9 ANDREIA CEZAR DE OLIVEIRA A Estratégia de Saúde da Família na compreensão da equipe multiprofissional, no município de Aquidauana/MS 10 Aquidauana - MS 2011 ANDREIA CEZAR DE OLIVEIRA A Estratégia de Saúde da Família na compreensão da equipe multiprofissional no município de Aquidauana/MS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação lato sensu em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientador: Prof. Ms. Edílson Zafalon 11 Aquidauana – MS 2011 ANDREIA CEZAR DE OLIVEIRA A Estratégia de Saúde da Família na compreensão da equipe multiprofissional no município de Aquidauana/MS Trabalho apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como requisito para conclusão do Curso de Pós-Graduação (nível de especialização) em Atenção Básica em Saúde da Família. Campo Grande, ____ de ________________ de ______. Comissão Examinadora _________________________________________________ Tutor de Formação Edílson José Zafalon _______________________________________ Tutora Especialista Maisse Fernandes de Oliveira Rotta 12 __________________________________________ Orientadora de Aprendizagem Jacinta de Fátima Franco Machado 13 “Esta vida é uma estranha hospedaria, de onde se parte quase sempre às tontas, pois nunca as nossas malas estão prontas e nossa conta nunca está em dia”. (Mário Quintana) Agradecimentos Ao meu professor e orientador Mestre Edilson Zafalon, pela compreensão e conhecimento adquirido em ESF. Aos meus familiares, esposo, filhos e irmã pelo auxilio prestado nos cuidados dos meus filhos. Às equipes da Estratégia Saúde da Família o meu agradecimento pelo a participação da pesquisa. 14 Resumo O presente trabalho analisou a percepção da equipe multiprofissional em relação ao ESF (Estratégia Saúde da Família) de Aquidauana (MS), sobre o significado em trabalhar como Estratégia Saúde da Família. Participaram da pesquisa 93 profissionais divididos entre Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Dentistas, Auxiliares de Saúde Bucal (ASB), Técnicos de Enfermagem, Enfermeiros e Médicos, que compõem as 09 equipes de Estratégia Saúde da Família no município de Aquidauana/MS. Tratou-se de uma pesquisa quali-quantitativa com questões direcionadas ao assunto. De acordo com os resultados as equipes não realizam reuniões para discutir casos de pacientes, não utilizam o NASF na maneira correta e não possuem material suficiente para realizar suas ações. Em relação aos instrumentos utilizados na avaliação das ações na atenção básica como o SIAB, SSA2, PMA2 e Pactuação 12005/2005; a maioria dos profissionais não conhece todos os instrumentos e ainda não tiveram nenhuma capacitação ou introdutório em ESF e estão atuando como profissional da equipe. 15 Concluímos, através dos resultados, que há deficiência de treinamento desses profissionais que estão inseridos e o trabalho em equipe está deficiente, prejudicando assim o atendimento integral ao paciente. Palavras-Chave: Equipe Multiprofissional, Estratégia Saúde da Família, Trabalho em equipe. Abstract This study examined the perception of the multidisciplinary team in relation to FHS (Family Health Strategy) Aquidauana (MS), about the meaning of working as the Family Health Strategy, 93 professionals participated in the survey divided between: Community Health Agents (CHA ), Dentists, Dental Health Aides (ASB), Nursing Technicians, Nurses and Doctors who make up 09 teams of the Family Health Program in the city of Aquidauana / MS. This is a qualitative and quantitative research with questions directed to subject. According to the results the teams do not hold meetings to discuss patient cases, do not use correctly the NASF do not have enough material to perform their actions. Among the tools used in the evaluation of primary care as: SIAB, SSA2, PMA2 and agreement 12005/2005 most professionals do not know all the instruments and even a large amount have no training or introductory in ESF and are 16 acting as team .Os professional results indicate a deficiency of training of these professionals are placed on teams and teamwork that is very flawed in these teams, thus impairing integral service to the Keywords: Multidisciplinary Team, the Family Health Strategy, Teamwork Lista Abreviaturas e Siglas ACS Agente Comunitário de Saúde ASB Auxiliar de Saúde Bucal ESF Estratégia Saúde da Família NASF Núcleo de Apoio a Saúde da Família PACS Programa Agentes Comunitário de Saúde SUS Sistema Único de Saúde patient. 