1 - Unioeste

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APONTAMENTOS SOBRE O PROJETO "EM EVIDÊNCIAS" E SUA
DINÂMICA DE DISCUSSÃO SOBRE A FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO
HISTORIADOR
Carlos Meneses de Sousa Santos1
Sheille Soares de Freitas2
Introdução
O texto aborda as ações desenvolvidas a partir do projeto de extensão "Em
Evidências: produção e uso de fontes no ensino de história". Há quatro anos, a tentativa
das oficinas e produções bibliográficas da equipe é problematizar as disputas de
memória e sentidos de história presentes na formação e prática do historiador. Um
caminho que envolve estudos e debates sobre o ensino de história, produção e uso de
fontes, tanto no processo de produção do conhecimento quanto na formação e atuação
docente.
Consideramos que o universo de interesses sobre o ensino de história exige da
prática do historiador atentar-se ao como e porque alguns processos históricos ganham,
muitas vezes, espaço reflexivo privilegiado nas aulas e no repertório docente, tornandose "a história" a ocupar centralidade nas incursões históricas. Fenelon (2008) ao se
remeter a essa questão nos incita a remexer nas amarrações dos livros didáticos e
currículos para que haja um modo de historiar que não nos prive da reflexão, debate e
construção interpretativa.
Em tempos de impropérios como a "escola sem partido", essas ponderações da
autora não seriam tão atuais. O clamor de Fenelon se estende em outras publicações. A
professora sempre se mostrou indignada perante nossos limites e/ou inoperância
1
Doutor em História/PPGH-UFU. Pós-Doutor em História/PPGH-UNIOESTE. Extensionista e
Pesquisador UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Email: [email protected]
2
Doutora em História/PPGH-UFU, Professora na Graduação e Pós-Graduação em História/UNIOESTE,
Extensionista e Pesquisadora UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Email:
[email protected]
profissional (FENELON, 2009), tanto na formação docente no ensino superior de
História como em nossa atuação como um todo. Passando desde a inserção na educação
básica, o que produzimos academicamente, o que damos visibilidade com nossas ações,
uso das fontes que realizamos e, principalmente, como nos colocamos como sujeitos do
nosso tempo frente às demandas que ele nos coloca, ou seja, desconsertar padrões
factuais de explicação e projeções canonizadas sobre a realidade histórica.
Para não perpetuarmos visões de um passado mistificado, com
acontecimentos cristalizados, com periodizações que pouco tem a ver
com as perspectivas que queremos desvendar, há que definir uma
concepção de presente, que nos permita atribuir significado ao
passado, e mais, que nos oriente em direção ao futuro que queremos
construir, ou estaríamos traduzindo em conservadorismo social o culto
pelo passado e transformando a memória em instrumento de prisão e
não libertação, como deve ser. (IBIDEM, p.29-30)
A autora ao fazer essa leitura sobre a relação presente-passado e o papel do
historiador nesse processo não nos coloca como narradores de uma história que já
acabou, ilustrado com o melhor de nossas pesquisas e pela capacidade que temos de
comunicação e edição da história. Pensar essas questões nos faz avaliar que acionar o
passado no presente se faz a partir de caminhos que informam como o historiador se
insere socialmente e, também, como multiplica em suas ações esse modo de tratar
processos históricos e memórias.
Por isso, quando pensamos o projeto Em Evidências, avaliamos esse universo
que nos enreda em sala de aula, nas publicações e visibilidade pública do que somos,
queremos e propomos como historiadores. Particularmente, destacamos a pressão sobre
as decisões políticas que firmamos no ensino de história e formação docente, uma vez
que não bastam metodologias inovadoras e aprofundamento temático, é preciso
acreditar no que se faz e porque se faz.
Entre a formação e a atuação do historiador: o trabalho com as fontes e a
mudança analítica
O "uso público da história", polemizado por Fontana (2003), discutindo as
práticas do historiador e as disputas sobre "que história ensinar", permitiu lançar
perguntas que retomamos aqui por considerar que também motivam nossos
questionamentos e provocações ao longo das oficinas e ações do projeto. Acreditamos,
como ele, que é preciso sair do lugar confortável de apenas executar uma determinada
tarefa no processo de cristalizar o passado ou mesmo de assentar certas prospecções.
Nossa prática tem que ser bem outra, caso queiramos que essa discussão fuja do trilho
de que há uma história certa a ser contada e repetida.
Portanto, nossa intenção não é apenas sugerir atividades e documentações, mas
discutir a produção e uso de fontes como parte importante desse debate, principalmente
sobre a formação docente e as práticas do historiador, pensando os distintos espaços,
registros e modos de atuar desse profissional frente ao debate sobre a realidade
histórica.
Ao encaminhar tal proposta, o projeto enfatiza o trabalho com fontes (expressas
em diferentes linguagens - fontes orais, autos processuais, imprensa, audiovisuais,
imagens etc.). Fazemos isso, porque consideramos o trato com a documentação o ponto
de acesso (estimulante e provocador) a determinadas historicidades e relações de poder.
Algo que permite dinamizar um repertório em grande medida formatado para descrever
e informar. Como bem traduziu Fenelon (2009), ao se remeter às práticas docentes no
ensino de história na década de 1980 e início da década de 1990:
acaba-se produzindo uma história bem arrumada, linear ou até mesmo
dialética, explorando as contradições e os conflitos, mas de qualquer
maneira o resultado termina sempre por se transformar no
conhecimento verdadeiro, ou então na simples história do acontecido.
Daí à sacralização dos conteúdos é apenas um passo e assim
elaboramos elencos programáticos com os mesmos temas e
periodizações que se critica, escudados na idéia de que, afinal, existe
toda uma determinada história da humanidade, que nossos alunos,
futuros professores, precisam dominar para poder transmitir na escola
[...]. Estabelecem-se os conteúdos e a discussão passa a ser apenas
sobre a melhor maneira de transmiti-los, partindo-se do suposto da
hierarquização dos níveis de aprendizagem e de saber que é preciso
consagrar. Neste caso, então estaríamos reforçando a idéia de que os
alunos de uma certa idade, ou de um certo nível de escolaridade, não
podem e não devem ser incentivados a qualquer iniciativa criadora ou
a formular questões e problemas, ou a identificar tópicos e temas que
queiram formular, ou à possibilidade de fazer opções sobre quais
temas gostariam de ver desenvolvidos. Ao invés disto, espera-se que
estas mentes maduras devam operar com conteúdos prescritos a eles
por mentes iluminadas, porque mais amadurecidas. (IBIDEM, p.32)
Trazemos essa ponderação por reconhecermos sua provocação às nossas
práticas. A intenção é deixar claro que nosso interesse em valorizar o uso das fontes ao
discutir alterações nos rumos da docência não significa dizer que as fontes são
responsáveis por alterar a abordagem histórica. É preciso que o historiador proponha
mudanças nas perguntas que lança ao processo histórico e no que faz emergir dele.
Afinal, essa decisão do historiador expressa, sobremaneira, como sugere que estudantes
e demais profissionais acessem a realidade histórica que coloca em tela.
A produção e uso de entrevistas é um dos encaminhamentos que hoje faz parte
da prática do historiador (nas produções acadêmicas e como estratégia no ensino de
história). Esse encaminhamento, tanto feito por estudantes quanto por professores,
proporciona um modo alternativo para lidar com determinados enredos históricos, uma
vez que partir da memória produzida no diálogo da entrevista abre caminhos para que a
experiência social ganhe tom e espaço na narrativa histórica.
Mas, ainda assim, será preciso desconstruir um roteiro de questões amarradas ao
evento e descoladas da prática dos sujeitos entrevistados, caso contrário, só ampliamos
mecanismos para contar e ratificar enumeração de eventos já anunciados no currículo
formal. Mas, como alterar o procedimento historiográfico? Esse foi um dos debates que
promovemos incessantemente, abordando pesquisas de estudantes e as desenvolvidas
pela própria equipe do projeto.
