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ORAÇÕES DO ROSÁRIO
Mês de Junho 2013
ESQUEMAS A PARTIR DE
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TEMAS PARA A ORAÇÃO DO ROSÁRIO
1. Maria no Ano da Fé (PF 13)
2. Maria, ícone da fé obediente (Bento XVI)
3. A Virgem mãe de Cristo (LG 52)
4. A Virgem e a Igreja I (LG 53)
5. A Virgem e a Igreja II (LG 53)
6. Intenção do Concílio (LG 54)
7. A mãe do Redentor no Antigo Testamento I (LG 55) – ou Sagrado Coração de Jesus
8. A mãe do Redentor no Antigo Testamento II (LG 55)
9. Maria na Anunciação I (LG 56)
10. Maria na Anunciação II (LG 56)
11. Maria na Anunciação III (LG 56)
12. Maria na infância de Jesus (LG 57)
13. Maria na vida pública e na paixão de Cristo (LG 58)
14. Maria depois da Ascensão (LG 59)
15. O influxo salutar de Maria e a mediação de Cristo (LG 60)
16. A maternidade espiritual (LG 61)
17. A natureza da sua mediação I (LG 62)
18. A natureza da sua mediação II (LG 62)
19. Maria tipo da Igreja como Virgem e Mãe (LG 63)
20. A fecundidade virginal de Maria (LG 64)
21. Virtudes de Maria I (LG 65)
22. Virtudes de Maria II (LG 65)
23. Natureza e fundamento do culto I (LG 66)
24. Natureza e fundamento do culto II (LG 66)
25. Espírito da pregação e do culto I (LG 67)
26. Espírito da pregação e do culto II (LG 67)
27. Sinal de Esperança e de consolação (LG 68)
28. Medianeira para a unidade da Igreja (LG 69)
29. Maria, Mãe da Igreja (Paulo VI)
30. Fazei tudo o que Ele vos disser
1º dia: Maria no Ano da Fé
«Será decisivo repassar, durante este Ano da Fé, a história da nossa fé [...]. Ao longo deste tempo, manteremos o
olhar fixo sobre Jesus Cristo [...]. Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria
Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lucas 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao
Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lucas 1, 46-55). Com alegria e
trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lucas 2, 6-7). Confiando em
José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mateus 2, 13-15).
Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. João 19, 2527). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo
(cf. Lucas 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Atos
dos Apóstolos 1, 14; 2, 1-4)» (Bento XVI, «A Porta da Fé», 13).
Mistérios a partir do texto evangélico das Bodas de Caná
PRIMEIRO MISTÉRIO: O TERCEIRO DIA
«Ao terceiro dia, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus». A narração deste
episódio começa com uma indicação cronológica — «ao terceiro dia» — que nos faz lembrar o acontecimento
central da nossa fé: a ressurreição de Jesus Cristo. Na Bíblia, o terceiro dia expressa a novidade da ação de Deus.
Por isso, segundo o evangelista João, Jesus Cristo começa a sua missão, ao terceiro dia. Eis que se inicia um
tempo novo, uma nova ação de Deus no mundo!
SEGUNDO MISTÉRIO: O CASAMENTO
«Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento». «Porque será que o quarto evangelho
começa a descrever a atividade de Jesus com um facto aparentemente tão profano como uma boda? [...] A
ocasião desta revelação do mistério de Jesus é dada por uma realidade muito humana, ou seja, por um banquete
de casamento, em que Jesus se integra com naturalidade. Esta festa recorda-nos a alegria da festa prometida aos
discípulos de Jesus» (Carlo Maria Martini, «Tomados de Assombro: Um grande testamento espiritual», Paulinas,
Prior Velho 2013).
TERCEIRO MISTÉRIO: O VINHO
«A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: ‘Não têm vinho’». Maria não pede nada. Apenas
apresenta a Jesus a dificuldade em que se encontram aqueles amigos. Maria confia plenamente na ação de Jesus
Cristo. Na Bíblia, o vinho é símbolo de alegria, de amizade, de amor, de festa. «A falta de vinho é tudo aquilo que
fecha, endurece, cria suspeita, tristeza, melindre, suscetibilidade, litigiosidade, mau humor, pessimismo, crítica
corrosiva, acidez» (Carlo Maria Martini, «A alegria do Evangelho», Edições Paulistas, Lisboa 1992).
QUARTO MISTÉRIO: A HORA
«Jesus respondeu-Lhe: ‘Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora’». A resposta de Jesus
Cristo anuncia uma novidade. O evangelista está constantemente a fazer referência à «hora» de Jesus Cristo. É o
acontecimento da Cruz e da Ressurreição. Neste momento, Jesus Cristo ensina que a realização plena não vai ser
imediata. Mas está próxima. O verdadeiro vinho de que precisam os seus amigos depende dessa «hora»: a Morte
e Ressurreição.
QUINTO MISTÉRIO: O AGIR
«Sua Mãe disse aos serventes: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’». «Esta breve frase contém o programa de vida
que Maria realizou como primeira discípula do Senhor. É um programa de vida que se apoia num fundamento
sólido que tem um nome: Jesus. [...] Construí a vossa vida sobre o fundamento que é Jesus. Desejo que a vossa
meditação sobre o mistério de Maria vos leve a imitar a sua maneira de viver. Aprendei com ela a escutar e a pôr
em prática a Palavra de Deus» (João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial da Juventude de 1988).
2º dia: Maria, ícone da fé obediente
Maria, ícone da fé obediente — Maria vive inteiramente da e na relação com o Senhor; põe-se em atitude de
escuta, atenta a captar os sinais de Deus no caminho do seu povo; está inserida numa história de fé e de
esperança nas promessas de Deus, que constitui o tecido da sua existência. E submete-se de maneira livre à
palavra recebida, na obediência da fé. Esta abertura a Deus na fé inclui também o elemento da obscuridade.
Maria vive a sua fé na alegria da Anunciação, mas passa inclusive através da obscuridade da crucifixão do seu
Filho, para poder chegar até à luz da Ressurreição. Não é diferente inclusive para o caminho de fé de cada um de
nós: encontramos momentos de luz, mas vivemos também outros nos quais Deus parece ausente; o seu silêncio
pesa no nosso coração e a sua vontade não corresponde à nossa, àquilo que nós gostaríamos. Mas quanto mais
nos abrirmos a Deus, acolhermos o dom da fé, depositarmos totalmente nele a nossa confiança — como Abraão
e como Maria — tanto mais Ele nos torna capazes, mediante a sua presença de viver cada situação da vida na paz
e na certeza da sua fidelidade e do seu amor. No entanto, isto significa sair de nós mesmos e dos nossos
projetos, a fim de que a Palavra de Deus seja a lâmpada orientadora dos nossos pensamentos e das nossas
acções.
Mistérios a partir da reflexão do papa Bento XVI
PRIMEIRO MISTÉRIO: AVÉ
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo!». São estas as palavras — citadas pelo evangelista Lucas — com as
quais o arcanjo Gabriel se dirige a Maria. A saudação do anjo a Maria constitui um convite à alegria, a um júbilo
profundo, anuncia o fim da tristeza que existe no mundo, diante do limite da vida, do sofrimento, da morte, da
maldade e da obscuridade do mal que parece ofuscar a luz da bondade divina. Trata-se de uma saudação que
marca o início do Evangelho, da Boa Nova.
SEGUNDO MISTÉRIO: CHEIA DE GRAÇA
Na saudação do anjo, Maria é chamada «cheia de graça»; em grego o termo «graça» tem a mesma raiz linguística
da palavra «alegria». O júbilo provém da graça, ou seja, deriva da comunhão com Deus, do facto de manter um
vínculo tão vital com Ele, a ponto de ser morada do Espírito Santo, totalmente plasmada pela obra de Deus.
Maria é a criatura que de modo singular abriu totalmente a porta ao seu Criador, colocando-se nas suas mãos
sem quaisquer limites.
TERCEIRO MISTÉRIO: O SENHOR ESTÁ CONTIGO
«O Senhor está contigo». No diálogo entre o anjo e Maria realiza-se exactamente a promessa feita a Israel
conforme o livro do Sofonias: «Alegra-te, filha de Sião... O Senhor teu Deus está no meio de ti». Deus virá como
Salvador e fará a sua morada precisamente no meio do seu povo, no ventre da filha de Sião. Maria é identificada
com o povo desposado por Deus, é verdadeiramente a Filha de Sião em pessoa; é nela que se cumpre a
expetativa da vinda definitiva de Deus, é nela que o Deus vivo faz a sua morada.
QUARTO MISTÉRIO: CONSERVAVA TODAS AS COISAS NO CORAÇÃO
No Evangelho de Lucas, afirma-se que Maria «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração».
Maria não se limita a uma compreensão superficial, mas sabe olhar em profundidade, deixa-se interpelar pelos
acontecimentos, elabora-os, discerne-os e alcança aquele entendimento que só a fé pode garantir. É a humildade
profunda da fé obediente de Maria, que acolhe em si mesma também aquilo que não compreende no agir de
Deus, deixando que seja Deus quem abre a sua mente e o seu coração.
QUINTO MISTÉRIO: A FIGURA DE ABRAÃO
O evangelista Lucas narra a vicissitude de Maria através de um paralelismo requintado com a vicissitude de
Abraão. Do mesmo modo como o grande Patriarca é o pai dos crentes, que respondeu à chamada de Deus para
sair da terra em que vivia, das suas seguranças, para começar a percorrer o caminho rumo a uma terra
desconhecida e possuída só na promessa divina, assim Maria entrega-se com plena confiança à palavra que lhe
anuncia o mensageiro de Deus, tornando-se modelo e mãe de todos os crentes.
3º dia: A Virgem, Mãe de Cristo
Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, levar a cabo a redenção do mundo, «ao chegar a
plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de mulher,... a fim de recebermos a filiação adotiva» (Gálatas 4,
4-5). «Por amor de nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria, por obra e
graça do Espírito Santo». Este divino mistério da salvação é-nos relevado e continua na Igreja, instituída pelo
Senhor como Seu corpo; nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos os santos,
devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso Deus e
Senhor Jesus Cristo» (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 52).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A PLENITUDE DOS TEMPOS
«Ao chegar a plenitude dos tempos» — assim começa o texto mais antigo do Novo Testamento que faz
referência a Maria. «Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher». Não refere o seu nome. Nem precisa. Tudo
é esclarecido pela evocação de Deus e do seu Filho. Trata-se do mais extraordinário momento da nossa história,
onde se concretizam as promessas de Deus. É a «plenitude dos tempos». O Salvador entra no tempo, faz-se
carne, «nascido de uma mulher». E nós sabemos o seu nome: Maria.
SEGUNDO MISTÉRIO: A FILIAÇÃO ADOTIVA
«A fim de recebermos a filiação adotiva». A vinda do Filho de Deus ao nosso mundo através de Maria faz com que
a humanidade entre na dinâmica da filiação divina. Já não somos escravos do pecado. Somos filhos e herdeiros
de Deus. Em Maria, o Filho de Deus entrou em comunhão connosco, para nos fazer participantes da comunhão
com Deus. Eis a nossa grande dignidade: somos filhos no Filho, somos filhos adotivos de Deus, somos filhos de
Deus.
TERCEIRO MISTÉRIO: A ENCARNAÇÃO NO SEIO DE MARIA
No mistério da Encarnação, Deus quis contar com a participação de Maria. Não podemos separar Maria de Jesus,
não podemos separar a mãe do Filho. «O que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito
de Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez, a sua fé em Cristo» — refere o
Catecismo da Igreja Católica (número 487). O grande acontecimento da Encarnação do Filho tem origem no Pai e
concretiza-se pela ação do Espírito Santo no seio da Virgem Maria.
QUARTO MISTÉRIO: A OBRA E GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO
A referência ao Espírito Santo na mistério da Encarnação de Jesus Cristo ensina-nos que se trata de uma ação
divina. Não é uma conceção fruto da união do homem e da mulher. É «obra e graça do Espírito Santo». O Espírito
Santo é a garantia da intervenção direta de Deus que proporciona uma «nova criação». Jesus Cristo, o Filho, é o
«novo início» operado pelo Pai, através do Espírito Santo. Assim, na Encarnação está presente a Trindade de
Deus: Pai, Filho, Espírito Santo.
QUINTO MISTÉRIO: A VENERAÇÃO DA MEMÓRIA DE MARIA
O capítulo oitavo, o último da Constituição Dogmática sobre a Igreja é dedicado a Maria. Desta forma, o II
Concílio do Vaticano mostra que a reflexão sobre a Igreja precisa da presença e da referência a Maria.
Intimamente unida ao nascimento de Jesus Cristo, Maria está também intimamente unida ao nascimento da
Igreja. Por isso, a Igreja é convidada a venerar com especial amor a «gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso
Deus e Senhor Jesus Cristo».
4º dia: A Virgem Maria e a Igreja
A Virgem Maria, que na anunciação do Anjo recebeu o Verbo no coração e no seio, e deu ao mundo a Vida, é
reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus Redentor. Remida dum modo mais sublime, em atenção
aos méritos de seu Filho, e unida a Ele por um vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida com a excelsa
missão e dignidade de Mãe de Deus Filho; é, por isso, filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo, e, por este
insigne dom da graça, leva vantagem á todas as demais criaturas do céu e da terra (Constituição Dogmática
sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 53).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A ANUNCIAÇÃO DO ANJO
A Anunciação do anjo a Maria é um ponto culminante na História da Salvação. Deus cumpre as suas promessas.
«A Anunciação a Maria inaugura a ‘plenitude dos tempos’, isto é, o cumprimento das promessas e dos
preparativos. Maria é convidada a conceber Aquele em quem habitará ‘corporalmente toda a plenitude da
Divindade’» — afirma o Catecismo da Igreja Católica (número 484). O anjo simboliza a presença de Deus. E Maria
acolhe essa presença «no coração e no seio».
SEGUNDO MISTÉRIO: A DÁDIVA DA VIDA
«Bendita por Deus entre todas as mulheres, por Vós recebemos o Autor da vida» — reza a Igreja numa das
antífonas da Liturgia das Horas do Comum de Nossa Senhora. Na oração da «Ave maria» fazemos memória deste
acontecimento crucial da nossa fé. O Verbo fez-se carne para habitar entre nós, para nos fazer participantes da
vida divina, para conhecermos o amor do Pai. A participação neste amor deu a Maria a força necessária para
proclamar o seu «sim». E tornou-se «bendita entre todas as mulheres».
TERCEIRO MISTÉRIO: A MÃE DO REDENTOR
A qualificação de Mãe de Deus é o apelativo fundamental com o qual a Comunidade dos crentes honra,
poderíamos dizer, desde sempre a Virgem Santa. Ela exprime bem a missão de Maria na história da salvação.
Todos os outros títulos atribuídos a Nossa Senhora encontram o seu fundamento na sua vocação para ser Mãe
do Redentor, a criatura humana eleita por Deus para realizar o plano de salvação, centrado no grande mistério
da encarnação do Verbo (Bento XVI, Audiência Geral de 2 de janeiro de 2008).
QUARTO MISTÉRIO: A FILHA PREDILETA DO PAI
Em Maria, filha predileta do Pai, manifestou-se o desígnio divino de amor pela humanidade. Ao destiná-la a
tornar-se a mãe de seu Filho, o Pai escolheu-a entre todas as criaturas e elevou-a à mais alta dignidade e missão
ao serviço do seu povo. A alegria própria do Pai, que consiste em ter junto de Si o Filho, é oferecida a todos, mas
antes de tudo é confiada a Maria para que dela se difunda na comunidade humana (João Paulo II, Audiência Geral
de 5 de janeiro de 2000).