17 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................09 2. REVISAO DE LITERATURA...................................................................11 2.1. A Estratégia Saúde da Família em Mato Grosso do Sul....................13 18 3. OBJETIVO...............................................................................................15 3.1 Objetivo Geral........................................................................................15 3.2 Objetivo Especifico..............................................................................15 4. METODOLOGIA.....................................................................................16 4.1 Tipo de Estudo......................................................................................16 4.2 Amostra................................................................................................16 5. RESULTADO e DISCUSSÃO................................................................18 6. CONCLUSÃO........................................................................................29 7. REFERENCIAS......................................................................................30 ANEXOS 1. INTRODUÇÃO A saúde no Brasil passou por vários avanços até chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) de hoje. Com a criação do SUS em 1988 e a descentralização de recursos para os municípios a partir de 1990, favoreceram o surgimento de novos modelos de atenção com foco na atenção primária. Dois programas tiveram início na década 1990, o PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) em 1991 e o PSF (Programa Saúde da Família) em 1994, que, segundo Fausto e Matta (2007), surgiram como iniciativas focalizadas nas populações mais vulneráveis no sentido de enfrentar elevados índices de morbi-mortalidade infantil e de epidemias em algumas 19 regiões do Brasil. Ao mesmo tempo, canalizaram recursos para que os municípios pudessem iniciar algum processo de organização de seus sistemas e redes de saúde. De acordo com Andrade, Barreto, Bezerra (2006), o PSF se apresentou como uma estratégia inovadora, que veio para reorganizar a atenção primária no SUS, mas para estruturar, de modo essencial, todo sistema público de saúde, na medida em que provocou um redirecionamento das prioridades das ações em saúde, e mudanças nos demais níveis de atenção, além de colocar equipes multiprofissionais mais próximas das famílias e comunidades. A partir de 2006, segundo a portaria 648 de 28 de março de 2006 do Ministério da Saúde, o PSF (Programa Saúde da Família), passou a ser reconhecido como Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo considerado como um modelo alternativo na assistência à saúde, com promoção, prevenção e tratamento de doenças em grupos populacionais a partir da realidade local. Segundo Souza (2003), a ESF assume o compromisso de prestar assistência universal, integral, equânime, contínua e, acima de tudo, resolutiva à população na unidade de saúde e no domicílio, sempre de acordo com suas reais necessidades, identificando os fatores de risco aos quais ela está exposta e intervindo de forma apropriada e individualizada. A ESF é um programa inovador e complexo, entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, mediante a implantação de equipes multiprofissionais responsáveis pelo acompanhamento de um determinado número de famílias em uma determinada área, atuando com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, bem como atuantes na manutenção da saúde da comunidade. A transição do modelo curativo, para o modelo preventivo com promoção e prevenção da saúde, ainda não está evidenciado. Sendo assim, percebemos que após alguns anos de implantação da ESF, a população continua fechando as portas para a prevenção e a procura pela unidade de saúde somente quando a doença está instalada se faz presente. A sensibilização da comunidade em relação à ESF exige a dedicação e comprometimento dos profissionais em trabalhar com esse novo modelo de assistência. 20 Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo relacionar a Estratégia de Saúde da Família e sua compreensão por parte dos membros da equipe multiprofissional. Acreditamos que este estudo poderá levantar as principais dificuldades encontradas pelas equipes em trabalhar como Estratégia Saúde da Família, com o propósito de compreendermos o significado de trabalhar com “Estratégias”, desenvolvendo essa prática no nosso cotidiano, melhorando a qualidade de vida das pessoas, promovendo assim ações de prevenção e não curativa. 2. REVISÃO DA LITERATURA A história do Programa de Saúde da Família (PSF) tem início quando o Ministério da Saúde formula o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991. A partir dessa data, começaram a focar a família como uma unidade de ação programática de saúde e não mais o individuo somente. Foi iniciada a noção de área de cobertura por família, afirmando então, que a experiência bem sucedida do PACS abriu caminho para o nascimento do PSF com 21 enfoque na família, introduzindo uma visão ativa de intervenção de saúde, enfatizando o “não esperar” a demanda “chegar” para intervir, mas de agir sobre ela, constituindose, assim um instrumento real de organização da demanda. (VIANA, 1998) O PSF estruturou-se em uma unidade de saúde, com equipe multiprofissional, que assumiu a responsabilidade por uma determinada população, em território definido, onde se desenvolveu suas ações. Integrou-se uma rede de serviços, de forma que se garantiu a atenção integral aos indivíduos e famílias, assegurando-se a referência e contra-referência para os diversos níveis do sistema e de problemas identificados na atenção básica. (BRASIL, 1997) A inclusão da família como foco da atenção básica de saúde pode ser ressaltado como um dos avanços com a contribuição do PSF para modificar o modelo biomédico de cuidado