NOSSOS PONTOS FORTES Operações Integradas Verticalmente e Baixos Custos de Produção Em razão de nossas operações serem verticalmente integradas e da nossa localização ser privilegiada, nosso custo caixa de produção em 2003 foi de US$143 por tonelada de celulose, que está entre os mais baixos do mundo: • Temos baixos custos de matéria prima, porque nosso eucalipto cresce em apenas 7 anos, período de crescimento significativamente menor em relação à madeira de nossos concorrentes internacionais. Adicionalmente, atendemos nossa demanda de madeira principalmente através de nossas florestas próprias, sendo o remanescente fornecido por produtores com os quais celebramos contratos de longo prazo. • Temos baixos custos de energia, tendo em vista que a nossa fábrica da Bahia é auto-suficiente em energia elétrica e a nossa fábrica de São Paulo produz aproximadamente 40% da energia elétrica que consome. Aproximadamente 67% da energia elétrica que consumimos em ambas as fábricas é gerada no processo de produção de celulose. • Temos baixos custos de transporte, devido à proximidade de nossos plantios em relação às nossas fábricas – com destaque para a fábrica da Bahia – bem como de nossas fábricas de papel no Estado de São Paulo em relação à cidade de São Paulo, o centro do maior mercado consumidor do Brasil, e, ainda, ao fácil acesso de nossas fábricas aos portos de Santos e Vitória, importantes para o escoamento de nossas exportações. • Temos baixos custos de operação em nossas fábricas, que são fruto de nossa constante atualização tecnológica, operações eficientes e economias de escala. Qualidade Superior A qualidade superior dos nossos produtos é devida ao uso de máquinas e processos de produção avançados e à utilização exclusiva de fibra de eucalipto. Utilizamos técnicas de clonagem no desenvolvimento das nossas árvores de eucalipto, de forma a aprimorar a uniformidade de suas fibras e sua resistência a pragas e, deste modo, aumentar a sua produtividade e melhorar a sua qualidade. Nossos clientes produtores de papéis sanitários, lenços e toalhas apreciam nossa celulose de eucalipto pela maciez e elevado grau de absorção que ela proporciona aos seus produtos. Nossos clientes do segmento de papéis para imprimir e escrever apreciam nossa celulose pela lisura, opacidade, desempenho na impressão e uniformidade que ela confere aos seus papéis. Nossos papéis de imprimir e escrever são produzidos com 100% de fibra de eucalipto, que proporcionam ao papel melhor formação e distribuição na superfície da folha, qualidade na impressão, opacidade, uniformidade, maciez e corpo superior quando comparado aos papéis produzidos com outras fibras. Da mesma forma, nosso papelcartão destaca-se pela qualidade de impressão, lisura superficial, rigidez, e alto desempenho em processos de impressão, corte, vinco e envase, características importantes para a produção de embalagens. Linha de Produtos e Mercados Diversificados Nossas operações verticalmente integradas nos proporcionam a flexibilidade de ajustar nossa produção e vendas de papel e celulose de acordo com a dinâmica do mercado. Através da produção de papel e celulose para dois mercados distintos (doméstico e exportação), conseguimos obter os benefícios da diversificação, e, portanto, estamos bem posicionados para atender o potencial crescimento do mercado doméstico, bem como aproveitar as oportunidades oferecidas no mercado internacional. Adicionalmente, nossa habilidade em desenvolver novas linhas de produtos nos ajuda a manter e aumentar nossas vendas, mesmo em face da crescente concorrência. Em 2002 e 2003 atingimos uma participação no mercado doméstico de 24,2% e 23,3% de papel para imprimir e escrever não revestido, 25,6% e 29,6% de papel para imprimir e escrever revestido e 24,9% e 25,4% no mercado de papel cartão, respectivamente. Nosso foco em manter uma linha de produtos de maior valor agregado tem por finalidade aumentar nossos lucros operacionais, mantendo uma posição de liderança no mercado brasileiro. Fomos a primeira companhia brasileira, por exemplo, a lançar um papel para imprimir e escrever revestido de dupla camada no Brasil. Este produto de maior valor agregado nos gerou receitas de vendas adicionais em uma época em que as vendas de papéis para imprimir e escrever revestidos estavam em queda. Sólido Histórico de Exportação Temos um histórico estabelecido de mais de duas décadas de exportação de produtos de papel e celulose para uma ampla base de mais de 