QUINTO MISTÉRIO: O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
Maria não precisa de alterar nada na sua vida. Ela é convidada a deixar-se habitar pelo Espírito Santo. É o poder
criador de Deus que faz a sua habitação no seio de Maria. E assim, Maria pode acolher, «no coração e no seio», o
Filho de Deus. Aberta totalmente à ação do Espírito Santo, Maria entrega a Deus a possibilidade de a cumular
com o seu amor. Entreguemos também nós o nosso corpo a Deus, tornemos o nosso corpo cada vez mais um
instrumento do amor de Deus, um templo do Espírito Santo!
5º dia: A Virgem Maria e a Igreja
Maria está associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação; melhor, «é
verdadeiramente Mãe dos membros (de Cristo)..., porque cooperou com o seu amor para que na Igreja
nascessem os fiéis, membros daquela cabeça». É, por esta razão, saudada como membro eminente e
inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade; e a Igreja católica, ensinada
pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como a mãe amantíssima, filial afecto de piedade (Constituição Dogmática
sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 53).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: DESCENDENTE DE ADÃO
Maria é descendente de Adão. A personagem bíblica de Adão representa a Humanidade. Não está aqui em causa
a defesa de uma qualquer teoria sobre a origem do ser humano. A Bíblia não pretende ensinar o «como», mas
dar-lhe sentido. Esse sentido provém do ato criador realizado por Deus. A questão do como surgiu o ser humano
está sempre sujeita a novas interpretações. Mas, para nós crentes, a origem é sempre a mesma: Deus Pai,
«Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis».
SEGUNDO MISTÉRIO: NECESSITADOS DE SALVAÇÃO
Maria ao contrário de seu Filho, teve necessidade de ser remida, pois «está associada, na descendência de Adão,
a todos os homens necessitados de salvação». É verdade que o privilégio da conceção imaculada de Maria a
preservou de qualquer mancha de pecado. Mas, também é verdade que a necessidade de salvação é muito mais
do que a ausência de pecado. Ser salvo é ter acesso a um dom de Deus, que nos faz mergulhar no seu amor, na
própria vida divina.
TERCEIRO MISTÉRIO: MÃE DOS MEMBROS DE CRISTO
Maria é mãe dos membros de Cristo, é nossa mãe, mãe da comunidade dos cristãos que constituem o Corpo
místico de Cristo. Ela acompanha os primeiros passos do nascimento da Igreja e empenha-se em animar a vida
eclesial com a sua presença materna e exemplar. Maria utiliza os dons que lhe foram concedidos por Deus para
realizar uma solidariedade mais completa com os irmãos de seu Filho, que já se tornaram, também eles, seus
filhos (João Paulo II, Audiência Geral de 30 de julho de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: MEMBRO DA IGREJA
Maria, segundo alguns, não pode ser considerada membro da Igreja, pois os privilégios que lhe foram conferidos
colocam-na numa condição de superioridade. Mas o Concílio não hesita em apresentar Maria como membro da
Igreja, embora precisando que o é de modo «eminente e inteiramente singular». De modo diferente de todos os
outros fiéis, devido aos dons excepcionais recebidos do Senhor, a Virgem pertence à Igreja e dela é membro a
título pleno (João Paulo II, Audiência Geral de 30 de julho de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: EXEMPLO NA FÉ E NA CARIDADE
Maria é para os cristãos um modelo exemplar de fé e de caridade. Sem esquecer que Cristo é o primeiro modelo,
o Concílio sugere que o exemplo de Maria ajuda o cristão a estabelecer uma relação autêntica com Jesus Cristo.
De facto, olhando para Maria, o cristão aprende a viver numa mais profunda comunhão com Cristo, a aderir a Ele
com fé viva, a repor n’Ele a sua confiança e a sua esperança, amando-O com a totalidade do seu ser (João Paulo
II, Audiência Geral de 6 de agosto de 1997).
6º dia: Intenção do Concílio
O sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o divino Redentor realiza a salvação, pretende
esclarecer cuidadosamente não só o papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo
místico, mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de Cristo e Mãe dos
homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de
dirimir as questões ainda não totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos as
opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que na santa Igreja ocupa depois de
Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen
Gentium», 54).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O PAPEL DE MARIA
Em boa hora julgou o Concílio que a doutrina sobre a Igreja ficaria incompleta, se nada dissesse a respeito da
Virgem Maria. Indissoluvelmente unida à vinda do Filho de Deus ao mundo, Maria foi intimamente associada ao
nascimento da Igreja, e conserva, atualmente, uma missão no desenvolvimento da comunidade cristã. Por isso é
que o capítulo VIII da Constituição dogmática da Igreja tem por título «A bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de
Deus, no mistério de Cristo e da Igreja» (Jean Galot).
SEGUNDO MISTÉRIO: MÃE DE DEUS
Maria é Mãe de Deus. Este título foi atribuído a Maria, em 431, no Concílio de Éfeso, com o termo grego de
«Theotokos». A intenção dos Padres do Concílio era garantir a verdade do mistério da Encarnação. Queriam
afirmar a unidade pessoal de Cristo, Deus e Homem. Maria é «Mãe de Deus» porque o seu Filho é Deus; embora
seja mãe só na ordem da geração humana, dado que o Menino, que ela concebeu e deu à luz, é Deus, deve ser
chamada «Mãe de Deus» (João Paulo II, Audiência Geral de 4 de janeiro de 1984).
TERCEIRO MISTÉRIO: MÃE DE CRISTO
Maria é Mãe de Cristo. As primeiras páginas do Novo Testamento revelam-nos o especial acontecimento pelo
qual Maria se torna mãe de Cristo. Através do seu «sim» confirmado na Anunciação, tem início a geração humana
de Jesus Cristo. A maternidade de Maria acontece quando se manifesta disponível para acolher a Palavra de
Deus: «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». Assim, Maria, por virtude do Espírito
Santo, torna-se mãe de Jesus Cristo.
QUARTO MISTÉRIO: MÃE DOS HOMENS
Maria é Mãe dos homens, de cada um de nós. Da Cruz Jesus confiou a Mãe a cada um dos seus discípulos e, ao
mesmo tempo, confiou cada discípulo ao amor da sua Mãe. O evangelista João refere: «E, desde aquela hora, o
discípulo recebeu-a em sua casa». Portanto, no momento supremo do cumprimento da missão messiânica, Jesus
deixa a cada um dos seus discípulos, como herança preciosa, a sua própria Mãe, a Virgem Maria (Bento XVI,
Audiência Geral de 2 de janeiro de 2008).
QUINTO MISTÉRIO: A DOUTRINA ACERCA DE MARIA
Quando o Concílio define a posição de Maria, no mistério da Igreja, não pretende apenas reconhecer o lugar da
Mãe de Deus na salvação do género humano. Pretende também fazer-nos compreender melhor o nosso próprio
lugar na Igreja e na obra da salvação. O que Maria cumpriu, de modo excepcional, no momento da Encarnação,
somos nós chamados a realizar, de modo habitual, na vida da Igreja. Como Ela, também nós temos uma
responsabilidade no estabelecimento do reino de Deus no mundo (Jean Galot).
Rosário na Solenidade do Coração de Jesus – 7 de Junho 2013
Saudação Inicial: Celebramos hoje a solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, devoção profundamente
radicada no povo cristão. Na linguagem bíblica o "coração" indica o centro da pessoa, a sede dos seus
sentimentos e das suas intenções. No coração do Redentor, nós adoramos o amor de Deus pela humanidade, a
sua vontade de salvação universal, a sua misericórdia infinita. Nesta Sexta feira, o nosso olhar como que volta
para a tarde daquele mesmo dia em que, do alto da Cruz, o coração trespassado de Cristo oferecia aos homens
sangue e água, as fontes da Vida e a vida do Espírito.
Por vontade do Santo Padre este é também o dia de Oração pela santificação dos sacerdotes, para que se
tornem «pastores segundo o coração de Cristo». Nesta oração do Rosário, tenhamo-los particularmente
presentes.
1. No primeiro mistério, meditemos nas palavras de São João: «Deus é Amor! Quem permanece no amor,
permanece em Deus e Deus nele!» (I Jo. 4, 16)
“Estas palavras da 1ª Carta de São João exprimem, com singular clareza, o centro da fé cristã” (DCE 1). Elas dãonos a imagem cristã de Deus, de um Deus que é Amor e, por consequência, dão-nos também “a verdadeira
imagem do ser humano” (DCE 1): criada à imagem e semelhança de Deus, que é amor, a pessoa humana realizase no amor e pelo amor. Por isso, diríamos já: no início da nossa fé cristã não está uma ideia a que se adere, uma
decisão moral que se toma, mas o conhecimento e a experiência pessoal, deste amor imenso, fiel e gratuito, que
Deus nos tem! Podemos mesmo resumir o essencial da nossa fé, nas palavras de São João, que há pouco
ouvíamos: “nós conhecemos e acreditamos no amor que Deus nos tem»! A Solenidade do Sagrado Coração de
Jesus é, a este respeito, uma excelente oportunidade, para ajudar a conhecer, a experimentar e a contemplar, a
beleza e o longo alcance deste Amor de Deus por nós!
2. No segundo mistério vamos até à fonte do amor verdadeiro, que é o próprio Deus.
De facto, se remontarmos ao Antigo Testamento, não é difícil adivinhar já algumas marcas do rosto deste Deus.
Para a fé bíblica, Deus não é apenas o Criador, aquela força divina que organiza, move e sustenta o mundo, mas é
também e sobretudo coração, é “Aquele que nos ama, com toda a paixão de um verdadeiro Amor” (DCE 10)! E
ama-nos, não porque o merecêssemos! Ama-nos por Amor. O Amor basta ao Amor! Mais: este Deus, que nos
ama pessoalmente, também anseia e espera como resposta o nosso amor! Mas, e apesar disso, mesmo quando
falhamos na resposta ao seu amor, Ele ama-nos ainda e sempre mais, ama-nos também na queda, e não nos
abandona, antes nos procura, como à ovelha perdida. É um Deus “clemente e compassivo, paciente e cheio de
bondade”.
3. No terceiro mistério, meditemos no amor de Deus, revelado em Cristo.
Importa muito, neste momento, olhar para Jesus Cristo, como a imagem visível do amor invisível de Deus. A sua
vinda até nós é a prova daquele Amor, com que Deus tanto amou o mundo, a ponto de lhe enviar e entregar o
Seu Filho único!
Mas a manifestação deste amor divino revelado em Jesus é total e perfeita na Cruz, o que levará São Paulo a
afirmar: "é assim que Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo
morreu por nós" (Rom. 5, 8). Todavia, e ainda na Cruz, se queremos contemplar, ao vivo, o amor de Deus, que se
revelou em Cristo, será preciso «olhar para o coração trespassado de Cristo, donde brota sangue e água». Como
diz Bento XVI, «é de lá, que esta verdade de que Deus é Amor deve ser contemplada» (DCE 12). Aí, do lado aberto
de Cristo na cruz, contemplamos o Amor, na dupla faceta: quer o amor, enquanto do dom gratuito de si, quer o
amor que nos deseja apaixonadamente e tem sede do nosso amor.
4. No quarto mistério, cada um de nós, olhando para o coração trespassado de Jesus, pode dizer, com São Paulo,
e sem receio de errar: "Cristo amou-me e entregou-se a Si mesmo por mim" (cf. Ef. 5, 2)!
Todavia aceitar este amor não é suficiente. “Quando nos detemos a rezar diante do Crucificado, com o olhar
dirigido para aquele lado trespassado, não se pode deixar de experimentar dentro de si a alegria de se sentir
amado e o desejo de amar” (Bento XVI, Angelus, 22.10.2006). Cristo «atrai-me para si» para se unir comigo, para
que eu aprenda a amar os irmãos com o seu mesmo amor!
5. No quinto mistério meditemos: “Se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros!»
Surge-nos a pergunta tremenda: podemos, de verdade, amar o próximo, até mesmo aquele que nos é estranho
ou antipático? Podemos amá-lo (s) como Deus nos amou?
Podemos, se o amor de Deus estiver em nós! E não podemos «amar o próximo» sem que o «amor de Deus» nos
tenha tocado e nós lhe tenhamos correspondido! Sem Deus ou fora do amor de Deus, o meu amor ao próximo
não chega ao ponto extremo de «amar o inimigo» ou «o desconhecido». “Só em Deus e com Deus, é que Eu amo,
a pessoa que não me agrada, ou que nem sequer conheço. Isto só é possível acontecer a partir do encontro
íntimo com Deus” (DCE 18). Agora fique claro: se eu chego a encontrar e a experimentar o amor de Deus por
mim, chego também a sentir que esse amor de Deus transforma a minha vontade e os meus sentimentos. Então
“aprendo a ver aquela pessoa, já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo o olhar e os
sentimentos do coração de Cristo. O seu amigo é meu amigo” (cf. DCE 18).
Três Ave-Maria
Nestas três ave-marias, recordemos o essencial: “o programa do cristão, o programa de Jesus, é o de «um
coração que vê». Este coração vê onde há necessidade de amor, e actua em consequência” (DCE 31).
P- Irmãos e irmãs: Ao celebrarmos o infinito amor de Cristo, o Bom Pastor que conhece o seu rebanho, o conduz
às águas refrescantes e procura a ovelha perdida, elevemos para Ele as nossas súplicas, e digamos com toda a
confiança: R. Bom pastor, tende compaixão de nós.
1. Pelo Papa, pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que imitem Jesus Cristo, o Bom Pastor, e procurem as
ovelhas que andam errantes, oremos, irmãos.
2. Pela santificação sacerdotes, a fim de que possam ser testemunhas autênticas do amor de Cristo. Oremos
irmãos.
3. Pelos responsáveis da paz em todo o mundo, para que sejam servidores dos cidadãos, sobretudo dos mais
fracos e oprimidos, oremos, irmãos.
4. Por todos nós por quem Cristo deu a vida, para que a tristeza que sentimos ao pecar seja vencida pela alegria
do perdão, oremos, irmãos.
5. Pelos membros do Apostolado da Oração, e por este(a) nosso(a) irmão (ã) que, orando serviram o Senhor
durante a vida na terra, para que Deus lhes dê a glória do seu Reino, oremos, irmãos.
Oração conclusiva
Ó Cristo, do coração trespassado:
A todos aqueles que na Cruz gritaram contra Vós,
concedestes, na alegria da Páscoa,
a contrição do coração e a conversão.
e assim nos destes esperança a todos nós!
Dai-nos, também a nós,
a graça da conversão ao amor.
Para que o nosso olhar, transformado pelo Vosso,
nos dê um coração que vê:
pronto para acolher e servir,
paciente para perdoar,
capaz de vencer o mal com o bem!
Que a graça e a beleza do Vosso amor,
a jorrar continuamente do Vosso lado aberto,
se manifeste em nós,
como dom de reconciliação e de Paz.
Vós que sois Deus com o Pai
na unidade do Espírito Santo.
- ou - 7º dia: A mãe do Redentor no Antigo Testamento
A Sagrada Escritura do Antigo e Novo Testamento e a venerável Tradição mostram de modo progressivamente
mais claro e como que nos põem diante dos olhos o papel da Mãe do Salvador na economia da salvação. Os
livros do Antigo Testamento descrevem a história da salvação na qual se vai preparando lentamente a vinda de
Cristo ao mundo. Esses antigos documentos, tais como são lidos na Igreja e interpretados à luz da plena
revelação ulterior, vão pondo cada vez mais em evidência a figura duma mulher, a Mãe do Redentor. A esta luz,
Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (cf. Génesis 3, 15), feita
aos primeiros pais caídos no pecado (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 55).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A MÃE DO SALVADOR NA ECONOMIA DA SALVAÇÃO
Na economia da salvação, Maria é testemunha do novo «princípio» e da «nova criatura». Melhor, ela mesma,
como a primeira redimida na história da salvação, é «nova criatura»: é a «cheia de graça». A nova e definitiva
Aliança de Deus com a humanidade, a Aliança no sangue redentor de Cristo, inicia-se com uma mulher, a
«mulher», na Anunciação em Nazaré. Esta é a novidade absoluta do Evangelho. No início da Nova Aliança, que
deve ser eterna e irrevogável, está a mulher: a Virgem de Nazaré (João Paulo II, Carta Apostólica sobre a
dignidade e a vocação da Mulher, 11).
