Material de apoio em História 9° Ano III Bimestre 2012. A Guerra

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Material de apoio em História
9° Ano III Bimestre 2012.
A Guerra Fria
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda
Guerra Mundial (1945), pois os Estados Unidos e a
União Soviética vão disputar a hegemonia política,
econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista,
baseado na economia planificada, partido único
(Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a
outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na
economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda
metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros
países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no
campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados
Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas
de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e,
provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos
em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.
Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz
Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando
exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um
equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do
ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os
interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do
Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha
suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de
Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países
socialistas.
Existia ainda o Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) — é um movimento
que reúne 115 países, em geral nações em desenvolvimento, com o objetivo de criar um
caminho independente no campo das relações internacionais que permita aos membros
não se envolver no confronto entre as grandes potências.
É uma associação de países formada com o aparecimento dos dois grandes blocos
opostos durante a Guerra Fria liderados pelas superpotências de então (EUA e URSS).
Seu objetivo era manter uma posição neutra e não associada a nenhum dos grandes
blocos.
Planos economicos
As duas potências desenvolveram planos para
desenvolver economicamente os países membros. No
final da década de 1940, os EUA colocaram em prática
o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica,
principalmente através de empréstimos, para
reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda
Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de
garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
"Cortina de Ferro"
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso
nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência
da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a
ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande
inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).
Divisão da Alemanha
Após a Segunda
Guerra, a Alemanha foi
dividida em duas áreas
de ocupação entre os
países vencedores. A
República Democrática
da Alemanha, com
capital em Berlim, ficou
sendo zona de influência
soviética e, portanto,
socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte
capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi
dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e
Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a
cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. Com isso, percebemos o
caracter separatista apresentado pela construção do muro de Berlin. Sua queda em 1989
representou o fim da bipolarização mundial com o fracasso da URSS e a vitória do
capitalismo sobre o socialismo.
Ditadura Militar
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em
que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se
pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição
política e repressão aos que eram contra o regime militar.
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de
Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso.
O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações
sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço,
causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários,
banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do
Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da
Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA,
que junto com as cla Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional
(UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um
golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o
Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do
Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango
prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.
Porém forças conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os
militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1
(AI-1).
Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante os anos após o golpe
militar de 1964 no Brasil. Serviram como mecanismos de legitimação e legalização das
ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extraconstitucionais. Na verdade os Atos Institucionais eram um mecanismo para manter na
legalidade o domínio dos militares.
Entre 1964 a 1969 foram decretados 17 atos institucionais regulamentados por
104 atos complementares.
O governo divulgou que seu objetivo era combater a "corrupção e a subversão".
Alguns AI – Atos Institucionais.
AI-1 dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos
legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir, colocar em
disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado
contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração
pública.
AI-2 dissolveu todos os partidos políticos, aumentou o número de ministros do Supremo
Tribunal Federal de 11 para 16, reabriu o processo de punição aos adversários do
regime, estabeleceu que o presidente poderia decretar estado de sítio por 180 dias sem
consultar o Congresso, intervir nos estados, decretar o recesso no Congresso, demitir
funcionários por incompatibilidade com o regime e baixar decretos-lei e atos
complementares sobre assuntos de segurança nacional.
AI-5 Este ato incluía a proibição de manifestações de
natureza política, além de vetar o "habeas corpus" para
crimes contra a segurança nacional (ou seja, crimes
políticos). Entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968. O
Ato Institucional Número Cinco (Ai5), concedia ao
Presidente da Republica enormes poderes, tais como:
fechar o Congresso Nacional; demitir, remover ou
aposentar quaisquer funcionários; cassar mandatos
parlamentares; suspender por dez anos os direitos políticos
de qualquer pessoa; decretar estado de sítio; julgamento de crimes políticos por
tribunais militares, etc.
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