TRRTP1-Lect I – Modern Physics A Teoria da Relatividade Restrita em 20 Lições A Física Pré-Einsteiniana Revisitada Operacionalidade e Conceitos Mecânicos ``Algo Velho, Algo Novo’’1 Poema Tradicional de Casamento em países Anglo-Saxónicos P orquê revisitar a Física Pré-Einsteiniana? A Ciencia não é algo estático e imutável. O que hoje se pode aceitar como “verdade cientifica” pode ser questionado e ser abandonado em face de novas evidencias (e.g., experimental) D esenvolvamos agora em maior detalhe alguns. Comecemos por introduzir o conceito de: Definição Operacional: Uma definição operacional de uma quantidade/observável físico define essa quantidade pela descrição de como essa quantidade pode ser medida/registada. I.e., estabelece uma definição completa dessa quantidade física com base num processo que podemos usar para determinar essa quantidade/observável. Neste contexto, (re-)introduzamos então as seguintes defínições (operacionais): 1. Evento/Acontecimento (E): Qualquer ocorrência física que pode ser considerada acontecer num determinado instante de tempo (t) [medido num relógio] e numa determinada localização espacial (x,y,z) [medido por réguas, por exemplo]. Note-se que o conceito de acontecimento constitui uma idealização: qualquer evento real tem necessáriamente uma extensão finita no espaço e no tempo. 2. Sistema de Referência/Referêncial (S): Rede rígida ou equivalente (idealizada) baseada num sistema de eixos coordenados, consistindo num número indeterminado de intervalos de medida espacial e um número indeterminado de relógios (sincronizados consistentemente), presentes em cada ponto do espaço. A origem espacial O define a localização no referencial onde outras localizações (de eventos) podem ser comparadas. As coordenadas espaciais são determinadas pelo sistema de eixos coordenados. A coordenada temporal do evento é determinada pelo relógio mais proximo desse evento. De forma mais precisa 3. Coordenadas espacio-temporais (t,x,y,x): Relativamente a um evento num dado referencial, são definidas por um número ordenado de números. Um, t, especifica o tempo em que um evento ocorre tal como registado pelo relógio do referencial mais próximo (ou idealmente, onde ocorre); os restantes números (x,y,z) especificam as coordenadas espacias onde o evento ocorre (ou idealmente onde está o relógio que coincidiu com o evento). 1 ``Something Old, Something New’’ 1 Paulo Vargas Moniz TRRTP1-Lect I – Modern Physics 4. Observador: Individuo (hipotético) que regista e relaciona medições feitas num referencial [Um sistema de referência é usualmente associado a um observador que o utiliza para proceder a medições (registos das cordenadas espacio-temporias de eventos)]. 5. Referencial (e Relógio) Inercial: Referencial onde a primeira lei de Newton (lei de inércia) é testada e determinada como válida em qualquer ponto do referencial e para qualquer instante (medido em relógios sincronos presentes no referencial). Tais relógios, presentes no referencial, dizem-se Inerciais se associados com e/ou como instrumentos para determinar a validade da primeira lei de Newton. Note-se que a definição de Referencial Inercial (RI) acima permite distinguir e classificar referenciais como sendo inerciais ou nãoinerciais. É uma definição operacional pois define referencial através da descrição de como construir um (ver definição de referencial) e identifica o que é inercial através de testes para determinar as suas caracteristicas. Comentário: Relembre-se que a primeira lei de Newton estabelece que qualquer corpo permanece no seu estado de repouso (v = 0) ou movimento uniforme em linha recta ( v const . ) a não ser que seja constragido a mudar o seu estado pela acção de uma força. Mais simplesmente, um objecto onde a