Imigração em Portugal e na Europa - (Citação) “ Viver, nos dias de hoje, em qualquer ponto do mundo e estar contra a igualdade por razões de raça ou cor é como viver no Alasca e estar contra a neve.” William Faulkner - (Conceitos) Considera-se como Imigração o movimento de entrada, com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de trabalho e/ou residência, de pessoas ou populações, de um país para outro. A Emigração é o acto relativamente espontâneo de deixar o local de residência para se estabelecer noutro território, regra geral, este fenómeno dá-se quando as pessoas procuram melhores condições de vida. Entre 1991 e 2000, os fluxos migratórios mundiais em direcção à Europa norte-ocidental devem ter sido da ordem de 15 milhões de pessoas, sendo que metade delas vindas do antigo bloco soviético e, o restante, originários do Magreb, África em geral e Ásia. O último processo de legalização extraordinária de estrangeiros em Portugal (Março 2002) evidenciou o aumento do contingente de estrangeiros residentes, com destaque para os imigrantes originários dos países da Europa Central e de Leste, em particular da Ucrânia. Após este processo, a população de estrangeiros legalmente residentes quase duplicou, passando de 2% para 3,7% da população total, ultrapassando a relação existente na maioria dos países da União Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 Europeia. Actualmente os países com maior representatividade a residir em Portugal são a Ucrânia, Cabo Verde e Brasil. 4- A politica de Imigração dos Países Comunitários A integração de nacionais de países terceiros nos Estados-Membros é um dos maiores desafios que se deparam à política de imigração e um elemento essencial no promoção da coesão económica e social na E U . A política de imigração toca em questões sensíveis, como níveis de desemprego, coesão social e diversidade cultural, controlos nas fronteiras, aplicação da lei e segurança nacional. Condições mediante as quais os nacionais de países terceiros, que tenham residência legal num dos Estados-Membros, têm o direito de trazer maridos, esposas e seus filhos jovens para a E U. . Nacionais de países terceiros, que tenham vivido legalmente na UE durante pelo menos cinco anos, um tratamento igual na maior parte dos domínios económicos e sociais. Mediante certas condições, também lhes é garantido o direito de mudarem para outro Estado-Membro por razões de trabalho, estudo ou outras. As condições de admissão e residência de estudantes, formadores não remunerados e voluntários de países terceiros serão brevemente definidas pelas regras comuns da UE. Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 A fim de fomentar a investigação europeia e atrair mais cientistas, a UE tenciona facilitar a admissão de investigadores de países terceiros. A Imigração beneficia os países, os de origem e os de destino, diz o Estudo Económico e Social Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) deste ano (2009). Contudo, apesar dos aspectos positivos, como o desenvolvimento económico, o fluxo de pessoas para outros Estados - em 2000, cerca de 175 milhões de pessoas viviam fora do país onde nasceram. Os medos de que os que chegam ao novo país roubem postos de trabalho ou façam baixar os salários não passam disso mesmo, de receios. O relatório - que foi elaborado pelo departamento dos Assuntos Económicos e Sociais da ONU -, afirma que não existe uma baixa significativa dos ordenados, nem das taxas de emprego entre a população do país de acolhimento. Além disso, os imigrantes fazem subir a procura de bens e serviços, contribuem para o aumento do produto interno bruto e para os cofres do Estado, mais do que aquilo que recebem de retorno, acrescenta o relatório. Isto não acontece apenas no Estado que os recebe, mas também naquele de onde saíram. Os países de origem podem, se adoptarem políticas correctas, ressalva o relatório, maximizar os benefícios das remessas enviadas pelos emigrantes. Actualmente, essas remessas rondam os 60 mil milhões de euros. Os migrantes residentes no estrangeiro são ainda "grandes investidores" nos seus países. Mas há perdas associadas à emigração, como a "fuga de cérebros", salienta o estudo. A escolaridade dos emigrantes africanos é três vezes superior à daqueles que ficam, o que se traduz numa pesada factura para o país de onde saem. É que esses