1 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PORTO BELO 2010 - 2013 PORTO BELO/SC Março, 2010 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 2 PREFEITO Albert Stadler VICE-PREFEITO Osvaldo Claudino Ramos Filho SECRETARIO DE SAÚDE Antonio Ballestero Garcia Junior PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 3 ELABORAÇÃO ASSESSORIA TÉCNICA: Graciele Rejane Ledur Indaiára Viero Vanessa Roziana Marques Toazza Jociele Cristina Delazere Márcia Edler Gaspary PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 4 DIRETORA DO DEP. DE SAÚDE PÚBLICA Graciele Rejane Ledur DIRETORA DO. DEP. DE SAÚDE E SANEAMENTO Rosélis Régis DIRETORA DO DEP. DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Indaiára Viero DIRETORA DO DEP. DE SANEAMENTO BÁSICO Léa de Lourdes Martins GESTORA DE SAÚDE BUCAL Vanessa Roziana Marques Toazza MÉDICA AUDITORA E REGULADORA Márcia Edler Gaspary ENFERMEIRA RESPONSÁVEL PELA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGIA Jociele Cristina Delazere RESPONSÁVEL PELO SETOR TÉCNICO ADMINISTRATIVO Sandra Mara Wirth SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO: Av. Governador Celso Ramos – 701 – Bairro Vila Nova Porto Belo/SC Fone/fax: (47) 3369 6020 Email: [email protected] PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 5 Missão: GARANTIR A PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE, BEM COMO ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA POPULAÇÃO, BASEADO NOS PRINCÍPIOS DA ACESSIBILIDADE,RESOLUTIVIDADE, HUMANIZAÇÃO, ACOLHIMENTO E CIDADANIA. “PARA QUEM SABE PARA ONDE QUER IR, SEMPRE HÁ MUITOS CAMINHOS”. (GANDIN, 2000) PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 6 Plano Municipal de Saúde aprovado em reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde no dia 25 de março de 2010 através da Resolução Nº 02/2010. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 7 APRESENTAÇÃO A saúde relaciona-se diretamente com o bem estar físico e mental. Diversos aspectos da vida cotidiana têm influência direta na manutenção do equilíbrio fisiológico dos órgãos e sistemas no corpo humano. Estes fatores externos, que envolvem a vida em sociedade, muitas vezes tem tornado esse equilíbrio interno uma tarefa difícil. O bem estar da família, as condições de moradia, de trabalho e renda, de lazer, além de outras razões que impliquem em melhoria na qualidade de vida, são condições que tem transcendência fundamental na saúde coletiva. Nesta perspectiva, o Sistema Único de Saúde está sendo construído, ao longo das últimas décadas, com participação de gestores, usuários e profissionais da área de saúde. Sabemos que as demandas de saúde são ilimitadas. Conhecemos que os recursos são limitados. Cabe então ao conjunto da sociedade eleger prioridades para que se utilize com máxima otimização os recursos financeiros existentes. Portanto, é preciso que o Plano Municipal de Saúde aponte soluções exeqüíveis, com compromissos assumidos por todos os atores, com normas e regras claras e que sigam as principais diretrizes de universalidade, equidade e integralidade, voltadas para a qualificação da atenção, e educação do usuário, tanto em relação aos seus direitos quanto aos seus deveres quanto cidadão, com a finalidade de cumprirmos os objetivos e metas traçados para utilização adequada do SUS. Para uma efetiva gestão participativa é preciso ainda que o gestor municipal tenha apoio para fazer o que deverá ser feito e tome decisões certas no momento certo. O Plano Municipal de Saúde de Porto Belo traz como meta a visualização de um futuro melhor, construído de forma participativa e com maturidade, priorizando iniciativas a partir de necessidades apontadas pela comunidade e pelos profissionais de saúde nela envolvidos, concretizando as expectativas da população, focadas no aprimoramento da sua qualidade de vida. Agradecendo a todos que participaram e contribuíram de uma forma, tão especial, expressamos a nossa expectativa de que de que o Plano Municipal de Saúde seja referência para a gestão da saúde em Porto Belo e para o controle social, possibilitando avanços neste setor para melhorar a saúde da população portobelense. Antonio Ballestero Garcia Junior SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 8 SUMÁRIO PARTE I INTRODUÇÃO 09 PARTE II ANÁLISE SITUACIONAL 1. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SÓCIO-ECONÔMICOS Caracterização do território 13 13 Aspectos Econômicos 15 Aspectos Geográficos 15 Aspectos Demográficos 18 Condições sócio-econômicas 20 PARTE III 13 2. SITUAÇÃO DE SAÚDE Mortalidade 25 Morbidade 32 Condição do Serviço de Saúde Bucal 39 3. O SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE Atenção Básica em Saúde 41 Atenção Especializada 53 Assistência Farmacêutica 56 Vigilância em Saúde 57 25 42 4. GESTÃO DE SAÚDE 62 FORMULAÇÃO DOS COMPROMISSOS PRIORIDADES OBJETIVOS, DIRETRIZES E METAS 1. Com relação à Atenção Integral à Saúde 71 71 73 2. Com relação às Condições de Saúde 80 3. Com relação à Vigilância em Saúde 83 4. Com relação à Gestão e Financiamento da Saúde 86 5. Com relação à Participação Social 89 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 73 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 9 PARTE I - INTRODUÇÃO O Sistema único de Saúde (SUS) é uma formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde. Estabelecida pela Constituição Brasileira de 1988 e por leis que a regulamentam, é um sistema novo e ainda em construção. O SUS há deve ser entendido em seus objetivos finais dar assistência à população baseada no modelo da promoção, proteção e recuperação da saúde – para que assim busquemos os meios - processos, estruturas e métodos - capazes de alcançar tais objetivos com eficiência e eficácia e, torná-lo efetivo em nosso país. Estes meios, orientados pelos princípios organizacionais de descentralização, regionalização, hierarquização, resolutividade, participação social e complementaridade do setor privado, devem constituir-se em objetivos estratégicos que dêem consistência ao modelo de atenção à saúde desejado. O SUS norteia-se pelos seguintes princípios doutrinários: - Universalidade - Equidade - Integralidade Princípios são as idéias fundamentais em torno das quais se estrutura a instituição. São valores e convicções a serem seguidos no âmbito do Sistema Municipal de Saúde, para que sejam traçadas suas diretrizes, objetivos e metas. O município de Porto Belo adota a Estratégia de Saúde da Família como modelo de atenção integral à saúde, incorporando e consolidando os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo então os seguintes princípios da gestão da saúde do município de Porto Belo : UNIVERSALIDADE É o princípio constitucional de que saúde é um direito de todos e dever do Estado, portanto é a garantia de acesso de toda população aos serviços de saúde de qualidade e resolutivos, viabilizada pelo planejamento e programação em saúde. INTEGRALIDADE É o princípio pelo qual as ações de saúde terão uma abordagem integral e contínua do indivíduo e da coletividade no contexto familiar e social, englobando atividades de promoção de saúde, prevenção e vigilância de riscos, danos e agravos, concomitantes com as ações de assistência e reabilitação. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 10 EQUIDADE Este princípio estabelece que o poder público deve promover a atenção à saúde para toda população e de forma equânime, considerando as diferenças individuais e de grupos populacionais específicos. Portanto, os investimentos serão maiores para aqueles que mais necessitam, adequando a oferta de serviços aos princípios da justiça social. DESCENTRALIZAÇÃO/REGIONALIZAÇÃO Por este princípio as decisões técnicas e de gestão levam em consideração as questões locais de saúde, ou seja, instâncias decisórias mais próximas da população usuária. A descentralização se viabiliza através do fortalecimento e qualificação das Regionais de Saúde. HIERARQUIZAÇÃO Princípio que estabelece a forma de integração e articulação dos serviços de atenção básica com os demais níveis do sistema SUS, garantindo que a porta de entrada seja a unidade básica de saúde. HUMANIZAÇÃO Este princípio operacionaliza o desenvolvimento das ações promotoras de saúde a partir da troca e construção de saberes baseadas na valorização e respeito às particularidades dos diversos atores sociais. PARTICIPAÇÃO SOCIAL Princípio pelo qual se garante a participação da comunidade nas decisões que definem as prioridades e diretrizes da gestão dos serviços de saúde através das instâncias constituídas, socializando o conhecimento do processo saúde-doença e do sistema de saúde. ACESSIBILIDADE É a adequação das características dos serviços e dos recursos de saúde para facilitar o seu acesso pelos usuários. RESOLUTIVIDADE É a capacidade de oferta de um atendimento eficiente e efetivo, preferencialmente na atenção básica; ou a garantia de encaminhamento para um serviço de maior nível de complexidade. CIDADANIA Conjunto de direitos e deveres que permite a pessoa de participar ativamente da vida política, econômica e social do governo de seu povo. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 11 Desta forma a política de saúde deve ser direcionada para a prevenção das doenças e não somente para a sua recuperação. Isto exige que o atendimento deva ser feito também para erradicar as causas e diminuir os riscos, além de tratar os danos. Este Plano Municipal de Saúde, aprovado pela Resolução Nº /CMS/2010, é resultante do exercício democrático na formulação das políticas públicas e deverá constituir-se em instrumento de trabalho de referência para a gestão da saúde no município de Porto Belo, no período de 2010 - 2013, permitindo a adoção de estratégias intersetoriais capazes de modificar a realidade sanitária/epidemiológica, com o envolvimento dos diferentes atores sociais interessados na busca da qualidade de vida e do desenvolvimento social da população. Mais do que o cumprir as exigências formais previstas nas Leis 8.080/90 e 8.142/90, o Plano de Saúde concretiza o compromisso do gestor na consolidação do SUS e é fruto do resultado de diversas rodadas de discussão dos setores integrantes do Sistema Municipal de Saúde, a partir da análise dos relatórios de gestão e outros documentos referenciais. Procurou-se conciliar a realidade municipal com os diversos recursos do SUS e por esta razão, apesar da identificação da grande necessidade de expansão da oferta assistencial, houve a nítida decisão de embasar as prioridades nas possibilidades concretas de viabilidade financeira e executiva, a fim de não tornar este plano uma peça apenas formal. O Plano Municipal de Saúde encontra-se estruturado seguindo a lógica do documento nacional, dividido em três partes distintas: 1. Introdução; 2. Análise situacional do município de Porto Belo; e 3. Formulação dos compromissos de gestão. A operacionalização do Plano de Saúde dar-se-á mediante a programação anual e seus projetos, nos quais serão definidas as ações e atividades específicas que culminem em conseqüências práticas de sua execução. Desta forma, entendemos que o Plano de Saúde é um instrumento dinâmico, a ser consultado periodicamente e analisado a cada ano, principalmente no sentido de monitorar e avaliar a efetividade das ações propostas em relação às necessidades evidenciadas. Portanto, a missão da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Belo é defender a vida, satisfazendo as necessidades de saúde da população, através de um sistema de saúde humanizado, com responsabilização, acesso, vínculo, acolhimento, gestão PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 12 participativa, trabalho em equipe multiprofissional, de forma transdisciplinar e autonomia dos processos de trabalho. A saúde é um direito de cidadania e é dever de todo gestor, gerar políticas para atender as necessidades da população. A construção deste documento faz parte do cumprimento do nosso dever como gestor público. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 13 PARTE II – ANÁLISE SITUACIONAL 1 . A SP E CT O S DEMO G RÁ FI CO S E SÓ CI O -E CO NÔ MI CO S CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO Considerada uma das regiões mais bonitas do litoral brasileiro, Porto Belo tem em seu território algumas das praias mais concorridas do Estado e do Brasil. A população nativa conserva as tradições dos antepassados, com destaque para o folclore do Boi-de-Mamão, o Terno de Reis e a Queima de Cruzes. Durante o verão, muitos cruzeiros marítimos, de passagem pelo litoral catarinense, ancoram nas águas de Porto Belo e convidam os passageiros a visitar a cidade, que faz parte dos melhores roteiros turísticos. - Data de Fundação - 13 de outubro de 1832. - Datas Festivas - 13 de outubro (aniversário da cidade), a segunda sexta-feira de junho (Sagrado Coração de Jesus), 29 de junho (Consagração a São Pedro) e 06 de agosto (Dia de Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da cidade). - Principais Atividades Econômicas: Pesca e turismo. - População: 14.233 moradores fixos e mais de 60.000 habitantes durante o verão. (IBGE 2009) - Colonização: Açoriana e Quilombola. - Principais Etnias: Açoriana. - Localização: Litoral Norte, a 65 km de Florianópolis. - Área: 92,76 Km2. - Bioma: Mata Atlântica - Clima: Mesotérmico semi-úmido, com temperatura média de 18ºC. - Altitude: 01 m acima do nível do mar. - Cidades Próximas: Itajaí, Bombinhas, Penha, Itapema, Florianópolis. COLONIZAÇÃO Logo após o descobrimento do Brasil, a região da Enseada das Garoupas, muitas vezes foi visitada pelos portugueses, na tentativa de ocupar e colonizar suas terras. Porém, esta terra não era rica em jazidas de ouro, o grande interesse da coroa PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 14 portuguesa na época. Relatos dos navegadores eram sempre os mesmos “pobres em mina de ouro, as serras são muito próximas do mar, sendo suas terras alagadiças e impróprias para a agricultura”. Mas não deixam nunca de descrever a existência de uma enseada de águas tranqüilas e navegáveis, aninhando em suas águas uma pequena ilha nesta enseada, onde os navios poderiam abrigar-se de tempestades e ventos, em total segurança. Em l703 aconteceu a primeira tentativa isolada de ocupação dessa terra. O português Domingos de Oliveira Rosa fixou-se na Enseada, a procura de ouro. Desistiu logo em seguida, pois as jazidas eram pobres e não lhe deram o retorno necessário. Em meados do século XVIII, teve inicio o projeto do Governo Português de colonização açoriana no litoral catarinense, iniciou-se os povoamentos secundários. Foram enviados 60 casais vindos do Arquipélago dos Açores para iniciaram uma povoação, hoje, Porto Belo. O crescimento desse povoado foi lento e difícil, devido as dificuldades com o clima e ao ataque dos espanhóis. Ficou entregue a própria sorte, pois estava longe do centro administrativo da capitania de Santa Catarina. Em 1818, o povoado da enseada das Garoupas foi elevado à condição de Colônia com o nome de Nova Ericeira. Foram trazidas 101 pessoas entre homens e mulheres da localidade de Ericeira, uma colônia de pescadores, de Portugal continental. Tinham o objetivo de darem início a atividade pesqueira na região. O nome Nova Ericeira, não chegou a se consolidar, continuando o local a chamar-se Enseada das Garoupas até 18 de dezembro de 1824, quando passou a denominar-se Vila de São Bom Jesus dos Aflitos de Porto Belo. Este nome surgiu, devido as suas belezas naturais e a tranqüilidade dessas águas. Em 13 de outubro de 1832 foi elevada a categoria de Município e teve a sua instalação em 7 de julho de 1837. CULTURA O artesanato de Porto Belo é bastante variado e a atividade pesqueira incentiva a fabricação artesanal de artefatos de pesca em miniatura como: redes, tarrafa, barcos e remos. Também encontramos artesãos locais produzindo: cerâmicas, pinturas, entalhe em madeira, quadros náuticos, trabalhos em couro, tarrafas, redes e cestarias. Importante artesanato de influência açoriana, que merece destaque, são as PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 15 famosas Rendas de Bilro, feitas por senhoras da comunidade que se reúnem no tradicional Clube de Mães de Porto Belo. Outra produção artesanal que merece destaque é a construção naval, Porto Belo tem vários estaleiros produzindo embarcações do tipo Baleeiras, botes, lanchas e canoas. ASPECTOS ECONÔMICOS A economia do município de Porto Belo vem crescendo continuamente nos últimos anos, graças às atividades turísticas que estão sendo desenvolvidas. Devido a esse crescimento constante, o município vem sofrendo com a necessidade de melhorar a infra-estrutura, a rede viária e o saneamento básico. Outro setor que tem grande importância para a economia portobelense é o extrativismo animal, sendo a pesca, artesanal e industrial, a base de nossa economia. Porto Belo também apresenta uma pequena variedade de indústrias e um comércio local bem desenvolvido, com diversos prestadores de serviços. As principais indústrias são: pesca, esquadrias, agropecuária e artefatos de cimento e construção civil. A agricultura também está presente no município, onde a estrutura fundiária é predominante, com propriedades de até 50 ha, sendo que dos 163 estabelecimentos rurais, 88% são caracterizados como minifúndios, e ocupam aproximadamente de 30% do total de terras agrícolas do município. As principais culturas são: banana, cana de açúcar, feijão, mandioca, milho, batata, arroz e tomate. A pecuária está presente com a bovinocultura, que é considerada em 80% das propriedades rurais, como atividade secundária. Já a avicultura, está presente através de uma fábrica de ovos de grande produção. A extração de madeira é utilizada por algumas propriedades, sendo utilizada como fonte de combustível para fornos e fogões, para a fabricação de carvão e beneficiamento. Toda a economia que movimenta Porto Belo, gera uma renda média de ordem de três salários mínimos por família. Nossa população ecomicamente ativa é de 38,7% no seu total, sendo que 63,8% masculina e 36,2% feminina. ASPECTOS GEOGRÁFICOS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 16 Porto Belo localiza-se na zona fisiográfica de Florianópolis. A cidade fica a 47 km, em linha reta, da Capital do Estado e a 7 km da BR-101. O município é integrante da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-açu - AMFRI. Possui área total de 95 Km², com as seguintes coordenadas geográficas: 27 9' 28" de latitude sul e 48 33' 11" de longitude a oeste de Greenwich. Seus limites municipais são: ao Norte, com os municípios de Itapema e Camboriú e Oceano Atlântico; ao Oeste, com o município de Tijucas; ao Sul, com o município de Tijucas, Bombinhas e o Oceano Atlântico e a Leste, com o município de Bombinhas. Possui clima mesotérmico semi-úmido, sem estações de seca e com verões quentes. A temperatura média anual é de 