TEMAS DE FILOSOFIA

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Aulas de filosofia – Elaborada pelo Professor Luiz Antonio Burim
Colégio Estadual Pe. José de Anchieta – Apucarana – Pr
O QUE É FILOSOFIA?
Porque para uns, a filosofia é uma dor de cabeça, para outros o maior barato e, para outros ainda,
algo subversivo e perigoso? O que é filosofia afinal?
Nesta aula vamos tentar responder a algumas dessas perguntas, iniciando com uma frase do
filósofo Sócrates que diz: “Uma vida que não é examinada não merece ser vivida”.
Em grego, filosofia quer dizer “amor à sabedoria”, e o criador desse termo segundo a tradição foi
o pensador Pitágoras, que era matemático. A palavra filosofia é uma junção de duas palavras grego FILO =
amigo e SOFIA = sabedoria. Portanto a palavra filosofia significa amigo da sabedoria. Esse termo aparece
na Grécia do século VI a.C., pois é nesse período que aparece os primeiros SOPHOS, que significa sábio, ou
seja amigo do saber, aquele que busca a sabedoria, “amante da sabedoria”. Portanto a palavra filosofia
significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. O Filósofo é aquele que ama a sabedoria, tem
amizade pelo saber, deseja saber.
A filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento.
A filosofia tem como ponto de partida os problemas que ela levantou e levanta, e o ponto de
chegada do Ensino da filosofia consiste na formação de mentes ricas de teorias, hábeis no uso do método,
capazes de propor e desenvolver de modo metódico os problemas e de ler de modo crítico a realidade que nos
envolve no nosso dia-a-dia.
Antes de existir essa filosofia propriamente dita, a qual surgiu na Grécia, predominava nos
gregos a consciência mítica, cuja maior expressão se encontra nos poemas de HOMERO e HESÍODO; em
suas obras ILIADA e na ODISSÉIA, onde retratam a guerra de Tróia. Quando se dá a passagem da
consciência mítica para a racional é que aparecem os primeiros SOPHOS.
A Filosofia, desde sua definição originária, se faz compreender como um saber sobre o homem,
sobre o mundo, sobre a própria realidade. O verdadeiro filósofo rejeita o status de “possuidor da verdade”.
A filosofia pelo fato de ser crítica, tem incomodado a muitos. (militares nos anos 64-89) que a
tiraram do currículo escolar, ficando restrita apenas na formação seminarística, excluindo-a totalmente do
segundo grau. A história registra muitas tentativas e empreitadas em destruí-la e nega-la. Os tiranos, os
mistificadores, os dominantes e todos os interessados na alienação e mediocridade do povo preferem uma
consciência de rebanho, de fácil manipulação, cativa e obediente, a um questionamento sistemático e profundo
sobre a realidade.
Depois destas colocações creio que você já entendeu que a Filosofia, enquanto ciência produzida
pelo homem, está condicionada a determinados contextos históricos que determinam sua própria identidade.
Em todos os momentos históricos, a filosofia manteve e mantém um lastro crítico, até mesmo autocrítico,
lançando indagações e questionamentos que incitam os homens a dar uma resposta comprometida ao seu
mundo e contexto histórico, bem como exigido as mais plenas experiências de sentido sobre a dimensão
subjetiva da sua existência.
Concluindo podemos afirmar que a filosofia tem, portanto como todas as ciências, os limites da
própria história do homem. A sua grandeza está mesmo no processo, de proposição sempre crítica de
questões fundamentais. Pois necessariamente a vida, a cultura, a história, a significação da existência são
questões fundamentais como a questão do saber, do conhecimento, da sociedade. Desprezar a filosofia
significa desprezar estas questões, equivale a adiar uma das mais ricas experiências do humano – a
experiência do sentido das coisas.
Aula baseada nos livros: Convite a filosofia de Marilena Chauí, Aprendendo filosofia de César
aparecido Nunes e Filosofando de Maria Lucia de A. Aranha e Maria Helena Pires Martins.
Aulas de filosofia – Elaborada pelo Professor Luiz Antonio Burim
Colégio Estadual Pe. José de Anchieta – Apucarana – Pr
O QUE É IDEOLOGIA?
Ideologia -Sistema de idéias que elabora uma “compreensão da realidade” para ocultar
ou dissimular o domínio de um grupo social sobre outro. A ideologia atua como uma forma de
consciência parcial, ilusória e enganadora que se baseia na criação de conceitos e preconceitos como
instrumento de dominação.
Doutrina ideológica – Concepção fechada, rígida, unilateral, lacunar. Estabelece “verdades”
para sustentar desejos ocultos.
