SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA __ SOBRATI INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA __ IBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA Assistência Segura : Uma Reflexão Sobre os Cuidados de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva / UTI Orientadora : Enfermeira Mestre em UTI , Nilcilene da S. Mendes Mestranda : Enfermeira Alice Belém de Oliveira Turma : MTI ano 2012 Rio de Janeiro abril 2014 ASSISTÊNCIA SEGURA: UMA REFLEXÃO SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA /UTI RESUMO : Este artigo tem como objetivo uma reflexão sobre assistência segura prestadas através dos cuidados de enfermagem no contexto hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) , tendo como dever do profissional enfermeiro em UTI , oferecer aquele que está sob seus cuidados uma assistência de qualidade , efetiva , eficiente e segura satisfazendo as necessidades do paciente em todo o seu processo de doença , pois é um direito do paciente O tema segurança na assistência ao paciente tem o seu início com o pai da Medicina Hipócrates quando aborda que o cuidado poderia causar algum tipo de dano , e posteriormente Florence Nightingale com o advento da enfermagem moderna indicando que a segurança do paciente é parte integrante do processo de cuidar da enfermagem . Ojetivo : Neste contexto , objetivou-se refletir a trajetória desenvolvida a respeito do tema assistência segura ao paciente segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde ( OPAS). Método : Utilizou-se como desenho uma abordagem qualitativa com pesquisas em artigos , livros e resoluções indexados em bases de dados , ScieLo , BVS , OMS , OPAS . Resultados : As reflexões desvelaram que a assistência segura ao paciente em UTI através de normas , resoluções e condutas preconizadas pela OMS , OPAS e ANVISA/ MS são determinantes e irão beneficiar as práticas do cuidado em enfermagem ao paciente crítico.Conclusão :Concluiu-se que a assistência segura ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva(UTI) é de primordial importância e também deve-se ter como fundamento para o serviço do enfermeiro/a uma cultura baseada nas práticas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) , Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e ANVISA/MS Palavras-chaves : Assistência segura , normas e resoluções, enfermagem em UTI Key words : secure assistance , rules and resolutions , nurse and Intensive Care Unit / ICU Abstract This article aims to reflect on safe care provided by nursing care in the setting in the Intensive Care Unit (ICU), it is duty of the professional nurse in the ICU, offering who is under his care a quality effective and safely meet the needs of patients throughout their disease process , it is a patients right the subject of safety in patient care has its beginning With the father of medicine Hippocrates address when that care would cause some kind of damage , and later Florence Nightingale with the advent of modern nursing indicating that patient safety is an integral part of the care of nursing process . Objective :In this context , it is aimed to reflect the trajectory developed on the theme safe patient care according to World Health Organization (WHO) and the Organization Pan Americana Health ( PAHO) . Method: We used a qualitative approach as drawing on research in article , books and resolutions indexed in databases , ScieLo , BVS , WHO , PAHO . Resultds : Reflections unveiled that safe patient care in ICU via rules , resolutions and recommended behaviors by WHO , PAHO and ANVISA / MS are crucial and will benefit from the practical nursing care to patients critique . Conclusion :It was concluded that safe patient care in the Intensive Care Unit ( ICU), is of paramount importance and should also be taken as the basis for the service of the nurse / to culture based on the practices recommended by the World Health Organization ( WHO) ,Pan American Health Organization ( PAHO) and ANVISA /MS Introdução : Dentre as atividades desenvolvidas pela enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a assistência segura ao paciente é uma das mais presentes e exige do profissional de enfermagem conhecimento científico e habilidade técnica que lhe possibilite atender o paciente com segurança , e esse conhecimento e habilidade são fundamentais na formação do profissional de enfermagem desde o seu período acadêmico e durante todo o transcorrer da sua vida profissional em todas as suas formas de atuar diante do paciente crítico . Hipócrates ( 460 a 370 a.C ) cunhou o postulado Primun non nocere , traduzindo , Primeiro não cause dano . O pai da Medicina tinha a noção desde essa época que o cuidado poderia causar algum tipo de dano . Ao longo da história outros personagens contribuíram para a qualidade do cuidado em saúde , como por exemplo , Florence