18° C, com máxima de 36o C e mínima de 10o C. O solo de Porto Belo tem sua formação geológica em discordância, período Arqueano, de granito-gnaissis, migniatitos e quartizitos. Sua costa é bastante recortada dando lugar a praias e enseadas. Figura 01: Mapa de Porto Belo Fonte: http://www.litoraldesantacatarina.com/portobelo/mapa-de-porto-belo.php PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 17 Principais praias: PRAIA DO PEREQUÊ- O nome vem do Tupi-Guarani “Pira-Iquê” (local de entrada de peixes para comer e desovar). Maior praia do município, arborizada, própria para banho, esportes de areia e náuticos. COSTÃO DAS VIEIRAS- A origem do nome refere-se as vieiras que se criavam nesse local, um comestível marinho de uma concha bivalve. Costão de pedras encravadas em uma bela montanha entre Perequê e a baía de Porto Belo. PRAIA DE PORTO BELO- A praia de Porto Belo está situada na sede do município tendo suas águas tranqüilas protegidas pela Ilha João da Cunha. No meio da praia encontramos as “panelas de bugre”, vestígios dos índios carijós, da tribo Tupi – Guarani que habitavam esta região e formavam estas superfícies polidas nas rochas através da preparação de suas armas e ferramentas. PRAÇA DOS PESCADORES - Local com fortes traços açorianos, é onde fica concentrado os pescadores nativos, conhecedores de muitas histórias e que conduzem os visitantes em suas embarcações artesanais pela calma baía até a ilha de Porto Belo. ILHA JOÃO DA CUNHA - Localizada na sede do município a belíssima Ilha João da Cunha distante apenas 900 metros do continente, e ainda hoje conserva características naturais. A flora nativa surpreende qualquer paisagista e fotógrafos que são brindados com raras espécies de bromélias, e a luz do sol através das copas de antigas árvores nativas. Atualmente, a Ilha conta com infra-estrutura como ancoradouro, quiosques na praia, restaurantes de comidas típicas, trilha ecológica e a interessante Adventure House, a base da aventureira Família Schurmann. PRAIA DO BAIXIO- A praia do Baixio está localizada defronte a Ilha João da Cunha e este detalhe a torna especial. Também possui tranqüilidade marcante e condições para a pratica de esportes de areia (futebol, vôlei e outros) e náuticos (vela, jet sky e outros). Um belíssimo pôr-do-sol pode ser observado aqui. MORRO DA TV- Localiza-se no centro do município, imponente e receptivo a adeptos das caminhadas que são brindados, lá no alto, com uma maravilhosa vista panorâmica de quase todo litoral de Porto Belo. PRAIA DO ARAÇÁ- Verdadeira vila de pescadores, a localidade do Araçá (nome derivado de uma pequena fruta característica da região) seu povo conserva os costumes dos primeiros colonizados em suas manifestações populares (boi-de-mamão, terno-de-reis, pau-de-fita) e suas condições de maior porto pesqueiro da região faz com que seus habitantes, na maioria, vivam exclusivamente da pesca. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 18 ENSEADA DO CAIXA D’AÇO- Porto natural conhecido internacionalmente, sua denominação foi atribuída em 1777, pelo almirante português Robert MacDouall, por considerá-lo seguro como uma caixa forte. PRAIA DO ESTALEIRO- Praia agreste, de águas incrivelmente transparentes, próprias para banho e excelentes para mergulho. A vegetação exuberante e os costões também contribuem com o visual desta belíssima praia. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Segundo dados fornecidos pelo IBGE em 2000, a população do município de Porto Belo era de ordem de 10.522 habitantes; sendo 659 na zona rural e 9.863 na zona urbana. No censo (IBGE) 2007, estava em 13.232 habitantes e em (IBGE)2009, já atinge 14.228 habitantes. A densidade demográfica é de aproximadamente 140 habitantes /km2,sendo que este número aumenta sensivelmente nas temporadas de verão, devido ao grande fluxo de turistas. Comparando as pirâmides que representam a estrutura etária da população nos anos censitários (Figura 2), percebe-se alteração significativa na sua forma, característica do processo de transição demográfica. Figura 2: Pirâmides etárias da população de Porto Belo, 1998 e 2008. MASC 1998 FEM faixa etária 80 E MAIS 70-79 60-69 50-59 40-49 30-39 20-29 10-19 0-9 25 20 15 10 5 0 5 10 15 20 25 percentual PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 19 MASC 2008 FEM percentual 80 E MAIS 70-79 60-69 50-59 40-49 30-39 20-29 10-19 0-9 25 20 15 10 5 0 5 10 15 20 25 faixa etária Fonte: IBGE A população de Porto Belo, estimada para o ano de 2009 é de 14.232 habitantes e representa 2,25% da população estadual. No período de 1996 a 2009, o município teve uma taxa média de crescimento anual de 87,16%, passando de 7.604 habitantes em 1996 para 14.232 em 2009. Tabela 1: População por faixa etária e sexo. Porto Belo, 2007. Faixa Etária Masculino Nº % 8.75 522 9.65 985 9.20 10.42 498 9.20 1049 9.80 10 a 14 542 15 a 19 550 10.25 531 9.81 1.073 10.02 10.40 531 9.80 1.081 10.10 20 a 24 464 8.77 450 8.31 914 8.53 25 a 29 438 8.28 439 8.10 877 8.20 30 a 34 426 8.06 461 8.52 887 8.29 35 a 39 456 40 a 44 349 8.62 456 8.42 912 8.52 6.60 339 6.26 688 6.42 45 a 49 277 50 a 54 221 5.24 322 5.94 599 5.60 4.18 206 3.80 427 3.99 55 a 59 132 60 ou + 422 2.50 156 2.89 288 2.70 7.97 100,0 503 5.414 9.29 925 100,0 10.705 8.64 100,0 5.291 % Total Nº 0 a 4 463 5 a 9 551 Total Feminino Nº % Fonte: IBGE, Censos e estimativas demográficas. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 20 A Tabela 1 apresenta a população estratificada por faixa etária e sexo, estimada para 2007. Observa-se que quase a metade do contingente populacional (40.73%) está concentrada na faixa etária de 0 a 19 anos. Enquanto que na faixa etária de 55 a 59 anos apresenta somente 2,8% do total, mas a população entre 20 a 39 anos abarca e um quarto (26,5%) da população. Os maiores de 60 anos residentes no município já correspondem a 8,97%, do total, sendo que 50,3% das pessoas nesta faixa etária são mulheres. Comparando as pirâmides que representam a estrutura etária da população nos anos censitários (Figura 2), percebe-se alteração significativa na sua forma, característica do processo de transição demográfica. As alterações ocorridas também se refletem no comportamento da expectativa de vida ao nascer e do índice de envelhecimento. A esperança de vida ao nascer teve uma diminuição de 74,34 anos em 1996 para 73,80 anos em 2007, representando um perda de 0.54 anos no período. A Tabela 2 mostra que as mulheres residentes no município têm uma esperança de vida 9,04 anos maior que a dos homens. Tabela 2: Esperança de vida ao nascer, segundo sexo. Porto Belo, 1996-2007. Ano Esperança de Vida ao Nascer Masculino Feminino Total 1996 74,29 75,62 74,34 1997 63,47 74,63 68,27 1998 67,45 74,10 70,45 1999 57,77 70,68 63,57 2000 79,44 79,43 77,74 2001 69,32 80,57 73,94 2002 72,35 82,23 76,77 2003 72,51 79,81 75,84 2004 72,95 77,70 74,15 2005 69,23 78,24 74,78 2006 69,23 80,28 74,24 2007 69,80 78,84 73,80 Fonte: Caderno de Informações em Saúde - Tábua de Vida (SES/SC) CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 21 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o nível de desenvolvimento humano dos países, estados e cidades, utilizando como critério a educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade, (expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano de Porto Belo foi de 0,803, o que é considerado alto (IDH-M maior que 0,8). Tabela 3: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes. Porto Belo, 1991 e 2000. 1991 2000 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,716 0,803 Educação 0,766 0,859 Renda 0,658 0,734 Longevidade 0,725 0,816 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (PNUD, IPEA, Fundação João Pinheiro) No período de 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Porto Belo cresceu de 0,716 para 0,803 (Tabela 3). Observa-se que neste período a dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi à educação. Investimentos em saúde com impacto na longevidade também podem contribuir positivamente com o IDH. EDUCAÇÃO Os resultados abaixo se referem à matrícula inicial na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, no Ensino Médio (inclui o médio integrado e normal magistério), no Ensino Regular, na Educação Especial e na Educação de Jovens e Adultos presencial com avaliação no processo das redes estaduais e municipais e o total de matrículas nestas redes de ensino de Porto Belo. Tabela 04: Dados do censo escolar 2007 de Porto Belo. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 22 Matrícula inicial Ensino Regular Educação Especial (Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluídos) EJA MUNICÍPIO Infantil Fundamental EJA Presencial Infantil Fundamental Médio EJA Presencial Médio e Médio e Integrado Integrado PréAnos Anos a Educ. PréAnos Anos a Educ. Creche escola Iniciais Finais Médio Fundamental Prof. Creche escola Iniciais Finais Médio Fundamental Prof. PORTO BELO Estadual Urbana 0 0 177 557 Estadual Rural 0 0 0 0 Municipal Urbana 237 309 812 151 Municipal Rural 0 21 83 0 Estadual e Municipal 237 330 1.072 708 Fonte: Censo Escolar, INEP, 2007. Médio 269 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 269 29 0 0 1 5 0 0 0 0 Os dados censitários sobre o nível educacional da população de Porto Belo estão apresentados na Tabela 5 e refletem um desempenho bastante favorável, como a queda de 7,22 na taxa de analfabetismo no ano de 2000 em relação a 1991. Tabela 5: Taxa de analfabetismo. Porto Belo, 1991 e 2000. % Alfabetização Município: Porto belo Alfabetizado Não alfabetizado Total 1991 74,39 25,61 100,00 2000 81,61 18,39 100,00 Fonte: IBGE - Censos Demográficos, 2000. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação em 2009, Porto Belo possui 17 estabelecimentos de ensino, sendo 01 estadual, 12 municipais e 04 particulares. RENDA A Tabela 6 apresenta a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Porto Belo, que é a soma de todas as riquezas do município dividida pela população. O PIB do município de Porto Belo é inferior a média do PIB per capita do estado de Santa Catarina e ao PIB per capita do Brasil. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 23 Contudo, observa-se que ocorreu um aumento significativo do PIB per capita de Porto Belo nos últimos anos, aumentando de 6.519 em 2002 para 11.044 em 2007. Tabela 6: PIB per capita. Porto Belo, 2002 - 2007. 2002 2003 2004 2005 2007 PIB per PIB per PIB per PIB per PIB per capita (R$) capita (R$) capita (R$) capita (R$) capita (R$) 6.519 7.139 7.865 8.520 11.044 Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos municípios. SANEAMENTO BÁSICO De acordo com os dados da Companhia de Água e Saneamento (CASAN), o município de Porto Belo possui um sistema de abastecimento de água, que atende cerca de 98,3% da população (2000), enquanto que no mesmo ano a média do estado de Santa Catarina era de 96,4% e no Brasil, 80,8%. Uma parte da população não atendida pela CASAN possui sistema próprio de abastecimento de água, como o bairro de Santa Luzia, que utiliza um sistema coletivo, administrado através da própria comunidade. Outras soluções alternativas encontradas são o abastecimento através de pequenos córregos, ponteiras e até mesmo as ligações clandestinas. Segundo a Prefeitura Municipal de Porto Belo, o município coleta em média 35 toneladas por mês de resíduos sólidos domiciliares. A coleta do lixo em 2000, no município, cobria 97,69% dos domicílios urbanos, enquanto que no mesmo período a média no estado era de 96,9% e no Brasil, 91,2% dos domicílios que possuíam coleta de lixo. De acordo com o relatório da Secretaria Municipal de Irbanismo e Meio Ambiente, os fatores que mais comprometem os sistemas de abastecimento da CASAN são: Perdas no sistema; Consumo per capita, resultante em grande parte pela falta de conscientização da população, utilização para fins pouco nobres (lavação de calçadas e carros, jardinagens, etc.) e vazamentos no sistema hidráulico residencial; Ocupação de áreas em pontos cada vez mais elevados das encostas dos morros pela dificuldade de pressurização do sistema; Aumento populacional na temporada de verão; PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 24 Constantes modificações no Plano Diretor, alterando os critérios de uso e ocupação do solo, que por sua vez afetam as condições de abastecimento e refletem uma clara desvinculação entre o planejamento urbano e os condicionantes da infra-estrutura. O esgotamento sanitário do município de Porto Belo é destinado por conta própria, na maioria das vezes de forma inadequada, trazendo conseqüências negativas à saúde pública e ambiente pela contaminação do lençol freático e dos corpos hídricos superficiais, que por sua vez comprometem a balneabilidade, condição estética e atividades turísticas e econômicas, como a maricultura. Na tabela abaixo, segue um demonstrativo da situação dos domicílios cadastrados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), no ano de 2009, de acordo com o cadastro das famílias atendidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Tabela 7: Situação dos domicílios cadastrados no SIAB, Porto Belo, 2009. Condição Água da Rede Pública Água de poço/nascente Água de outras fontes Coleta de resíduos Esgotamento sanitário Fossa séptica Dejetos a céu aberto Residência alvenaria Abastecimento elétrico Fonte: SIAB/2009. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO % cobertura 83,32% 15,62% 1,36% 96,53% 2,89% 94,83% 2,28% 70,55% 99,37% Valor absoluto 3.422 644 56 3.979 119 3.909 97 2.908 4.096 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 25 2 . S IT UA ÇÃO DE S A ÚDE MORTALIDADE As doenças do aparelho circulatório lideram a ordenação das causas de óbito (Tabela 8), representando 36,9% dos óbitos por causas definidas, destacando-se as doenças cérebro-vasculares e as isquêmicas do coração. Portanto, a consolidação das medidas de promoção de saúde na rotina da atenção primária, podem juntamente com o diagnóstico precoce e pronto tratamento, colaborar na redução da morbi-mortalidade por doenças do aparelho circulatório. Tabela 8: Mortalidade Proporcional (%) por sexo segundo grupo de causas. Porto Belo, 2007. Causas Capítulos - CID-10 Masculino Feminino Total Nº % Nº % Nº % Aparelho circulatório 15 35.7 9 39.1 24 36.9 Neoplasias 4 2 8.7 6 Causas externas 13 31.0 2 8.7 15 23.1 Aparelho respiratório 5 11.9 2 8.7 7 10.8 Endóc.Nutric. e Metab. 1 2.4 4 17.4 5 7.7 Aparelho digestivo 1 2.4 2 8.7 3 4.6 Infecciosas e parasitárias 1 2.4 0 0.0 1 1.5 Demais causas (definidas) 2 4.8 2 8.7 4 6.2 Sub-Total (definidas) 42 100.0 23 100.0 65 100.0 Causas Mal definidas 2 Total Fonte: SIM 9.5 4.5 1 4.2 3 9.2 4.4 44 100.0 24 100.0 68 100.0 As causas externas são a segunda causa de óbito, contribuindo com 23% das mortes. A análise detalhada das circunstâncias dos acidentes e violências mais freqüentes é fundamental para nortear as medidas preventivas. Os acidentes de transporte representam aproximadamente 46% das mortes deste grupo, o que pode ser observado em virtude das proximidades com a BR 101. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 26 As doenças do aparelho respiratório (11% do total de óbitos) aparecem em 3º lugar na ordenação, com destaque para as bronquites, enfisemas e asmas, e as pneumonias. Figura 3: Mortalidade proporcional por grupos de causas, Porto Belo, 2007. As neoplasias aparecem em quarto lugar na ordenação, com 9% dos óbitos. As doenças cardiovasculares e o câncer, que têm fatores de risco semelhantes, representaram 46% do total de óbitos do município. Este percentual justifica, mais uma vez, a prioridade das ações de promoção de saúde (alimentação saudável, atividade física, controle do tabagismo) em Porto Belo. Posicionados em quinto lugar estão os distúrbios endócrinos, nutricionais e metabólicos, priorizando-se medidas de prevenção, controle e tratamento para o diabetes, principal causa de óbito. Observa-se que 6% do total de óbitos são por outras causas definidas. Na sétima posição, aparecem as doenças do aparelho digestivo, lideradas pela cirrose e doença crônica do fígado, com prevalência bem maior no sexo masculino (80%), em grande parte pela maior exposição aos fatores de risco, como uso de álcool. As doenças infecciosas e parasitárias estão em 8 o lugar e são responsáveis por 1% do total de óbitos. A AIDS é hoje a principal causa de óbito neste grupo e já representa, sozinha 5,8% do total geral de óbitos de Porto Belo (1996-2007). No sexo masculino, o câncer de pulmão aparece na 1ª posição, representando 46 % das mortes masculinas por neoplasias. (Tabela 9). Entre as mulheres, o câncer de mama aparece na 1a posição, representando 30% dos óbitos. O de colo de útero, aparece em 3o lugar, juntamente com o câncer de pulmão e câncer de reto, sendo responsável por 10 % das mortes femininas por neoplasias, apontando a necessidade PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 27 de programas para o seu controle, com base em ações educativas e de promoção da saúde da mulher. Tabela 9: Nº de óbitos masculinos por neoplasias, Porto Belo, 1997-2007. Causa Evitabilidade 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total CA esofago 0 0 0 1 0 0 0 0 2 1 0 4 CA estomago 0 3 1 0 1 0 0 1 1 0 1 8 CA colon 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA reto, Jrs, anus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA figado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA pancreas 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 4 CA laringe 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 CA pulmao 3 2 2 2 1 1 3 2 1 0 1 18 CA prostata 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4 Fonte:SIM Tabela 10: Nº de óbitos femininos por neoplasias, Porto Belo, 1996-2007. CausaEvitabilidade 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total CA esofago 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA estomago 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 CA colon 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA reto, Jrs, anus 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 CA figado 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 5 CA pancreas 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 CA laringe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CA pulmao 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 CA mama 0 0 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 6 CA colo de utero 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 CA utero porcao n/esp 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 Fonte: SIM A Tabela 11 apresenta a mortalidade proporcional (%) da população, segundo as faixas etárias na série histórica de 1996 a 2007. O óbito de menores de 5 anos, que no início do período representava 5,37% do total, no último ano foi responsável por PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 