Utilizamos filmes e textos para ampliar a discussão. Pois, mais do que saber o
enriquecimento do trabalho com fontes em qualquer atividade atinente à discussão
histórica é preciso dizer o que queremos com essa documentação. Pois, a fonte por ela
mesma, independente de sua peculiaridade (na produção e natureza) não traduz, por si
só, mudança no sentido de história.
Sobre tais ponderações, poderíamos elencar inúmeros motes tratados, mas
destacamos o comentário postado no blog do projeto, na chamada "Histórias que
permitem discutirmos histórias". Nele, propusemos aos leitores do blog o filme História
Cruzadas (2011), para pensarem o trabalho com fontes orais e a relação do pesquisador
com o seu tempo e com os sujeitos, para além da temática em discussão.
Essa indicação está no item "Linguagens & Histórias" do blog. Então, vejamos o
que a estudante Daniela avaliou após assistir o filme e confrontá-lo com sua condição de
historiadora em formação:
Assisti o filme "Histórias Cruzadas", acredito que o filme nos permite
avaliar o uso de fontes orais, sem deixar de trazer os desafios que
encontramos ao escolhermos analisar essas fontes. Penso que o que
mais me chamou atenção é como as entrevistas marcam não só a nós
(que vamos problematizá-las), mas também os sujeitos que
encontramos, mesmo que não seja de forma tão drástica como a do
filme, essas pessoas avaliam nossa chegada, o que interpretam e nossa
partida, ou apenas analisam que não querem falar. As atitudes
daquelas que entrevistamos são tão importantes, as falas, os silêncios,
os olhares, como não colocar esses momentos em nossas produções?
Como deixar de colocar o olhar de uma das diaristas ao lembrar de seu
filho que fora assassinado... A construção da entrevista me parece
fundamental para entendermos em que contexto aquelas interpretações
ocorreram, sendo que o filme consegue abordar a importância desse
momento. Afinal, todas toparem contar suas histórias logo após a
prisão de uma das diaristas tem muito a dizer. A solidariedade faz
parte desse filme e também da nossa realidade. O filme me fez refletir
mais ainda sobre como pretendo olhar para os trabalhadores, é minha
preocupação lidar com seus olhares e angústias, ou apenas dizer sobre
suas condições de trabalho? De que forma podemos evidenciar a
experiência dos trabalhadores. Esses, que assim como no filme,
analisam e avaliam seu social e poderão mesmo frente a determinadas
pressões, dos quais encontram nos mais variados espaços, não apenas
no trabalho. E para além de como buscarei analisá-los, qual é minha
motivação? Pois no filme a trajetória da escritora foi seu estopim para
iniciar e se preocupar com as diaristas. Mesmo que por vezes não nos
aproximamos das experiências dos sujeitos que analisamos, [ter] algo
que nos motive a continuar faz toda diferença. Pensar e olhar minha
mãe todos os dias avaliando nossas condições e buscando alternativas,
me faz refletir em como eu gostaria que outro pesquisador olhasse
para sua trajetória e de maneira destacasse suas condições
compartilhadas, a disputa por espaços na cidade, sua experiência. O
filme, que por acaso assisti com ela, me permitiu olhar para minha
pesquisa e também de motivar ainda mais meu caminho. Abraços,
Daniela.3
Por tudo isso, consideramos de extrema relevância tocar nessas questões ao
longo das edições do projeto. Elas versam sobre a posição política assumida pelo
historiador perante a história e historiografia, fundamentalmente, ao eleger certos
debates e pesquisas para tratar a dinâmica histórica no ensino e em outras faces da sua
atuação.
Sentirmos motivados a algo é o ponto de partida para que comecemos a
considerar espaços de socialização de estratégias, materiais e propostas como um
caminho viável para a prática docente. Além disso, a recusa de uma história sem
sujeitos e sem suas impressões no enredo histórico passa por considerar que higienizar
os processos históricos das ambiguidades, conflitos e tensões que sustentam as relações
retira o que há de melhor na análise histórica. Ao perceber que os embates que
movimentam a história advêm de práticas que pulsam na experiência social, começamos
a valorizar as evidências, sugeridas em registros parciais, mas extremamente instigantes
3
DANIELA. Comentário em "Histórias que permitem discutirmos histórias". In: Linguagens & Histórias.