Nightingale , Ignaz Semmelweiss , Ernest Goldman , Avedis Donabedian , Jonh E. Wennberg , Archibald Leman Cochrane , entre outros . Até recentemente os eventos adversos , os erros e os incidentes associados à assistência à saúde eram considerados inevitáveis ou reconhecidos como realizados por profissionais mal treinados. Danos que podem ser incapacitantes , com sequelas permanentes , além de levar ao aumento do custo e da permanência hospitalar e , até mesmo levar à morte prematura como conseqüência direta das práticas em saúde insegura (WHO, 2008 ) Em 1863 , Florence Nightingale escreveu em suas Notes on Hospitals, as palavras latinas de Hipócrates , Primun non nocere , ou seja Primeiro não cause danos ,indicando que a segurança do paciente é parte integrante da profissão de enfermagem desde o início da enfermagem moderna , tornando assim a enfermagem precursora de procedimentos com maior preocupação com o cuidado do paciente ( Pepper 2004) Com base em dados de mortalidade das tropas britânicas, Florence propôs mudanças organizacionais e na higiene dos hospitais , priorizando a segurança como parte integrante do processo de cuidar do enfermeiro , prestando cuidados integrais aos pacientes com maior gravidade e formulando mudanças que resultaram expressiva redução no número de óbitos dos pacientes sob sua assistência e cuidado ( Neuhauser, 2003) . Os autores visualizam a magnitude da inovação no cuidar de Florence Nightingale, mostrando que a preocupação com a assistência segura foi um marco importante no processo de cuidar da enfermagem moderna , tornado assim a profissão de enfermagem uma arte baseada na ciência .Arte e ciência do cuidar , ocorrendo então troca de informação através de interação entre quem cuida e quem é cuidado , melhorando a segurança e a humanização na assistência ao paciente. A segurança na assistência prestada ao paciente se tornou uma preocupação mundial em função dos efeitos decorrentes de danos derivados da assistência prestada afetando assim não só o paciente , mas a família que guarda consigo a esperança da recuperação da saúde do seu familiar e também os profissionais de saúde envolvidos na assistência da saúde . Em meados de 1998 o Institute of Medicine ( IOM) , em New York nos EUA após realizar um estudo em hospitais americanos produziu um documento intitulado Errar é Humano : construindo um sistema de saúde mais seguro ( To err is Human ; building a safe health) (Kohn et ali 2000 ). Esse relatório se baseou em duas pesquisas de avaliação da incidência de eventos adversos em revisões retrospectivas de prontuários realizadas em hospitais de Nova York , Utah e Colorado . Sendo o termo evento adverso definido como dano causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de base , prolongando assim o tempo de permanência do paciente ou resultando em uma incapacidade presente no momento da alta . O documento apontou que cerca de 100 mil pessoas morreram em hospitais a cada ano vítima de eventos adversos relacionado com o cuidado à saúde apresentando assim preocupação com uma das dimensões da qualidade : a segurança do paciente . A publicação constatou que entre 44.000 e 98000 pacientes dos hospitais dos EUA morriam a cada ano em virtude de danos causados durante a prestação dos cuidados à saúde , assim como discutia as perdas humanas relacionadas a assistência, mostrando que a alta taxa de mortalidade era maior do que as atribuídas aos paciente com Aids , câncer de mama ou atropelamentos (Kohn et ali 2000 ) . Em 2002 , diante da repercussão internacional a Organização Mundial da Saúde ( OMS) , criou um grupo de trabalho com o objetivo de avaliar a segurança dos pacientes prestados pelos serviços de saúde da América Latina e Caribe . Em outubro de 2004 a OMS lança a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente por meio da Resolução na 57Assembléia Mundial da Saúde , que colocou em pauta diretrizes e estratégicas para motivar e divulgar em diferentes países , práticas voltadas para a segurança do paciente ( World , 2005) . Sendo atualmente usado a denominação pela WHO , Programa de Segurança do Paciente (WHO Patient Safety ) , voltado para prevenir riscos e danos aos paciente decorrente do processo do cuidado de saúde inseguro , (World, 2008) . O Primeiro Desafio Global da Aliança Mundial para Segurança do Paciente focou na prevenção e redução das Infecções Relacionadas à Assistência Segura /IRA , com o tema “Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Segura ” . A OMS priorizou duas áreas que foram definidas como desafios globais : reduzir a infecção associada ao cuidado de saúde , por meio da campanha da higiene das mãos e promover uma cirurgia mais segura pela adoção de uma lista de verificação de procedimentos antes , durante e após o ato cirúrgico (Anvisa ; Proqualis , 2013 ). No Brasil , final da década de 1990 e os primeiros anos da