Sobre a mesa, requerimento que será lido pelo Sr

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Abril de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sobre a mesa, requerimento que será lido pelo
Sr. 1º Secretário, Senador Efraim Morais.
É lido o seguinte:
REQUERIMENTO Nº 391, DE 2008
Requeiro, nos termos do art. 222, do Regimento
Interno, que seja consignado, nos Anais do Senado,
Voto de Aplauso ao jornal Diário do Grande ABC, em
razão das comemorações de seu cinqüentenário, no
dia 11 de maio de 2008.
Justificação
O jornal nasceu em 11 de maio de 1958 com o
nome News Seller. Posteriormente, após 10 anos,
passou a ser denominado Diário do Grande ABC,
com tiragem de 32.000 exemplares nos dias úteis, e
48.000 exemplares aos domingos, atingindo com boa
informação, periodicamente, as sete cidades que compõem o grande ABC.
A Macrorregião ABC é formada por sete cidades.
Nas últimas décadas, a região passou por sérias mudanças em seu perfil econômico, com a crise de seu
modelo industrial. O quadro se agravou com a falência
das políticas de desenvolvimento no Estado de São
Paulo. A indústria paulista cresceu apenas 17,91%
entre 1996 e 2003, enquanto nos demais Estados o
índice é de 65,73%, mas retomou sua trajetória de
elevado crescimento após a vitória de Luiz Inácio Lula
da Silva.
A região tomou-se protagonista de uma nova forma de fazer política. Por meio da criação do Consórcio
Intermunicipal, Agência de Desenvolvimento e Câmara
Regional foram elaboradas propostas para soluções
de problemas comuns, em resposta à ineficiência ou
ausência de uma política metropolitana do Governo do
Estado de São Pauto. Isso tudo, graças à iniciativa dos
prefeitos petistas, em particular, Celso Daniel.
Com Lula, abriu-se um canal de comunicação, até
então nunca visto, entre a região e o Governo Federal,
que passou a participar da Câmara Regional. Foi esta
gestão que institucionalizou os consórcios intermunicipais e os aparelhou com uma legislação específica.
A Universidade Federal do Grande ABC e a expansão
do Pólo Petroquímico já são realidades.
Na Região do ABC (ou ABCD) destacam-se os
Municípios de São Bernardo, Santo André e Diadema.
Com um PIB de 14.583,19 bilhões de reais, em
2003 (38% do PIB da região do ABC e 3º maior PIB
do Estado), São Bernardo apresenta PIB per capita de R$19.246,34, muito superior à média estadual
(R$l2.619,36). Trata-se de um município com perfil
claramente industrial, dado que esse setor representa
Quarta-feira 9 8323 quase 2/3 do valor adicionado, devido à importância
da sua diversificada indústria. O núcleo da indústria
do município é composto pela indústria automobilística e demais setores que são encadeados a esta,
como a química, plástico e borracha, máquinas e
equipamentos.
A existência de um forte núcleo sindical, ao contrário do que se alardeia como um dos motivos da
fuga de indústrias da região, provocou um aumento
expressivo do rendimento médio dos trabalhadores
do município, de forma que, em 2003, na indústria, ele
atingisse o valor de R$2.663, quase o dobro da média
estadual. Esse aumento incrementou o surgimento de
um forte setor de serviços, que já responde por 36%
do valor adicionado municipal, incrementando ainda
mais a arrecadação de ICMS.
Mais do que um movimento reivindicatório de
maiores salários, os sindicatos de São Bernardo (sobretudo o metalúrgico) visam uma ação global, em
que são levadas em consideração as necessidades
de todos os setores envolvidos. São Bernardo é sede
das maiores montadoras do País, como a Volkswagen,
Ford e Mercedes, mas também o local privilegiado de
inúmeras empresas de autopeças, tributárias da indústria automobilística.
Por sua vez, o município de Santo André, com
um PIB avaliado em 8.8 milhões, representa 22,8%
de toda riqueza da Região do ABC. Do ponto de vista da sua estrutura econômica, a indústria ainda é a
principal atividade produtiva, gerando 56,5% do valor
adicionado.
Uma análise das condições de vida de seus habitantes mostra que os responsáveis pelos domicílios auferiam, em média, R$1.091, sendo que 36,8%
ganhavam no máximo três salários mínimos. Esses
responsáveis tinham, em média, 7,4 anos de estudo, 50,0% deles completaram o ensino fundamental,
e 5,2% eram analfabetos. Santo André pertence ao
Grupo 2 do IPRS, que agrega os municípios bem posicionados na dimensão riqueza, mas com deficiência
em pelo menos um dos dois indicadores sociais. Seus
níveis de riqueza e longevidade estão próximos ao da
média estadual, enquanto o de escolaridade é bem
superior ao do Estado.
Diadema possui um PIB de 4.737,08 bilhões de
reais (12% do PIB da região do ABC), apresenta PIB
per capita de R$12.539,15, praticamente igual à média estadual (R$ 12.619,36). Trata-se de um município
com perfil claramente industrial, dado que esse setor
representa 63 % do valor adicionado.
Diadema também pertence ao Grupo 2 – Municípios que, embora com níveis de riqueza elevados,
não exibem bons indicadores sociais. Tendo por base
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