Racionalização – Além do significado básico de “tornar racional” significa também a tendência
para procurar argumentos e justificativas crenças ancoradas em preconceitos, emoções, interesses pessoais ou
hábitos arraigados.
TIPOS DE IDEOLOGIAS
Quando nos referimos à palavra ideologia enquanto teoria, no sentido de organização
sistemática dos conhecimentos, podemos mencionar que a ideologia se faz presente em diversos campos de
nossa sociedade: a)Ideologia de uma escola – orienta a prática pedagógica. b) Ideologia religiosa – dá
regras de conduta aos fiéis. c) Ideologia de um partido político – Estabelece e determina concepção de
poder e fornece diretrizes de ação aos seus filiados.
Na concepção marxista, a ideologia adquire um sentido negativo, como instrumento de
dominação. Isso significa que a ideologia tem influência marcante nos jogos do poder e na
manutenção dos privilégios que plasmam a maneira de pensar e agir dos indivíduos na sociedade.
(muitas vezes tem caráter ilusório).
CARACTERÍSTICAS DA IDEOLOGIA.
A ideologia é apresentada tendo fundamentalmente as seguintes características:
Constituem um corpo sistemático de representações que nos “ensinam” a pensar e de
normas que nos “ensinam”a agir. b) Tem como função assegurar determinada relação dos homens
entre si e com suas condições de existência (adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela
sociedade). c) As diferenças de classe e os conflitos sociais são camuflados. d) Faz com que os seres
humanos aceitem sem críticas as tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, em nome da
“vontade de Deus” ou do “dever moral”. e) Tem a função de manter a dominação de uma classe
sobre outra
A IDEOLOGIA NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.
Esta ideologia tem por objetivo mostrar a superioridade de uns sobre os outros (ricos X
pobres). Aliás, os povos dos países subdesenvolvidos são vistos como pobres, feios, escuros, tolos,
com todas as qualidades que justificam a tutela dos ricos, belos, brancos e inteligentes. Alguns
exemplos ideológicos dos quadrinhos: Os personagens em quadrinhos nunca trabalham: Donald
mantém um padrão de vida médio que lhe permite usufruir os benefícios da sociedade de consumo.
Gastão vive da sorte. Enfim, se analisarmos os personagens da Disney, nenhum trabalha, portanto os
quadrinhos são uma alienação social.
A própria figura do super-herói, cuja personalidade “esquizofrênica” é dividida entre o
eu heróico e o eu cotidiano: Super-homem e Clark Kente, Zorro e Don Diego, Batman e Bruce
Wayne. O homem comum é o tímido e apagado.
OUTROS TIPOS DE IDEOLOGIA
Podemos ainda mencionar a propaganda comercial que tem por objetivo vender um
produto, um serviço ou uma marca ao consumidor, ela veicula como proganda ideológica, modelos
de apresentação pessoal, de relacionamentos e de comportamentos, além de modelos de roupas,
maquiagem, decoração. Através da propaganda inconscientemente vamos assimilando como deve
ser nossa vida no dia-a-dia.-
Aula baseada nos livros: Convite a filosofia de Marilena Chauí, Aprendendo filosofia de César
aparecido Nunes e Filosofando de Maria Lucia de A. Aranha e Maria Helena Pires Martins.
Aulas de filosofia – Elaborada pelo Professor Luiz Antonio Burim
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OS PERÍODOS DA FILOSOFIA GREGA.
A filosofia terá, no decorrer dos séculos, um conjunto de preocupações, indagações e
interesses que lhe vieram de seu nascimento na Grécia.
Antes de fazermos um estudo sistemático dos períodos da filosofia grega, se faz
necessário conhecermos os períodos da história da Grécia antiga.
Os historiadores dividem em quatro grandes fases ou épocas.
1. Grécia Homérica – Corresponde aos 400 anos narrados pelo poeta Homero , em
seus dois grandes poemas, Ilíada e Odisséia ( Séc. IX ou VIII ) – fase de transição de um mundo
essencialmente rural, o enriquecimento dos senhores faz surgir a aristocracia proprietária de terras e
o desenvolvimento do sistema escravista.
2. Grécia Arcaica – ( Séc.VIII a VI a.C ) Nesse período os gregos criam
cidades como Atenas, Esparta, Tebas, Megara, Samos, etc., e predomina a economia urbana,
baseada no artesanato e no comércio. Grandes alterações sociais e políticas aconteceram nesse
período.
