa com político, não recebe parlamentar. Pois, como senadora, fui líder do
governo do presidente Lula durante anos. E nunca tive um tête-à-tête com ele. Nunca, nunca, nunca. A presidenta Dilma tem
tido esse tipo de contato com mais frequência."(O ex-presidente Lula não quis falar sobre o assunto.)
Ideli conta que a presidente Dilma Rousseff acabou, no início deste ano, com a reunião matinal que realizava regularmente
com os ministros sediados no Palácio do Planalto - Ideli, Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral),
Helena Chagas (Comunicação Social) e Giles Azevedo (Gabinete Pessoal). "Não existe mais essa reunião. Agora a presidenta
nos chama conforme a necessidade, e nos misturando", diz.
"Temos uma forma dedirecionamento do governo centrada na pessoa dela. Não que ela não compartilhe, porque compartilha.
Mas é ela quem decide o compartilhamento. É ela quem chama." No dia da entrevista a ÉPOCA, uma quinta-feira, a presidente
já chamara Ideli duas vezes. Naquela semana, quatro. Comparada a Lula, Ideli diz que Dilma sempre é mais formal."Ela é
muito exigente. Mas a exigência número um é com ela mesma." Para parlamentares petistas de confiança - poucos -, Ideli
chama a presidente de "dona da pensão".
BOA ALUNA, ÓTIMA BAGUNCEIRA
O poder é um prato de morangos suculentos, prontinhos
para saborear, gentilmente servido por um garçom de uniforme. "Quer?", diz Ideli, no final de uma tarde calorenta. "Então, me
perdoa, mas é que ainda não almocei." Entre ummorango e outro, Ideli mostra e comenta fotos que se deu ao trabalho de
garimpar, para ÉPOCA, nos álbuns de família. "Desde criança, eu já estava nas páginas dos jornais", diz emtom de brincadeira
- e mostra uma página amarelada da revista Mundo Ilustrado, de 1956. No recorte, vê-se Ideli, aos 4 anos, vencedora do
concurso de fantasias de Carnaval, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A fantasia é de princesa: vestido godê com
bordado de flores, manga bufante, gola alta arrematada por um manto. A costureira era sua mãe, Helena Marchiori, que tinha a
arte da costura por profissão. Ideli teve fantasias e foi a bailes desde seu primeiro precoce Carnaval: tinha 11 meses, como
mostra, bailarina, numa foto de 1953. Até hoje ela gosta da festa pagã - e é das que saem em bateria de escola de samba.
O pai de Ideli, Estevam Salvatti, era comerciário. Trabalhava como vendedor numa loja de roupa masculina. Ideli nasceu,
paulistana, em 18 de março de 1952. Quatro anos depois viria um irmão, Marco Antônio. (Todos já morreram.) Moravam no
Cambuci, bairro de classe média de São Paulo, com os avós e quatro tios maternos, todos solteiros. Quando ela ia para 10
anos, os pais conseguiram casa própria e modesta, em Santo André, no ABC paulista."O quintalzinho era tão pequeno que
meu irmão e eu empinávamos pipas em cima do telhado." Estudou sempre em escola pública e, diz, era boa aluna, sem
prejuízo de ser ótima bagunceira.
Ideli cita Subterrâneos da liberdade, a trilogia da fase comunista de Jorge Amado, como influência para ela entrar na "militância
de esquerda", ali pelos 15 anos, no grêmio estudantil no colégio Américo Brasiliense, em Santo André. Era a época da
ditadura. Ideli diz que, com medo de ser presa, fugiu da casa dos pais no começo de 1970. Larabandonou o emprego de
datilógrafa da Rhodia, arrumou a trouxa e pegou um ônibus para Curitiba, onde ninguém a esperava. Com 18 anos, foi morar
numa pensão. Conseguiu um emprego "de secretária, na Swift Armour". Em Curitiba,concluiu o segundo grau e matriculou-se
no cursinho de vestibular. Escolheu o curso de licenciatura em física, na Universidade Federal do Paraná (UFPr) - e passou.
A melhor amiga de Ideli era a hoje professora aposentada Wanda Camargo."Ela cantava bem, era uma aluna aplicada e foi
mestre do carteado universitário", diz Wanda."Enquantotodos só brincavam, ela sabia que cartas já tinham saído e como
arrematar a partida." Ideli riu do elogio. "A gente jogava canastra, buraco, até hoje eu gosto", diz. A militânciauniversitária de
Ideli restringiu-se às atividades do diretório acadêmico."Tenho uma formação mais vinculada à Igreja, à Teologia da
Libertação", diz. O partido que apareceu nauniversidade foi um colega da física, dois anos mais adiantado e presidente do
diretório."Ela era politizada, dinâmica e encantadora", diz o hoje professor Nilson Garcia, da Universidade Técnica Federal do
Paraná.
Casaram, com padre e papel passado, em julho de 1973. Garcia já conhecia, da faculdade, um rapaz carola, hoje ministro no
mesmo 4° andar do Palácio do Planalto - Gilberto Carvalho. Paranaense de Londrina, Carvalho cursava filosofia, era
seminarista e queria ser padre. Morava no Seminário Maior, dos padres palotinos, e fazia trabalho social numa favela de
Curitiba. Eurides Mescolotto, seminarista e colega de Carvalho, frequentava a casa dos professores Garcia e Ideli. Eram todos
católicos engajados na militância em bairros da periferia.
O casamento com Garcia durou dois anos e meio. Separaram-se sem muito drama, segundo ambos. Na metade de 1976, com
o diploma de física na mão, Ideli mudou-se para Joinville. Já era namorada de Mescolotto. Em Joinville, a militância social e
sindical do casal, que passou pelo MDB, desaguou no PT. Foram ambos fundadores do partido.
Mescolotto foi o primeiro tesoureiro do PT no Estado e candidato ao governo na primeira eleição majoritária, de 1982. Amargou
6.803 votos - menos de 1% dos mais de 800 mil que elegeram Esperidião Amin (pelo PDS, ex-Arena). Filipe, o primeiro filho,
nasceu em 1977. Mariana, a última, em 1984. Foi o ano em que Ideli e Mescolotto botaram o casamento no papel, para facilitar
o financiamento de um imóvel. Ideli se destacava como liderança no movimento dos professores, com participação em greves
e manifestações de protesto.
Em 1986, candidatou-se pela primeira vez, a deputada estadual. Ficou na lanterna, com 996 votos. Na declaração de bens que
entregou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), disse ter, num bairro da periferia de Joinville, "um terreno medindo 15 m x 30 m,
com uma casa de madeira medindo 5 m x 10 m". Tentou novamente a eleição de quatro anos depois. Nem a casinha de
madeira tinha mais."Declaro para os devidos fins que não possuo bens", informou ao TRE em junho de 1990. Os votos
aumentaram para 5.137, mas não foram suficientes. "Sou teimosa", diz Ideli, ao relembrar os velhos tempos. Elegeu-se,
finalmente, em 1994 (última colocada, com 11.832 votos), quando declarou ter um apartamento de 48 metros quadrados em
Florianópolis, comprado com poupança e saldo financiado pela Cohab.
Nos oito anos de Assembleia - 1994 a 2002 -, Ideli foi uma oposicionista radical. Destacou-se na presidência de duas CPIs que
apuraram denúncias contra o governo estadual. Numa, lutou como pôde pelo impeachment do governador Paulo Afonso Vieira.
Ele é, desde o começo deste ano, assessor do vice-presidente da República, Michel Temer."O Paulo Afonso ganhou minha
admiração quando rompeu com o (forge) Bornhausen para apoiar o Lula e a Dilma", diz Ideli. (Bornhausen, do DEM, ainda é
um adversário local dela.)
Outro adversário que ela enfrentou, no segundo mandato na Assembleia, foi o deputado estadual Nelson Goetten de Lima. Exvereador e ex-prefeito de Taió, no Vale do Itajaí, pelo PDS (ex-Arena), Goetten elegeu-se deputado em 1998, pelo PPB.
Goetten já era processado pelo Ministério Público, sob a acusação de improbidade administrativa quando prefeito. Ele era,
antes de tudo, contra o PT. Atacava sulfuricamente o partido, suas lideranças nacionais e a bancada na
Assembleia. Mostrando um vidro de óleo de peroba, mandava os petistas lustrar suas "caras de pau". Não poucas vezes
altercou-se com Ideli. Mais tarde, eles se aproximariam.
CAPÍTULO 3
A SENADORA "PIT-BULL"
Foi de Ideli, mais que do partido, a ousadia de tentar o Senado, em 2002, sem passar pela Câmara dos Deputados.Chegou lá,
primeira senadora do Estado, com 1.054.304 votos. O total de bens declarados foi R$ 132 mil- uma casa em conjunto
habitacional (R$ 22 mil), um terreno de 480 metros quadrados no Balneário dos Açores (R$ 96 mil), um Gol 1995. A campanha,
além do mandato, trouxe o futuro terceiro marido.
"Nossos olhares se cruzaram, e o cupido nos flechou", diz o subtenente músico Figueiredo, o Fi. Em 2002, ele era divorciado,
tinha uma filha e servia, como segundo-sargento músico - toca flauta, saxofone, piano e violão -, no 63° Batalhão de Infantaria,
em Florianópolis. A flecha os atingiu no Mercado Público, onde Ideli panfletava.
Casaram no fim de 2009, ela já senadora, com lua de mel na Itália. Em 19 de maio passado, Ideli o levou para uma reunião a
que compareceu como ministra, na sede urbana do late Clube Santa Catarina - Veleiros da Ilha. A pauta era a implantação de
um centro de treinamento de vela na Praia do Jurerê. Fotos mostram Figueiredo à mesa da reunião."Era um sábado pela
manhã, por isso meu marido me acompanhava", diz a ministra."Tomei conhecimento da proposta e encaminhei ao Ministério
do Esporte.
"Ninguém defendeu o governo Lula no Senado como a Ideli; ela foi um pit-bull", diz a ex-senadora petista Serys Slhessarenko
(PT-MT). "Era uma guerrilheira", diz o senador José Agripino (DEM-RN)."Defendia qualquer tese em que o governo tivesse
interesse."O senador Delcídio conhece Ideli desde os tempos em que presidia a Eletrosul e ela era deputada estadual.
Em 2002, além de Delcídio e Ideli, o PT tinha 14 senadores."Nenhum defendeu o governo Lula com a determinação, a
coragem e a lealdade da senadora Ideli", diz Delcídio. Ele foi presidente da momentosa CPI dos Correios - uma das três que
trataram do mensalão -, onde não poucas vezes enfrentou ímpetos da colega."Ela foi defensora do governo no bônus e no
ônus, o que não é nada fácil.
Quando senadora, Ideli apresentou o Projeto de Lei na 522 - que, se tivesse passado, teria livrado o bicheiro Carlinhos
Cachoeira da cadeia. Em 21 artigos, acompanhados de estudadajustificação, ele legalizava o bingo, o videobingo, o jogo do
bicho e todas as demais modalidades de sorteios fora da lei. O 522 - dezena da cabra - foi apresentado em 15 de dezembro de
2003. Deu com os burros na água no maremoto provocado pelo vídeo da conversa entre Cachoeira e Waldomiro Diniz,
gravado em 2002, quando Diniz presidia a Loteria Estadual do Rio de Janeiro (no governo petista de Benedita da Silva).
Em fevereiro de 2004, quando EPOCA divulgou a fita, Diniz era assessor do ministro da Casa Civil, José Dirceu. Como
resposta ao escândalo, o presidente Lula editou uma medida provisória que proibia os bingos e as máquinas de caça-níquel
em todo o Brasil. O 522 foi arquivado, a pedido da própria Ideli."Esse assunto tem uma zona não resolvida, merece debate,
mas, dadas as explicitações de para quem serve e a quem serve,é de bom tamanho que esteja proibido", diz Ideli.
Em discurso no Senado, em abril de 2004, Ideli chamou Cachoeira de "bicheiro". Hoje, como ministra, não fala sobre o tema:"A
orientação muito clara da presidente, que está sendo seguida absolutamente à risca, é que o processo de investigação da CPI
é um assunto do Congresso. Então, eu acho melhor não dar opinião".
Ideli foi candidata a governadora em 2010 contra a vontade de Lula. Ele preferia que ela tentasse novamente o Senado, que
achava mais garantido. Na campanha, ela declarou ter bens no valor de R$ 739.138,40 - quase seis vezes os R$ 132 mil
declarados quando se elegeu senadora. Já tinha um apartamento de R$ 275 mil, um carro de R$ 46 mil, saldobancário de R$
234 mil e R$ 50 mil em mãos. Com 754 mil votos, ficou em terceiro lugar. O primeiro colocado, Raimundo Colombo, teve 1,8
milhão de votos.
CAPfTULO 4
"O MENSALÃO NÃO CONFERE"
Cedenir Simon, secretário de Governo da prefeitura de Brusque, em Santa Catarina, ocupava, em março deste ano, a
Secretaria de Comunicação do prefeito Paulo Roberto Eccel, do PT, amigo e integrante da base aliada da ministra Ideli. Foi
como tal que compareceu à sessão da Câmara Municipal do dia 6 daquele mês. Tomou um susto quando viu, exibidos no telão
pelo vereador Dejair Machado (PSD), alguns e-mails que recebera. Tratavam de negócios da prefeitura.
Num deles, o remetente era Solange Fonseca, a mulher de Filipe Mescolotto, filho de Ideli. Os destinatários eram o próprio
Cedenir (também petista), três sócios da Giusti Propaganda (Álvaro Oliveira, Tony Rodrigues e Ricardo Oliveira), um certo
Rodrigo Werneck e Filipe. Os presentes puderam ler, no telão:"CD (de Cedenir), conforme combinado, segue o resumo da
reunião realizada na semana passada. Qualquer dúvida ou observação estamos à disposição. Abs. Solange Fonseca, 13 de
setembro de 2010".
Naquele período, em que Ideli estava no senado, a Giusti disputava, com 12 outras agências, a concorrência pública 003/2010,
que escolheria a empresa responsável pela publicidade da prefeitura - um contrato anual de R$ 2 milhões. A Giusti ganhou. No
site da prefeitura de Brusque está disponível a ata 001/2010, que trata da mesma concorrência. Ela cita, como membro da
subcomissão de julgamento da concorrência, o assessor de imprensa Felipe Damo, que trabalhava para Ideli.
O vereador Dejair, da oposição, disse que recebeu os e-mails de um funcionário da prefeitura "estarrecido com o esquema que
eles montaram lá". Resolveu exibi-los no telão e pediu uma CPI para apurar os fatos. No dia em que ela começaria, a prefeitura
obteve uma liminar que a suspendeu - situação que perdura até hoje.Cedenir processou Dejair por "violação de privacidade".
Noutro e-mail exibido, de Cedenir para Filipe, lê-se: "Boa tarde. Esta é a carta convite para o outro processo que vocês estão
participando. Abraço. CD". Dejair afirma ter pedido a derrubada da liminar que parou a CPI."O único jeito de esclarecer é
explicar tim-tim por tim-tim todos esses e-mails", diz. ÉPOCA perguntou sobre o episódio dos e-mails."Não sei a que
mensagens você se refere", respondeu Ideli.
No escândalo do mensalão, em 2005, Ideli bateu-se em defesa do governo e dos acusados, como o então ministro da Casa
Civil, José Dirceu. "Sobre o qual temos certeza de que em nenhum momento possa pairar qualquer tipo de dúvida", disse, no
Senado, quando Dirceu renunciou ao ministério para reassumir o mandato de deputado (posteriormente cassado). O que ela
diz, hoje, sobre o iminente julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF)?
- Na posição em que estou, é melhor não dizer nada. Da mesma forma como a CPI é assunto do Legislativo, o julgamento é
assunto do Judiciário. A única coisa que espero, como cidadã, é que seja feito pela prova dos autos.
- E, como cidadã, a senhora acha que houve mensalãopagamentos para parlamentares votarem com o governo? - Eu estava
no Congresso, acompanhava as votações, inclusive na condição de líder. Não confere, nem coincide, não bate com a
realidade. Num comício da campanha de 2010, com Dilma candidata a presidente, o entusiasmado deputado federal Nelson
Goetten dizia: "Lula para presidente do mundo!". Está na internet, como outras cenas semelhantes, entre elas carreatas com a
então candidata ao governo catarinense, Ideli Salvatti.
Goetten é aquele mesmo com quem Ideli terçava armas na década de 1990. Em 2007, depois de um segundo mandato como
deputado estadual, ele se elegeu deputado federal pelo PFL. Logo se engajou na fundação do PR. Assumiu a presidência do
partido em Santa Catarina epassou a integrante da base governista. Visitava ministros - como Dilma, na Casa Civil-, incensava
o presidente Lula e estreitava laços com Ideli. Quando ela saiu candidata aogoverno, Goetten engajou-se na campanha.
Goetten não se candidatara à reeleição por causa da condenação por improbidade, quando prefeito, e de processos
pendentes, também por improbidade, como deputado estadual. Uma consulta ao portal do Tribunal de Justiça de
Santa Catarina mostra que Goetten era - e ainda é- réu em 25 processos: quatro na capital, 12 em Taió, onde foi prefeito, e o
restante nos municípios de Itapema, Ituporanga, Lages, Mafra, Navegantes, Rio do Oeste, Rio do Sul e São José. Num desses
25 processos - que tramita em segredo de justiça -, Goetten é acusado de pedofilia, estupro e favorecimento à Prostituição
infantil. Enquanto pontificava na campanha eleitoral, a polícia ouvia adolescentes arroladascomo vítimas dos crimes sexuais
dos quais era acusado. Suas mães e outros familiares também eram ouvidos.
Já veio a público o teor de telefonemas grampeados no inquérito desse processo. Num deles, Ideli, na época ministra da
Pesca, conversa com Goetten sobre a permanência, naSuperintendência do Dnit de Santa Catarina, de um apadrinhado de
ambos, João José dos Santos, acusado de irregularidades. Goetten diz: "Nosso amigo lá no Planalto está fazendo um bom
movimento para tentar nos dar o troco e derrubar o João José". Ideli responde:"Estou apavorada com essa movimentação.
Apavorada. A situação do João José vai ficando muito delicada". Na ocasião, Ideli afirmou em nota que sua relação com
Goetten "sempre foi institucional".
Goetten foi preso em maio de 2011. Em março passado, a juíza Marivone Koncikoski Abreu, de Itapema, condenou-o a 35
anos de prisão por estupro e favorecimento de menores à Prostituição. Ele está preso. "Não posso falar a respeito", diz
Marivone. Parte de seus argumentos está na decisão em que negou o pedido de liberdade provisória de Goetten e de Gilberto
Orsi, outro condenado, antes da sentença:"Os réus Gilberto Orsi e Nelson Goetten de Lima formaram uma verdadeira rede de
Prostituição infantojuvenil".
O advogado de Goetten, Roberto Fernandes, afirma:"Os delitos imputados a Nelson Goetten não ocorreram". Ele acusa a
polícia de ter forjado provas e adulterado grampos telefônicos. Afirma que a juíza Marivone é "suspeita" por ter dado
declarações sobre o caso e emitido a sentença depois de "apenas um dia com o processo". Fernandes diz que a polícia
rastreou"ilegalmente" Goetten durante 227 dias.
"Foi apurado que o Nelson, desde 2007, cometeu adultério, pois teve relacionamento extraconjugal com aproximadamente 12
mulheres, entre elas quatro com 17 e uma com 16 anos de idade (as demais, com mais de 20 anos). Apenas uma prostituta.
Todas as demais (...) afirmaram em juízo que se encontraram com Nelson por iniciativa própria, nunca houve uso de drogas ou
bebida em excesso", diz ele."A polícia transformou a conduta liberal de Nelson, em relação a seus relacionamentos amorosos,
em crime. Transformou uma conduta imoral em uma conduta criminosa."ÉPOCA perguntou a Ideli a respeito de sua relação
com Goetten. Ela respondeu: "Fomos deputados estaduais na mesma legislatura em Santa Catarina, onde ele também foi
presidente do PR. Participamos do Fórum Parlamentar de Santa Catarina, eu como senadora e ele como deputado federal. Em
2010, PT e PR se coligaram nas eleições majoritárias. Nosso relacionamento ocorria estritamente na esfera políticoinstitucional".
CAPÍTULO 5
FUTURO CATARINENSE?
Desde que saiu da Pesca para o "pior ministério da Esplanada", Ideli tem se esforçado para agradar à "dona da pensão" e,
claro, para aplainar seu caminho para o futuro. Ele está, até onde a vista alcança, numa segunda
tentativa ao governo de Santa Catarina, em 2014. Mas diz que "ainda é muito cedo para falar no tema". Para desmenti-la,
basta conferir, na agenda, a frequência de idas, vindas, eventos e audiências em que Santa Catarina e seus municípios estão
na pauta. Ideli também cuidou de neutralizar ou nocautear potenciais concorrentes de seu próprio partido. O caso mais
exemplar foi o ex-deputado Vignatti. Depois de perder a eleição para senador - com o dobro dos votos que Ideli recebeu para
governadora
-, Vignatti ganhou abrigo como secretário executivo da Secretaria das Relações Institucionais, durante a gestão do antecessor
de Ideli, Luís Sérgio. Mal assumira, Ideli exonerou Vignatti e comprometeu-se a obter um cargo equivalente para ele. Aventouse a presidência da Eletrosul - mas lá estava (e continua) Eurides Mescolotto, o ex-marido de Ideli. Faz mais de um ano que
Vignatti vive de bicos ocasionais que consegue na iniciativa privada. "O PT tem pouca solidariedade entre companheiros. Só
mesmo quando acontece um assassinato", diz ele.
Desde que entrou no Senado, Ideli é volta e meia acusada de malfeitos. Ora são depósitos bancários que fogem do padrão,
ora verba de emendas parlamentares indevidamente aplicadas, ora curso de especialização no exterior com dinheiro do
Senado e envolvimento da empresa do filho e da nora. A denúncia que mais a abalou foi sobre a compra de lanchas para o
Ministério da Pesca. Já esclarecida - ela não tem culpa no cartório -, a acusação revelou que Ideli contratou, como pessoa
física, uma assessoria de imprensa privada para cuidar de sua imagem, a Entrelinhas Comunicação Publicidade.
Ideli é a única ministra no Palácio do Planalto a ter duas assessorias de comumcaçao: uma institucional, que todos os ministros
têm, outra por sua conta. No que diz respeito a sua imagem, a Entrelinhas assumiu inteiramente os trabalhos. Centraliza
informações, passa tarefas à assessoria institucional e administra a agenda. "Contratei a agência como pessoa física. Foi
necessário para que os jornalistas fossem atendidos adequadamente, sem sobrecarregar ou causar prejuízos ao trabalho da
SRI", diz Ideli.
O olhar de Ideli é quase sempre desconfiado - e nem sempre frontal. As vezes, antes que venha uma próxima pergunta, ela
olha para o lado, para cima, para o vazio, e diz: "Tem uma coisa que me cobram:"Ah, você está diferente". É que estou numa
tarefa diferente. Não posso agir como sindicalista sendo deputada; como senadora, não posso agir como agia quando
deputada; e, como ministra, não posso agir como agia quando senadora. Porque minha responsabilidade e minha tarefa são
outras. Quem não tem capacidade de colocar suas condições, suas capacidades, suas potencialidades a serviço da tarefa que
lhe é designada, não aceite".
ÉPOCA | VIDA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
A filmadora de soluções
Com o vídeo comunitário, a gaúcha Fernanda Baumhardt ajuda aldeões do Egito à India a encontrar respostas para as
mudanças do clima
Aline Ribeiro
Lá do alto, ainda no avião, a gaúcha Fernanda Baumhardt compreendeu o conselho incisivo da mãe: "Não, Malaui não". Era
em meados de 2008. Fernanda acabara de abandonar uma carreira de executiva nos Estados Unidos para trabalhar com
comunidades carentes afetadas pelas mudanças climáticas. Naquele momento, sobrevoava o país africano que, segundo as
Nações Unidas, está entre os 20 mais pobres do mundo. Além da fome, da violência e da falta de infraestrutura, a população
do Malaui sofre com altas taxas de infecção por HIV. A mãe de Fernanda, geógrafa com experiência em missões humanitárias,
sabia o que a filha encontraria pela frente.
Fernanda desembarcou no Malaui para ajudar pequenos vilarejos a se adaptar ao aquecimento da Terra. O trabalho era parte
de sua dissertação de mestrado por uma universidade em Amsterdã e usava uma técnica conhecida como vídeo participativo.
Primeiro, ela reunia a comunidade para entender seus problemas, de enchentes a furacões. Em seguida, inteirava-se das
soluções locais encontradas para enfrentar os desafios. Passo seguinte, mostrava aos moradores como registrar suas histórias
para as câmeras, gravava tudo e editava as imagens ao lado das pessoas. Ao final, exibia o vídeo em comunidades com
dilemas semelhantes. A experiência, compartilhada com outras aldeias, tinha potencial para salvar vidas.
Uma das soluções apresentadas pelos moradores de um lugarejo no Malaui afetado por enchentes foi trocar a criação de
galinhas por patos. Os patos têm a vantagem de nadar e sobreviver ao aguaceiro. Fernanda ajudou a filmar a experiência e
exibiu-a em quatro outras vilas. Dos moradores que assistiram ao vídeo, 80% disseram ter a intenção de aderir à criação de
patos. "O vídeo participativo tem um impacto local muito grande", afirma Fernanda. Sua dissertação de mestrado foi publicada
com sucesso no jornal científico de um renomado centro inglês que trabalha com clima.
Apesar do sucesso do trabalho, Fernanda viveu dois meses de pânico na África. Além do contato doloroso com a miséria,
temia por sua segurança o tempo todo. Nunca saía sozinha, aterrorizada pela possibilidade de ser estuprada. Abandonou o
hábito de correr. Numa das aldeias que visitou, foi rodeada por crianças. "Elas me apertavam, me puxavam", diz. "Só entendi
depois que a tradutora me explicou: aquelas crianças nunca tinham visto um branco na vida." Ela nunca se sentira tão
estrangeira quanto naquele lugar. Por ironia, afirma, foi ali que descobriu quem era.
Antes de ir buscar sua essência na África, Fernanda tinha uma vida digna de seriados de TV. Bonita, chique, independente,
aos 35 anos estava com a vida ganha. Gerente de vendas de publicidade digital do canal CNN, morava em Los Angeles a
quatro quadras da praia. Surfava no tempo livre. Com um salário de cerca de US$ 15 mil por mês, nunca se censurava diante
de uma vitrine. Numa de suas extravagâncias, voou para o Havaí num fim de semana para ver um show da banda U2, uma de
suas paixões. O automimo lhe custou US$ 2.500. Uma manhã qualquer descobriu que nada daquilo a fazia feliz. Assim
mesmo, bem clichê.
Hoje, com 41 anos, Fernanda tem uma organização para continuar as atividades descobertas na África, a Pro Planeta. Ela vive
no Rio de Janeiro, e sua atuação é global. Já viajou para o Egito, Índia, Etiópia e Marrocos levando seus vídeos. Diretamente,
ensinou cerca de 700 moradores de 16 comunidades a responder aos impactos das mudanças climáticas. Seu maior fracasso
ocorreu no Marrocos. Numa área rural do país, foi proibida pelos homens da comunidade muçulmana de começar suas
filmagens. Até hoje não sabe ao certo o motivo. Suspeita que seja porque chegou ao vilarejo com a cabeça descoberta. Sua
próxima aventura agora é na América Latina. Deverá embarcar em setembro, como consultora temporária da Cruz Vermelha,
em busca de novas formas para amenizar o drama das vítimas do clima. Para fazer isso, recusou um emprego fixo e bom
salário numa organização das Nações Unidas. A mãe, claro, torceu o nariz.
CARTA CAPITAL | IDÉIAS ENTREVISTA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
Em nome da subversão
MICHEL PLON | A psicanálise não quer adaptar o indivíduo à sociedade, mas libertá-lo. E uma escola de liberdade
incompatível com os totalitarismos
A Leneide Duarte-Plon, de Paris
POR JULGAR que a psicanálise está ameaçada por uma legislação restritiva tanto na França quanto na Itália, seis
psicanalistas lacanianos (Sophie Aouillé, Pierre Bruno, Franck Chaumon, Erik Porge, Guy Lérés e Michel Plon) lançaram o livro
Manifeste pour la Psychanalyse (La Fabrique). A obra é uma defesa dessa prática subversiva de investigação do inconsciente,
incompatível com toda tentativa de controle pelo Estado ou regulamentação profissional que a confunda com as psicoterapias.
Coautor do Dicionário da Psicanálise, com Élisabeth Roudinesco, e um dos autores do Manifesto pela Psicanálise, Plon vê a
nova legislação francesa como um perigo para o exercício da psicanálise. Nesta entrevista a CartaCapital ele afirma que a
psicanálise é subversiva para qualquer regime. "Há regimes democráticos que a toleram, ela é incompatível com os
totalitarismos." Em sua avaliação, a psicanálise vive um momento mais difícil na Itália que na França, onde está um pouco mais
protegida dos ataques de detratores graças à influência de Jacques Lacan, que promoveu o retorno a Freud e revigorou a
psicanálise francesa.
No que diz respeito à Sexualidade feminina, Lacan avançou um pouco mais que Freud, que um dia, perplexo, escrevera: "O
que quer a mulher?" "Para Freud, a Sexualidade feminina era urn "continente negro", obscuro, que ele não conseguia
decifrar", diz Plon. "O psicanalista argumenta que Lacan trouxe luz a essa discussão com sua tese da não relação sexual."
"Para Lacan, a Sexualidade masculina e a feminina são universos distintos que não se relacionam. São como duas linhas
paralelas."
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"Se uma pessoa quer superar obstáculos, vai se questionar por meio da análise. Pouco a pouco descobrirá coisas que a
impediam de viver de forma melhor"
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CartaCapital: Você escreveu com outros cinco psicanalistas lacanianos o Manifesto pela Psicanálise. Qual o objetivo?
Michel Plon: Responder aos ataques contra a psicanálise vindos do governo que impunha por lei uma regulamentação das
psicoterapias. A psicanálise não tem nada a ver com as psicoterapias, mas a intenção do governo era integrar a psicanálise ao
conjunto das psicoterapias.
CC: Por que a psicanálise não é uma psicoterapia?
MP: Primeiramente, ela não considera que deva curar, já que os problemas que os indivíduos podem encontrar em suas vidas
não são doenças. Logo, não há o que curar. O que há é uma pessoa que tem o desejo de compreender melhor como ela
funciona, de não se ver sem cessar diante da repetição dos mesmos impasses. Se ela tem o desejo de superar esses
obstáculos, vai se questionar por meio de análise. Vai procurar um analista que lhe propõe falar livremente, espontaneamente,
e pouco a pouco a pessoa vai descobrir certo número de coisas que a impediam de viver melhor. As psicoterapias são
calcadas no modelo da medicina. A psicanálise é um outro "modo de pensar", para utilizar uma expressão de Freud.
CC: o que representa fazer análise?
MP: É uma decisão que pode acrescentar muito ao ser humano se ele quiser Outro modo de pensar. Michel Plon, resposta aos
governos que querem regulamentar como se fosse psicoterapia fazer esse percurso que passa pelo questionamento de muitas
coisas nas quais ele crê e que são ilusões impostas pela moral ou pela religião. As psicoterapias em geral ignoram os efeitos
da linguagem, os lapsos, as homofonias, enfim, o que faz a linguagem humana e por onde se pode penetrar no mais profundo
do psiquismo.
CC: O que faz com que a psicanálise, busca interior definida como experiência de liberdade, por meio de um percurso longo e
duro, ainda possa interessar pessoas num mundo à procura de resultados imediatos?
MP: Isso significa que há pessoas que têm necessidade de refletir, que talvez tenham percorrido outros caminhos por
psicoterapias diversas e viram que não levam a lugar nenhum, que não resolviam seus questionamentos. Com a análise, elas
descobrem que têm a res posta dentro delas e que essas respostas fazem parte de um saber inconsciente. O que faz que
existam pessoas que preferem ver os filmes comerciais de Hollywood e outras que preferem o cinema italiano dos anos 1960
ou os grandes cineastas como Martin Scorsese? O que faz que algumas pessoas amem Proust e outras prefiram os best
sellers?
CC: No Manifesto, vocês escrevem: "A psicanálise denuncia o turbilhão infernal do laço social dominante, que Lacan chamou
de discurso capitalista, e por isso ela representa uma ameaça que deve ser circunscrita." A psicanálise é subversiva demais?
MP: Claro. O essencial, o núcleo da questão é o que Freud chamou de "modo de pensar". O modo de pensar psicanalítico
significa que se leve em conta o inconsciente. Significa admitir que o "eu" não é dono da casa. O "eu" é uma das instâncias do
funcionamento psíquico, mas é dominado pelo inconsciente. E Freud reconheceu isso ao dizer que ele tinha imposto a terceira
ferida narcísica à humanidade. A primeira foi revelada por Nicolau Copérnico, quando ele disse que a Terra gira em torno do
Sol e não o contrário. A segunda se deu quando Darwin disse que o homem descende do macaco e a terceira quando Freud
afirmou que o homem não manda em sua casa, isto é, não é o consciente que nos governa. O caráter subversivo da
psicanálise é que ela se choca com o pensamento espontâneo do homem que pensa que é seu "eu" que conta. O ser humano
tem dificuldade de admitir os dados da psicanálise, isto é, que tem um inconsciente que se manifesta por meio do sonho, dos
chistes, dos lapsos, dos atos falhos, dos esquecimentos. Isso determina o sujeito muito mais que o consciente, a racionalidade.
E o caráter subversivo da psicanálise repousa ainda no fato de que ela não quer adaptar o indivíduo à sociedade, mas libertálo. É uma escola de liberdade e nesse sentido ela é subversiva, qualquer que seja o regime. Há regimes democráticos que a
toleram, mas ela é incompatível com os totalitarismos. A psicanálise é intolerável também por causa da Sexualidade. Essa
dimensão fundamental da Sexualidade infantil que Freud explicita a partir de 1905 é o aspecto mais escandaloso que o levará
a ser acusado de pansexualismo.
CC: O livro foi traduzido e você foi à Itália debatê-lo. As ameaças que pesam sobre a psicanálise na Itália são maiores que na
França. Por quê?
MP: Porque em 1989 foi votada uma lei na Itália que define os estudos para se tornar psicoterapeuta, logo as escolas de
formação de psicoterapia, e essa lei não reconhece a psicanálise. Aos olhos do legislador, a psicanálise não existindo, os
psicanalistas são considerados psicoterapeutas. Assim, por não estarem inscritos nas escolas de psicoterapia, praticariam a
psicoterapia de maneira ilegal. Houve denúncias e julgamentos em tribunais. Há uma hipocrisia fundamental que alguns
psicanalistas italianos tentam combater ao defender a psicanálise leiga, não calcada num modelo médico.
CC: Entre a Itália e a França é Lacan quem faz a diferença?
MP: Sim, fundamentalmente. Há Lacan, mas houve as intervenções do Vaticano, maciças em diferentes épocas, contra a
psicanálise. A começar por Agostino Gemelli, que era padre e psicólogo e combateu energicamente a psicanálise, apoiado
pelo papa Pio XII. O contexto ideológico e político na Itália era fundamentalmente diferente do contexto francês. O peso do
catolicismo e da Igreja na Itália é mais importante do que se imagina.
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"A moda das psicoterapias expressa o campo psíquico neoliberal"
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CC: Desde Freud, a psicanálise foi combatida e atacada. Qual o momento mais difícil?
MP: Houve dois momentos de crise grave para a psicanálise, nos anos 1920 e,1950. Em 1926, quando houve na Áustria um
processo contra um dos alunos de Freud, Theodor Reik, que não era médico e foi acusado de exercício ilegal de medicina por
praticar a psicanálise. Naquele momento, Freud escreveu A Questão da Análise Leiga, uma defesa da psicanálise exercida por
não médicos. Freud explica que não só os psicanalistas prescindem da necessidade de ser médicos como a formação médica
pode até ser contraditória com a formação psicanalítica. Esta consiste em escutar um sujeito e não procurar modificá-lo ou
curá-lo. O segundo momento de crise veio nos anos 1950 e foi Lacan quem "salvou" a psicanálise. A psicanálise, que se
estabeleceu na França tardiamente, nos anos 1920, foi progressivamente se alinhando ao modelo norte-americano, o da
psicologia do eu( ego psychology). Freud era pouco e muito mal traduzido. Foi então, em 1950, que Lacan começou seus
seminários. Durante 30 anos houve uma renovação da psicanálise graças ao ensino de Lacan.
CC: Lacan era subversivo para a psicanálise norte-americana?
MP: A luta de Lacan era por um retorno a Freud, o que significava limpar o texto freudiano das camadas que o tinham coberto,
isto é, uma certa psicologização. E, ao fazer isso, ela recobrou seu caráter subversivo, insuportável para certo modo de
pensamento norte-americano, um tanto marcado pela filosofia norte-americana, pelo pragmatismo, empirismo e positivismo.
Todo o ensino de Lacan, toda sua teoria se revestia de uma continuidade em relação a Freud.
CC: A revista Le Nouvel Observateur fez recentemente uma grande reportagem de capa contra a psicanálise, intitulada "Devese incendiar a psicanálise?" A psicanálise está ameaçada pelas psicoterapias cognitivas?
MP: A psicanálise não está diretamente ameaçada pelas psicoterapias. O problema é que, numa época dominada pela
ideologia neoliberal, o que guia as pessoas que têm um mal-estar é a busca de eficácia, de rapidez e de desaparecimento dos
sintomas. Ora, tudo isso é contrário à psicanálise. Sehouver menos pessoas querendo fazer análise, como a pesquisa
psicanalítica está baseada na clínica, a psicanálise tenderá a ser menos importante e pode desaparecer. Não são as
psicoterapias que ameaçam a psicanálise. A moda das psicoterapias é a expressão no campo psíquico do neoliberalismo.
CC: Freud perguntou um dia: "O que quer a mulher?" Os psicanalistas dizem que nem Freud nem Lacan compreenderam
realmente o gozo feminino. Por quê?
MP: Antes de falar do gozo feminino é preciso falar de Sexualidade feminina. E essa questão foi polêmica desde a origem da
psicanálise. Para Freud, desde 1905, quando publicou Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, o que aparece é que
existe uma libido, a masculina. A tese central de Freud é o monismo sexual. A Sexualidade feminina se deduz a partir da
Sexualidade masculina, ela não é uma especificidade.
CC: Lacan vai mais longe?
MP: A tese de Freud foi defendida por todas as mulheres psicanalistas, sobretudo, Helena Deutsch e Marie Bonaparte. A partir
de 1920, essa tese do monismo sexual foi contestada pelas psicanalistas, principalmente por Melanie Klein, e também por
Ernest Jones. Eles defendiam ateoria do dualismo da libido, uma masculina e outra feminina. Esta a se organizar em torno do
clitóris, que não era um pênis castrado, como na concepção freudiana, mas um órgão sexual, diferente do masculino. Isso
ocorreu entre 1920 e 1927 no célebre congresso de Innsbruck, no qual Jones publicou um texto muito importante. Lacan tenta
superar o impasse de Freud com as chamadas fórmulas da sexuação. São fórmulas lógicas que distinguem a castração
masculina e a castração feminina para rnostrar que existe nas mulheres um gozo sem limites, porque não há ameaça de
castração e como tal constitui uma espécie de suplemento especificamente feminino. Lacan dirá que esse gozo é impossível
de ser conhecido pelo homem e não pode ser expressado pelas mulheres.
CC: Significa que elas são incapazes de expressar em palavras?
MP: Elas não podem expressar, não podem descrever. E foi essa tese da sexuação que conduziu Lacan a criar o aforismo
"não há relação sexual". Isso quer dizer que são dois universos paralelos que não têm contato, universos completamente
separados. Existe o ato sexual, mas não há relação, não é o mesmo mundo, não gozam da mesma maneira. Pode-se dizer
que se ama, que se tem prazer, mas o êxtase não é o mesmo. Não se sabe dizer nada sobre ele, é urn enigma. Finalmente,
isso se aproxima da tese de Freud que dizia que a Sexualidade feminina é um "continente negro", obscuro, que ele não
conseguiu decodificar, decifrar. Não se avançou muito com Lacan, mas ele pôde limpar um pouco o terreno com sua tese da
não relação sexual. Isso quer dizer que há dois universos distintos que não entram em reladão urn com o outro, são como duas
linhas paralelas.
CARTA CAPITAL | A SEMANA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
21/07/2012
O fim da Aids mais proximo
Depois do anúncio de um novo medicamento, que pode prevenir a Aids, feito pela Agência Federal de Alimentos e
Medicamentos (FDA) americana, mais uma boa notícia no combate à doença. O Programa Conjunto das Nações Unidas
HIV/Aids (Unaids) divulgou, na quarta-feira 18, que duas metas propostas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODM) poderão ser atingidas em 2015: a universalização do tratamento contra a Aids e o fim da transmissão do vírus HIV
entre mães e bebês. Isso porque nos últimos oito anos o número de pessoas com acesso aos Antirretrovirais aumentou
significativamente, de 400 mil para 8 milhões, o que elevou a expectativa de vida das pessoas infectadas. Ainda existem,
porém, 46% das pessoas desassistidas. O número de infectados, em 2011, 2,5 milhões de pessoas, foi 20% menor que o
registrado há uma década.
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CARTA CAPITAL | SEU PAÍS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
Imagem 1
Arapuca de tucano?
ALOPRADOS | Relatório da PF entregue à CPI do Cachoeira revela um estranho diálogo gravado pelo araponga Dadá, a
sugerir o dedo do PSDB no caso que atingiu Mercadante em 2006
Por Leandro Fortes, de Brasília
EM 29 DE FEVEREIRO deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo e revelou ao País o esquema
criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, três agentes federais esbarraram, sem querer, no rumo
de outra história. Eles haviam sido designados, na ação policial, para uma missão de busca e apreensão na casa de Adriano
Aprígio de Souza, ex-cunhado de Cachoeira e principal testa de ferro do bicheiro nos negócios de jogatina no estado. No
apartamento de luxo localizado em Anápolis (GO), os agentes encontraram uma caixa branca cheia de CDs, DVDs e antigos
disquetes de computador. Em um deles, a revelação de que o chamado "dossiê dos aloprados", que levou a eleição
presidencial de 2006 ao segundo turno, teria sido uma arapuca do PSDB levada a cabo por uma suposta ala tucana da Polícia
Federal.
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Luiz Vedoin, diz Mino Pedrosa, ofereceu o dossiê aos petistas, repassou a informação a Serra e este acionou a polícia
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Um pouco de memória: em15 de setembro de 2006, a duas semanas do primeiro turno das eleições, dois integrantes do PT
foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo. A dupla, Valdebran Padilha e Gedimar Passos, foi pega com 1,7
milhão de reais em espécie, dinheiro para a compra de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São
Paulo, José Serra. O candidato do PT, derrotado ainda no primeiro turno, era o atual ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio
Mercadante. Diante do escândalo, e com o claro intuito de reduzi-lo a um problema regional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva referiu-se ao problema como obra de "um bando de aloprados" e acabou por cunhar a expressão pela qual o caso
passou a ser lembrado.
A investigação da PF revelou que o dinheiro seria usado para comprar um dossiê no qual o nome de Serra, ex-Ministro da
Saúde, estaria ligado diretamente a outro escândalo, o da "máfia dos sanguessugas", especificamente na compra
superfaturada de ambulâncias. O dossiê havia sido montado e estava sendo vendido pelos empresários Darci e Luiz Antônio
Vedoin, pai e filho, donos da empresa Planam, de Mato Grosso, pivô do escândalo dos "sanguessugas". Luiz Antônio havia
sido preso na madrugada do mesmo dia 15 de setembro de 2006, em Cuiabá, assim como um primo dele, Paulo Roberto
Trevisan, em São Paulo, também acusado de participar da trama.
Foram envolvidos, ainda, no escândalo outros dois petistas. Um deles, Freud Godoy, então assessor especial de Lula,
apontado como intermediador da compra do dossiê e, por isso mesmo, exonerado em seguida do cargo. O outro, Jorge
Lorenzetti, apelidado de "churrasqueiro" de Lula e um dos chefes do comitê de reeleição. Acusado de ser o mentor da
operação, ele presidia a ONG Unitrabalho, com contratos milionários com o governo Lula. Lorenzetti foi afastado da campanha
eleitoral e voltou a trabalhar no Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). Em junho passado, o juiz federal Paulo Cézar
Alves Sodré, da 7ª Vara Criminal de Mato Grosso, abriu uma ação penal contra todos os envolvidos.
Era o que se sabia, até a Polícia Federal enviar à CPI do Cachoeira, há pouco mais de um mês, o material apreendido na casa
do ex-cunhado do bicheiro, em Goiás. Junto, a PF também enviou um relatório sob segredo de Justiça, ao qual CartaCapital
teve acesso, com a íntegrade um diálogo gravado em vídeo entre Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o jornalista Mino
Pedrosa, ex-repórter da revista IstoÉ, apontado como ex-consultor de Carlinhos Cachoeira. A existência desse material havia
sido revelada, no mês passado, pelo jornalista Marcelo Auler, do Jornal do Brasil, mas ainda não se conhecia a íntegra do
relatório da PF.
O vídeo foi gravado clandestinamente por Dadá, em 6 de outubro de 2006, 21dias depois da prisão dos "aloprados". Nele,
Pedrosa mapeia os bastidores da operação e explica como, na verdade, os petistas teriam sido levados a uma armadilha
montada pelo próprio Luiz Antônio Vedoin, com a cumplicidade dos tucanos.
De acordo com o relatório da PF, baseado no vídeo de Dadá e Pedrosa, Vedoin montou o dossiê contra José Serra e, em
seguida, avisou a um empresário de Piracicaba (SP), Abel Pereira, sobre o assunto. Vinculado ao PSDB, Pereira, morto em
2007, era ligado ao ex-Ministro da Saúde Barjas Negri, tucano que substituiu Serra no cargo. Na investigação da PF sobre a
venda superfaturada de ambulâncias, em 2006, ele foi apontado como principal operador do esquema ao lado de Negri, este
último acusado de receber propinas para liberar as compras irregulares. "O tal do Abel, que é ligado ao PSDB, comprou o
silêncio do Vedoin", diz Pedrosa a Dadá.
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Pedrosa afirma ter sido gravado sem seu conhecimento. "Só falei dessa história porque ele me perguntou", diz
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Segundo o jornalista, o empresário Abel Pereira, então, teria avisado correligionários de Serra sobre a negociação. A partir daí,
o então candidato ao governo de São Paulo teria entrado em contato com a ala tucana da PF - ainda influente, naquela época e desencadeado a operação policial que prendeu os petistas, em 15 de setembro de 2006. Esta mesma ala tucana,
representada pelo delegado federal Edmilson Bruno, iria vazar, 15 dias depois, as fotos do dinheiro apreendido na operação.
Bruno chegou a dizer que as imagens haviam sido roubadas, mas depois confessou tê-las passado a jornalistas.
Em um dos trechos do vídeo, Mino Pedrosa diz o seguinte a Dadá: "Quem montou a armadilha foi o próprio (Luiz Antônio)
Vedoin. Vendeu pra o PT a porra e disse pra Abel (Pereira). Aí, Abel foi e vazou essa porra. Nego armou a arapuca e ficou
esperando o patinho cair. O patinho caiu, o PT dentro dela, e se fodeu".
Na sequência da conversa, segundo o relatório da PF, Pedrosa confidencia a Dadá ter informações sobre urn suposto
esquema de financiamento ilícito de campanhas eleitorais do PT, naquele mesmo ano de 2006, por meio do empresário Naji
Nahas e do banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, ambos presos, em 2008, na Operação Satiagraha, acusados de
diversos crimes contra o sistema financeiro. Por isso, Mino Pedrosa alega ter a "bala de prata" para derrubar Lula, a quem se
refere como "barbudo", na conversa. "Eu tenho o tiro na cabeda do barbudo", conta, eufórico, ao araponga.
Para disparar a tal "bala de prata", contudo, Pedrosa precisava que Dadá conseguisse informações junto ao Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda e à Receita Federal. E o que diz a transcrição do video
feita pelos peritos da PF.
Mino Pedrosa: Eu só preciso de um documento que está na Receita e no Coaf mas tem tudo, todo o mecanismo, com data e
tudo. A história é o seguinte, o Daniel Dantas e um cara chamado Naji Nahas.
Dadá: Esse cara é conhecido, porra, Naji Nahas. M P: É o cara que dá dinheiro pro PT:
Procurado por CartaCapital, Mino Pedrosa diz ter tomado conhecimento do relatório da PF recentemente. Não sabia que Dadá
havia gravado a conversa em questão. "Se soubesse que ele estava gravando, tinha quebrado a cada dele", garante. O
jornalista nega ter sido "assessor" de Carlinhos Cachoeira, como tem sido publicado pela imprensa. Pedrosa garante ter feito
apenas uma consultoria para a Vitaplan, indústria de medicamentos genéricos do bicheiro localizada em Anápolis (GO), em
2001. Também diz ter sido mal interpretado pela PE "O que eu quis dizer foi justamente o contrário, que o PT armou para cima
do PSDB", afirma, apesar dos trechos do vídeo em que fala da intermediação de Abel Pereira e a "armadilha" preparada por
Vedoin para vender o dossiê aos "aloprados" petistas. Pedrosa alega ter procurado Dadá, à época, para conversar sobre uma
reportagem que estava interessado em fazer sobre o mercado financeiro. "Eu só falei dessa história dos aloprados porque ele
me perguntou", diz o jornalista.
Mino Pedrosa não nega, contudo, a versão da armadilha do PSDB contada a Dadá. "Era uma arapuca do Vedoin, e o PT caiu
nela", confirma. "Mas é certo que os aloprados iam comprar o dossiê para atacar Serra na campanha a governador", avalia.
Apesar de ter dito a Dadá que a informação sobre a negociação do dossiê havia chegado ao PSDB via Abel Pereira, Pedrosa
deu outra versão do fato a CartaCapital. "Foi Vedoin que avisou à PF, depois de preso em Cuiabá, sobre o encontro que teria
com os petistas no hotel de São Paulo.
Sobre a tal "bala de prata" para "matar" o ex-presidente Lula, Mino Pedrosa confessa nunca ter conseguido os documentos do
Coaf e da Receita Federal que provariam a existência de um esquema ilegal de financiamento de campanhas petistas por
Nahas e Dantas. "Era uma informação que eu tinha, mas Dadá não conseguiu os documentos para mim", conta. Pedrosa não
sabe por que o vídeo gravado por Dadá foi parar na casa do ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira. "Talvez porque eles todos
(Dadá, Cachoeira e Adriano Aprígio de Souza) se relacionavam. Eu estava lá como jornalista", afirma.
CARTA CAPITAL | PLURAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
A garota do bando
Protagonista Anna Karina fez a mulher mais moderna na nouvelle vague
Por Orlando Morgarido
Anna Karina Credita ao interesse do público jovem onde quer que vá a melhor referência da atualidade e influência da nouvelle
vague. Mas a certeza de permanecer eterna musa do movimento de cinema francês chegou-lhe em definitivo na Austrália. "Lá
sou nome de pizza", diverte-se. Os ingredientes, a atriz não recorda. Tem sempre na memória, no entanto, a receita que levou
jovens críticos dos anos 1960, entre eles seu ex-marido Jean-Luc Godard, a sacudir a linguagem cinematográfica moderna.
"Era a vontade de renovar algo com desprendimento, mas não com tanta improvisação como se pensa. Havia uma rotina, uma
ordem séria e também muito divertida. Na semana passada, aos 71 anos, a dinamarquesa Hanne Karin Blarke Bayer testou
mais uma vez sua fama. Esteve na capital do País, na primeira edição do Brasília International Film Festival, onde abriu o
evento com um show no estilo cabaré para 1,3 mil pessoas. Cantar, ainda que com uma voz mínima, sussurrante, talvez não
tenha sido a única descoberta que muitos tiveram. Mais tarde, como fez em entrevista a CartaCapital, lembrou em debate que
quem lhe deu o nome artístico foi Coco Chanel. Karina chegou aos 17 anos a Paris, tornou-se modelo e foi num anúncio de
palmo live, coberta de espuma numa banheira, que Godard a viu e a convidou para seu primeiro filme, Acossado (1960). O
papel era pequeno, mas previa um nu. A garota disse não para no ano seguinte se tornar protagonista do diretor em O
Pequeno Soldado, filme censurado e só lançado em1963.
A relação com Godard durou outros cinco longas-metragens, entre eles Viver a Vida e Bande à Part, e sete anos de convívio.
"Foi turbulento", resume a atriz, por não gostar de especulações sobre o período de várias separações e algumas tentativas de
suicídio dela. Recentemente, essa passagem foi mais uma vez esmiuçada pelo crítico Antoine de Baecque, espécie de
biógrafo oficial do grupo, numa alentada biografia de Godard. "Há muito de invenção ali. Não sei onde o autor busca suas
fontes, mas posso dizer que mentem." Baecque também é roteirista de um filme de Emmanuel Laurent sobre a reladão do
diretor de Acossado e François Truffaut. Quando em São Paulo, Laurent lembrou que a nouvelle vague criou a mulher
moderna para o cinema. A atriz sorri. "Com isso eu concordo. Não que até ali as mulheres tivessem papel decorativo, mas elas
passam a ir atrás de seu destino. Anna Karina reconhece essa determinação em seus personagens e nela mesma. Faz
questão de lembrar que não se fez apenas à sombra de Godard. Trabalhou com outros grandes diretores, inclusive da nouvelle
vague, a exemplo de Jacques Rivette, sua protagonista em A Religiosa, nas versões de teatro e cinema, considerado um de
seus melhores trabalhos. Também atuou para Luchino Visconti (O Estrangeiro) e Fassbinder (Roleta Chinesa). "Este era cruel
e exigente com os atores, mas uma grande experiência.
Hesita, contudo, quando lhe apontam uma tragicidade em seus papéis como a de Nana em Viver a Vida, jovem sem rumo que
se desvia para a Prostituição. Também acha complexo definir a condição feminina num movimento sobretudo formado por
homens, exceção a agnes var da. "Eu estava fugindo de casa muito jovem para encontrar meu lugar, sobreviver, não poderia
pensar sobre isso", diz, referindo-se a uma situação familiar difícil. O padrasto a maltratava e somente a mãe, figurinista do
cineasta dinamarquês Carl T. Dreyer nos anos 1950, soube reconhecer o empenho da filha ao viajar a Paris e assinar a
autorização para seu primeiro filme. Godard, assim, encontrou sua musa perfeita e pode criar cenas inesquecíveis como
aquela em que Nana assiste, às lágrimas, O Processo de JoanaD½rc, um dos clássicos de Dreyer.
CARTA CAPITAL | PLURAL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
A alcova liberta
HISTÓRIA
Livro do pesquisador da Universidade de Oxford Faramerz Dabhoiwala prova que a primeira revolução sexual ocorreu no
século XVIII
POR FRANCISCO QUINTEIRO PIRES, DE NOVA YORK
O POETA PHILIP Larkin estava errado quando afirmou que "o intercurso carnal começou" somente nos libertários anos 1960.
A primeira revolução sexual ocorreu pelo menos 200 anos antes. Em The origins of Sex - A History of The First Sexual
Revolution (As Origens do Sexo - A História da Primeira Revolução Sexual), o historiador inglês Faramerz Dabhoiwala mostra
como o Iluminismo transformou a relação da sociedade com o sexo. O que uma pessoa fazia na cama, ou em outros lugares,
virou assunto privado no qual nem o Estado nem a religião poderiam interferir.
Essa mudança foi revolucionária. Durante boa parte da história ocidental, segundo a pesquisa exaustiva de Dabhoiwala,
professor da Universidade de Oxford, o sexo recebeu o mesmo tratamento repressivo dispensado atualmente pelos talebans
ou defensores da sharia, a estrita lei islâmica. O controle do desejo fora entendido como essencial à manutenção da "boa
ordem social". Até o século XVII, tanto na Europa quanto na América do Norte, a transgressão a essa rígida noção de
moralidade recebia castigo público. Os adúlteros, por exemplo, podiam ser punidos com multa, açoites, encarceramento e até
execução sumária.
Dabhoiwala recuperou o destino trágico de Mary Latham, uma jovem casadoura de boa família. Um dos colonos de
Massachusetts, James Britton ficou doente no inverno de 1644. Enquanto estrebuchava, foi acometido pela "repulsão
assustadora da consciência". De acordo com seu entendimento, reflexo da crença cristã, a doença era um castigo divino
provocado por um passado pecaminoso. Ao admitir os próprios erros, Britton declarou ter tentado fazer sexo com Marv em
uma noite de bebedeira. O ato não foi consumado. Mesmo assim, a jovem foi acusada de ser adúltera. Levada da colônia de
Plymouth para Boston, Mary, sob pressão, confessou a sua imoralidade para o tribunal. Proclamou ser justa a sua morte, pois
representava uma forma eloquente de penitência e exemplo. Ela e Britton foram enforcados diante do público em 21 de março
de 1644. Mary tinha 18 anos.
Tendo como base mais de 20 anos de pesquisa, The origins of Sex (Oxford University Press, 496 págs., US$ 34,95), primeiro
livro de Dabhoiwala, expõe o que se esconde atrás dessa atitude puritana: interesses econômicos da elite de plantão. A
perspectiva ocidental sobre as relações sexuais foi construída a partir de um desejo, o da preservação de poder. "As atitudes
em relação ao sexo, em todas as classes, foram influenciadas pela ideia patriarcal de que as mulheres pertencem aos homens.
A Sexualidade feminina era literalmente entendida como propriedade do pai ou do marido", diz Dabhoiwala a CartaCapital.
"Antes de ocorrer o que chamo de a primeira revolução sexual, o sexo fora do casamento deveria ser interditado", pois
esfacelava o núcleo familiar e patrimonial.
Não por acaso, um bastardo era considerado perigoso. Ele ameaçava a vontade de uma sucessão tranquila de patrimônio de
uma geração para a outra. Entre os mais pobres, mostra o estudo de Dabhoiwala, a percepção sobre a bastardia tinha também
um fundo materialista. A concepção de filhos ilegítimos por casais desfavorecidos representava um fardo para a comunidade
onde nasciam.
A punição aos devassos variava, segundo o historiador. Alguns escapavam às garras da lei. "Embora os ricos e poderosos
fossem punidos aqui e ali por licenciosidade, eles tinham grande privilégio." No mais das vezes, os seus atos imorais eram
ignorados. "A minha pesquisa indica que a elite foi a primeira a se beneficiar do fortalecimento da liberdade sexual. No fim do
século XVIII até as mulheres aristocratas podiam, em certas ocasiões, desfrutar um grau considerável de liberdade." Essa
minoria privilegiada era composta por brancos, heterossexuais e proprietários de terras.
Para escrever The origins of Sex, Dabhoiwala consultou diversas fontes: de obras artísticas e diários pessoais a registros
criminais e tratados filosóficos. "Eu tive a grande sorte de tropeçar em um assunto tão importante e pouco explorado", diz.
"Sem perceber, estava estudando um período que é um ponto de virada na história do Ocidente " Dabhoiwala, de 43 anos,
determinou-se não só a "descrever tendências intelectuais e materiais que mudaram a sociedade daquela época, mas a
explorar em detalhes os efeitos dessas transformações nos indivíduos. Pois é isso que faz a história ser viva e a leitura,
sedutora.
A preocupação do escritor ultrapassa a pesquisa massiva. Ele é obcecado também pelo estilo. O panorama histórico tem de
ser pontuado por trajetórias individuais diversas e costurado por uma narrativa semelhante à de um thriller. Dabhoiwala conta
ter lido todos os trabalhos de Carlo Ginzburg (autor de O Queijo e os Vermes), Robert Darnton (O Grande Massacre de Gatos)
e Natalie Zemon Davis (O Retorno de Martin Guerre), estudiosos que "escrevem bem e, por isso, são capazes de revelar
eventos fascinantes".
Segundo Dabhoiwala, os historiadores Peter Gay e Michael Mason haviam reconhecido a mudança da mentalidade ocidental
em relação ao sexo, mas as origens dessa transformação permaneceram desconhecidas. Cada qual propôs uma abordagem
conflitante, reveladora dos movimentos contraditórios da história. Autor de A Experiência Btæguesa, da Rainha Vitória a Freud,
Gay considera que, depois do século XVIII, uma sensualidade mais intensa adentrou a vida dos indivíduos, apesar do avanço
do vitorianismo. Mason, autor de The Making of Victorian Sexuality, enfatiza a repressão a uma liberdade sexual maior, embora
a privacidade representasse um direito cada vez mais exigido pelos burgueses nos oitocentos. Existem trabalhos pioneiros
como The Family, Sex and Marriage in E ngland,1500-1800, de Lawrence Stone, capazes de intuir a alteração radical
provocada pelos ideais iluministas. Mas "o foco foi muito mais intenso sobre as árvores do que sobre a floresta". As primeiras
páginas de The origins of Sex exploram a percepção sobre o erotismo desde os tempos bíblicos. Elas apontam para a íntima
relação entre doutrina religiosa e disciplina corporal. "Sexo ilícito passou a ser tratado como crime público no início da Idade
Média" diz. "Os doutores da Igreja começaram a cultivar visões negativas sobre as relações sexuais." Quem representou à
plenitude esse negativismo foi Santo Agostinho (354-430), "a pessoa que exerceu, provavelmente, o impacto mais profundo e
duradouro sobre as atitudes cristãs em relação à Sexualidade". Heresia e adultério eram crimes comparáveis, segundo Santo
Agostinho, um devasso arrependido. Em seus escritos, antes de voltar todas as suas energias para a pregação da abstinência,
ele relata ter se relacionado com uma mulher sem casar e tido um filho ilegítimo.
Curiosamente, com o aumento do poder da Igreja entre os séculos XI e XIII, houve um relaxamento em relação às práticas
sexuais, sobretudo quando o alto clero católico se entregava aos prazeres da carne. O historiador afirma que a Igreja permitia
a existência de bordéis e fazia vista grossa para a luxúria dos clérigos. Um adágio medieval justificava a permissividade:
"Remova o esgoto e você fará o palácio ser habitado pelo mau cheiro. Tire as prostitutas do mundo e você fará a sodomia
dominá-lo". A Reforma propôs uma limpeza radical dessas práticas impuras. Os protestantes radicalizaram o combate ao sexo
extraconjugal. Londres foi o epicentro desse entusiasmo puritano.
No fim do século XVII a imoralidade era perseguida com uma força sem precedentes na maior cidade britânica. Mas os
mesmos fatores que beneficiaram a Reforma, como o crescimento das cidades e a popularização da imprensa, tornaram
impossível o controle social do sexo. Entre 1700 e 1850 a população britânica saltou de 5 milhões para 20 milhões. À mesma
época, o Iluminismo criou uma tipologia que tratava ações sexuais como naturais ou anormais. E despertou o desejo de
entender a natureza humana sob o esquadro da ciência. "Os iluministas legaram uma pluralidade de perspectivas morais que
resultaram em tensões inevitáveis", diz. "Essa condição moderna, abordada por Michel Foucault no influente A História da
Sexualidade (1976), nos persegue até hoje.
A partir do século XVIII, liberdade sexual tornou-se pré-requisito para outras formas de liberdade. "Filósofos importantes como
Jeremy Bentham e John Stuart Mill argumentaram que o direito mais básico do ser humano é o de fazer com o próprio corpo o
que bem entender." Aos poucos, segundo Dabhoiwala, a liberdade sexual se estendeu entre os pobres, homossexuais,
mulheres e outras raças além da branca. No Ocidente, apesar de as limitações impostas por classe e gênero, o sexo nunca foi
tão livre quanto hoje.
Mas nada está garantido, de acordo com o autor de The ori gins ofSex. "Nós sempre esquecemos como o presente é feito de
contingências", diz. "O passado está cheio de caminhos alternativos descartados." Uma das alternativas, lembra Dabhoiwala,
pode ser uma repressão igual à adotada por sociedades em que o islamismo dita as regras. A história mostra: assim como o
sexo, a liberdade só existe na prática.
----------Jeremy Bentham e John Stuart Mill argumentaram que o direito mais básico do ser humano é o de fazer com o próprio corpo o
que bem entender
-----"A Sexualidade feminina era entendida como propriedade do pai ou do marido"
-----
EXAME | BRASIL DESENVOLVIMENTO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
21/07/2012
A legião coreana
Começam a chegar os primeiros dos 5000 coreanos que vão construir uma siderúrgica no Ceará, um dos maiores
investimentos do Nordeste
O sol ultrapassa os 30 graus. O imenso descampado na cidade cearense de São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de
Fortaleza, anuncia que uma obra de grandes proporções está prestes a ser erguida ali. Duas centenas de máquinas entre
caminhões, tratores e escavadeiras estão no local. À sombra de uma das poucas árvores que sobreviveram à etapa de
terraplenagem do canteiro de obras da companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o coreano Hong Seok, de 48 anos, refugia-se
do calor. O engenheiro faz parte da primeira leva de uma centena de expatriados coreanos que já chegou aqui para a
construção da CSP, investimento da mineradora brasileira Vale e das siderúrgicas Posco e Dongkuk, ambas da Coreia do Sul.
Funcionário da Taein, uma das empresas subcontratadas para a construção da CSP, ele e mais seis conterrâneos
supervisionam a construção das fundações da siderúrgica. "Não sei falar português e aqui ninguém consegue dizer nada em
inglês", diz Seok, que chegou há um mês ao Ceará e até hoje senta na mesa do restaurante na hora do almoço e espera o
garçom escolher o que ele vai comer. Dificuldades de comunicação à parte, Seok pode se considerar uma pessoa de sorte por
já ter vencido a burocracia brasileira e conseguido um visto permanente para trabalhar. Começou a se preparar para vir para o
Ceará no ano passado. Enviou todos os documentos exigidos pelo Ministério do Trabalho, esperou quatro meses e, finalmente,
em junho, conseguiu começar a trabalhar.
A expectativa é que 5000 coreanos passem pelo Ceará até 2015, quando a usina deve entrar em operação. Essa legião de
trabalhadores asiáticos chega a um Brasil que, visto de fora, é a terra das oportunidades: a sexta maior economia do mundo, o
quarto maior destino global para o investimento estrangeiro produtivo e um país aberto às mais diferentes culturas. Mas esses
coreanos chegam também a um Brasil que vive um paradoxo: está à beira do pleno emprego e, mesmo com um mercado de
trabalho nacional despreparado, impõe restrições para a importação de trabalhadores estrangeiros. No projeto da siderúrgica,
a maior dificuldade é justamente a contratação de mão de obra especializada. De acordo com um estudo realizado pela DVF
Consultoria, ligada à escola de negócios Fundação Dom Cabral, que analisou a oferta de mão de obra na região, mais da
metade da população empregada na iniciativa privada em São Gonçalo do Amarante e nas cidades vizinhas não completou
sequer o ensino fundamental. Os que têm ensino técnico ou superior completo não somam 15% da população total. O
problema, claro, transcende as fronteiras do Ceará.
Há uma notória falta de engenheiros e técnicos em todo o Brasil - o que contrasta com a superqualificação dos profissionais
coreanos, país no qual 60% da população tem diploma universitário, segundo dados da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico. A operação para conseguir trazer coreanos como o engenheiro Seok dá uma boa medida das
dificuldades enfrentadas por todas as nacionalidades interessadas em trabalhar no Brasil. "Temos de pedir o visto de trabalho
com pelo menos três meses de antecedência em função das regras brasileiras", diz Fabiano Kawai, dono da Emdoc, uma das
empresas que fazem a tramitação de pedidos de vistos dos coreanos aos órgãos brasileiros. Uma das maiores burocracias
nessa área é a tradução de diplomas e certificados, com seus respectivos carimbos, que comprovem a formação e a
experiência do profissional a ser trazido para o Brasil. Sem isso, o governo brasileiro não concede a permissão de trabalho.
Qualquer pedido de visto exige ainda que o empregador comprove a ausência de profissional com qualificação similar no
Brasil.
