História da Psicologia segundo a Enciclopédia Barsa

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SEGUNDO A ENCICLOPÉDIA BARSA
A Psicologia estuda a personalidade humana através da análise e compreensão do comportamento dos
seres vivos. O homem e os outros seres vivos são objetos também de outras ciências.
O termo Psicologia origina-se da função de duas palavras gregas alma, e ciências.
Não se tem certeza de quem começou a usar a palavra composta. Encontra-se pela primeira vez em
1590, como título de um livro, na obra de Goclênio, professor de Marburg.
Foi vulgarizada sobretudo por Chistian Wolff, que publicou em 1734 Psychologia Rationalis e em 1732 a
Psychologia Empírica. O título da obra de Wolff mostra que já naquela época se sentia que a personalidade
humana pode ser estudada não somente sob o ponto de vista racional, isto é filosófico, mas também pode
ser observada na sua atuação concreta.
Os filósofos antigos, gregos e medievais, procuravam, antes de tudo, dar respostas aos problemas
fundamentais que se levantavam acerca da natureza da alma, sua relação com o corpo, seu destino depois
da morte, a origem das idéias e semelhantes.
Somente com o desenvolvimento do espírito científico principalmente com a constatação de que há
possibilidade de encontrar formulas precisas entre as variações de estímulo físico a mudança fisiológica e a
reação psíquica, é que começou o trabalho pioneiro de Fechner Helmholtz e Wundt a Psicofísica e a
Psicofisiologia. Os resultados levaram alguns autores a querer substituir por esta nova forma de
conhecimento as concepções filosóficas, surgiu a chamada “Psicologia sem Alma”. Era uma nova era na
Psicologia, o estudo científico do comportamento.
Recentemente, verifica-se mais e mais, se de um lado a compreensão adequada da personalidade e do
comportamento não podem deixar fora de consideração a significação exata de termos como “consciência,’’
‘ego’’ ‘, inteligência,” e outros conceitos básicos, apesar da importância do estudo científico da personalidade,
a preocupação dos filósofos com os problemas relativos a natureza da alma conserva na justificação. A
investigação científica e a filosófica, no campo da Psicologia não se contradizem, nem pode substituir uma
outra. Uma examinará as leis e teorias científicas a cerca da dinâmica da personalidade e seu
comportamento; a outra procurará desvendar a última inteligibilidade do homem enquanto este e os outros
seres vivos constituem categorias específicas do ser não e fácil estabelecer e classificar os diversos ramos
da Psicologia. Assim as principais partes seriam a Psicologia da sensação, da inteligência, Psicologia da
aprendizagem, da motivação, da emoção, da vontade e da personalidade.
ESCOLAS PRINCIPAIS DA PSICOLOGIA
Os pioneiros da Psicologia científica, Wundt, W. James e E. B. Titchener são considerados como
pertencentes à escola estruturalista. Nesta concepção o importante é determinar os dados imediatos da
consciência, quais as características principais e específicas dos processos de consciências e quais seus
elementos fundamentais.
A escola Wurzburg fundada por Kulpe, chamada de Denkpsychologie ( “Psicologia do Pensamento”) ,a
diferença entre Wundt e a escola de Wurzburg está nos conteúdos estudados, enquanto Wundt estudou os
processos de sensação, percepção, memória e sentimentos, Kulpe e seus discípulos, concentram seus
esforços na pesquisa dos processos psíquicos superiores, a inteligência e a vontade.
A corrente funcionalista, à qual pertenciam J. Dewey e Woodworth da Universidade de Colúmbia em New
York e Carr e Angell de Chicago, insiste que o psicólogo não se deve preocupar com morfologia e a estrutura
da mente, mas com suas funções. Em vez de investigar somente “O que é”, o psicólogo estudará para que
serve e como se efetua o processo psíquico.
J.B. Watson, entre os anos de 1910 e 1920, lançou a corrente behaviorista. Criticou o funcionalismo
considerando-os subjetivos e pouco precisos. Segundo ele seria cientificamente observável a ação de um
estímulo sobre o organismo e a reação deste em face do estímulo.
A relação precisa entre o estímulo e a reação encontraria seu protótipo no reflexo incondicionado e
condicionado. Admitiu, na criança recém-nascida, três reações originais as do medo, cólera e amor
desencadeados por estímulo definidos, as outra reações surgiam por condicionamentos.
Muitos psicólogos, hoje, apesar de acharem ingênua e simplista a posição de Watson, aceitaram sua
idéia de que Psicologia deve manter-se fiel ao estudo objetivo das variáveis que definem o comportamento, e
formam a corrente neobehaviorista.
Esta concepção insiste que a relação entre o estímulo e a reação não pode ser corretamente explicada
se não for levada em conta a mediação do organismo, assim uma terceira variável. O esquema de Watson: S
– R para a fórmula S – O – R. Apesar desta unidade fundamental, a corrente neobehaviorista inclui entre
suas fileiras psicólogos de concepção bastante diversas visto que dão significação bem diferente ao
organismo Consideram-se neobehaviorista C.L. Hull, E.C. Talman, B.F. Skinner H.J Eysenck, H. Piéro, J.
