FM. CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DO PRODUTO MAGISTRAL PAPAÍNA 2% CREME COMERCIALIZADO EM CIDADES DA REGIÃO DE BOM DESPACHO-MG ANTUNES, M. (IC) (1); SOUZA, L. M. G. (IC) (1); CARVALHO, J. R. (IC) (1); VERÍSSIMO, J. C. (IC) (1); SILVA, K. O (PQ)(1); BRAZ, W. R. (PQ) (1) Faculdade Presidente Antônio Carlos de Bom Despacho – Curso de Farmácia. Introdução: A qualidade dos medicamentos manipulados no Brasil é frequentemente questionada. Dificuldades em atender aos requisitos das Boas Práticas de Manipulação exigidos pela RDC 67/2010 são alguns desses motivos. O controle de qualidade microbiológico em produtos não estéreis é realizado para avaliar a carga limitada de bactérias e fungos e para que seja comprovada a ausência de micro-organismos patogênicos em produtos não-estéreis. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi verificar a qualidade microbiológica do produto magistral Papaína 2% creme recém-manipuladas de farmácias magistrais da região de Bom Despacho – MG. Metodologia: Foram solicitados através de prescrição médica fictícia, 10 (dez) amostras do produto Papaína 2% na forma farmacêutica de creme, recém-manipuladas à diferentes farmácias magistrais das cidades da região de Bom Despacho-MG. O critério para escolha das farmácias magistrais e cidades foi por sorteio a fim de garantir uma neutralidade em relação à amostragem. Foram denominadas aleatoriamente como amostras A, B, C, D, E, F, G, H, I e J preservando a exposição dos estabelecimentos magistrais. Foi realizada a inspeção física das amostras quanto ao atendimento a forma farmacêutica prescrita, quantidade, concentração e integridade. Duas amostras (20%) foram excluídas por não atenderem a forma farmacêutica prescrita. As oito amostras restantes (80%) foram submetidas aos testes microbiológicos para contagem total de microorganismos mesófilos (bactérias e fungos) e pesquisa dos micro-organismos patogênicos Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus de acordo com a Farmacopéia Brasileira 5ª edição. 1 mL de diluições seriadas 10-1 e 10-2, 10-3 obtidas à partir da diluição de 10 g do produto em água peptonada foram inoculadas utilizando a técnica de pour plate para o teste de Contagem Total de Bactérias e Fungos. Para bactérias utilizou-se Ágar Caseína soja (TSA) e incubou-se a 32,5 +/2,5 °C por 5 dias. Para fungos utilizou-se Ágar Sabourand-dextrose e incubou-se a 22,5 ° +/2,5 °C por 7 dias. A pesquisa de patogênicos ocorreu em duas fases: uma de enriquecimento onde 10 g do produto foi adicionado a 90 g de Caldo Caseína Soja e incubada 32,5 +2,5 ºC por 24 horas. Segunda fase transferiu-se 1 mL da solução do caldo de enriquecimento para meios de cultura seletivos, sendo Ágar Cetrimida para pesquisa de Pseudomonas aeruginosa Ágar Manitol Salgado para pesquisa de Staphylococcus aureus. Resultados e discussão: No teste de Contagem total de micro-organismos mesófilos apenas uma formulação (12,5%) apresentou resultados acima das especificações farmacopéicas para o teste de contagem de bactérias e no teste de Pesquisa de micro-organismos patogênicos foi comprovada a ausência de Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus nas oito (100%) formulações analisadas. Foi possível atestar que os produtos analisados apresentaram qualidade microbiológica sugerindo que as farmácias magistrais da região de Bom Despacho – MG cumprem com as exigências de Boas Práticas de Manipulação. Palavras-chave: Controle de qualidade; qualidade microbiológica; produtos magistrais.