CONTERRÂNEOS
Grande parte da mão de obra que virá para o Ceará nos próximos quatro anos é formada por técnicos e engenheiros que vão
passar curtas temporadas no país - de menos de 90 dias , o que facilita a obtenção das permissões de trabalho. Outra saída
da CSP é buscar parte da mão de obra entre os cerca de 60 000 coreanos e descendentes que vivem no Brasil - a maioria
deles em São Paulo. No canteiro de obras da CSP, um tradutor que fala coreano e português consegue um salário de até 7000
mais o pagamento de moradia e transporte. Jong Yoon Kim, que chegou ao Brasil com 3 anos de idade, é veterinário por
formação, mas agora ganha a vida assessorando seus compatriotas. Antes de mudar para o Ceará, estava em Piracicaba, no
interior paulista, onde a montadora Hyundai construiu uma fábrica. Outras companhias coreanas, como as gigantes de
eletroeletrônicos Samsung e LG, também têm visto aumentar o assédio sobre seus trabalhadores coreanos.
A CSP é hoje o maior investimento privado em curso no Ceará. Serão investidos 5 bilhões de dólares na fábrica, que terá
capacidade de produzir 3 milhões de toneladas de aço por ano - o que fará da unidade uma das dez maiores do país. No
período da construção, estima-se que aproximadamente 150 navios carregados de material e equipamentos pesados para a
siderúrgica aportem no Ceará. Deverão ser gerados 23000 empregos diretos e indiretos durante a obra e outros 14 000 após
sua inauguração. A expectativa é que a população de 43 890 habitantes do município dobre de tamanho. Os preços na cidade
já dispararam. Há quatro anos, o aluguel de uma casa com dois quartos custava cerca de 300 reais - hoje facilmente pagam-se
2000. "Um projeto dessa magnitude pode mudar a vida não apenas da cidade mas de toda a região", diz Marcos Chiorboli,
presidente da CSP. Toda essa ansiedade em torno da presença da siderúrgica e dos coreanos já reverbera nas cidades
vizinhas, como Caucaia e Maracanaú. Sem hotéis e alojamentos disponíveis em São Gonçalo do Amarante, os coreanos se
espalham em pequenas pousadas da região. Já há planos da Posco para construir um condomínio com 400 moradias para
abrigar os expatriados que vão trabalhar no projeto. Especula-se que até um hotel com campo de golfe deverá ser erguido nas
redondezas para entreter os coreanos, fanáticos pelo esporte (5% da população da Coreia do Sul joga golfe). De acordo com
um estudo encomendado pela Vale ao economista Paulo Haddad, ex-ministro da Fazenda e dono da consultoria Phorum, de
Belo Horizonte, o polo siderúrgico deve ser responsável por um aumento de 15% no PIB do Ceará até 2030. O impacto em
São Gonçalo do Amarante será ainda mais excepcional. A projeção é de um aumento de 4000% no PIB municipal, o que
elevará a geração de riqueza de 660 milhões de reais para 26,4 bilhões.
Hoje, o projeto está na fase inicial, mas a população local já percebeu que a infraestrutura da cidade está à beira de um
colapso. Nenhuma das 31 escolas de São Gonçalo do Amarante tem vagas sobrando. Só existe um hospital, com apenas 33
leitos. Entre os moradores, há queixas de que a Prostituição e o consumo de drogas aumentaram, mas o policiamento, não.
Esse descasamento é o padrão dos grandes empreendimentos no país. Um dos mais recentes e emblemáticos exemplos do
impacto que grandes obras podem causar ocorreu em Porto Velho, em Rondônia, que recebeu nas suas redondezas duas
usinas hidrelétricas, Jirau e Santo Antônio. Ao custo de 28 bilhões de reais, os dois projetos trouxeram mais de 40000 pessoas
para a região - e muitos problemas a reboque. Porto Velho não tinha - e continua não tendo - escolas, hospitais e policiais
suficientes para dar conta do crescimento súbito da população. Os índices de criminalidade na capital dobraram. Com esse
histórico, não é difícil prever que a mesma coisa pode acontecer no Ceará. "Se, com a chegada de cerca de 1000
trabalhadores da própria região, já há transtornos, imagine quando todos os 17000 empregados estiverem por aqui", diz
Adilson Leal, dono de uma loja de material de construção no centro de São Gonçalo do Amarante.
SONHO OU PESADELO?
Mesmo com todos os problemas que o empreendimento começa a causar, a construção da siderúrgica é um antigo sonho da
região. Em 1996, a Vale, em parceria com as empresas CSN e Vicunha, anunciou a intenção de instalar uma siderúrgica no
Ceará mediante uma condição: a construção de um porto ao lado da usina. Além de fartos incentivos fiscais concedidos pelo
estado, o Ceará oferecia uma localização privilegiada para a produção de aço com destino ao mercado externo - o lugar é um
dos pontos no Brasil mais próximos dos Estados Unidos e da Europa. Fora isso, ainda contava com um litoral com
profundidade média de 17 metros, o que permitia a chegada de embarcações de grande porte num porto que também
precisava ser construído. O que se seguiu, no entanto, foi uma sucessão de atrasos nas obras do porto de Pecém, num distrito
de São Gonçalo do Amarante, inaugurado apenas em 2002, e a paralisação do projeto da siderúrgica por falta de
financiamento. Apenas em 2008 o plano renasceu, já com a participação dos coreanos. Diante do canteiro de obras, ninguém
duvida de que agora não há mais como voltar atrás. O ritmo das máquinas já está tão intenso que o engenheiro Seok ainda
não conseguiu começar a fazer aulas de português por um bom tempo, vai continuar refém do gosto dos garçons do
restaurante do Manoel Lúcio.--------------------------Sem falar uma palavra em português os coreanos não conseguem nem escolher a comida nos restaurantes do interior do
Ceará
EXAME | NEGÓCIOS GLOBAIS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
21/07/2012
O magnata russo que curtiu
Alisher Usmanov fez fortuna no setor de mineração, mas só chegou ao título de homem mais rico da Rússia com a aposta que
fez no Facebook
MARIANA SEGALA
NOS CÍRCULOS EMPRESARIAIS DE MOSCOU, o magnata dos metais Alisher Usmanov, dono de uma das maiores
empresas de minério de ferro do mundo, é conhecido como "o durão da Rússia", pelo seu estilo de negociação. Nas colunas
sociais do país, o bilionário é tido como uma figura dada às extravagâncias - seja em tempos de bonança, seja nas crises, ele
compra mansões, iates, aviões e coleções inteiras de arte. Mas é na Inglaterra, onde Usmanov também opera, que o magnata
de 58 anos tem seu apelido menos lisonjeiro. Quando começou a investir no Arsenal, um dos mais tradicionais clubes do
futebol inglês, em 2007, a parcela dos torcedores insatisfeita com a chegada de um oligarca russo começou a chamá-lo de
"Jabba", o vilão corpulento do filme Guerra nas Estrelas. O fato de Usmanov ter passado seis anos numa cadeia por fraude e
enriquecimento ilícito na década de 80, no Uzbequistão, ajudou a justificar o apelido a sentença acabou sendo anulada anos
depois por suposta falta de provas.
Até esse ponto, a história de Usmanov não chega a ser surpreendente - a paixão dos magnatas russos por iates, a origem
pouco transparente de suas fortunas baseadas na exploração de recursos naturais e a ideia de investir em clubes de futebol
ingleses são conhecidas no mundo todo. O que faz o caso de Usmanov singular, e que o elevou recentemente à condição de
homem mais rico da Rússia, com um patrimônio de mais de 18 bilhões de dólares, foram seus investimentos certeiros no setor
de tecnologia americano. Desde 2008, Usmanov é sócio do Digital Sky Technologies (DST), um fundo de investimento que
comprou fatias de algumas das maiores potências da internet. O russo tem participação no site de compras coletivas Groupon
e no site de relacionamentos LinkedIn. Em 2009, quando mal sabia o que era uma rede social, aceitou a proposta de investir
no Facebook. Três anos depois, os cerca de 900 milhões de dólares que ele e os outros investidores do DST injetaram na
empresa de Mark Zuckerberg se transformaram em mais de 6 bilhões - calcula-se que somente a parte de Usmanov
corresponda a 2 bilhões de dólares em ações. Esses investimentos na área de tecnologia acabaram servindo como uma
espécie de hedge. Enquanto o patrimônio de outros oligarcas russos encolhia com a queda dos preços de parte das
commodities metálicas em 2011, a fortuna de Usmanov se manteve intacta. "Usmanov é menos um empreendedor e mais um
investidor. E um dos melhores da Rússia", afirma Ruben Vardanian, dono do Troika Dialog, um dos mais conhecidos bancos
de investimento do país. Confiante na sua estratégia de diversificação, o magnata decidiu comprar, em junho, seu mais novo
brinquedo: um Airbus A340-300, para 375 pessoas, que usará como jato particular.
---Na Rússia, Usmanov é o "durão". Na Inglaterra, o vilão. Por onde passa, há sempre polêmica
---Nascido no Uzbequistão, Usmanov, quando jovem, estudou no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, um
lugar conhecido na era soviética como centro de formação de diplomatas - e também de agentes da KGB. Mesmo após a
queda do muro, Usmanov parece ter mantido relações próximas com pessoas ligadas ao serviço de inteligência russo - uma
acusação que ele não desmentiu quando a imprensa inglesa escrutinou sua vida após o investimento no Arsenal. Sua estreia
como empreendedor foi nos anos 80, quando abriu uma fábrica de sacolas plásticas. Nos anos 90, decidiu trocar o setor
produtivo pelo financeiro. Foi diretor de banco, mas sua carreira decolou mesmo quando passou a responder pelo braço de
investimento da Gazprom, companhia estatal de gás russa. Como um gestor se torna um oligarca em menos de 20 anos é um
daqueles mistérios típicos da Rússia. Pela versão de Usmanov, a Gazprom recebia, nos anos 90, participações em empresas
como forma de pagamento de dívidas. Quando a estatal decidiu vender esse portfólio, Usmanov se endividou para comprar
empresas do setor de mineração. A versão de seus críticos para seu primeiro grande salto são operações com um viés bem
menos empreendedor. Um exemplo é a acusação, segundo o jornal inglês The Guardian, de que Usmanov teria ajudado a
Gazprom a fechar um acordo de exportação de gás com o Uzbequistão, país célebre pela corrupção - algo que o magnata
nega veementemente. Ainda que polêmico, Usmanov tem hoje em seu portfólio a Norilsk Nickel, maior produtora de níquel do
mundo, a MegaFon, terceira operadora de celular da Rússia, e o Kommersant, um dos maiores grupos de mídia impressa de
Moscou.
Não por coincidência, Usmanov é amigo do presidente Vladimir Putin. "Na Rússia, ter boas relações com o Kremlin é
essencial", afirma Alexander Klimment, analista da consultoria Eurasia Group, especializada em riscos políticos. Em dezembro,
Usmanov demitiu o editor-chefe de uma de suas revistas por ter publicado uma reportagem denunciando fraudes na eleição
presidencial. "Me orgulho de conhecer Putin", diz Usmanov. O magnata pode até atuar em alguns dos setores mais modernos
do capitalismo - mas, em casa, nunca deixou de seguir as regras do pré-histórico capitalismo russo.
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Alisher Usmanov, dono da maior mineradora russa
IDADE - 58 anos
FORTUNA - Mais de 18 bilhões de dólares
CARREIRA - Alisher Usmanov fezfortima no setor de mineração da Rússia na última década. Nos últimos três anos,
investimentos certeiros em algumas das maiores empresas de internet do mundo como Facebook e Groupon - o alçaram ao
topo do ranking dos bilionários russos
-----------------VIDA DE BILIONÁRIO
Onde Alisher Usmanov investe (1) para ganhar dinheiro...
(valor investido por setor)
Mineração - 7,3 bilhões de dólares
Telefonia - 6,1 bilhões de dólares
Internet - 4,4 bilhões de dólares
Comunicação - 551 milhões de dólares
Futebol - 228 milhões de dólares
O PATRIMÔNIO DE USMANOV SUPERA 18 BILHÕES DE DÓLARES
...e onde ele gasta parte de sua fortuna
AVIÃO
- A mais recente aquisição de Usmanov é um Airbus A340-300, comprado neste ano. O preço do avião, que acomoda até 375
pessoas, é estimado em 350 milhões de dólares
IATE
Seu iate de 110 metros é considerado o 22° maior do mundo. Estima-se que Dilbar, como é chamado, tenha custado100
milhões de dólares. O iate pode acomodar quase 70 pessoas
MANSÕES
A casa de campo de Usmanov, uma mansão construída no século 16, fica em Surrey, no interior da Inglaterra. Ele possui ainda
uma mansão em Londres, avaliada em 77 milhões de dólares
(1) Principais negócios Fontes: Bloomberg, Superyachts e Forbes
G1 | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:36
Veja a matéria no site de origem
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir
da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias. As informações são do jornal O Estado de
S.Paulo .
G1 | PARAÍBA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:20
Veja a matéria no site de origem
MP fecha sete bares e danceterias na cidade de Bayeux, na Paraíba
Estabelecimentos autorizavam entrada de menores de idade.Pais de menores também foram notificados e responderão
judicialmente.
Uma fiscalização do Ministério Público fechou sete bares e danceterias na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa. A
fiscalização aconteceu nos últimos dois fins de semana e flagrou mais de trinta crianças e adolescentes frequentando estes
locais onde a entrada deles é proibida. Além de aceitar menores de idade, alguns estabelecimentos não tinham autorização
para funcionar.
A ação reuniu a promotoria da infância e da juventude de Bayeux, as polícias Civil e Militar e o Conselho Tutelar do município.
A intenção é combater a exploração sexual e o uso de drogas. Muitas meninas em situação de risco foram encontradas nos
locais. Os pais foram notificados e podem até responder judicialmente pelo crime de abandono material, de acordo com o MP.
O promotor da infância e da juventude da cidade, Marinho Mendes, disse que o trabalho começou como uma fiscalização e se
tornou uma operação depois do problema verificado. "Crianças de até cinco anos de idade estavam cantando dançando, todas
bem produzidas e exercendo uma Sexualidade precoce. Os menores de idade bebendo. Por isso, estamos retirando desses
ambientes e fechando", disse.
Ele informou ainda que os pais já foram intimados, participaram de uma reunião com o Conselho Tutelar e respoderão
judicialmente. Neste fim de semana um bar foi fechado e dez pais foram notificados por estar consumindo bebida diante das
crianças em bares. Se forem flagrados novamente podem até perder a guarda, segundo o promotor.
G1 | SÃO PAULO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012 08:07
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Feira em Guarulhos traz novidades do mercado de caminhões
Evento vai até quarta-feira no km 210,5 da Via Dutra. Durante a feira, será possível fazer avaliações oftalmológica e
odontológica.
Uma feira para os caminhoneiros começa nesta segunda-feira (23), no km 210,5 da Via Dutra, em Guarulhos, na Grande São
Paulo. Durante o evento, que vai até quarta-feira (25), os caminhoneiros vão poder conhecer as novidades do setor e fazer
vários exames gratuitamente.
Seis marcas apresentam as suas novidades. Ao todo, são 18 caminhões disponíveis para o test drive.
Durante a feira, será possível fazer avaliações oftalmológica e odontológica, testes de Hepatite e HIV, além de tomar vacinas.
Haverá churrasco e apresentações gratuitas para os caminhoneiros e suas famílias.
G1 | MUNDO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:09
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Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro
BARCELONA, 23 Jul 2012 (AFP) -O incêndio declarado no domingo na fronteira entre Espanha e França "não progrediu, mas
não está sob controle", disse nesta segunda-feira o ministro do Interior catalão, Felipe Puig, enquanto os bombeiros combatem
o fogo com apoio de hidroaviões franceses e espanhóis.
O corpo dos Agentes rurais calculou que "o perímetro do incêndio é, aproximadamente, de 63 km, e que teria afetado uma
superfície de 13.000 hectares de 17 municípios", em um comunicado divulgado pelos bombeiros da Generalitat.
Ao ser perguntado sobre as possíveis causas dos incêndios em La Junquera e em Port Bou declarados na véspera, Puig o
atribuiu a "uma guimba ou a um pequeno artefato" que provocou o fogo, embora tenha ressaltado que "provavelmente os dois
incêndios devem-se a imprudências ou negligências".
"Até o momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, informou um comunicado do
Ministério da Saúde.
Outros três franceses morreram no domingo, um pai e sua filha de 15 anos que tentavam fugir das chamas saltando ao mar em
Por Bou, e um homem de 75 anos que morreu de um ataque cardíaco quando viu a ameaça das chamas em sua casa.
apa/ltl/ma
G1 | MUNDO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:00
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Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa
Exposição Muddled mostra assuntos como Prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica e violência no trânsito.
"Atrapalhado"
Uma exposição de dois jovens artistas em Bangcoc retrata assuntos que são tabu na sociedade tailandesa.
A série intitulada "Muddled" ("Atrapalhado", em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de
Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um "deboche" pela imprensa local.
As obras abordam temas como Prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, Homossexualismo, violência no trânsito e a
infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas
habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento
underground americano.
Tabu "Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte", disse à BBC Brasil a curadora da
exibição Korakot Sridee. "Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos", completou.
"Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas
bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história", explica o artista Poom Pechavanish.
"O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento", afirma Anon Lulitananda. "Acredito que a geração jovem está pronta para
esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem", avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a Prostituição são proibidas por lei na Tailândia, embora sejam
amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
"A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que
pode comprometer a boa imagem do país", explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice
Wongsurawat.
"Todo mundo sabe o que acontece, mas ninguém fala", conclui Wongsurawat.
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 04:35
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Mostra destaca nova produção do Nordeste
Uma pensão no largo Dois de Julho, em Salvador, abriga os Travestis que fazem programa nas redondezas. Virgínia Medeiros
mergulhou na história deles e montou um estúdio fotográfico em que retratou esses personagens em troca de suas histórias.
Seus relatos em vídeo e contos que a artista escreveu estão agora numa exposição do Paço das Artes, "Metrô de Superfície",
uma coletiva de artistas do Nordeste que despontaram na última década.
Nesse recorte, a indefinição de gêneros surge como um denominador comum. "São artistas que reinventam a Sexualidade,
que criam grandes ficções", resume Clarissa Diniz, curadora da mostra. "Eles fazem trabalhos emancipadores, de grande
fôlego, obras que explodem."
Solange Tô Aberta, banda criada pelo artista Pedro Costa, também exalta a ideia de gêneros híbridos em letras de funk
hedonistas e shows catárticos que faz pelo mundo.
"Funk é uma forma livre de trabalhar com a música, falar dessa mulher que goza, não mais submissa", diz Costa num vídeo
exibido no Paço. "As pessoas sofrem quando não estão enquadradas como macho ou como fêmea."
Essa inquietação com o corpo também informa outros trabalhos da mostra. Rodrigo Braga simula uma cirurgia em que costura
o focinho de um cachorro morto ao próprio rosto, com uma sequência fotográfica da operação.
Noutra peça desconcertante, Solon Ribeiro projeta fotogramas de filmes clássicos sobre carcaças de bichos num matadouro e
aparece dançando com pedaços de carne, uma "cena dionisíaca, violenta, que mistura sangue e morte", nas palavras de Diniz.
Dor é outro ponto de partida. Amanda Melo faz uma performance em que cobre todo o corpo com fita isolante e caminha pelas
ruas, arrancando depois o plástico num strip-tease às avessas -a imagem de uma Sexualidade em construção. (Silas Martí)
METRÔ DE SUPERFÍCIE
QUANDO de ter. a sex., das 11h30 às 19h; sáb. e dom., das 12h30 às 17h30; até 13/9
ONDE Paço das Artes (av. da Universidade, 1, tel. 3814-4832)
QUANDO Grátis
FOLHA ONLINE | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 03:45
Imagem 1
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EUA têm vergonha de falar sobre sexo, diz historiadora
Ao se apropriar de partes do discurso da revolução sexual, prometendo prazeres ilimitados para aqueles que seguissem seus
preceitos -como condenar aborto, Homossexualidade e sexo antes do casamento-, evangélicos e católicos de correntes mais
conservadoras nos EUA conseguiram, em poucos anos, desfazer muito do que essa revolução havia conquistado.
É o que afirma a historiadora Dagmar Herzog, 51, professora da Universidade da Cidade de Nova York e autora de livros que
analisam a evolução da Sexualidade.
"Nenhum movimento conservador consegue sucesso se for apenas repressivo", afirma. Mas o que se tem hoje, diz Herzog, é
uma juventude muito mais desconfortável com sua Sexualidade do que as gerações dos anos 90.
Ao mesmo tempo, segundo ela, o discurso que incentiva a Sexualidade pós-casamento criou uma indústria de manuais de
sexo cristão e de sex shops online -"há até "vibradores cristãos" à venda".
Herzog falou à Folha na semana passada no Rio.
Folha - Em seu livro, "Sex in Crisis" ("Sexo em crise", 2008, não traduzido no Brasil) a senhora afirma que houve uma nova
revolução sexual nos EUA a partir dos anos 90, mas desta vez com viés conservador. Como ela aconteceu?
Dagmar Herzog - O movimento pelos direitos religiosos, que surgiu nos anos 90, se tornou um movimento sexualmente
conservador. Tomou conta das congregações cristãs nos EUA, excluiu pastores com ideias mais liberais, levou ao Congresso
legisladores mais conservadores e culminou com a eleição de George W. Bush para a Presidência (2000-2009).
Esse movimento foi bem-sucedido em intimidar os democratas e a parcela da população que sempre considerou como direitos
líquidos e certos ter acesso a meios de contracepção e que seus filhos tivessem aulas de educação sexual nas escolas.
Foi um grande choque quando eles perceberam que os conservadores estavam vencendo a batalha e que os liberais não
conseguiam nem mesmo abrir a boca para apresentar suas opiniões.
E como isso aconteceu?
Há três explicações. O movimento pelos direitos religiosos é, de certa forma, o filho ilegítimo da revolução sexual dos anos 60
e 70, já que também promete prazeres sexuais. Nenhum movimento conservador teria sucesso hoje se fosse apenas
repressivo. Tem que prometer prazer para seus seguidores.
Os manuais de sexo cristão são bastante pornográficos e explícitos. Prometem aos fiéis décadas de paraíso matrimonial desde
que sigam algumas regras. Basta ser contra homossexuais, aborto e sexo antes do casamento.
Há vários sites que vendem produtos eróticos para cristãos [neles há sempre a menção de que os produtos são indicados para
casados, como forma de "apimentar" a relação]. Há até vibradores.
Existe um mundo subterrâneo que se aproveita do discurso da revolução sexual, mas fala do sexo de forma a lhe dar mais
valor do que a esquerda e os democratas.
Esse movimento também se apoderou de elementos do feminismo, como o desconforto com a pornografia, com a
Prostituição, o desejo da mulher de ser adorada e desejada por seus maridos. Dessa forma, falam de forma muito inteligente
às mulheres. Esse é o primeiro ponto: a promessa do prazer.
