Grande ABC apresenta queda de 5,78% no PIB em 2012 Produto Interno Bruto foi calculado pelo iABC, novo índice do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo São Bernardo do Campo, 04 de dezembro 2013 – O Índice iABC, criado pelo Observatório Econômico do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração e Economia da Universidade Metodista de São Paulo aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) da região do Grande ABC paulista apresenta declínio nos últimos dois anos: após um crescimento de 11,83% em 2010, os resultados foram negativos em 2011 (1,3%) e 2012, quando atingiu queda de 5,78%. Confira a edição completa do Boletim EconomiABC no site do Observatório Econômico: www.metodista.br/observatorio-economico. Desde o ano de 2012, a equipe do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo vem trabalhando na construção de um indicador de nível de atividade econômica para o Grande ABC. Esta iniciativa surgiu a partir da constatação da necessidade de se ter um indicador que avaliasse, em tempo real, o desempenho da economia do Grande ABC, tendo em vista que a divulgação do PIB do Grande ABC, pelo SEADE, ocorre com pouco mais de 2 anos de defasagem. Neste final de 2013, por exemplo, o SEADE divulgará o PIB dos municípios paulistas referente ao ano de 2011. A construção do indicador, denominado iABC, ocorreu por meio do desenvolvimento de um modelo econométrico em série temporal. Após organizarmos todas as principais variáveis econômicas referentes à região do Grande ABC, acessíveis em periodicidade mensal, realizamos os testes necessários para averiguar quais delas correlacionavam–se com a trajetória do PIB regional. As variáveis que passaram a incorporar o modelo, após a execução de todos os procedimentos técnicos para sua construção, avaliam a trajetória das operações de crédito, das relações de comércio exterior, da geração de empregos, entre outras variáveis técnicas, o que possibilitou, por exemplo, captar a trajetória de tendência do PIB do Grande ABC. O gráfico a seguir apresenta a trajetória do iABC, resultado da estimação realizada a partir do modelo construído. Comparativamente ao dado real do PIB do Grande ABC, a estimativa do iABC mostrou-se bastante próxima, ao longo do período entre 1999 e 2010, inclusive no ano de 2009, quando o comportamento do PIB refletiu os efeitos da crise de 2008. Entretanto, no período entre 2011 e 2012, o índice iABC revela uma recessão de 1,3% em 2011, e de 5,7%, em 2012. A tabela a seguir mostra que o comportamento da economia do Grande ABC tem aderência ao comportamento do desempenho econômico do Brasil e do estado de São Paulo, com diferentes intensidades, dada as respectivas diversificações na estrutura econômica. O comportamento de algumas variáveis econômicas da região nos ajuda a explicar o resultado do índice iABC. Os recentes dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao RAIS de 2012, revelaram que houve uma redução no número de trabalhadores formalmente empregados na região do Grande ABC, com significativa redução no número de empregados na indústria de transformação. O saldo da Balança Comercial, que vinha se recuperando nos anos de 2010 e 2011, após a crise de 2008, vem se deteriorando desde o ano de 2013. Apenas para efeito de comparação, em 2011 no acumulado de janeiro a setembro, a Balança Comercial do Grande ABC registrava um superávit de US$ 1.105 milhões, que reduziu para US$ 486,3 milhões em 2012, e transformou em um déficit de US$ 165 milhões em 2013. Outro ponto importante a ressaltar, refere-se ao volume de operações de crédito, que detém forte correlação positiva com o desempenho do setor comercial. Com as ações de estímulo ao crescimento econômico adotadas pelo governo federal a partir do início de 2009, que incluíam o estímulo ao crédito, estas operações passaram a apresentar uma trajetória exponencial ascendente no Grande ABC, até meados de 2011. A partir de então, até os dias atuais, as operações de crédito passaram a ter um comportamento descendente e, em 2013, apresentam-se quase que estagnadas. Os modelos preditivos não têm o objetivo de antecipar o resultado exato do comportamento futuro do fenômeno econômico estudado. O grande ganho pode-se obter com um indicador de atividade econômica e sua natural evolução qualitativa está na possibilidade de se ter em mãos um instrumento que permita inferir, da forma mais aproximada possível, o comportamento da economia local, quase que em tempo real. Mais informações à imprensa: Gerência de Comunicação: 4366-5229/ Imprensa: 4366-5924 Israel Bumajny (MTB 60.545), Marcello Ferreira e Paola Di Buono [email protected] Conheça a nossa Sala de Imprensa: http://www.metodista.br/sala-de-imprensa Universidade Metodista de São Paulo www.metodista.br