Blog Em Evidências. Disponível em: <https://projetoemevidencias.blogspot.com.br/2016/03/historiasque-permitem-discutirmos.html>. Acesso em 09 de set. 2016.
para olharmos certas historicidades e reconhecermos os sujeitos em cena e as mudanças
e permanências que engendram.
No blog do projeto, no item "Memórias em Evidências" há alguns apontamentos
dos participantes de oficinas, ocorridas nesses últimos quatro anos. Destacamos a
narrativa de uma delas, Pereira começou como estudante do curso de Graduação,
posteriormente como mestranda e, em seguida como docente vinculada ao Núcleo
Regional de Educação de Toledo.
No momento em que nos encaminhou suas considerações assumia a vaga de
Professora de História no IFPR, Campus de Umuarama. Mais do que acompanhar a
trajetória de estudantes e profissionais, consideramos que os debates contribuíram para
decisões sobre a docência e o seu papel social. No caso de Pereira, estava em foco o seu
fazer-se historiadora (ligando ensino, pesquisa e extensão):
O Projeto de Extensão “Em Evidências: produção e uso de fontes no
ensino de história” se constituiu, para mim, como um espaço
riquíssimo de aprendizagem e reflexão sobre a construção do
procedimento investigativo no campo da análise histórica. Nas edições
anuais, orientadas por diferentes eixos temáticos, tive a oportunidade
de enfrentar o desafio de problematizar diversos tipos de fontes
(entrevistas, documentários, filmes, entre outros), discutindo as
perspectivas presentes na produção das fontes e as imagens
produzidas sobre os sujeitos e as relações de poder analisadas. As
relações entre as discussões produzidas no Projeto e as pesquisas
individuais dos participantes foram sempre estimuladas pelos
coordenadores, permitindo que avaliássemos de que formas tais
perspectivas e procedimentos de pesquisa se aproximavam ou se
distanciavam do modo como interpretávamos e buscávamos tratar as
evidências em nossas próprias investigações. Para além das benesses
já indicadas, pude ponderar também, a partir das discussões propostas,
sobre minha prática docente em uma escola pública estadual,
delineando possibilidades de uso de fontes históricas na sala de aula.
Em suma, a oportunidade de participar de todas as edições do Projeto
se apresentou para mim como um presente, que me permitiu refletir e
discutir com os colegas sobre temáticas extremamente pertinentes ao
historiador e ao professor(a) de História.4
Certamente, essas decisões são mais do que didáticas, elas dão pistas sobre a
formação desses profissionais e os sentidos de história que permeiam sua atuação.
Insistimos em sua necessidade, agora promovendo um debate constante pelo blog,
divulgando-o entre os profissionais e estudantes, para além da realização de oficinas.
Mesmo que esse seja um mote polêmico perante grande parte do debate sobre a
realidade educacional, muitas vezes camuflado nas discussões sobre as condições de
trabalho e produções disponíveis para assessorar o trabalho docente. Não acreditamos
que uma coisa exclua a outra. Ao contrário, vemos como elas se entrelaçam compondo
um mesmo cenário a ser enfrentado.
No blog, criamos o item "Sala de aula: indícios & provocações". Ao propormos
tal indicativo tínhamos em mente um espaço para discutirmos as agruras que se
acumulam na prática docente, para além do suposto político que informa nosso
procedimento com o conhecimento histórico. Para isso, algumas questões que pairam
sobre as licenciaturas e a realidade docente foram base para tais formulações e
interesses de discussão. Na chamada em que utilizamos os filme O Substituto (2011)
como eixo da argumentação, sugerimos a seguinte formulação:
Sabemos que a atuação docente resguarda compromissos e
complexidades que ultrapassam a vida escolar e os muros de escolas e
universidades. A falta de profissionais efetivos e de melhores
condições de trabalho são abafadas ao polemizarem, por exemplo,
discussões "inovadoras" de currículo enquanto políticas educacionais.
