Instituição: FACULDADE PITÁGORAS Autor: Wilson Silva Xavier Título do trabalho: FERRAMENTAS WIKIS: ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DE CONTEÚDO SEMÂNTICO Data: Belo Horizonte, 2011 Tipo de trabalho: como requisito parcial para aprovação na disciplina. Orientador: prof. Fernando Hadad Zaidan. SUMÁRIO 1.1 Problema de pesquisa As organizações procuram incansavelmente modernizar seus processos de Gestão da Informação e do Conhecimento, utilizando ferramentas colaborativas da web 2.0. (McAFEE, 2006; MAJCHRZAK; WAGNER; YATES, 2006). Algumas dessas ferramentas, como intranets, blogs, software de mensagens instantâneas, chats, portais corporativos e wikis são um grande desafio para as organizações, no sentido de escolha, implantação e uso das mesmas. As organizações avaliam as tecnologias que utilizam com afinco, e durante todo o tempo. Formulou-se, então, a seguinte questão de pesquisa para investigação: como a adoção de práticas da gestão de conteúdo semântico pode beneficiar as ferramentas de colaboração da web 2.0, em especial os wikis? 1.2 Objetivos O objetivo principal desta pesquisa é investigar e analisar, a partir dos conceitos e recursos da web semântica, as relações existentes entre a adoção das ferramentas de colaboração da web 2.0 – os wikis, e as práticas de gestão de conteúdo semântico, com vistas à proposição de enriquecimento do conteúdo semântico nas páginas wikis. E os objetivos específicos são: implantar e analisar um wiki semântico, em uma empresa de desenvolvimento de software, com base nos conceitos expostos na revisão de literatura; investigar e relatar como as empresas implantaram uma ferramenta wiki, e como conduzem a gestão de conteúdo; examinar e comparar as implantações dos wikis com as normalizações relatadas na literatura e o grau de aderência ao conteúdo semântico; 1.3 Justificativa e relevância do tema Após essas considerações, a idéia de levar o tema adiante se justifica a partir das seguintes constatações e formulações: (i) Do ponto de vista corporativo, este estudo visa abrir oportunidades para que as organizações prestem atenção ao uso do conhecimento que está sendo criado, armazenado e disseminado por seus colaboradores, e utilizem as novas ferramentas da web 2.0, em especial os wikis. Existe também a intenção de constatar como a gestão da informação e do conhecimento pode ser utilizada nas organizações, encontrando-se aprofundamento em trabalhos como Barbosa (1997) e Davenport e Prusak (1998). (iii) Pela perspectiva acadêmica, no campo da ciência da informação, o estudo introduz novos elementos à gestão do conhecimento, como as ferramentas de colaboração do conhecimento corporativas da web 2.0, a web semântica e gestão do conteúdo semântico. Surgem perspectivas para explicar as forças que direcionam a economia na era do conhecimento no século XXI, não medindo esforços para incrementar a aplicabilidade organizacional e obter resultados com vantagens competitivas estratégicas e sustentáveis. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A revisão de literatura será concentrada em obras de autores seminais, bem como o estado da arte, buscando os papers dos principais journals. No final deste capítulo apresentam-se os quadros com a síntese das contribuições teóricas de cada autor. 3.1 Gestão da informação e do conhecimento organizacional Encontram-se diversas abordagens sobre a informação e o conhecimento. Nonaka e Takeuchi (1997) descrevem o conhecimento destacando as semelhanças e contradições com relação à informação. Estes autores destacam que o segredo para a criação do conhecimento está na mobilização e conversão do conhecimento tácito. A abordagem de Stewart (1998) destaca que o conhecimento é mais valioso e poderoso do que os recursos naturais, grandes indústrias ou altas contas bancárias. Consegue-se registrar a informação, contudo, o conhecimento não pode ser registrado, pois é uma interpretação (SVEIBY, 2003). Prusak (2001) entende que a gestão do conhecimento origina-se de uma necessidade social e econômica, impulsionada por um novo conceito de organização, evidenciado pela globalização e mobilidade computacional. Esta nova organização global remete a novos questionamentos, tais como: O que sabemos? O que conhecemos? O que não sabemos e deveríamos saber? Respostas a estas questões gerarão informações que muitas vezes não podem ser digitalizadas, indexadas e tampouco codificadas. Consequentemente têm-se novas questões obscuras: Como registrar habilidades? Como registrar experiências de vida prática? Além da dificuldade de se registrar o conhecimento tácito, o que fazer para armazenar o conhecimento intuitivo? 3.2 Gestão de conteúdo De acordo com Cruz (2002) o conteúdo não é conhecimento, mas pode vir a ser. Conteúdo refere-se a tudo o que podemos gerenciar em termos de dados e informações, contudo, não necessariamente conhecimento. Portanto, o termo conteúdo está bem mais próximo do termo conhecimento do que da informação. Lapa (2004) afirma que denominamos conteúdo dentro de uma organização um “relatório gerencial, uma ata de reunião, um manual técnico de um determinado produto, um guia de serviços da empresa, um laudo feito por um especialista [...] enfim, todo e qualquer material que se queira disponibilizar em algum sistema de informação ou site na intranet ou internet” (LAPA, 2004, p. 23). O termo conteúdo, no contexto de sites e portais, “é muitas vezes confundido com o texto stricto sensu: notícias, documentos, artigos” (SANTOS; FRANCO; TERRA, 2009). A maior parte do conteúdo existente na internet ainda é textual. O entendimento de conteúdo do ponto de vista do que o usuário precisa, é toda e qualquer informação que seja útil para os colaboradores, fornecedores, clientes ou usuários de maneira geral, não importando a mídia ou suporte. Tais autores finalizam afirmando que conteúdo pode ser visto como tudo aquilo que alimenta um portal1, de forma expositiva (notícias, documentos, banco de imagens, etc.) ou transacional (sistemas, serviços, relatórios dinâmicos). 3.3 Colaboração, cooperação e os hipertextos cooperativos Ao longo da história humana a vivência em grupo proporcionou a solução em conjunto das questões de sobrevivência. Este convívio grupal instiga o ser humano a compartilhar conhecimentos restritos a indivíduos, tornando-os coletivos e ampliando os saberes. Nos processos de aprendizagem, a colaboração e a cooperação exercem aspectos fundamentais para a alavancagem coletiva, e Piaget (1973) sustenta que cooperar é trabalhar junto de alguém (co-operar), operar em conjunto, lado a lado, construindo algo com os outros. Vygotsky (1998) enaltece a colaboração entre as pessoas (pares), e afirma ainda que ela é uma ação imprescindível para o processo de aprendizagem, pois demonstra a heterogeneidade dos grupos, ajudando a preservar a virtude do processo cognitivo implícito nas interações e nas comunicações. Nos estudos de Piaget (1998) encontram-se, para cada membro de uma comunidade, fontes estimuladoras para a vida em grupo, regulando, assim as ações individuais. A ênfase encontra-se na condição indispensável do estímulo da vida em grupo, contudo, permeando os controles. Necessita-se conduzir este estudo para o ambiente virtual. Encontra-se uma transformação na delimitação do espaço e do tempo com a chegada da comunicação eletrônica e a digitalização (BARRETO, 1998). Cria-se uma nova relação entre a informação e seus usuários, cujos aparatos tecnológicos instigam a interação individual com a informação. Diante disso, o hipertexto surgiu como paradigma de construção social, visto que os usuários reconstroem ou negociam seus próprios conhecimentos (PRIMO; RECUERO, 2003), compartilham conhecimentos (MAJCHRZAK, 2009), bem como utilizam a capacidade computacional (TAPSCOTT; WILLIAMS, 2007). 3.4 Web 1.0 e 2.0 As tecnologias da informação (TI) criam novos espaços e contextos para a construção do conhecimento. A web 1.0, primeira geração da internet, teve como principal característica a enorme quantidade de informação disponível. Os usuários faziam o papel de espectadores, sem autorização de alterar ou editar os conteúdos da página visitada. Vale ressaltar que o termo web 2.0 surgiu durante uma conferência promovida pelas empresas de mídia Media Live e O’Reilly Media, realizada em São Francisco no ano de 2004. O precursor do termo web 2.0 foi O’Reilly. Em seu clássico artigo intitulado “What is web 2.0?” são descritos sete princípios que a caracterizam de forma contundente, dentre eles: a internet vista como uma plataforma para produzir, processar e consumir informação; gratuidade na maioria dos sistemas disponibilizados e os conteúdos podem ser publicados por usuários comuns, sem conhecimento prévio das ferramentas2. Esses conteúdos podem ser produzidos de forma simples e direta, valorizando o sentido de colaboração (O’REILLY, 2005). 1 De acordo com Santos, Franco e Terra (2009), o conceito de portal abarca desde o site concebido para ser uma vitrine da empresa, aberto ao público, até a intranet restrita para funcionários ou o ambiente de negócios entre fornecedores para licitação, compras e relacionamento. 2 No próximo tópico serão vistas tais ferramentas. Segundo McAfee (2006) as tecnologias das empresas modernas são chamadas também de Web 2.0. A análise dessas inúmeras denominações demonstra a adequação do termo “ferramentas colaborativas” para este novo cenário da web, considerando-se que a atualização da informação é instantânea, mediante a criação de redes sociais. 3.5 Redes sociais e Ferramentas Colaborativas da Web 2.0 Com o advento da internet a sociedade sofre diversas mudanças, e dentre elas, algumas podem ser consideradas fundamentais. A mais significativa no âmbito deste estudo é a possibilidade de expressão e socialização, através de ferramentas de comunicação mediadas por computador. De acordo com Recuero (2009) as ferramentas colaborativas são capazes de proporcionar aos atores, usuários da web, além da cooperação e colaboração, a construção da informação de maneira interativa. Deixam na rede de computadores rastros que permitem o reconhecimento dos padrões de suas conexões e a visualização de suas redes sociais através destes rastros. O estudo destas possibilidades de interação e conversação, a partir dos anos 1990, através dos rastros deixados na web, dá início à perspectiva de estudo sobre redes sociais. 3.6 Wikis Considerando-se os contextos de colaboração corporativa, vê-se em Tapscott e Williams (2007) que o mundo caminha em direção aos conhecimentos dispersos. Estes autores consideram a Wikipédia uma metáfora para uma nova era de colaboração e participação. O termo wikiwiki é originário do idioma havaiano, significa super-rápido e foi cunhado por Ward Cunningham que, originalmente, criou wikiwikiweb em 1995. Como exemplos de wikis, Majchzak (2009) enumera: redes de conhecimento, ferramentas para o armazenamento eletrônico, suprimento do conhecimento para comunidades, flexibilidade para cooperação do conhecimento e sistemas de gestão do conhecimento. Entretanto, afirma que a web 2.0 consiste em muito mais que wikis. Cress e Kimmerle (2008) dão ênfase à importância da criação do conhecimento na sociedade do conhecimento, e citam os wikis como ferramenta de construção deste conhecimento. Os wikis não necessariamente devem estar na internet, podendo ser instalados nas intranets das organizações. Wikis são usadas para a gestão do conhecimento, complementam FuchsKittowski e Köhler (2005) e Wagner e Majchrzak (2007). 3.7 Web Semântica A web semântica é a aplicação de tecnologias avançadas do conhecimento para sistemas distribuídos em geral, com a finalidade de preencher o gap entre o ser humano e a máquina. Sabe-se que o conhecimento está descrito nas páginas web, porém difíceis de serem extraídos pela máquina (BREITMAN, 2005; RAMALHO; VIDOTTI; FUJITA, 2007; MIKA, 2007; KRÖTZSCH, 2007). Não se pode falar na web semântica sem citar o seu precursor, Tim Berners-Lee. Em seu clássico artigo de 2001, The semantic web, a web semântica foi concebida como uma extensão da web atual, com o objetivo de desenvolver meios para que as máquinas possam servir aos humanos de maneira mais eficiente. Entretanto é necessária a construção de instrumentos, no intuito de fornecer sentido lógico e semântico aos computadores. Segundo Mika (2007), esse novo campo da ciência é um resultado de diferentes subcampos da linguística computacional, banco de dados, representação do conhecimento, sistemas baseados no conhecimento e computação orientada para serviços. A seguir, serão vistos os principais conceitos da web semântica. Wikis Semânticos: Markus Krötzsch, conceitua os SMW (semantic MediaWiki), como um motor wiki semanticamente avançado, que permite aos usuários anotarem os conteúdos nos wikis de forma explícita, ou seja, informações legíveis para as máquinas. Utilizando os dados semânticos, os SMW podem resolver alguns problemas principais dos wikis atuais: Consistência de conteúdo: frequentemente a mesma informação pode aparecer em diversas páginas. Como é possível que as informações apareçam de forma consistente, especialmente pela possibilidade de alterações de forma distribuída? Acesso ao conhecimento: grandes wikis têm muitas páginas, tornando um grande desafio a procura e comparação de informações. Reuso do conhecimento: a forte motivação de muitos wikis é disponibilizar a informação de modo acessível para diversos usuários. O conteúdo textual rígido, nos wikis clássicos, possibilita apenas a leitura nos navegadores. 3.8 Gestão de conteúdo semântico (semantic content management) Shelt et al. (2002) esclarece que dados e conteúdos nas páginas web, ou em quaisquer outras trocas de documentos eletrônicos, precisam estar semanticamente anotados, de modo que o significado dos dados sejam expressos tais como a máquina os entendam, agregando valor e aumentando a escala de heterogeneidade para todas as necessidades da web. A aceitação universal dos padrões para o registro do conteúdo semântico oferecerá o progresso para criação, armazenamento, manutenção, compartilhamento e disseminação dos dados e das ontologias, melhorando a performance e a escalabilidade das inferências. Quatro competências essenciais que a web semântica necessita: personalização e busca semântica; metadados; normalização semântica e associação semântica. Tais competências fazem parte de um amplo espectro de capacidades compreendidas no contexto das tecnologias da web semântica que inspiraram os estudos deste projeto. 4. METODOLOGIA DE PESQUISA Este capítulo tem como objetivo descrever os métodos e as técnicas de pesquisa que serão utilizados nesse trabalho. 4.1 Realização da pesquisa 4.2 Quanto aos objetivos A incipiência do assunto a ser estudado, gestão de conteúdo semântico, faz com que a pesquisa seja enquadrada como exploratória. O problema da pesquisa será tratado quase que pioneira, de modo que o pesquisador irá descrever situações e estabelecer relações entre variáveis. Segundo com Gonçalves (2007, p. 42): Quando não se conhece bem o problema de pesquisa a ser investigado, mas apenas sintomas e suspeitas, então o caminho pode ser a elaboração de um Estudo Exploratório [...] O Estudo Exploratório pode ser entendido como um processo investigativo que leva ao diagnóstico – descoberta do verdadeiro problema, ou o problema mais relevante que é a causa dos sintomas já presenciados. De acordo com Gil (2002), o planejamento do estudo exploratório é bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos estas pesquisas envolvem entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema a ser pesquisado, e a análise de exemplos que possam estimular a compreensão. 4.3 Quanto à técnica O delineamento desta pesquisa será o estudo de múltiplos casos. A facilidade de acesso do pesquisador às empresas que implantaram as ferramentas wikis foi ponto decisivo para operacionalização deste projeto. Além disto, no primeiro momento da pesquisa, quando será implantado um wiki semântico, a parceria firmada com uma grande empresa de desenvolvimento abriu a porta necessária para tal pesquisa. Segundo Yin (2005), o estudo de caso é a estratégia escolhida para examinar acontecimentos contemporâneos inseridos em contextos da vida real. As questões são do tipo ‘como’ e ‘por que’, e o pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos. Utiliza-se o estudo de caso em muitas situações para contribuir com o conhecimento que temos dos fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de grupo. Podem-se encontrar estudos de casos em administração, economia, psicologia, sociologia, ciência política, dentre outras. 4.4 Quanto à natureza Quanto á natureza, a escolha da pesquisa aplicada objetiva a geração de resultados de aplicação prática para as organizações. Vergara (2009, p. 43) elucida que “a pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não.” Tem a finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura, motivada pela curiosidade intelectual do pesquisador. Lakatos e Marconi (2006) explicam que após o embasamento teórico, objetiva-se testar na prática a eficiência de uma ferramenta, nesta pesquisa os wikis. A pesquisa aplicada caracteriza-se pelo interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados na solução de problemas que ocorrem na realidade. A natureza do processo investigativo em questão, a pesquisa aplicada, possibilitará o desenvolvimento de novos conhecimentos (ou a compreensão de alguns já existentes), necessários para determinar os meios que se podem aprimorar processos, produtos ou sistemas, visando a satisfação de necessidades específicas. 4.5 Quanto à abordagem Quanto à abordagem do problema uma pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativamente. Uma forma de diferenciar estes dois tipos de pesquisa é que a primeira lida com a interpretação das realidades sociais, e a segunda lida com números e usa modelos estatísticos para explicar os dados. Gonçalves (2007) descreve diferenças das duas abordagens e esclarece que o método qualitativo é mais adequado para a investigação de valores, atitudes, percepções e motivações do público pesquisado, com o objetivo de compreendê-los, em toda a sua profundidade. A pesquisa qualitativa, oferece informações de natureza mais subjetiva, não tem preocupação estatística e concebe o pesquisador como o principal instrumento de investigação. O paradigma qualitativo justifica-se como o mais condizente para o alcance dos objetivos do presente projeto, porque a investigação se desenvolverá numa ótica predominantemente compreensiva e interpretativa, o que exige do pesquisador uma postura crítica no que tange à percepção e assimilação de indicadores que o auxiliarão na clarificação das várias óticas do problema de pesquisa. 5. PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS 5.1 Universo e unidades de análise A realização da pesquisa será feita, no nível organizacional, em dois momentos distintos, envolvendo empresas distintas. Para a escolha do processo de amostragem o pesquisador precisa levar em conta o tipo de pesquisa, a acessibilidade aos elementos da população, a representatividade desejada ou necessária, a disponibilidade de tempo, recursos financeiros, humanos, etc. De acordo com Lakatos e Marconi (2006) verifica-se que muitas vezes é praticamente impossível fazer levantamento do todo, daí a necessidade de investigar apenas uma parte da população. O problema da amostragem é escolher uma parte da amostra, de tal forma que ela seja a mais representativa do todo, e os resultados obtidos possam representar, o mais legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada. 5.2 Coleta de dados Vergara (2009) elucida que nesse momento, algumas combinações podem ser realizadas. Será realizada a pesquisa em fontes primárias (em documentos não tratados) e fontes secundárias (documentos públicos), bem como observação direta (obtendo informações e examinando fatos inerentes ao estudo). Segundo Gil (2002), a coleta de dados para estudo de casos pode ser feita mediante os mais diversos procedimentos: observação, análise de documentos, entrevista e história de vida. Pode-se utilizar mais de um procedimento, iniciando com a leitura de documentos e posteriormente realizando entrevistas. De acordo com Yin (2005) uma das mais importantes fontes de informações para um estudo de caso são as entrevistas. O investigador, ao longo da entrevista, tem duas tarefas: seguir sua própria linha de investigação, como reflexo do protocolo de seu estudo de caso ou fazer as questões reais de forma não tendenciosa e que também atenda às necessidades de sua linha de investigação. A entrevista no estudo de caso exige que o pesquisador aja em dois níveis ao mesmo tempo: satisfazendo as necessidades de sua linha de investigação enquanto, de forma simultânea, passa adiante questões amigáveis e não-ameaçadoras em suas entrevistas (GIL, 2002). Pretende-se, para este trabalho, realizar também a coleta de dados por meio de gravações de entrevistas semi-estruturadas. 6. CRONOGRAMA 2º. / 2013 1º. / 2013 2º. / 2012 1º. / 2012 2º. / 2011 1º. / 2011 2º. / 2010 1º. / 2010 2º. / 2009 (*) Atividades / Semestres 1º. / 2009 Elaborou-se o cronograma a seguir na disciplina para a conclusão do Projeto de Pesquisa 1,2,3. Projeto de Pesquisa Pesquisa de Campo Tabulação e início da análise dos resultados Desenvolvimento do Artigo Defesa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. B. Um modelo baseado em ontologias para representação da memória organizacional. 2006. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) Escola de Ciência da Informação, UFMG, Belo Horizonte. AUMUELLER, D.; RAHM, E. 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