Qual é o segundo ponto?
É o fato de que eles têm um linguajar secular. Não falando em Deus, mas sim em saúde, bem-estar psicológico e autoestima,
eles transformaram o discurso nas escolas secundárias nos EUA.
Afirmam que, se alguém faz sexo antes do casamento, se usa pornografia, tem baixa autoestima. Nesse discurso, os
homossexuais ou têm baixa autoestima ou vão criar filhos com baixa autoestima. Eles trouxeram todos os seus conceitos
religiosos para a linguagem da psicologia.
No discurso público, inclusive em sua campanha homofóbica, eles usam argumentos seculares. Em sua luta contra o
Homossexualismo, focam no conceito de que é algo sujo, vulgar, indecente e um perigo para as crianças.
O que mais levou ao sucesso do movimento?
Eles atuam nos desejos mais profundos de aceitação e esperança que as pessoas têm. A ansiedade que se tem de ser amado
por toda a vida, de manter a paixão ao longo do casamento, o sentimento de proteção dos filhos.
Quando falam contra a pornografia, dizem: "Você quer ser amada pelo que é, e não ter seu marido pensando em outra pessoa
quando está com você". É um raciocínio muito sofisticado, porque mexe com os sentimentos em seus estágios mais primários.
O grande problema é que esse discurso não se dirigiu só àqueles afiliados a essas igrejas, mas a todo o país. Eles
conseguiram mudar a forma como as aulas de educação sexual são ministradas.
Fizeram um trabalho terrível ao conseguir cortar verbas dos programas de distribuição de Preservativos e insistir no discurso
da abstinência sexual. No fim, implantaram um discurso moralista.
Como os jovens americanos de hoje lidam com o sexo?
A educação para a abstinência tomou conta de praticamente todo o país, mas os adolescentes continuam a fazer sexo. Não
ouvem aqueles que pregam a abstinência. Talvez adiem um pouco o início da vida sexual, mas, quando começam, o fazem
sem proteção contra gravidez ou doenças. É um problema.
E os pais desses jovens, de que forma lidam com a situação?
Estão tão histéricos com a sexualização precoce de seus filhos que resistem à volta das aulas de educação sexual. O que
temos é uma radical deterioração, em comparação com os anos 90, da informação disponível para os adolescentes. Os jovens
dos anos 90 se sentiam muito mais confortáveis com relação ao sexo do que os de hoje.
Há duas décadas, os pais encaravam sexo entre adolescentes como algo normal. Ensinavam seus filhos sobre
responsabilidade, amor, mas a mudança na opinião pública levou à intimidação.
O mais duro é que as pessoas voltaram a sentir vergonha de falar sobre sexo. Os pais se sentem, então, muito desconfortáveis
para defender seus pontos de vista, para si mesmos e para seus filhos.
Ficou muito difícil para pais pressionarem para que haja educação sexual, porque os outros olham como se eles fossem sujos
e perigosos.
Nesse quadro conservador, como ficam as meninas?
O maior problema tem sido a perda de poder das meninas. Se numa escola se usa um par de tênis sujos e gastos como
símbolo de virgindade perdida, é claro que quem se sente mais fraco e vulnerável são as meninas.
Há 20 anos eu dou aulas de história da Sexualidade para jovens universitários e vejo uma grande mudança. As jovens não
estão mais confortáveis, confiantes sobre o que querem ou não fazer. A confiança foi danificada e precisa ser recuperada.
Mesmo as congressistas democratas passam por momentos difíceis porque ninguém quer falar publicamente sobre sexo.
De que forma o outro lado tem reagido a essa onda conservadora? Ou não tem reagido?
A comunidade LGBT é extremamente organizada e tem feito um bom trabalho lutando contra os conservadores, com slogans
como "eu também quero me casar" e "meus filhos são felizes e sabem que são amados". Hoje, 50% da população é favorável
ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que é um grande avanço em relação ao que ocorria há cinco anos.
A intimidação agora mira nos direitos reprodutivos femininos. É onde vemos o maior retrocesso. A discussão não é mais só
sobre aborto, mas também sobre o direito à contracepção.
Só nos últimos meses as mulheres voltaram a lutar. Lisa Brown, deputada em Michigan, usou a palavra "vagina" na
Assembleia estadual e foi censurada, impedida de falar no plenário, o que causou uma série de protestos.
[Em junho, a deputada fez um discurso contra um projeto que restringia as condições para abortos e concluiu sua fala
dirigindo-se aos deputados: "Fico lisonjeada que todos vocês estejam tão interessados na minha vagina, mas "não" significa
"não"".]
É uma interferência nunca vista nos direitos das mulheres. Há uma crescente mobilização feminina, mas é difícil.
As pessoas estão tentando falar agora, mas os conservadores levam vantagem porque se sentem mais confortáveis em
defender seus pontos de vista. Essa situação esteve presente na Rio+20, quando o tópico a respeito dos direitos reprodutivos
das mulheres foi excluído do documento final por pressões religiosas.
Não sei como as mulheres podem aprender com o movimento LGBT, mas alguém tem que ir a público e dizer que mesmo os
casamentos monogâmicos heterossexuais precisam de meios contraceptivos. É uma lição que precisamos aprender: se eles
foram criativos para montar o discurso conservador, nós também precisamos ser criativos para lutar de volta.
FOLHA ONLINE | COLUNISTAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 03:30
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Guerra contra a Aids
Passadas três décadas da eclosão da Aids, com sua marcha trágica de milhões de vítimas fatais pelo planeta afora e uma
mudança de comportamento sem precedentes, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um balanço que permite
enxergar o cenário com mais otimismo. O lema atual lançado é "Juntos vamos eliminar a Aids", um apelo impensável nos anos
80, quando o tempo de vida dos soropositivos era de apenas cinco meses, em média.
De acordo com o relatório do Unaids, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids, houve uma queda de 24%
no número de mortes causadas pela doença entre 2005 e 2011, quando se registraram, respectivamente, 2,2 milhões e 1,7
milhão de óbitos. No horizonte até 2015, a meta agora consiste em atingir 15 milhões de pessoas com o tratamento
antirretroviral no mundo, o que representaria a sua universalização em apenas três anos. Pretende-se também zerar a
transmissão do vírus entre mães e bebês.
A história internacional de bons resultados obtidos no combate à Aids deve muito à experiência brasileira. Não se trata de uma
afirmação meramente ufanista. Os fatos estão reconhecidos internacionalmente na comunidade científica e nos governos.
Nos anos 90, no governo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, firmou-se uma política de distribuição
gratuita de Antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Registre-se também, nesse período em que José Serra era
Ministro da Saúde, a atuação firme do Brasil no confronto com os grandes laboratórios farmacêuticos privados internacionais,
no episódio da ameaça de quebra das patentes e em defesa do direito de obtenção dos remédios do coquetel anti-Aids a um
preço mais barato.
De uma maneira geral, o país soube manter-se no bom caminho, aliando inovação com determinação na dura batalha contra a
doença e o preconceito gerado em torno dela. A saúde é a área da administração pública que talvez mais se preste à união de
esforços acima de diferenças políticas, ideológicas ou partidárias. O engajamento brasileiro na luta contra a Aids deveria ser
elevado a motivo de orgulho nacional.
Vejam o que disse Michel Sidibé, diretor executivo do Unaids, ao divulgar o relatório do órgão e abordar os desafios atuais:
"Esta é uma era de solidariedade global e responsabilidade mútua". Infelizmente, trata-se de uma afirmação aplicável a poucos
temas nas sempre conturbadas relações entre os países.
Entretanto, se há luz no fim do túnel, o tamanho do inimigo continua a assustar. Em 2011, nada menos que 34,2 milhões de
pessoas viviam com Aids no mundo todo, entre elas 4,9 milhões de jovens. O alerta continua bem aceso.
AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.
FOLHA ONLINE | COLUNISTAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 03:03
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Aceno para os "azuis"
Estimulado pelo novo Datafolha, Celso Russomanno fará hoje lance ousado para cativar o eleitorado tradicionalmente tucano
da capital. O candidato do PRB anunciará o petebista Campos Machado, aliado histórico de Geraldo Alckmin, como presidente
do seu conselho político. Com o gesto, pretende seduzir público simpático ao PSDB, mas reticente a José Serra, além de
setores do partido descontentes com os superpoderes de Gilberto Kassab na campanha do ex-governador.
Tabelinha Embora Russomanno negue que a estratégia seja combinada com o PT, operadores de Fernando Haddad se
aproximaram do PTB e ainda lamentam o fracasso das tratativas que buscavam fazer de Luiz Flávio D"Urso vice na chapa
petista.
Queda livre O candidato do PRB sofreu um tombo anteontem, quando pedalava em Três Passos (RS). Levou vários pontos no
braço e suspendeu sua agenda de ontem. "Os adversários não me derrubam nas pesquisas, mas um buraco cheio de areia me
jogou no chão", ironiza Russomanno. Ele diz ter 22 bicicletas em sua garagem.
Flashback Em julho de 2008, Kassab, vencedor da eleição, tinha 11% das intenções de voto no Datafolha. Alckmin somava
32% e nem sequer foi ao segundo turno.
Estetoscópio A consolidação da saúde pública como problema central a ser enfrentado pelo novo prefeito, atestada pelo
Datafolha, fará o marketing de José Serra reeditar na disputa municipal a estratégia da campanha presidencial de 2010,
quando foi apresentado como o "melhor Ministro da Saúde" do país.
Purificação Ao lado do ministro Alexandre Padilha (Saúde), Gabriel Chalita (PMDB) esteve ontem na sede da Canção Nova,
em Cachoeira Paulista. Participou do PHN, movimento criado pela Renovação Carismática Católica para "combater o pecado
entre os jovens".
Vai ou racha Estrategistas dos dois principais candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte consideram que a eleição na capital
mineira deve se resolver no primeiro turno, graças à extrema polarização entre o prefeito Márcio Lacerda (PSB) e o ex-ministro
Patrus Ananias (PT).
Bem me quer Para neutralizar eventual hostilidade do grupo de Patrus, partidários de Lacerda querem explorar na campanha o
fato de sete petistas terem concorrido ao posto de vice na chapa governista, antes de consumado o racha na coalizão.
Tabu 1 Petistas reagiram ao conteúdo de e-mail enviado pelo STF para jornalistas, abrindo credenciamento para o julgamento
da chamada "ação penal 470". No texto da mensagem, a assessoria do Supremo refere-se literalmente ao "mensalão",
expressão questionada pelo ex-presidente Lula e José Dirceu.
Tabu 2 "É juízo de valor", afirma um advogado que milita no caso. A queixa também recai sobre a TV Justiça, que exibirá as
sessões previstas para terem início em 3 agosto. A emissora já adotou o termo em seus noticiários.
Na ponta... Na véspera do recesso parlamentar, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) apresentou na Comissão de Assuntos
Econômicos da Casa um projeto que retira a cobrança do Luz para Todos da conta de energia do consumidor, que subsidia o
programa. A proposta transfere o encargo para o Orçamento da União.
... do lápis Segundo cálculos feito pela assessoria do senador, o texto, se aprovado, significaria um impacto de 1,5% a mais
nas contas públicas, mas uma economia de 15% nas contas de luz de consumidores e empresas.
TIROTEIO
Logo veremos Serra se livrar de Kassab na campanha, como fez com FHC em 2002. Só o prefeito acha que seu governo é
"nota 10".
DO DEPUTADO FEDERAL CARLOS ZARATTINI (SP), sobre o Datafolha que dá à gestão paulistana nota média de 4,4, a
menor entre as capitais pesquisadas.
CONTRAPONTO
Carga pesada
Durante sessão da Câmara, na segunda-feira passada, Anthony Garotinho (PR-RJ) anunciava que entregaria aos membros da
CPI do Cachoeira 68 kg de documentos com o que chamou de "provas contundentes" da relação do governador fluminense
Sérgio Cabral (PMDB) com a construtora Delta. Miro Teixeira (PDT-RJ) pediu a palavra ao presidente, Marco Maia (PT-RS), e
disse:
--Presidente, eu peço apenas ao deputado Garotinho que faça a gentileza de mandar entregar o material direto no meu
gabinete. Eu já não tenho mais idade para carregar esse peso todo nas costas...
REUTERS | MANCHETES
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Painel recomenda antiretrovirais a todos os pacientes com HIV
Por Deena Beasley
LOS ANGELES, 22 Jul (Reuters) - Um painel internacional de saúde recomendou pela primeira vez que todos os pacientes
com o vírus HIV sejam tratados com remédios antiretrovirais, mesmo quando o impacto do vírus no sistema imunológico se
mostra pequeno.
A Sociedade Antiviral Internacional, uma entidade sem fins lucrativos, citou novas evidências de que a infecção com o vírus da
imunodeficiência não tratada causa Aids e pode levar a vários outros problemas, incluindo doenças cardiovasculares e renais.
Além disso, dados mostraram que combater o HIV reduz o risco de uma pessoa infectada transmitir o vírus a outra.
"Não estamos mais apenas concentrados nas infecções tradicionais da Aids. Sabemos que o HIV está danificando o corpo a
todo momento em que não está controlado", afirmou a Dra. Melanie Thompson, pesquisadora do Consórcio de Pesquisa do
HIV em Atlanta e membro do painel da Sociedade Antiviral.
As recomendações são globais, mas principalmente focada em países "ricos na pesquisa", que podem cobrir os custos das
medicações, afirmou. As diretrizes foram publicadas no Journal of the American Medical Association no começo da conferência
2012 da Sociedade, que ocorre de domingo a sexta-feira em Washington.
Além dos estudos mostrando que o tratamento com drogas antiretrovirais reduz o risco de transmissão do HIV, testes
mostraram um efeito protetor quando o remédios são usados por pessoas em risco e não infectadas com o vírus.
Os órgãos reguladores da saúde nos EUA aprovaram no começo deste mês o uso de Truvada, da Gilead Sciences", para
adultos com HIV negativo, mas que estão sob risco de adquirir o vírus. Como outras drogas antiretrovirais, a pílula foi fabricada
para manter o vírus que causa a Aids sob controle, suprimindo a replicação viral no sangue.
"As drogas são convenientes, têm poucos efeitos colaterais e seus benefícios estão se tornando cada vez mais claros, tanto
para as pessoas infectadas quanto do ponto de vista da saúde pública", disse o Dr. Paul Volberding, diretor do Centro de
Pesquisa de Aids da Universidade da Califórnia e outro membro do painel.
AGÊNCIA PARÁ NOTÍCIAS - PA | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Sespa leva ações de prevenção aos balneários paraenses
Da Redação
Agência Pará de Notícias
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) continua com a campanha de verão nos locais mais procurados pelos
veranistas. São mais de 250 profissionais de saúde espalhados em todo o Estado, que trabalham com intuito de orientar e
conscientizar a população sobre a importância da prevenção das DST/ Aids, hepatites virais e dengue.
No distrito de Mosqueiro, as atividades são no mercado municipal e nas praias Ariramba, Chapéu Virado, Farol, Murubira e
Carananduba, principais pontos de concentração dos banhistas. O terminal rodoviário, Corpo de Bombeiros e unidades básicas
de saúde também recebem a ação.
A campanha preventiva inclui distribuição de Preservativos masculinos, folders e cartazes com orientações sobre os cuidados
que a população deve ter, em especial o público jovem, com as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Segundo a
coordenadora das atividades em Mosqueiro, Maria José Dantas, o trabalho é direcionado a todos os públicos, mas há um
grupo específico prioritário, que são adolescentes e pessoas da faixa etária de 45 a 60 anos, idades em que ocorre a maior
incidência do vírus HIV.
"Este grupo é considerado mais vulnerável. A maioria não se preocupa com o uso da Camisinha. Nosso trabalho consiste na
conscientização sobre a importância do uso do Preservativo para evitar a Aids e também as DSTs", destacou. As ações ainda
têm o apoio do 1° Centro Regional de Saúde, que concentra técnicos de saúde no pórtico de Mosqueiro, logo na entrada da
ilha, um local considerado estratégico pelos profissionais.
Além de Mosqueiro, o trabalho de prevenção acontece simultaneamente em Belém, no Terminal Rodoviário, e nos portos
Arapari e Bom Jesus, em Outeiro. As praias de Ajuruteua, em Bragança, de Salinópolis e dos municípios de Vigia de Nazaré,
Marudá, Abaetetuba e Barcarena também recebem a campanha.
Com o apoio dos Centros Regionais de Saúde, outras localidades do Estado também foram contempladas, incluindo a ilha do
Marajó e os municípios do Baixo Tocantins. As atividades são desenvolvidas pelo departamento de Vigilância em Saúde do
Estado, com o apoio das Coordenações Estaduais de DST/ Aids e de Hepatites Virais da Sespa.
ALÔ BRASÍLIA ONLINE - DF | MAIS BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:30
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir
da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias. As informações são do jornal
.]]>
ANGOLA PRESS | INTERNACIONAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Esperança de fim da pandemia de Sida prevalece em Conferência Internacional
Washington - A possibilidade de pôr fim à pandemia de Sida graças a um arsenal de novos tratamentos mostra uma luz no fim
do túnel para autoridades e pesquisadores, que se reúnem a partir deste domingo na Conferência Internacional sobre a doença
em Washington, mesmo que ainda não se fale em cura.
"Pela primeira vez acreditamos que podemos declarar o começo do fim da pandemia de Aids", disse à imprensa Diane Havlir,
professora de Medicina da Universidade da Califórnia de San Francisco (Califórnia, oeste), e co-presidente da Conferência da
Sida de 2012.
O mesmo optimismo é compartilhado por Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas
(NIAID): "Começamos realmente a nos dar conta de que é possível actuar na transmissão e mudar a trajectória da pandemia
(...), inclusive que (ainda) não haja cura", explica à AFP.
O virólogo baseia suas esperanças, sobretudo, nos recentes resultados de testes clínicos que revelam que os Anti-retrovirais
também permitem reduzir fortemente o risco de transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlar o vírus naquelas
que estão infectadas.
Para o doutor Gottfried Hirnschall, encarregado do relatório sobre a Sida da Organização Mundial de Saúde (OMS), isto
"estará, provavelmente, o centro das conversas da conferência".
Esta será a primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada nos Estados Unidos, depois da
anulação de uma lei que proibia o acesso de soropositivos ao país.
A proibição foi anulada pelo Congresso em 2008 e o texto, promulgado pelo presidente Barack Obama em 2009.
"Reverter a tendência da pandemia para termos uma geração livre da Sida", é o tema principal da conferência, que reunirá de
22 a 27 de Julho 25.000 participantes, entre personalidades políticas, artistas, pesquisadores e activistas.
Além o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), e sua esposa, Hillary, secretária de Estado americana, também participarão
personalidades como Elton John e Bill Gates, ou cientistas de renome, como a prémio Nobel de Medicina Françoise BarreSinoussi, que, ao lado de Luc Montagner, descobriu o vírus da Sida.
Estima-se que 34 milhões de pessoas vivam com Sida no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas morreram desde o início da
doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8 milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
CENÁRIO MT | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais
Brasília - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
Edição: Talita Cavalcante
CORREIO DO ESTADO ONLINE - MS | ARTE E CULTURA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
22/07/2012
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Cartunista Jaguar diz em crônica que tem cirrose e câncer
TERRA
O cartunista Jaguar, de 80 anos, contou em sua coluna de ontem (21), no jornal O Dia, que tem Cirrose e câncer. "Uma
piscina olímpica, no mínimo, foi o que bebi nos últimos 62 anos", começa o texto. A descoberta aconteceu durante exames de
rotina, que mostraram a doença em estágio avançado, além de diversos tumores pelo corpo.
Ainda de acordo com o texto, Jaguar foi internado para uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, no dia 9 de julho
- mesmo dia da saída de Pedro Leonardo, como ele ressaltou.
CORREIO DO ESTADO ONLINE - MS | CIDADES
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje
AGêNCIA BRASIL 22/07/2012 13h50
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste ano é
Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em uma
fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
D24AM | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Esperança de fim da pandemia de Aids marca Conferência
Esta será a primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada nos Estados Unidos, depois da
anulação de uma lei que proibia o acesso de soropositivos ao país.
Washington -A possibilidade de pôr fim à pandemia de Aids graças a um arsenal de novos tratamentos mostra uma luz no fim
do túnel para autoridades e pesquisadores, que se reúnem a partir deste domingo na Conferência Internacional sobre a doença
em Washington, mesmo que ainda não se fale em cura.
"Pela primeira vez acreditamos que podemos declarar o começo do fim da pandemia de Aids", disse à imprensa Diane Havlir,
professora de Medicina da Universidade da Califórnia de San Francisco (Califórnia, oeste), e copresidente da Conferência da
Aids de 2012.
O mesmo otimismo é compartilhado por Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID):
"Começamos realmente a nos dar conta de que é possível atuar na transmissão e mudar a trajetória da pandemia (...),
inclusive que (ainda) não haja cura", explica à AFP.
O virólogo baseia suas esperanças, sobretudo, nos recentes resultados de testes clínicos que revelam que os Antirretrovirais
também permitem reduzir fortemente o risco de transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlar o vírus naquelas
que estão infectadas.
Para o doutor Gottfried Hirnschall, encarregado do relatório sobre a Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS), isto
"estará, provavelmente, o centro das conversas da conferência".
Esta será a primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada nos Estados Unidos, depois da
anulação de uma lei que proibia o acesso de soropositivos ao país.
A proibição foi anulada pelo Congresso em 2008 e o texto, promulgado pelo presidente Barack Obama em 2009.
"Reverter a tendência da pandemia para termos uma geração livre da Aids", é o tema principal da conferência, que reunirá de
22 a 27 de julho 25.000 participantes, entre personalidades políticas, artistas, pesquisadores e ativistas.
Além o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), e sua esposa, Hillary, secretária de Estado americana, também participarão
personalidades como Elton John e Bill Gates, ou cientistas de renome, como a prêmio Nobel de Medicina Françoise BarreSinoussi, que, ao lado de Luc Montagner, descobriu o vírus da Aids.
Estima-se que 34 milhões de pessoas vivam com Aids no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas morreram desde o início
da doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8 milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
DIÁRIO CATARINENSE ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:58
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil - a droga estava restrita a mulheres que
conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor. O Trastuzumabe é considerado uma
das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo monoclonal que promove uma
"terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes, preservando as sadias. O
medicamento é fabricado pela Roche.
- Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases - diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe. Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e
gastou R$ 12,6 milhões. Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por
exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos cofres públicos. Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o
preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$
150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o
laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%.