soma de todas as forças externas exercida é nula, move-se em linha recta com velocidade constante. Exemplo: o caso de patinadora sobre gelo ou nave espacial (Pionner 10 or Voyager II) ``longe’’ de interações (e.g., fora do sistema solar) - se nenhuma força for exercida, continuarão o seu movimento idealmente sem parar e em linha recta com velocidade constante. Uma vez estabelecido o anterior, apresentemos um sumário de conceitos e relações físicas de mecânica Newtoniana, válidas e estabelecidas por meio de observadores associados a referenciais inerciais. Conceitos fundamentais: massa - m coordenadas espaciais - x,y,x Evento tempo - t Conceitos Derivados: velocidade (taxa de variação de posição com tempo) dx dy dz v v x , v y , vz dt dt dt 2 (1.1) TRRTP1-Lect I – Modern Physics A Teoria da Relatividade Restrita em 20 Lições aceleração (taxa de variação de velocidade com o tempo) d 2x d2y d 2z a a x 2 ,a y 2 ,a z 2 dt dt dt (1.2) Momento linear (produto de massa com velocidade) p mv (1.3) Força (taxa de variação temporal de momento linear) [Segunda lei de Newton] d p dv F m ma dt dt (1.4) (se massa for constante) Interação: [Terceira lei de Newton] A força exercida por um corpo A num corpo B, FAB , tem valor (magnitude) igual mas sentido contrário à força exercida por corpo B em A, FBA : FAB = - FBA , | FAB | = | FBA | (1.5) Conservação de momento linear: [consequência da 2a e 3a lei de Newton] Se soma de forças (força total) exercida num sistema é nula, o movimento linear total permanece constante d ptotal Ftotal Fi 0 0 ptotal const . dt i (1.6) Tomemos o exemplo de colisão de duas particulas A e B. Inicialmente, a particula A com massa mA (assumida como inalteravel) move-se na direção do eixo dos xx com velocidade inicial constante v A v iA e x . A particula B tem massa mB e está em repouso relativamente ao RI S. Depois da colisão, A fica em repouso e B adquire movimento no eixo dos xx. Assumindo que durante a colisão FAB = - FBA , em particular, FAB e x = - FBA e x , então integrando para o tempo em que as particulas interagiram obtemos Nota: Numa colisão, quando a força total é nula, o momento linear de cada objecto pode variar mas o momento total não muda. 3 Paulo Vargas Moniz TRRTP1-Lect I – Modern Physics F AB dt FBA dt m d vA A dt tempototal dt m d vB B dt tempo total dt (1.7) i.e., v Af 0 m v iA v Bf A dv A mB dv B m A v iA mB v Bf (1.8) 0 Trabalho (W): Produto de força actuante pelo deslocamento correspondente efectudo dW F dr F ( xex ye y zez ) (1.9) Energia Cinética ( E K ): variação de energia cinética E K é igual ao trabalho realizado por força total actuante. No caso simples de F Fe x e dr dxe x temos que vf dW F dx m dv dt dx mv dv W mvdv 12 m(v 2f vi2 ) E K f E K i (1.10) vi Energia potencial, (EP): Função de coordenadas tal que diferença entre seus valores na posição inicial e final é igual ao trabalho para mover objecto de posição inicial até posição final. Neste caso, a força diz-se conservativa. A conservação de energia é expressa por (para forças conservativas) E K f E pf E K i E ip (1.11) A Física Pré-Einsteiniana Revisitada Transformações de Galileo e Covariância D e forma a lidar com as questões atràs enunciadas, há que estabelecer e introduzir o Principio da Relatividade (de Galileo) presente na mecânica Newtoniana. 