3. Grécia Clássica – ( Séc. V e IV a.C ) . É o apogeu da civilização grega. Na
política expressão como democracia ateniense surge, pois a democracia se desenvolve, acontece a
explosão das artes, literatura e filosofia. Atena domina a Grécia com seu império comercial e
militar.
4. Época helenística – ( Séc. III e II a.C ) . É a partir do século IV a.C , quando a Grécia
passa para o poderio do Império de Alexandre da Macedônia e depois para as mãos do Império
Romano, terminando a história de sua existência independente. Podemos afirmar que é o período da
decadência política da Grécia. Culturalmente se dá a influência das civilizações orientais.
Os períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas épocas, já que elas não existe
na Grécia homérica e só aparece em meados da Grécia arcaica. Entretanto, o apogeu da Filosofia
acontece durante o apogeu da cultura e das sociedades gregas; portanto durante a Grécia Clássica.
Os quatro grandes períodos da Filosofia grega, nos quais seu conteúdo muda e se enriquece
são :
1 - Período pré-socrático ou Cosmológico.
2 – Período socrático ou antropológico.
3 – Período sistemático.
4 – Período helenístico ou greco-romano.
Iremos estudar esses quatro períodos separadamente, com seus respectivos filósofos.
Questão para avaliação – Quais são as quatro grandes fases da história da Grécia, e quais
sãos os nomes dos períodos filosóficos que predominou no pensamento grego?
Aula baseada nos livros: Convite a filosofia de Marilena Chauí, Aprendendo filosofia de César
aparecido Nunes e Filosofando de Maria Lucia de A. Aranha e Maria Helena Pires Martins.
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A HISTÓRIA DO CALENDÁRIO
O calendário é um método de combinar dias em períodos adaptados aos propósitos da vida
civil, baseado sobre a consideração de certos períodos astronômicos, tais como meses e anos. Alguns
calendários se fundamentam no ano trópico e são denominados solares; outros se baseiam no mês
sinódico ou lunação e são chamados lunares.
Calendário Egípcio.
O ano egípcio, cuja origem remonta a cerca de 6.000 anos, consistia em 12 meses de 30 dias,
seguido de cinco dias adicionais, num total de 365. O período de 30 dias é obviamente baseado no mês
sinódico e este calendário deve ter sido inicialmente um calendário lunar. A origem do calendário solar
de 365 dias é de natureza puramente econômica. Para os Egípcios a agricultura era questão de vida ou
morte, e a possibilidade de praticá-la dependia unicamente das condições do Nilo, devido à ausência de
chuvas. Para isso era necessário prever as enchentes que tornam o Vale do Nilo fértil. Os astrônomos
egípcios tinham observado que as cheias do rio coincidiam com a época em que Sírius nascia ao fim do
crepúsculo matutino. Contando os dias que transcorriam até a repetição do fenômeno, fixaram o ano
natural em 365.25 dias. O ano egípcio era dividido em três estações: da enchente, semeadura e
colheita, cada qual de quatro meses, e seu início era fixado com base no nascer helíaco de Sírius. Sendo
o ano do calendário egípcio menor que o ano trópico, o início das estações retrocedia, voltando à mesma
data cada 1.506 anos egípcios ou 1.456 anos trópicos.
Calendário Babilônico.
De origem posterior ao calendário egípcio, era lunissolar, e se iniciava na primavera do mês
de Nisannu, os meses principiando no crescente lunar. A fim de acertar o calendário com as estações do
ano, o último mês Addaru, era às vezes repetido, e em outras vezes o sexto mês ou outro qualquer.
Calendários Gregos.
Na Grécia antiga cada província possuía seu calendário lunissolar como o dos babilônio,
com a repetição de meses e as vezes de um dia. Desde o século VI a.C. vários ciclos foram introduzidos
a fim de adaptar meses e anos, através de regras intercalação de meses. O Octaeteris, ciclo de oito anos,
foi inventado por Cleostrato de Tenedos que igualou oito anos a 99 lunações e a 2.922 dias. O octaeteris
atrasava a data da lua cheia de 1,53 dias por ciclo donde ter sido posteriormente corrigido com a
introdução de três dias adicionais em cada 16 anos. Em 432 a.C., este ciclo foi substituído pelo Meton
que igualava 19 anos a 235 meses e a 6.940 dias. O ciclo metônico foi aperfeiçoado uma primeira vez
por Calipo em 330 a.C., que omitiu um dia em cada 4 ciclos metônicos, e uma segunda vez por Hiparco
(146-127 a.C.), que propôs omitir um dia em cada 4 ciclos calípicos.
Calendário Romano.
Instituído em tempos de Rômulo, constava de 304 dias divididos em dez meses. Seu
sucessor, Numa Pompilio, transformou-o em um calendário lunar, adicionando ao fim do ano dois
meses, janeiro e fevereiro. O ano passou a ter 355 dias e começava nas calendas de março, o mês
complementar tendo 27 ou 28 dias, a fim de que a lua cheia ocorresse sempre na mesma data. Não é
sabido quando esse calendário passou a ser solar, contudo em 400 a.C, já o era.
Calendário Juliano.
Com o auxílio de Sosígenes de Alexandria, o imperado Gaio Júlio César (102-44 a. C)
mudou o calendário romano e o ano 45 a.C começou no dia 1º de janeiro, o sexto dia antes das
calendas de março devendo ser repetido uma vez em cada quatro anos, e era chamado anti diem bis
sextum kalendas Martias ou simplesmente bissextum. O edito de César foi, entretanto mal
interpretado, e a intercalação dava-se a cada quatro anos inclusive, isto é, cada três anos, até que
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Augustus, em 8 a.C., a fim de reparar o erro mandou que se omitisse o bissextum até 8 a.C., e desde
então Juliano foi observado até a reforma gregoriana.
Calendário Gregoriano.
Com o avanço dos séculos, um gradual desvio das datas do início das estações se foi
tornando perceptível. Em 1582 o Papa Gregório XIII (1502-1585) ordenou que o dia, após 4 de
outubro de l582, fosse chamado 15 de outubro e que o dia intercalar (29 de fevereiro) não fosse
contado no final de cada século, a menos que este fosse divisível por 400. Assim 1600 e 2000 são
anos bissextos, não sendo 1700, 1800 e 1900. Isto significa tomar para a duração média do ano, o
valor 365,2425 ao invés de 365,25 do calendário Juliano.
Outros calendários.
Na França, de 1793 a 1805, foi usado o calendário republicano, Brumário, Frimário,
Nivoso, Pluvioso, Germinal, Floreal, Plarial, Messidor, Terminador e Frutidor de 30 dias cada, com
5 ou 6 dias intercalares, e que começava com o equinócio de outono do hemisfério norte.
Calendário Judeu ou era da Criação.
Deriva do calendário babilônico, possuindo dias e meses intercalares. Um ano comum
pode conter de 353 a 355 dias e um ano embolísmico de 383 a 385 dias. Tem seu início em 7 de
outubro de 3761. Portanto, o nosso calendário cristão tem uma diferença de 2.000 anos.
Calendário mulçumano ou era de Hégira.
Começa em 638 ou 639 e consiste de 12 meses lunares sem intercalação. É o único
calendário puramente lunar.
Calendário Mundial.
Embora preciso, o calendário gregoriano não é prático, e a divisão do ano é
profundamente irracional. Sua reforma é urgente. No calendário mundial, proposto para substituí-lo
em cada trimestre o primeiro mês teria 31 dias e os dois outros 30 dias. O número total de dias seria
364 mais um dia complementar no fim ou no começo do ano, e outro entre junho ou julho nos anos
bissextos. Embora nem todos os meses contenham o mesmo número de dias, a distribuição desses
tornar-se-ia mais regular, e os trimestres e semestres conteriam o mesmo número de dias. Os dias
adicionais, feriados, não seriam computados nos dias da semana, em todos os anos.
QUEM DEU NOME AOS MESES DO ANO.
Janeiro – Foi uma homenagem a Jano, o deus romano da paz. Ele tinha duas coroas.
Fevereiro – Vem da palavra latina “Februa”, nome dado à deusa Juno em certa época .
Março – Era o mês das festas de Marte, o deus da guerra, filho dos deuses Júpiter e Juno.
Abril – Vem do latim “aperire”que quer dizer Abrir. Era o mês de Vênus, deusa da beleza.
Maio – Neste mês os romanos faziam festas em homenagem a Flora, deusa das flores.
Junho – Mês de Juno, deusa do casamento; foi mulher Júpiter e mãe de Marte e Vulcano.
Julho – Vem do latim JULIUS, em homenagem ao imperador Júlio César. Mês do deus
Apolo.
Agosto – Mês do imperador romano Augusto César e de festas para muitos deuses.
Setembro – Vem do latim “september”que quer dizer sétimo. Era o mês do deus Vulcano.
Outubro – Vem do latim “october”, que significa oitavo. As festas do mês eram do Deus
Baco o deus do vinho.
Novembro – Vem do latim “novembru”, que quer dizer nono. Mês de Diana, a deusa da
caça.
Dezembro - De “december”que significa décimo em latim. O dia 25 era o dia do Imperador.
Celebrava-se também a festa do deus SOL.
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