180 clientes em mais de 50 países. Acreditamos que nossa vantagem competitiva de baixos custos de produção, nossos inúmeros contatos no mercado internacional de papel e celulose, e nossa reputação de qualidade e serviços superiores, continuarão a fazer com que clientes no mercado de exportação queiram comprar nossos produtos. Toda a nossa receita proveniente de vendas fora do Brasil é denominada principalmente em dólares. Em 2001, 2002 e 2003, nossas vendas para exportação, expressas em reais, foram de R$792,4, R$1.004,9 milhões e R$ 1.243,8 milhões, respectivamente, respondendo por 44,4%, 48,6% e 50,2% de nossas receitas líquidas. Geração de Caixa Consistente e Solidez Financeira Apesar da volatilidade do preço da celulose, mantemos um histórico consistente de geração interna de caixa. Esta geração de caixa tem nos proporcionado, historicamente, recursos para investir na expansão e modernização de nossas operações. Além do nosso histórico consistente de geração interna de caixa, tendo em vista nossas atividades de exportação, temos acesso a financiamentos de exportação, os quais oferecem taxas de juros competitivas, tanto de curto quanto de longo prazo, e que são protegidos contra riscos de mercado pelo fluxo das nossas vendas denominadas em dólares norte-americanos. Em 31 de dezembro de 2002 e 31 de dezembro de 2003, apresentamos uma dívida líquida de R$2.548,9 milhões e R$ 1.645,4 milhões, e EBITDA de R$ 840,7 milhões e R$ 1.000,2 milhões, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2003, a relação dívida líquida/EBITDA foi de 1,64. Alto Potencial de Crescimento Orgânico Dadas as características de nossos ativos de produção, em particular a configuração de uma de nossas fábricas em São Paulo e da nossa fábrica na Bahia, estamos desenvolvendo projetos que permitirão, com o financiamento adequado, dobrar a nossa capacidade de vendas nos próximos 5 anos, sem a necessidade de realizar aquisições significativas, através de investimentos com custo de instalação atraente e baixo custo de produção por tonelada. Altos Padrões Ambientais Além de ser importante para o desenvolvimento sustentável e para a nossa responsabilidade social, acreditamos que nosso êxito em estabelecer altos padrões ambientais e em cumpri-los nos proporciona uma vantagem competitiva adicional, em especial com relação às vendas para clientes na Europa. A Bahia Sul foi a primeira companhia do setor de papel e celulose do mundo e a primeira companhia das Américas (todos os setores) a obter a certificação ISO 14001 para normas de gestão ambiental. NOSSA ESTRATÉGIA Nosso objetivo fundamental é maximizar o retorno para nossos acionistas, através do crescimento de nossos negócios tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo, reforçando nossa posição como um dos produtores mundiais de custos mais baixos de celulose e papel, e mantendo nosso comprometimento com responsabilidade social e ambiental na condução dos nossos negócios. Os principais elementos de nossa estratégia de negócios são: Modernizar e Expandir a Produção Já implementamos diversas medidas com o objetivo de viabilizar o nosso crescimento futuro: Iniciamos determinados projetos de expansão e modernização e estamos em estágio avançado de planejamento de outros projetos. Através da modernização das nossas fábricas de papel e celulose em São Paulo, esperamos aumentar nossa capacidade de produção de celulose para 541 mil toneladas por ano e nossa capacidade de produção de papel para 636 mil toneladas por ano. Estimamos que a modernização e expansão da nossa fábrica na Bahia irá aumentar a nossa capacidade de produção de celulose para 1.645 mil toneladas por ano. Tais projetos, em conjunto, resultarão em um aumento da nossa capacidade de produção total de celulose e papel em 1.163 mil toneladas/ano e 43 mil toneladas/ano, respectivamente e estimamos que tais projetos envolverão investimentos de aproximadamente US$1,4 bilhão, de 2004 a 2008. Os projetos destinam-se não só ao aumento da nossa capacidade de produção, mas também à redução de custo por tonelada nas fábricas de celulose de São Paulo e novas melhorias ambientais. Recentemente, temos adquirido e formado nossa própria base florestal, complementada por plantios de produtores locais contratados, com quem mantemos estreito relacionamento, de forma a nos assegurar madeira suficiente para atender às nossas demandas futuras de produção. Estamos continuamente analisando oportunidades de expansão de nossas atividades