DE 5 – A adaptação na obra de arte, no Brasil – 8ª série

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DE 5 – A adaptação na obra de arte, no Brasil – 9º ano
Atividade 1: O que você já sabe
Nesta DE, os alunos entram em contato com alguns exemplos de obras de arte
adaptadas. Procure estimulá-los a conversarem sobre este tema, recuperando os
conhecimentos prévios que eles têm.
Atividade 2: Texto, remontagem e adaptação
Aqui os alunos conhecem algumas readaptações de obras e adaptações para os
diversos meios artísticos.
Da literatura aos palcos e ao cinema
Neste tópico, trabalhamos os aspectos do drama apresentado na obra Dom
Casmurro, de Machado de Assis. Explique aos alunos porque esse livro se tornou
um dos mais representativos da obra do escritor, uma vez que traz a polêmica da
suposta traição de Capitu.
Contos e crônicas nos livros e na TV
Neste momento são citados dois exemplos de adaptação da literatura brasileira
para a TV, a partir das obras de Lima Barreto e Veríssimo.
É importante que você tenha conhecimento do que vai ser tratado com os alunos;
para isso, se achar necessário, consulte os sites indicados abaixo:
Luís Fernando Veríssimo
http://www.pensador.info/autor/Luis_Fernando_Verissimo/biografia/
Lima Barreto
http://www.e-biografias.net/biografias/lima_barreto.php
A comédia no teatro brasileiro
Neste momento, Ariano Suassuna é citado como exemplo de adaptações da
comédia brasileira na contemporaneidade.
Ariano Suassuna
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/bio
grafias/arianosuassuna.htm
Se achar pertinente, apresente o resumo da obra O auto da Compadecida à turma.
Baseado em histórias e tradições do Nordeste, o autor conta as aventuras de João
Grilo, que trabalha em uma padaria. A mulher do Padeiro, que o trai com todo
mundo, tem uma cachorrinha doente e, com a intenção de curá-la, quer que o
Padre lhe dê uma bênção. O Padre fica em dúvida se deve ou não abençoá-la por
medo do Bispo. João Grilo vai falar com o Padre e lhe diz que quem deseja uma
benção para seu cachorro é o Sr. Antonio Morais (sabendo que o Padre não vai
desapontá-lo, pois este é um homem muito rico). Quando Antonio Morais o
procura, para pedir uma benção para o seu filho doente, arma-se a confusão. O
Bispo vem tomar satisfações com o Padre. Neste meio tempo, a cachorra morre e a
mulher do Padeiro decide enterrá-la. Para convencer o Padre, o Bispo e o Sacristão
a fazerem o enterro, João Grilo inventa um Testamento deixado pela cachorra para
os três e consegue um modo de beneficiar-se também do nobre sentimento e feito
do animal. Uma vez dada a partilha, todos reunidos - Padre, Bispo, Sacristão,
Frade, Padeiro, Mulher do Padeiro, Chicó e João Grilo - são roubados por Severino e
por outro Cangaceiro e morrem, exceto Chicó. Encontram-se, então, todos juntos a
espera do Juízo Final.
Professor, é interessante notar que, nesta peça, o autor questiona a igreja por esta
se vender pelo dinheiro e separar os ricos dos pobres, cita o preconceito racial, ao
colocar Jesus (Emanuel) negro e mostrar o preconceito na fala de João Grilo, além
de evocar a misericórdia divina e colocar deuses e humanos lado a lado. Suassuna
é influenciado pelos autos da Idade Média, por romances de cavalaria como Dom
Quixote e pelas comédias de Gil Vicente, mas recria o próprio teatro cômico
nordestino.
Tipos cômicos em O auto da Compadecida:
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Palhaço - é o narrador da história. Raramente conversa com os
personagens, e interage com o público em seus solilóquios.
João Grilo - homem pobre e aproveitador. Vive arranjando confusões.
Trabalha para o Padeiro e é o melhor amigo de Chicó.
Chicó - homem covarde e que gosta de contar mentiras. Trabalha para o
Padeiro e é o melhor amigo de João Grilo.
Padeiro - homem avarento, dono da padaria de Taperoá. Esposo de uma
mulhaer infiel.
Mulher do Padeiro - mulher infiel, que vive traindo seu marido. Assim como
seu cônjuge, é muito avarenta.
Padre João - padre que chefia a paróquia de Taperoá. Muito racista e
avarento, visa somente ao lucro material.
Bispo - assim como o padre, é muito avarento e vive difamando seu colega,
o Frade.
Frade - homem honesto e de bom coração. Não sabe que vive sendo
difamado pelo Bispo.
Sacristão - homem desconfiado e conservador.