década de 2000, a preocupação com a temática segurança do paciente é amparada pelo Ministério da Saúde ( MS) , criando ações , debates e desenvolvendo pesquisas científica sobre a temática . Em 1999 , o Ministério da Saúde ( MS) cria a Agencia de Vigilância Sanitária / ANVISA com a missão de proteger , promover à saúde e evitar riscos inerentes aos cuidados garantindo a segurança sanitária dos produtos e serviços relacionado com à saúde . Em 2005 , é criado pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) , a Rede Internacional de Enfermagem e Segurança do Paciente , em Concepcion / Chile, com o objetivo de nortear e traçar tendências para o desenvolvimento de articulação e de cooperação entre instituições de saúde , para discussão e fortalecimento da assistência prestada pela enfermagem . Em 2008 , é criado no Brasil a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente REBRAESNP, formando grupos de enfermeiros de vários setores da Saúde com a finalidade de divulgar ações e iniciativas com base científica para diminuir riscos e garantir uma assistência segura reconhecendo o seu papel pela busca da qualidade do atendimento e da recuperação física e mental dos pacientes . Segundo a OMS a segurança do paciente corresponde a redução ao mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde . Sendo a questão de segurança do paciente ligada diretamente ao risco ou dano que o cuidado pode acarretar ao paciente diante de uma assistência insegura .(OMS 2009) Quando as pessoas se tornam paciente , depositam confiança em profissionais de saúde para determinar os diagnósticos , os tratamentos e os cuidados necessários para a recuperação da saúde , tendo o direito de exigir que assumam a responsabilidade , também pela garantia de sua segurança durante a implementação de todos os aspectos de atendimento ( Pereira 2007 ) Segundo a definição de erro da Organização Mundial da Saúde (OMS) __ o erro consiste na falha da execução de uma ação planejada de acordo com o desejado ou o desenvolvimento incorreto de um plano __ definição esta baseada nos trabalhos de James Reason ( 2000) Reason ( 2000) também através de sua tese afirma que a noção de que erros podem ser ativos ou latentes justificando assim o modelo de barreiras para chegar ao paciente . Os erros ativos são atos inseguros cometidos por quem está em contato direto com o sistema de saúde. Erros latentes são os atos ou ações evitáveis dentro do sistema que surgem a partir da gestão operacional . Um erro ativo pode se , por exemplo uma troca de medicamento , e o erro latente , a falta de medicamento no hospital .Reason parte do pressuposto de que é impossível eliminar falhas humanas e técnicas . Errar é humano , mas há mecanismos para evitar o erro e mitigar eventos adversos .( Reason ,2000 ) . Leape (1994) , destaca que a questão do erro durante a assistência deve ser repensado a fim de reduzir a ocorrência de um cuidado inseguro , isto é , reconhecer a falibilidade humana e a importância do sistema para a prevenção do erro . Essa falibilidade humana significa a quebra de um contrato simbólico entre o paciente e o profissional enfermeiro/a trazendo a tona a preocupação pelos desvios de padrões na assistência aos pacientes e que pode ser denominado ocorrência iatrogênica , descrita como eventos indesejáveis e inesperados que podem levar ou não a danos aos pacientes , sendo intencionais ou não. Um cuidado seguro aumenta resultados satisfatórios favorecendo bons resultados na recuperação do paciente , pois a segurança é a dimensão mais crítica e decisiva para o paciente ( Vicent , 2010). Desta forma , vários autores analisaram diversas situações do cotidiano de assistência segura aos paciente que não envolve só a enfermagem , mas toda a equipe de saúde . O objetivo da segurança na prática do cuidado é beneficiar o doente e evitar qualquer dano decorrente de cuidados inseguro visto que a dimensão do cuidado é uma atividade complexa, pois resulta da integração do profissional de enfermagem , paciente , família e tecnologia ( Mendes , 2011) Diante das novas normas e regulamentos o Programa de Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde ( OMS) define como prioritárias ações para a divulgação das iniciativas para a segurança do paciente ( WHO Patient Safety / 2010) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Gerenciar medicamentos com aparência e com nomes genéricos ( Look –Alike ,SuondAlike Medication Names ) . A fim de minimizar erro durante o preparo e a administração de medicamantos , é de suma importância a educação e o treinamento dos profissionais para reduzir o risco de erro . Identificação certa do paciente ( Patient Indentificatio ) . As falhas na correta identificação do paciente levam a freqüentes erros de medicação , de transfusão de hemoderivados , e a realização de procedimentos inseguros . Promover comunicação