4 TRRTP1-Lect I – Modern Physics A Teoria da Relatividade Restrita em 20 Lições Principio da Relatividade: As leis da natureza2 são as mesmas em quaisquer 2 referenciais que se movam uniformemente (e em linha recta) um em relação ao outro. Formulação de Galileo Básicamente, o Principio da Relatividade estabelece que se uma experiencia mecânica idêntica é realizada por dois observadores nos RI respectivos (em “repouso” em Terra ou navio no porto, ou em movimento no mar, como no exemplo junto descrito), com condições iniciais idên-ticas, então os resultados serão identicos. Uma formulação mais precisa do Principio da Relatividade é a seguinte: Formulação operacional Principio da Relatividade: Se S é um RI e S' é outro referencial que se move com velocidade uniforme em relação a S, então S' é tambem um RI. As leis da mecânica Newtoniana são as mesmas em S e S'; não há experiencia (mecânica) que possa distinguir entre S e S'. O sentido em que “leis da Mecânica Newtoniana são as mesmas em quaisquer 2 RI” é o seguinte. Observadores em 2 RI podem atribuir valores diferentes a várias quantidades (como velocidade de um objecto), mas cada observador concordará que as equações matemáticas descrevendo leis físicas são satisfeitas tanto pelas suas observações como pelas de outro Observador no seu RI. As mesmas equações fundamentais descrevem as leis da Física em quaisquer RI. M as se 2 RI são equivalentes no que respeita à mecânica Newtoniana, podemos estabelecer alguma correspondência para determinar quantidades físicas (observáveis) num RI dado o seu valor noutro RI? Como variam e como se transformam os valores de determinadas quantidades medidas num RI, relativamente para outras quantidades e valores medidos e observados em outros RI, movendo-se com velocidade uniforme relativamente ao primeiro? A resposta a esta questão está presente nas Transformações de Coordenadas de Galileo. Comentários: (a) Note-se que as observações e experiencias onde o Principio da Relatividade (respeitante à mecânica Newtoniana) se baseia e aplica são relativos a v << c. Como será para v ~ c? (b) Igualmente, expressões (onde o Principio da Relatividade se exprime) dizem respeito apenas à Mecânica Newtoniana. Mas como será com outros fenómenos fisicos (i.e., electromagnetismo)? Permitirão fenómenos electromagnéticos distinguir entre RI e estados de movimento? Comecemos por uma forma mais simples (e mais operacional) da questão acima. Seja um evento E1, que ocorre num instante t1 (ou durante um intervalo dt) com coordenadas espaciais x,y,z (ou percorrendo coordenadas espaciais dx, dy, dz), quando registado num RI S. Quais são as coordenadas correspondentes ao mesmo acontecimento E1 quando observado num 2 No contexto formulado por Galileo e enquadrado na Mecânica Newtoniana, deve ser entendido como “leis da mecânica presentes na Natureza”. 5 Paulo Vargas Moniz TRRTP1-Lect I – Modern Physics referencial S', que se move com velocidade uniforme v relativamente a S na direcção do eixo dos xx? Comecemos por estabelecer que o observador correspondente ao RI S com eixos coordenados x,y,z e tempo t e o observador correspondente ao RI S', com eixos coordenados x',y',z', e tempo t', coincidem respectivamante em t=t'=0. Nesse instante, os observadores sincronizam relogios e fixam-no em valor comum: zero. As coordenadas temporais de E1 em S e S' são (em mecânica Newtoniana) t 1 t 1 (1.12a) e as coordenadas espaciais são tais que y1 y1 (1.12b) z1 z1 e x1 x1 v t1 (1.12c) dado que a origem dos RI no instante t1 estão separadas de vt1. As relacões acima são designadas de transformações de Galileo. A transformação inversa, i.e., se dados as coordenadas do evento em S' e pretendemos determinar as coordenads em S, é dada por t1 t1 (1.13a) y1 y1 z1 z1 (1.13b) x1 x1 v t 1 (1.13c) e as coordenadas espaciais são tais que e Relembremos então como outras quantidades se transformam e relacionam em diferentes RI, a partir das transformações de Galileo Transformação de velocidades: Seja um objecto que se move em S de acordo com r vt (1.14) i.e., x vx t y vy t z vz t 6 (1.15) TRRTP1-Lect I – Modern Physics A Teoria da Relatividade Restrita em 20 Lições (onde vx, vy, vz são as componentes de v no RI S) e