28 apenas 3% das mortes. Já a participação dos óbitos de maiores de 70 anos, aumentou de 41,7% em 1996 para 48,5% em 2007, apresentando o deslocamento esperado das mortes para as idades mais avançadas. Tabela11: Proporção (%) de óbitos por faixa etária e ano, Porto Belo, 1996-2007. Faixa etária 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 <1 ano 0.0 1.8 3.8 5.2 6.3 3.7 2.0 6.0 1.7 3.2 3.1 1.5 1-4 0.0 3.5 3.8 0.0 2.1 0.0 2.0 0.0 0.0 0.0 0.0 1.5 5-9 0.0 0.0 0.0 1.3 0.0 1.9 0.0 0.0 0.0 1.6 1.6 0.0 10-14 2.8 0.0 0.0 1.3 0.0 0.0 0.0 0.0 1.7 1.6 1.6 0.0 15-19 2.8 0.0 3.8 2.6 2.1 1.9 4.1 2.0 0.0 1.6 1.6 2.9 20-29 5.6 3.5 1.9 16.9 8.3 1.9 4.1 2.0 18.6 3.2 7.8 4.4 30-39 8.3 12.3 7.7 13.0 2.1 7.4 8.2 8.0 3.4 6.5 6.3 4.4 40-49 19.4 10.5 3.8 9.1 10.4 16.7 12.2 16.0 6.8 12.9 7.8 5.9 50-59 8.3 15.8 9.6 7.8 25.0 16.7 6.1 10.0 8.5 16.1 21.9 11.8 60-69 11.1 15.8 23.1 15.6 22.9 14.8 28.6 18.0 20.3 12.9 10.9 19.1 70-79 16.7 21.1 21.2 14.3 12.5 18.5 18.4 18.0 23.7 27.4 23.4 27.9 80 e+ 25.0 15.8 21.2 13.0 8.3 16.7 14.3 20.0 15.3 12.9 14.1 20.6 Ign 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fonte: SIM MORTALIDADE INFANTIL A Tabela 12 apresenta a evolução da mortalidade infantil em Porto Belo e seus componentes, no período de 1996 a 2007. Tabela 12: Mortalidade Infantil, segundo os componentes, Porto Belo, 1996-2007. Número Absoluto de Óbitos 1996 1997 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 2007 29 < 7dias - - - - 3 1 1 1 1 1 1 - de 7 a 27 dias de 28 dias a 11 meses e 29 dias - - - - - - - 1 - - - 1 - 1 2 4 - 1 - 1 - 1 1 - < de 1 ano Taxas de Mortalidade (por 1000 nascidos vivos) Neonatal Precoce Neonatal Tardia Pós-neonatal Infantil - 1 2 4 3 2 1 3 1 2 2 1 1997 0.0 0.0 6.4 6.4 1998 0.0 0.0 11.7 11.7 1999 0.0 0.0 24.0 24.0 2000 16.8 0.0 0.0 16.8 2001 6.3 0.0 6.3 12.5 2002 6.6 0.0 0.0 6.6 2003 6.1 6.1 6.1 18.3 2004 5.0 0.0 0.0 5.0 2005 5.2 0.0 5.2 10.3 2006 6.3 0.0 6.3 12.5 2007 0.0 6.4 0.0 6.4 1996 0.0 0.0 0.0 0.0 Fonte: SIM; Nascidos Vivos: SINASC. A taxa de mortalidade infantil municipal teve uma redução acentuada (51%) de 2006 para 2007, passando de 12,5 em 2006 para 6,4 óbitos por 1.000 nascidos vivos em 2007, sendo considerada baixa, segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde/OMS (abaixo de 20/1.000 nascidos vivos) e no mesmo patamar dos países desenvolvidos (coeficientes de um dígito). A figura 4 permite visualizar melhor o declínio e a participação percentual da mortalidade infantil, segundo os seus componentes. Figura 4: Taxa de Mortalidade, Porto Belo, 1996 – 2007. Fonte: Tabnet SES/SC. Este desempenho está claramente relacionado com um conjunto de medidas de uma política de humanização da assistência e a qualificação da assistência maternoinfantil da atenção básica de saúde, bem como, a ampliação das equipes de saúde da família e da oferta de consultas de pré-natal, fortalecendo as ações de promoção, PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 30 vigilância e prevenção em saúde, permitindo a intervenção precoce nas principais complicações da infância. A Tabela 13 apresenta a distribuição das principais causas de morte em habitantes de Porto Belo menores de 1 ano ocorridas em 2007. Tabela 13: Mortalidade Proporcional (%) em < de 1 ano e grupo de causas, Porto Belo, 2007. Grupos de Causas < 7 dias Nº Perinatais Anomalias congênitas Causas externas Infecciosas e parasitárias Aparelho respiratório Demais (definidas) Sub-Total (definidas) Mal Definidas Total Fonte: SINAN, 2007. - 7 a 27 dias % Nº % 1 100.0 1 100.0 1 100.0 28 dias a 11 meses Nº - < 1 ano % Nº % 1 100.0 1 100.0 1 100.0 As principais causas de mortalidade infantil são as afecções originadas no período perinatal. Representam 100% dos óbitos em menores de 1 ano. Apesar de não haver óbito por causa mal definida, salienta-se a necessidade de se investigar todos os óbitos infantis para identificar as suas causas e assim coletar informações importantes para subsidiar as estratégias para a redução da mortalidade infantil. MORTALIDADE MATERNA A taxa de mortalidade materna (número de óbitos maternos/100 mil nascidos vivos de mães residentes) é considerada um excelente indicador de saúde das mulheres em idade reprodutiva, em especial da qualidade da atenção à saúde da mulher. Na Tabela 14, que demonstra o intervalo entre 1996 e 2006, não foram computadas mortes maternas em Porto Belo. Salienta-se, que a investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil, é importante para descartar a possibilidade de sub-notificação dos óbitos maternos devido a deficiências do preenchimento correto das declarações de óbito. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 31 Tabela 14: Mortes Maternas e Coeficientes de Mortalidade Materna (por 100.000 nascidos vivos), Porto Belo, 1996-2006. Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: SINASC Nº 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Coef. 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 NASCIDOS VIVOS A Tabela 15, representa os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, permitindo avaliar algumas condições importantes relativas às características das mães e dos nascimentos de residentes no município. Tabela 15: Nascidos Vivos, Porto Belo, 1996 – 2007. Município: Porto Belo - SC Indicadores do SINASC 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total de Nascidos Vivos 183 157 171 167 179 160 151 164 201 194 160 157 Nascidos Vivos: condições da mãe e do nascimento. (1996-2007) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 . Idade da mãe < 14 anos - 0.6 . Idade da mãe < 19 anos 24.6 . Parto cesário 0.6 0.6 1.3 2.4 15.3 19.9 17.4 24.6 24.4 23.2 19.5 17.9 17.0 20.6 22.9 39.3 46.5 38.0 38.3 44.1 39.4 50.3 37.8 39.8 45.9 40.6 38.2 . Nenhum Pré-Natal 3.4 2.0 4.8 3.4 0.7 1.2 2.1 1.3 . < de 7 consultas Pré-Natal 58.4 58.2 54.8 46.1 74.7 67.9 48.3 46.0 50.5 45.3 34.0 43.3 . Gestação < 37 semanas 3.3 1.3 3.6 7.8 6.6 6.1 6.7 7.0 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 0.6 1.8 4.7 1.9 1.9 5.6 2.0 2.6 7.0 1.0 - 3.1 7.5 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 0.6 32 . Peso ao nascer < 2500 gramas 3.8 5.1 7.6 5.4 10.1 8.8 7.3 11.6 7.0 9.3 6.9 8.3 Fonte: SINASC O número de mães com menos de 7 consultas pré-natal diminuiu 35 % no período analisado, passando de 58,4 % em 1996, para 43,3 % em 2007. Outro fator relevante observado na tabela, é o decréscimo de mães sem pré-natal no período em 61 %, passando de 3,4 % em 1996, para 1,3 % em 2007. Figura 5: Percentual (%) de mães sem Pré-natal, Porto Belo, 1996 – 2007. Os partos em mães adolescentes indicam a necessidade de encontrar formas de enfrentamento da gravidez na adolescência, como a garantia de acesso a métodos anticoncepcionais e a formação de parcerias, principalmente com as escolas, para implementar medidas educativas específicas para esse grupo. O baixo peso é um importante fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal e infantil. MORBIDADE INTERNAÇÃO HOSPITALAR Tabela16: Morbidade Hospitalar por Capítulo CID-10 e ano competência de Porto Belo, 2005 - 2008. 2005 2006 2007 2008 Total Algumas dç infec e parasitárias PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 34 18 26 19 97 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 33 Neoplasias (tumores) 49 35 32 27 143 Dç sangue órg hemat e transt imunitár 5 1 10 2 18 Dç endócrinas nutric e metabólicas 12 11 7 9 39 Transt mentais e comportamentais 16 5 10 16 47 Doenças do sistema nervoso 20 18 13 13 64 Doenças do olho e anexos 5 2 2 2 11 Dç do ouvido e da apóf mastóide 0 0 1 1 2 Doenças do aparelho circulatório 109 78 78 71 336 Doenças do aparelho respiratório 62 70 88 60 280 Doenças do aparelho digestivo 59 75 53 47 234 Dç da pele e do tecido subcutâneo 6 6 6 3 21 Dç sist osteom e tec conjuntivo 32 33 28 21 114 Doenças do aparelho geniturinário 43 34 26 36 139 Gravidez, parto e puerpério 180 146 156 164 646 Alg afec orig no período perinatal 11 8 11 12 42 Malf cong deformid e anom crom 2 1 4 5 12 Sint sin e ach an ex clín e laborat 11 11 8 2 32 Les enven e alg out cons cau ext 71 83 72 64 290 Caus ext de morb e mortalidade 0 1 0 0 01 Contatos com serviços de saúde 21 34 20 44 119 Total 748 670 651 618 2687 Fonte: TabNet – DATASUS Na tabela 16, evidencia-se o grande número de internações hospitalares dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em consequência de causas externas, PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 34 problemas do aparelho circulatório e do aparelho respiratório que, com exceção dos casos de gravidez, parto ou puerpério, configuram as principais causas de internações. Tabela 17: Morbidade Hospitalar do SUS por Causas Externas - local de residência – Municípios de Porto Belo Internações por Grande Grupo de Causas e Ano competência. 2005 2006 2007 2008 Total Acidentes de transporte 4 1 5 3 13 Out causas ext de lesões acident 64 82 62 57 265 Agressões 0 1 2 0 3 Eventos cuja intenção é indeterm 1 0 1 1 3 Complic assistência méd e cirúrgica 2 0 1 1 4 Seqüelas de causas externas 0 0 1 0 1 Causas externas não classificadas 0 0 0 2 2 Total 71 84 72 64 291 Fonte: TabNet - DATASUS A tabela 17 mostra o quadro de morbidade por Causas Externas, responsáveis nos anos de 2005 a 2008 por 10% do total das internações hospitalares. As tabelas 16 e 17 nos mostram uma tendência linear à diminuição do número de internações hospitalares no ano de 2007 para 2008, levando a crer que a implantação do Pronto-Atendimento no município de Porto Belo, em dezembro de 2007, contribuiu substancialmente para esta diminuição, na medida em que houve um pronto atendimento dos casos agudos. NEOPLASIAS MALIGNAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 35 O número estimado de casos novos de neoplasias malignas por 100 mil habitantes na população residente representa o risco da ocorrência de casos novos de neoplasias malignas e dimensiona sua magnitude como problema de saúde pública. É de especial importância na abordagem de determinados fatores - dietéticos, comportamentais, ambientais e genéticos - que estão especificamente associados à ocorrência de neoplasias malignas. Tabela 18: Incidência de casos de neoplasias malignas óbitos (por 100.000 hab), segundo localização. Porto Belo, 2002-2008. Pulmão, traquéia e brônquios Estômago Próstata 2002 02 0 01 0 01 2003 03 0 0 0 01 2004 02 01 01 01 0 2005 01 01 01 0 0 2006 0 0 0 0 0 2007 01 01 01 0 01 2008 01 0 01 0 03 10 Fonte: Tabnet - DATASUS 03 05 01 06 Total Colo do útero Mama DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA O perfil epidemiológico da população de Porto Belo também pode ser analisado pelo relatório dos agravos de notificação compulsória e algumas informações adicionais: Tabela 19: Relatório dos agravos de notificação compulsória. Porto Belo, 2008. Agravo Acidente com animais peçonhentos AIDS Atendimento anti-rábico humano Cólera PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO Casos Casos notificados confirmados 01 209 30 06 01 209 30 0 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 36 Dengue Desnutrição infantil Doenças Exantemáticas- Rubéola Hepatites Virais Tuberculose Varicela* Fonte: MS/Sinan, 2008. 01 01 01 01 08 68 0 0 01 0 08 67 AIDS Vários fatores têm contribuído para o aumento do número de pessoas convivendo com HIV/AIDS, como a dificuldade em interromper oportunamente a cadeia de transmissão, por um lado devido ao diagnóstico tardio da infecção e por outro, a melhora na qualidade e expectativa de vida dos portadores de HIV. Embora ainda seja mais comum em homens, a freqüência entre as mulheres vem aumentando, seguindo a tendência nacional. O diagnóstico precoce da doença ainda é um desafio. A Tabela 20 demonstra a incidência de AIDS em Porto Belo nos últimos anos. Os casos de infecção por HIV, diferente dos casos de AIDS, não são atualmente notificados. Assim, o número de pessoas infectadas é tido por estimativa, de acordo com estudos populacionais. Tal fenômeno implica no aumento da demanda por atendimento adequado, fazendo com que o sistema de saúde tenha que adaptar-se, a fim de prestar atendimento integral e de qualidade a estes indivíduos. Tabela 20: Incidência da AIDS em Porto Belo, 2002-2008. Ano Casos por ano de Incid. diagnóstico Casos/100.000 hab 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: Tabnet - DATASUS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 03 06 04 03 03 04 05 26,11 50,59 32,71 22,98 22,26 28,79 35,95 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 37 HEPATITES A vigilância epidemiológica das hepatites virais no Brasil é baseada na notificação de casos suspeitos. Como a maioria dos acometidos apresenta formas assintomáticas da doença, as notificações não refletem a real incidência da infecção. As hepatites são importante causa de doenças hepáticas, e potencialmente preveníveis, tanto através de saneamento básico (Tipo A e E), como por imunização (Tipo A e B), prática de sexo seguro e cuidados adequados com material biológico (Tipo B e C). As dos tipos A e E apresentam alta prevalência nos países em desenvolvimento, onde as condições sanitárias e sócio-econômicas são precárias. A prevalência de hepatite B tem sido reduzida em países onde a vacinação foi implantada, porém permanece alta em populações de risco e em países onde a transmissão vertical e horizontal intradomiciliar não é controlada. Desta forma, a prevalência das hepatites também reflete a organização social e a qualidade dos cuidados com a saúde de uma região. Tabela 21: Incidência de hepatite por tipo, em Porto Belo no ano de 2002-2008 /100.000 hab) Hepatite 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 B 1 0 0 2 0 0 1 C 0 1 1 5 2 0 1 TOTAL Fonte: SINANWeb – Porto Belo. TUBERCULOSE A situação de Porto Belo pode ser analisada através da Tabela 22 que apresenta a série histórica da incidência de tuberculose pulmonar no município. Foram identificados pelo Programa Municipal de Controle da Tuberculose 03 casos em 2006, sendo que em 2008, observou-se 07 casos, um aumento de 133% no período equivalente. Tabela 22: Incidência de Tuberculose, em Porto Belo no ano de 2002-2008 /100.000 hab PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 38 Tuberculose 2002 2003 03 04 2004 2005 2006 2007 2008 02 02 05 04 07 Fonte: SINANWeb – Porto Belo. Acredita-se que o aumento na incidência de tuberculose em 2008 seja resultante da melhor identificação de casos anteriormente sub-diagnosticados e/ou subnotificados. O principal desafio ainda é a adesão ao tratamento e a taxa de abandono. Espera-se que a incorporação do manejo da tuberculose nas equipes de saúde da família contribua para a melhoria destes índices, facilitando o acesso do paciente ao tratamento. HANSENÍASE Apesar da redução do coeficiente de prevalência, a hanseníase ainda constitui um problema de saúde pública no Brasil, exigindo um plano de aceleração e intensificação das ações de eliminação e uma vigilância resolutiva e contínua. Santa Catarina apresenta um dos menores índices de contaminação pela doença. A região sul contou em 2005 com a detecção de 0,69 casos novos/10.000 e prevalência de 0,53/10.000 habitantes. Tal redução também é observada no município de Porto Belo, onde no período de 2005 a 2008 não apresentou nenhum caso de hanseníase. Sabe-se que o fato de as pessoas buscarem auxílio médico tardiamente faz com que muitos pacientes sofram algum grau de incapacidade física em decorrência da doença, além de, transmitir a doença para outras pessoas. Para tanto, é de suma importância investir em capacitação dos profissionais de saúde para que estes estejam preparados para diagnosticar e tratar precocemente a doença, evitar sua transmissão e reduzir as incapacidades físicas. Tabela 23: Incidência de Hanseníase, em Porto Belo no ano de 2002-2008 /100.000 hab Hanseníase 2002 2003 0 1 2004 2005 2006 2007 2008 1 0 0 0 0 Fonte: SMS, 2002-2008. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 39 CONDIÇÃO DO SERVIÇO DE SÁUDE BUCAL A assistência odontológica é um direito do cidadão como qualquer outro serviço de saúde e deve estar integrado as demais ações de saúde. O município de Porto Belo, desde 2007, vem gradualmente integrando profissionais da odontologia na Estratégia Saúde da Família (ESF), e hoje, em um curto prazo de tempo, já incorpora a todas as equipes de ESF um profissional Cirurgião - Dentista. Com o aumento das equipes de saúde bucal e a ampliação de investimentos, surge uma oportunidade singular para nosso município, de avançar na qualificação da assistência odontológica e fazer de Porto Belo referência em saúde bucal na região. Ao organizar o serviço de assistência odontológica em um plano municipal, criase condições de estabelecer metas, adotar indicadores para avaliação, melhorar a cobertura, organizar os fluxos de atendimentos, facilitar o acesso aos serviços, além de criar novos canais de comunicação com a comunidade, a fim de que todas as informações relativas aos cuidados com a saúde bucal sejam acessíveis a todos os cidadãos do município. Desta forma, é necessária a criação de um sistema de atenção integral à saúde com a incorporação de ações de promoção e proteção à saúde para reduzir fatores de risco que constituem ameaça à saúde, ao lado de ações propriamente de recuperação e reabilitação. Onde o município de Porto Belo, através da Secretaria Municipal de Saúde, proporcione a atenção à saúde bucal por linha de cuidado, trabalhando a saúde da criança, do adolescente, do adulto e do idoso. O número médio de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) aos 12 anos de idade é um indicador que estima o risco de ataque da cárie dental à dentição permanente. A idade de 12 anos é adotada internacionalmente como parâmetro básico para uso do indicador. Apesar de limitar-se à incidência da cárie e da perda dental sem especificar o motivo, é de grande importância para subsidiar os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações. Valores elevados indicam más condições de saúde bucal da população, freqüentemente associadas a condições socioeconômicas desfavoráveis, dificuldade de acesso aos serviços e hábitos deletérios, como alto consumo de açúcares. Pode indicar também acesso limitado ao flúor. O município de Porto Belo, ao longo de seus 177 anos de história nunca realizou um levantamento epidemiológico. Portanto, é de extrema importância a realização de tal estudo nos próximos anos. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 40 Tabela 24: Índice CPO-D aos 12 anos de idade*, Brasil, Região Sul, Florianópolis, 1996. Região 1996 Brasil 3,06 Região Sul 2,41 Florianópolis 2,83 Curitiba 2,23 Porto Alegre 2,16 Fonte: Levantamento Epidemiológico de Saúde Bucal/MS, 1996. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 41 3 . O S I ST E MA MUNI CI P A L DE S A ÚDE DE P O RT O B E LO O município de Porto Belo tem se organizado de forma a buscar um sistema de saúde eqüânime, integral e resolutivo, para assim proporcionar o atendimento efetivo dos problemas de saúde da população local, através da realização de um conjunto de ações articuladas entre os diferentes níveis de complexidade da atenção à saúde. O principal objetivo do sistema é oferecer ações integrais e qualificadas em saúde, baseadas na promoção e prevenção em saúde, bem como, permitir o rastreamento/diagnóstico precoce das doenças, buscando melhorar a qualidade de vida da população. A tabela abaixo demonstra o número de serviços de saúde disponibilizados na Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento de Porto Belo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tabela 25: Unidades de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Porto Belo, 2009. Unidades de Saúde Nº de unidades Unidades de Saúde da Família (ESF) Policlínica Centro de Saúde Unidade Básica de Saúde Pronto-Atendimento Total de Unidades Fonte: SMS, Porto Belo, 2009. 6 1 1 1 1 10 Em relação à produtividade, diversos procedimentos são realizados nas unidades de saúde do município. A Tabela 26 apresenta resumidamente alguns procedimentos realizados no ano de 2008: Tabela 26: Produtividade da rede municipal de saúde, Porto Belo, 2008. Serviços Realizados Consultas médicas Procedimentos odontológicos Atendimentos individuais do enfermeiro Procedimentos básicos de enfermagem Visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde Exames de laboratório Fonte: Relatório de atividades 2008, SMS, Porto Belo. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 2008 16.898 26.240 10.458 43.954 26.457 13.200 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 42 Em relação à organização dos serviços, a SMS tem se empenhado para a adoção de medidas de caráter normativo e captação de recursos para investimentos e custeio, tudo com o objetivo de consolidar as condições necessárias à estruturação de uma rede hierarquizada, qualificada e integrada de atenção à saúde. Apesar de todo esforço, percebe-se ainda a fragmentação da assistência em algumas dimensões. Diante da concepção da atenção por linhas de cuidado, a proposta é a organização da rede de serviços para uma atuação transversalizada com base na atenção básica, que deverá estar qualificada para o acolhimento inicial das demandas, referenciando para unidades de maior complexidade e outros organismos que participam da formação de uma rede cuja premissa é o atendimento às pessoas conforme as suas necessidade e características individuais. ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) A atenção básica está organizada na Estratégia de Saúde da Família, tendo como principal desafio promover a reorientação das práticas e ações de saúde de forma integral e contínua, levando-as para mais perto da família e com isso, melhorar a qualidade de vida da população. O atendimento é prestado pelos profissionais das equipes saúde da família nas unidades de ESF e nos domicílios. As equipes e a população acompanhada criam vínculos de co-responsabilidade, o que facilita a identificação, atendimento e acompanhamento dos agravos à saúde dos indivíduos e famílias da comunidade. As ações programáticas são desenvolvidas através de ações específicas e estratégicas para a reorganização do modelo curativo de atenção à saúde, visando uma atenção integral e efetiva à população e em especial aos grupos específicos devido à sua vulnerabilidade, como é o caso da criança, a mulher e o idoso, de acordo com o Pacto pela Saúde estabelecido pela Portaria n o. 399/GM de 2006. O município está dividido em seis áreas de Estratégia de Saúde da Família, com abrangência e geoprocessamento definidos. Cada área possui uma equipe de saúde que é responsável pela vigilância e acompanhamento da situação de saúde da comunidade de abrangência. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 43 A Figura 6 apresenta a divisão territorial do município por área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a Tabela 27 a distribuição das Unidades de Saúde da Família de acordo com o bairro de atuação (SIAB, 2009). Figura 6: Mapa de Porto Belo demonstrando a área de abrangência das equipes de ESF. Fonte: SMS, 2009. ESF Sertão ESF Alto Perequê ESF Vila Nova ESF Centro ESF Perequê ESF Araçá Tabela 27: Distribuição das Equipes de Saúde da Família (ESF) e Saúde Bucal (SB) por área de abrangência: Área geográfica de atuação Equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal vinculadas Bairro Vila Nova ESF: Unidade de Saúde Mauro João Jaques Bairro Centro ESF: PSF Central PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 44 Bairro Araçá ESF: Posto de Saúde Araçá Bairro Perequê ESF: Posto de Saúde Carolina Ramos Bairro Alto Perequê ESF: Posto de Saúde Alto Perequê Bairro Santa Luzia Posto de Saúde Pedro Tomazoni (vinculado ao ESF Alto Perequê) Comunidade Rural do Sertão ESF: Posto de Saúde João Tomaz Ambrósio de Santa Luzia Fonte: SIAB, 2009. Tabela 28: Número de pessoas e famílias cadastradas nas Unidades de Saúde da Família (ESF) por área de abrangência: Equipes de Saúde da Nº de pessoas Nº de famílias Família cadastradas cadastradas 1.681 531 ESF: PSF Central 2.447 787 ESF: Posto de Saúde Araçá 916 256 5.640 1.692 1.915 500 752 228 13.358 3.994 ESF: Unidade de Saúde Mauro João Jaques ESF: Posto de Saúde Carolina Ramos ESF: Posto de Saúde Alto Perequê ESF: Posto de Saúde João Tomaz Ambrósio TOTAL: Fonte: SIAB, 2009. A análise dos dados acima é de extrema relevância no planejamento da expansão da cobertura populacional pela Estratégia de Saúde da Família, pois, auxilia na programação e planejamento dos serviços. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 45 Nos últimos anos houve a consolidação do modelo assistencial de atenção básica. Em 2007, iniciou o processo de ampliação das equipes de Saúde da Família (SF) e Saúde Bucal (SB), passando de 05 equipes de SF e 04 de SB para 06 de SF e 05 de SB. Já em 2009 houve a implantação da 6ª equipe de SB no Bairro Araçá, fazendo com que o município atingisse o teto máximo permitido de equipes. Quanto ao cadastramento domiciliar, a cobertura populacional encontra-se atualmente em 94%. O propósito é consolidar a Estratégia de Saúde da Família como fundamento da atenção básica e, conseqüentemente, de todo o sistema de saúde, não restringindo este nível de atenção à oferta de um rol de serviços, mas a um conjunto de ações que contemple a integralidade da atenção, resultando na qualidade de vida e propiciando melhora nas condições de saúde da comunidade. Reitera-se no Plano Municipal de Saúde 2010 2013 o compromisso com a continuidade da expansão dessa estratégia que melhor traduz a organização da atenção básica. NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA SANTA CATARINA (NASF SC) A implantação inicial de um NASF SC modalidade 1 no município de Porto Belo, ocorreu a partir de novembro de 2009. Surgiu com o objetivo de qualificar as ações da atenção básica vinculadas à Estratégia de Saúde da Família (ESF), bem como, fortalecer e regionalizar a rede de serviços existentes. Também objetiva assegurar retaguarda especializada aos profissionais, além de permitir suporte técnico-pedagógico às equipes de referência e ampliar as possibilidades de construção de vínculo entre profissionais e usuários. Considerando que o município apresenta atualmente 06 equipes de saúde da família, com cobertura de 94% da população, estando as unidades presentes em todos os bairros, entende-se que o NASF SC irá contribuir substancialmente para o desenvolvimento de ações qualificadas de assistência à saúde, propiciar ações mais efetivas de prevenção e promoção à saúde e conferir maior resolutividade aos problemas de saúde. A presença de apoio matricial especializado potencializará alterações da subjetividade e na cultura dominante entre o pessoal de saúde, por meio de valorização concreta e operacional das diretrizes de vínculo terapêutico, transdisciplinaridade dos saberes e práticas e de gestão de organizações como dispositivo para produzir grupos sujeitos. Em razão da forte abrangência e atuação do ESF no município, existe a necessidade de mudança do modelo assistencial, a partir da reorganização do processo PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 46 de trabalho. Partindo de uma crítica ao atual modelo, hegemônico, centrado no trabalho médico e em procedimentos, hospitalocêntrico e com pouca ênfase na relação médicopaciente, propõe-se um novo modo de operar o trabalho em saúde, a partir de equipes interdisciplinares. Propõe ainda assegurar maior eficácia e eficiência ao trabalho em saúde e tembém investir na construção de autonomia aos usuários. Para remodelar a assistência à saúde, entende-se que o ESF deve modificar os processos de trabalho, com o desenvolvimento de ações em equipe, norteado por um projeto assistencial em comum, com os agentes desenvolvendo açoes de interaçao entre si e com a comunidade, oferecendo possibilidades alternativas, quer sejam individuais e/ou coletivas, aos usuários. Além da interação inter/trans/multidisciplinar, com a implantação do NASF, abre-se a possibilidade dos profissionais usarem todo seu potencial criativo e criador na relação com o usuário, para juntos realizarem a produção do cuidado. São distintos especialistas e profissionais encarregados de intervir sobre um mesmo objeto – problema de saúde – buscando atingir objetivos comuns e sendo responsáveis por um conjunto de tarefas, mas operando intervenções variadas. O apoio matricial ajuda a racionalizar o acesso e o uso de recursos especializados, alterando a ordenação do sistema, predominantemente multidisciplinar, para interdisciplinar. Considerando o perfil epidemiológico da população adscrita de Porto Belo, propõe-se a implantação de um NASF composto por profissionais das áreas de nutrição, saúde mental e saúde da criança, com a atuação de profissional nutricionista, psicólogo e pediatra. As atividades gerais incluem: Participar na discussão do processo de trabalho e reuniões de equipe; Participar na interação e planejamento das ações na população adscrita; Participar no processo de Acolhimento e Humanização nas Unidades; Realizar visitas domiciliares; Elaborar material informativo e de educação em saúde; Elaborar projetos terapêuticos individuais e/ou coletivos estimulando a responsabilidade compartilhada e a co-participação do usuário; Avaliar periodicamente as atividades desenvolvidas pelas equipes; Desenvolver atendimento clínico, conforme agendamento; Realizar projetos de Educação Permanente nas diversas áreas; Promover ações intersetoriais e multidisciplinares em parceria com o setor público, privado e com representantes dos movimentos sociais na população, das áreas de abrangência; PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 47 Potencializar ações de promoção e prevenção em saúde no sentido de mudanças de modelo organizacional e gerencial da gestão. A sede do NASF de Porto Belo situa-se no Centro Integrado de Atenção em Saúde (CIAS), dentro da área de cobertura do ESF Perequê (Posto de Saúde Carolina Ramos), localizado no bairro Perequê, sendo o bairro mais populoso do município. O ESF Perequê possui aproximadamente 5.640 pessoas cadastradas, caracterizando-se como a unidade com maior cobertura populacional. O CIAS localiza-se na região central do bairro Perequê, em uma região estratégica do município, favorecendo o acesso da população e das equipes de saúde da família. Apresenta uma estrutura física de aproximadamente 400 m², com espaço adequado para o desenvolvimento das atividades pertinentes ao NASF, com consultórios individuais para os profissionais de apoio, sala de educação em saúde para o desenvolvimento das atividades coletivas e reuniões das equipes de ESF e amplo espaço para atividades de Acolhimento. Figura 7: Foto do Centro Integrado de Atenção em Saúde (CIAS): Fonte: Arquivos SMS, Porto Belo, 2009. O NASF está vinculado a uma organização gerencial (Coordenação de Saúde da Família), com oferta de serviços dirigidos a cada ESF, de acordo com território de abrangência regional e demanda encaminhada pelos profissionais responsáveis pelas unidades, e discutida em conjunto nas reuniões. Os encaminhamentos serão programados e regulados pelas próprias equipes de ESF e os profissionais do NASF, de acordo com agenda programada de atuação dos profissionais nas unidades PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 48 vinculadas e na unidade referência do NASF. Os profissionais do NASF participarão de reuniões periódicas nas unidades de ESF da área de abrangência com os profissionais das equipes, grupos de atenção e técnicos da Administração Central. As referências e contra-referências serão determinadas de acordo com a sistematização da rede municipal de saúde, pelas demandas pactuadas do Departamento de Controle e Avaliação e pelo cronograma de ações e atividades do NASF. Haverá um planejamento e/ou a previsão de agenda compartilhada entre as diferentes equipes de saúde da família e a equipe do NASF, que incluam ações individuais e coletivas, de assistência, de apoio pedagógico tanto das ESF quanto da comunidade e as ações de visita domiciliar. SAÚDE DA MULHER Cerca de 57,9% da população feminina de Porto Belo encontra-se em idade fértil (4.111 mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos) e a abordagem deste grupo tem início ainda nos domicílios, através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que durante a visita sensibilizam as mulheres para questões relativas à saúde e em especial à saúde sexual e reprodutiva. Nas unidades de saúde, a mulher é orientada para os serviços específicos, de acordo com as suas necessidades. Porto Belo conta atualmente com o Centro Integrado de Atenção em Saúde (CIAS), que possui um amplo e moderno Núcleo de Atenção à Mulher (NAM), o qual é referência nas áreas de ginecologia, obstetrícia e mastologia. No NAM são realizadas consultas ginecológicas em geral, acompanhamento de pré-natal para gestantes, colocação de DIU (dispositivo intra-uterino), exames de colposcopia, exames preventivos de câncer de colo uterino e atividades educativas em saúde da mulher. Hoje, o NAM permite atendimento rápido e personalizado às mulheres em diversas áreas da saúde da mulher, oferecendo ainda profissionais de apoio nas áreas de nutrição, fonoaudiologia, psicologia e fisioterapia. Em relação aos métodos contraceptivos preconizados pelo Ministério da Saúde, o município disponibiliza, através das unidades de saúde, uma diversidade de métodos, os quais incluem os anticoncepcionais orais, anticoncepcionais injetáveis mensais, dispositivos intra-uterinos (DIU), preservativos masculinos e femininos, bem como, realiza através de aconselhamento, orientações acerca dos demais métodos. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 49 O acompanhamento da gestante garante pelo menos seis consultas médicas e a realização de ultra-som obstétrico entre a 17ª e a 23ª semana gestacional. A atenção oferece também atendimento odontológico prioritário e encontros educativos do grupo de gestantes. Após o parto, é assegurada a consulta de puerpério por volta do 45º dia pós-parto. O rastreamento de câncer de mama é realizado pelo exame clínico das mamas e mamografia, sendo também incentivado o auto-exame das mamas mensalmente. A abordagem preventiva do câncer do colo do útero é realizada pelo exame Papanicolau, disponível nas unidades de ESF e no CIAS. Tabela 29: Número de coletas de exame Papanicolau realizadas nas unidades de saúde de Porto Belo, 2007 - 2009. 2007 650 Exames Preventivos Realizados Fonte: Relatório de atividades, SMS, Porto Belo. 2008 634 2009 928 SAÚDE DA CRIANÇA Cerca de 30,22 % da população de Porto Belo encontra-se na faixa etária de 0 a 14 anos e a abordagem deste grupo tem início logo após o nascimento. As crianças são atendidas em todas as unidades de saúde da família, pelos médicos generalistas e pelos pediatras, podendo ser encaminhadas para os serviços específicos, de acordo com as necessidades. As demandas são identificadas e referenciadas pela equipe de Atenção Básica/Saúde da Família, ao pediatra do NASF ou equipe multiprofissional, quando a complexidade exige atenção diferenciada. As principais ações de saúde da criança desenvolvidas na atenção básica incluem: - planejamento das ações de saúde da criança; - atividades clínicas básicas; - abordagem referente aos casos de agravos severos e/ou persistentes de saúde da criança, além de situações específicas; - discussão sobre estratégias para abordar problemas que se traduzem em maior vulnerabilidade na população infantil; PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 50 - desenvolvimento de ações de mobilização de recursos comunitários, buscando a saúde integral das crianças na comunidade, destacando a relevância da articulação inter-setorial (escolas, conselhos tutelares, associação de bairros); - realização de visitas domiciliares em pacientes com necessidades identificadas como mais oportunas; No ano de 2010, a Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento irá inaugurar o Posto de Atenção Infantil (PAI), que será uma unidade especializada, que irá atender crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, nas áreas de cardiologia, otorrinolaringologia, neurologia, oftalmologia e cirurgia. O atendimento será disponibilizado para a região da Costa Esmeralda, visando atingir uma cobertura populacional expressiva. SAÚDE BUCAL A política de estratégica de Saúde Bucal do município de Porto Belo consiste na reorientação das práticas de Saúde Bucal, visando a ampliação do acesso e a integralidade da atenção, intensificando o cuidado curativo individual e fomentando as ações de promoção e prevenção de natureza coletiva com ênfase na intersetorialidade. Nas Unidades de Saúde são desenvolvidas ações de saúde bucal curativas e preventivas. O tratamento odontológico é garantido para toda gestante que realizar o pré-natal na Unidade de Saúde. Ao nascer, é garantido o agendamento da consulta de 30 dias do bebê com o dentista na Unidade de Saúde ESF mais próximo da casa do pequeno paciente. Os dentistas também realizam procedimentos coletivos em creches e escolas públicas da área de abrangência do ESF daquela região. Em 2008, foram realizados 26.240 procedimentos odontológicos, que são as orientações e atividades educativas sobre higienização bucal e alimentação saudável, além da aplicação de flúor nos casos indicados. Contudo, os indicadores da Atenção Básica referentes à saúde bucal encontram-se abaixo das metas pactuadas para 2008, apesar dos esforços chamando atenção para a necessidade de se tomar medidas de maior impacto, como a criação de protocolos clínicos e capacitação dos profissionais do sistema. Um avanço em 2008, foi a implantação do Centro Integrado de Atenção à Saúde (CIAS), que presta serviços especializados em Odontopediatria e Radiologia Odontológica. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 51 SAÚDE MENTAL A atenção em Saúde Mental está estruturada na atenção básica, tendo as unidades de saúde como a porta de entrada preferencial de um sistema integrado, hierarquizado e regionalizado de saúde. Por sua proximidade com as famílias e comunidades, as equipes de saúda da família (ESF) têm papel estratégico para o enfrentamento das diversas formas de sofrimento psíquico. Nessa lógica, o ESF se coresponsabiliza pelos casos que envolvam essa problemática e estrutura sua forma de atuação conforme a necessidade. As unidades de saúde do município possuem uma equipe mínima de SF, composta por médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, os quais atuam de forma generalista, dando apoio e atenção a adultos, idosos, crianças e adolescentes. Os indivíduos que necessitem de cuidados em saúde mental devem procurar a unidade de saúde de seu território, para que os mesmos realizem a primeira avaliação e encaminhem para o acompanhamento com a psicóloga. Com a implantação do NASF, foi criado um fluxo de atendimento para os pacientes de saúde mental, que passam por uma triagem com a psicóloga e são novamente referenciados para atendimento individual ou em grupo através das equipes de ESF. O planejamento e execução de atividades de promoção e tratamento em saúde mental são feitos conjuntamente entre as equipes de ESF e as psicólogas do NASF. Ocorrem discussões de tópicos e casos que envolvam questões relacionadas ao tema. Além disso, os profissionais de saúde mental realizam atendimento específico sempre que houver necessidade. Os indivíduos que necessitarem de cuidado mais intensivo e/ou de reinserção psicossocial que ultrapassem as possibilidades de intervenção da SF e psicólogas, são encaminhados para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Itapema. Atualmente, Porto Belo não conta com Programa de Saúde Mental, porém, existe a intenção de requerermos brevemente junto a Secretaria de Estado da Saúde a implantação do programa. A articulação entre as equipes de ESF e saúde mental deve sempre ser mantida, organizando o fluxo e o processo de trabalho. Também deve ser discutida a articulação com outros serviços como a assistência social e terapia ocupacional de forma a facilitar o planejamento terapêutico do indivíduo em conjunto com os diversos serviços da rede, dependendo da sua necessidade. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 52 SAÚDE DO IDOSO Segundo o IBGE, no ano de 2009, o município de Porto Belo apresenta aproximadamente 922 pessoas na faixa etária acima de 60 anos, o que corresponde a 8,97% da população total. Embora as políticas de saúde do município sempre tenham contemplado a população acima de 60 anos, a Secretaria Municipal de Saúde pretende implantar ações específicas de saúde do idoso, visando assistência clínica, assistência de média complexidade e ações de apoio ao cuidador, com o objetivo de prevenir e tratar adequadamente as doenças crônico-degenerativas, manter a capacidade funcional, melhorar a qualidade de vida e reduzir mortes prematuras. As ações de prevenção e promoção em saúde serão estimuladas e intensificadas nas equipes de ESF, através da realização de reuniões educativas, prática de atividades físicas, implantação de academias ao ar livre direcionadas para a Terceira Idade, entre outras atividades. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO As ações específicas da área de alimentação e nutrição incluem a promoção da alimentação saudável em todos os ciclos de vida e monitoramento e prevenção dos distúrbios nutricionais e doenças relacionadas à alimentação e nutrição. O município realiza o acompanhamento do estado nutricional das crianças e gestantes usuárias do SUS através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que permite o cadastro e acompanhamento dos distúrbios alimentares e nutricionais nas unidades de saúde. O enfrentamento dos problemas é realizado pelas equipes de saúde, especialmente pelo trabalho do nutricionista e das equipes de saúde da família, através de programas específicos e do NASF. O setor responsável pela Vigilância Alimentar e Nutricional também administra o Programa Bolsa Família, acompanhando a condicionalidade para o benefício. As famílias atendidas assumem compromissos de inclusão social assim como a participação em atividades de educação e saúde. Na condicionalidade da saúde, as famílias com criança até 7 anos devem manter atualizado o calendário de vacinação, realizar avaliação antropométrica das crianças e consultas,conforme o calendário do Ministério da Saúde. As gestantes devem participar do pré-natal e continuar o acompanhamento no pós-parto, devendo participar de PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO atividades educativas SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 53 desenvolvidas pelas equipes de saúde sobre aleitamento materno e alimentação saudável. ATENÇÃO ESPECIALIZADA A atenção especializada representa o conjunto de procedimentos de média e alta tecnologia, com alto custo e serviços qualificados. A média complexidade ambulatorial envolve a maioria dos procedimentos necessários para o diagnóstico, tratamento e reabilitação que pelo seu caráter complementar e suplementar à atenção básica são de extrema relevância na redução da demanda para a alta complexidade. Em 2008, foi inaugurado o Centro Integrado de Atenção em Saúde (CIAS), consolidando a oferta de ações especializadas de média complexidade pela gestão municipal, permitindo que a população conte gratuitamente com os serviços de: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Pré-natal de alto risco, Psicologia, Nutrição, Mastologia, Colposcopia. No Posto de Saúde Central, também se encontram outras especialidades básicas, como o serviço de eletrocardiograma (telemedicina), ultrassonografia e radiologia. O acesso à assistência especializada é feito a partir das unidades de saúde que encaminham os pacientes até o próprio serviço ou ao Departamento de Controle e Avaliação para realizar o agendamento. O planejamento da cobertura assistencial pela atenção especializada tem sido feito com base nas Programações Pactuadas e Integadas (PPIs) da Atenção à Saúde, de acordo com o perfil epidemiológico do município e outras informações em saúde. Tais referências são revistas periodicamente, conforme a consolidação dos protocolos clínicos e outros impactos nas condições de saúde da população. A Alta Complexidade Ambulatorial encontra-se ainda na sua maioria sob gestão estadual e este duplo gera dificuldades na atenção integral à saúde. A fragilidade nos processos de pactuação intergestores, o baixo financiamento, o insuficiente processo regulatório e as diversidades operativas são problemas estritamente vinculados que ocupam a agenda dos gestores como desafios a serem enfrentados nesse quadriênio. Em relação à atenção hospitalar, a situação brasileira está caracterizada por uma crise decorrente das dificuldades no setor organizacional, político, financeiro, assistencial e de formação profissional. A percepção da existência de múltiplos fatores inter-relacionados, com destaque para os aspectos financeiros e a baixa resolutividade do setor, impulsionando à reflexão sobre a necessidade de avançar na busca de um modelo de cuidado construído por uma gestão qualificada e enfocada no usuário. A PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 54 principal referência hospitalar do município de Porto Belo é o Hospital Santa Inês de Balneário Camboriú, assim como, em algumas especialidades, o Hospital Maternidade Marieta Konder Bornhausen de Itajaí. Na área pediátrica, a principal referência hospitalar é o Hospital Pequeno Anjo de Itajaí. SAÚDE DO TRABALHADOR O município de Porto Belo não possui serviço específico na área de Saúde do Trabalhador. Contudo, de modo geral, está referenciado para o Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador – CEREST de Blumenau. Além das ações de promoção à Saúde do Trabalhador integradas com outras instituições, tais como, Ministério do Trabalho, Previdência Social e Ministério Público, cabe ao CEREST a realização sistemática de ações de vigilância nos ambientes e processos de trabalho, compreendendo o levantamento e análise de informações, a inspeção sanitária nos locais de trabalho, a identificação e avaliação de situações de risco, a elaboração de relatórios, a aplicação de procedimentos administrativos e a investigação epidemiológica. Também é sua atribuição garantir o atendimento ao acidentado do trabalho ou portador de doença ocupacional dentro dos diversos níveis da atenção, bem como a capacitação de profissionais relacionados com o desenvolvimento de ações no campo da saúde do trabalhador. SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Porto Belo conta desde 2007, com um serviço de Pronto Atendimento, que funciona de segunda à sexta-feira, das 18:00 h até às 24:00 h, o qual é mantido com recursos próprios do município; apresentando uma estrutura física adequada, com consultório médico, sala de emergência, sala de procedimentos, sala de observação com 05 leitos, serviço de apoio diagnóstico (radiologia, eletrocardiograma e ultrassonografia) e terapêutico. Contudo, dentro da concepção de reestruturação do modelo assistencial atualmente preconizado, é fundamental que a atenção primária e o programa de Estratégia de Saúde da Família se responsabilizem pelo acolhimento dos pacientes com quadros agudos ou crônicos agudizados de sua área de cobertura ou adstrição de clientela, cuja complexidade seja compatível com este nível de assistência. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 55 Visando fortalecer e consolidar a rede de atenção integral às urgências, o município de Porto Belo solicitou junto ao Ministério de Saúde a implantação de uma Sala de Estabilização (SE), em conformidade com a Portaria Ministerial Nº 1.020 de 13 de maio de 2009, beneficiando as populações dos municípios de Porto Belo e Bombinhas. Assim, objetiva-se que os casos urgentes, de maior complexidade, que não puderem ser resolvidos no nível de atenção primário, possam ser referenciados para a Sala de Estabilização (SE) do município. As unidades de atenção básica continuarão sendo responsáveis pela contrareferência dos pacientes atendidos na rede de urgência, sendo responsáveis pelo acompanhamento e execução de atividades de promoção à saúde. A Sala de Estabilização (SE) irá garantir retaguarda de maior complexidade aos municípios de Porto Belo e Bombinhas, com fluxo e mecanismos de transferência claros, mediados pela Central de Regulação SAMU ou por equipe reguladora do serviço, a fim de garantir o encaminhamento dos casos que extrapolem sua complexidade. O transporte para os casos mais graves até a rede hospitalar será através do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel ou através da ambulância do município, mediados pelo serviço de regulação. A Sala de Estabilização irá garantir resposta nas 24 horas do dia aos usuários do SUS portadores de quadro clínico agudo de qualquer natureza, dentro dos limites estruturais da unidade e integrar as respostas às demandas da população, especialmente à noite e aos finais de semana, quando a rede básica e o Programa de Estratégia de Saúde da Família não estão ativos, em retaguarda a estas unidades. A elucidação diagnóstica e avaliação clínica será garantida pelo serviço, além de se dar ênfase especial ao re-direcionamento dos pacientes para a rede básica e Programa de Estratégia de Saúde da Família, para o adequado seguimento de suas patologias de base e condições de saúde, garantindo acesso não apenas a ações curativas, mas a todas as atividades promocionais neste nível de assistência. Atualmente, o município de Porto Belo apresenta pactuação com o SAMU 192 locorregional do município de Itapema, que é responsável em garantir retaguarda técnica, sempre que a gravidade/complexidade dos casos atendidos no município ultrapassarem a capacidade instalada. O SAMU pode ser acionado mediante a necessidade de encaminhamento de pacientes à rede hospitalar, através da Central de Regulação SAMU, e/ou para transporte de pacientes, cuja gravidade impeça que o serviço de transporte do município realize a transferência. O município também PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 56 apresenta pactuação com hospitais regionais, conforme a Programação Pactuada e Integrada (PPI) de Assistência Ambulatorial firmada com a Secretaria de Estado da Saúde. Contudo, a principal referência hospitalar para a urgência e emergência é o Hospital Santa Inês de Balneário Camboriú, que garante retaguarda para internação hospitalar de pacientes de Porto Belo. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A Assistência Farmacêutica envolve a gestão da política, estratégias e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde que têm o medicamento como insumo essencial, preocupando-se também com o enfrentamento do risco de reações adversas e o crescente número de intoxicações pelo uso indiscriminado de medicamentos que representam um sério problema de saúde pública. O SUS organiza os insumos da Assistência Farmacêutica em listas de medicamentos, sendo as listas de medicamentos essenciais (relação municipal de medicamentos essenciais/REMUME) e os medicamentos especiais de fornecimento obrigatório e regular através das farmácias das unidades básicas municipais, conforme pactuação da CIB. Atualmente, a farmácia básica do município disponibiliza cerca de 103 medicamentos. Os medicamentos essenciais são aqueles que satisfazem as necessidades sanitárias da maioria da população; os medicamentos especiais, cuja responsabilidade de repasse ao município é da Secretaria de Estado da Saúde, são aqueles indicados nos protocolos pré-estabelecidos, definidos por critérios técnicos e estudos de medicina baseada em evidências clínicas para a terapêutica de agravos mais prevalentes ou de maior demanda local. Contudo, alguns itens da lista de medicamentos estratégicos direcionados ao tratamento de um grupo de agravos agudos ou crônicos específicos contemplados em programas do Ministério da Saúde, como os tratamentos para tuberculose e hanseníase, já são fornecidos na rede municipal. O uso racional de medicamentos, estabelecido pela OMS como a utilização dos medicamentos próprios para determinada situação clínica, em dosagens que satisfaçam as necessidades individuais por um período adequado e ao menor custo possível, requer a revisão permanente da REMUME. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 57 VIGILÂNCIA EM SAÚDE A Vigilância em Saúde é um conceito que se expressa no acompanhamento da saúde da população através de um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos e agravos à saúde do indivíduo, da coletividade e ambiental pela intervenção nos problemas que podem desencadeá-los. Seguindo uma das diretrizes do SUS que é a descentralização, o município tem assumido gradativamente as ações de vigilância em saúde, permitindo assim maior agilidade na identificação de doenças, agravos e outros fatores que possam comprometer a saúde dos indivíduos e do meioambiente. A avaliação do risco epidemiológico e a análise do impacto de determinados eventos sobre a saúde da população fundamentam a programação das atividades da Vigilância em Saúde. Ademais, o atendimento à demanda espontânea que chega do cidadão é considerado em conjunto com outras atividades a serem desenvolvidas rotineiramente. VIGILÂNCIA SANITÁRIA Os principais objetos de interesse da Vigilância Sanitária são os problemas sanitários decorrentes da produção, distribuição, comercialização e uso de bens de capital e de consumo e da prestação de serviços de interesse da saúde. A Vigilância Sanitária deve exercer também a fiscalização e o controle sobre o meio ambiente e os fatores que interferem na sua qualidade, abrangendo os processos e ambientes de trabalho, habitação e de lazer. A constante vigilância nos estabelecimentos tem permitido uma maior garantia da qualidade dos produtos apresentados e credibilidade dos serviços junto à população. A liberação do Alvará Sanitário também é uma ação que permite a garantia de que os estabelecimentos estejam dentro das normas e padrões exigidos pela legislação. Tabela 30: Atividades Realizadas pela Vigilância Sanitária.Porto Belo, 2008. ATIVIDADES Nº Alvarás Sanitários 118 Atendimentos de Denuncia 147 Análises de Projetos 286 Fonte: Relatório de Atividades 2008, SMS Porto Belo. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 58 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A Vigilância Epidemiológica tem por missão conhecer o perfil dos agravos ocorridos no município, monitorando a ocorrência de agravos de notificação compulsória e buscando conhecer os fatores relacionados à sua ocorrência. É a análise e divulgação das informações referentes aos eventos vitais e o perfil de morbidade em Porto Belo que subsidiam o planejamento e avaliação das ações em saúde com informações oportunas. A Vigilância Epidemiológica também coordena as ações necessárias à prevenção e controle de doenças transmissíveis, identificando mudanças de comportamento das doenças e atuando de forma oportuna e coordenando a ocorrência de surtos ou surgimento de doenças inusitadas. DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA O monitoramento das doenças e agravos de notificação compulsória é estratégico para o planejamento hábil de ações preventivas e curativas, em situações de relevância para a saúde coletiva. Entre as doenças e agravos de notificação compulsória, destacam-se alguns agravos em 2008, conforme a seguinte tabela: Tabela 31: Alguns agravos de notificação compulsória, Porto Belo, 2008. No de Casos confirmados Agravo Atendimento Anti-Rábico 30 Varicela 67 Acid. c/ animais peçonhentos 01 Tuberculose 08 Fonte: MS/Sinan (2008) O Atendimento anti-rábico, gerado pela ocorrência de ferimento provocado por ataque de animais (geralmente cães ou gatos) a seres humanos, é o agravo de notificação mais freqüente, com atendimento de 30 pessoas em 2008. É um problema freqüente, que requer o planejamento de ações específicas para a causa do problema. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 59 DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Hepatites A Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis vem monitorando a ocorrência das hepatites virais no município, desenvolvendo e incentivando ações preventivas integradas às ações de educação em saúde. Busca-se qualificar o atendimento, incentivando o diagnóstico precoce e adoção oportuna de medidas de interrupção da cadeia de transmissão. Tuberculose O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) busca a redução dos casos e das mortes pela doença pela metade até 2015, meta estipulada pelos Objetivos do Milênio. Para tanto, faz-se necessário o cumprimento de metas, como a identificação de, no mínimo, 70% dos casos estimados de tuberculose no município, e a cura de, pelo menos, 85% destes casos. Espera-se que um maior envolvimento e responsabilidade no manejo da doença pelas equipes de saúde da família contribua para a melhoria destes índices, facilitando o acesso do paciente ao tratamento. Hanseníase O Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH) apresenta como estratégia a decisão política de alcançar baixos níveis endêmicos dessa doença, através principalmente da intensificação da descentralização das ações de diagnóstico e tratamento em grande escala na atenção básica. Para 2010, a meta de prevalência de menos de um caso/10.000 habitantes deverá ser alcançada em todos os municípios do País. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS O serviço municipal vem trabalhando a fim de aprimorar e qualificar continuamente o atendimento dos casos DST/AIDS. Percebendo a importância do diagnóstico precoce do HIV/AIDS, o município propôs um centro de testagem e aconselhamento para HIV, com aconselhamento pré e pós-teste realizado pelos profissionais treinados e qualificados. Embora o acompanhamento tanto dos infectados PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 60 pelo HIV como dos doentes de AIDS seja realizado no serviço de referência em outro município, as equipes de saúde da família também tem acompanhado estes pacientes na sua integralidade, permitindo um melhor acesso dos mesmos aos serviços de saúde. Na área de prevenção, destacam-se propostas de intervenções que buscam disseminar informações sobre HIV e AIDS, incentivando iniciativas e buscando apoderar certos grupos para o auto-cuidado. Destacam-se: trabalhar com populações especialmente vulneráveis a infecção pelo HIV e outras doenças infecto-contagiosas, acessando usuários de drogas, moradores de rua e as comunidades em situação de risco.. buscar parcerias com empresas a fim de formar, com os trabalhadores, grupos de prevenção dentro do ambiente de trabalho. Fundamentando-se no princípio de formar multiplicadores que possam, de forma autônoma e integrada às atividades da empresa, dar continuidade aos trabalhos de multiplicar informações e incentivar práticas seguras especialmente em relação às DST/AIDS entre os trabalhadores. Parceria com aas empresas nas CIPATs. diante da proposta Saúde na Escola trabalhar especialmente com educadores, auxiliando-os a trabalhar com seus alunos questões sobre sexualidade, planejamento familiar, violência, uso de drogas e prevenção contra gestação indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. IMUNIZAÇÃO O Setor de Imunização é responsável pelo monitoramento das ações e coberturas vacinais, suporte técnico e abastecimento de vacinas à rede de atenção à saúde. A busca ativa realizada pelo agente comunitário de saúde (ACS) tem se mostrado importante ferramenta no acompanhamento dos esquemas vacinais nas crianças, juntamente com as demais ações da equipe de saúde da família. Contudo, a cobertura vacinal adequada tem sido um desafio para nosso município. Em relação à vacinação de adultos, especialmente dos idosos, a cobertura em 2009 97,69%, superando a meta pactuada de 75%. Analisando os dados do Programa Nacional de Imunizações, observa-se que a cobertura vacinal em Porto Belo nos últimos anos não tem conseguido alcançar os índices preconizados (95%) pelo PNI para a maioria das vacinas do calendário básico. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 61 Tabela 32: Cobertura populacional vacinal (%), segundo tipo de vacina. Porto Belo, 2002-2007 Imunobiológicos 2002 2003 2004 2005 2006 2007 BCG (BCG) 125.2 134.2 125.9 125.3 82.5 63.4 Contra Febre Amarela (FA) Contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) 1.3 - - - - - 43.1 1.2 - - - - Contra Hepatite B (HB) 125.8 139.6 125.4 117.0 101.0 76.3 Contra Influenza (Campanha) (INF) 67.7 Contra Sarampo 74.9 85.7 85.7 83.8 126.5 - - - - - Dupla Viral (SR) - - - - - Oral Contra Poliomielite (VOP) Oral Contra Poliomielite (Campanha 1ª etapa) (VOP) Oral Contra Poliomielite (Campanha 2ª etapa) (VOP) 139.1 137.8 121.9 123.7 90.7 79.9 130.4 120.4 119.3 104.7 97.5 89.2 Oral de Rotavírus Humano (RR) - - 41.8 88.7 Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA) 94.7 137.8 122.9 123.7 90.7 79.9 Tríplice Bacteriana (DTP) 43.7 - - Tríplice Viral (SCR) 110.0 137.8 117.7 105.5 102.1 78.9 Tríplice Viral (campanha) (SCR) - - 14.0 - - - Totais das vacinas contra tuberculose - - - - 82.5 63.4 Totais das vacinas contra hepatite B - - - - 101.0 76.3 Totais das vacinas contra poliomielite Totais das vacinas c/coqueluche, difteria e tétano Totais das vacinas contra sarampo e rubéola Totais das vacinas contra difteria e tétano Fonte: SI/PNI - - - - 90.7 79.9 - - - - 90.7 79.9 - - - - 102.1 78.9 - - - - 90.7 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 83.6 - 171.2 128.2 112.7 104.8 101.3 94.2 - - - - - 79.9 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 62 4. GESTÃO DE SAÚDE Um determinante fundamental na estruturação da Secretaria Municipal de Saúde, foi a adesão do município de Porto Belo, no mês de maio de 2009 ao Pacto de Gestão, o que tornou o município Gestão Plena em Saúde, sendo o 6º município da Macro Região da Foz do Rio Itajaí a atingir esta condição. Isto significa que vários requisitos foram atingidos, como comprovar a disponibilidade estrutural de recursos humanos e de serviços realizados, comprovar capacidade técnica e administrativa sobre as ações do sistema de saúde, dispor de médico formalmente designado pelo gestor como responsável pela autorização prévia, controle e auditoria dos procedimentos e serviços realizados, etc. Esta importante conquista tornou possível viabilizar novos projetos e fortalecer significativamente as ações em saúde no município. A gestão da saúde possui como diretriz a qualificação das ações de planejamento e programação em saúde, através de uma política de descentralização baseada nas necessidades da comunidade. Porto Belo vem se preparando para assumir suas responsabilidades sanitárias, construindo uma política de saúde a partir das realidades regionais e conforme a nova lógica do Ministério da Saúde, que é o Pacto pela Saúde. Com isso, reafirmando seu compromisso público com base nos princípios constitucionais do SUS. As ações de planejamento possuem especial importância neste processo de consolidação, nas quais as necessidades de saúde da população devem ser adotas como critério para o processo de planejamento, monitoramento e a avaliação, sendo o Plano Municipal de Saúde o instrumento referencial básico por refletir as diferentes realidades locais. A atual estrutura organizacional segue a seguinte configuração: De acordo com o organograma abaixo, pode-se evidenciar que a estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento dividide-se em departamentos e setores. Em 2009, foi realizado um levantamento das necessidades, no qual foram definidas algumas ações gerenciais: Reestruturação e ampliação do Departamento de Controle e Avaliação, com criação do cargo de médico auditor e regulador; Reestruturação da Central de Veículos, com ampliação da frota; Reestruturação do Departamento de Saúde Pública, com criação do cargo de Gestor de Saúde Bucal; PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 63 Reestruturação do Departamento de Saneamento Básico, com ampliação funcional; Reestruturação do Setor Técnico Administrativo; Elaboração dos instrumentos de gestão: Plano Municipal de Saúde, Relatório Anual de Gestão, Programação Pactuada e Integrada – PPI, Plano Plurianual PPA; Criação de um sistema de software de gestão em saúde para qualificar o processamento de dados. Figura 8: Organograma atual da Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento: INVESTIMENTOS A Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento busca otimizar recursos e oferecer melhorias e projetos à comunidade. Assim, nos últimos anos, diversos investimentos foram alocados em reformas de unidades de saúde, aquisição de veículos e materiais e equipamentos. Esses investimentos permitiram beneficiar à comunidade e contribuíram para o avanço das ações de saúde pública. Os principais PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 64 investimentos realizados nos últimos três anos são: reforma do Posto de Saúde Central, reforma da unidade de saúde do Sertão, construção da unidade de saúde Vila Nova, reforma e implantação do Centro Integrado de Atenção em Saúde (CIAS), reforma e ampliação das unidades de Santa Luzia e Alto Perequê (em andamento), construção do Posto de Atenção Infantil – PAI (em andamento), aquisição de diversos veículos novos, permitindo ampliar e qualificar a frota, que atualmente conta com 10 veículos, etc. A gestão municipal também tem investido na tecnologia da informação como estratégia para a agilização dos processos de tomada de decisões, planejamento e demais atividades relacionadas aos serviços de saúde, através de um processo de informatização da administração central e das unidades de saúde. INFORMAÇÃO EM SAÚDE Existe a proposta de informatização integral das unidades de saúde e implantação de software de gestão em saúde, que irá permitir agilizar o processo de gestão e aprimorar a coleta de dados de produção nas unidades de saúde através da compatibilização de dados com os sistemas de informação em saúde do banco de dados do SUS (DATASUS). O objetivo é eliminar a necessidade de digitação intermediária desses dados. Portanto, a completa informatização das unidades de saúde é primordial para o fortalecimento da gestão da saúde, que requer uma base de dados qualificada. Paralelamente, a secretaria economizaria no gasto com papel, tinta de impressora e custeio do digitador. A Secretaria Municipal de Saúde já utiliza o Sistema Nacional de Regulação SISREG, que é um sistema on-line de gerenciamento da Central Regional de Marcação de Consultas e Exames especializados que visa a otimização na utilização dos recursos, maior controle no fluxo de atendimento e encaminhamento dos usuários, mais rapidez no agendamento de consultas e exames, contribuindo, assim, para a humanização do atendimento. A implantação dos sistemas de informação configuram um passo importante para a qualificação do gerenciamento dos serviços, especialmente de média complexidade. Com a regulação, otimiza-se a oferta de ações e serviços, estabelece-se um fluxo eficaz de referência e contra-referência, de encaminhamentos de pacientes e de agendamento de consultas e exames, garantindo-se o acesso da população aos serviços da média complexidade. O município passou a agendar as consultas de seus usuários, a ter o controle dos prestadores de serviço, facilitando o PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 65 agendamento/encaminhamento, aprimorando a qualidade dos serviços prestados à população. FINANCIAMENTO As necessidades de financiamento da saúde são grandes. Isso faz com que as autoridades das três esferas de governo estejam sempre se empenhando na busca de fontes adicionais de recursos. Com o objetivo de garantir os recursos necessários para o atendimento da saúde pública, em 13 de setembro de 2000, foi editada a Emenda Constitucional nº 29, que alterou a Constituição Federal de 1988. O novo texto assegurou a efetiva coparticipação da União, dos Estados e dos Municípios no financiamento das ações e serviços públicos de saúde. A exemplo do que vinha ocorrendo com os mínimos exigidos para a educação, foram estabelecidos percentuais mínimos das receitas da União, dos Estados e dos Municípios, a serem aplicados em ações e serviços de saúde. Os recursos públicos destinados às ações e serviços de saúde devem ser aplicados, obrigatoriamente, por meio dos Fundos de Saúde, sendo acompanhados na sua destinação e utilização pelos respectivos Conselhos de Saúde, tanto da União, quanto dos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que garante a participação da comunidade no controle dos recursos destinados à área da saúde. Os Estados e Municípios que não cumprirem os limites mínimos estabelecidos pela Constituição Federal estão sujeitos a sanções que vão, desde a retenção das transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), até a intervenção da União no Estado ou do Estado no Município. Os recursos federais do SUS são transferidos aos níveis estadual e municipal mediante remuneração por serviços produzidos (SIA/AIH), celebração de convênios e instrumentos congêneres, e transferências fundo a fundo. A transferência fundo a fundo é realizada, regular e automaticamente, da União para os Estados e Municípios, para o financiamento das ações e/ou programas de saúde executados, de acordo com a condição de gestão a que estejam habilitados, sendo essa a principal modalidade de transferência de recursos federais para os Estados, Municípios e Distrito Federal, a título de financiamento das ações e serviços de saúde. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 66 Os recursos destinados à execução da Atenção Básica e das ações específicas de Programas e Incentivos do Ministério da Saúde são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais ou Municipais de Saúde, observadas as condições de gestão bem como as qualificações de estados e municípios aos respectivos Programas e Incentivos de acordo com a regulamentação específica. Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde provêm de diversas fontes, sendo destinados a programas e ações específicas. Os recursos federais da saúde são repassados em cinco blocos de financiamento: Atenção Básica, Atenção de Média e Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS. Já os recursos estaduais são repassados através do Co-financiamento da Atenção Básica e da Farmácia Básica. Outra forma de financiamento, são os convênios compactuados com o Governo Estadual, que permitem o repasse de recursos específicos para a execução de projetos de melhorias. Os recursos do Governo Federal são repasses exclusivos para financiamento de projetos específicos e representam fontes potenciais de aporte financeiro para diversos projetos de desenvolvimento futuros, a serem implantados no município. A Emenda Constitucional nº. 029/2000 preconiza a aplicação mínima na saúde de 15% dos recursos oriundos da transferência de impostos municipais, estaduais e da União. A Em 2009, foi realizado um repasse de 16 % para aplicação em saúde, visando atender a programação orçamentário-financeira anual definida nas Leis de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária Anual – LOA, calcadas nas responsabilidades decorrentes do preceito constitucional e da missão institucional. Este incremento é significativo em relação aos anos anteriores e reflete o compromisso da gestão com as novas ações e serviços a serem realizados frente ao Pacto pela Saúde. O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) é um sistema de coleta e consolidação de informações sobre as receitas totais e despesas com ações e serviços públicos de saúde das três esferas de governo, proporcionando à sociedade o conhecimento sobre a aplicação dos recursos públicos nesta área através de um instrumento de acompanhamento do cumprimento da Emenda Constitucional nº. 29/2000. A elaboração da peça orçamentária deve observar a estreita articulação com todos os serviços e áreas da SMS, bem como atender às novas normas de financiamento do SUS, além dos compromissos firmados no Pacto pela Saúde. Tais medidas permitem maior precisão na dotação orçamentária, a fim de que se amplie ainda mais os recursos destinados à saúde. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 67 É fundamental reconhecer que os recursos financeiros, destinados às ações de saúde, são otimizados com um planejamento voltado para o atendimento das necessidades de saúde da população. É necessária a construção de uma gestão orçamentária-financeira do SUS que integre as funções planejar, orçar, executar, acompanhar, fiscalizar e avaliar os recursos aplicados em saúde, para tanto, existem instrumentos orçamentários como a Lei de orçamento anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual. GESTÃO DE PESSOAS E DO TRABALHO O Departamento de Saúde Pública, em parceria com o Setor de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal, é o departamento responsável pela gestão dos funcionários do sistema municipal de saúde de Porto Belo. Buscam-se como princípios para o padrão de qualidade no trabalho: comprometimento da administração central, melhoria contínua dos processos, educação permanente e comprometimento dos colaboradores. Acredita-se que gerir pessoas não significa apenas sinônimo de controle, padronização ou rotina, e sim, estimular o envolvimento e o desenvolvimento e ampliação da capacidade profissional das mesmas. Esta tarefa vai além das funções de cumprimento de atividades de treinamento, capacitação e educação continuada, atividades burocráticas e administrativas ou na elaboração de planos de cargos e salários, variando a sua estrutura de acordo com a complexidade de sua organização. Especificamente no sistema de saúde as ações possuem um alto grau de complexidade, decorrente da descentralização das políticas públicas que transferiu para os níveis mais periféricos as decisões e as ações, contribuindo para a construção de um novo papel para as organizações e seus gestores, passando o nível municipal a assumir funções inovadoras, para as quais ainda não possuía experiência acumulada, o que transformou algumas atividades em desafios. Atualmente a Secretaria Municipal de Saúde conta com aproximadamente 138 servidores, distribuídos em diferentes áreas, conforme a Tabela 33. A análise desses dados é de extrema relevância nos processos decisórios que visam a recomposição do quadro funcional, principalmente ao se observar o relativo número de funcionários com contrato temporário, o que dimensiona bem a necessidade de criação de novos cargos e concurso público, providência que reflete a intenção do gestor na desprecarização das relações de trabalho e qualificação da instituição. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 68 A Secretaria Municipal de Saúde tem se empenhado para regularizar a contratação e admissão de seus colaboradores, sendo que realizou um Concurso Público em novembro de 2007, para o quadro geral, e outro Concurso Público e Processo Seletivo, em julho de 2009, específico para a Estratégia de Saúde da Família. Com isso, foi possível completar o quadro funcional e criar uma comissão para análise e certificação dos processos de seleção pública. Na tabela abaixo, segue a relação funcional completa dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento de Porto Belo em 2009, no qual é evidenciado o grande número de servidores efetivos. Tabela 33: Distribuição dos funcionários da SMS, por função e vínculo. Categorias Médicos Odontólogos Enfermeiros Farmacêuticos Psicólogos Fonoaudióloga Nutricionistas Técnicos de Enfermagem Auxiliares de Enfermagem. Técnicos de Radiologia Atendentes de consultorio dentário Agentes Comunitários de Saúde Agentes da Dengue Auxiliares Administrativos Motoristas Telefonistas Serventes Estagiários Fiscal de Vigilância Epidemiológica Vigias Total Em função UNIDADES SES administrativa Efetivo Licença UNIDADES Efetivo Efetivo 16 10 12 3 2 1 1 1 1 3 1 8 8 12 2 2 1 1 1 19 4 19 2 4 3 2 2 7 6 30 30 1 4 ACT 1 1 1 1 1 1 2 2 10 2 8 0 09 3 1 1 2 8 1 3 1 3 TOTAL: 138 Fonte: Relatório SMS Porto Belo, Dezembro, 2009. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 6 1 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 69 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL A Secretaria Municipal de Saúde investe no processo de educação em saúde para qualificação da força de trabalho obedecendo à lógica da educação permanente e continuada, assim como outros mecanismos de cooperação técnica intra e interinstitucionais para o fortalecimento da sua rede prestadora de serviços. O enfrentamento dos desafios situados no campo da gestão do trabalho nos serviços de saúde requer ousadia de ação, não ficando restrito à abordagem analítica do tema ou à simples advertência de que é preciso buscar novos caminhos. Em 2009, 70% dos funcionários que atuam na Administração Central participaram do Curso Planejasus. Além disso, os funcionários participaram de diversos cursos de capacitação na região e no estado, principalmente nas áreas de atenção básica e vigilância em saúde. Para 2010, está previsto um curso de capacitação através da Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI para os profissionais da ESF. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL O controle social, produto de conquistas democráticas, é um importante instrumento para o exercício da cidadania, uma vez que confere à população o papel de sujeito do direito à saúde e da exigência do cumprimento do dever por parte do Estado. Confere também o papel de controlador do funcionamento dos serviços e aos profissionais de saúde, espaço livre para manifestação de idéias e tendências técnicocientíficas. Esta participação social nas decisões em saúde é um dos princípios fundamentais do SUS, devendo ser fortemente favorecida para se garantir um controle construtivo e responsável. A Secretaria Municipal de Saúde tem incentivado a participação da população através de suas entidades representativas, que são o conselho local e municipal de saúde e a conferência municipal. Esta parceria é necessária para assegurar que as ações em saúde, por ser um bem público, não sejam decididas unilateralmente, preservando assim os direitos e o poder da população. CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Porto Belo é um órgão de deliberação coletiva e de caráter permanente, criado pela Lei Municipal no. 647 de PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 70 04/12/91 e reformulado pela Lei Municipal Nº 1422 de 29/12/05. Atualmente as reuniões ordinárias são sistemáticas e sempre que necessário, convocam-se também reuniões extraordinárias. Desta forma, para se garantir a avaliação imparcial das necessidades de problemas de saúde, é imperiosa a qualificação dos conselheiros para uma participação mais ativa no processo decisório. Contudo, observa-se uma contribuição significativa dos conselheiros, que cumprem o exercício de suas competências e consequentemente, a representatividade da participação social. CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE As Conferências de Saúde representam o fórum oficial de debates e decisões das entidades representativas da sociedade sobre a saúde do município e embora determinadas em lei, nem sempre têm seus prazos de realização cumpridos. Desde a década de 1990 vem se adotando cada vez mais a prática de conferências temáticas. Porto Belo realizou a última Conferência Municipal de Saúde no dia 04 de setembro de 2007, a qual discutiu e elaborou propostas sobre o tema central da 13ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em novembro de 2007: “Saúde e Qualidade de Vida: Políticas de Estado e Desenvolvimento”. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 71 PARTE III - FORMULAÇÃO DOS COMPROMISSOS PARA 2010 – 2013 O Plano Municipal de Saúde é o elemento fundamental do Pacto pela Saúde, pois rompe os limites setoriais ao permitir que a sociedade organizada participe efetivamente, não só conjugando esforços na consolidação do SUS, mas também pela revelação de suas necessidades prioritárias. A elaboração deste documento deu-se a partir de um criterioso estudo pelas áreas técnicas da secretaria, dos diversos relatórios de saúde, prestação de contas e outros instrumentos de gestão para a realização de um diagnóstico preliminar das necessidades e identificação dos fatores limitantes do desenvolvimento. A formulação dos compromissos, além da definição das prioridades abaixo relacionadas, segue a estrutura semelhante a do Plano Nacional de Saúde e da Portaria GM n°. 3232/06, estabelecendo os objetivos, diretrizes e metas. PRIORIDADES As ações de planejamento possuem especial importância no processo de consolidação do SUS, nas quais as necessidades de saúde da população devem ser adotadas como critério para o processo de planejamento, monitoramento e a avaliação. Para tal, uma das medidas primordiais é a definição de prioridades a partir dessas necessidades articuladas com os três componentes do Pacto pela Saúde: a vida, a defesa do SUS e a gestão. Após uma criteriosa análise dos dados epidemiológicos da população, outras informações em saúde e das necessidades técnicas e operacionais, destacou-se um rol de prioridades, que após serem validadas pelo Conselho Municipal de Saúde, servirão como referência para todo o processo de planejamento das ações e estratégias e na distribuição de recursos. 1. Consolidar e qualificar a Estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção à saúde; 2. Promover a integralidade da atenção à saúde, de forma interdisciplinar e intersetorial para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 72 no Pacto pela Saúde 2006, nos seus três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em defesa do SUS e Pacto de Gestão 3. Consolidar a humanização e o acolhimento por meio de abordagem integral e contínua do indivíduo no seu contexto familiar, social e do trabalho; 4. Reduzir a morbi-mortalidade por causas externas e por doenças controláveis de grande incidência local; 5. Qualificar a gestão da saúde, com ênfase no fortalecimento do financiamento e tecnologia da informação e comunicação; 6. Fortalecer a gestão participativa e descentralizada, buscando uma avaliação das ações; 7. Concluir o processo de informatização de todas as unidades de saúde; 8. Implantar a nova estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde; 9. Promover a readequação física e tecnológica das unidades de saúde; 10. Revisar e implementar novo processo de territorialização e geoprocessamento; 11. Qualificar a gestão e ações de Vigilância em Saúde – Sanitária, Ambiental, Epidemiológica, Alimentar e Nutricional e da Saúde do Trabalhador – para a redução dos principais riscos e agravos à saúde da população; e Após análise da situação de saúde de Porto Belo e identificação das prioridades, a política municipal foi expressa através da formulação dos seguintes compromissos de gestão, cujos resultados devem ser buscados no período de quatro anos. Os compromissos estão agrupados em objetivos que nortearam a definição de diretrizes e metas, que por sua vez descrevem o que se pretende fazer para superar, reduzir, eliminar ou controlar os problemas identificados. O detalhamento das ações e outros elementos de conseqüência prática não estão definidos no presente documento, pois são elementos pertencentes à programação de saúde. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 73 OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PORTO BELO: QUADRIÊNIO 2010 - 2013 OBJETIVOS, DIRETRIZES E METAS: 1. AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL OBJETIVO 1: FORTALECER A ATENÇÃO BÁSICA. DIRETRIZ 1: CONSOLIDAÇÃO DA POLÍTICA DE ATENÇÃO BÁSICA METAS PERÍODO Formular a política municipal de atenção integral à saúde, fundamentada nos princípios da Atenção Básica. Consolidar o acolhimento e humanização em todos as unidades de saúde Implantar os Programas de Saúde da Mulher, Saúde do Homem, Saúde da Criança, Saúde do Idoso e Saúde Mental Garantir ações de educação permanente, com temas coerentes com as necessidades locorregionais 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Continuar aprimorando os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da atenção básica, em consonância com os protocolos e diretrizes nacionais e estaduais e adequados às 2010 - 2013 características do município Qualificar a gestão da atenção básica 2010 - 2013 Incentivar e implementar práticas de medicina complementar na atenção básica, como acupuntura, fitoterapia, entre outros. 2010 - 2013 DIRETRIZ 2: ESTRUTURAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) METAS PERÍODO Atingir 100% de cadastramento da população na Estratégia de Saúde da Família Garantir a composição completa dos profissionais das equipes PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 2010 - 2013 2010 - 2013 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 74 Capacitar 100% dos novos profissionais a serem integrados nas equipes 2010 - 2013 Definir e implantar política de planejamento e avaliação do desempenho das equipes de Estratégia de Saúde da Família 2010 - 2013 Aprimorar e informatizar o prontuário familiar 2010 - 2013 Manutenção do Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF Adequar através de construção e ampliação as unidades de saúde para realizar serviços e ações da atenção básica, de acordo com a população adscrita e normas técnicas vigentes Elevar a média mensal de visitas domiciliárias por família para 100% de famílias cadastradas 2010 – 2013 Manutenção do Programa de Agentes Comunitários de Saúde Informatizar 100% das unidades de ESF 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 – 2013 2010 – 2013 OBJETIVO 2: QUALIFICAR OS PROGRAMAS E AÇÕES DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE. DIRETRIZ 1: APRIMORAR AÇÕES DE PROMOÇÃO Á SAÚDE DA CRIANÇA METAS PERÍODO Disponibilizar a caderneta da Criança a 100% dos nascidos vivos do município 2010 - 2013 Implantar política de incentivo à amamentação em 100% das unidades de saúde 2010 - 2013 Desenvolver e implantar ações de saúde do escolar 2010 - 2013 DIRETRIZ 2: FORTALECER AS AÇÕES DE PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA METAS PERÍODO Implantar academias ao Ar Livre no município 2010 - 2013 Realizar articulações intersetoriais para concessão e melhoria de espaços públicos para realização de atividades físicas 2010 - 2013 Realizar e promover ações educativas com as equipes e os usuários visando a incorporação da prática de atividade física regular 2010 - 2013 Realizar capacitação para atualização dos profissionais das ESF em atividade física, visando a prevenção de doenças e promoção da saúde. 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 75 DIRETRIZ 3: QUALIFICAR A ATENÇÃO PRÉ-NATAL METAS Criar um protocolo de Pré-natal PERÍODO 2010 - 2013 Captação precoce das gestantes cadastradas Garantir referência e contra-referência nos encaminhamentos das gestantes de alto risco Garantir consulta de puerpério até o 45º dia após o parto das gestantes acompanhadas 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Realizar consulta pediátrica pré-natal por volta da 34ª semana gestacional 2010 - 2013 Garantir a realização dos exames complementares de pré-natal preconizados pelo MS 2010 - 2013 Aprimorar o Sistema de Informação SISPRENATAL 2010 - 2013 DIRETRIZ 4: FORTALECER O PLANEJAMENTO FAMILIAR METAS Criar um protocolo de Planejamento Familiar PERÍODO 2010 - 2013 Estabelecer o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de planejamento familiar 2010 - 2013 Implementar o Planejamento Familiar nas unidades de saúde 2010 - 2013 Criar estratégias específicas para redução da gravidez na adolescência 2010 - 2013 Disponibilizar na rede de saúde os métodos contraceptivos definidos no Protocolo Elaborar cartilha educativa sobre o protocolo de uso dos métodos contraceptivos Referenciar ao serviço especializado os usuários que desejarem realizar métodos cirúrgicos esterilizantes, quando indicados 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 5: FORTALECER AS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL METAS PERÍODO Ampliar o número de equipes de Saúde Bucal conforme o crescimento populacional 2010 - 2013 Garantir o auxiliar de saúde bucal para os cirurgiões-dentistas Manter serviço de referência em radiologia odontológica 2010 - 2013 2010 - 2013 Adequar a área física e equipamentos aos critérios para atendimento odontológico nas unidades de saúde 2010 - 2013 Padronizar os materiais e instrumentais odontológicos das 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 76 unidades de saúde Manter o serviço de Odontopediatria 2010 - 2013 Participar do monitoramento da fluoretação das águas de abastecimento público 2010 - 2013 Implantar medidas de prevenção/redução de riscos ocupacionais Consolidar o Protocolo de Atenção em Saúde Bucal Realizar levantamento epidemiológico de cárie dentária de 4 em 4 anos Ampliar em 100% dos escolares a cobertura de ação coletiva de escovação dental supervisionada Realizar módulos de educação permanente Implantar os projetos de saúde bucal: “Sorria Porto Belo”, “Dente Caduco”, “Saúde Bucal para a Melhor Idade” e “Sorriso Especial”. Buscar junto ao Ministério da Saúde, através de projeto, Unidade Odontológica Móvel para o desenvolvimento de ações de atenção à saúde bucal. 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 6: REESTRUTURAR O MODELO DE ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL METAS PERÍODO Implantar o Programa de Saúde Mental, com definição dos fluxos e criação de protocolo 2010 - 2013 Buscar parceria microrregionaol para implantação do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) 2010 - 2013 Atuar como equipe de apoio à Estratégia de Saúde da Família na lógica matricial em 100% das unidades de saúde através do NASF Consolidar as diretrizes clínicas/terapêuticas para instrumentalizar os profissionais da rede Realizar ações de educação permanente aos profissionais da rede Capacitar as equipes de saúde para atendimento de casos com transtorno mental Adequar sistema de armazenamento e manipulação de dados para saúde mental com informações técnicas e gerenciais Pactuar leitos psiquiátricos em Hospitais Gerais locorregionais Mapear e adequar espaços físicos estratégicos para realização de atividades de grupoterapia em saúde mental 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 7: FORTALECER AÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 77 METAS PERÍODO Capacitar 100% dos profissionais em Saúde do Idoso Implantar o Protocolo de Atenção à Saúde do Idoso Criar um serviço de referência em saúde do idoso no município Garantir o acolhimento preferencial ao idoso em situação de vulnerabilidade nas unidades de saúde Priorizar o atendimento integral aos idosos cadastrados e acompanhados nas unidades de ESF Implantar a prática de atividades físicas nas unidades de saúde através dos grupos de educação em saúde Estruturar a visita sistemática dos Agentes Comunitários para 100% dos idosos atendidos nas unidades de ESF Distribuir caderneta de saúde do idoso para 100% dos idosos atendidos nas unidades de ESF Atingir e manter cobertura vacinal da influenza igual ou acima de 80% Implantar Grupo de Educação em Saúde para idosos hipertensos/ diabéticos em 100% das unidades de ESF Definir e elaborar indicadores na Saúde do Idoso para avaliar ações implantadas e direcionar novas ações 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 OBJETIVO 2: FORTALECER OS NÍVEIS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DIRETRIZ 1: QUALIFICAR A ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE E CONSOLIDAR O COMPLEXO REGULADOR MUNICIPAL METAS Estruturar e organizar a lista de espera da média e alta complexidade Encaminhar 100% das solicitações de TFD da população no município Utilizar protocolos de regulação de acesso, em consonância com os protocolos e diretrizes nacionais, estaduais e regionais. Estabelecer e negociar critérios para quantificação das cotas de exames e consultas especializadas PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Manutenção do consócio intermunicipal de saúde, como forma de instrumentalizar o município para oferta de serviços complementares em saúde 2010 - 2013 Adequar a infra-estrutura do Departamento de Controle e Avaliação 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 78 DIRETRIZ 3: FORTALECER O SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA METAS PERÍODO Ampliar a oferta de serviços de urgência e emergência através da implantação de uma Sala de Estabilização (SE) no Posto de Saúde Central 2010 - 2013 Capacitar as equipes de saúde em urgência e emergência Capacitar os motoristas que atuam nas ambulâncias municipais 2010 - 2013 2010 - 2013 Reformar e equipar o Posto de Saúde Central para o funcionamento da Sala de Estabilização 2010 - 2013 Criar um fluxo de atendimento, estabelecendo as portas de entrada das urgências e emergências 2010 - 2013 Estruturar as unidades de atenção básica para o atendimento de urgências 2010 - 2013 Manter a pactuação com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências SAMU 192 locorregional Manter a pactuação com os hospitais regionais para a retaguarda hospitalar das urgências 2010 - 2013 2010 - 2013 OBJETIVO 3: QUALIFICAR A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FACILITAR O ACESSO AOS INSUMOS ESTRATÉGICOS DIRETRIZ 1: ORGANIZAR A GESTÃO DOS MEDICAMENTOS COM BASE NO USO RACIONAL METAS Implantar a nova REMUME (Relação Municipal de Medicamentos). PERÍODO 2010 - 2013 Capacitar 100% dos prescritores para o manuseio dos protocolos clínicos municipais, orientando o uso racional de medicamentos 2010 - 2013 Definir em conjunto com os setores competentes internos e externos as normas e critérios para dispensação dos medicamentos básicos, do Programa de Medicamentos Excepcionais e dos medicamentos da lista complementar para usuários do SUS (rede básica, especializada e hospitalar) e para pacientes oriundos do setor privado. 