SEGUNDO MISTÉRIO: O ANTIGO TESTAMENTO
Ao longo do Antigo Testamento, Deus foi-se revelando de forma parcial mas gradual, como todos fazemos nas
nossas relações pessoais. Foi preciso tempo para que o povo eleito aprofundasse a sua relação com Deus. A
Aliança com Israel foi uma espécie de um longo período de namoro. Chegou depois o momento definitivo, o
momento do matrimónio, a realização duma nova e eterna aliança. Nesse momento, Maria representa toda a
humanidade (Bento XVI, Angelus de 20 de julho de 2008).
TERCEIRO MISTÉRIO: A PREPARAÇÃO DA VINDA DE CRISTO
A economia do Antigo Testamento está essencialmente ordenada à preparação e ao anúncio da vinda de Cristo e
do seu Reino messiânico. Assim, os livros da Antiga Aliança são testemunhas permanentes de uma solícita
pedagogia divina. Em Cristo, esta pedagogia atinge a sua meta: efetivamente, Ele não se limita a falar «em nome
de Deus» como os profetas, mas é o próprio Deus que fala no seu Verbo eterno feito carne (João Paulo II, Carta
Apostólica sobre a preparação do Novo Milénio, 6).
QUARTO MISTÉRIO: A QUEDA DOS PRIMEIROS PAIS
O «princípio» bíblico — a Criação — contém a verdade sobre o pecado, que pode ser chamado o pecado do
«princípio» do ser humano sobre a terra. Embora o que está escrito no Livro do Génesis venha expresso em
forma de narração simbólica, mesmo assim revela aquilo a que é preciso chamar «o mistério do pecado» e, mais
plenamente ainda, «o mistério do mal». O pecado é a negação daquilo que Deus quer para o ser humano: a
plenitude do bem (João Paulo II, Carta Apostólica sobre a dignidade e a vocação da Mulher, 9).
QUINTO MISTÉRIO: A VITÓRIA SOBRE A SERPENTE
A existência do que a Igreja chama «pecado original» é de uma evidência esmagadora, basta olharmos à nossa
volta e dentro de nós. É o drama da liberdade, que Deus aceita até ao fim por amor, prometendo contudo que
haverá um filho de mulher que esmagará a cabeça da antiga serpente. Esta Mulher, aos olhos de Deus, desde
sempre tem um rosto e um nome: «cheia de graça», como foi chamada pelo Anjo. É a nova Eva destinada a ser
mãe de todos os remidos (Bento XVI, Angelus de 8 de Dezembro de 2008).
8º dia: A mãe do Redentor no Antigo Testamento
Maria é a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será Emanuel (cf. Isaías 7, 14; cf. Miqueias 5, 2-3;
Mateus 1, 22-23). É a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a
salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da promessa, se cumprem os
tempos e se inaugura a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana,
para libertar o homem do pecado com os mistérios da Sua vida terrena (Constituição Dogmática sobre a Igreja —
«Lumen Gentium», 55).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A VIRGEM QUE DARÁ À LUZ UM FILHO
Ao falar da figura de Maria no Antigo Testamento, o Concílio refere o texto do capítulo 7 de Isaías: «A jovem está
grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel» (versículo 14). No contexto do anúncio do
anjo, que convida José a tomar Maria por sua esposa, «pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo»,
Mateus (1, 22-23) atribui um significado cristológico e mariano à profecia de Isaías: «Tudo isto aconteceu para se
cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta» (João Paulo II, Audiência Geral de 31 de janeiro de 1996).
SEGUNDO MISTÉRIO: O EMANUEL
O anúncio do nascimento do Emanuel, Deus connosco, implica a promessa da presença divina na história, que
encontrará o seu pleno significado no mistério da encarnação do Verbo. Mas o sinal não é só o menino, mas
também a conceção extraordinária, revelada depois no parto, um acontecimento cheio de esperança que
sublinha o papel central da mãe. Do mesmo modo, a profecia de Miqueias (5, 2-3) faz alusão ao Emanuel: «É de ti
Belém que há de sair aquele que governará em Israel» (João Paulo II, Audiência Geral de 31 de janeiro de 1996).
TERCEIRO MISTÉRIO: A PRIMEIRA ENTRE OS HUMILDES
A bênção que Deus concedeu aos humildes e aos pobres, preparou de um modo mais geral a maternidade
virginal de Maria. Os pobres, ao porem a sua confiança em Deus, antecipam com a sua atitude o significado
profundo da virgindade de Maria, que, renunciando à riqueza da maternidade humana, esperou de Deus toda a
fecundidade da sua própria vida (João Paulo II, Audiência Geral de 31 de janeiro de 1996). Com esta atitude, Maria
torna-se a primeira entre os humildes e pobres de Israel.
QUARTO MISTÉRIO: A FILHA DE SIÃO
A Bíblia usa com frequência a expressão «filha de Sião» para se referir à cidade de Jerusalém. No momento da
Anunciação, Maria, «excelsa Filha de Sião», recebe a saudação do anjo como representante da humanidade
chamada a dar o seu consentimento à encarnação do Filho de Deus. Com Maria, a «filha de Sião» já não é apenas
um sujeito coletivo, mas uma pessoa que presenta a humanidade, que responde à proposta do amor divino com
o seu amor esponsal (João Paulo II, Audiência Geral de 1 de maio de 1996).
QUINTO MISTÉRIO: O FILHO DE DEUS VEM PARA LIBERTAR DO PECADO
Apesar de a humanidade ter voltado as costas a Deus, Ele não desistiu de nós. Deus nunca abandonou a
humanidade. Deus comprometeu-se ao longo de toda a história em nos dar sinais, pistas, que nos permitissem
reencontrar a alegria e a salvação. E esta aposta de Deus realiza-se de forma perfeita quando Jesus vem até nós e
dá a sua vida para nos salvar (Rui Alberto). Jesus Cristo, o Filho de Deus, vem ao mundo para nos libertar do
pecado, para nos reconciliar com Deus.
9º dia: Maria na Anunciação
O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para mãe, precedesse a
encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para
a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria Vida, que tudo
renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão; e, por isso, não é de admirar que os santos
Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o
próprio Espírito Santo a modelou e d'Ela fez uma nova criatura (Constituição Dogmática sobre a Igreja —
«Lumen Gentium», 56).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O PAI DAS MISERICÓRDIAS
A mentalidade contemporânea parece opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a
tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia. Mas a verdade revelada por Cristo a respeito de Deus
«Pai das misericórdias», permite-nos «vê-l'O» particularmente próximo do ser humano, sobretudo quando este
sofre, quando é ameaçado no próprio coração da sua existência e da sua dignidade (João Paulo II, Encíclica sobre
a misericórdia divina, 2).
SEGUNDO MISTÉRIO: A MULHER QUE CONTRIBUI PARA A VIDA
Em primeiro lugar, o que aparece no exemplo de Maria, é o papel confiado à mulher. No seu plano de Redenção,
o Pai Celeste, previu um lugar de eleição para a mulher, porque a realização do grande mistério da Encarnação
dependeu do «sim» de uma mulher. Revelou, assim, a missão que desejava confiar à mulher na fundação e
crescimento da Igreja. Na sequência da missão confiada a Maria, todas as mulheres se encontram, não só
honradas, mas também atingidas por uma responsabilidade eclesial (Jean Galot).
TERCEIRO MISTÉRIO: A VIDA QUE TUDO RENOVA
Jesus é concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, porque Ele é o Novo Adão, que inaugura a criação
nova: «O primeiro homem veio da terra e do pó: o segundo homem veio do céu». A humanidade de Cristo é,
desde a sua conceição, cheia do Espírito Santo, porque Deus «não dá o Espírito por medida». É da «sua
plenitude», que Lhe é própria enquanto cabeça da humanidade resgatada que «nós recebemos graça sobre
graça» (Catecismo da Igreja Católica, 504).
QUARTO MISTÉRIO: TODA SANTA, IMUNE DE TODA A MANCHA DE PECADO
Em Maria, cheia de graça, a Igreja reconheceu a «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado». Este
reconhecimento é fruto de um longo itinerário de reflexão doutrinal, que levou à proclamação solene do dogma
da Imaculada Conceição. Maria está cheia de graça santificante desde o primeiro momento da sua existência.
Esta graça, segundo a Carta aos Efésios é outorgada em Cristo a todos os crentes. A santidade original de Maria
constitui o modelo insuperável do dom e da difusão da graça de Cristo no mundo (João Paulo II, Audiência Geral
de 15 de maio de 1996).
QUINTO MISTÉRIO: O ESPÍRITO SANTO DELA FEZ UMA NOVA CRIATURA
A intervenção santificadora do Espírito no caso da Virgem de Nazaré foi um momento culminante da sua ação na
história de Salvação. Assim, alguns Santos Padres e escritores eclesiásticos atribuíram à obra do Espírito a
santidade original de Maria, por ele «como que plasmada e tornada uma nova criatura». E, refletindo sobre os
textos evangélicos, descobriram na intervenção do Espírito uma ação que consagrou e tornou fecunda a
virgindade de Maria (Paulo VI, Exortação Apostólica sobre o culto mariano, 26).
10º dia: Maria na Anunciação
O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para mãe, precedesse a
encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para
a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria Vida, que tudo
renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão; e, por isso, não é de admirar que os santos
Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o
próprio Espírito Santo a modelou e d'Ela fez uma nova criatura (Constituição Dogmática sobre a Igreja —
«Lumen Gentium», 56).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O PAI DAS MISERICÓRDIAS
A mentalidade contemporânea parece opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a
tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia. Mas a verdade revelada por Cristo a respeito de Deus
«Pai das misericórdias», permite-nos «vê-l'O» particularmente próximo do ser humano, sobretudo quando este
sofre, quando é ameaçado no próprio coração da sua existência e da sua dignidade (João Paulo II, Encíclica sobre
a misericórdia divina, 2).
SEGUNDO MISTÉRIO: A MULHER QUE CONTRIBUI PARA A VIDA
Em primeiro lugar, o que aparece no exemplo de Maria, é o papel confiado à mulher. No seu plano de Redenção,
o Pai Celeste, previu um lugar de eleição para a mulher, porque a realização do grande mistério da Encarnação
dependeu do «sim» de uma mulher. Revelou, assim, a missão que desejava confiar à mulher na fundação e
crescimento da Igreja. Na sequência da missão confiada a Maria, todas as mulheres se encontram, não só
honradas, mas também atingidas por uma responsabilidade eclesial (Jean Galot).
TERCEIRO MISTÉRIO: A VIDA QUE TUDO RENOVA
Jesus é concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, porque Ele é o Novo Adão, que inaugura a criação
nova: «O primeiro homem veio da terra e do pó: o segundo homem veio do céu». A humanidade de Cristo é,
desde a sua conceição, cheia do Espírito Santo, porque Deus «não dá o Espírito por medida». É da «sua
plenitude», que Lhe é própria enquanto cabeça da humanidade resgatada que «nós recebemos graça sobre
graça» (Catecismo da Igreja Católica, 504).
QUARTO MISTÉRIO: TODA SANTA, IMUNE DE TODA A MANCHA DE PECADO
Em Maria, cheia de graça, a Igreja reconheceu a «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado». Este
reconhecimento é fruto de um longo itinerário de reflexão doutrinal, que levou à proclamação solene do dogma
da Imaculada Conceição. Maria está cheia de graça santificante desde o primeiro momento da sua existência.
Esta graça, segundo a Carta aos Efésios é outorgada em Cristo a todos os crentes. A santidade original de Maria
constitui o modelo insuperável do dom e da difusão da graça de Cristo no mundo (João Paulo II, Audiência Geral
de 15 de maio de 1996).
QUINTO MISTÉRIO: O ESPÍRITO SANTO DELA FEZ UMA NOVA CRIATURA
A intervenção santificadora do Espírito no caso da Virgem de Nazaré foi um momento culminante da sua ação na
história de Salvação. Assim, alguns Santos Padres e escritores eclesiásticos atribuíram à obra do Espírito a
santidade original de Maria, por ele «como que plasmada e tornada uma nova criatura». E, refletindo sobre os
textos evangélicos, descobriram na intervenção do Espírito uma ação que consagrou e tornou fecunda a
virgindade de Maria (Paulo VI, Exortação Apostólica sobre o culto mariano, 26).
11º dia: Maria na Anunciação
Consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente
passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens. Como diz Santo
Ireneu, «obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o género humano». Eis porque não
poucos, Padres afirmam com ele, nas suas pregações, que «o nó da desobediência de Eva foi desatado pela
obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a
sua fé»; e, por comparação com Eva, chamam Maria a «mãe dos vivos» e afirmam muitas vezes: «a morte veio
por Eva, a vida veio por Maria» (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 56).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: FÉ E OBEDIÊNCIA
O consentimento de Maria é consentimento de fé. Encontra-se na linha da fé: fé generosa, que se abre à Palavra
de Deus, que acolhe a vontade de Deus, qualquer que seja e onde quer que se manifeste; fé forte, que supera
todas as dificuldades, as incompreensões e as crises; fé operosa, alimentada como viva chama de amor, que
deseja colaborar fortemente com os desígnios de Deus sobre nós. Cada um de nós deve estar pronto a
responder, como Maria, na fé e na obediência, para cooperar na edificação do Reino de Deus (João Paulo II,
Audiência Geral de 25 de março de 1981).
SEGUNDO MISTÉRIO: CAUSA DE SALVAÇÃO
Santo Ireneu afirmou: Maria «tornou-se causa de salvação para todo o género humano» e o seio puro da Virgem
«regenera os homens em Deus». Fazem-lhe eco Santo Ambrósio que afirma: «Uma Virgem gerou a salvação do
mundo, uma Virgem deu a vida a todas as coisas», e outros Padres que dão a Maria o título de «Mãe da salvação».
Santo Anselmo assim se dirige a Maria: «Tu és a mãe da salvação e dos salvados» (João Paulo II, Audiência Geral
de 17 de setembro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: NOVA EVA
Na simplicidade da casa de Nazaré, Maria vive o «resto» puro de Israel, do qual Deus quer fazer renascer o seu
povo, como uma árvore nova que estenderá os seus ramos no mundo inteiro, oferecendo a todos os homens
frutos bons de salvação. Diferentemente de Adão e Eva, Maria permanece obediente à vontade do Senhor,
pronuncia o seu «sim» total e põe-se plenamente à disposição do desígnio divino. É a nova Eva, verdadeira «mãe
de todos os vivos», isto é, de quantos pela fé em Cristo recebem a vida eterna (Bento XVI, Angelus de 8 de
dezembro de 2009).
QUARTO MISTÉRIO: MÃE DOS VIVOS
A Virgem Maria «cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens». Pronunciou o seu
«faça-se em mim segundo a tu palavra» em nome de toda a humanidade: pela sua obediência, tornou-se a nova
Eva, mãe dos vivos (Catecismo da Igreja Católica, 511). A sua maternidade, aceite livremente por obediência ao
desígnio divino, converte-se em fonte de vida para a humanidade inteira (João Paulo II, Audiência Geral de 18 de
setembro de 1996).
QUINTO MISTÉRIO: A VIDA VEIO POR MARIA
Hoje, começa a Semana da Vida, este ano sob o tema: «Dá mais vida à tua vida». A colaboração de Maria no
projeto salvador de Deus aponta para nós o caminho da vida em abundância oferecida a toda a humanidade. O
«sim» de Maria abre-nos as portas da vida, graças à encarnação de Jesus Cristo. Por isso, Maria é
verdadeiramente a Mãe da Vida. Agora, é responsabilidade de cada um de nós fazer com que a vida seja sempre
respeitada em todas as circunstâncias.