Nittin e outros Behaviorismo clássico procuravam reduzir o estudo da Psicologia à investigação dos
elementos do comportamento contra esta dissecação da vida psíquica insurgiu-se a corrente fundada por
Wertheimer, Koffka e Köhler, a qual pertenceu também Lewin, a chamada psicologia da forma ou Gestalt
psichologie praticada da investigação das percepções, julgaram os gestaltistas que os fenômenos psíquicos
não podem ser explicados pela soma das partes, mas devem encontrar sua inteligibilidade em si mesmos
sua estrutura total.
Atualmente as diversas correntes estão se aproximando. Todos insistem no estudo objetivo dos
processos psíquicos. Todos aceitam a contribuição da escola gestaltista de que é indispensável Ter em vista
a totalidade do fenômeno. A Psicanálise contribui para uma concepção mais dinâmica do comportamento.
MÉTODOS E TÉCNICAS DA PSICOLOGIA
Os métodos científicos da Psicologia podem ser divididos em três grupos: os métodos experimentais, os
métodos diferencias e os métodos clínicos.
Os métodos experimentais, imitando as ciências físicas, têm por princípio a variação de um fator, o
casual, também chamado variável independente, mantendo constantes todas as outras fontes de influência.
Enquanto que os métodos citados permitem estabelecer leis gerais, o método clínico se propõe a
compreender o indivíduo na situação concreta, ou à aplicação das diversas leis gerais e particulares. A
complexidade dos dados obtidos num experimento psicológico, exige o emprego de métodos estatísticos e
os mais variados, um instrumento indispensável nas mãos do psicólogo.
PSICOLOGIA ANIMAL
A Psicologia animal, denominada também Psicologia comparada, teve um desenvolvimento rápido nas
últimas décadas. Uma de suas finalidades e a de precisar o degrau em que, na escala evolutiva, determinada
espécie deve ser colocada.
A maior contribuição da Psicologia animal decorre do fato de os estudos efetuados sobre os animais
eliminaram muitas perguntas relativas à Psicologia humana.
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
A Psicologia do desenvolvimento, ou o estudo longitudinal da personalidade e dos seres vivos, procura
compreender tanto a época do aparecimento dos diversos processos psicológicos, quanto as características
dos principais estágios da evolução psíquica. Seu estudo iniciou-se com pesquisas sobre a Psicologia da
criança, mas os trabalhos de Coghll, Kuo e outros mostraram a necessidade de levar em conta também os
dados obtidos sobre o desenvolvimento psíquico dos animais, principalmente no terreno do desenvolvimento
motor. Os estudos do desenvolvimento da criança exige métodos específicos pouco usados em outros ramos
da Psicologia.
O desenvolvimento da personalidade humana pode ser dividido em cinco etapas principais: Vida intrauterina, infância, adolescência, período maduro do adulto e velhice.
Psicofisiologia - A Psicologia fisiológica trata da explicação de alguns fenômenos do comportamento, em
termos de funcionamento do organismo. Neste campo, os progressos alcançados nos últimos anos
constituem enorme significados e abrem caminhos de grande interesse teóricos e práticos.
PSICOLOGIA SOCIAL
A personalidade não se desenvolve nem se manifesta no vácuo, mas em estreita interação com outras
pessoas que a rodeiam. A disciplina científica que estuda a personalidade em interação é a Psicologia
Social.
PSICOLOGIA APLICADA
A Psicologia aplicada representa o uso dos métodos e resultados da Psicologia científica na solução
pratica dos problemas do comportamento humano.
PSICOLOGIA CLÍNICA
Colabora no diagnóstico e no restabelecimento das pessoas desajustadas ou emocionalmente
perturbadas. Para o diagnósticos, os psicólogos empregam, além de testes a entrevista clínica. O
reajustamento se efetua através das diversas técnicas psicoterápicas.
PSICOLOGIA EDUCACIONAL ou PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Dedica-se a exame psicológico do educando, do educador e dos processos educativos, elabora e sugere
instrumentos e meios psicologicamente adequados para que a educação possa Ter melhor resultados.
PSICOLOGIA APLICADA AO TRABALHO
A Psicologia aplicada ao trabalho ou Psicologia industrial visa a utilização, conservação e aprimoramento
dos recursos humano da indústria. O trabalho do psicólogo industrial começa antes da admissão do
trabalhador na empresa, a seleção de pessoal.
A psicologia do aconselhamento para alcançar seu objetivo-o desenvolvimento da vida interna do
indivíduo através da compreensão e aceleração de suas motivações e emoções, recorre as contribuições
que lhe foram trazidas pelas diversas teorias de personalidade, pela diversas correntes psicoterápicas e
pelas Psicologia diferencial.
Bibliografia: Enciclopédia Barsa
Volume:11
Pag: 285 à 293
São Paulo,09/06/98
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