em saúde. Este ultrapassa o cuidado individualizado, focado na doença e elege-se aquele que contextualiza a saúde, produzida num espaço físico, social, relacional, resgatando as múltiplas dimensões da saúde. (RIBEIRO, 2004) Com base nos princípios do SUS e nas concepções da atenção primária à saúde, o PSF incorpora as noções de integralidade e universalidade da assistência, equidade, resolutividade e humanização no atendimento, além do estímulo à participação comunitária, com o objetivo de corrigir as diversas distorções que os modelos de assistência a saúde apresentaram ao decorrer dos anos. (CORBO; MOROSINI, 2005) A partir de 1998, o PSF passou a ser reconhecido pelo Ministério da Saúde como Estratégia Saúde da Família (ESF), tendo como lógica viabilizar a transformação do modelo de atenção à saúde, que era centrado na doença e no indivíduo. Sendo o ponto central o estabelecimento de vínculos da equipe com a comunidade e coresponsabilidade entre os profissionais de saúde e a população, ou seja, a população passa a participar dos processos de combate às doenças e melhoria da qualidade de vida em um território definido. (LARA, 2005) 22 As práticas da ESF visam ter como foco do trabalho, a família, assim como possuir ações de caráter preventivo sobre a demanda, avançando para além da simples intervenção médica, uma atuação interdisciplinar dos profissionais que compõem as equipe de saúde da família. (BRASIL, 2003). O modelo de estratégia de saúde da família é um modelo diferenciado do tradicional, pois adota a promoção da saúde, que tem como diretrizes: Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações de Promoção da Saúde. Fortalecer a participação social como fundamental na consecução de resultado de Promoção da Saúde, em especial a equidade e o empoderamento individual e comunitário. A intersetoriedade segundo Buss (2000), procura superar a visão isolada e fragmentada na formulação e implementação de políticas e na organização do setor saúde. Significa adotar uma perspectiva global para a analise da questão saúde, e não somente do setor saúde, incorporando o maior numero de conhecimentos sobre outras áreas de políticas publicas. Para que as concepções não fiquem voltadas somente na assistência ao doente, os profissionais de saúde devem desenvolver a capacidade de propor alianças, seja no interior do próprio sistema de saúde ou nas ações desenvolvidas em outras áreas tais como ação social, educação e obras proporcionando assim um atendimento integral. Segundo Alves (2004), a expansão da ESF tem favorecido a equidade e universalidade da assistência, uma vez que as equipes têm sido implantadas em comunidades antes restritas quanto ao acesso aos serviços de saúde. Entretanto, não se pode admitir que a integralidade das ações deixe de ser um problema na prestação da atenção. Para tanto, faz-se necessária análises qualitativas da ESF em desenvolvimento nos municípios brasileiros, particularmente, quanto às práticas de saúde e os processos de trabalho cotidianos. A estratégia de saúde da família, ao atuar numa população adstrita, tendo responsabilidade sanitária sobre o espaço de atuação, dobre os indivíduos e a 23 coletividade, tendo como atribuição fomentar a participação popular, o controle social e o reconhecimento da saúde como direito de cidadania, tem plenas condições de efetivar a integralidade. Porém, do discurso para a prática, da norma para a real efetivação das ações há um longo caminho, tendo como resultado a reprodução de práticas (ALBUQUERQUE, 2004). Para que todas as ações citadas se concretizem em um ESF é necessário segundo Cervelim, Peduzzi (2005) conseguir o relacionamento consciente e coordenado de certo numero de profissionais para que o conjunto do trabalho executado, o serviço de atenção à saúde, constitua-se em um só movimento em direção a um só fim e não na justaposição alienada de certa quantidade de trabalho desconexos. Peduzzi (1998) desenvolve o conceito de trabalho em equipe como uma modalidade de trabalho coletivo, em que se configura a relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interação coletiva, em que se configura a relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interação dos agentes, por meio da mediação simbólica da linguagem os trabalhadores que compõem a equipe podem efetivar sua interação, a articulação das ações e a integração dos saberes especializados e comuns no campo da saúde. 2.1. A Estratégia de Saúde da Família em Mato Grosso do Sul A expansão dos Esfs em Mato Grosso do Sul ocorre gradualmente. Em 1996, dos 78 municípios do Estado, apenas 12 municípios aderiram ao programa com 146 ACS, sendo assim apenas 83.950 pessoas cadastradas e assistidas no SIAB (Sistema Informação Atenção Básica). Atualmente, segundo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (2010), já são 33 municípios cadastrados com 100% de cobertura populacional na ESF. Entre os 78 municípios do Estado, apenas 2 estão com a cobertura populacional inferior a 40%, que é o caso de Miranda e Campo Grande. Os demais municípios estão com uma cobertura equivalente a 60%. 