que para instante t=0 estava em x=y=z=0. Para observador em S', que se move com velocidade uniforme V relativamente a S no eixo dos xx, as transformações de Galileo permitem exprimir x',t' e y',z' em termos de x,t e y,z (ver eq. (1.12.a -c)): x V t v x t x (v x V ) t o que representa que vx vx V (1.16a) (note-se que de acordo com Principio da Relatividade o RI S' também tem (!) que descrever o movimento do objecto de forma equivalente: movimento rectilineo e uniforme). De y=y' e t=t' (transformação de Galileo) vem que vy vy vz vz (1.16b) As relacões acima indicadas (1.16a-b) constituem a transformação de velocidades (Galileo) entre observadores em 2 RI. Mas note-se que as mesmas relações também se podem obter por diferenciação das transformacões de coordenadas de Galileo com respeito ao tempo. Em particular, vx dx dt d ( x V t ) dt vx V . Combinação de transformação de coordenadas: Sejam 2 observadores S' (com sistema de coordenadas x',y',z',t') e S'' (x'',y'',z'',t'') que se movem com velocidade V e U (uniforme e rectilineamente) no eixo dos xx relativamente a RI S (x,y,z,t). A transformação de coordernadas de S para S' é x x V t y y ; z z (1.17) t t e a correspondente para S e S'' é x x U t y y ; z z (1.18) t t Como é que S’ e S'' se relacionam? Eliminando x,y,z,t das expressões acima, temos 7 Paulo Vargas Moniz TRRTP1-Lect I – Modern Physics x x (U V ) t y y ; z z (1.19) t t onde U-V é o valor da velocidade relativa de observador S'' tal como medida por S'. Aceleração: Relativamente à aceleração, a forma como esta quantidade se relaciona em 2 RI pode ser facilmente extraida da transformação de velocidades. Diferenciando em relação ao tempo, tem-se que ax d vx d 2 x d 2 x 2 a x dt dt dt 2 (1.20) a y a y ; a z a z i.e., a a (1.21) tal que a e a são acelerações do objecto em S e S' respectivamente. O resultado era esperado, até sem utilizarmos equações: as velocidades de um objecto em S e S' (RI) diferem sempre por um valor constante; se a velocidade medida em S muda de v1 para v2, no mesmo intervalo de tempo S regista uma mudanca de v1-V para v2-V. O incremento é o mesmo e como a aceleração é a taxa de variação de velocidade com tempo, conclui-se o acima. Invariância da distância: Suponhamos que observadores inerciais S e S' (por exemplo, um observador numa estação em ``repouso'' e outro numa caruagem de comboio que se move com velocidade uniforme V no eixo dos xx) querem medir a distancia entre dois eventos E1 e E2 (por exemplo, entre 2 postes que poderão ser de iluminação quando estes se acendem simultaneamente em S). Para S, este determina que E1 ( x1 A, y1 , z1 , t1 t ) e E 2 ( x 2 B, y 2 , z2 , t 2 t ) são simultaneos e tal que distancia é x2-x1 = B -A. Para S', tem-se que para E1 (ver eq. (1.12a-c)) x1 x1 V t1 A V t1 (1.22) (i.e., S' regista E1 em t’1) e para E2 x 2 x 2 V t 2 B V t 2 8 (1.23) TRRTP1-Lect I – Modern Physics A Teoria da Relatividade Restrita em 20 Lições (i.e., S' regista E2 em t’2). Assim para S', a diferença de registos para a distancia é x 2 x1 B A V (t 2 t1 ) (1.24) Dado que postes se ``movem'' em S', a determinação de posições tem que ser feita ao mesmo tempo t’2= t’1(=t2=t1) se registos em S' são supostos fornecer uma distancia. Vem que então x 2 x1 B A (1.25) Por outras palavras, apenas se acontecimentos/eventos E1 e E2 são simultâneos em S e S´, então a distância é invariante. Como tempo é absoluto em Mecânica Newtoniana, não há problema em deduzir (1.25). Mas se a simultaniedade fôr relativa (ver Lição 6) então dois acontecimentos simultâneos em S poderão não o ser em S´. Neste contexto, as distâncias ja não são invariantes. A nalisemos agora em mais detalhe as noções de invariância e covariância. A aceleração é pois um invariante no contexto de Relatividade em