12º dia: Maria na infância de Jesus
Esta associação da mãe com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a conceição virginal de Cristo até à
Sua morte. Primeiro, quando Maria, tendo partido solicitamente para visitar Isabel, foi por ela chamada bemaventurada, por causa da fé com que acreditara na salvação prometida, e o precursor exultou no seio de sua mãe
(cf. Lucas 1, 41-45); depois, no nascimento, quando a Mãe de Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e
aos magos o seu Filho primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade, mas antes a consagrou. E quando
O apresentou no templo ao Senhor, com a oferta dos pobres, ouviu Simeão profetizar que o Filho viria a ser sinal
de contradição e que uma espada trespassaria o coração da mãe, a fim de se revelarem os pensamentos de
muitos (cf. Lucas 2, 34-35). Ao Menino Jesus, perdido e buscado com aflição, encontraram-n'O os pais no templo,
ocupado nas coisas de Seu Pai; e não compreenderam o que lhes disse. Mas sua mãe conservava todas estas
coisas no coração e nelas meditava (cf. Lucas 2, 41-51) (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen
Gentium», 57).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: MARIA PARTE SOLICITAMENTE PARA VISITAR ISABEL
No relato da Visitação, Lucas mostra como a graça da Encarnação, depois de ter inundado Maria, leva salvação e
alegria à casa de Isabel. Com a sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, ao colaborar já
desde o início da sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo daqueles que na Igreja
se colocam a caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens e mulheres de todos os lugares e de todos
os tempos (João Paulo II, Audiência Geral de 2 de Outubro de 1996).
SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA É BEM-AVENTURADA POR CAUSA DA FÉ
Isabel sentiu a alegria messiânica e «cheia do Espírito Santo exclamou em alta voz: ‘Bendita és tu’». A exclamação
de Isabel manifesta um verdadeiro entusiasmo religioso, que a prece da Ave Maria continua a fazer ressoar nos
lábios dos cristãos, como cântico de louvor da Igreja pelas maravilhas que Deus fez na Mãe do seu Filho. Isabel
indica a razão da bem-aventurança de Maria por causa da sua fé. A grandeza e a alegria de Maria tem origem no
facto de ela ser aquela que acreditou (João Paulo II, Audiência Geral de 2 de Outubro de 1996).
TERCEIRO MISTÉRIO: OS PASTORES NO NASCIMENTO DE JESUS
Os pastores são eleitos por Deus para serem os primeiros destinatários da boa nova do nascimento do Salvador.
A mensagem que o anjo lhes dirige é um convite à alegria. A notícia do nascimento de Jesus representa para eles
o grande sinal da benevolência divina para com os seres humanos. No divino Redentor, contemplado na pobreza
da gruta de Belém, pode-se descobrir um convite a aproximar-se com confiança daquele que é a esperança da
humanidade (João Paulo II, Audiência Geral de 20 de Novembro de 1996).
QUARTO MISTÉRIO: MARIA, NO TEMPLO, APRESENTA JESUS
No episódio da Apresentação, pode-se ver o encontro da esperança de Israel com o Messias. Também se pode
descobrir um sinal profético do encontro do ser humano com Cristo. O Espírito Santo torna-o possível,
suscitando no coração humano o desejo desse encontro salvífico e favorecendo a sua realização. E não podemos
esquecer o papel de Maria, que entrega o Menino ao santo ancião Simeão. Por vontade de Deus, é a Mãe que dá
Jesus aos homens (João Paulo II, Audiência Geral de 11 de Dezembro de 1996).
QUINTO MISTÉRIO: JESUS É ENCONTRADO NO TEMPLO PELOS PAIS
Como última página das narrações da infância, o evangelista Lucas apresenta o episódio da peregrinação de
Jesus adolescente ao Templo de Jerusalém. Trata-se de uma singular circunstância, que elucida os longos anos
da vida escondida em Nazaré. Nessa ocasião, Jesus, com a Sua forte personalidade, revela a consciência da Sua
missão, conferindo a este segundo «ingresso» na «casa do Pai» o significado de uma completa doação a Deus, a
qual já havia caracterizado a Sua apresentação no Templo (João Paulo II, Audiência Geral de 15 de Janeiro de
1997).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana da vida, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os
que renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
13º dia: Maria na vida pública e na paixão de Cristo
Maria na vida pública e na paixão de Cristo — Na vida pública de Jesus, Sua mãe aparece duma maneira bem
marcada logo no princípio, quando, nas bodas de Caná, movida de compaixão, levou Jesus Messias a dar início
aos Seus milagres. Durante a pregação de Seu Filho, acolheu as palavras com que Ele, pondo o reino acima de
todas as relações de parentesco, proclamaram bem-aventurados todos os que ouvem a palavra de Deus e a
põem em prática (cf. Marcos 3, 35 e paralelos; Lucas 11, 27-28); coisa que ela fazia fielmente (cf. Lucas 2, 19 e 51).
Assim avançou a Virgem pelo caminho da fé, mantendo fielmente a. união com seu Filho até à cruz. Junto desta
esteve, não sem desígnio de Deus (cf. João 19, 25), padecendo acerbamente com o seu Filho único, e associandose com coração de mãe ao Seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima que d'Ela nascera;
finalmente, Jesus Cristo, agonizante na cruz, deu-a por mãe ao discípulo, com estas palavras: mulher, eis aí o teu
filho (cf. João 19, 26-27) (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 58).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: MARIA NAS BODAS DE CANÁ
No episódio das bodas de Caná, São João apresenta a primeira intervenção de Maria na vida pública de Jesus e
põe em relevo a sua cooperação na missão do Filho. O significado e o papel que assume a presença da Virgem,
manifestam-se quando falta o vinho. A opção de Maria manifesta a coragem da sua fé porque, até àquele
momento, Jesus não tinha realizado algum milagre, nem em Nazaré, nem na vida pública (João Paulo II,
Audiência Geral de 26 de fevereiro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA É A PRIMEIRA DISCÍPULA DE JESUS CRISTO
Maria é um exemplo para aqueles que acolhem a palavra de Cristo. Ela ensina-nos a pôr-nos em escuta confiante
do Salvador, para descobrirmos n’Ele a Palavra divina que transforma e renova a nossa vida. A sua experiência
encoraja-nos a aceitar as provas e os sofrimentos que derivam da fidelidade a Cristo, tendo o olhar fixo na bemaventurança prometida por Jesus àqueles que escutam e guardam a Sua Palavra (João Paulo II, Audiência Geral
de 12 de março de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: MARIA AVANÇOU PELO CAMINHO DA FÉ
A Constituição do II Concílio do Vaticano sobre a Igreja afirma que Maria «avançou pelo caminho da fé».
Estimados amigos, no Ano da Fé deixo-vos este ícone de Maria peregrina, que segue o seu Filho Jesus e precede
todos nós no caminho da fé (Francisco, «Regina Coeli» de 5 de maio de 2013). Maria é sustentada pela fé, que se
revigorou no decurso dos acontecimentos da sua existência e, sobretudo, durante a vida pública de Jesus (João
Paulo II, Audiência Geral de 2 de abril de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: MARIA SOFREU JUNTO À CRUZ
Maria «manteve fielmente a união com seu Filho até à cruz». O Concílio recorda-nos a «compaixão de Maria», em
cujo coração se repercute tudo aquilo que Jesus sofre, sublinhando a sua vontade de participar no sacrifício
redentor e de unir o próprio sofrimento materno à oferenda sacerdotal do Filho. A esperança de Maria aos pés
da cruz encerra uma luz mais forte do que a obscuridade que reina em muitos corações: diante do Sacrifício
redentor, nasce em Maria a esperança da Igreja e da humanidade (João Paulo II, Audiência Geral de 2 de abril de
1997).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA É MÃE DO DISCÍPULO
Na Cruz, Jesus não proclamou de modo formal a maternidade universal de Maria, mas instaurou uma concreta
relação materna entre Ela e o discípulo predileto. Nesta escolha do Senhor pode-se entender a preocupação de
que essa maternidade não seja interpretada em sentido vago, mas indique a intensa e pessoal relação de Maria
com cada um dos cristãos. Possa cada um de nós, precisamente devido a esta concretização da maternidade
universal de Maria, reconhecer plenamente nela a própria Mãe, entregando-se com confiança ao seu amor
materno (João Paulo II, Audiência Geral de 23 de abril de 1997).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
14º dia: Maria depois da Ascensão
Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da salvação humana antes que viesse o
Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do dia de Pentecostes, os Apóstolos «perseveravam
unanimemente em oração, com as mulheres, Maria Mãe de Jesus e Seus irmãos» (Atos 1, 14), implorando Maria,
com as suas orações, o dom daquele Espírito, que já sobre si descera na anunciação. Finalmente, a Virgem
Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada
ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu
Filho, Senhor dos senhores (cf. Apocalipse 19, 16) e vencedor do pecado e da morte (Constituição Dogmática
sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 59).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O ESPÍRITO PROMETIDO POR CRISTO
O tempo pascal é por excelência o tempo do Espírito Santo doado «sem medida» por Jesus crucificado e
ressuscitado. Este tempo de graça concluir-se-á com a festa do Pentecostes, na qual a Igreja revive a efusão do
Espírito sobre Maria e os Apóstolos reunidos em oração no Cenáculo. É o grande dom de Cristo Ressuscitado que
abre a nossa mente e o nosso coração à fé em Jesus como o Filho enviado pelo Pai e que nos guia para a amizade
e a comunhão com Deus (Francisco, Audiência Geral de 8 de maio de 2013).
SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA E OS APÓSTOLOS PERSEVERAM EM ORAÇÃO
Percorrendo o itinerário da vida da Virgem Maria, o II Concílio do Vaticano recorda a sua presença na
comunidade que espera o Pentecostes. O Concílio sublinha expressamente a sua presença orante em vista da
efusão do Paráclito: Ela implora «com as suas orações o dom do Espírito». Ela, plenamente consciente da
importância da promessa de seu Filho aos discípulos, ajudava a comunidade a dispor-se bem para a vinda do
«Paráclito» (João Paulo II, Audiência Geral de 28 de maio de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: O ESPÍRITO SANTO DESCE SOBRE MARIA E OS APÓSTOLOS
O Espírito Santo cumula da plenitude dos seus dons a Virgem e os presentes, operando neles uma profunda
transformação em vista da difusão da Boa Nova. À Mãe de Cristo e aos discípulos são concedidos nova força e
novo dinamismo apostólico para o crescimento da Igreja. Em particular, a efusão do Espírito conduz Maria a
exercer a sua maternidade espiritual de modo singular, através da sua presença cheia de caridade e do seu
testemunho de fé (João Paulo II, Audiência Geral de 28 de maio de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: MARIA FOI ELEVADA AO CÉU
O Novo Testamento, embora não afirme explicitamente a Assunção de Maria, oferece o seu fundamento porque
põe bem em evidência a perfeita união da Santa Virgem com o destino de Jesus. Esta união, que se manifesta a
partir da prodigiosa conceção do Salvador, na participação da Mãe na missão do Filho e, sobretudo, na
associação ao sacrifício redentor, não pode deixar de exigir uma continuação depois da morte. Perfeitamente
unida à vida e à obra salvífica de Jesus, Maria compartilha o Seu destino celeste (João Paulo II, Audiência Geral de
2 de julho de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA FOI EXALTADA POR DEUS COMO RAINHA
A partir do século V, quase no mesmo período em que o Concílio de Éfeso a proclama «Mãe de Deus», começa-se
a atribuir a Maria o título de Rainha. Maria é a rainha que possui e exerce sobre o universo uma soberania, que
lhe foi dada pelo seu próprio Filho. Longe de criar distância entre nós e Ela, o estado glorioso de Maria suscita
uma aproximação contínua e solícita. Ela conhece tudo o que acontece na nossa existência e sustenta-nos com
amor materno nas provas da vida (João Paulo II, Audiência Geral de 23 de julho de 1997).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
15º dia: O influxo salutar de Maria e a mediação de Cristo
O nosso mediador é só um, segundo a palavra do Apóstolo: «não há senão um Deus e um mediador entre Deus e
os homens, o homem Jesus Cristo, que Se entregou a Si mesmo para redenção de todos» (1Timóteo 2, 5-6). Mas
a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de
Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens
se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, fundase na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a
união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen
Gentium», 60).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O NOSSO MEDIADOR É SÓ UM: JESUS CRISTO
Cristo é o único mediador entre Deus e os seres humanos. Só poderão entrar em comunhão com Deus através de
Cristo, e sob a ação do Espírito. Esta Sua mediação única e universal, longe de ser obstáculo no caminho para
Deus, é a via estabelecida pelo próprio Deus, e disso, Cristo tem plena consciência. Se não se excluem mediações
participadas de diverso tipo e ordem, todavia elas recebem significado e valor unicamente da de Cristo, e não
podem ser entendidas como paralelas ou complementares (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a validade
permanente do mandato missionário — «Redemptoris Missio», 5).
SEGUNDO MISTÉRIO: A FUNÇÃO MATERNAL DE MARIA
Maria exerce atualmente a missão maternal no desenvolvimento da Igreja e na multiplicação dos cristãos. A
função maternal de Maria consiste numa solicitude constante, traduzida pela intercessão junto de Cristo, a favor
do desenvolvimento da Igreja e da evolução perfeita de cada vida cristã. Maria não possui por si mesma os
tesouros da graça; deve pedir continuamente as graças úteis à humanidade, mas está encarregada por Deus
desta contínua súplica, e não pode deixar de ser atendida (Jean Galot).
TERCEIRO MISTÉRIO: MARIA NÃO OFUSCA A MEDIAÇÃO DE CRISTO
Maria está inserida na única mediação de Cristo, totalmente ao Seu serviço. «A função maternal de Maria em
relação aos seres humanos de modo algum ofusca ou diminui essa única mediação de Cristo, manifesta antes a
sua eficácia». Estamos longe de afirmar um papel de Maria na vida da Igreja fora da mediação de Cristo ou ao
lado dela, como se se tratasse de uma mediação paralela ou concorrente. A mediação maternal de Maria «é
mediação em Cristo» (João Paulo II, Audiência Geral de 12 de janeiro de 2000).
QUARTO MISTÉRIO: A ABUNDÂNCIA DOS MÉRITOS DE CRISTO
É em Cristo, nosso Redentor, que se encontram em abundância as satisfações e os méritos da sua redenção
(Catecismo da Igreja Católica, 1476). «Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que no alto do Céu
nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. [...] É em Cristo que temos a redenção, o
perdão dos pecados, em virtude da riqueza da sua graça, que Ele abundantemente derramou sobre nós» —
afirma a Carta aos Efésios (1, 3.7).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA FAVORECE A UNIÃO COM CRISTO
A mediação de Maria apresenta-se como o fruto mais excelso da mediação de Cristo e está orientada a tornar
mais íntimo e profundo o nosso encontro com Ele. Maria não quer atrair a atenção para a sua pessoa. Viveu
sobre a terra com o olhar fixo em Jesus e no Pai celeste. O seu desejo mais intenso é fazer convergir os olhares
de todos na mesma direcção. Quer promover um olhar de fé e de esperança no Salvador, que nos foi enviado
pelo Pai (João Paulo II, Audiência Geral de 12 de janeiro de 2000).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
16º dia: A maternidade espiritual
A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade simultaneamente com a
encarnação do Verbo, por disposição da divina Providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua
mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Cristo,
apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular,
com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É
por esta razão nossa mãe na ordem da graça (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 61).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: ENCARNAÇÃO DO VERBO
O nascimento de Jesus torna visível o mistério da Encarnação, que já se realizou no seio da Virgem no momento
da Anunciação. Com efeito, veio à luz o menino que ela, instrumento dócil e responsável do desígnio divino,
concebeu por obra do Espírito Santo. Através da humanidade assumida no seio de Maria, o Filho eterno de Deus
começa a viver como criança e cresce «em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens». Ele
manifesta-se assim como verdadeiro homem (João Paulo II, Audiência Geral de 10 de dezembro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: ESCRAVA HUMILDE DO SENHOR
«Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra»! Este foi o momento da vocação de Maria.