DIÁRIO CATARINENSE ONLINE |
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012 06:32
Imagem 1
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Óleo de abacate é aliado na dieta e auxilia na prevenção de doenças
Substância atua na redução dos níveis de cortisol, hormônio relacionado ao aumento da compulsão alimentar
O beta-sitosterol encontrado no óleo de abacate é, além de um aliado da saúde cardiovascular, responsável por diversos
outros benefícios ao organismo. Atua na prevenção contra doenças cardiovasculares e da próstata e no controle da glicemia,
auxiliando no tratamento da diabetes. Ajuda a proteger a saúde de olhos, pele e cabelos, além de reforçar a imunidade e
auxiliar no emagrecimento.
De acordo com a nutricionista Bruna Murta, da rede Mundo Verde, especializada em produtos naturais e orgânicos, o óleo de
abacate protege a saúde do coração porque é fonte de beta-sitosterol, de ácidos graxos insaturados. Possui alto teor de ácido
oléico, uma gordura monoinsaturada que colabora para a redução do mal e aumento do bom colesterol. Estudos também
mostram que o beta-sitosterol participa do controle da glicemia e dos níveis de insulina em pacientes diabéticos, sendo um
coadjuvante no controle da doença.
Outras funções deste fitosterol são melhorar a imunidade, aumentando a atividade de células que agem matando microorganismos invasores, sendo auxiliar no tratamento de infecções e doenças como câncer e HIV. Além disso, ajuda na dieta
reduzindo os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao aumento da compulsão alimentar e do acúmulo de gordura na região
abdominal.
- Por se associar às gorduras saturadas de outros alimentos, o beta-sitosterol bloqueia sua absorção pelo corpo. Esse efeito
pode ajudar na perda de peso e prevenção de doenças do coração - esclarece a nutricionista.
Devido ao carotenoide chamado luteína, o óleo previne doenças nos olhos, como catarata e degeneração macular. Seu
altíssimo teor de vitamina E, de ação antioxidante, inibe a formação de radicais livres, ajudando a diminuir os sinais do
envelhecimento.
Como usar
:: O óleo de abacate pode ser consumido puro ou utilizado em diversos molhos para tempero de saladas, para regar hortaliças
cozidas, e na finalização de pratos quentes.
:: Comparado a outros óleos vegetais, o óleo de abacate é mais estável a altas temperaturas. Sendo assim, pode ser utilizado
em preparações quentes, como refogados e frituras, sem alterar sua estrutura química.
:: Também utilizado como cosmético, pode ser aplicado diretamente sobre a pele, auxiliando na prevenção contra rugas,
redução da flacidez e de manchas na pele. Aplicado sobre os cabelos secos, confere maciez aos fios.
DIARIO DE SP | DIA-A-DIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Começa a Conferência Internacional sobre Aids
Evento teve início neste domingo nos Estados Unidos; foco é como previnir novas infecções Paula Laboissière/ AGÊNCIA
BRASIL
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa neste domingo (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
EBAND | MUNDO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 07:40
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Espanha registra 4ª vítima fatal de incêndio
Uma quarta vítima fatal - um cidadão francês com 80% de seu corpo queimado - foi registrada nesta segunda-feira após o
incêndio declarado no domingo em La Junquera (nordeste da Espanha), junto à fronteira com a França, informaram as
autoridades catalãs.
"Até o momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, e pelo menos 100 pessoas ficaram
feridas, informou um comunicado do Ministério da Saúde.
ÉPOCA ONLINE | ÚLTIMAS NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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O início do fim da aids
A pílula capaz de prevenir a infecção pelo HIV e outras conquistas que justificam o otimismo na luta contra a doença
CRISTIANE SEGATTO (TEXTO), MARCO VERGOTTI, RODRIGO FORTES E GERARDO RODRIGUEZ (GRÁFICO)
Avanços notáveis na compreensão e no combate ao HIV sugerem que o mundo pode estar vivendo o início do fim da Aids. É o
que afirma um artigo publicado na semana passada no The New England Journal of Medicine. Depois da primeira evidência de
eficácia de uma vacina experimental, anunciada em 2009, surgiram outros indícios de que a doença pode se tornar controlável
como nunca. A agência americana que regula medicamentos (FDA) aprovou a primeira pílula capaz de evitar que pessoas
saudáveis adquiram o vírus. Nos estudos realizados, a redução no risco de infecção variou de 42% a 73%. A pílula Truvada é
composta de duas substâncias já usadas para tratar os doentes. O governo brasileiro não pretende oferecê-la para uso geral
por duas razões: o custo (cerca de R$ 20 mil por ano) e a convicção de que estimular o uso da Camisinha é a forma mais
inteligente de evitar a Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis. Outra vitória contra a doença é a redução no
número de mortes. Segundo a Unaids, um braço da ONU, elas caíram 24% entre 2005 e 2011. A razão é a ampliação do
acesso ao tratamento.
ESTADÃO ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:31
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
ESTADÃO ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:00
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Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa
Uma exposição de dois jovens artistas em Bangcoc retrata assuntos que são tabu na sociedade tailandesa.
A série intitulada "Muddled" ("Atrapalhado", em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de
Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um "deboche" pela imprensa local.
As obras abordam temas como Prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, Homossexualismo, violência no trânsito e a
infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas
habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento
underground americano.
Tabu "Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte", disse à BBC Brasil a curadora da
exibição Korakot Sridee. "Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos", completou.
"Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas
bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história", explica o artista Poom Pechavanish.
"O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento", afirma Anon Lulitananda. "Acredito que a geração jovem está pronta para
esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem", avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a Prostituição são proibidas por lei na Tailândia, embora sejam
amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
"A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que
pode comprometer a boa imagem do país", explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice
Wongsurawat.
ESTADÃO ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 03:05
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Droga de alto custo para tratar câncer de mama será fornecida pelo SUS
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
"A Conitec é um aprimoramento das regras de incorporação de novas drogas no SUS. O principal critério para a tomada de
decisão desse grupo é a existência de estudos que comprovem a eficácia do uso de determinado remédio", afirmou.
Padilha acrescentou que os estudos demonstram que o uso do Trastuzumabe reduz o risco de reaparecimento da doença,
além de diminuir em 22% o risco de morte. "A droga pode ser usada em casos iniciais ou avançados de câncer. Só não tem
eficácia comprovada em casos de tumores com metástase", diz.
Preço. A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em
média, R$ 7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos (leia mais nesta página).
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%.
A partir da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias.
ESTADO DE MINAS ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:48
Veja a matéria no site de origem
SUS vai fornecer gratuitamente medicamento contra câncer de mama (Mundo)
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que
entre 20% e 25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem
como alvo a mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.O Trastuzumabe é
considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo monoclonal que
promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes, preservando as sadias.
O medicamento é fabricado pela Roche."Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma
medicação essencial para as pacientes que são positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e
evitar metástases", diz o mastologista Waldemir Rezende.A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga por mais de um ano, colocou o assunto em consultas
públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar.
Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil -, ela estava restrita a mulheres que
conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais
demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$ 266 milhões na compra de remédios determinados
por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de compra do Trastuzumabe.Neste ano, o governo
federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões. Só uma compra para
atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos cofres
públicos.Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com
o que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação.
Por se tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até
50%. A partir da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias.
ESTADO DE MINAS ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:42
Imagem 1
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Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro
(Internacional)
O incêndio declarado no domingo na fronteira entre Espanha e França "não progrediu, mas não está sob controle", disse nesta
segunda-feira o ministro do Interior catalão, Felipe Puig, enquanto os bombeiros combatem o fogo com apoio de hidroaviões
franceses e espanhóis.O corpo dos Agentes rurais calculou que "o perímetro do incêndio é, aproximadamente, de 63 km, e que
teria afetado uma superfície de 13.000 hectares de 17 municípios", em um comunicado divulgado pelos bombeiros da
Generalitat.Saiba mais... Incêndio florestal mata três na Espanha Ao ser perguntado sobre as possíveis causas dos incêndios
em La Junquera e em Port Bou declarados na véspera, Puig o atribuiu a "uma guimba ou a um pequeno artefato" que provocou
o fogo, embora tenha ressaltado que "provavelmente os dois incêndios devem-se a imprudências ou negligências"."Até o
momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, informou um comunicado do
Ministério da Saúde.Outros três franceses morreram no domingo, um pai e sua filha de 15 anos que tentavam fugir das
chamas saltando ao mar em Por Bou, e um homem de 75 anos que morreu de um ataque cardíaco quando viu a ameaça das
chamas em sua casa.
ESTADO DE MINAS ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:48
Veja a matéria no site de origem
SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama (Mundo)
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que
entre 20% e 25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem
como alvo a mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.O Trastuzumabe é
considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo monoclonal que
promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes, preservando as sadias.
O medicamento é fabricado pela Roche."Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma
medicação essencial para as pacientes que são positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e
evitar metástases", diz o mastologista Waldemir Rezende.A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga por mais de um ano, colocou o assunto em consultas
públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar.
Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil -, ela estava restrita a mulheres que
conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais
demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$ 266 milhões na compra de remédios determinados
por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de compra do Trastuzumabe.Neste ano, o governo
federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões. Só uma compra para
atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos cofres
públicos.Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com
o que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação.
Por se tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até
50%. A partir da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias.
EXAME ONLINE | ECONOMIA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:30
Imagem 1
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"Fogo não está sob controle", diz ministro
Felipe Puig, ministro do Interior catalão, afirma que o incêndio declarado no domingo "não progrediu, mas não está sob
controle"
Barcelona - O
declarado no domingo na fronteira entre Espanha e França "não progrediu, mas não está sob controle", disse nesta segundafeira o ministro do Interior catalão, Felipe Puig, enquanto os bombeiros combatem o fogo com apoio de hidroaviões franceses e
espanhóis.
O corpo dos Agentes rurais calculou que "o perímetro do incêndio é, aproximadamente, de 63 km, e que teria afetado uma
superfície de 13.000 hectares de 17 municípios", em um comunicado divulgado pelos bombeiros da Generalitat.
Ao ser perguntado sobre as possíveis causas dos incêndios em La Junquera e em Port Bou declarados na véspera, Puig o
atribuiu a "uma guimba ou a um pequeno artefato" que provocou o fogo, embora tenha ressaltado que "provavelmente os dois
incêndios devem-se a imprudências ou negligências".
"Até o momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, informou um comunicado do
Ministério da Saúde.
Outros três franceses morreram no domingo, um pai e sua filha de 15 anos que tentavam fugir das chamas saltando ao mar em
Por Bou, e um homem de 75 anos que morreu de um ataque cardíaco quando viu a ameaça das chamas em sua casa.
EXPRESSO MT | NACIONAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Casos de hepatite A crescem com cheia dos rios no Amazonas
Somente no primeiro semestre de 2012 foram registrados 152 casos.
Médico alerta para os perigos da automedicação.
Dados da Fundação de Medicina Tropical da Amazônia apontam que 158 casos de Hepatite A foram registrados noAmazonas
no primeiro semestre de 2012. A cheia histórica do Rio Negro contribuiu para o grande número de pessoas infectadas, já que a
doença é contraída através de vírus em alimentos e água contaminados.
O vírus da Hepatite A ataca o fígado e é tão resistente que pode sobreviver por até quatro horas na pele das mãos e dedos.
Porém, segundo o infectologista, Antônio Magela, são poucos os casos de morte pela doença. "Felizmente, a Hepatite A tem
evolução benigna. Em 99% dos casos, as pessoa adoecem, ficam em repouso e com a ajuda de uma dieta controlada, acabam
se curando pelas defesas do próprio sistema imunológico", explicou.
Capaz de causar febre, dores no corpo e fraqueza, a Hepatite A é muitas vezes confundida com a gripe. Para o infectologista,
é importante sempre procurar um médico para receber o diagnóstico e iniciar o tratamento, evitando assim o tratamento
caseiro.
Somente em 2011, foram registrados em todo Amazonas 452 casos de Hepatite A.
GAZETA DO POVO ONLINE | SAUDE
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:49
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O Trastuzumabe (Herceptin) será incorporado à lista de remédios distribuídos gratuitamente. Droga é considerada uma das
avançadas na terapia contra a doença
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma ?terapia-alvo?, já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
?Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases?, diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir
da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias. As informações são do jornal O Estado de
S.Paulo.
ISTO É ONLINE | GERAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
Heloisa Aruth Sturm
22/07/2012
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela -,
que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
JORNAL DA MÍDIA ONLINE | COTIDIANO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais
domingo, 22/07/2012 - 15:15
Brasília - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
JORNAL DIÁRIO | PARÁ
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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SUS irá ofertar remédio para câncer de mama
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. Essa é uma medicação essencial para as pacientes que
são positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", afirmou o mastologista
Waldemir Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
"A Conitec é um aprimoramento das regras de incorporação de novas drogas no SUS. O principal critério para a tomada de
decisão desse grupo é a existência de estudos que comprovem a eficácia do uso de determinado remédio", afirmou. Padilha
acrescentou que os estudos demonstram que o uso do Trastuzumabe reduz o risco de recidiva da doença além de diminuir em
22% o risco de morte. "A droga pode ser usada em casos iniciais ou avançados de câncer. Só não tem eficácia comprovada
em casos de tumores com metástase", diz o ministro.
PREÇO
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais. O
Trastuzumabe é, inclusive, o 7º medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro Padilha, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o
que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões/ano para fornecer a medicação. Por se
tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A
partir da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em no máximo 180 dias.
(Agência Estado)
JORNAL GRATUITO@VERDADE | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Painel internacional de saúde recomenda antiretrovirais a todos os pacientes com HIV
Um painel internacional de saúde recomendou pela primeira vez que todos os pacientes com o vírus HIV sejam tratados com
remédios antiretrovirais, mesmo quando o impacto do vírus no sistema imunológico se mostra pequeno. A Sociedade Antiviral
Internacional, uma entidade sem fins lucrativos, citou novas evidências de que a infecção com o vírus da imunodeficiência não
tratada causa SIDA e pode levar a vários outros problemas, incluindo doenças cardiovasculares e renais.
Além disso, dados mostraram que combater o HIV reduz o risco de uma pessoa infectada transmitir o vírus a outra. "Não
estamos mais apenas concentrados nas infecções tradicionais da SIDA. Sabemos que o HIV está danificando o corpo a todo
momento em que não está controlado", afirmou a Dra. Melanie Thompson, pesquisadora do Consórcio de Pesquisa do HIV em
Atlanta e membro do painel da Sociedade Antiviral.
As recomendações são globais, mas principalmente focada em países "ricos na pesquisa", que podem cobrir os custos das
medicações, afirmou.
As diretrizes foram publicadas no Journal of the American Medical Association no começo da conferência 2012 da Sociedade,
que ocorre de domingo a sexta-feira em Washington.
Além dos estudos mostrando que o tratamento com drogas antiretrovirais reduz o risco de transmissão do HIV, testes
mostraram um efeito protetor quando o remédios são usados por pessoas em risco e não infectadas com o vírus.
Os órgãos reguladores da saúde nos EUA aprovaram no começo deste mês o uso de Truvada, da Gilead Sciences", para
adultos com HIV negativo, mas que estão sob risco de adquirir o vírus. Como outras drogas antiretrovirais, a pílula foi fabricada
para manter o vírus que causa a SIDA sob controle, suprimindo a replicação viral no sangue.
"As drogas são convenientes, têm poucos efeitos colaterais e seus benefícios estão se tornando cada vez mais claros, tanto
para as pessoas infectadas quanto do ponto de vista da saúde pública", disse o Dr. Paul Volberding, diretor do Centro de
Pesquisa de SIDA da Universidade da Califórnia e outro membro do painel.
MSN BRASIL | MUNDO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:02
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Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa
"Atrapalhado"
Uma exposição de dois jovens artistas em Bangcoc retrata assuntos que são tabu na sociedade tailandesa.
A série intitulada "Muddled" ("Atrapalhado", em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de
Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um "deboche" pela imprensa local.
As obras abordam temas como Prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, Homossexualismo, violência no trânsito e a
infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas
habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento
underground americano.
Tabu "Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte", disse à BBC Brasil a curadora da
exibição Korakot Sridee. "Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos", completou.
"Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas
bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história", explica o artista Poom Pechavanish.
"O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento", afirma Anon Lulitananda. "Acredito que a geração jovem está pronta para
esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem", avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a Prostituição são proibidas por lei na Tailândia, embora sejam
amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
"A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que
pode comprometer a boa imagem do país", explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice
Wongsurawat.
"Todo mundo sabe o que acontece, mas ninguém fala", conclui Wongsurawat.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
MSN NOTÍCIAS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais | Agência Brasil
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the tide together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, um milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil - Todos os direitos reservados.
NE 10 | COTIDIANO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Esperança de fim da pandemia de Aids prevalece em Conferência Internacional
Um homem trabalha em material que homenageia as vítimas da Aids na Conferência Internacional sobre a doença em
Washington
A possibilidade de pôr fim à pandemia de Aids graças a um arsenal de novos tratamentos mostra uma luz no fim do túnel para
autoridades e pesquisadores, que se reúnem a partir deste domingo (22) na Conferência Internacional sobre a doença em
Washington, mesmo que ainda não se fale em cura.
"Pela primeira vez acreditamos que podemos declarar o começo do fim da pandemia de Aids", disse à imprensa Diane Havlir,
professora de Medicina da Universidade da Califórnia de San Francisco (Califórnia, oeste), e copresidente da Conferência da
Aids de 2012.
O mesmo otimismo é compartilhado por Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID):
"Começamos realmente a nos dar conta de que é possível atuar na transmissão e mudar a trajetória da pandemia (...),
inclusive que (ainda) não haja cura", explica à AFP.
O virólogo baseia suas esperanças, sobretudo, nos recentes resultados de testes clínicos que revelam que os Antirretrovirais
também permitem reduzir fortemente o risco de transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlar o vírus naquelas
que estão infectadas.
Para o doutor Gottfried Hirnschall, encarregado do relatório sobre a Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS), isto
"estará, provavelmente, o centro das conversas da conferência".
Esta será a primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada nos Estados Unidos, depois da
anulação de uma lei que proibia o acesso de soropositivos ao país.
A proibição foi anulada pelo Congresso em 2008 e o texto, promulgado pelo presidente Barack Obama em 2009.
"Reverter a tendência da pandemia para termos uma geração livre da Aids", é o tema principal da conferência, que reunirá de
22 a 27 de julho 25.000 participantes, entre personalidades políticas, artistas, pesquisadores e ativistas.
Além o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), e sua esposa, Hillary, secretária de Estado americana, também participarão
personalidades como Elton John e Bill Gates, ou cientistas de renome, como a prêmio Nobel de Medicina Françoise BarreSinoussi, que, ao lado de Luc Montagner, descobriu o vírus da Aids.
Estima-se que 34 milhões de pessoas vivam com Aids no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas morreram desde o início
da doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8 milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
Fonte: AFP
NE 10 | COTIDIANO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
CHURRASCO - As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos
espaços mais disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas
acabou convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma
portátil. Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
PASSADO - O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os
maiores índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que
ocupavam o local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
Fonte: Agência Estado
O DIA ONLINE - RJ | CIÊNCIA E SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Conferência sobre Aids começa com foco no uso estratégico de antirretrovirais
22/07/2012
Brasília - A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa neste domingo em Washington, nos Estados Unidos. O tema
deste ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas
em uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira. Entre as autoridades
previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, e a
ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
As informações são da Agência Brasil
O DIA ONLINE - RJ | OPINIÃO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Wagner Pelegrine: Uma doença silenciosa chamada hepatite C
23/07/2012
Rio - A Hepatite C é inflamação causada pelo vírus VHC e compete com a doença hepática alcoólica como a maior causa de
mal crônico do fígado. Hoje, cerca de 3 milhões de pessoas estão contaminadas, mas somente 5% delas o sabem. O grande
potencial evolutivo para Cirrose e câncer no fígado faz com que a Hepatite C seja considerada grave problema de saúde
pública.
A transmissão da doença acontece quando o sangue contaminado pelo VHC penetra na corrente sanguínea de um indivíduo
sadio, o que pode acontecer com um simples alicate não desinfetado ou em estúdios de tatuagem onde não haja higienização
do material.
Para se ter uma ideia da agressividade do vírus da Hepatite C, podemos fazer uma comparação com o HIV. O vírus da Aids
morre rapidamente quando fora do organismo. O da Hepatite C não! Se uma gota de sangue cair no chão, dois dias depois
continua contaminada, e não há vacina para combatê-lo.
Depois de infectado, somente um rigoroso tratamento pode livrar o paciente dessa doença assintomática. O exame mais
comum realizado é o anti-HCV, que pesquisa o anticorpo contra o vírus e é feito através de uma simples coleta de sangue na
ponta do dedo. Caso seja constatada a doença, exames mais específicos, como genótipo da doença, biópsia hepática, TAP e
TSH, são feitos para avaliar o comprometimento do fígado. A evolução da doença é lenta e geralmente descoberta quando já
há necessidade de transplante, daí a necessidade de campanhas de esclarecimento e diagnósticos precoces.
Por isso, é importante destacar a vontade e comprometimento do paciente para se obter uma resposta virológica positiva, que
só é conseguida se o tratamento não for abandonado.
O DIÁRIO ONLINE | GERAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
Agência Estado Heloisa Aruth Sturm
22/07/2012
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela -,
que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
OLHARDIRETO.COM.BR | CIÊNCIA E SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
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Painel recomenda antirretrovirais a todos os pacientes com HIV
Terra
Um painel internacional de saúde recomendou pela primeira vez que todos os pacientes com o vírus HIV sejam tratados com
remédios Antirretrovirais, mesmo quando o impacto do vírus no sistema imunológico se mostra pequeno.
A Sociedade Antiviral Internacional, uma entidade sem fins lucrativos, citou novas evidências de que a infecção com o vírus da
imunodeficiência não tratada causa Aids e pode levar a vários outros problemas, incluindo doenças cardiovasculares e renais.
Além disso, dados mostraram que combater o HIV reduz o risco de uma pessoa infectada transmitir o vírus a outra.
"Não estamos mais apenas concentrados nas infecções tradicionais da Aids. Sabemos que o HIV está danificando o corpo a
todo momento em que não está controlado", afirmou a Dra. Melanie Thompson, pesquisadora do Consórcio de Pesquisa do
HIV em Atlanta e membro do painel da Sociedade Antiviral.
As recomendações são globais, mas principalmente focada em países "ricos na pesquisa", que podem cobrir os custos das
medicações, afirmou. As diretrizes foram publicadas no Journal of the American Medical Association no começo da conferência
2012 da Sociedade, que ocorre de domingo a sexta-feira em Washington.
Além dos estudos mostrando que o tratamento com drogas Antirretrovirais reduz o risco de transmissão do HIV, testes
mostraram um efeito protetor quando o remédios são usados por pessoas em risco e não infectadas com o vírus.
Os órgãos reguladores da saúde nos EUA aprovaram no começo deste mês o uso de Truvada, da Gilead Sciences, para
adultos com HIV negativo, mas que estão sob risco de adquirir o vírus. Como outras drogas Antirretrovirais, a pílula foi
fabricada para manter o vírus que causa a Aids sob controle, suprimindo a replicação viral no sangue.