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Antônio Moraes - major ignorante e autoritário, que usa seu poder para
amedrontar os mais pobres.
Severino - cangaceiro que encontrou no crime uma forma de sobrevivência,
já que seus pais foram mortos pela polícia.
Cangaceiro - é um dos capangas de Severino. Vive fazendo de tudo para
agradar seu chefe, ao qual idolatra.
Compadecida - é a própria Nossa Senhora. Bondosa e cândida, ela intercede
por todos no Julgamento.
Manuel - é o próprio Jesus Cristo, e também o juiz do povo, julgando
sempre com sabedoria e imparcialidade. Nesta versão, ele possui a pele
negra, o que causa espanto em alguns.
Encourado - é a encarnação do Diabo. Vive tentando imitar Manuel e exige
reverências pelos lugares onde passa. É o injusto promotor do Julgamento.
Demônio - é o fiel servo do Encourado. Vive fazendo de tudo para agradá-lo,
porém é desprezado pelo mesmo.
Nesta peça, Severino representa Lampião, e o Cangaceiro representa seu parceiro
Corisco, dois cangaceiros famosos do Nordeste brasileiro.
Para saber mais sobre Lampião, acesse:
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/cenasdoseculo/nacionais/lampiao.ht
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Atividade 3: Criação
Agora os alunos clicam sobre o ícone das Questões OnLine e resolvem a atividade
proposta. A ideia é que eles experimentem o recurso da adaptação, recriando o
texto que assistiram no vídeo, sem que este perca seu sentido original.
Professor, ajude os alunos a formularem uma nova versão para esta cena.
Atividade 4: A tragédia no teatro brasileiro
A atividade traz Nelson Rodrigues representando a tragédia no teatro brasileiro.
Professor, faça a leitura do texto introdutório de forma coletiva e, se preferir, cite
outros exemplos à turma.
Nelson Rodrigues
http://www.releituras.com/nelsonr_bio.asp
Professor, a peça Vestido de noiva é um marco do teatro brasileiro. Se achar válido,
leia o resumo aos alunos.
Vestido de noiva
Conta a história de Alaíde, uma moça que é atropelada por um automóvel e,
enquanto é operada no hospital, relembra o conflito com a irmã (Lúcia), de quem
tomou o namorado (Pedro), e imagina seu encontro com Madame Clessi, uma
cafetina assassinada pelo namorado de dezessete anos.
Atividade 5: Criação artística
Os alunos assistem às cenas fotografadas da peça Senhora dos afogados, de Nelson
Rodrigues, adaptada pelo grupo Arte in Cena com direção de Moyseis Miastkwosky.
Professor, oriente-os a prestarem atenção a algumas semelhanças com o coro e
com o uso da máscara no teatro grego.
Se preferir, conte à turma o resumo da peça.
Senhora dos afogados
O texto conta a saga de uma família tradicional (os Drummond) ‘perseguida’ por
uma sequência de mortes misteriosas. Com o desenrolar das cenas, nota-se que há
uma ligação entre as mortes: todas acontecem perto do mar, fato que será
fundamental para o desfecho do espetáculo. Esta obra mostra, numa linguagem
poética, as deterioradas relações familiares, onde a protagonista Moema deseja e
trabalha para ser o único foco de atenção de seu pai, o juiz Dr. Misael Drummond,
não medindo esforços para tirar do seu caminho quem quer que seja, incluindo a
sua própria mãe, D. Eduarda, além de seus irmãos, Paulo, Dora e Clarinha. Este
amor desmedido leva a família a um fim trágico.
Nesta peça, também podemos observar personagens densos e mergulhados em
abismos interiores com diálogos e monólogos fortes, nos quais os complexos de
Édipo, Electra e Fedra (tão explorados pela psicanálise) são a temática central do
texto e fazem de Senhora dos afogados um espetáculo reflexivo em que as mais
profundas mazelas do ser humano são discutidas.
Professor, a partir do vídeo a que assistiram, oriente os alunos a se dividirem em
grupos, clicarem sobre o ícone do Trabalho em Grupo e recriarem uma cena
comum entre famílias. Neste exercício, é importante que o aluno mostre um
conflito, pois o texto teatral só de desenvolve a partir disso.
Esta cena será recriada a partir de imagens retiradas de revistas e jornais. Nela
pode-se explorar o cotidiano de uma família, por exemplo: o pai que briga com o
filho porque chegou tarde em casa, enquanto a mãe tenta acalmar o marido e a
filha mais nova chora.
Depois da produção das cenas e de cada cena-foto, os grupos podem trocar os
trabalhos e tentar adivinhar o que as outras montagens/colagens querem transmitir
a quem as vê.
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