24 No quadro de profissionais que compõem as equipes, na linha de frente temos os Agentes Comunitários de Saúde que somam mais de 4.000 profissionais qualificados, 400 Médicos, 400 Cirurgiões dentistas, 400 Enfermeiros, 400 Auxiliares de Saúde Bucal, 30 Técnicos de Saúde Bucal e 800 Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, totalizando mais de 6.000 trabalhadores da saúde executando suas atividades na ESF. Em Aquidauana, foi implantado o PACS em 1996 com 10 ACS, sendo 1 em cada área e no ano de 2000, 20 ACS cadastrados, com cobertura de 28,14%. No ano de 2001, foi inaugurado o 1º PSF composto de equipe mínima: 6 ACS, 1 Enfermeira, 1 Auxiliar de Enfermagem e 1 médico, atualmente estamos com 09 equipes de Esfs na modalidade I, totalizando 89 ACS sendo 100% de cobertura populacional e de ESF na modalidade II com uma cobertura de 67% (09 enfermeiros, 09 Cirurgiões dentistas, 09 ASB e 09 técnicos de enfermagem). Para 2011, a estimativa é de implantação de mais 06 Esfs, sendo 03 na modalidade II já aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite em reunião ocorrida em maio de 2010, ficando assim com uma cobertura de 100%. Diante do que foi exposto, despertaram alguns questionamentos: Será que a equipe de ESF reconhece o verdadeiro sentido da palavra “Estratégia de Saúde da Família”? Será que a equipe conhece as famílias de sua área e consegue identificar os problemas de saúde e as situações de risco existentes na comunidade? Consegue prestar assistência integral às famílias? 25 3. OBJETIVO 3.1 Objetivo Geral Conhecer os profissionais e técnicos auxiliares que compõem a equipe da ESF no município de Aquidauana (MS). 3.2 Objetivo Específico Identificar as dificuldades abordadas pelos profissionais em trabalhar como estratégia saúde da família; Identificar o significado de ESF para os membros que compõem a equipe. 26 4. METODOLOGIA 4.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quali-quantitativa, o tipo de pesquisa quantitativa atua em níveis de realidade, onde os dados se apresentam aos sentidos de níveis ecológicos e morfológicos. A pesquisa qualitativa trabalha com valores, crenças e opiniões, no entanto, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente e vice-versa. (MINAYO & SANCHES, 1993) 4.2 Amostra Como critério de inclusão foi escolhido como sujeito da pesquisa, profissionais que atuam nas 09 equipes de estratégias de saúde da família do município de Aquidauana (MS), totalizando 113 profissionais, divididos em 67 ACS, 09 enfermeiros, 09 médicos, 09 Cirurgiões dentistas, 09 Auxiliares de Saúde Bucal, 10 técnicos de enfermagem. 4.3 Coleta de dados Os envolvidos assinarão previamente o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo 1) para a participação em pesquisa explicando sobre o termo da pesquisa, conforme recomenda a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde princípios éticos. (BRASIL,1996). A pesquisa será realizada através de aplicação de um questionário (anexo 02), elaborado especificamente para este trabalho, constituído por 14 questões abertas e fechadas, que serão respondidas no próprio local de trabalho. 27 Após a coleta dos dados, os mesmos serão tabulados e submetidos à análise estatística. 28 5. RESULTADOS e DISCUSSÃO Dos profissionais participantes do estudo apenas 93 (82%), participaram da pesquisa. A distribuição da categoria profissional participante encontra-se na tabela 1. Tabela 1. Distribuição da categoria profissional Categoria profissional n de profissionais n profissionais Cadastrados Participantes % Técnico de Enfermagem 10 08 80 Auxiliar de Saúde Bucal 09 08 89 Agente comunitário de saúde 67 53 79 Enfermeiro 09 09 100 Cirurgião Dentista 09 08 89 Médico 09 07 78 Total 113 93 82 De acordo com a tabela a categoria profissional que mostrou mais interesse em participar da pesquisa foi a categoria enfermeiro, em relação à categoria agente comunitário de saúde, muitos estavam de férias no período da realização da pesquisa e a categoria que mostrou menos interesse foi os médicos. Tabela 2. Resultado da composição da equipe Equipe Completa n % Sim 93 100 Não 00 00 Total 93 100 Todos os participantes responderam que sua equipe de Estratégia Saúde da Família e composta por: enfermeiro, técnico de enfermagem, cirurgião dentista, médico, agente comunitário de saúde e auxiliar de saúde bucal. Na portaria 648 de 28 de março 2006 refere que a equipe de ESF é composta por no mínimo; 1 médico generalista ou 29 da saúde da família, 1 enfermeiro, 1 agente comunitário de saúde e 1 auxiliar ou técnico de enfermagem, responsável por um determinado território. Podendo ser vinculado a ESBucal com 1 ASB, 1 CD, podendo até ter um técnico de saúde bucal ficando assim como estratégia de saúde bucal II, em relação aos médicos de acordo com a alteração da portaria 648 a 2027 de 25 de agosto 2011, os profissionais médicos podem até mesmo ser cadastrados no CNES por 20 horas, ficando assim ESF Transitória, portanto o ESF pode ter até 03 médicos com carga horária de 30 horas no CNS. Gráfico 1. Resultado do introdutório 50 45 40 35 30 25 sim não não sabe 20 15 10 5 0 1 Em relação ao introdutório 46 (48%) responderam ter sido capacitado, porém 35 (38%) responderam que não participaram de nenhuma