"As drogas são convenientes, têm poucos efeitos colaterais e seus benefícios estão se tornando cada vez mais claros, tanto
para as pessoas infectadas quanto do ponto de vista da saúde pública", disse o Paul Volberding, diretor do Centro de Pesquisa
de Aids da Universidade da Califórnia e outro membro do painel.
OLHARDIRETO.COM.BR | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais
Agência Brasil
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste ano é
Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em uma
fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
PAROUTUDO.COM | SEXO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Casais gays negros usam mais
Camisinha que casais gays brancos 22.07.2012
Quando união é feita de dois negros, uso de Camisinha é maior
Quando união é feita de dois negros, uso de Camisinha é maior
Estudo feito nos EUA mostra que há diferença entre casais gays compostos por dois negros ou por dois brancos quando o
assunto é uso de Camisinha.
De acordo com a pesquisa, dois afrodescendentes usam mais Preservativo, porém não falam sobre o assunto. Ambos dão
como natural que o uso de Preservativo irá protegê-los contra DST.
No caso de casais compostos apenas por homens brancos, há discussão maior sobre o uso ou não da Camisinha. E, no geral,
acaba-se, na maioria das vezes, optando por não usá-la.
Quando se trata de casais interraciais, o comportamento é dividido percentualmente em partes praticamente iguais.
A diferença continua quando se trata da atitude após eventual transa sem Camisinha. No caso dos casais negros, há
discussão sobre o que ocorreu e volta-se, majoritariamente, a usar a proteção.
No caso de parceiros de raças diferentes ou apenas brancos, continua-se a fazer sexo sem Preservativo.
O estudo é da Universidade de São Francisco e feito com gays de Nova York e da cidade-sede da instituição.
PLANETA UNIVERSITÁRIO | CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012
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Fármaco brasileiro mostra potencial contra tuberculose e câncer
Em artigo recém-publicado na revista Infectious Agents and Cancer, pesquisadores brasileiros e norte-americanos
demonstraram que um fármaco desenvolvido no Brasil e batizado de P-MAPA é capaz de ativar determinados receptores do
sistema imunológico e favorecer o combate à Tuberculose e ao câncer de bexiga. Estudos anteriores indicaram que a
molécula, criada pela rede de pesquisa Farmabrasilis a partir do fungo Aspergillus oryzae, tem ação imunomoduladora, ou
seja, estimula o sistema imune a combater diversos tipos de tumores e doenças infecciosas, entre elas malária, leishmaniose
visceral e algumas viroses hemorrágicas.
Agora, pela primeira vez, os possíveis mecanismos de ação da droga foram descritos. Testes in vitro com células humanas e
experimentos em animais revelaram que o P-MAPA ativa receptores existentes na membrana celular conhecidos como toll-like.
Além disso, em ratos, a droga modificou a expressão da proteína p-53, possivelmente relacionada à regulação dos receptores.
"Os receptores toll-like são capazes de reconhecer fragmentos de vírus e bactérias, além de fatores moleculares associados a
tumores ou a doenças infecciosas", explicou Wagner José Fávaro, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp) e orientador do trabalho de pós-doutorado de Fábio Rodrigues Ferreira Seiva, que teve Bolsa da
FAPESP.
Esses receptores podem auxiliar na redução tumoral de duas maneiras: inibindo a formação dos vasos sanguíneos que irrigam
a região e recrutando células de defesa para atacar o tumor.
Segundo Fávaro, o P-MAPA - abreviação de agregado polimérico de fosfolinoleato-palmitoleato de magnésio e amônio proteico
- atua especificamente sobre os subtipos 2 e 4 dos receptores toll-like. De acordo com a literatura científica, esses subtipos
estariam relacionados ao câncer de bexiga.
"Ainda não se sabe com certeza se a resposta desencadeada por eles é favorável ou desfavorável. Podem atuar como
reguladores negativos ou positivos da carcinogênese, mas nossos resultados indicam que a ativação dos receptores auxiliou
na regressão do tumor", disse Fávaro.
Os experimentos foram realizados em ratos. Os pesquisadores introduziram diretamente na bexiga dos animais o carcinógeno
N-metil-N-nitrosoureia (composto N-nitroso) - substância também existente no cigarro. Após oito semanas de exposição, os
roedores já apresentavam lesões pré-malignas e malignas na bexiga urinária.
"Esse modelo animal se aproxima muito do que acontece com humanos. fumantes e trabalhadores expostos a determinadas
substâncias químicas inalam o N-nitroso e o excretam na urina. O contato do carcinógeno com o epitélio da bexiga, ao longo
do tempo, acaba causando o câncer", explicou Fávaro.
Os animais foram então tratados por outras oito semanas. O efeito do P-MAPA foi comparado com o da vacina BCG (sigla para
Bacillus Calmette-Guerin), usada originalmente na prevenção da Tuberculose e considerada atualmente a melhor opção para
o controle do câncer de bexiga.
"O principal tratamento para o câncer do tipo não-músculo invasivo, que apresenta lesões superficiais, consiste em remover
cirurgicamente o tumor e aplicar a imunoterapia com a vacina BCG diretamente na bexiga", disse Fávaro.
Descobriu-se na década de 1970 que a BCG induz uma resposta imune massiva, estimulando a produção de células que
atacam o tumor. No experimento, os ratos tratados com a vacina, verificou-se uma redução de 20% a 30% no grau tumoral,
mas os animais continuavam a apresentar lesões malignas.
Já no grupo que recebeu o P-MAPA, a redução do grau tumoral foi de 90%. "Os animais deixaram de apresentar lesões
malignas e pré-malignas, passando a apresentar apenas lesões inflamatórias", disse Fávaro.
Outra vantagem do P-MAPA é a baixa ocorrência de efeitos adversos verificada em estudos com diversos tipos de animais. "A
BCG é preparada com bacilos atenuados e, portanto, é contraindicada para pacientes com imunodeficiência", disse.
Os efeitos colaterais, explicou o pesquisador, estão presentes em mais de 90% dos pacientes tratados com BCG e vão desde
sintomas irritativos leves até reações alérgicas, instabilidade hemodinâmica e febre persistente. Nesses casos, o tratamento
precisa ser suspenso.
"Nos testes com animais, o P-MAPA mostrou resultados mais eficazes e com menores efeitos colaterais. Isso indica que pode
se tornar um grande aliado no tratamento", destacou Fávaro.
Tuberculose
A eficácia do P-MAPA no combate à Tuberculose foi investigada graças a uma parceria da Farmabrasilis com o National
Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID) e pesquisadores da Colorado State University, nos Estados Unidos.
"Primeiro foram feitos testes in vitro, nos quais foi aplicado o P-MAPA sobre colônias da bactéria causadora da Tuberculose.
O objetivo era ver se a droga possuía efeito antibiótico", contou Fávaro.
O resultado foi negativo. Quando comparado aos antibióticos normalmente usados no tratamento da Tuberculose, o P-MAPA
não se mostrou capaz de inibir o crescimento dos bacilos. "Mas quando foi testado em animais, o imunomodulador se mostrou
capaz de reduzir significativamente as unidades formadoras de colônias", ressaltou.
O experimento foi feito com ratos infectados com a bactéria causadora da Tuberculose por meio de um aerossol. Nesse caso,
o tratamento com o P-MAPA foi comparado com o moxifloxacin (fluorquinolona), antibiótico sintético de quarta geração em fase
final de aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) - órgão do governo norte-americano que regula medicamentos .
No grupo tratado com P-MAPA, houve uma redução de 28% da carga bacteriana. No grupo tratado com Moxifloxacin, a queda
foi de 40%. Os animais tratados com a associação das duas drogas apresentaram carga bacteriana 38% menor.
"O P-MAPA sozinho teve um efeito menor, mas também causou menos reações adversas. A vantagem de associar as duas
drogas é que você consegue obter um resultado semelhante ao do moxifloxacin isolado, mas com menos efeitos colaterais",
disse Fávaro.
Em diversas pesquisas realizadas com animais e em testes preliminares com humanos, o P-MAPA apresentou baixa
toxicidade. Até o momento, não foram relatados efeito adversos importantes nas dosagens usadas experimentalmente.
Farmabrasilis
A rede Farmabrasilis, entidade sem fins lucrativos criada em 2001 e constituída por cientistas brasileiros, chilenos, europeus e
norte-americanos, também pesquisa outros candidatos a fármacos. O P-MAPA é o produto em estágio mais avançado de
desenvolvimento.
"O próximo passo é tentar provar em testes com seres humanos que a droga pode ser uma opção terapêutica valiosa", disse
Iseu Nunes, um dos diretores da rede.
Segundo Nunes, a droga poderia ser usada em conjunto com a vacina BCG no tratamento do câncer de bexiga. Também
poderia ser usada para auxiliar antivirais e antibacterianos no tratamento de doenças infecciosas.
A Farmabrasilis é a primeira a adotar no Brasil o modelo de fonte aberta para o desenvolvimento de fármacos e opera com
uma política diferenciada de propriedade intelectual.
"Todos os produtos em desenvolvimento podem vir a ser cedidos gratuitamente para o tratamento de doenças negligenciadas
e para programas de interesse da saúde pública", contou Nunes.
Para financiar seus projetos, a rede conta com doações, parcerias nacionais e internacionais, apoio de órgãos de fomento e
trabalho voluntário de seus integrantes. Os estudos do P-MAPA em Tuberculose foram apoiados pela Farmabrasilis e NIAID e
os estudos em câncer de bexiga pela Farmabrasilis, FAPESP e CNPQ.
Há pelo menos outros cinco projetos de pesquisa financiados pela FAPESP, alguns já concluídos, que investigam o efeito do
P-MAPA no combate a doenças como , leishmaniose visceral em cães , câncer de bexiga e na inflamação induzida por toxinas
da bactéria Escherichia coli .
O artigo Effects of P-MAPA Immunomodulator on Toll-Like Receptors and p53: Potential Therapeutic Strategies for Infectious
Diseases and Cancer pode ser lido em www.infectagentscancer.com/content/pdf/1750-9378-7-14.pdf.
Agência FAPESP
PORTAL BRAGANÇA | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Saúde - Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico
de antirretrovirais
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa hoje (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste ano é
Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em uma
fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas. Com informações da Agência Brasil.
R7 | Internacional
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:02
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Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa
"Atrapalhado"
Uma exposição de dois jovens artistas em Bangcoc retrata assuntos que são tabu na sociedade tailandesa.
A série intitulada "Muddled" ("Atrapalhado", em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de
Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um "deboche" pela imprensa local.
As obras abordam temas como Prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, Homossexualismo, violência no trânsito e a
infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas
habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento
underground americano.
Tabu "Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte", disse à BBC Brasil a curadora da
exibição Korakot Sridee. "Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos", completou.
"Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas
bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história", explica o artista Poom Pechavanish.
"O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento", afirma Anon Lulitananda. "Acredito que a geração jovem está pronta para
esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem", avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a Prostituição são proibidas por lei na Tailândia, embora sejam
amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
"A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que
pode comprometer a boa imagem do país", explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice
Wongsurawat.
"Todo mundo sabe o que acontece, mas ninguém fala", conclui Wongsurawat.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
R7 | SÃO PAULO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012 06:57
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Homem é preso por suspeita de estupro a menino de sete anos
Criança foi abordada em uma rua de Santo André, na Grande São Paulo
Um menino, de sete anos, caminhava sozinho por uma rua de Santo André, na Grande São Paulo, quando foi parado por um
homem que estava em um carro. O garoto entrou no veículo e foi levado para um quarteirão, com pouca movimentação, na rua
Cisplatina, no Jardim Ipanema, no começo da noite deste domingo (22).
A criança teria sofrido abuso sexual e quando saiu do carro, a criança ainda teria sido obrigada a dar um beijo no suspeito, em
troca de dinheiro. Um açougueiro, que havia acabado de sair do trabalho, viu a ação, anotou a placa do carro e entregou à tia
da vítima. Só depois disso, o menino admitiu à família que teria sido violentado.
Os parentes chamaram a polícia, que rastreou a placa e foi à casa do suspeito, na rua Napoli, na Vila Metalúrgica, em Santo
André. O menino reconheceu o homem e o açougueiro reconheceu o carro.
O homem, de 67 anos, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. Durante depoimento, na delegacia, o suspeito
confessou o crime. Ele já tinha passagem pela polícia pelo estupro de outra criança, de quatro anos.
O menino, de sete anos, passou por exames no Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Por causa da suspeita de estupro, a
criança terá de tomar medicamentos contra o vírus HIV durante um mês.
REDE BOM DIA | DIA A DIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Começa a Conferência Internacional sobre Aids
Evento teve início neste domingo nos Estados Unidos; foco é como previnir novas infecções Paula Laboissière/ AGÊNCIA
BRASIL
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa neste domingo (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
REPÓRTER DIÁRIO | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre agora se
transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma favela -,
que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de repúdio e até
o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta.
Fonte: AE
RIBEIRÃO PRETO ON LINE | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Conferência Internacional sobre Aids começa hoje com foco no uso estratégico de
antirretrovirais
Fonte: Agência Brasil
A 19ª Conferência Internacional sobre Aids começa neste domingo (22) em Washington, nos Estados Unidos. O tema deste
ano é Turning the Tide Together (Juntos para virar a maré, na tradução livre) e enfatiza a importância de ações decisivas em
uma fase considerada desafiadora da epidemia de Aids no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a conferência será um dos eventos centrais de 2012 no âmbito da
saúde global e do HIV. O foco dos debates serão tratamentos para prevenir novas infecções e o uso estratégico da terapia
antirretroviral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas participem do encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27). Entre as
autoridades previstas estão o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel
Sidibé, e a ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe que descobriu o
HIV.
Na última semana, dados globais sobre a doença divulgados pelo Unaids indicam que há uma possibilidade de se alcançar
tratamento universal para a doença até 2015. A América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
Antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
A OMS defende que o uso estratégico da terapia pode reduzir de forma significativa a transmissão do HIV no mundo. No ano
passado, um estudo constatou que os Antirretrovirais são capazes de reduzir em 96% as chances de transmissão do vírus
entre casais em que um dos parceiros é soropositivo.
A estimativa do órgão é que, todos os anos, 1 milhão de pessoas comecem a usar os medicamentos. Entretanto, para cada
uma pessoa que tem acesso ao remédio, duas novas infecções são contabilizadas.
SRZD | NOTICIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Portadores do HIV devem usar antirretrovirais sem exceção, diz painel
Redação SRZD | Ciência e Saúde
Foto: ReproduçãoA Sociedade Antiviral Internacional orientou, neste domingo, que todos os portadores do vírus HIV devem ser
tratados com medicamentos Antirretrovirais. A indicação é feita ainda que o vírus não tenha muito impacto no sistema
imunológico.
A entidade, sem fins lucrativos, confirmou que o vírus da imunodeficiência pode levar a complicações cardiovasculares e
renais, além de causar a Aids.
Os testes ressaltam ainda que os efeitos protetores superam os esperados quando as medicações são manipuladas em
pessoas com risco de contração do HIV, mas não infectadas.
VEJA ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:12
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Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro
(Sociedade)
O incêndio declarado no domingo na fronteira entre Espanha e França "não progrediu, mas não está sob controle", disse nesta
segunda-feira o ministro do Interior catalão, Felipe Puig, enquanto os bombeiros combatem o fogo com apoio de hidroaviões
franceses e espanhóis.
O corpo dos Agentes rurais calculou que "o perímetro do incêndio é, aproximadamente, de 63 km, e que teria afetado uma
superfície de 13.000 hectares de 17 municípios", em um comunicado divulgado pelos bombeiros da Generalitat.
Ao ser perguntado sobre as possíveis causas dos incêndios em La Junquera e em Port Bou declarados na véspera, Puig o
atribuiu a "uma guimba ou a um pequeno artefato" que provocou o fogo, embora tenha ressaltado que "provavelmente os dois
incêndios devem-se a imprudências ou negligências".
"Até o momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, informou um comunicado do
Ministério da Saúde.
Outros três franceses morreram no domingo, um pai e sua filha de 15 anos que tentavam fugir das chamas saltando ao mar em
Por Bou, e um homem de 75 anos que morreu de um ataque cardíaco quando viu a ameaça das chamas em sua casa.
VEJA ONLINE | SEGURANÇA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 07:19
Imagem 1
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A segurança às cegas: Brasil desconhece o tamanho real da criminalidade
Informações sobre homicídios e outros delitos ainda são privilégio de poucos estados. Sem estatísticas, governos trabalham
sem saber onde, como e quando ocorrem os crimes
Da mais recente edição do Mapa da Violência - estudo que é a referência mais precisa de quantidade e distribuição geográfica
de assassinatos no país - emerge um retrato alarmante do Brasil. O documento, apresentado na última semana, dedicou-se
em especial aos homicídios de jovens até 19 anos, grupo no qual, em 30 anos, a taxa nacional de homicídios elevou-se em
346%. Em 1980, morreram assassinadas 3,1 crianças e adolescentes em cada 100.000 brasileiros nessa faixa de idade. Essa
proporção chega a 2012 com 13,8 casos por 100.000 em 2010. O Brasil é o quarto país onde mais se mata e o 12º onde os
jovens mais morrem por acidentes de trânsito.
O
é feito pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FlacsoBrasil). A primeira e óbvia conclusão é em relação à exposição dos jovens à criminalidade. A segunda é a de que o Brasil não
conseguiria saber quantas são as vítimas de assassinato se dependesse de seu sistema de informações criminais. O
levantamento é elaborado a partir de dados de mortes por causas externas colhidos no sistema de Saúde - não na esfera
policial ou nas secretarias de segurança dos estados. "O sistema de informações sobre crimes e segurança no Brasil é um
caos. Se dependêssemos apenas das secretarias de segurança e do próprio Ministério da Justiça, jamais saberíamos quantas
pessoas morrem assassinadas no país. Dessa forma, governantes e policiais começam a trabalhar sem saber sequer o
problema que têm na mão", critica Cláudio Beato, coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da
UFMG (Crisp).
Coordenador do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfiz, que há 15 anos examina os dados de mortalidade para
elaborar os estudos, explica que os dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, são os
melhores. "Trabalho com violência, não com um mapa da criminalidade. Por isso, os dados de cada certidão de óbito são os
melhores, por não passarem por toda a pré-codificação existente no sistema das delegacias", diz ele. De fato, se um estudo
semelhante fosse feito a partir dos dados do sistema de Justiça, em vez de considerar as informações de saúde, haveria uma
distorção brutal. "A certidão de óbito é incontestável. Os dados de segurança, que podem ter interferência do policial ou do
prefeito de uma cidade, são o que eles querem publicar, não o que preciso. Há, ainda, as diferenças regionais. Minas Gerais e
São Paulo têm estatísticas de crimes. O Piauí não tem", conta Jacobo.
As interferências que interpretações, metodologias ou interesses podem exercer sobre estatísticas de criminalidade foram tema
de um
no ano passado. A maior repercussão do estudo, que faz uma crítica severa à má qualidade dos dados disponíveis sobre
assassinatos e outros delitos, foi a existência, no Rio de Janeiro, de uma diferença gritante entre os dados de mortes por
causas externas e os assassinatos considerados pela polícia e a Secretaria de Segurança. Em resumo, Cerqueira descobriu
que, em 2009, além dos 5.064 homicídios registrados, teriam ocorrido outras 3.165 mortes de causas externas que não foram
esclarecidas. Isso faria cair por terra a propaganda do estado sobre recorde na redução de homicídios, e elevaria as agressões
letais no Rio para 8.229. A Secretaria de Segurança, dias depois do estudo, divulgou que providenciou um ajuste na
metodologia para evitar as distorções.
O dano, no entanto, estava feito: segundo o coordenador do Mapa da Violência, entre os pesquisadores da área os dados
sobre criminalidade no Rio são vistos como "pouco fidedignos".
A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 4 de julho é uma tentativa de estabelecer um padrão nacional para esses
dados. O texto da lei 12.681 de 2012 cria o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre
Drogas, o Sinesp. Por enquanto, o texto não passa de um sinal importante, e não há evidências de que uma lei - mais uma produza efeito. Mas um parágrafo em especial traz uma ponta de esperança: "O integrante que deixar de fornecer ou atualizar
seus dados e informações no Sinesp não poderá receber recursos nem celebrar parcerias com a União para financiamento de
programas" na área de segurança pública. A redação também tem ênfase no combate ao crack - citado sempre antes das
referências às drogas ilícitas. Mas, em geral, a nova lei diz basicamente que estados e município precisam produzir e
disponibilizar dados sobre criminalidade - algo que já ocorre há muito tempo com a saúde, por exemplo.
"O DataSus é um retrato do que acontece com saúde nacionalmente. Até hoje não existe isso em segurança. Não há como o
governante, a autoridade, entenderem o fenômeno. A capacidade de pensar de forma inteligente é limitada pela inexistência da
informação. Não é possível saber se estamos gastando bem ou mal", compara Cláudio Beato.
O estado de São Paulo é constantemente citado como um exemplo - e uma exceção nacional - de bom uso das estatísticas de
criminalidade disponíveis. A virada nesse sentido começou com a operação do Infocrim, o sistema de informações criminais da
Secretaria de Segurança do estado. "Em São Paulo, o processo de queda nas taxas de homicídio foi brutal. O estado passa de
42,2 assassinatos para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 13,9 em 2010. Uma redução de praticamente 67%. Isso
começa em 1997, quando pela primeira vez o Datafolha mostra que a preocupação do paulista é a segurança, não mais
questões econômicas", lembra Jacobo.
VEJA.COM | CIÊNCIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Esperança de fim da pandemia de Aids prevalece em Conferência Internacional
A possibilidade de pôr fim à pandemia de Aids graças a um arsenal de novos tratamentos mostra uma luz no fim do túnel para
autoridades e pesquisadores, que se reúnem a partir deste domingo na Conferência Internacional sobre a doença em
Washington, mesmo que ainda não se fale em cura.
"Pela primeira vez acreditamos que podemos declarar o começo do fim da pandemia de Aids", disse à imprensa Diane Havlir,
professora de Medicina da Universidade da Califórnia de San Francisco (Califórnia, oeste), e copresidente da Conferência da
Aids de 2012.
O mesmo otimismo é compartilhado por Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID):
"Começamos realmente a nos dar conta de que é possível atuar na transmissão e mudar a trajetória da pandemia (...),
inclusive que (ainda) não haja cura", explica à AFP.
O virólogo baseia suas esperanças, sobretudo, nos recentes resultados de testes clínicos que revelam que os Antirretrovirais
também permitem reduzir fortemente o risco de transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlar o vírus naquelas
que estão infectadas.
Para o doutor Gottfried Hirnschall, encarregado do relatório sobre a Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS), isto
"estará, provavelmente, o centro das conversas da conferência".