principais de papel e celulose através de investimentos, inclusive aquisições nos mercados doméstico e internacional. No entanto, neste momento, não estamos negociando nenhum investimento mediante aquisição. Desenvolver Produtos e agregar valor aos nossos clientes Buscamos obter um grau de diferenciação em qualidade e serviços e desenvolver produtos com qualidade competitiva internacional e inovadores no mercado regional da América Latina. Dentro desta estratégia: Em 2002, por exemplo, lançamos um papelcartão mais leve e firme, destinado ao mercado de alimentação e detergentes. A vantagem deste papelcartão consiste no fato de que ele pode ser usado na criação de embalagens mais leves. Também lançamos em 2002 o primeiro papel offset com dupla camada de revestimento produzido no Brasil, que garante uma superfície mais suave, e, com base em uma pesquisa de mercado, reposicionamos nossa linha de produtos cut-size como um papel multiuso, com a marca Report, a marca de maior reconhecimento no Brasil em sua categoria. Em 2003, lançamos uma cartolina escolar sob a marca Report e o papel reciclato Reciclato cortado para uso geral (dito cut-size) para o mercado corporativo; e Participamos de projetos de pesquisa para descobrir, dentre outras coisas, a seqüência genética da árvore de eucalipto, com o objetivo de identificar os cromossomos que podem acelerar o seu desenvolvimento e aperfeiçoar a qualidade de suas fibras para produção de papel e celulose. Aumentar nossa Eficiência Operacional Investimos em modernização e otimização para reduzir os custos unitários de produção. Continuamos a analisar e implementar ações que nos permitam aumentar nossa eficiência operacional: Buscamos maior produtividade de nossos prestadores de serviço; Melhoria nos processos logísticos; Projetos para otimizar o consumo específico de vários insumos; Melhoria em nossa plataforma de tecnologia da informação. Aprimorar o Relacionamento com o Mercado de Capitais e Diversificar as Fontes de Financiamento O nosso objetivo é continuamente melhorar nosso padrão de governança corporativa e de prestação de contas aos nossos acionistas, o que acreditamos nos proporcionará um melhor acesso aos mercados de capitais, e assim nos permitirá diversificar nossas fontes de financiamento. Como parte dessa estratégia, concluímos em novembro de 2003 uma oferta de Ações preferenciais, bem como aderimos ao Nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA em maio de 2003. A Condução de Nossos Negócios de Maneira Social e Ambientalmente Responsável Somos dedicados à produção de papel e celulose de uma maneira que não afete de forma adversa o meio ambiente. Nossos esforços neste tema incluem o plantio e o corte de árvores de eucalipto de maneira a preservar a bio-diversidade, o emprego de tecnologias de última geração que não sejam nocivas ao meio ambiente e a produção do primeiro papel offset 100% reciclado do Brasil em escala industrial. Fomos a primeira companhia de papel e celulose no mundo e a primeira companhia nas Américas (todos os setores) a obter a certificação internacional ISO 14001 para regras de gestão ambiental adotadas em nossas fábricas no Estado da Bahia. Temos como objetivo obter certificações semelhantes para todas as nossas unidades de produção. Também nos dedicamos à prestação de serviços à comunidade através de financiamentos a uma variedade de projetos, inclusive através do Instituto Ecofuturo, uma ONG por nós idealizada e patrocinada para promover o desenvolvimento sustentável, a consciência sobre o meio ambiente, a educação e o treinamento profissional. Foco em excelência empresarial Somos comprometidos a alcançar padrões mundiais de excelência em gestão empresarial, para tanto nos inspiramos no modelo de gestão do Prêmio Nacional de Qualidade (“PNQ”), o qual é similar ao prêmio Malcom Balbridge. A Bahia Sul foi vencedora do Prêmio Nacional de Qualidade em 2001 e atualmente estamos implementando as normas para toda a organização. RISCOS RELACIONADOS A FATORES MACRO-ECONÔMICOS As condições econômicas e políticas no Brasil podem afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados de nossas operações. O Governo Federal vem intervindo significativa e constantemente na economia brasileira e freqüentemente efetuou mudanças na política econômica, monetária, tributária, fiscal e de crédito para influenciar o curso da economia brasileira. As ações do governo para controlar a inflação e dar efeito a outras políticas, em algumas ocasiões, incluíram medidas intervencionistas, tais como a imposição de controle de capitais e o aumento das taxas de juros. Alterações nas políticas envolvendo tarifas aduaneiras, controle de câmbio, regulação e tributação, assim como a inflação, a desvalorização cambial, a instabilidade social e outros desenvolvimentos políticos, econômicos ou diplomáticos, bem como a resposta do Governo Federal a tais desenvolvimentos, podem afetar adversamente nossos negócios e resultados financeiros. Em 2002 e 2003, vendemos aproximadamente 46,4% e 40,7%, respectivamente, do volume de nossos produtos para clientes brasileiros. Dessa maneira, nossas condições financeiras e resultados de nossas operações são substancialmente dependentes das condições econômicas brasileiras. O produto interno bruto brasileiro cresceu, em termos monetários constantes 0,8% em 1999, 4,4% em 2000, 1,4% em 2001 e 1,5% em 2002 e decresceu 0,9% em 2003. Não podemos assegurar que o produto interno bruto brasileiro irá aumentar ou permanecer estável no futuro. Futuros desenvolvimentos na economia brasileira podem afetar as taxas de crescimento da economia brasileira e, conseqüentemente, o consumo de papel e celulose. Em conseqüência, tais desenvolvimentos podem enfraquecer nossas estratégias de negócios, nossa condição financeira ou os resultados de nossas operações. Estes e outros futuros desenvolvimentos nas políticas governamentais e na economia brasileira podem contribuir significativamente para aumentar a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a instabilidade no mercado de capitais brasileiro e, conseqüentemente, podem afetar adversamente nossos resultados e condições financeiras. A volatilidade do real em relação ao dólar pode trazer efeitos negativos à nossa situação financeira e afetar adversamente nossos resultados e condições financeiras. A moeda corrente brasileira tem se desvalorizado durante os últimos anos frente ao dólar. Em 2001, a desvalorização do real frente ao dólar totalizou 15,7%. Em 2002, a desvalorização do real frente ao dólar totalizou 34,3%, devido, em parte, às incertezas econômicas e políticas nos mercados emergentes, em particular no Brasil, aquelas geradas no âmbito das eleições para Presidência da República, e à desaceleração da economia global. Em 2003, o real valorizou-se em 22,3% encerrando 31 de dezembro de 2003 com uma taxa de câmbio de aproximadamente R$ 2,89. As desvalorizações do real frente ao dólar também criam pressões inflacionárias no Brasil que podem nos afetar de maneira adversa. As desvalorizações geralmente restringem o acesso aos mercados financeiros estrangeiros e podem requerer intervenção governamental, incluindo políticas governamentais recessivas. Visto que uma parte significativa de nossos ativos é denominada em reais, que parte de nossas receitas é denominada em reais, embora os preços de nossos produtos vendidos no mercado doméstico guardem relação com os preços internacionais em dólares, e que contraímos endividamentos e outras obrigações denominadas em dólares, podemos ser afetados de maneira adversa por quaisquer desvalorizações ou valorizações do real frente ao dólar. Se uma desvalorização ou valorização ocorrerem na taxa de câmbio, podemos sofrer perdas substanciais. Além disso, uma desvalorização ou uma taxa de câmbio menos favorável pode aumentar efetivamente as nossas despesas financeiras com relação ao nosso endividamento denominado em dólares. Tal desvalorização ou taxa de câmbio menos favorável pode também afetar a nossa capacidade de cumprir compromissos assumidos em nossos contratos de financiamento, que exigem a manutenção de determinados índices financeiros, como já ocorreu no passado, em 2002, quando tivemos que obter uma autorização de alguns de nossos credores (waiver), pelo fato de termos excedido o limite de dívida permitido em um dos nossos contratos financeiros. Por outro lado, uma valorização substancial do real em relação ao dólar pode acarretar perda substancial em nossa competitividade de custos, podendo impactar negativamente a nossa capacidade de concorrência no mercado de exportação. No período compreendido entre os anos 1994 e 1999, a moeda brasileira se valorizou de maneira relevante em relação ao dólar e aos resultados das empresas brasileiras exportadoras de papel e celulose permaneceram em patamares historicamente baixos, prejudicando seus acionistas e inibindo novos projetos de investimento em capacidade. A inflação, bem como determinadas medidas do governo para contê-la, podem contribuir significativamente para aumentar a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a instabilidade no mercado de capitais brasileiro e, conseqüentemente, podem afetar adversamente nossos resultados e condições financeiras. Ao longo de sua história, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. Desde a introdução do real em julho de 1994, no entanto, a inflação brasileira foi substancialmente menor do que em períodos anteriores. A inflação apurada pelo Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M, caiu para 1,8% em 1998, antes de aumentar para 20,1% em 1999, como resultado da desvalorização do real iniciada em janeiro de 1999, e posteriormente diminuir para 10,0% em 2000 e 10,4% em 2001. Em 2002, a taxa de inflação aumentou novamente para 25,3%, em grande medida devido à pressão que a desvalorização da moeda exerceu sobre os preços internos. Em 2003, as taxas de inflação caíram para 8,7%. Não podemos assegurar que as recentes taxas de inflação continuarão a se sustentar nos patamares atuais. Medidas governamentais futuras, tais como medidas para ajustar o valor do real, podem desencadear o aumento da inflação. Se o Brasil passar por aumentos relevantes da taxa de inflação no futuro, nossas despesas operacionais e nossos custos de capital poderão aumentar, nossas margens operacionais e margens líquidas poderão diminuir e, se a confiança dos investidores diminuir, o preço dos valores mobiliários de nossa emissão pode diminuir. Para uma discussão mais detalhada sobre a inflação A inflação propriamente dita e as medidas governamentais para combatê-la tiveram efeitos relevantes e adversos na economia brasileira. Desde 1999, as medidas do governo para conter a inflação incluíram o aumento na taxa básica de juros e intervenções no mercado de câmbio através da venda de dólares norteamericanos e de títulos indexados à variação cambial. Estas medidas, se adotadas, podem afetar adversamente nossos resultados e condições financeiras. A percepção de risco em economias emergentes pode impedir o acesso aos mercados de capitais internacionais, limitar nossas possibilidades de financiar nossas operações, assim como afetar adversamente o preço de mercado de nossas Debêntures. Desde o final de 1997, problemas econômicos em vários países emergentes levaram a uma percepção maior de risco por parte dos investidores em relação aos investimentos em tais mercados. Durante períodos de preocupação dos investidores, o Brasil passou por significativa redução na disponibilidade de divisas em dólares norte-americanos, e as companhias brasileiras incorreram em maiores custos para captação de recursos, tanto no mercado local como no mercado internacional, bem como tiveram acesso mais limitado aos mercados de capitais internacionais. Podemos precisar ter acesso aos mercados de capitais internacionais de forma a realizar nossos investimentos atuais e planejados. Não podemos assegurar que os mercados de capitais internacionais permanecerão abertos para nós ou que a percepção de risco, inerente ao investimento em debêntures de emissão de companhias brasileiras, não aumentará e/ou afetará adversamente o preço de mercado de nossas debêntures. RISCOS RELACIONADOS À COMPANHIA E À INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE Volatilidade no mercado de papel e celulose ou uma demanda insuficiente em relação aos nossos produtos podem causar um impacto negativo em nossa habilidade de operar nossas instalações de forma eficiente. Os preços que podemos obter para nossos produtos dependem dos preços predominantes no mercado mundial de papel e celulose, que são cíclicos e estão sujeitos às condições econômicas mundiais. Esses preços também podem ser afetados por alterações na capacidade mundial de produção e seus impactos sobre a demanda, pelas estratégias de negócio adotadas por outros produtores, pela disponibilidade de substitutos para nossos produtos e pela flutuação da taxa de câmbio. Além disso a capacidade instalada de produção determina a diluição dos custos fixos, a competitividade e o retorno do capital investido. Todos estes fatores estão fora de nosso controle. Após atingir um pico de aproximadamente US$ 690 por tonelada (CIF – Norte da Europa) no segundo semestre de 2000, os preços da celulose de eucalipto caíram para uma média de aproximadamente US$ 400 por tonelada no terceiro trimestre de 2001. Durante o terceiro trimestre de 2002, os