capacitação ou introdutório em relação ESF e 12 (14%) não responderam. Segundo a portaria 2527 de 19 de outubro de 2006 o curso de introdutório deve ter inicio concomitemente ao inicio dos trabalhos da equipe, isto significa que 100% dos profissionais que atuam nas ESF, deveriam ter sido capacitados antes de compor a equipe, pois a garantia da qualificação do trabalho, dos resultados, da mudança das praticas depende da preparação e efetiva capacitação dos profissionais das equipes de Saúde da Família (Brasil,2000) 30 Gráfico 2. Resultado dos Instrumentos de Avaliação 40 35 30 25 sim 20 não 15 em partes 10 5 0 1 2 De acordo com os instrumentos utilizados pela estratégia saúde da família como: SIAB, SSA2, PMA2 e a Pactuação 12005/2005, apenas 36 (39%) responderam que conhece os instrumentos, 17 (18%) responderam que não conhece os instrumentos e 39 (42%) conhece em partes os instrumentos. A equipe tem que ter o conhecimento destes instrumentos, pois por meio do SIAB obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. É o principal instrumento de monitoramento das ações da Saúde da Família, cuja missão é monitorar e avaliar a atenção básica, a SSA2 e PMA2 acompanha o SIAB em forma de relatórios condensado através das fichas A e D em relação a Pactuação 12005/2005 apenas o estado de Mato Grosso do Sul que utiliza tal instrumento, que consta a quantidade de visitas pactuada para cada profissional da equipe. Gráfico 3. População cadastrada no ESF 50 40 30 Série2 20 Série1 10 0 Ultrapassa 3.500 Não Ultrapassa \não Sabe 31 De acordo com a portaria 648 de 2006 a equipe multiprofissional é responsável no máximo por 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, dos ESF entrevistados 30 (32%) responderam que a população ultrapassa os 3.500, 48 (52%) responderam que não ultrapasse a quantidade de pessoas cadastradas e 15 (16%) responderam que não sabe. Gráfico 4. Assistência Integrada ao paciente 60 50 40 consegue prestar assistencia 30 não consegue prestar 20 não responderam 10 0 1 2 3 Em relação à assistência integral ao paciente 58 (62%) responderam que consegue prestar uma assistencial integral ao paciente, 33 (35%) responderam que não conseguem prestar uma assistência integral ao paciente e 02 (3%) não responderam a questão. O atendimento integral é um atendimento intersetorial, articulado com outras esferas, oferecendo ao paciente um cuidado completo, não focando apenas na parte acometida, mas sim no ser como um todo. Segundo Pinheiro (2009) a integralidade é concebida como uma construção coletiva, que ganha forma e expressão no espaço de encontro dos diferentes sujeitos implicados na produção do cuidado em saúde. 32 Gráfico 5. Conhecimento das famílias cadastradas 80 70 60 A equipe não conhece as familias 50 40 A equipe conhece as familias 30 20 10 0 1 2 3 4 A equipe necessita conhecer a sua comunidade, para identificar os problemas e as situações existentes de riscos, este conhecimento da comunidade leva a longitudinal idade do cuidado que significa a relação pessoal com a equipe e comunidade. Segundo o CONASS a longitudinalidade do cuidado permite que tratamentos se iniciem sejam realizados e que ação preventiva ocorre mais, diminuindo assim as hospitalizações (Brasil, 2007). De acordo com a pesquisa 76 (82%) refere que a equipe conhece as famílias e 17 (18%) refere que a equipe não conhece as famílias, o fato ocorre devido à rotatividade e a implantação de mais 05 ESFs que ocorreu no Município de Aquidauana no ano 2011, fazendo com que vários membros de equipes já composta, mudasse para outro ESF e a contração de mais profissionais para atuar nas equipes sem capacitação em ESF. 33 Gráfico 6. Materiais equipamentos necessários não possue equipamentos possue equipamentos não responderam 0,7 0,6 61% 0,5 0,4 37% 0,3 0,2 0,1 2% 0 1 2 3 Em relação à portaria 648 de 2006 na parte de infra-estrutura refere que é item necessário que existam os equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações propostas, deforma a garantir a resolutividade da Atenção Básica. De acordo com a pesquisa 57 (61%) refere que não possuem equipamento e materiais adequados para desenvolver as ações dos ESFs, 34 (37%) refere que possuem materiais e equipamentos adequados para desenvolver suas ações e 02 (2%) não responderam a questão. Gráfico 7. Cronograma de atendimento 90 80 70 60 50 Série1 40 30 20 10 0 sim não 34 A equipe da estratégia saúde da família trabalha com diagnostico de área, grupos prioritários e demanda espontânea, o cronograma de atendimento organiza a unidade e faz com que a equipe atende a mesma clientela, melhorando o acolhimento ao paciente. Nas equipes da ESF do município de Aquidauana 88 (95%) trabalham com cronograma, sendo que 05 (5%) não utilizam o cronograma de atendimento. Gráfico 8. Visitas domiciliares da equipe 60 50 40 sabe quantas visitas 30 não sabe 20 sabe da equipe inteira 10 0 1 2 A visita domiciliar é uma das principais ferramentas da Estratégia Saúde da Família, pois por meio dela tem maior aproximação com a família e com isso dispõe de mais conhecimentos sobre o contexto de vida da comunidade. Considerada como um instrumento de vinculo com a tríade: individuo família e comunidade (PEDROSO COLOMÉ 2010), para Giacomazzi e Lacerda (2006) a visita domiciliar prioriza o diagnóstico da realidade do individuo e a ação educativa, em um instrumento de intervenção fundamental a saúde da família e na comunidade de qualquer forma de assistência, sendo programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou o planejamento de ações. Em relação à pesquisa 52 (56%) responderam que sabe quantas visitas os profissionais da equipe tem que fazer, no entanto, apenas 25 (27%) souberam responder da equipe toda que equivale segundo a Pactuação 12005/2005, 20 visitas para o médico, 10 para o dentista, 20 enfermeiro, 10 técnico de enfermagem e 150 para os agentes comunitários e 16 (17%) responderam que não sabe quantas visitas os profissionais da equipe tem que realizar. 35 Quando foi questionado em relação ao seu papel na Estratégia Saúde da Família, 93 (100%) responderam que conhece seu papel na Estratégia Saúde da Família. Se cada membro conhece sua atribuição na equipe, facilita a acessibilidade e integralidade do atendimento contribuindo para um melhor acolhimento, resultando numa melhor resolutividade. Gráfico 9. Atuação do NASF 45 40 35 4-5 vezes 30 2-3 vezes 25 uma vez 20 Quando solicitado 15 não respondem 10 5 0 1 2 De acordo com a portaria 154 de 24 de janeiro 2008, o NASF (Núcleo de Apoio a Família), tem como objetivo a ampliação e o escopo das ações da atenção básica, bem como a resolutividade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica, refere também no artigo 2, parágrafo 1 que os NASF não constituem em porta de entrada do sistema, e devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho em conjunto com as equipes Saúde da Família. Em relação ao questionamento 42(45%), responderam que mensalmente o NASF atua nas suas equipes de 4 a 5 vezes, 14 (15%) responderam que atuam de 2 a 3 vezes por mês, 3 (3%) responderam que o NASF atua uma vez por mês, 28 (30%) responderam que o NASF atua somente quando solicitado e 6 (6%) não responderam. A atuação do NASF somente quando solicitada, entende-se que a atuação do NASF não está sendo de forma integrada, pois se o ESF não solicitar o apoio matricial, 36 significa que as ações vão ser direcionadas somente naquelas unidades que solicitou o apoio, sendo que o objetivo do NASF é apoiar todos os ESF com plano de ações, diagnostico de áreas, contribuindo assim com ações de prevenção e promoção a saúde junto com a equipe do ESF, não somente quando solicitado. Gráfico 10. Resultado das equipes se reúne para discutir casos 60 50 40 Série1 30 20 10 0 sim não Em relação à equipe dos ESF em se reunir para discutir os casos dos pacientes, 39 (42%) refere que reuni com a equipe no máximo 02 vezes no mês para discutir os casos e 54 (58%) refere que não reuni com a equipe para discutir os casos dos pacientes. Para que haja integralidade no cuidado é necessário que os integrantes da equipe discuti entre si sobre o cuidado do paciente e solicita o apoio multiprofissional (NASF), a integração da equipe com o paciente e sua doença, pois cada profissional pode contribuir para que este paciente não venha a adoecer. No município de Aquidauana as equipes estão bem pouco se reunindo para discutir os casos, ficando assim um cuidado fragmentado e fragilizado, levando a não solicitar o apoio matricial existente no município. 37 Gráfico 11. Satisfação da população 50 40 30 sim não 20 não responderam 10 0 1 2 De acordo com o gráfico, 48 (52%) dos membros da equipe acreditam que a população está satisfeita com a qualidade do atendimento prestado, sendo que 42 (45%) acreditam que a população não está satisfeita com a qualidade do serviço prestado e 03 (3%) não responderam à questão. Quando solicitado o motivo que a população não está satisfeita responderam: “Muitas vezes a população necessita de alguns exames no qual está demorando muito a serem atendido, isso prejudica a qualidade, às vezes falta medicação, ou falta de material, a insatisfação deixa a desejar um atendimento de boa qualidade” (ACS 1) “Na área que eu atuo não funciona marcação de exame, de 10 que entrego ou tento entregar, apenas 30% são realizados, pois tem pessoas turistas e outras que fica lá e cá..... “(ACS2) “Muitas vezes precisamos de outros setores para dar qualidade de atendimento, sendo assim esbarramos com protocolos, pessoas não qualificadas , descasos pelo problema de outros, sendo assim não conseguimos a qualidade necessária que o paciente necessita no momento.” (ACS 3) 38 “Nem todos os problemas tem resolutividade pois dependem da média e alta complexidade.” (Enfermeira 1) “A população cadastrada é muito grande, fora os pacientes de fazenda que são atendidos no ESF, sobrecarrega o ESF.” (Enfermeira 2) “Não depende só da nossa equipe para a total satisfação do paciente, necessitando muitas vezes de serviços especializados e encontrando certas dificuldades.” (Dentista) “Porque falta cota para exames, capacitação dos enfermeiros e médicos e técnicos, uma ação preventiva, para que diminua o nº de pessoas ESF.” (Técnica de enfermagem) “...A reclamação por falta do atendimento médico, quando o médico não comparece a ESF por ter