Critérios da Diferenciação do “EU do OUTRO” Identidade Pessoal é a maneira pela qual as pessoas se comportam, está relacionado com o seu carácter. O mais importante sobre “Identidade Pessoal” é a maneira como as pessoas se tratam e se respeitam umas às outras. Quando estamos em harmonia com os outros e com o mundo a nossa volta tudo pode ser diferente, caso contrário estamos provocando um sentimento de grande batalha, para nos tornarmos apreciados pelas pessoas pelo que realmente somos. O primeiro passo para a auto-estima mais elevada, deve estar claro sobre quem somos e quem acreditamos ser, esta é a meta. Antes que possamos melhorar a auto-estima ou mesmo fazer mudanças positivas em nossas vidas, é preciso tempo para nos dedicar-mos a esta forma de auto-aperfeiçoamento. O que nos faz seres únicos, é que ninguém mais, entre os milhares de milhões de pessoas que vivem neste planeta agora, ou, os milhares de milhões de pessoas que viveram antes, nunca foram nem é exactamente como nenhum de nós. Ao perceber isso gostamos de sermos nós mesmos! Ter a coragem de ser diferente melhora significativamente a nossa auto-estima. Se nos encontrar-mos em baixo, certamente sofremos de auto-estima, mas se nos acharmos em nível elevado, em alta, isso nos ajudará muito. A melhor maneira de nos sentirmos felizes e melhorarmos nossa auto-estima, é nos aceitar-mos como somos, em nossos próprios valores com relação à posição em que nos encontramos. É importante também não haver comparação em relação aos outros, pessoas muito competitivas fazem isso o tempo todo, o que leva ao descontentamento. Temos que ser verdadeiros e autênticos, mesmo que isso não agrade a todos. Pelo menos, agindo com essa fidelidade, estaremos no caminho certo em busca da tão sonhada felicidade. Vivemos num mundo de tal modo dominado por factos e números que, por vezes, não nos damos conta de como a consciência é um dos acontecimentos mais estranhos e maravilhosos da nossa existência. Por exemplo, os objectos físicos que nos rodeiam podem ser objectivados e observados sob diferentes ângulos. Contudo, aparentemente, não há outra forma de o exprimir a não ser falando de mim ou da minha consciência; é pois uma verdade que só pode ser enunciada e compreendida através de um ponto de vista, na primeira pessoa" A questão sobre a identidade pessoal é uma constante do pensamento filosófico, na modernidade, o problema assumiu um carácter claramente epistemológico. Em filosofia, a questão da identidade pessoal diz respeito às condições, sob as quais uma pessoa em um momento é a mesma pessoa em outro momento não. Uma análise da identidade pessoal fornece um conjunto de condições necessárias e, suficientes para a identidade da pessoa através do tempo. Torna-se evidente que o conceito de identidade tem duas significações distintas: Por um lado, expressa a noção de equivalência lógica e, assim sendo, nenhum objecto, ou pessoa, é idêntico ao longo do tempo. Mas, por outro, é ainda por referência a uma mesma pessoa que atribuímos várias propriedades ao longo do tempo. Ora, quando nos interrogamos sobre o identidade pessoal em termos problema da epistemológicos, estamos naturalmente a questionar-nos, sobre o critério que explica este poder de referência a um mesmo sujeito, da experiência que se reconhece enquanto tal ao longo do tempo. "Reconhecemos que cada ser vivo possui uma existência individual e própria, por isso se diz que é o mesmo indivíduo desde a infância até que envelhece; claro que esse indivíduo não conserva nunca as mesmas características, mas entretanto reconhecemos que é ele mesmo" A questão epistemológica que se pode colocar, representa incertezas sobre proposições, quando não se tem conhecimento completo das circunstâncias causativas. Qual o critério, ou princípio legitimador da unidade de nós próprios como pessoas ao longo do tempo, que explica o sentimento de certeza psicológica da nossa unidade como pessoas? Será que não estamos em face de um sentimento de unidade pessoal, e de referência a si que é inegavelmente útil para a nossa vida prática — em particular, quando é importante determinar um sujeito responsável por uma acção, seja essa responsabilidade moral ou jurídica — mas que é, em rigor, falso? Contudo, por muito ilusório