mecânica Newtoniana. A presença de invariantes em modelos e teorias físicas é importante e traduz a presenca de propriedades (de equivalencia e simetria) fundamentais em sistemas fisicos. Como vimos anterirormente, o principio da Relatividade estabelece que as leis da física (mecânica Newtoniana) são as mesmas em qualquer RI. Este principio pode ser re-estabelecido como um requerimento nas propriedades matemáticas das leis fisicas. Em particular, baseada na noção de invariância quando aplicada a estas quantidades. Uma lei física expressa uma relação matemática entre quantidades como a velocidade, aceleração ou força. Essas quantidades são medidas num RI S. Utilizando as transformações de Galileo, o valor destas quantidades pode ser transformado no valor correspondente em outros RI S'. Se essas quantidades se relacionam em S' da mesma forma que como em S, então essa relação diz-se covariante sob acção dessa transformação de coordenadas (transformações de Galileo no caso de mecânica Newtoniana, como temos vindo a considerar). Como exemplo, seja F ma (2a lei de Newton) que assumimos como verificado em S. F é a força actuante em corpo de massa m produzindo aceleração a . Vimos anteriormente que a aceleração é invariante: a a . Por outro lado, em mecânica Newtoniana, tem-se a massa como propriedade intrinseca dos corpos e por isso imutável. Assim m=m' Então, tem-se que de F ma em S se obtem F m a em S' se e só se F F . I.e., se força também for invariante. Este aspecto só pode ser determinado caso a caso. Na situação de atracção gravitacional entre 2 corpos, dado pela lei de Newton, 9 Paulo Vargas Moniz TRRTP1-Lect I – Modern Physics F Gm1 m2 r 2 er tem-se que F F dado que m1, m2 e r são invariantes nas transformações de Galileo. Assim as leis de mecânica de Newton dizem-se covariantes com respeito às tranformações de Galileo. Mas tal situação não acontece no caso do electromagnetismo! As leis do electromagnetismo estão codificadas no sistema de equações de Maxwell. Assumindo que são validas num determinado RI S, e fazendo uma transformação de coordenadas de Galileo para outro RI S', as equacões de Maxwell em S não têm a mesma forma que em S': não são covariantes nas transformações de Galileo. Surgem então 3 alternativas: (i) O principio da relatividade não se aplica ao electromagnetismo (e óptica). As equações de Maxwell são apenas válidas num RI particular. (ii) O principio da relatividade aplica-se ao electromagnetismo mas equacões de Maxwell são apenas aproximadamente correctas; tem que ser substituidas por equações que sejam estritamente covariantes. iii) O principio da relatividade aplica-se universalmente (i.e., a toda a fisica e não apenas à mecânica Newtoniana) e equações de Maxwell estão correctas. As transformações de coordenadas de Galileo não estão correctas. A alternativa (i) era a favorita no séc. XIX. Postulou-se que existia um RI particular, o referencial do éter (meio hipotético onde ondas luminosas - electromagneticas oscilam e progridem) onde equações de Maxwell são validas. A. Einstein rejeitou essa via e corajosamente arriscou formular que (iii) era a correcta. Essa assunção levou-o a estabelecer a Teoria da Relatividade Restrita ou Especial (TRR). Note-se no entanto que (i) permitia considerar uma hipótese curiosa: Distinguir (usando meios que não exclusivamente mecânicos) entre RI. O principio da relatividade em mecânica Newtoniana não abrange fenómenos electromagneticos - ou ópticos - apenas diz respeito a fenómenos mecânicos, e com estes não se podem distinguir RI. Mas em (i) os resultados de experiencias associados a equações de Maxwell dependem do movimento do observador relativamente a esse RI particular. Assim poder-se-ia (se (i) fosse válida) distinguir entre RI. 10