tido levar o paciente para CG ou por outros motivos...” (Enfermeira 3) 39 6. CONCLUSÃO Com base nos dados apresentados observa-se a existência de dificuldades das equipes em trabalhar como Estratégia Saúde da Família no município de Aquidauana. Embora muitas vezes a equipe tenta realizar ações pertinentes ao programa saúde da família, no entanto, vários empecilhos atrapalham o desenvolvimento das ações. Observou-se nos dados coletados que ainda 38% dos entrevistados ainda não receberam nenhum tipo de capacitação ou introdutório, para estar atuando como membro da equipe, em relação aos instrumentos de avaliação utilizados na atenção básica apenas 42% conhece em partes os instrumentos, na parte de materiais e equipamentos necessários para ações 61% responderam que não possuem materiais adequados para o planejamento e a realização das ações, em relação à atuação do NASF ainda 30% responderam que o NASF atua somente quando solicitado e das reuniões em equipe para discutir casos dos pacientes 58% responderam que a equipe não se reuni para discutir os casos. Diante dos resultados apresentados sugere-se a capacitação dos profissionais que atuam nas Estratégias Saúde da Família, que diminua a rotatividade dos profissionais, que todos os membros da equipe conhecem os instrumentos de avaliação da Atenção Básica e as reuniões de equipe sejam implantadas com objetivo de fortalecer as ações da ESF, junto com apoio matricial NASF, levando assim a um atendimento integral ao paciente. Melhorando a infra-estrutura das unidades com materiais necessários para o atendimento. 40 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Albuquerque PC, Stotz EN. Popular education in primary care: in search of comprehensive heath care, Interface-Comunic, Saúde, Educ. 2004; 8(15): 259-79. Alves VS. Um Modelo de educação em saúde para o programa saúde da família pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface comunic Saúde Educ. 2005; 9(16): 39-52. Andrade LOM, Barreto ICHC, Bezerra RC. Atenção Primária à Saúde da Família. In; Campos GWS, Minayo MCS, AKerman M, Drumond Jr, M, Carvalho.Tratado de saúde coletiva. 2006; São Paulo: Editora Hucitec/Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 783-836. Brasil, Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e norma Maternos regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, 1997. 20p. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Programa Saúde da Família: Ampliando a cobertura para consolidar a mudança do modelo de Atenção básica. Rev. Bras. Saúde Materno Infantil. 2003: 113-25. Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica – DAB. Evolução do credenciamento e implantação da estratégia Saúde da Família. Abrangência: Aquidauana/MS, período: jan de 1998 a Dez de 2009. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM n. 2527, de 19 de Outubro de 2006. Define os conteúdos mínimos do curso introdutório para profissionais da saúde da família. Diário Oficial da União, Brasília, 2006. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 2027, 25 de Agosto de 2011. Altera a portaria 648/GM/MS, de 28 de Março 2006, na parte que dispõe sobre a carga horária dos profissionais médicos. Diário Oficial da União, Brasília, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 458 de 24 de janeiro de 2008. Dispõe sobre a criação dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família. Diário Oficial da União. Brasil, 2008. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 648, 28 de Março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a reversão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes Comunitário (PACS). Diário Oficial da União, Brasília, 2006. Brasil. Ministério da Saúde. Treinamento Introdutório, Caderno 2. Brasília: Ministério da saúde, 2000. Buss PM. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência Saúde Coletiva . 2000; 5(1): 163-77. 41 Cervelim MA, Peduzzi M. A participação da comunidade na equipe de saúde da família. Como estabelecer um projeto comum entre trabalhador e usuários? Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10 (2): 325-31. Corbo AD, Morosini MVGC, Pontes ALM. Saúde da Família: construção de uma estratégia de atenção a saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz/EPSJV/2007: 69-106. Fausto MCR, Matta GC. Atenção primária à saúde: Histórico e perspectivas In: Morosini MVGC, Corbo AA. Modelos de atenção e a saúde da família. 2007: 240p. Lara M. Percepção dos profissionais de Saúde da família sobre a qualidade de vida no trabalho. Rev. APS. 2005; 8(1): 38-48. Minayo MCS, Sanches O. Quantitativo-Qualitativo:Oposição ou complementaridade? Cad. Saúde Públ.1993; 9(3): 239-62. Peduzzi M. Equipe Multiprofissional da saúde: a interface entre trabalho e inserção. Tese de doutorado. Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.1998: 49-53. Pinheiro R. Integralidade em Saúde. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Fundação Osvaldo Cruz, 2009. Política Nacional de Promoção da Saúde. (acesso 12/06/2011) Disponível em: www.saude.gov.br Questionário do Programa de saúde da Família. (acesso 11/03/2011). Disponível em: www.portaldatransparencia.gov.br Ribeiro EM. As várias abordagens da família no cenário do programa/estratégia de saúde da família (PSF). Rev. Latino-am Enfermagem. 