2010 - 2013 DIRETRIZ 2: ADEQUAR AS INSTALAÇÕES FÍSICAS DAS FARMÁCIAS DAS UNIDADES DE SAÚDE PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 79 METAS PERÍODO Realizar levantamento das necessidades de reforma, ampliação e adequação conforme a política de assistência farmacêutica vigente. Elaborar e aprovar um plano de prioridades para adequação da área física das farmácias municipais Executar o plano de adequação das instalações físicas 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 3: GARANTIR A VIABILIDADE TÉCNICA E GERENCIAL DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA METAS PERÍODO Manter profissional farmacêutico com responsabilidade técnica Discutir e aprovar as atribuições de cada nível e setor da Secretaria Municipal de Saúde quanto ao gerenciamento da assistência farmacêutica Elaborar o Regimento Interno da Assistência Farmacêutica Estruturar e garantir as condições técnicas e de pessoas para o controle de estoque de medicamentos 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 4: ADEQUAR OS INSTRUMENTOS NORMATIVOS OPERACIONAIS METAS Organizar, discutir e implantar um ato normativo sobre gestão, uso e controle de medicamentos. Organizar e implantar os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) sobre a distribuição de medicamentos e recebimento. Organizar e implantar os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) sobre o Armazenamento e Controle de Estoque de Medicamentos. Organizar, revisar e implantar os procedimentos e instrumentos da supervisão de Assistência Farmacêutica com o objetivo de detectar problemas locais e orientar as ações referentes ao direcionamento à política e às etapas do ciclo de assistência farmacêutica. Promover o aperfeiçoamento e a implantação do sistema informatizado de controle de estoque. Apoiar e promover a capacitação de pessoal para utilização do sistema informatizado PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 80 DIRETRIZ 5: FOMENTAR OS PROGRAMAS DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA METAS PERÍODO Criar o cadastro de beneficiários de medicamentos fornecidos via judicial, unificando informações da Secretaria de Estado da Saúde e ao Ministério da Saúde Criar fluxo de avaliação dos processos judiciais de fornecimento de medicamentos, a partir da elaboração de fundamentos de defesa do município. Agilizar a emissão de pareceres técnicos dos processos de ação judicial a partir da estruturação de um banco de dados dos medicamentos mais solicitados 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Manter e aprimorar o cadastro de beneficiários que recebem medicamentos excpecionais da Secretaria de Estado da Saúde 2010 - 2013 Implantar o Programa de Medicamentos Fitoterápicos 2010 - 2013 2. COM RELAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE OBJETIVO 4: INTENSIFICAR AS AÇÕES DE CARÁTER PREVENTIVO, CURATIVO E DE VIGILÂNCIA INDIVIDUAIS E COLETIVOS. DIRETRIZ 1: REDUZIR A MORBI-MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL METAS Manter a taxa de mortalidade infantil abaixo de 9,0/1.000 Reduzir para 8 a taxa de internação por Infecção Respiratória Aguda < de 5 anos PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 Manter em 3 a taxa de internação por Doença Diarréica Aguda < de 5 anos 2010 - 2013 Reduzir para 5/1.000 a taxa de mortalidade neonatal 2010 - 2013 Manter baixo de 1 a taxa de mortalidade em < de 1 ano por diarréia 2010 - 2013 Manter abaixo de 1 a taxa de mortalidade em < 1 ano pneumonia Elevar para 90% das gestantes cadastradas a proporção de nascidos vivos de mães com 4 ou + consultas de pré-natal Elevar para 70% das gestantes cadastradas a proporção de PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 81 nascidos vivos de mães com 7 ou + consultas de pré-natal DIRETRIZ 2: EFETIVAR O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA METAS Realizar uma capacitação com os enfermeiros das unidades de saúde para sensibilizar sobre prevenção de câncer de mama e colo de útero Elaborar material educativo sobre exame clínico de mamas e coleta de Papanicolaou para as unidades de saúde PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 Elevar a razão de exames preventivos do câncer do colo uterino em mulheres de 25 a 59 anos/população feminina nesta faixa etária para 0,27 2010 - 2013 Adequar todas as unidades de saúde para realização do exame Papanicolau 2010 - 2013 Garantir referência nos casos de achado patológico Estabelecer o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços, nos casos de achado patológico Implantar o SISCOLO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 3: AMPLIAR A PREVENÇÃO DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS METAS Elevar a cobertura vacinal adequada para BCG-ID (<1ano) para 97% do subgrupo populacional Elevar a cobertura vacinal adequada para Hepatite B (<1ano) para 97% do subgrupo populacional Elevar a cobertura vacinal adequada para Poliomielite (calendário básico) para 95% do subgrupo populacional Elevar a cobertura vacinal adequada para Tetravalente (<1ano) para 95% do subgrupo populacional PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Elevar a cobertura vacinal da população com 60 anos e mais, contra influenza para 80% do subgrupo populacional 2010 - 2013 Elevar a cobertura vacinal adequada da Tríplice Viral para 95% do subgrupo populacional (<1 ano) 2010 - 2013 Imunizar 80% das gestantes que fazem pré-natal na Rede Pública 2010 - 2013 Investigar 100% dos casos registrados de eventos adversos graves pós-vacinação 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 82 DIRETRIZ 4: AMPLIAR A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS AGUDAS METAS PERÍODO Elevar p/ 90% os casos notificados, encerrados oportunamente (exceto dengue) Elevar p/ 95% as doenças exantemáticas investigadas adequadamente. Realizar coleta oportuna de uma amostra de fezes para 100% dos casos de PFA. 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Encerrar 80% dos casos de meningite bacteriana por critério laboratorial –cultura, contra-imuno-eletroforese ou látex. 2010 - 2013 Realizar diagnóstico laboratorial de 100% dos casos registrados de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola) – percentual pactuado (80 %) de casos investigados laboratorialmente. 2010 - 2013 Aumentar para 70% o número de unidades notificantes, envolvendo os serviços privados 2010 - 2013 Realizar notificação de 90% dos casos registrados de sarampo, com envio semanal de notificações positivas ou negativas por unidade notificante. 2010 - 2013 DIRETRIZ 5: CONSOLIDAR A VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS METAS PERÍODO Implantar protocolo de atenção ao paciente hipertenso e diabético 2010 - 2013 Elevar a proporção de portadores de diabetes mellitus e hipertensão arterial cadastrados no HIPERDIA 2010 - 2013 Reduzir a proporção de internações por complicações de Diabetes Mellitus 2010 - 2013 Reduzir a taxa de internação por Insuficiência Cardíaca Congestiva Reduzir a taxa de internações por acidente vascular cerebral (AVC) 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 6: AMPLIAR A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS CRÔNICAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 83 METAS PERÍODO Taxa de cura de casos de hansenía se de 80 % Taxa de curados casos de tuberculose bacilífera de 80% 2010-2013 2010-2013 Realizar Notificação de 100% dos casos de sífilis em gestantes Atender todas as crianças expostas ao HIV 2010 - 2013 2010 - 2013 Realizar campanhas informativas sobre as formas de prevenção do HIV/Aids e outras DST, para população em geral do Município de Florianópolis por meio de mídia impressa e eletrônica. 2010 - 2013 Evitar transmissão vertical de sífilis Evitar transmissão vertical do HIV 2010 - 2013 2010 - 2013 Realizar testagem para HIV de 95% das gestantes atendidas na rede pública. 2010 - 2013 Realizar testagem para sífilis (VDRL) de 99% das gestantes atendidas na rede pública 2010 - 2013 3 . CO M R E L A ÇÃ O À V I GI L Â NCI A E M S A ÚDE OBJETIVO 1: FORTALECER A GESTÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, NO QUE SE REFERE À VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, EPIDEMIOLÓGICA, SANITÁRIA, AMBIENTAL E DE SAÚDE DO TRABALHADOR, DE FORMA A AMPLIAR A SUA CAPACIDADE DE ANÁLISE DE SITUAÇÃO DE SAÚDE E DE RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO. DIRETRIZ 1: QUALIFICAR A GESTÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE METAS PERÍODO Aprimorar os sistemas de informação da Vigilância em Saúde 2010 - 2013 Desenvolver indicadores de desempenho 2010 - 2013 Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde 2010 - 2013 DIRETRIZ 2: PRIORIZAR AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA METAS Realizar as vistorias e dispensar 100% dos alvarás sanitários PERÍODO 2010 - 2013 Análise de 100% dos projetos hidro-sanitários 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 84 Dispensação de 100% dos pedidos de habite-se sanitário 2010 - 2013 Elevar para 100% o atendimento das denúncias recebidas 2010 - 2013 DIRETRIZ 4: CONSOLIDAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA METAS Cadastrar todos os sistemas de abastecimento de água para consumo humano, públicos e alternativo PERÍODO 2010 - 2013 Realizar monitoramento dos sistemas de abastecimento de água, conforme normativa. 2010 - 2013 Operacionalizar a análise da água em laboratório credenciado, buscando o cumprimento da Portaria 518/MS 2010 - 2013 DIRETRIZ 5: FORTALECER O PROGRAMA DE COMBATE ÀS ENDEMIAS METAS PERÍODO Implantar e inspecionar redes de armadilhas em todo o município Fortalecer o Programa de Combate às Endemias 2010 - 2013 2010 - 2013 Adequar os recursos materiais às necessidades do Programa 2010 - 2013 Articular com os demais setores e Regionais de Saúde o cumprimento das medidas de combate e atividades educativas 2010 - 2013 Realizar atividades de educação permanente 2010 - 2013 DIRETRIZ 8: QUALIFICAR A ANÁLISE E DIVULGAÇÃO DAS ESTATÍSTICAS VITAIS E INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS METAS PERÍODO Remessa regular do banco de dados do SINASC Notificação dos recém-nascidos de risco 2010 - 2013 2010 - 2013 Remessa regular do banco de dados do SIM Aumentar cobertura do SIM para 100% Proporção de óbitos fetais e neonatais investigados em 95% 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Proporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidas Elaborar Informes Epidemiológicos 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 9: FORTALECER O CONTROLE DE TABAGISMO E ALCOOLISMO PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 85 METAS Implantar Programa de Combate ao Tabagismo, visando oferecer o tratamento ao fumante nas unidades de saúde Implantar práticas que auxiliem no combate ao alcoolismo Realizar ações educativas de combate ao tabagismo e ao alcoolismo, incentivando a promoção de ambientes livres de fumo e promovendo a conscientização da população contra o uso do álcool e do tabaco. Implantar ações em conformidade com a política nacional de Promoção da Saúde DIRETRIZ 10: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 ALIMENTAR E NUTRICIONAL METAS PERÍODO Promover a capacitação dos profissionais sobre o SISVAN Acompanhar e monitorar os programas de suplementação alimentar Estimular ações de incentivo ao Aleitamento Materno 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Qualificar o sistema de informações de Vigilância Alimentar e Nutricional 2010 - 2013 Ampliar a vigilância nutricional da população atendida nas unidades de saúde 2010 - 2013 Notificar e investigar 100% dos casos de peso muito baixo para a idade (desnutrição grave) em crianças de 28 dias a 5 anos 2010 - 2013 Atingir 50% da cobertura da condicionalidade da saúde no Programa Bolsa Família, aumentando em 10% a cada ano. Articular a realização de atividades educativas relacionadas à Promoção da Alimentação Saudável através do NASF 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 11: FORTALECER AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR METAS Desenvolver atividades de educação permanente em saúde do trabalhador aos profissionais da rede Desenvolver ações educativas para a minimização de riscos ocupacionais PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 Realizar investigação de 100% das comunicações de acidente de trabalho (CATs) 2010 - 2013 Elaborar e implantar protocolo de investigação dos acidentes de 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 86 trabalho DIRETRIZ 12: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA TUBERCULOSE METAS Desenvolver uma campanha anual de mobilização na comunidade para busca de sintomáticos para tuberculose Desenvolver uma capacitação para os profissioanais das unidades de saúde Realizar investigação de 100% dos casos novos de TB PERÍODO 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Cadastrar 100% dos pacientes no programa e atualizar mensalmente o acompanhamento dos casos 2010 - 2013 Adotar as recomendações preconizadas no Manual de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde 2010 - 2013 DIRETRIZ 13: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA HANSENÍASE METAS PERÍODO Desenvolver uma campanha anual de mobilização na comunidade para busca de sintomáticos para hanseníase Desenvolver uma capacitação para os profissioanais das unidades de saúde Realizar investigação de 100% dos casos novos de hanseníase e vigilância dos contatos 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Cadastrar 100% dos pacientes no programa e atualizar mensalmente o acompanhamento dos casos 2010 - 2013 Adotar as recomendações preconizadas no Manual de Controle da hanseníase do Ministério da Saúde 2010 - 2013 4 . CO M RE L A ÇÃ O À G ES TÃ O E FI NA NCI A ME N T O DA S A ÚDE OBJETIVO 1: APRIMORAR A GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO, ESTRUTURANDO A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE EM TODOS OS SEUS NÍVEIS DE ATUAÇÃO DE ACORDO COM A REALIDADE DO PACTO PELA SAÚDE. IMPLEMENTAR A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE , DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DE SAÚDE E DO SUS; ASSEGURAR E AMPLIAR A DESTINAÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 87 PRÓPRIOS PARA INVESTIMENTO E CUSTEIO DAS AÇÕES DE SAÚDE E BUSCAR OUTRAS FONTES DE RECURSOS PARA INVESTIMENTOS E PROMOVER A HUMANIZAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE. DIRETRIZ 1: QUALIFICAR O PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO METAS PERÍODO Atualizar o desenho da estrutura organizacional da SMS Estabelecer a identidade visual da SMS 2010 - 2013 2010 - 2013 Fortalecer as ações de comunicação e marketing Consolidar o monitoramento da programação orçamentária do FMS 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 2: QUALIFICAR O SISTEMA DE INFORMAÇÃO METAS PERÍODO Manter atualizado o Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no seu território, segundo normas do MS. 2010 - 2013 Informatizar 100% das Unidades de Saúde. Agilizar a alimentação das Bases de Dados Nacionais 2010 - 2013 2010 - 2013 Integrar o Banco de Dados dos sistemas utilizados pela SMS Implantar Prontuário Eletrônico nas unidades de saúde 2010 - 2013 2010 - 2013 Estruturar o arquivamento dos documentos públicos da SMS Qualificar a alimentação do SIAB Descentralizar e qualificar o gerenciamento dos Sistemas de Informação em Saúde 2010 - 2013 2010 - 2013 Manter atualizado o conteúdo de saúde do site da Prefeitura Municipal 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 3: FORTALECER A TERRITORIALIZAÇÃO METAS PERÍODO Revisar e redefinir a subdivisão territorial do município e as microáreas, em conjunto com as demais Secretarias. 2010 - 2013 Ampliar a cobertura do cadastro de família em todo o município. 2010 - 2013 Garantir a plotagem dos mapas atualizados para as unidades de 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 88 ESF DIRETRIZ 4: AMPLIAR O FINANCIAMENTO EM SAÚDE METAS PERÍODO Buscar e divulgar linhas de financiamento de projetos de desenvolvimento em saúde 2010 - 2013 DIRETRIZ 5: QUALIFICAR OS PROCESSOS PRODUTIVOS METAS PERÍODO Estruturar o serviço de projetos de engenharia, apoio à infraestrutura e pequenas obras 2010 - 2013 Estruturar e implantar programa de manutenção preventiva 2010 - 2013 Estruturar e implantar programa de ressuprimento e controle de estoque Regionalizar o serviço de manutenção dos equipamentos de informática. Elaborar manual normativo das rotinas e ações programadas dos setores Garantir apoio logístico aos eventos internos promovidos pela SMS. 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 DIRETRIZ 6: CONSOLIDAR A GESTÃO DO TRABALHO METAS Manter o Ponto Biométrico Digital nas unidades de saúde PERÍODO 2010 - 2013 Formular o Plano de Carreiras, Cargos e Salários, considerando as diretrizes nacionais para o SUS 2010 - 2013 Promover e desenvolver políticas de gestão do trabalho, considerando os princípios da humanização, da participação e da democratização das relações de trabalho. 2010 - 2013 DIRETRIZ 8: FORTALECER A EDUCAÇÃO EM SAÚDE METAS PERÍODO Formular e implantar a política de educação permanente em saúde, pautada nas diretrizes nacionais. 2010 - 2013 Garantir a capacitação técnica e treinamento periódico dos profissionais, a partir do levantamento das necessidades e outras demandas. 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO 89 Fortalecer e adequar a biblioteca da Secretaria Municipal de Saúde. Estabelecer parcerias com outros órgãos governamentais e não governamentais para estimular, preservar e disseminar a produção de conhecimentos na área da saúde. Articular e desenvolver atividades de educação popular em saúde, em consonância com as necessidades sociais em saúde. Utilizar os diversos meios de comunicação para a educação popular. 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 5 . CO M RE L A ÇÃ O À P A RT I CIP A ÇÃ O S O CI A L OBJETIVO 1: FORTALECER A GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SUS, REFORÇANDO AS INSTÂNCIAS FORMAIS, AMPLIANDO A PARTICIPAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA SOCIEDADE PARA O EXERCÍCIO DO CONTROLE SOCIAL E IMPLANTANDO MECANISMOS DE DEFESA DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO NO SISTEMA. DIRETRIZ 1: FORTALECER A PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL METAS PERÍODO Implementar ouvidoria municipal, conforme diretrizes nacionais. Garantir a realização das Conferências Municipais de Saúde, contribuindo para a elaboração e implementação das políticas públicas. Proporcionar a qualificação básica do Conselho de Municipal de Saúde 2010 - 2013 2010 - 2013 2010 - 2013 Manter as condições materiais, técnicas e administrativas necessárias ao funcionamento do Conselho Municipal de Saúde. 2010 - 2013 Promover ações de informação e conhecimento acerca do SUS, junto à população em geral. 2010 - 2013 Realizar monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Saúde. 2010 - 2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO BELO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO