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ARTIGO
Crescimento sustentável é sinônimo de sobreviver e preservar
Marcos Felipe Magalhães
IBMIN - Instituto Brasileiro de Marketing e Inteligência de Negócios
www.ibmin.com.br
Se todas as organizações são feitas para durar, por que apenas algumas conseguem crescer no
mesmo ritmo da economia global e das sociedades em que estão inseridas? Porque em uma
sociedade em evolução, crescimento sustentável é sinônimo de sobreviver e preservar.
Charles Darwin afirmou que a sobrevivência ou a extinção de cada organismo é determinada,
nem pelo mais forte ou mais rápido, mas pela habilidade em se adaptar ao ambiente. Seguindo
a Teoria da Evolução, ainda que nasçam frágeis, os organismos lutam pela sua sobrevivência,
desde o primeiro minuto da sua existência, lidando com a escassez de recursos e com o
propósito de obter posições privilegiadas que assegurem a sua perpetuidade. O derradeiro
objetivo das organizações é a perenidade.
Nesse sentido, entende-se que a sobrevivência organizacional, que é a forma mais evoluída de
crescimento, depende da habilidade das organizações em competir em um mercado global no
qual a única maneira de continuar é através de inovações, mudanças evolutivas e constante
adaptação aos ambientes.
Inovações, mudanças, evoluções e adaptações
Os vencedores serão os inovadores que estão fazendo com que o pensar arrojado seja parte do
dia-a-dia dos negócios e se adaptem cotidianamente às mudanças dos ambientes.
A adaptação, a forma mais primária de inovação, é utilizada desde o começo da história
humana, como um meio de progredir e evoluir para o ser humano e as suas instituições.
Portanto, devido à velocidade cada vez maior da economia moderna, a competitividade e a
sobrevivência ao longo prazo das organizações depende cada vez mais da sua capacidade de
mudar para ficar à frente de seus concorrentes.
A gestão de mudanças não pode cuidar apenas de tecnologia, ingredientes, ou equipamentos, e
nem apenas cuidar de custos ou de mercado. Abrange toda a gestão da inteligência, ampliando
e atualizando o conhecimento para torná-lo um instrumento de competitividade.
Inovar é criar um saber próprio. É evoluir. É criar diferenças que surpreendam a concorrência.
É alavancar a curva de experiência transformando as habilidades e atitudes existentes em
melhores soluções para a empresa, seus stakeholders e para a sociedade como um todo.
Para empresas que querem se tornar perenes é preciso uma visão estratégica da inovação,
uma abordagem holística que considere as dimensões dos processos, das pessoas, das
tecnologias, da abordagem ao mercado e da construção de parcerias. Dentro desta visão, toda
mudança evolutiva ou disruptiva, em qualquer das dimensões competitivas, que tiver como
objetivo prolongar a vida das organizações deve ser entendido como crescimento.
A sustentabilidade
Segundo a lei divina, que deve se tornar a prática dos homens, é uma obrigação de todo o
indivíduo, e suas organizações, fazer com que a riqueza, não apenas a sua, se expanda pelo
mundo ao seu redor.
A riqueza é o maior nível de organização obtida pela transformação possível do ambiente de tal
maneira que tudo que é vivo, e que seja importante para o que é vivo, exista sem escassez. De
tal maneira que todos os recursos, ou tudo que contribua para a geração de recursos, seja
perenizado.
Quanto mais abundante for possível tornar uma necessidade dos seres vivos, e das
organizações, sem que esta represente uma escassez de outra necessidade dos seres vivos, ou
organizações, melhor.
Em caso de dúvida, é melhor todos se beneficiarem de uma não-escassez do que da
abundância, pois a transformação de algo em abundância que gera escassez estará criando um
duplo trabalho – fazer abundância e ter que repor aquilo que se fez escasso.
É obrigação do justo criar o máximo de abundância que não gera escassez, já que um não
perde e outro se beneficia.
Marcos Felipe Magalhães,
MSc. é professor da Fundação Dom Cabral, e autor do livro Explicando Marketing
Simplesmente.
5/5/2007
http://www.avozdocidadao.com.br
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