2004; 12 (4): 658-64. Sistema de Informação www.datasus.gov.br a Saúde. (acesso 30/09/2011) Disponível em Souza MF. A coragem do PSF. 2 ed.São Paulo:Hulitec,2003. Viana ALA, Poz MRD. A reforma do sistema de saúde no Brasil e o programa de saúde da família. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva. 1998; 8 (2): 11-48. 42 ANEXO 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado a participar em uma pesquisa. Você precisa decidir se quer participar ou não. Por favor, não se apresse em tomar a decisão. Leia cuidadosamente o que se segue e pergunte ao responsável pelo estudo qualquer dúvida que você tiver. Este estudo está sendo conduzido pela enfermeira Andréia Cezar de Oliveira (pós-graduanda) e orientada pelo professor tutor Edílson José Zafalon. A finalidade deste estudo é compreender o significado ESF para os profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Aquidauana (MS), cujo propósito é a realização de um Plano de Intervenção junto à ESF. Poderão participar deste estudo pessoas que atuam como nível técnico e superior nas unidades de ESF. Você será solicitado a responder um questionário com questões pertinentes sobre ESF. Responderão ao questionário um grupo de 106 pessoas que serão identificadas somente em relação a sua profissão ou cargo técnico que ocupa, sendo que não haverá prejuízo ao participante. Como benefício, sendo o propósito de um plano de intervenção junto à ESF, podemos conseguir melhorias em seu local de trabalho, bem como maior qualidade no atendimento aos usuários. Se você concordar em participar do estudo, seu nome e identidade serão mantidos em sigilo. A menos que requerido por lei, somente o pesquisador e o orientador do estudo terão acesso para verificar as informações do estudo. Caso haja informações significativas, você será informado sobre qualquer nova orientação que possa modificar a sua vontade em continuar participando do estudo. Para perguntas ou problemas referente ao estudo ligue para Andreia Cezar de Oliveira (tel: 3241-5202). Para perguntas sobre seus direitos como participante no estudo chame o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFMS, no telefone 7873093 - Ramal 2299. 43 Lembre-se, sua participação no estudo é voluntária. Você pode escolher não fazer parte do estudo, ou pode desistir a qualquer momento. Sendo assim, você não será proibido de participar de novos estudos. Você receberá uma via assinada deste termo de consentimento. Declaro que li e entendi este formulário de consentimento e todas as minhas dúvidas foram esclarecidas e que sou voluntário a tomar parte neste estudo. Assinatura do Voluntário_____________________________________________________________________data___ _______________________ Contato (número de telefone fixo ou celular, e-mail): ____________________________________________________________________________ Assinatura do pesquisador ___________________________________________________________________data______________ ___________ 44 ANEXO 2 Questionário: 1-Técnico ou profissional? ( )técnico de enfermagem ( ) enfermeiro ( )dentista ( ) ASB ( )ACS ( )médico 2- Sua equipe de ESF é composta de médico, enfermeira, técnico de enfermagem, ASB, cirurgião dentista e ACS? ( )sim ( )não. Descreva os técnicos e profissionais que compõem sua equipe: ______________________________________________________________________ 3- A equipe da ESF recebeu alguma capacitação em ESF? (introdutório) ( )sim ( )não ( )não sabe 4- Você conhece os instrumentos de avaliação do ESF como: SIAB, SSA2, PMA2 e Pactuação 12005/2005? ( )sim ( )não ( )em parte. Quais delas você conhece? ____________________________________ 5- A população cadastrada no ESF ultrapassa as 3.500 pessoas? 45 ( ) sim. Quantas pessoas estão cadastradas: ________________________________ ( ) não ( ) não sabe 6-A equipe consegue prestar assistência integral as famílias cadastradas? ( )sim ( )não 7-A equipe conhece as famílias da sua área e consegue identificar os problemas de saúde e as situações de riscos existentes na comunidade? ( )sim. Quais profissionais que conhecem? _________________________________ ( )não 8-A equipe do ESF dispõe de materiais e equipamentos necessários para a realização das atividades? ( )sim ( )não 9-Na unidade em que trabalha, há um cronograma de atendimento? ( )sim ( )não 10- Você como membro da equipe, sabe quantas visitas domiciliares, mensalmente, os profissionais têm que realizar? 46 ( )sim. Quantas?_______________________________________________________ ( )não 11-Você conhece seu papel na equipe de ESF? ( ) sim ( ) não 12- O Nasf atua auxiliando nas atividades do ESF quantas vezes por mês? ( )4 a 5 ( )2 a 3 ( )somente quando solicitado ( )uma vez ( )não atua 13- A equipe inteira se reúne para discutir casos de pacientes? ( )sim. Quantas vezes? _________________________________________________ ( )não 14- A equipe acredita que a população está satisfeita com a qualidade de atendimento prestado? ( )sim ( )não. Por quê? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________