Sem o Sim de Maria, Jesus não teria nascido. Agradecemos a Maria por ter escutado o chamamento divino,
porque a sua pronta adesão esteve na origem da nossa salvação. Mas é necessário que o «sim» de Maria se repita
sempre de novo, para que não faltem nunca ao mundo a possibilidade e a alegria de encontrar Jesus, de o adorar
e de se deixar guiar pela sua luz (João Paulo II, Homilia de 20 de dezembro de 1981).
TERCEIRO MISTÉRIO: COOPERADORA NA OBRA DO SALVADOR
A Constituição Dogmática sobre a Igreja do II Concílio do Vaticano quer pôr no seu justo relevo o facto de a
Virgem ter sido intimamente associada à obra redentora de Cristo, tornando-se «a mais generosa cooperadora»
do Salvador. Mediante os gestos de toda a mãe, desde os mais simples até aos mais empenhados, Maria coopera
livremente na obra da salvação da humanidade, em profunda e constante sintonia com o seu divino Filho (João
Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: FÉ, ESPERANÇA E ARDENTE CARIDADE
O Concílio ressalta que a cooperação de Maria foi animada pelas virtudes evangélicas da obediência, da fé, da
esperança e da caridade, e se realizou sob o influxo do Espírito Santo. Recorda, também, que precisamente
dessa cooperação lhe deriva o dom da maternidade espiritual universal: associada a Cristo na obra da redenção,
que inclui a regeneração espiritual da humanidade, tornou-se mãe dos homens renascidos para a vida nova (João
Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: NOSSA MÃE NA ORDEM DA GRAÇA
Maria é mãe da humanidade na ordem da graça. A sua maternidade espiritual não se limita só aos discípulos. É ,
como se se devesse interpretar em sentido restritivo a frase pronunciada por Jesus no Calvário: «Mulher, eis aí o
teu filho». Com essas palavras, com efeito, o Crucificado, estabelecendo uma relação de intimidade entre Maria e
o discípulo predilecto, figura-modelo em escala universal, queria oferecer a Sua mãe como mãe a todos os
humanos (João Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de 1997).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
17º dia: A natureza da sua mediação
A maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente
deu na anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos. De facto,
depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão,
continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que,
entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é
invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. Mas isto entende-se de maneira
que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo (Constituição Dogmática
sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 62).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A MATERNIDADE DE MARIA
A missão materna universal de Maria é exercida no contexto da sua singular relação com a Igreja. Com a sua
solicitude para com todos os cristãos, ou melhor, com cada criatura, Ela guia a fé da Igreja para um acolhimento
sempre mais profundo da Palavra de Deus, sustentando-lhe a esperança, animando a sua caridade e a comunhão
fraterna e encorajando o dinamismo apostólico. Esta sua função está destinada a prolongar-se nos séculos até ao
fim do mundo (João Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: ELEVADA AO CÉU
Na Assunção da Virgem é possível compreender o plano da Providência divina relativa à humanidade: depois de
Cristo, Verbo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a
plenitude da felicidade, prometida aos eleitos mediante à ressurreição. A Assunção de Maria proclama o destino
sobrenatural e a dignidade de cada corpo humano, chamado pelo Senhor a tornar-se instrumento de santidade e
a participar na Sua glória (João Paulo II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: A SUA MULTIFORME INTERCESSÃO
Tendo entrado no reino eterno do Pai, mais próxima do Filho e, portanto, de todos nós, Maria pode exercer no
Espírito, de maneira mais eficaz, a função de intercessão materna que lhe foi confiada pela Providência divina.
Próxima de Cristo e em comunhão com Ele, que «pode salvar perpetuamente os que por Ele se aproximam de
Deus, vivendo sempre para interceder em seu favor» (Hebreus 7, 25), o Pai celeste quis pôr Maria: à intercessão
sacerdotal do Redentor quis unir a intercessão materna da Virgem (João Paulo II, Audiência Geral de 24 de
setembro de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: ADVOGADA E AUXILIADORA
Estes títulos de Maria ajudam a compreender melhor a natureza da sua intervenção na vida da Igreja e de cada
um dos fiéis. Exerce o seu papel de «advogada», cooperando quer com o Espírito, quer com Aquele que na cruz
intercedia pelos Seus perseguidores e ao Qual João chama o nosso «advogado junto do Pai» (1João 2, 1). Os
cristãos invocam Maria como «auxiliadora», reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus
filhos e está pronto a intervir em ajuda deles. (João Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: SOCORRO E MEDIANEIRA
A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo,
sugeriu aos fiéis invocá-la como «socorro». A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração
mariana, com as palavras: «À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas
súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita». Como
medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons
divinos, intercedendo continuamente em nosso favor. (João Paulo II, Audiência Geral de 24 de setembro de
1997).
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
18º dia: A natureza da sua mediação
Efectivamente, nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor; mas, assim como o
sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade
de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor
não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas, que participam dessa única fonte. Esta função
subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a aos fiéis, para mais
intimamente aderirem, com esta ajuda materna, ao seu mediador e salvador (Constituição Dogmática sobre a
Igreja — «Lumen Gentium», 62).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: VERBO ENCARNADO E REDENTOR
Na Encarnação, a nossa vida abre-se à esperança, ao contemplar a glória divina escondida na pobreza de ser
humano. Aceitar este paradoxo é descobrir a Verdade que liberta, o Amor que transforma a existência. Depois,
na Noite de Natal, o Redentor faz-Se um de nós, para ser nosso companheiro nos caminhos tortuosos da história
humana. Acolhamos a mão que Ele nos estende: é uma mão que não nos quer tirar nada, mas apenas dar (Bento
XVI, Mensagem de Natal em 2005).
SEGUNDO MISTÉRIO: SACERDÓCIO DE CRISTO
A participação de todos os batizados no único sacerdócio de Jesus Cristo é a chave para a compreensão da
cooperação humana na única mediação do Redentor. Os fiéis leigos participam no múnus sacerdotal, pelo qual
Jesus se ofereceu a si mesmo sobre a Cruz e continuamente se oferece na celebração da Eucaristia para glória do
Pai e pela salvação da humanidade. Incorporados em Cristo Jesus, os batizados unem-se a Ele e ao seu
sacerdócio, na oferta de si mesmos e de todas as suas actividades (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica sobre a
vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo — «Christifideles Laici»).
TERCEIRO MISTÉRIO: SUSCITA NAS CRIATURAS COOPERAÇÕES DIVERSAS
É possível participar na mediação de Cristo em diversos âmbitos da obra da salvação. O II Concílio do Vaticano, na
Constituição Dogmática sobre a Igreja, ilustra como é possível às criaturas exercer algumas formas de mediação,
em dependência de Cristo. Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o
amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui (João Paulo II, Audiência Geral de 1 de outubro
de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: AJUDA MATERNA
A mediação materna de Maria não é senão um dom do Pai à humanidade. Maria desempenha a sua ação materna
em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos
homens e mulheres de todos os tempos. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta «continuamente» a
eficácia da ação da «Mãe na ordem da graça» (João Paulo II, Audiência Geral de 1 de outubro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: MEDIADOR E SALVADOR
Jesus Cristo é o único salvador e mediador entre Deus e os humanos: «Há um só Deus e um só mediador entre
Deus e os homens, Jesus Cristo» (1Timóteo 2, 5-7). Jesus Cristo é o único salvador de todos, o único capaz de nos
conduzir a Deus. «E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome dado
aos homens que nos possa salvar» (Atos dos Apóstolos 4, 12). Esta única mediação e a salvação de Cristo não é
apenas para alguns, mas estão à disposição de todos os seres humanos.
TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que
renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida,
gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho
da Vida», 138).
19º dia: Maria tipo da Igreja como Virgem e Mãe
Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e
funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na
ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, como já ensinava S. Ambrósio. Com efeito, no mistério
da Igreja, a qual é também com razão chamada mãe e virgem, a bem-aventurada Virgem Maria foi adiante, como
modelo eminente e único de virgem e de mãe. Porque, acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter
conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai; nova Eva, que acreditou sem a mais
leve sombra de dúvida, não na serpente antiga, mas no mensageiro celeste. E deu à luz um Filho, que Deus
estabeleceu primogénito de muitos irmãos (Romanos 8, 29), isto é, dos fiéis, para cuja geração e educação Ela
coopera com amor de mãe (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 63).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A MÃE DE DEUS É O TIPO E A FIGURA DA IGREJA
Os Padres conciliares atribuem a Maria a função de «tipo», isto é, de figura, «da Igreja». Maria é figura da Igreja
pela santidade imaculada, a virgindade, o caráter esponsal e a maternidade. O Concílio convida-nos a reconhecer
nela a figura visível da realidade espiritual da Igreja e, na sua maternidade, o anúncio da maternidade da Igreja. A
perfeição que Deus conferiu a Maria adquire o seu significado mais autêntico se lida como prelúdio da vida divina
na Igreja (João Paulo II, Audiência Geral de 6 de agosto de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: MODELO EMINENTE E ÚNICO DE VIRGEM E MÃE
A maternidade de Maria é definida «eminente e única», pois constitui um facto singular e irrepetível: Maria, antes
de exercer a sua função materna para com os homens, é a Mãe do Filho unigénito de Deus feito homem. A Igreja,
ao contrário, é mãe enquanto gera espiritualmente Cristo nos fiéis, e portanto exerce a sua maternidade em
relação aos membros do Corpo Místico. Assim, a Virgem constitui para a Igreja um modelo (João Paulo II,
Audiência Geral de 13 de agosto de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: ACREDITANDO E OBEDECENDO, GEROU O FILHO
A fé e a obediência de Maria na Anunciação constituem para a Igreja virtudes a imitar e, num certo sentido, dão
início ao seu itinerário materno no serviço aos humanos chamados à salvação. A Igreja, ao contemplar Maria,
imita-lhe a caridade, o fiel acolhimento da Palavra de Deus e a docilidade no cumprimento da vontade do Pai.
Realiza, seguindo o exemplo da Virgem, uma fecunda maternidade espiritual (João Paulo II, Audiência Geral de 13
de agosto de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: NOVA EVA, ACREDITOU
Maria é a «nova Eva», na qual se realizou a «plenitude do tempo», predestinado por Deus Pai para enviar o Seu
Filho Unigénito ao mundo. É em Maria que a Igreja aponta o exemplo do mais digno modo de receber no nosso
espírito o Verbo de Deus. E ainda é nela que os cristãos podem admirar o exemplo de como realizar, com
humildade insigne e grandeza de ânimo, a missão que a cada um neste mundo Deus confia, em ordem à sua
própria salvação eterna e à do próximo (Paulo VI, Exortação Apostólica consagrada ao culto da Virgem Maria,
Mãe da Igreja e modelo de todas as virtudes — «Signum Magnum», 10).
QUINTO MISTÉRIO: COOPERA COM AMOR DE MÃE
Ao mostrar-se como mãe de todos os crentes, Maria suscita neles relações de autêntica fraternidade espiritual e
de diálogo incessante. A experiência quotidiana de fé, em cada época e em todos os lugares, põe em evidência o
facto de muitos precisarem de confiar a Maria as necessidades da vida quotidiana, abrindo confiantes o seu
coração para pedirem a sua intercessão materna e obterem a sua alentadora proteção (João Paulo II, Audiência
Geral de 13 de agosto de 1997).
20º dia: A fecundidade virginal da Igreja
Por sua vez, a Igreja que contempla a sua santidade misteriosa e imita a sua caridade, cumprindo fielmente a
vontade do Pai, toma-se também, ela própria, mãe, pela fiel receção da palavra de Deus: efetivamente, pela
pregação e pelo Batismo, gera, para vida nova e imortal, os filhos concebidos por ação do Espírito Santo e
nascidos de Deus. E também ela é virgem, pois guarda fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva
virginalmente, à imitação da Mãe do seu Senhor e por virtude do Espírito Santo, uma fé íntegra, uma sólida
esperança e uma verdadeira caridade (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 64).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: CUMPRINDO FIELMENTE A VONTADE DO PAI
A Igreja, ao contemplar Maria, imita-lhe a caridade, o fiel acolhimento da Palavra de Deus e a docilidade no
cumprimento da vontade do Pai. Realiza, seguindo o exemplo da Virgem, uma fecunda maternidade espiritual
(João Paulo II, Audiência Geral de 13 de agosto de 1997). Os cristãos sempre experimentaram que, abandonandose à vontade do Pai, não se perdem, mas encontram deste modo o caminho para uma profunda identidade e
liberdade interior. Só entrando na vontade de Deus alcançamos a nossa verdadeira identidade (Bento XVI,
Reflexão na oração de Vésperas a 8 de setembro de 2007).
SEGUNDO MISTÉRIO: MÃE, PELA FIEL RECEÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
A Igreja torna-se mãe pela fiel receção da palavra de Deus. Como Maria, que foi a primeira a acreditar, acolhendo
a palavra de Deus que lhe foi revelada na Anunciação e a ela permanecendo fiel em todas as provações até à
Cruz, assim também a Igreja se torna mãe quando, acolhendo com fidelidade a palavra de Deus, pela pregação e
pelo baptismo, gera para uma vida nova e imortal os filhos, concebidos por obra do Espírito Santo e nascidos de
Deus (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho —
«Redemptoris Mater», 43).
TERCEIRO MISTÉRIO: PELA PREGAÇÃO E PELO BATISMO, GERA OS FILHOS
Analisando esta descrição da obra materna da Igreja, podemos observar aqui como, dum certo modo, o
nascimento do cristão está ligado ao nascimento de Jesus, e é como que um seu reflexo: os cristãos são
«concebidos por obra do Espírito Santo» e a geração deles, fruto da pregação e do Batismo, assemelha-se assim
à do Salvador. A Igreja torna-se mãe na pregação da Palavra de Deus, nos sacramentos e em particular no
Batismo, na celebração da Eucaristia e no perdão dos pecados (João Paulo II, Audiência Geral de 13 de agosto de
1997).
QUARTO MISTÉRIO: É VIRGEM, POIS GUARDA FIDELIDADE TOTAL E PURA
Maria é também modelo da virgindade da Igreja. Maria é Virgem no corpo e Virgem no coração, como aparece da
intenção de viver em profunda intimidade com o Senhor. Portanto, Aquela que é invocada como «Virgem entre
as virgens» constitui para todos, sem dúvida, um altíssimo exemplo de pureza e de dom total ao Senhor. Mas de
modo especial inspiram-se n’Ela as virgens cristãs e quantos se dedicam, de maneira radical e exclusiva, ao
Senhor nas várias formas de vida consagrada (João Paulo II, Audiência Geral de 20 de agosto de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: UMA FÉ ÍNTEGRA, SÓLIDA ESPERANÇA E VERDADEIRA CARIDADE
O Concílio exorta a olhar para Maria, a fim de a imitarem na fé, na esperança e na caridade. Conservar a
integridade da fé representa uma tarefa empenhativa para a Igreja, chamada a uma vigilância constante. Com
efeito, a fé da Igreja é ameaçada, não só por aqueles que rejeitam a mensagem do Evangelho, mas sobretudo
por quantos, acolhendo somente uma parte da verdade revelada, recusam compartilhar de modo pleno o inteiro
património de fé da Esposa de Cristo (João Paulo II, Audiência Geral de 20 de agosto de 1997).