preços da celulose aumentaram e atingiram aproximadamente US$ 510 por tonelada, mas, ao final de 2002, eles caíram novamente para uma média de US$ 475 por tonelada. Em 2003, o preço médio de mercado da celulose de eucalipto foi de, aproximadamente, US$ 503 por tonelada, correspondendo a um incremento de 10% em relação ao preço médio de 2002. Os preços no início de abril de 2004 atingiram US$ 550 por tonelada (CIF Norte da Europa). Os preços dos produtos de papel, apesar de menos voláteis que os preços da celulose, sofrem flutuações em decorrência direta das flutuações nos preços da celulose. É possível que os preços de mercado para papel e celulose venham a cair no futuro, ou que não haja demanda suficiente por nossos produtos, casos em que a nossa habilidade em operar nossas fábricas de maneira economicamente viável pode ser afetada de forma negativa. Enfrentamos concorrência significativa em alguns dos segmentos de mercado em que atuamos, o que pode afetar adversamente nossa participação no mercado e nossa lucratividade. Enfrentamos concorrência significativa, tanto no mercado doméstico quanto no mercado de exportação, de um grande número de empresas, algumas das quais com mais recursos financeiros do que nós. Nos mercados de celulose e de papéis domésticos, enfrentamos a competição de empresas pertencentes a grupos nacionais e internacionais maiores, que têm maior capacidade para arcar com possíveis despesas estratégicas para aumentar a participação no mercado, e No mercado internacional de papel e celulose, concorremos com adversários maiores que contam com mais recursos financeiros e maior capacidade de produção e que são menos suscetíveis a flutuação de preço e condições de mercado. Tradicionalmente, as importações de papel e celulose não acarretam concorrência substancial para nós no mercado interno, devido, entre outros fatores, aos custos de logística e às tarifas de importação impostas a esses produtos. Se o governo federal decidir diminuir as tarifas de importação, poderemos enfrentar um súbito aumento na concorrência no mercado doméstico por produtores estrangeiros. Além disso, a maioria dos mercados é atendida por vários fornecedores localizados em diversos países. Vários fatores influenciam nossa posição competitiva, incluindo a eficiência das fábricas e os níveis de operação em relação aos nossos concorrentes, assim como a disponibilidade, qualidade e custo da madeira, energia, água, produtos químicos e mão-de-obra. Alguns de nossos concorrentes têm maiores recursos financeiros e de marketing, maior base consumidora e maior variedade de produtos do que nós. Se não formos capazes de nos manter competitivos em relação a esses concorrentes no futuro, nossa participação no mercado pode ser afetada adversamente. Além disso, as pressões para redução dos preços de papel e celulose causadas por nossos concorrentes, que podem estar mais preparados para manter preços mais baixos, podem afetar a nossa lucratividade. Atrasos na expansão de nossas instalações podem afetar significativamente nossos custos e resultados operacionais. Como parte de nossa estratégia de aumentar nossa participação no mercado e aumentar nossa competitividade através de economias de escala, entre outros projetos em estudo ou em andamento, em 2002, iniciamos um projeto de modernização e expansão da nossa Fábrica B, em São Paulo, o qual pretendemos concluir em 2006. Esperamos que o investimento na Fábrica B aumente nossa produção total de celulose em 146 mil toneladas por ano, para 566 mil toneladas por ano. Este projeto está sendo implementado em duas fases, sendo que a primeira fase para celulose ocorreu em dezembro de 2003 e para a produção de papel ocorreu em março de 2004, que adicionou uma capacidade de 99 mil toneladas de celulose e 43 mil toneladas de papel de imprimir e escrever não revestido por ano.Esperamos que a segunda fase esteja finalizada até o final de 2006. Projetos de expansão como este envolvem vários riscos, incluindo riscos de engenharia, construção, regulamentação e outros desafios significativos que podem atrasar ou impossibilitar a conclusão ou a operação do projeto ou aumentar significativamente nossos custos. Nossa capacidade de concluir qualquer projeto de expansão dentro dos prazos previstos está sujeita a riscos de financiamento e outros. Celulose de Mercado. É possível que sejamos afetados adversamente porque: podemos não ser capazes de completar nossa expansão no prazo previsto ou dentro do orçamento determinado; nossas instalações novas ou modificadas podem não operar na capacidade projetada ou podem ter custos operacionais maiores do que estimamos, e pode ocorrer de não haver demanda para a nossa produção adicional ou podemos não ser capazes de vender nossa produção adicional a preços competitivos. Podemos ser adversamente afetados pela imposição e aplicação de normas ambientais mais rigorosas. Os produtores brasileiros de celulose, incluindo a Companhia, estão sujeitos a leis e regulamentos ambientais federais, estaduais e municipais rigorosos, regulando emissões atmosféricas, emissões de efluentes, resíduos sólidos, odores e reflorestamento. Nossas operações devem receber licença dos órgãos governamentais competentes, em observância a tais leis e regulamentos, além de políticas de controle de poluição e de proteção do meio ambiente. Caso violarmos ou deixarmos de observar essas leis, regulamentos e licenças, poderemos ser multados ou de alguma outra maneira penalizados pelos órgãos reguladores, ou, ainda, ter nossas licenças revogadas ou nossas operações suspensas, ou sermos de alguma outra maneira afetados adversamente. Além disso, o descumprimento de leis, regulamentos e licenças ambientais pode acarretar sanções criminais sobre nós e nossos empregados. Também podemos ser responsabilizados pelos custos de recuperação ambiental decorrentes de nossas operações, os quais podem ser substanciais. Além disso, mudanças nas leis e regulamentos ambientais e/ou a suspensão ou o cancelamento das licenças podem nos afetar de maneira adversa ou resultar em gastos significativos. É possível que o Poder Legislativo e/ou os órgãos governamentais competentes promulguem ou editem leis e regulamentos adicionais ainda mais rigorosos que os atualmente em vigor, ou busquem uma interpretação mais restritiva das leis e regulamentos existentes, o que pode nos obrigar a despender recursos financeiros adicionais em questões ambientais ou limitar nossa capacidade de operar da mesma forma pela qual operamos atualmente. Além disso, essas medidas podem aumentar os custos associados à renovação de nossas licenças existentes ou o requerimento de novas licenças. Não podemos assegurar que esses custos ou recursos adicionais não serão relevantes ou que as licenças existentes serão renovadas. Nossa cobertura de seguro pode ser insuficiente para cobrir nossas perdas, particularmente em casos de danos às nossas florestas. Nossa cobertura de seguro pode ser insuficiente para cobrir as perdas que podemos vir a ter. Temos ampla cobertura contratada junto a seguradoras líderes para segurar danos em nossas unidades industriais decorrentes de incêndio, responsabilidade de terceiros por acidentes e riscos operacionais, bem como para transporte doméstico e internacional. Contudo, não mantemos seguro contra incêndio, pragas ou outros riscos em nossas florestas. Nos últimos três anos, incêndios em nossas florestas resultaram em prejuízo acumulado de aproximadamente 1,2% do total de nossa área cultivada mas, no entanto, não podemos assegurar que esse percentual irá se manter neste nível. A ocorrência de perdas ou outros prejuízos que não sejam cobertos por seguro ou que excedam nossos limites de cobertura podem resultar em custos adicionais significativos e inesperados. Os termos e as condições de renovação de nossas apólices de seguros poderão ser alterados no futuro em função de modificações no mercado de seguros e no nível de riscos cobertos. Somos controlados por um grupo determinado de pessoas físicas que detêm nosso poder de controle e de todas as nossas subsidiárias. Somos controlados pela Suzano Holding, a qual, por sua vez, é controlada pela Família Feffer. Desta forma, a Família Feffer detém, direta e indiretamente, todas as ações ordinárias existentes de nossa emissão. Em conseqüência, nossos controladores têm o poder de nos controlar e de controlar as nossas subsidiárias, o que inclui poderes para: eleger a maioria dos nossos administradores, e determinar o resultado de qualquer ato que exija a aprovação dos acionistas, incluindo operações com partes relacionadas, reorganizações societárias e alienações e as condições de pagamento de quaisquer dividendos futuros. Nos envolvemos em transações com nossos acionistas e suas afiliadas Celebramos, e pretendemos celebrar de tempos em tempos no futuro, transações comerciais e financeiras com nossos acionistas controladores ou empresas a eles relacionadas. Transações comerciais