O filme O substituto permite que discutamos alguns desses meandros
de nossa profissão, certas controvérsias que materializam quem somos
e quem são nossos alunos. Tudo isso, marcando relações de poder
expressivas da sociedade contemporânea, trazendo, ao mesmo tempo,
4
PEREIRA, Maria Cristina C. O Projeto de Extensão... In: Memórias em Evidências. Blog Em
Evidências. Disponível em: <https://projetoemevidencias.blogspot.com.br/2016/04/oprojeto-deextensaoem-evidencias.html>. Acesso em 08 de set. 2016.
um conjunto de questões para ponderarmos, inclusive, sobre como é
possível alterar o cenário escolar sem levar em conta esse universo de
desigualdades sociais, injustiças e desvalorização do processo
educacional no tempo presente?[...]5
Ao pautar tais questões, enquanto um diálogo necessário perante determinado
ciclo vicioso de formação e atuação docente, abordamos a dinâmica de tensões e
experiências que marcam processos históricos importantes que tangenciam o currículo
formal, tanto no Ensino Superior quanto na Educação Básica. Como ignorar o modo
como vivem nossos alunos e que expectativas possuem com a escolarização? Como
decidir nossas posturas e posições frente às controversas ações e necessidades que
pairam sobre suas vidas ao convivermos com eles com proximidades e distanciamentos?
Tratamos a dificuldade das licenciaturas na atualidade, seja para formação seja
para a permanência desses profissionais na área, não só como uma pauta de política
pública, mas na sua complexidade frente à sociedade desigual em que nos inserimos e
na qual atuamos. Por isso, esse conjunto de indagações, que não se esgota aqui,
continua como algo necessário e interpelador a todos nós.
Considerações Finais
Foi com esse intuito e procurando abranger desde àqueles que decidem pelo
curso de História aos que atuam nessa área em diferentes inserções, que o projeto se
propôs a interagir com estudantes em formação (particularmente no curso de Graduação
e Pós-Graduação em História da UNIOESTE) e profissionais já atuantes na área de
História.
5
O SUBSTITUTO... inspiração para pensarmos a docência. In: Sala de aula: indícios & provocações.
Blog Em Evidências. Disponível em: <https://projetoemevidencias.blogspot.com.br/2016/03/osubstituto-inspiracao-para-pensarmos.html>. Acesso em 08 de set. 2016.
Essa imersão se faz na esteira do ensino de história (em suas diferentes
dimensões), reconhecendo a necessidade de discutir e recolocar procedimentos sobre a
produção do conhecimento histórico e sobre o papel do historiador. Ao discutirmos e
destacarmos certos processos históricos e sua articulação (ou não) com o tempo presente
sugerimos que o historiador se coloca como peça chave do como a história será
acionada.
Essas colocações trazem um incômodo a ser compartilhado e, na mesma
intensidade, também sugere alternativas para aludirmos às indagações necessárias sobre
a formação docente e os procedimentos utilizados. A ideia é que indicar mudanças
sinalize valorizar os interlocutores e o que se trata historicamente a partir dos sujeitos e
relações que movimentam a história.
Referências
- FENELON, Déa R. A formação do profissional de história e a realidade do ensino.
Tempos Históricos. Marechal Cândido Rondon, v. 12, p. 23-35, 1º sem. 2008.
- _____. O historiador e a cultura popular: história de classe ou história do povo?
História & Perspectivas. Uberlândia, v. 40, p. 27-51, 1º sem. 2009
- FONTANA, Josep. ¿Qué historia enseñar?. Clío & Asociados. La Historia Enseñada.
Espanha, nº. 7. p. 15-26, 2003. Disponível em:
http://sedici.unlp.edu.ar/bitstream/handle/10915/32609/Documento_completo.pdf?sequ
ence=1. Acesso em: 25 de fev. 2012.
- HISTÓRIAS Cruzadas. Direção e roteiro: Tate Tailor. EUA: Disney/Buena Vista.
2011. 1DVD (146 min.), son., color. (Inspirado no romance The Help, de Kathryn
Stockett, 2009).
- O SUBSTITUTO. Direção: Tony Kaye. Roteiro: Carl Lund. EUA: Kingsgate/Paper
Street. 2011. 1DVD (97min.), son., color.
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