21º dia: Virtudes de Maria
Ao passo que, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é
própria (cf. Efésios 5, 27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso
levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família dos eleitos. A Igreja,
meditando piedosamente na Virgem, e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, penetra mais
profundamente, cheia de respeito, no insondável mistério da Encarnação, e mais e mais se conforma com o seu
Esposo. Pois Maria, que entrou intimamente na história da salvação, e, por assim dizer, reúne em si e reflete os
imperativos mais altos da nossa fé, ao ser exaltada e venerada, atrai os fiéis ao Filho, ao Seu sacrifício e ao amor
do Pai (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 65).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: CRESCER NA SANTIDADE
É assim ressaltada a diferença que existe entre os fiéis e Maria, pertencendo embora ambos à santa Igreja, que
se tornou por Cristo «sem mancha nem ruga ». Com efeito, enquanto os fiéis recebem a santidade por meio do
batismo, Maria foi preservada de toda a mancha de pecado original. Não obstante os pecados dos seus
membros, a Igreja é antes de tudo a comunidade daqueles que são chamados à santidade e se empenham cada
dia por alcançá-la (João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA BRILHA COMO MODELO
A Igreja olha para Maria. Não só contempla o dom maravilhoso da sua plenitude de graça, mas esforça-se por
imitar a sua perfeição. Maria é a inteiramente santa. Ela representa para a comunidade dos crentes o paradigma
da autêntica santidade que se realiza na união com Cristo. A vida terrena da Mãe de Deus é, com efeito,
caracterizada pela perfeita sintonia com a pessoa do Filho e pela dedicação total à obra redentora por Ele
realizada (João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO
O acontecimento da Encarnação, de Deus que se faz homem como nós, que nos mostra o realismo inaudito do
amor divino. Com efeito, o agir de Deus não se limita às palavras, aliás, poderíamos dizer que Ele não se contenta
com falar, mas insere-se na nossa história e assume sobre si a dificuldade e o peso da vida humana. O Filho de
Deus fez-se verdadeiramente homem, nasceu da Virgem Maria, numa época e num lugar determinados (Bento
XVI, Audiência Geral de 9 de janeiro de 2013).
QUARTO MISTÉRIO: MARIA REÚNE E REFLETE OS IMPERATIVOS DA FÉ
A Igreja vive de fé, reconhecendo «naquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas
da parte do Senhor» (Lucas 1, 45), a primeira e perfeita expressão da sua fé. Neste itinerário, a Virgem precede os
discípulos, aderindo à Palavra divina num contínuo crescendo, que investe todas as etapas da sua vida e se
propaga na própria missão da Igreja. O seu exemplo encoraja o Povo de Deus a praticar a sua fé e a aprofundar e
desenvolver o seu conteúdo (João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA ATRAI OS FIÉIS AO FILHO
Cristo é o Mestre por excelência, o revelador e a revelação. Não se trata somente de aprender as coisas que Ele
ensinou, mas de «aprender a Ele». Porém, nisto, qual mestra mais experimentada do que Maria? Se do lado de
Deus é o Espírito, o Mestre interior, que nos conduz à verdade plena de Cristo , de entre os seres humanos,
ninguém melhor do que Ela conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo
conhecimento do seu mistério (João Paulo II, Carta Apostólica sobre o Rosário — «Rosarium Virginis Mariae»,
14).
22º dia: Virtudes de Maria
A Igreja, procurando a glória de Cristo, torna-se mais semelhante àquela que é seu tipo e sublime figura,
progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, e buscando e fazendo em tudo a vontade divina.
Daqui vem igualmente que, na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual
foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no
coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem
estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os seres humanos
(Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 65).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: PROCURANDO A GLÓRIA DE CRISTO
Os Padres conciliares lembram que a vida da Igreja está associada à procura da glória de Cristo. Tudo deve ser
realizado para glória de Cristo, para glória de Deus. Esta consciência tem de acompanhar cada palavra e cada
gesto de todos os membros da Igreja, imitando aquela «que é seu tipo e sublime figura», Maria. A Igreja se não
tiver como objetivo procurar a glória de Cristo, mas antes buscar outros interesses ou o seu próprio louvor,
coloca-se fora da lógica evangélica, coloca-se fora da sua missão.
SEGUNDO MISTÉRIO: PROGREDINDO NA FÉ, NA ESPERANÇA E NA CARIDADE
Maria é para a Igreja modelo de fé, esperança e caridade. Ela precede os cristãos na adesão à palavra. Encorajaos e guia-nos na esperança. Inspira-os a viver na caridade. Observando a situação da primeira comunidade cristã,
descobrimos que a unanimidade dos corações, manifestada à espera do Pentecostes, está associada à presença
da Virgem Santa. E graças precisamente à caridade irradiante de Maria é possível conservar em todos os tempos
no interior da Igreja a concórdia e o amor fraterno (cf. João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: NASCER E CRESCER NO CORAÇÃO DOS FIÉIS
Segundo a expressão do Beato mártir carmelita Tito Brandsma, pomo-nos em profunda sintonia com Maria,
tornando-nos como Ela transmissores da vida divina: «Também a nós o Senhor envia o seu anjo... também nós
devemos receber Deus nos nossos corações, levá-lo dentro dos nossos corações, nutri-lo e fazê-lo crescer em
nós de tal forma que ele nasça de nós e viva connosco como Deus-connosco, o Emanuel» (João Paulo II,
Mensagem à ordem do Carmelo, a 25 de março de 2001).
QUARTO MISTÉRIO: EXEMPLO DE AFETO MATERNAL
A Igreja, na sua missão apostólica, volta o seu olhar para Maria, animada pelo seu afeto maternal. Maria foi uma
educadora admirável. Na pessoa de Maria, a Igreja adquire um rosto materno mais concreto. Para
compreendermos até que ponto a Igreja nos ama como mãe, basta-nos fixar o olhar da Virgem, que se debruça
amorosa e ternamente sobre nós. Graças à maternidade de Nossa Senhora, a maternidade da Igreja torna-se
mais real e mais familiar (Jean Galot).
QUINTO MISTÉRIO: MISSÃO APOSTÓLICA
O II Concílio do Vaticano na Constituição Dogmática sobre a Igreja põe em evidência expressamente o papel de
exemplaridade, desempenhado por Maria em relação à Igreja na sua missão apostólica. Depois de ter cooperado
na obra de salvação com a maternidade, com a associação ao sacrifício de Cristo e com a ajuda materna à Igreja
nascente, Maria continua a sustentar a comunidade cristã e todos os crentes no generoso empenho pelo anúncio
do Evangelho (João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
23º dia: Natureza e fundamento do culto
Exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e humanos, Maria
que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com
culto especial. E, na verdade, a Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de
«Mãe de Deus», e sob a sua proteção se acolhem os fiéis, em todos os perigos e necessidades. Foi sobretudo a
partir do Concílio do Éfeso que o culto do Povo de Deus para com Maria cresceu admiravelmente, na veneração e
no amor, na invocação e na imitação, segundo as suas proféticas palavras: «Todas as gerações me proclamarão
bem-aventurada, porque realizou em mim grandes coisas Aquele que é poderoso» (Lucas 1, 48) (Constituição
Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 66).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: MÃE DE DEUS
O culto mariano expressou-se inicialmente na invocação de Maria como «Mãe de Deus», título que teve
confirmação autorizada, depois da crise nestoriana, pelo Concílio de Éfeso que se realizou no ano 431. Expressouse de modo especial nas festas litúrgicas, entre as quais, desde o início do século V, assumiu particular relevo «o
dia de Maria», celebrado a 15 de Agosto em Jerusalém e que se tornou sucessivamente a festa da Assunção (João
Paulo II, Audiência Geral de 15 de outubro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: CULTO PARA COM MARIA
O culto mariano desenvolveu-se até aos nossos dias em admirável continuidade, alternando-se períodos
florescentes e períodos críticos que, contudo, tiveram muitas vezes o mérito de promover ainda mais a sua
renovação. Após o II Concílio do Vaticano, o culto mariano parece destinado a desenvolver-se em harmonia com
o aprofundamento do mistério da Igreja e em diálogo com as culturas contemporâneas, para se arraigar sempre
mais na fé e na vida do povo de Deus peregrino sobre a terra (João Paulo II, Audiência Geral de 15 de outubro de
1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: VENERAÇÃO E AMOR
A Igreja procura traduzir as multíplices relações que a unem a Maria, em outras tantas atitudes culturais, diversas
e eficazes: em veneração profunda, quando reflete na dignidade singular da Virgem Santíssima, que, por obra do
Espírito Santo, se tornou Mãe do Verbo Encarnado; em amor ardente, quando considera a maternidade espiritual
de Maria para com todos os membros do Corpo Místico (Paulo VI, Exortação Apostólica para a reta ordenação e
desenvolvimento do culto à Bem-aventurada Virgem Maria — «Marialis Cultus», 22).
QUARTO MISTÉRIO: INVOCAÇÃO E IMITAÇÃO
A Igreja também se relaciona com Maria em invocação confiante e em imitação operosa. Maria foi sempre
proposta pela Igreja à imitação dos fiéis, porque, nas condições concretas da sua vida, ela aderiu total e
responsavelmente à vontade de Deus; porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática; porque a sua ação
foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; e porque, em suma, foi a primeira e a mais perfeita discípula
de Cristo (Paulo VI, Exortação Apostólica para a reta ordenação e desenvolvimento do culto à Bem-aventurada
Virgem Maria — «Marialis Cultus», 35).
QUINTO MISTÉRIO: BEM-AVENTURADA
Maria é o mais belo exemplo de fidelidade à Palavra divina. Esta fidelidade foi tão grande que se fez Encarnação:
«faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lucas 1, 38) — disse ela com confiança absoluta. A nossa oração
recorda o Magnificat daquela que todas as gerações chamarão bem-aventurada, porque acreditou no
cumprimento das palavras que lhe tinham sido ditas da parte do Senhor. Podemos dizer-lhe com serenidade:
«Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe nossa, ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco» (Bento XVI, Homilia nas
Vésperas de 12 de setembro de 2008).
24º dia: Natureza e fundamento do culto
Este culto, tal como sempre existiu na Igreja, embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de
adoração, que se presta por igual ao Verbo encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo, e favorece-o poderosamente.
Na verdade, as várias formas de piedade para com a Mãe de Deus, aprovadas pela Igreja, dentro dos limites de sã
e reta doutrina, segundo os diversos tempos e lugares e de acordo com a índole e modo de ser dos fiéis, têm a
virtude de fazer com que, honrando a mãe, melhor se conheça, ame e gloria fique o Filho, por quem tudo existe
(cf. Colossenses 1, 15-16) e no qual «aprouve a Deus que residisse toda a plenitude» (Colossenses 1, 19), e também
melhor se cumpram os seus mandamentos (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 66).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: O CULTO MARIANO DIFERE DO CULTO DE ADORAÇÃO
Com estas palavras da Constituição Dogmática sobre a Igreja, o Concílio reafirma as características do culto
mariano. A veneração dos fiéis para com Maria, embora superior ao culto dirigido aos outros Santos, é
entretanto inferior ao culto de adoração reservado a Deus, do qual difere essencialmente. Com o termo
«adoração» é indicada a forma de culto que o ser humano presta a Deus, reconhecendo-O Criador e Senhor do
universo (João Paulo II, Audiência Geral de 22 de outubro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: A ADORAÇÃO AO VERBO ENCARNADO, AO PAI E AO ESPÍRITO SANTO
Iluminado pela revelação divina, o cristão adora o Pai «em espírito e verdade» (João 4, 23). Com o Pai, adora
Cristo, Verbo encarnado, exclamando com o apóstolo Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (João 20, 28). No
mesmo acto de adoração inclui o Espírito Santo, que «com o Pai e o Filho é adorado e glorificado», como recorda
o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. Por isso, há uma distância infinita entre o culto mariano e o que é dirigido
à Trindade e ao Verbo encarnado (João Paulo II, Audiência Geral de 22 de outubro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: PIEDADE MARIANA DENTRO DA SÃ E RETA DOUTRINA
A mesma linguagem com a qual a comunidade cristã se dirige à Virgem, embora por vezes evocando os termos
do culto a Deus, assume significado e valor inteiramente diversos. Assim, o amor que os crentes nutrem por
Maria difere daquele que se deve a Deus: enquanto o Senhor deve ser amado sobre todas as coisas com todo o
coração, com toda a alma e com toda a mente (cf. Mateus 22, 37), o sentimento que une os cristãos à Virgem
repropõe no plano espiritual o afecto dos filhos para com a mãe (João Paulo II, Audiência Geral de 22 de outubro
de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: MELHOR SE CONHEÇA, AME E GLORIFIQUE O FILHO
O Concílio recorda que a veneração dos cristãos à Virgem, «favorece poderosamente» o culto prestado ao Verbo
encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo. Acrescenta depois que as várias formas de piedade mariana «têm a virtude
de fazer com que, honrando a mãe, melhor se conheça, ame e glorifique o Filho». O culto mariano é destinado a
promover a adesão fiel a Jesus Cristo. Venerar a Mãe de Deus significa afirmar a divindade de Cristo (cf. João
Paulo II, Audiência Geral de 22 de outubro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: MELHOR SE CUMPRAM OS MANDAMENTOS
A finalidade última do culto à bem-aventurada Virgem Maria é glorificar a Deus e levar os cristãos a aplicarem-se
numa vida absolutamente conforme a sua vontade. [...] Ressoa para nós também como uma advertência a
vivermos os mandamentos de Deus, e é como que o eco de outras admoestações do divino Salvador: «Nem todo
o que me diz: `Senhor! Senhor!' entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos
céus» (Mateus 7, 21) (Paulo VI, Exortação Apostólica para a reta ordenação e desenvolvimento do culto à bemaventurada Virgem Maria — «Marialis Cultus», 39).
25º dia: Espírito da pregação e do culto
Muito de caso pensado ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todas
os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que
tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos
pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das
imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Aos teólogos e pregadores da palavra de Deus, exorta-os
instantemente a evitarem com cuidado, tanto um falso exagero como uma demasiada estreiteza na
consideração da dignidade singular da Mãe de Deus (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen
Gentium», 67).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: FOMENTAR O CULTO DA SANTÍSSIMA VIRGEM
Com esta afirmação os Padres conciliares queriam reafirmar a validade de algumas orações como o Rosário e o
«Angelus», caras à tradição do povo cristão, como meios eficazes para alimentar a vida de fé e a devoção à
Virgem Maria (João Paulo II, Audiência Geral de 29 de outubro de 1997). O Rosário da Virgem Maria, que ao sopro
do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milénio, é oração amada por numerosos Santos e
estimulada pelo Magistério (João Paulo II, Carta Apostólica sobre o Rosário, 1).
