Mitos e verdades sobre alergia 2

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Mitos e Verdades sobre a alergia
Mito: A alergia é contagiosa.
Verdade: Não. As pessoas alérgicas, principalmente as que têm asma, rinite e dermatite
atópica, possuem uma condição genética que determina que reajam de forma exagerada a
determinados estímulos, causando os sintomas.
Mito: Todas as doenças alérgicas não têm cura.
Verdade: Embora a alergia seja uma condição herdada geneticamente e, na maioria das
vezes definitivamente, existem doenças alérgicas em que pode ocorrer a resolução
completa do quadro, como acontece com a alergia ao leite de vaca que se inicia na
lactância (bebê) e tende a desaparecer por volta dos 2 a 4 anos de idade.
Mito: Não adianta tratar alergia, afinal ela não tem cura.
Verdade: Embora não se possa alterar a herança genética, que os alérgicos apresentam,
os tratamentos disponíveis atualmente englobam medicamentos bastante específicos, com
efeitos colaterais mínimos e que melhoram muito a qualidade de vida.
Mito: Alergia é doença de rico.
Verdade: As doenças alérgicas são condições herdadas geneticamente podendo,
portanto, ocorrer em indivíduos de todos os níveis sócio-econômicos.
Mito: Ar condicionado faz mal para os alérgicos.
Verdade: Os alérgicos podem permanecer em ambientes com ar condicionado. O
importante é que a alergia esteja bem controlada e que os aparelhos tenham boa
manutenção e limpeza.
Mito: Praia é prejudicial à criança alérgica.
Verdade: Ir à praia è uma atividade ao ar livre das mais saudáveis e deve ser estimulada
no paciente alérgico.
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Mito: Natação cura alergia.
Verdade: Natação é um excelente exercício físico e sua prática traz benefícios para as
pessoas alérgicas, em especial para os asmáticos. Entretanto, não "cura" a asma e em
algumas condições alérgicas pode agravar o quadro, como por exemplo nas sinusites.
Mito: O alérgico, principalmente o asmático, não pode praticar esportes.
Verdade: Os esportes de maneira geral, em especial os aeróbicos, estão liberados para
os alérgicos.
Mito: Travesseiros e colchões "antialérgicos" (hipoalergênicos) não necessitam de capas
impermeáveis.
Verdade: Todos os tipos de travesseiros e colchões devem ser revestidos com capas
apropriadas (revestidas internamente com película impermeável), para evitar a proliferação
de ácaros e fungos.
Mito: As vacinas para a alergia engordam.
Verdade: As vacinas para tratamento de alergia respiratória não contêm nenhum elemento
que cause ganho de peso.
Mito: Asma começa na infância e se cura na adolescência.
Verdade: Embora uma parcela das crianças que apresenta “chiado” nos primeiros anos de
vida evolua com o desaparecimento dos sintomas, isto não é verdade para todos.
Mito: As “bombinhas” para tratar a asma fazem mal ao coração, podem viciar e até
mesmo matar.
Verdade: Não. A asma é uma doença das vias respiratórias e portanto, o tratamento
inalatório é o ideal. Além disso, seu efeito é mais rápido, as doses necessárias para o
controle dos sintomas são menores e os efeitos colaterais são mais discretos, quando
comparados aos dos medicamentos usados por via oral. O fundamental é que sejam
sempre utilizadas sob orientação médica, de forma correta, evitando os abusos.
Mito: A asma é mais grave que a bronquite asmática e diferente da bronquite alérgica.
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Verdade: Embora a asma não deixe de ser uma inflamação brônquica e, portanto, uma
bronquite, a denominação correta para os episódios recorrentes de chiado que melhoram
após a utilização de broncodilatador é a asma.
Mito: Uma mulher asmática deve evitar engravidar.
Verdade: O fato de uma mulher ser asmática não é um empecilho para que fique grávida.
Sabe-se que algumas mulheres, ao engravidarem, não têm o curso da doença alterado
pela gestação, mantendo o padrão que sempre tiveram, antes do período de gestação.
Outras pioram na gravidez, passando a ter mais crises do que antes de engravidarem. Não
se pode prever, com exatidão, quem irá piorar, melhorar ou manter inalterado, mas isso
não pode ser motivo para se evitar uma gravidez. Os estudos apontam que 1/3 das
gestantes melhoram durante a gravidez, 1/3 permanece inalterado e 1/3 pioram durante a
gestação;
Mito: Uma mulher grávida não pode usar remédios para tratar sua asma e ou rinite.
Verdade: O receio do uso de medicamentos pela gestante asmática e ou portadora de
rinite não deve existir pois, em alguns casos, eles serão essenciais para permitir que a
mãe respire melhor e forneça oxigênio para o feto. A falta de ar materno pode ser mais
prejudicial ao bebê do que o efeito dos medicamentos usados.
Mito: Sorvetes desencadeiam crises de alergia respiratória.
Verdade: O que desencadeia alergia respiratória são principalmente, as substâncias
inaláveis, tais como os ácaros da poeira, os pêlos de animais, etc.
Mito: A asma não é uma doença séria.
Verdade: Se assim fosse, a asma não seria uma doença às vezes mortal. Se assim fosse
não precisaríamos de oxigênio para respirar.
Mito: Todos os quadros de urticária são devidos aos alimentos (principalmente ao
chocolate e aos frutos do mar).
Verdade: Ao contrário da crença popular de que a urticária é sempre provocada por
alimentos, na verdade as causas mais comuns são medicamentos, largamente utilizados
sem prescrição médica.
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Mito: Eu tenho alergia a antiinflamatório, mas não faz mal. Eu posso toma-lo e em seguida
tomo um antialérgico para cortar o efeito.
Verdade: As alergias a medicamentos podem ocasionar reações graves. A pessoa que,
numa primeira exposição a determinado medicamento, apresentou uma reação leve
poderá, em exposições subseqüentes, desenvolver quadros bem mais graves (inclusive
choque anafilático).
Mito: As drogas nasais descongestionantes são excelentes para desentupir as narinas.
Verdade: Os descongestionantes nasais só devem ser usados por curto período, pois
provocam inúmeros efeitos colaterais e dependência física, além de alterar a mucosa
nasal.
Mito: Não se deve usar remédios no nariz.
Verdade: Os medicamentos que não devem ser usados no nariz, por tempo prolongado
(superior a 5 dias) são os que contêm vasoconstrictores, devido aos efeitos colaterais que
podem ocasionar, inclusive com piora da obstrução nasal. Porém os antihistamínicos e os
corticóides, para uso tópico nasal, fazem parte do tratamento da rinite alérgica.
Mito: Criar um tipo de ave chamada “Canção” ou “Tartaruga” cura a asma.
Verdade: Não existe nenhum embasamento cientifico em relação a esta afirmação.
Fonte: SBAI - Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia
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