adequada durante a transferência do paciente ( Communication During Patient Hand-Overs) . A complexidade envolvida no cuidado com o paciente , seja pela incorporação da tecnológica , seja pela característica e gravidade do quadro clínico do paciente , requer não somente uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar , mas também uma participação efetiva do próprio paciente e seus familiares , garantindo assim uma correta comunicação durante a transmissão do caso Dessa forma a adequada comunicação é de fundamental importância para evitar problemas que podem resultar em sérios danos ao paciente por causar descontinuidade no cuidado e até tratamento inadequado . Realizar procedimento correto na parte correta do corpo ( Performance of Correct Procedure at Body Site ) . Os casos de cirurgias ou procedimentos na parte errada do corpo ocorrem e são consideradas evitáveis . Resultam de falhas de comunicação e informação além de falta de padronização dos procedimentos . A principal estratégia para auxiliar e reduzir os danos em cirurgia é a implantação do uso de uma Lista de Verificação , (checklist ) preparada por um especialista para ajudar a equipe . A lista padroniza os itens e auxilia a equipe nas seguintes fases : antes da indução anestésica , antes da incisão na pele e antes do paciente sair da sala cirúrgica . Controlar as soluções eletrolíticas concentradas ( Control f Concentrated Eletrolyte Solutions ) . As soluções eletrolíticas concentradas merecem especial atenção devido a sua grande utilização e ao alto risco de dano ao paciente , inclusive a morte , quando associado ao uso inadequado . Devendo ser armazenadas e manipuladas de forma controlada e segura . Garantir a adequação da medicação em todo o processo de cuidado ( Assuring Medication Accuracy at Transitions in Care ) . Erros de medicação são uma das causas mais frequênte que levam ao dano ou a morte do paciente Deve ser constituído um processo para prover medicamentos corretos aos pacientes em todo o momento do cuidado da saúde . Evitar conexão errada de cateter e de tubo de endotraqueal ( Avoiding Catheter and Tubing Mis-Connections ) . a conexão inadequada de tubos , seringas e cateteres leva ao extravasamento de fluidos e medicações provocando sérios danos ao paciente , tais como flebite e necrose , que ocorrem quando quimioterápicos ou outros medicamentos são aplicados fora do vaso sanguíneo . Melhorar a higiene das mãos para prevenir infecções associada aos cuidados de saúde (Improved Hand Hygiene to Prevent Health Care-Associated Infections ) . A higiene adequada das mãos é uma das medida mais importante , para prevenir e controlar infecções nos serviços de saúde . 9. Prevenir úlcera de pressão ( Prevention of pressure ulcer ) . a prevenção de lesão de pele requer , além de métodos preventivos , a avaliação do risco de desenvolver úlcera por pressão . O Lucian Leape Institute , estabelecido pela Fundação Nacional de Segurança do Paciente nos EUA , através de seus grandes especialistas na área de Segurança do Paciente , descreve a visão futura do que seria ideal para à assistência segura : (...) nos prevemos uma cultura que seja aberta , transparente , solidária e comprometida Com o aprendizado , onde médicos , enfermeiros e todos os que profissionais de saúde tratam uns aos outros e aos seus pacientes com competência e respeito , onde o interesse sobre o paciente é fundamental , e onde os doentes e família são plenamente envolvidos no cuidado . Prevemos uma cultura centrada no trabalho em equipe , fundamentada na missão e propósito , em que diretores e gestores das organizações se considerem responsáveis pela segurança do paciente e por aprender a melhorar.Em uma organização voltada para o aprendizado , onde cada voz é ouvida e cada profissional tenha poder para impedir falhas do sistema e corrigi-los quando eles ocorrerem . A cultura que nos encaramos aspira e se esforça para alcançar níveis sem precedentes de segurança , eficácia e satisfação nos cuidados de saúde .( Leape , 2010 ) Objetivo : Nortear uma reflexão sobre a trajetória direcionada para a assistência segura do paciente em UTI através de normas e resoluções da Organização Mundial da Saúde ( OMS) , Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS ) , Ministério da Saúde e Agência de Vigilância Sanitária / ANVISA , com a finalidade de se identificar dados que possam ser colocado em prática no cotidiano da assistência de enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva / UTI ; Prestar uma assistência segura e humanizada ao paciente crítico , tornando o cuidado de enfermagem em uma assistência de excelência e seguro , minimizando a ocorrência de riscos e danos pelas práticas indesejáveis nos cuidados de enfermagem na UTI . Metodologia : Para a metodologia foi usado como desenho dados de caráter qualitativo descritivo com abordagem de