SEGUNDO MISTÉRIO: PRÁTICAS E EXERCÍCIOS DE PIEDADE PARA COM MARIA
Muitas devoções e preces marianas constituem um prolongamento da própria liturgia e, às vezes, contribuíram
para enriquecer a estrutura, como no caso do Ofício em honra da Bem-aventurada Virgem e de outras pias
composições que começaram a fazer parte do Breviário. A primeira invocação mariana conhecida remonta ao
século III e inicia com as palavras: «Sob a tua protecção...». Contudo, desde o século XIV, a «Ave-Maria» é a
oração à Virgem mais comum entre os cristãos (João Paulo II, Audiência Geral de 5 de novembro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: CULTO DAS IMAGENS
O II Concílio de Niceia, que se realizou no ano 787, confirmou a legitimidade do culto das imagens sagradas,
contra quantos queriam destruí-las, considerando-as inadequadas para representar a divindade. Evocando essa
definição, a Constituição Dogmática sobre a Igreja quis reafirmar a legitimidade e a validade das imagens
sagradas em relação a algumas tendências que têm em vista eliminá-las das igrejas e dos santuários, a fim de
concentrar toda a atenção em Cristo (João Paulo II, Audiência Geral de 29 de outubro de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: AS IMAGENS DA VIRGEM MARIA
As imagens, os ícones e as estátuas de Nossa Senhora, presentes nas casas, nos lugares públicos e em inúmeras
igrejas e capelas, ajudam os fiéis a invocar a sua presença constante e o seu misericordioso patrocínio nas
diferentes circunstâncias da vida. Ao tornarem concreta e quase visível a ternura materna da Virgem, elas
convidam a dirigir- se a Ela, a suplicar-lhe com confiança e a imitá-la, acolhendo com generosidade a vontade
divina (João Paulo II, Audiência Geral de 29 de outubro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: TEÓLOGOS E PREGADORES DA PALAVRA DE DEUS
O II Concílio do Vaticano, neste capítulo da Constituição Dogmática sobre a Igreja dedicado à Bem-aventurada
Virgem Maria, exorta os teólogos e os pregadores a evitarem tanto exageros como atitudes de demasiada
estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus. A autêntica doutrina mariana é assegurada
pela fidelidade à Escritura e à Tradição, assim como aos textos litúrgicos e ao Magistério da Igreja (João Paulo II,
Audiência Geral de 29 de outubro de 1997).
26º dia: Espírito da pregação e do culto
Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias das
Igrejas, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todos respeito
a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade. Evitem com cuidado, nas palavras e atitudes, tudo o que
possa induzir em erro acerca da autêntica doutrina da Igreja os irmãos separados ou quaisquer outros. E os fiéis
lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que
nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas
virtudes (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 67).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: EXPLIQUEM AS FUNÇÕES E PRIVILÉGIOS DA DA SANTÍSSIMA VIRGEM
A catequese e a pregação devem mostrar que a grandeza de Maria provém da sua privilegiada relação com
Cristo, o Filho de Deus feito homem; ao receber Cristo na sua fé virginal, Maria participa de um modo
absolutamente singular na sua graça. Se for apresentada aos fiéis a figura autêntica de Maria, a sua fé em Cristo e
o seu amor aos humanos (síntese da vida cristã), o sentimentalismo de uma devoção tradicional cederá o lugar a
uma atitude verdadeiramente religiosa, radical e conscientemente cristã (Juan Alfaro).
SEGUNDO MISTÉRIO: CRISTO ORIGEM DE TODA A VERDADE, SANTIDADE E PIEDADE
Na Virgem Maria, tudo é relativo a Cristo e dependente dele: foi em vista dele que Deus Pai, desde toda a
eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a plenificou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos. A
genuína piedade cristã, certamente, nunca deixou de pôr em realce essa ligação indissolúvel e a essencial
referência da Virgem Maria ao divino Salvador. Isto concorrerá, sem dúvida, para tornar mais sólida a piedade
para com a Mãe de Jesus (Paulo VI, Exortação Apostólica para a recta ordenação e desenvolvimento do culto à
Bem-aventurada Virgem Maria — «Marialis cultus», 25).
TERCEIRO MISTÉRIO: EVITEM TUDO O QUE POSSA INDUZIR EM ERRO
O II Concílio Vaticano denunciou tanto o exagero de conteúdos ou de formas, que vai até ao ponto de falsear a
doutrina, como a mesquinhez de mente que chega a obscurecer a figura e a missão de Maria; de igual modo
alguns desvios cultuais: a vã credulidade, que a uma aplicação séria substitui o dar-se facilmente a práticas
apenas exteriores; o estéril e passageiro impulso do sentimento, tão alheia ao estilo evangélico, que exige
esforço perseverante e efectivo (Paulo VI, Exortação Apostólica para a recta ordenação e desenvolvimento do
culto à Bem-aventurada Virgem Maria — «Marialis cultus», 38).
QUARTO MISTÉRIO: A VERDADEIRA DEVOÇÃO NASCE DA FÉ
O Concílio oferece aos crentes alguns critérios para viverem de maneira autêntica a sua relação filial com Maria.
Com estas palavras, os Padres conciliares advertem contra a «vã credulidade» e o predomínio do sentimento.
Eles têm em vista sobretudo reafirmar que a devoção mariana autêntica, procedendo da fé e do amoroso
reconhecimento da dignidade de Maria, impele ao afecto filial para com ela e suscita o firme propósito de imitar
as suas virtudes (João Paulo II, Audiência Geral de 29 de Outubro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: AMA FILIALMENTE E IMITAR AS VIRTUDES DE MARIA
Maria inspira-nos como deve ser vivido e apresentado aos homens e mulheres de hoje o seu mistério, de modo a
influir na renovação da vida cristã. Necessitamos de conhecer melhor Maria. Necessitamos, sobretudo, de imitar
a sua atitude espiritual e as suas virtudes, base da vida cristã. Desta maneira reflectiremos em nós mesmos a
imagem de Jesus. Ide com Maria a Jesus! Ela vos recordará continuamente o que disse nas Bodas de Caná: Fazei
o que Ele vos disser! (João 2, 5) (João Paulo II, Mensagem ao Congresso Mariano de 1979).
27º dia: Sinal de Esperança e de consolação
Entretanto, a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de
consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para
o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (cf. 2 Pedro 3, 10) (Constituição Dogmática
sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 68).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: A MÃE DE JESUS FOI GLORIFICADA
No dia 1 de Novembro de 1950, ao definir o dogma da Assunção, Pio XII evitou usar o termo «ressurreição» e
tomar posição a propósito da questão da morte da Virgem como verdade de fé. Limita-se a afirmar a elevação do
corpo de Maria à glória celeste, declarando tal verdade como um «dogma divinamente revelado». O primeiro
vestígio da fé na Assunção da Virgem está presente nas narrações que remontam ao século segundo ou terceiro
(cf. João Paulo II, Audiência Geral de 2 de Julho de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: IMAGEM E INÍCIO DA IGREJA
Como ensina o II Concílio do Vaticano, Maria Santíssima deve ser inserida sempre no mistério de Cristo e da
Igreja. Maria elevada ao Céu indica-nos a meta derradeira da nossa peregrinação terrena. Recorda-nos que todo
o nosso ser está destinado à plenitude da vida; que quem vive e morre no amor a Deus e ao próximo será
transfigurado à imagem do corpo glorioso de Cristo ressuscitado; que o Senhor derruba os soberbos e eleva os
humildes (Bento XVI, Angelus de 15 de agosto de 2008).
TERCEIRO MISTÉRIO: BRILHA COMO SINAL DE ESPERANÇA SEGURA E CONSOLAÇÃO
Maria «brilha como sinal de esperança segura e de consolação aos olhos do Povo de Deus peregrino». Mas
estamos de tal forma absorvidos pelas vicissitudes de todos os dias que nos esquecemos por vezes desta
confortadora realidade espiritual, que constitui uma importante verdade de fé. Disto temos a certeza: do alto,
Maria acompanha os nossos passos com doce trepidação, alenta-nos nos momentos incertos e de tempestade,
tranquiliza-nos com a sua mão materna (Bento XVI, Audiência Geral de 16 de agosto de 2006).
QUARTO MISTÉRIO: POVO DE DEUS PEREGRINANTE
O Povo de Deus, peregrinante no tempo, dirige-se à sua Mãe celeste e pede a sua ajuda; pede isto para que ela
acompanhe o caminho de fé, a fim de que encoraje o compromisso de vida cristã e para que apoie a esperança.
Dela temos necessidade, sobretudo neste momento tão difícil para a Europa, para várias partes do mundo. Maria
nos ajude a ver que há uma luz além da barreira de nevoeiro que parece envolver a realidade (Bento XVI,
Discurso a 8 de Dezembro de 2008).
QUINTO MISTÉRIO: ATÉ QUE CHEGUE O DIA DO SENHOR
O crente permanece alerta e vigilante a fim de estar pronto para receber Jesus quando Ele vier na sua glória. Os
primeiros cristãos expressavam a característica mais importante da Igreja, que é precisamente a propensão para
o céu. Um convite a usar a nossa existência de modo sábio e previdente. A Virgem Maria, que do céu vigia sobre
nós, nos ajude a não esquecer que aqui, na terra, estamos apenas de passagem, e nos ensine a preparar-nos para
nos encontrarmos com Jesus (Bento XVI, Angelus de 12 de agosto de 2007).
28º dia: Medianeira para a unidade da Igreja
É uma grande alegria e consolação para este sagrado Concílio o facto de não faltar entre os irmãos separados
quem preste à Mãe do Senhor e Salvador o devido culto; sobretudo entre os Orientais, que acorrem com fervor e
devoção a render culto à sempre Virgem Mãe de Deus. Dirijam todos os fiéis instantes súplicas à Mãe de Deus e
mãe dos homens, para que Ela, que assistiu com suas orações aos começos da Igreja, também agora, exaltada
sobre todos os anjos e bem-aventurados, interceda, junto de seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que
todos os povos, tanto os que ostentam o nome cristão, como os que ainda ignoram o Salvador, se reúnam
felizmente, em paz e harmonia, no único Povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade
(Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 69).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
PRIMEIRO MISTÉRIO: OS IRMÃOS SEPARADOS
A maternidade universal de Maria, mesmo que faça aparecer ainda mais dolorosas as divisões entre os cristãos,
constitui um grande sinal de esperança para o caminho ecuménico. Muitas Comunidades protestantes
opuseram-se à doutrina e ao culto mariano, considerando prejudicial à única mediação de Cristo. Em tempos
recentes, o aprofundamento do pensamento dos primeiros reformadores pôs em relevo posições mais abertas
em relação à doutrina católica (João Paulo II, Audiência Geral de 12 de Novembro de 1997).
SEGUNDO MISTÉRIO: FERVOR E DEVOÇÃO
O Concílio recorda, entre os irmãos que «prestam a honra devida à Mãe do Senhor e Salvador», especialmente os
Orientais, «que acorrem com fervor e devoção para venerar a Mãe de Deus». Como resulta das numerosas
manifestações de culto, a veneração por Maria representa um significativo elemento de comunhão entre
católicos e ortodoxos. Contudo, restam algumas divergências acerca dos dogmas da Imaculada Conceição e da
Assunção (João Paulo II, Audiência Geral de 12 de Novembro de 1997).
TERCEIRO MISTÉRIO: SÚPLICAS À MÃE DE DEUS
O Concílio convida a dirigir súplicas à Mãe de Deus para lhe confiar a unidade dos cristãos. Assim como na
comunidade primordial a presença de Maria promovia a unanimidade dos corações, que a oração consolidava e
tornava visível (cf. Atos 1, 14), assim também a mais intensa comunhão com Aquela a quem Agostinho chama
«mãe da unidade», poderá impelir os cristãos a gozarem o dom tão almejado da unidade ecuménica (cf. João
Paulo II, Audiência Geral de 12 de Novembro de 1997).
QUARTO MISTÉRIO: INTERCEDA NA COMUNHÃO DE TODOS OS SANTOS
À Virgem Santa dirigem-se as nossas incessantes orações para que, assim como no início sustentou o caminho da
comunidade cristã unida na oração e no anúncio do Evangelho, assim hoje com a sua intercessão obtenha a
reconciliação e a plena comunhão entre os crentes em Cristo. Com esse pedido os cristãos compartilham a
expectativa d’Aquela que, repleta das virtudes da esperança, sustém a Igreja em caminho rumo ao porvir de
Deus (João Paulo II, Audiência Geral de 12 de Novembro de 1997).
QUINTO MISTÉRIO: ÚNICO POVO DE DEUS
Mãe dos homens, Maria conhece bem as necessidades e as aspirações da humanidade. O Concílio pede-Lhe de
modo particular que interceda a fim de que todos os povos «se reúnam em paz e concórdia no único Povo de
Deus, para glória da Santíssima e indivisa Trindade». A paz, a concórdia e a unidade, objecto da esperança da
Igreja e da humanidade, ainda parecem distantes. Contudo, constituem uma dádiva do Espírito a ser pedida
incessantemente, pondo-se na escola de Maria e confiando na sua intercessão (João Paulo II, Audiência Geral de
12 de Novembro de 1997).
29º dia: Maria, Mãe da Igreja
É a primeira vez que um Concílio Ecuménico apresenta síntese tão vasta da doutrina católica acerca do lugar que
Maria Santíssima ocupa no mistério de Cristo e da Igreja. A reflexão sobre as estreitas relações de Maria com a
Igreja, tão claramente estabelecidas pela Constituição conciliar, faz-nos pensar ser este o momento mais solene
e mais apropriado para uma declaração explícita da função maternal que a Virgem exerce sobre o povo cristão.
Para glória da Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima «Mãe da Igreja», isto é, de todo o
Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima; e queremos que com este
título suavíssimo seja a Virgem doravante honrada e invocada por todo o povo cristão (cf. Paulo VI, Discurso a 21
de Novembro de 1964).
Mistérios a partir do discurso do Papa Paulo VI
PRIMEIRO MISTÉRIO: MARIA, MÃE DA IGREJA
Assim como a maternidade divina é o fundamento da especial relação de Maria com Cristo e da sua presença na
economia da salvação operada por Jesus Cristo, assim também constitui essa maternidade o fundamento
principal das relações de Maria com a Igreja, sendo Ela Mãe d'Aquele que, desde o primeiro instante da Sua
Encarnação no seu seio virginal, uniu a si, como Cabeça, o seu Corpo místico, que é a Igreja. Maria, pois como
Mãe de Cristo, também é Mãe dos fiéis e dos pastores todos, isto é, da Igreja (Paulo VI, Discurso a 21 de
Novembro de 1964).
SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA ESTÁ PERTO DE NÓS
É com ânimo cheio de confiança e de amor filial que elevamos o olhar para Maria. Ela, que em Jesus nos deu a
fonte da graça, não deixará de socorrer a Igreja. E ainda mais reavivada e corroborada é a nossa confiança se
consideramos os laços estreitíssimos que ao género humano prendem esta nossa Mãe celeste. Embora na
riqueza das admiráveis prerrogativas com que Deus a exornou para a fazer digna Mãe do Verbo Encarnado, está
Ela, todavia, pertíssimo de nós (Paulo VI, Discurso a 21 de Novembro de 1964).
TERCEIRO MISTÉRIO: MARIA É PERFEITA DISCÍPULA DE JESUS CRISTO
Maria realizou a perfeita figura do discípulo de Cristo, espelho de todas as virtudes, e encarnou as bemaventuranças evangélicas. Pelo que, nela, toda a Igreja, na sua incomparável variedade de vida e de obras, acha a
forma autêntica de perfeita imitação de Cristo. Auguramos, pois, que, com a promulgação da Constituição sobre
a Igreja, selada pela proclamação de Maria Mãe da Igreja, o povo cristão se dirija à Virgem santa com maior
confiança e ardor, e a Ela tribute o culto e a honra que lhe competem (Paulo VI, Discurso a 21 de Novembro de
1964).
QUARTO MISTÉRIO: MARIA É MODELO DE FÉ
Cada um de vós empenhe-se em manter alto entre o povo cristão o nome e a honra de Maria, aponte nela o
modelo da fé e da plena correspondência a todo o convite de Deus, o modelo da plena assimilação ao ensino de
Cristo e da sua caridade, a fim de que, unidos em nome da Mãe comum, sintam-se sempre todos os fiéis mais
firmes na fé e na adesão a Jesus Cristo, e ao mesmo tempo mais fervorosos na caridade para com seus irmãos,
promovendo o amor aos pobres, o apego à justiça, a defesa da paz (Paulo VI, Discurso a 21 de Novembro de
1964).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA CONDUZ PARA DEUS
Maria, humilde serva do Senhor, é toda relativa a Deus e a Cristo, único mediador e Redentor nosso. E
igualmente sejam ilustradas a verdadeira natureza e as intenções do culto mariano na Igreja, de modo que os
que não fazem parte da comunidade católica compreendam que, longe de ser fim em si mesma, a devoção a
Maria é, ao contrário, meio essencialmente ordenado a orientar as almas para Cristo, e assim uni-Ias ao Pai, no
amor do Espírito Santo (Paulo VI, Discurso a 21 de Novembro de 1964).
30º dia: Fazei tudo o que ele vos disser
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus
discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus
disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha
hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à
purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de
água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram.
Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia de onde viera, pois só os
serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho
bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora».
Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos
acreditaram n’Ele (Evangelho segundo João 2, 1-11).
Mistérios a partir do texto evangélico
PRIMEIRO MISTÉRIO: MARIA VIVEU UNIDA A JESUS CRISTO
Hoje, dirigimo-nos a Maria, a Mãe de Deus e a Sede da Sabedoria, tendo confiança em que Ela nos indicará os
caminhos para o seu Filho. Maria esteve verdadeiramente unida a Jesus. Os Evangelhos não nos conservaram
muitas das suas palavras; mas as que foram recordadas levam-nos de novo ao seu Filho e à palavra dele. Em Caná
da Galileia, dirigindo-se aos serventes disse: «Fazei tudo o que ele vos disser». Hoje, ela dirige-nos a mesma
mensagem (João Paulo II, Homilia de 30 de setembro de 1979).
SEGUNDO MISTÉRIO: ESCUTAR AS PALAVRAS DE JESUS CRISTO
«Fazei tudo o que ele vos disser». O que Jesus nos diz com a sua vida e com a sua palavra foi-nos conservado nos
textos do Novo Testamento e transmitido pela Igreja. Devemos familiarizar-nos com estas palavras. E fazemo-lo
escutando as leituras da Escritura na Eucaristia; lendo pessoalmente as Escrituras; refletindo, em família ou com
amigos, sobre o que o Senhor nos diz; quando rezamos o Rosário e unimos a nossa devoção à Mãe de Deus com
a oração meditada dos mistérios da vida de seu Filho (cf. João Paulo II, Homilia de 30 de setembro de 1979).
TERCEIRO MISTÉRIO: HÁ MUITAS VOZES FALSAS
Muitas vozes assaltam o cristão no mundo de hoje. Muitas dessas vozes são falsas. São as vozes que sugerem
que a verdade é menos importante do que o lucro pessoal; que o bem-estar, a saúde e o prazer são os
verdadeiros fins da vida; que a recusa de uma nova vida é melhor do que a generosidade de espírito e do que o
acolhimento; que a justiça deve ser obtida mas sem compromisso pessoal; que a violência pode ser meio para
obter um bom fim; que a unidade pode ser construída sem abandonar o ódio (cf. João Paulo II, Homilia de 30 de
setembro de 1979).
QUARTO MISTÉRIO: FAZER TUDO O QUE JESUS NOS DIZ
Maria, neste momento nós escutamos com particular atenção as tuas palavras: «Fazei tudo o que o meu Filho
vos disser». E nós desejamos responder às tuas palavras com todo o coração. Desejamos fazer tudo o que o teu
Filho nos diz, tudo o que nos ordena, porque Ele tem palavras de vida eterna. Desejamos realizar e cumprir tudo
o que vem dele, tudo o que está contido na Boa Nova, tal como fizeram os nossos antepassados por muitos
séculos (João Paulo II, Homilia de 30 de setembro de 1979).
QUINTO MISTÉRIO: MARIA AJUDA-NOS A ESCUTAR JESUS CRISTO
Maria, confiamos ao teu cuidado a nossa comunidade paroquial de.... Oxalá os nossos ouvidos ouçam com toda a
clareza a tua voz materna: «Fazei tudo o que o meu Filho vos disser». Ajuda-nos a perseverar com Cristo; ajudanos, ó Mãe da Igreja, também a construir o seu Corpo Místico, vivendo aquela vida que só Ele pode conceder-nos
na sua plenitude, e que é ao mesmo tempo divina e humana (cf. João Paulo II, Homilia de 30 de setembro de
1979).
Ladainha do Sagrado Coração de Jesus
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, majestade infinita, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do Céu, tende piedade de nós
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor, tende piedade de nós
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor, tende piedade de nós
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende piedade de nós
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós
Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, tende piedade de nós
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, tende piedade de nós
Coração de Jesus, no qual o Pai põe todas as suas complacências, tende piedade de nós
Coração de Jesus, de cuja plenitude todos nós participamos, tende piedade de nós
Coração de Jesus, desejado desde toda a eternidade, tende piedade de nós
Coração de Jesus, paciente e de muita misericórdia, tende piedade de nós
Coração de Jesus, rico para todos que vos invocam, tende piedade de nós
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós
Coração de Jesus, propiciação por nossos pecados, tende piedade de nós
Coração de Jesus, saturado de opróbrios, tende piedade de nós
Coração de Jesus, esmagado de dor por causa dos nossos pecados, tende piedade de nós
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós
Coração de Jesus, atravessado pela lança, tende piedade de nós
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, tende piedade de nós
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, tende piedade de nós
Coração de Jesus, esperança dos que morrem em vós, tende piedade de nós
Coração de Jesus, delícias de todos os santos, tende piedade de nós
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Jesus, manso e humilde de coração. Fazei nosso coração semelhante ao vosso.
Oremos:
Deus Omnipotente e Eterno, olhai o Coração do vosso dilectíssimo Filho e os louvores e reparações que pelos
pecadores vos tem tributado; e aos que invocam vossa misericórdia, vós, aplacado, sede fácil no perdão, pelo
mesmo Jesus Cristo que Convosco vive e reina para sempre, na unidade do Espírito Santo. Amen.
Oração ao Sagrado Coração de Jesus
* Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno.
T- mostrai vosso Pai aos homens!
* Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria.
T- enviai o vosso Espírito Santo ao nosso coração e moldai-o conforme o vosso!
* Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
T- uni-nos mais e mais convosco!
* Coração de Jesus, de majestade infinita,
T- que sempre Vos louvemos e glorifiquemos!
* Coração de Jesus, templo santo de Deus,
T- ajudai-nos a tornar-nos cada vez mais o que somos desde o Baptismo: templo de Deus!
* Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
T- transformai-nos em tabernáculos vossos, onde os outros também encontram a Deus!
* Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
T- conduzi-nos todos ao céu, para morarmos conVosco para sempre!
* Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
T- abrasai o mundo todo nas chamas do vosso amor!
* Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
T- dai-nos participar plenamente do vosso amor!
* Coração de Jesus, cheio de bondade e amor,
T- enchei também o nosso coração de verdadeiro amor, bondade e misericórdia!
* Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
T- plantai todas as virtudes em nosso coração, de modo que sejamos verdadeiros discípulos vossos!
* Coração de Jesus, digníssimo de todo louvor,
T- que vos glorifiquemos por uma vida santa!
* Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
T- estabelecei o reino de vosso amor em todos os corações!
* Coração de Jesus, onde estão todos os tesouros da sabedoria e da ciência,
T- fazei-nos provar cada vez mais da vossa intimidade, a fim de compreendermos mais profundamente o vosso
amor!
* Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
T- que todos os homens vos conheçam a vós, Filho do Pai Eterno, Deus com ele, na unidade do Espírito Santo!
* Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos recebemos,
T- difundi em nós a plenitude do vosso amor e a santidade!
* Coração de Jesus, o desejado das colinas eternas,
T- despertai em nós o desejo de vos ver, de vos encontrar e estar convosco!
* Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
T- que todos os pecadores venham a conhecer a grandeza de vossa misericórdia e buscar em vós o perdão!
* Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
T- fazei-nos viver de vossa vida e enchei-nos de vossa santidade!
* Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados,
T- com o vosso Sangue lavai os nossos pecados e os de todo o mundo!
* Coração de Jesus, saturado de opróbrios,
T- ensinai-nos a seguir-vos na vereda da humildade e a aceitar as humilhações para nos tornarmos cada
vez mais semelhantes a vós
* Coração de Jesus, atribulado por causa de nossas culpas,
T- enchei-nos o coração de arrependimento e dor de nossos pecados!
* Coração de Jesus, obediente até à morte,
T- sejamos sempre obedientes e na obediência ajudemos a salvar o mundo!
* Coração de Jesus, atravessado pela lança,
T- da chaga aberta de vosso Coração derramai sobre nós torrentes de luz, força e graça!
* Coração de Jesus, fonte de toda a consolação!
T- ressuscitai a todos os espiritualmente mortos para a vida da graça!
* Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
T- reconciliai os homens com vosso Pai celeste e dai paz ao mundo inteiro!
* Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
T- convertei todos os pecadores e conduzi-os ao vosso amor!
* Coração de Jesus, salvação dos que esperam em Vós,
T- esperamos em vós, livrai-nos de todo mal e dai-nos vosso amor!
* Coração de Jesus, esperança dos que expiram em Vós,
T- fazei-nos viver no vosso amor e dai-nos também morrer em vosso amor!
* Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,
T- sereis, um dia, no céu o nosso júbilo. Sede nossa alegria já aqui na terra!
*Nós vo-lo pedimos a vosso Coração, ó bom Jesus, que viveis e reinais por toda a eternidade. Amen.
OREMOS
Pai, acendei nos nossos corações o puro fogo do vosso amor que ardia no Coração de vosso Filho, para que Vos
amemos para sempre no céu. Nós vo-lo pedimos por Cristo, nosso Senhor.
Oração ao Sagrado Coração de Jesus - II
Coração de Jesus,
eu confio em vós,
mas aumentai a minha confiança.
Vós dissestes: "Pedi e recebereis".
Confiando nas vossas promessas,
venho pedir vossa ajuda.
Vós estais mais interessado
na nossa felicidade
que nós mesmos.
Por isso ponho em vosso Coração
os meus pedidos,
as minhas preocupações,
os meus sofrimentos
e as minhas esperanças.
Coração de Jesus,
eu confio em Vós,
mas aumentai a minha confiança.
Jesus, manso e humilde de coração,
fazei meu coração semelhante ao vosso.
Consagração ao Coração de Jesus
Senhor Jesus,
prometestes que Vos encontraríeis
onde dois ou três
estivessem juntos em vosso nome,
eis aqui, amabilíssimo Salvador,
os nossos corações
unidos pelo mesmo desejo de adorar,
louvar, amar, bendizer e agradar
ao vosso santíssimo
e sacratíssimo Coração,
ao qual dedicamos
e consagramos os nossos
para todo o tempo e para a eternidade.
Renunciamos para sempre
a todos os amores e afeições
que não estejam no amor e na afeição
do vosso Coração adorável.
Desejamos que todos os desejos,
saudades e aspirações dos nossos corações
estejam sempre conformes
ao amor puríssimo do vosso,
que queremos contemplar,
quanto nos for possível.
Mas, como por nós
não podemos fazer nada de bom,
suplicamo-Vos, adorabilíssimo Jesus,
pela infinita bondade e doçura
do vosso Sagrado Coração,
que ampareis os nossos
e os confirmeis no propósito
que os movestes a fazer,
para vosso amor e serviço.
Que nunca, em tempo nenhum,
por coisa nenhuma,
nos desunamos nem nos separemos de Vós,
mas sejamos fiéis
e constantes nesta resolução.
Fazei que sacrifiquemos
ao amor do vosso Sagrado Coração
tudo o que no nosso é vão prazer mundano
ou o que o entretém
com as coisas fúteis desta terra,
onde tudo é vaidade e aflição de espírito,
menos o amar-vos e servir-vos só a Vós.·
Divino e amabilíssimo
Senhor e Salvador nosso, Jesus,
desejamos que sejais bendito,
amado e glorificado
por todas as vossas criaturas,
por toda a eternidade.
Consagração aos Corações de Jesus e de Maria
Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria,
a Vós me consagro,
assim como toda minha família.
Consagramos a Vós nosso próprio ser,
toda nossa vida, tudo o que somos,
tudo o que temos, e tudo o que amamos.
A Vós damos nossos corações e nossas almas,
a Vós dedicamos nosso lar e nosso país,
conscientes de que,
através desta Consagração nós, agora,
prometemo-Vos viver cristãmente
praticando as virtudes da nossa religião,
sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.
Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria,
aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós,
através deste acto de Consagração.
Nossa esperança é colocada em vós,
com a certeza de que jamais seremos confundidos.
Sacratíssimo Coração de Jesus, tende misericórdia de nós.
Oração a Maria 1
Maria,
peregrina como nós no caminho da fé:
«Feliz és tu, porque acreditaste»!
Pela fé, com alegria e trepidação, geraste no teu seio
e deste à luz o Filho de Deus, que primeiro concebeste pela fé.
Na fé, adoraste o Menino Deus,
que saiu do teu ventre, como fruto bendito.
Pela fé, guardaste no coração todas aquelas coisas,
que no momento não compreendias,
nas palavras e gestos do teu Filho.
Com a mesma fé, aceitaste seguir Jesus Cristo,
em todos os passos da sua missão.
Foste a primeira e fiel discípula,
na escuta e no acolhimento da Palavra.
Com a mesma fé,
permaneceste sempre ao lado de Jesus Cristo.
Mesmo no Gólgota, acompanhaste o teu Filho
no sofrimento e na morte.
Com a mesma fé — e contra toda a esperança —,
viveste a espera da sua ressurreição.
Entre a Páscoa e o Pentecostes,
saboreando os frutos da ressurreição,
transmitiste a memória fiel de Jesus Cristo
a todo o Corpo da Igreja, que estava a nascer.
Pela fé, acreditamos que foste elevada aos Céus,
onde agora és a Estrela que nos aponta o caminho,
mesmo nos momentos de dúvida, de crise,
de silêncio e de sofrimento.
Por isso, voltamo-nos para ti e te pedimos:
ajuda-nos a ver o que não se vê,
a acolher e a descobrir o Deus vivo,
que vive e cresce dentro de nós.
Santa Maria,
Mãe de Deus e Mãe da Igreja,
dá-nos, como outrora, nas bodas de Caná,
indicações a seguir,
que suscitem e amparem a nossa fé,
sobretudo quando Deus nos parece ausente
e nos falta a alegria da fé.
«Fazei tudo o que Ele vos disser»
— disseste ao serventes.
Tu bem sabes que são «felizes
os que escutam a Palavra de Deus
e a põem em prática».
Mostra-nos a alegria da fé,
para nos alimentarmos da Palavra.
E para levarmos esta Boa Nova a toda a gente,
sobretudo aos que esperam de nós
o testemunho audaz e feliz da fé.
A ti, feliz porque acreditaste,
confiamos o nosso coração e a nossa vida,
para que tornes mais bela e forte a nossa fé!
Pe. Amaro Gonçalo
Oração a Maria 2
Santa Maria, Mãe de Deus.
Desde o nascer ao pôr do sol,
ensina-me a dizer “sim”,
sem vergonha e sem medo,
a tudo o que for realmente
belo, verdadeiro e bom.
Tu, que, pela fé,
acolhestes e seguiste Jesus,
em todos os momentos da sua vida,
guia-me, também, sempre e por toda a parte,
na busca do bem, da luz e da verdade,
para chegar ao encontro feliz com o Teu Filho,
que alegra e dá sentido à minha vida.
Maria, Mãe da Humanidade,
embarca comigo, faz-te companheira,
na aventura da minha vida e da minha fé.
Dá-me confiança, no meio das dúvidas,
serenidade, no aperto das dificuldades,
bonança, depois dos conflitos ou tempestades,
para que eu possa descobrir, em tudo,
a presença escondida do Teu Filho,
que está conTigo e está comigo
todos os dias e até ao fim dos tempos.
Ámen!
Pe. Amaro Gonçalo
Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus,
onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo.
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna. Ámen.
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