Estados, em Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 vias de desenvolvimento, perdem em termos de criatividade e inovação e ainda economicamente, já que aqueles que saem não pagam impostos. No âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, que se comemora este ano, a Autoridade para as Condições do Trabalho acabou de editar um caderno informativo dirigido aos trabalhadores imigrantes em Portugal sobre os seus direitos e deveres. Produzido com a colaboração do Alto Comissariado para Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), este caderno têm como objectivo esclarecer a população imigrante acerca dos seus direitos e deveres ao nível das relações de trabalho e em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho. Saliente-se que o trabalhador estrangeiro que esteja autorizado a exercer uma actividade profissional por conta de outrem em território português tem os mesmos deveres e os mesmos direitos do trabalhador com nacionalidade portuguesa. Nas relações de trabalho deveres: Respeitar e tratar com educação o empregador, os companheiros de trabalho e as demais pessoas com quem estabeleça relações profissionais; – Comparecer ao – Realizar o serviço com trabalho assiduidade com e zelo pontualidade; e diligência; – Cumprir as ordens do empregador em tudo o que respeite à execução do trabalho, salvo na medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e garantias; – Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios; – Velar pela conservação e boa utilização dos bens relacionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pelo empregador; – Promover ou executar todos os actos tendentes à melhoria da Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 produtividade EM da MATÉRIA DE empresa. SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO·DIREITOS· – Trabalhar em condições de segurança e saúde; – Receber informação sobre os riscos existentes no local de trabalho e medidas de protecção adequadas; – Ser informado sobre as medidas a adoptar em caso de perigo grave e Gozar férias (em regra o período anual é 22 dias úteis, que pode ser – aumentado Receber até 3 subsídio dias de se férias, o cujo trabalhador montante não faltar); compreende a remuneração base e as demais prestações retributivas e que deve ser pago antes do início do período de férias; – Receber subsídio de Natal de valor igual a um mês de retribuição que deve -recorrer ser à pago até greve 15 para de Dezembro defesa dos de seus cada ano; interesses; – Ser protegido na maternidade e paternidade (a trabalhadora tem direito a uma licença por maternidade de 120 dias consecutivos, podendo optar por uma licença de 150 dias); – Segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa – causa, Regime ou por especial motivos caso políticos seja ou ideológicos; trabalhador estudante; – Constituir associações sindicais para defesa e promoção dos seus interesses socioprofissionais; – Receber por escrito do empregador informações sobre o seu contrato de trabalho como, por exemplo, a identificação do empregador, o local de trabalho, a categoria profissional, a data da celebração do contrato, a duração do contrato se este for celebrado a termo, o valor e periodicidade da retribuição (normalmente mensal), o período normal de trabalho diário e semanal, o instrumento de regulamentação colectiva aplicável, quando seja o caso. Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) sublinhou hoje que a falta de domínio da Língua e o desconhecimento da legislação dos países de acolhimento são as principais dificuldades encontradas pelos imigrantes, à margem da conferência internacional "Acção contra o tráfico e exploração por trabalho forçado de trabalhadores migrantes na Europa", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. As principais dificuldades dos imigrantes têm a ver com o domínio da língua, a cultura, a alimentação, e as leis no país de acolhimento. Temos ainda outras dificuldades no âmbito das leis do país, e ainda dificuldades de integração na sociedade devido a alguns seres humanos que pensam que só eles têm direito á vida, chamados racistas, e ainda outros seres humanos que se aproveitam dos mais fracos como forma de ganhar a vida.