que este sentimento de referência a si se venha a revelar, temos o direito de nos interrogar sobre o critério que, no limite, explica essa mesma ilusão. A apresentação do corpo como solução do problema da identidade pessoal, deriva do facto evidente de, apesar da constante mutação de propriedades, umas mais visíveis, outras não, é ainda o principal ponto de referência da nossa unidade como pessoas. E nesta referência ao nosso corpo, exprime-se afinal a relação de continuidade e dependência a uma única célula, que um dia se começou a multiplicar desenfreadamente, dando origem àquilo que nós somos hoje. Este critério corporal — a saber, seria por referência a um mesmo corpo que se explicaria o sentimento de identidade pessoal — inscreve claramente o problema que nos preocupa num horizonte mais vasto, o da identidade dos objectos físicos e materiais. A hipótese da conservação do nosso cérebro numa cuba de um laboratório e conservado artificialmente. Por mais traumatizante que fosse esta experiência, é inegável que nada, em princípio, nega a permanência de uma referência a si, agora de alguém reduzido ao seu cérebro. Estas hipóteses rocambolescas mostram-nos, sem margens para dúvidas, que não é tanto a identidade do corpo que está em causa, mas antes a de uma pequena parte do mesmo, a saber, o nosso cérebro. O seu transplante para um outro corpo corresponderia a um efectivo transplante de identidade. Poderemos assim concluir, que o critério efectivo de identidade é o nosso sistema nervoso central. É uma tese subscrita por vários autores contemporâneos, mas que levanta algumas dúvidas. Por duas ordens de razões: em primeiro lugar, o nosso cérebro não é propriamente um órgão homogéneo, o que explica que vários sujeitos preservem a sua identidade apesar de reduzidos a um único hemisfério cerebral. E mesmo nos casos de anosognosia, doença rara de lesão cerebral em que o doente perde a noção de parte da sua experiência corporal, tal não acarreta a perda da identidade pessoal. Não é tanto a conservação de um conjunto de neurónios e sinapses que está em causa mas, antes, da preservação da informação e dos dados que aí residem. Em face destas dificuldades, torna-se questionável se o corpo, ou o cérebro, constitui critério suficiente na determinação da nossa identidade como pessoas. Desde muito cedo vários filósofos se inclinaram para um outro critério, a saber, a memória. A questão epistemológica que se pode colocar é, pois, a seguinte: Qual o critério ou princípio legitimador da unidade de nós próprios, da nossa unidade como pessoas ao longo do tempo, que explica o sentimento de certeza psicológica da nossa unidade como pessoas? Será que não estamos em face de um sentimento de unidade pessoal e de referência a si que é inegavelmente útil para a nossa vida prática — em particular, quando é importante determinar um sujeito responsável por uma acção, seja essa responsabilidade moral ou jurídica — mas que é, em rigor, falso? Contudo, por muito ilusório que este sentimento de referência a si se venha a revelar, temos o direito de nos interrogar sobre o critério que, no limite, explica essa mesma ilusão. As dificuldades são inevitáveis na medida em que a identidade é posicionada, como permanência de predicados de um sujeito, sejam eles corporais ou psicológicos. Ora, como a vivência real das pessoas está submetida à lei do tempo, promovendo a alteração permanente de todos os seus predicados físicos e mentais, torna-se impossível explicar como é que uma pessoa se pode reconhecer a si mesma em momentos diferentes do tempo. Colocado, deste modo, o problema da identidade pessoal redunda directamente num impasse. Pois o que está em causa na identidade de uma pessoa não é tanto a constância e a amenidade de predicados mas antes a referência a si ao longo do tempo. Se não é possível um conhecimento directo de nós próprios, nada nos impede uma mediação interpretativa de nós mesmos, através do uso de uma linguagem narrativa. Os enunciados narrativos, contrariamente às proposições descritivas, são, por um lado, temporais e, por outro, sintetizam simultaneamente experiências interiores e objectivas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_pessoal CLC-7 DR-1 Trabalho realizado por: Marcínia Margarida