dados indexados em bases de dados ScieLo , BVS , WHO, OPAS e ANVISA e livros sobre a temática .Como recorte temporal teve preferência o período compreendido entre os anos 1997 á 2014 . RESULTADOS : Através das reflexões feitas em artigos em bancos de dados e literatura em livros e periódicos , desvelaram que a assistência segura ao paciente em uma UTI através das práticas inseridas em normas e resoluções preconizadas por organizações internacionais e nacionais é de primordial importância , e também que à assistência segura ao paciente crítico , seja fundamentada na cultura das boas práticas e humanização pelo cuidados seguro promovido pelo profissional enfermeiro/a e toda equipe de saúde . CONSIDERAÇÃO FINAL : Diante dessas reflexões podemos notar no transcorrer da pesquisa que a falta de um procedimento seguro durante a assistência prestada ao paciente crítico em Unidade de Terapia Intensiva (UTI ) apresentam erros e danos as vezes irreversíveis podendo causar sequêlas e até a morte . Diante disto cabe ao profissional enfermeiro/a prestar um cuidado seguro ,o que contribuirá para uma resposta satisfatória promovendo também um cuidado de excelência e a recuperação mais rápida do paciente . A assistência segura ao paciente em UTI , conduz a enfermagem no seu cotidiano a repensar os processos do cuidado com o objetivo de identificar precocemente a ocorrência de falhas que podem acarretar riscos e danos ao paciente crítico . É importante conhecer quais os procedimentos seguros dispensados aos pacientes , colocando em prática ações seguras de prevenção a fim de tornar o cuidado de enfermagem um procedimento de excelência e seguro . É importante assegurar que as medidas realizadas de forma segura e correta pelos enfermeiros e equipe de saúde por meio de seguimentos de barreira de segurança , protocolos específicos e normas preconizada pela Organização Mundial da Saúde ( OMS) , Organização Pan-Americana da Saúde e Ministério da Saúde ( MS) , podem prevenir e mitigar eventos adversos ao paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva / UTI. Cabe ressaltar também que o enfrentamento na redução do dano e riscos associados ao cuidado prestado ao paciente crítico dependerá da necessária mudança de cultura dos profissionais de enfermagem , do aperfeiçoamento , qualificação , boas práticas do cuidado e melhoria do ambiente de trabalho contribuindo assim para tornar o cuidado de enfermagem em uma assistência segura , pois , a segurança do paciente em uma UTI é um pré-requisito , é um direito , uma pré-condição é prioridade no processo de cuidar da enfermagem . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA ( Brasil ) .Boletim Informativo __ Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde , 2003 . Disponível em : http : // www.anvisa.gov.br / hotsite / segurancadopaciente / documentos/ junho/ modulo% 201% 20%20 Assistência . Leape L .Error in Medicine . JAMA . 1994 ; 272 ( 23 ) : 1851. Lucian Leape Institute . Roundtable on Reforming Medical Education . Unmet Need : Teaching Physicians to Provide Safe Patient Care . Boston MA : National Patient Safety Foundation ; 2010 . Kohn LT, Corrigan JM , Donaldson MS , McKay T , Pike KC . To err is human ; Building a Safer Health Syatem . Washington DC : National Academy Press ; 2000 . Mendes IAC et al . Papel que desempenã la tecnologia em la cultura de la seguridade de los pacientes . In : Enfermeía e y seguridade de los pacientes. Organização Pan-Americana de la Saúde . Washington , 2011 . Neuhauser D. Florence Nightingale gets no respect; as a statican that is . Qual Saf . Health Care . 2003 ; 12 : 317 . Organización Mundial de la Salud . Marco Conceptual de la Classificación Internacional para a seguridade del Paciente . Versión 1.1. Informe Técnico . Who 2009. D isponível em http://www.who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/icps_tecnical_report_es.pdf.ce ( Acesso em 25 jan. 2014 ) Pereira MLG . Errar é Humano : Estratégia para a busca da segurança do paciente In : Harada MJCS , organizadores .O Erro Humano e a Segurança do Paciente . São Paulo (SP): Atheneu ; 2006 ; 2ed. . p 1- 17 Proqualis/ Icit/Fiocruz . ( sd) Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente . disponível em : http://proqualis.net/. Reason , J. Human error : models and management . Brit. Med. J. 2000; ( 320 )768-770 Vicent. C. Patient Safety . Chicherter : Wiley – Blackwell ; 2010 World Health Organization . World Alliance for Patient Safety . First Global Patient Safety Challenge : Clean is Safer Care . Genebra ; 2005 . ( acesso em 16 de Janeiro 2014) . Disponível em : http://www.who.int/gpsc /5may/ World Health Organization .Alliance for Patient Safety : Second Global Patient Safety Challenge : Safety Surgery Lives . Genebra ; 2008 .(acesso em 22 de Janeiro2014)Disponível em : http://www.who.int/patientsafety/ pdf ( Acesso em 22 jan 2014)