· Consideremos, por exemplo, as medidas tomadas ao nível da habitação. A gestão do espaço urbanístico tem sido encoberta por políticas racistas e xenófobas. Todos os planos e programas de realojamento (P.E.R) responderam, meramente económicos sem sociopolítica ou em levando antes de mais, a critérios terem qualquer consideração as preocupação especificidades socioculturais e económicas dos imigrantes. A lógica do mercado imobiliário imperou assim sobre a possibilidade política de resolver um dos problemas sociais mais agudos com que se defrontam os imigrantes. E os imigrantes foram mais uma vez empurrados para as zonas degradadas e menos cobiçadas, levando à proliferação dos guetos (Quinta do Mocho, Bela Vista, Buraca, Apelação, etc.). Esta situação tem provocado uma estratificação da cidadania, em que nasceram várias categorias de cidadãos. À medida que as políticas discriminatórias se vão cristalizando, os imigrantes e os seus filhos, apesar destes últimos nascerem cá, Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 enfrentam os mesmos tratamentos como se de cidadãos não se tratassem. Aliás, a própria classificação de ambos, denota a maneira como são vistos na sociedade. Encontraram-lhes a funesta e arbitrária denominação de 1ª, 2ª, 3ª geração. Ora, esta categorização só ajudou a estigmatizar os filhos de imigrantes colando-os a preconceitos racistas e xenófobos que, obviamente, têm dificultado o diálogo intercultural e, por conseguinte, tem abortado o processo de inclusão social. Pese embora todas as falhas inerentes a este tipo de “estigmatização”, as autoridades fecharam sempre os olhos sobre a realidade das consequências e também das repercussões de uma tal postura no seio de uma comunidade que se quer intercultural A imigração na UE aumentou nas últimas décadas, o que representa um aumento do número de filhos de migrantes nas escolas europeias. No dia 1 de Abril de 2009 o Parlamento Europeu debateu o relatório destinado a melhorar a educação dos filhos dos migrantes na UE. As medidas propostas passam por evitar a segregação, proporcionar formação multicultural aos professores e envolver as famílias imigrantes. A integração é um processo recíproco, que envolve os migrantes e o país de acolhimento. O relatório sobre a educação dos filhos dos migrantes apela à igualdade no acesso a educação de qualidade, tanto para as crianças europeias como para os filhos dos migrantes, rejeitando qualquer tipo de segregação. Uma das medidas propostas passa por envolver as famílias imigrantes no processo de educação dos seus filhos. "Se os pais sentirem que são bem-vindos na comunidade, ficarão muito mais motivados para apoiar os seus filhos", refere o eurodeputado finlandês. Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial Unidade de Apoio à Vítima Imigrante ou de Discriminação Racial (UAVIDRE) Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (Lisboa) Linha SOS Imigrante - (Entrevista) -Qual o País de onde vem e / ou para onde foi? R: O Sr. que entrevistamos veio do Brasil. -O que è que o levou a tomar essa decisão de mudar de País? R: No caso deste imigrante, foi para acompanhar o desejo da esposa, que gostava de se juntar á família que já aqui residia acerca de 11anos. No caso dos pais da Sr.ª foi por motivos financeiros (melhores condições de vida). -Que dificuldades encontrou para sair do seu País e quais encontrou no País a que chegou? R: As dificuldades que encontraram foram principalmente ao nível das relações sociais pois os residentes do país de acolhimento eram relativamente fechados e os Brasileiros não estavam habituados. Outras foram pelo clima e no caso dos sogros também burocráticas (alguns anos atrás) - Que desejos/projectos trazia para fazer, e conseguiu ou não? R: Este imigrante veio sem projectos uma vez que foi somente para acompanhar a esposa mas Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010 ao integrar-se na nossa sociedade e porque estabilizou neste emprego já lá vão 8 anos começa a criar sonhos de desenvolver o seu próprio negócio dentro da área de comércio alimentar. - Outros aspectos de relevo… R: Descriminação que o imigrante poderá sentir na classe empregadora, por motivos de maus exemplos praticados, por cidadãos de países com deficiências de formação cívica, ou eles próprios deficientes, projectando naqueles que desejam estar de boa fé, dificuldades em arranjar emprego! Trabalho. De Grupo João P. Correia, Sandra Correia Trabalho elaborado por:Sandra Augusto Correia 9/09/2010