e financeiras entre nós e empresas relacionadas criam potencial para, ou podem resultar em, conflitos de interesse, apesar de serem sempre realizadas em condições de mercado. Para maiores informações sobre operações celebradas com partes relacionadas Estamos sujeitos a outros riscos que podem ter um efeito adverso relevante sobre os nossos resultados financeiros. Nossas operações estão sujeitas a vários outros riscos que afetam nossas florestas e nossos processos de fabricação, incluindo incêndios, secas, pragas e explosões em fábricas, os quais podem ter efeito adverso relevante sobre nossos resultados financeiros. Em decorrência de nossa participação, no passado, em atividades petroquímicas, prestamos garantias relacionadas a dois projetos petroquímicos e poderemos ser obrigados a cumpri-las no futuro. Em decorrência da nossa participação em atividades petroquímicas, no período que antecedeu à cisão dos nossos ativos petroquímicos em 2001, prestamos determinadas garantias em dois projetos, o primeiro conduzido pela Polibrasil Resinas S.A. (“Polibrasil”) e o segundo conduzido pela Rio Polímeros S.A. (“Rio Polímeros”). Em relação ao projeto Polibrasil, prestamos garantia não solidária em dois financiamentos, nos montantes de US$ 50 milhões e US$ 40 milhões, concedidos pela agência de crédito à exportação do governo holandês. Nossa responsabilidade estava limitada a 50% dos valores devidos no âmbito de cada um desses financiamentos e tal responsabilidade era dividida com a Suzano Petroquímica S.A. Esta garantia foi extinta em 09 de fevereiro de 2004, tornando-se inexigível em relação à Companhia e à Suzano Petroquímica S.A. Adicionalmente, prestamos garantia solidária com a Suzano Petroquímica S.A. em 50% de um empréstimo de R$ 100 milhões obtido junto ao BNDES. Apesar de a Companhia ainda constar como garantidora destas obrigações junto ao BNDES, já foi protocolado requerimento de sua extinção, o que, acreditamos, irá ocorrer brevemente, em virtude da plena operação da planta financiada e do atingimento de todos os índices financeiros previstos contratualmente. Relativamente ao projeto Rio Polímeros, também prestamos garantia, em conjunto com a Suzano Petroquímica S.A., a algumas obrigações contratuais sendo que nossa exposição máxima totaliza aproximadamente US$ 33 milhões e somente ocorrerá na hipótese do projeto Rio Polímeros apresentar uma deficiência no seu fluxo de caixa. Adicionalmente, caso a Suzano Química Ltda. não realize aportes adicionais que venham a se tornar necessários na hipótese de um aumento do custo total de investimento previsto para o projeto (cost overrun), no limite máximo de 1/3 do valor equivalente a US$ 50 milhões, poderemos ser obrigados a fazê-los, juntamente com a Suzano Petroquímica S.A. Estamos sujeitos, ainda, a obrigações adicionais decorrentes de outros pagamentos relacionados a tais projetos. Adesão Nível I – 08/05/2003 A Cia. Suzano aderiu ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo. (Fato Relevante de 08.05.2003, publicado em 09.05.2003. I - Quantidade de Ações em circulação (em unidade) e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas. Base 08/05/2003 Acionistas Controladores e Ligados ON % 97.374.458 100,00 PN % 54.407.996 33,76 Total % 151.782.454 58,72 Administradores * Conselho de Administração 22.533 0,02 22.533 0,01 Diretoria 67.429 0,04 67.429 0,03 Conselho Fiscal 11.360 0,01 11.360 0,00 Tesouraria 4.350 BNDES PART SA BNDESPAR (Acordo de 4.350 0,00 32.590.140 20,22 32.590.140 12,61 Acionistas) SubTotal 97.374.458 100,00 87.103.808 54,05 184.478.266 71,37 Ações emitidas 97.374.458 100,00 161.145.326 100,00 258.519.784 100,00 74.142.840 46,01 74.142.840 28,67 Em Circulação no Mercado * Já deduzido os acionistas controladores II - Quantidade de Ações em circulação (em unidade) e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas. Base 30.04.2004 Acionistas Controladores e Ligados ON % 102.374.458 100,00 PN % 48.368.543 28,27 Total % 150.743.002 55,11 Administradores * Conselho de Administração Diretoria Conselho Fiscal Tesouraria BNDES PART SA BNDESPAR (Acordo de Acionistas) 27.783 0,02 27.783 0,01 104.229 0,06 104.229 0,04 11.360 0,01 11.360 0,00 4.350 32.590.140 19,04 4.350 0,00 32.590.140 11,92 SubTotal 102.374.458 100,00 Ações emitidas 102.374.458 81.106.405 47,39 183.480.864 67,08 171.145.326 100,00 273.519.784 100,00 91.182.293 52,68 91.182.293 32,97 100,00 Em Circulação no Mercado * Já deduzido os acionistas controladores