Esta será a primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada nos Estados Unidos, depois da
anulação de uma lei que proibia o acesso de soropositivos ao país.
A proibição foi anulada pelo Congresso em 2008 e o texto, promulgado pelo presidente Barack Obama em 2009.
"Reverter a tendência da pandemia para termos uma geração livre da Aids", é o tema principal da conferência, que reunirá de
22 a 27 de julho 25.000 participantes, entre personalidades políticas, artistas, pesquisadores e ativistas.
Além o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), e sua esposa, Hillary, secretária de Estado americana, também participarão
personalidades como Elton John e Bill Gates, ou cientistas de renome, como a prêmio Nobel de Medicina Françoise BarreSinoussi, que, ao lado de Luc Montagner, descobriu o vírus da Aids.
Estima-se que 34 milhões de pessoas vivam com Aids no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas morreram desde o início
da doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8 milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
VEJA.COM | SAÚDE
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Resistência a remédios contra HIV aumenta na África
No leste do continente, o número de pacientes resistentes aos Antirretrovirais cresceu 29% por ano - a maior taxa entre as
regiões pesquisadas
vírus
Na América Latina, 6,9% dos doentes apresentam o vírus resistente ao tratamento (Thinkstock)
Pelo menos 90% das pessoas com Aids vivem em países de baixa e média renda, sobretudo no continente africano. Em
resposta a essa tendência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incentivou, no começo dos anos 2000, um programa de
tratamento com Antirretrovirais nessas nações - desde então, mais de sete milhões de indivíduos passaram a receber os
medicamentos. Uma consequência da aplicação ampla desse tipo de tratamento é o surgimento de versões resistentes do
vírus HIV, contra os quais pelo menos um dos remédios Antirretrovirais deixa de fazer efeito. Agora, uma pesquisa publicada
na revista online Lancet sugere que houve aumento no número de casos de HIV resistente a Antirretrovirais na África
subsaariana ao longo desse período.
Saiba mais
Antirretrovirais
Esse grupo de medicamentos surgiu na década de 1980 e atua no organismo impedindo a multiplicação do vírus. Eles não
matam o HIV, mas ajudam a evitar que ele se reproduza e enfraqueça o sistema imunológico da pessoa infectada. Por isso,
seu uso é fundamental para prolongar o tempo e a qualidade de vida do portador de Aids. Desde 1996, o Brasil distribui
gratuitamente o coquetel antiaids para todos que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 19 medicamentos, divididos
em cinco classes diferentes. Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três Antirretrovirais combinados, sendo
dois medicamentos de classes diferentes.
"Se não houver esforços nacionais e internacionais, o aumento da resistência do vírus pode ameaçar a tendência de queda no
número de mortes relacionadas ao HIV nos países mais pobres", diz Silvia Bertagnolio, pesquisadora da OMS e coordenadora
do estudo, em comunicado enviado à imprensa.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram 162 relatórios e 27 estudos não publicados, que avaliaram 26 mil
pessoas de países da África Subsaariana, Ásia e América Latina.
A região onde a resistência do vírus cresceu de forma mais rápida foi o leste da África. Ali, o número de doentes nos quais um
dos Antirretrovirais não fez efeito subiu 29% por ano, chegando a atingir 7,4% dos casos de HIV. O resultado é maior que o
do sul da África, onde o número de casos subiu 14% ao ano, para 3% do total.
Os pesquisadores não perceberam uma mudança dessa porcentagem nos países do centro e oeste da África. Na América
Latina, o nível de resistência manteve-se em 6,9% em todo o período. A heterogeneidade entre os países da Ásia impediu que
os cientistas fizessem estimativas para a região.
Explicação - A pesquisadora diz que esses níveis de resistência do vírus não são inesperados, já que houve uma expansão do
tratamento com Antirretrovirais no período. "Em 2011, quase 8 milhões de pessoas receberam o tratamento nesses países,
um número 26 vezes maior que o de 2003", afirma Silvia Bertagnolio.
Os cientistas afirmam que programas amplos, porém falhos, de tratamento com Antirretrovirais podem resultar em maior
resistência do vírus. Uma solução seria diminuir a frequência de erros que acabam levando à interrupção do tratamento, como
uma rede fraca de distribuição de remédios ou baixos estoques dos mesmos. Outro fator que contribui para o problema pode
ser a dificuldade que os cientistas dessas regiões têm para diagnosticar os novos casos de resistência do HIV, levando à
disseminação do novo vírus.
VEJA.COM | BRASIL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
22/07/2012
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Rocinha vai ganhar 1º parque em favela do Rio
Por Heloisa Aruth Sturm
Rio - No lugar de barracos de madeira, espaços de educação ambiental e de lazer. O que antes era um território insalubre
agora se transforma em ecotrilha. Esses são alguns dos atrativos do Parque da Rocinha - primeira área do tipo dentro de uma
favela -, que será inaugurado em dezembro deste ano, após um início de projeto conturbado, com direito a ato público de
repúdio e até o constrangimento do governo perante a ONU.
A ideia de criação do parque surgiu há três anos, em meio a protestos contra a decisão do governo de levantar muros de
contenção em algumas favelas da cidade - os chamados "ecolimites". Autoridades alegavam que a obra serviria para conter a
ocupação desenfreada das favelas em direção aos remanescentes de Mata Atlântica da região. Opositores viam na medida
uma forma autoritária de limitar a mobilidade dos moradores.
Passada a polêmica, o parque agora é visto com bons olhos pela comunidade. A área, de 9 mil m², trará atividades esportivas,
educativas e culturais. Foram investidos R$ 24 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento
Urbano (Fecam). Além de ter ecotrilha, ciclovia, paredão de escalada, arvorismo e uma quadra poliesportiva, o espaço ainda
trará biblioteca, anfiteatro, parque infantil e uma academia para a terceira idade.
"Nós fizemos um trabalho com a comunidade, uma parceria chamada "oficina do imaginário", onde os próprios moradores
deram sugestões e nós incorporamos o que poderia ser adaptado no projeto", disse o diretor-presidente da Empresa de Obras
Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior. De acordo com o arquiteto da Emop Anderson Café, 90% das instalações foram
sugeridas pela própria comunidade.
Churrasco
As cinco churrasqueiras instaladas no local (a 2ª maior demanda dos moradores) prometem ser um dos espaços mais
disputados. Café era particularmente contra a criação de churrasqueiras dentro de um parque ecológico, mas acabou
convencido. "Disseram que mesmo que não tivesse a churrasqueira eles poderiam fazer churrasco, trazendo uma portátil.
Então incorporamos a proposta até por medida de segurança."
Foi de Café a ideia de homenagear os moradores da Rocinha, na grande maioria de origem nordestina, com o "redódromo",
um espaço cenográfico com fachadas de casas típicas do sertão e áreas para descansar nas mais de 20 redes que serão
colocadas no local. Nessa Praça de Cultura Nordestina haverá ainda a intervenção de grafiteiros, com imagens da literatura de
cordel.
Passado
O parque foi construído sobre um local conhecido como "cobras e lagartos", uma área insalubre, que registrava os maiores
índices de incidência de Tuberculose do Brasil. Para a construção, foram remanejadas cerca de 120 famílias que ocupavam o
local em pequenos barracos de madeira.
Os platôs e percursos abertos pelos antigos moradores serviram de base para a instalação dos equipamentos de lazer. "Essa
obra se acomoda aos espaços de ocupação já existentes. Não derrubamos sequer uma árvore", disse Café.
Antes do parque, a criação de espaços verdes dentro da favela era restrita a algumas poucas iniciativas locais, como as da
ONG Rocinha Mundo da Arte, que transformou um pequeno terreno baldio de 50 m² em um jardim comunitário.
A iniciativa foi elogiada como exemplo de projeto sustentável durante a Rio+20, e agora eles têm recursos do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para levar o trabalho adiante.
Os moradores aguardam, ansiosos, pela inauguração do parque. "Quando estiver pronto, acho que vai ser um lugar bom para
chegar com as crianças, passar o domingo assando uma carne, porque nem todo mundo tem condição de sair da favela para
curtir", disse o auxiliar Gilmarques Lopes.
Um dos funcionários da obra, Carlos Alves de Moura, já faz planos para o início das atividades. Ele espera reunir, ainda antes
da inauguração, 20 bicicletas por meio de doações de empresários locais, para serem utilizadas gratuitamente pelas crianças
da comunidade na futura ciclovia. Já conseguiu três.
O músico Manoel Atanásio, morador da Rocinha há quase 60 anos, espera que o projeto traga também mais conscientização
às pessoas quanto à preservação dos espaços públicos e do meio ambiente. "Vamos procurar manter o parque da melhor
maneira possível, porque isso aqui é para a gente."
Em abril de 2009, o governo estadual decidiu construir muros em 13 favelas. A iniciativa reacendeu a discussão sobre a
relação entre as áreas pobres e os bairros nobres do Rio. O governo justificava a medida como forma de conter o avanço das
favelas sobre as áreas verdes e foi criticado até pela ONU - o perito Alvaro Tirado Mejiam viu uma "discriminação geográfica".
O primeiro muro, com 634m de extensão, foi erguido na Favela Santa Marta. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
VERMELHO ONLINE | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012
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Artistas usarão humor para enfrentar a Aids
23/07/2012
Estão abertas as inscrições para artistas na segunda edição do Festival Internacional do Humor que pretende exibir estilos de
vida saudáveis relacionados a pessoas que convivem com o vírus HIV/Aids. O evento é uma parceria do Ministério da Cultura,
da Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco). De acordo o diretor de DST/Aids do Ministério da
Saúde, Eduardo Barbosa, a união do humor com o tema da Aids é oportuno pois aproxima a população do tema de forma
leve e envolvente.
YAHOO NOTÍCIAS |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 11:30
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor.
O Trastuzumabe é considerado uma das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo
monoclonal que promove uma "terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes,
preservando as sadias. O medicamento é fabricado pela Roche.
"Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases", diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe.
Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e gastou R$ 12,6 milhões.
Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por exemplo, consumiu R$ 9,8
milhões dos cofres públicos.
Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela
aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$ 150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar
de uma compra em massa, há uma negociação com o laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%. A partir
da publicação no Diário Oficial, a oferta na rede ocorrerá em, no máximo, 180 dias. As informações são do jornal
.
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ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 11:12
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Incêndio na Espanha "não progrediu, mas não está sob controle", diz ministro
O incêndio declarado no domingo na fronteira entre Espanha e França "não progrediu, mas não está sob controle", disse nesta
segunda-feira o ministro do Interior catalão, Felipe Puig, enquanto os bombeiros combatem o fogo com apoio de hidroaviões
franceses e espanhóis.
O corpo dos Agentes rurais calculou que "o perímetro do incêndio é, aproximadamente, de 63 km, e que teria afetado uma
superfície de 13.000 hectares de 17 municípios", em um comunicado divulgado pelos bombeiros da Generalitat.
Ao ser perguntado sobre as possíveis causas dos incêndios em La Junquera e em Port Bou declarados na véspera, Puig o
atribuiu a "uma guimba ou a um pequeno artefato" que provocou o fogo, embora tenha ressaltado que "provavelmente os dois
incêndios devem-se a imprudências ou negligências".
"Até o momento, ocorreram quatro mortes, a última corresponde a um homem de 64 anos de nacionalidade francesa que se
encontrava internado em estado muito crítico no Hospital del Vall d"Hebron" de Barcelona, informou um comunicado do
Ministério da Saúde.
Outros três franceses morreram no domingo, um pai e sua filha de 15 anos que tentavam fugir das chamas saltando ao mar em
Por Bou, e um homem de 75 anos que morreu de um ataque cardíaco quando viu a ameaça das chamas em sua casa.
ZERO HORA ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 08:58
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SUS fornecerá medicamento contra câncer de mama (Geral)
Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$ 7 mil - a droga estava restrita a mulheres que
conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento Trastuzumabe (Herceptin), uma das principais armas no combate ao
câncer de mama, na lista de remédios distribuídos gratuitamente pelo SUS. A inclusão será publicada nesta semana no Diário
Oficial da União.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que entre 20% e
25% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm indicação para receber essa medicação - que tem como alvo a
mutação genética que leva ao HER-2 positivo, um dos tipos mais agressivos de tumor. O Trastuzumabe é considerado uma
das drogas mais avançadas na terapia contra o câncer de mama porque é um anticorpo monoclonal que promove uma
"terapia-alvo", já que ele tem a capacidade de atingir exclusivamente as células doentes, preservando as sadias. O
medicamento é fabricado pela Roche.
- Esse é um grande avanço para as mulheres que dependem do SUS. É uma medicação essencial para as pacientes que são
positivo para o HER-2 porque ela consegue controlar o avanço da doença e evitar metástases - diz o mastologista Waldemir
Rezende.
A droga será oferecida no SUS por decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (Conitec), criada dentro do
ministério por força de lei. Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a comissão analisou o custo-efetividade da droga
por mais de um ano, colocou o assunto em consultas públicas e não levou em consideração a pressão das demandas judiciais.
A droga é administrada na veia e é de uso hospitalar. Por ser um medicamento de alto custo - cada frasco custa, em média, R$
7 mil -, ela estava restrita a mulheres que conseguiam o direito de recebê-la do governo por meio de ações judiciais.
O Trastuzumabe é o sétimo medicamento mais demandado judicialmente ao Ministério da Saúde, que em 2011 gastou R$
266 milhões na compra de remédios determinados por decisões judiciais - sendo R$ 4,9 milhões para atender a 61 ordens de
compra do Trastuzumabe. Neste ano, o governo federal já recebeu 98 determinações judiciais para compra do medicamento e
gastou R$ 12,6 milhões. Só uma compra para atender uma ação civil pública movida pelo Estado de Santa Catarina, por
exemplo, consumiu R$ 9,8 milhões dos cofres públicos. Segundo o ministro, a incorporação da droga no SUS exige que o
preço praticado pela indústria seja compatível com o que ela aplica no mercado internacional. O governo estima gastar até R$
150 milhões por ano para fornecer a medicação. Por se tratar de uma compra em massa, há uma negociação com o
laboratório fabricante e o preço pode ser reduzido em até 50%.
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DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
23/07/2012 06:32
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Óleo de abacate é aliado na dieta e auxilia na prevenção de doenças (Bem-Estar)
Substância atua na redução dos níveis de cortisol, hormônio relacionado ao aumento da compulsão alimentar
O beta-sitosterol encontrado no óleo de abacate é, além de um aliado da saúde cardiovascular, responsável por diversos
outros benefícios ao organismo. Atua na prevenção contra doenças cardiovasculares e da próstata e no controle da glicemia,
auxiliando no tratamento da diabetes. Ajuda a proteger a saúde de olhos, pele e cabelos, além de reforçar a imunidade e
auxiliar no emagrecimento.
De acordo com a nutricionista Bruna Murta, da rede Mundo Verde, especializada em produtos naturais e orgânicos, o óleo de
abacate protege a saúde do coração porque é fonte de beta-sitosterol, de ácidos graxos insaturados. Possui alto teor de ácido
oléico, uma gordura monoinsaturada que colabora para a redução do mal e aumento do bom colesterol. Estudos também
mostram que o beta-sitosterol participa do controle da glicemia e dos níveis de insulina em pacientes diabéticos, sendo um
coadjuvante no controle da doença.
Outras funções deste fitosterol são melhorar a imunidade, aumentando a atividade de células que agem matando microorganismos invasores, sendo auxiliar no tratamento de infecções e doenças como câncer e HIV. Além disso, ajuda na dieta
reduzindo os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao aumento da compulsão alimentar e do acúmulo de gordura na região
abdominal.
- Por se associar às gorduras saturadas de outros alimentos, o beta-sitosterol bloqueia sua absorção pelo corpo. Esse efeito
pode ajudar na perda de peso e prevenção de doenças do coração - esclarece a nutricionista.
Devido ao carotenoide chamado luteína, o óleo previne doenças nos olhos, como catarata e degeneração macular. Seu
altíssimo teor de vitamina E, de ação antioxidante, inibe a formação de radicais livres, ajudando a diminuir os sinais do
envelhecimento.
Como usar
:: O óleo de abacate pode ser consumido puro ou utilizado em diversos molhos para tempero de saladas, para regar hortaliças
cozidas, e na finalização de pratos quentes.
:: Comparado a outros óleos vegetais, o óleo de abacate é mais estável a altas temperaturas. Sendo assim, pode ser utilizado
em preparações quentes, como refogados e frituras, sem alterar sua estrutura química.
:: Também utilizado como cosmético, pode ser aplicado diretamente sobre a pele, auxiliando na prevenção contra rugas,
redução da flacidez e de manchas na pele. Aplicado sobre os cabelos secos, confere maciez aos fios.
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ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
23/07/2012 05:02
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Coiotes em Uruguaiana: imigrantes ilegais são aliciados para atividades clandestinas
entre Buenos Aires e SP (Polícia)
Mafias distintas estariam no comando: uma exploraria a Prostituição, e, a outra, usaria africanos como mulas para o tráfico de
drogas
A mais importante ligação econômica do Mercosul, na fronteira oeste gaúcha, virou corredor do crime organizado sob o
controle de quadrilhas internacionais de tráfico de pessoas. Indícios apontam que imigrantes ilegais vindos do outro lado do
mundo para tentar a sorte no Brasil e na Argentina e que passam por Uruguaiana e Paso de los Libres estão sendo aliciados
para atividades clandestinas em algum ponto entre Buenos Aires e São Paulo. Nas duas cidades estariam os comandos
dessas quadrilhas.
Essa seria uma das razões para a surpreendente invasão de forasteiros nas duas cidades da fronteira, fazendo prosperar
redes de coiotes, responsáveis pela travessia ilegal dos estrangeiros de um país a outro, sobre a ponte internacional ou pelas
águas do Rio Uruguai.
Embora a maioria das respostas para esse fenômeno ainda seja desconhecida, suspeitas levam a acreditar que o movimento
de estrangeiros ilegais na fronteira é coordenado por duas máfias distintas. Uma exploraria a Prostituição de jovens asiáticas
e outra usaria africanos como mulas para o tráfico de cocaína e para o contrabando. Parte deles se faz passar por vendedores
de bijuterias.
Desde março, quando o movimento migratório irregular se intensificou, em média 10 estrangeiros por mês são impedidos de
ingressar ou mandados embora do Brasil pela Polícia Federal (PF) em Uruguaiana. Mas o número de imigrantes ilegais pode
ser bem maior.
- A gente vê que são uns 10, 12 por dia, indo e voltando da Argentina - diz um taxista de Uruguaiana, que não se identificou.
Nos últimos cinco meses, em Paso de los Libres, a Gendarmeria (responsável pelo controle de fronteiras da Argentina) já
flagrou 80 imigrantes ilegais vindo do Quênia, do Senegal, da Nigéria, de Burkina Faso, de Marrocos e da China. Há suspeitas
de que fariam tráfico de pedras preciosas e diamantes introduzidos no corpo.
- Já escutamos isso, mas nada foi comprovado. É um dilema para nós. Alegam que vendem semijoias, mas isso não rende
muito e andam com boas quantias de dinheiro - afirma o comissário-inspetor Ricardo Barboza, chefe regional da polícia na
cidade.
No mês passado, um nigeriano teve roubados US$ 10 mil (cerca de RS 20.230). Na sexta-feira, dois senegaleses, com
documentação em dia, foram vítimas de assaltante e perderam R$ 2,5 mil em pesos (cerca de R$ 1.250). Cocaína lançada na
Argentina é repassada depois ao Brasil
Outros dois homens vindos do Senegal e da Nigéria foram presos recentemente em Passo de los Libres carregando, cada um,
cerca de três quilos de cocaína. Um outro africano abandonou uma mochila com documentos e quatro quilos de cocaína ao ser
parado na ponte.
- Eles não têm trabalho, não têm profissão, não sabem ler e como têm dinheiro para contratar advogados? - espanta-se Maria
Eugenia Esquivel, secretária da Justiça Federal na cidade.
Desde a entrada em vigor no Brasil da Lei do Abate, em 2004, que permite a derrubada a tiros de aviões que transportam
drogas sobre o espaço aéreo brasileiro, fardos de cocaína costumam ser arremessados no lado argentino da fronteira para
depois chegarem ao Brasil.
Entrevista: "Do nada, pessoas não caem em Uruguaiana"
O combate aos crimes envolvendo imigrantes ilegais na Fronteira Oeste levou para Uruguaiana a delegada Paula Dora. Atual
chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da corporação em Brasília, Paula está à frente da investigação para
identificar e capturar grupos de coiotes e quem alicia imigrantes clandestinos para cometer crimes.
Zero Hora - O que está acontecendo em Uruguaiana?
Paula Dora - Uruguaiana vive um movimento migratório entre Brasil e Argentina que reflete a crise mundial. Estrangeiros
procurando oportunidades de trabalho em outros países, que, às vezes, por questões imigratórias, não têm documentação
regular, e acham mais fácil pagar um coiote.
ZH - Em média são de 10 a 12 estrangeiros por dia cruzando a fronteira?
Paula - É possível. A Argentina está se fechando para certas nacionalidades que estão dando problemas, muitos
apresentavam documentos falsos.
ZH - Os coiotes estão se aproveitando disso?
Paula - Claro. Quando a pessoa tem dificuldade de ingressar em um país, por causa de barreira imigratória, a primeira coisa
que ela pensa é usar o coiote. São duas figuras diferentes: o que só atravessa a fronteira por meio de um pagamento de R$ 30
e tchau. E os que integram organizações criminosas que utilizam essa população flutuante, não documentada, para cometer
delitos.
ZH - Quantos grupos agem em Uruguaiana?
Paula - Ainda não sabemos. O assunto está chamando a atenção, recebendo muitas denúncias. No mês passado foram mais
de 10, contra pessoas que estariam envolvidas em várias atividades. E a partir delas, estamos investigando para ver se
chegamos a organizações dos dois tipos.
ZH- Quais tipos?
Paula - Os coiotes e os que exploram o trabalho dos imigrantes.
ZH - Os coiotes daqui têm ligações com criminosos de São Paulo?
Paula - Não posso afirmar. Ainda estamos em fase de investigação.
ZH - Mas tem uma articulação com criminosos de fora?
Paula - Tem. Assim, do nada, as pessoas não caem em Uruguaiana.
BLOG RUY BARROSO | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
22/07/2012
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Cartunista Jaguar diz estar com cirrose e câncer
Revelação foi feita em sua crônica no jornal O Dia
O cartunista Jaguar, de 80 anos, contou em sua coluna desse sábado (21), no jornal O Dia, que tem Cirrose e câncer. "Uma
piscina olímpica, no mínimo, foi o que bebi nos últimos 62 anos", começa o texto. A descoberta aconteceu durante exames de
rotina, que mostraram a doença em estágio avançado, além de diversos tumores pelo corpo.
Ainda de acordo com o texto, Jaguar foi internado para uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, no dia 9 de julho
- mesmo dia da saída de Pedro Leonardo, como ele
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