INTRODUÇÃO - Propesp/ FURG

Propaganda
INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome de deficiência na
secreção de insulina combinada ou não a resistência periférica à insulina que
ocasiona complicações agudas e crônicas, que podem incluir dano, disfunção ou
falência de vários órgãos. Sua grande importância é devido a suas altas taxas de
morbimortalidade, decorrentes de complicações vasculares. A OMS estimou que,
após 15 anos de doença, 2% dos indivíduos apresentarão cegueira, 10% deficiência
visual grave e 30% a 45% apresentarão algum grau de retinopatia.
A retinopatia diabética (RD) é uma retinopatia vascular. É a 3ª causa de cegueira em
adultos no Brasil e a complicação crônica mais comum do DM, afetando 50 a 80%
dos DM2.
Após o diagnóstico de DM2, os pacientes devem realizar fundoscopia. Se não
houver alteração ao exame, passam a fazer exames anuais, se já apresentarem RD
não-proliferativa, deviam ser vistos semestralmente pelo oftalmologista, já os com
RD proliferativa ser avaliados para conduta terapêutica.
A perda visual geralmente é abrupta, mas a terapia com laser reduziria em 95% o
risco de cegueira ou grave déficit visual, enfatizando a necessidade de rastreamento
e conduta precoce.
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem papel fundamental no esforço de
controlar sua prevalência e sua progressão para complicações que comprometam a
qualidade de vida dos pacientes através do tratamento precoce e redução de fatores
de risco controláveis.
O estudo será desenvolvido em uma equipe da ESF do município de Rio Grande –
RS, responsável pela atenção primária aos usuários pertencentes à região, na qual
a prevalência de DM2 entre os usuários até 07/2010 é de 88 pacientes, nos quais foi
realizada uma busca ativa dos casos de RD.
OBJETIVO GERAL: Realizar o rastreamento de RD em pacientes com DM2 da
população adscrita a uma USF do município de Rio Grande – RS.
METODOLOGIA: Foram obtidos dados de prevalência do DM2 através de análise
de dados da população da USF. Os critérios de inclusão foi residir na área de
abrangência da UBS e ter diagnóstico prévio de DM2. Após levantamento dos
pacientes-alvo, foi realizado agendamento de fundoscopia no período de 22/07 a
14/10/2010.
No dia agendado, o paciente comparece a UBS, preenche um consentimento livre e
informado, é realizado um questionário e, após com uso colírio midriático, a
fundoscopia com oftalmoscópio direto.
Seria considerado rastreamento positivo, todo paciente com alterações retinianas
compatíveis com RD, não-proliferativa e retinopatia proliferativa. E negativo, o
paciente sem alterações compatíveis com RD.
RESULTADOS PARCIAIS: Dos 88 pacientes com diagnóstico de DM2, 23 foram
submetidos a fundoscopias até a presente data, estando os outros agendados para
os meses de setembro e outubro de 2010.
A prevalência de alterações retinianas:
- Sem alteração retiniana, 13 pacientes (14,77%);
- Retinopatia não-proliferativa: 5 (5,68%);
- Retinopatia proliferativa:3 (3,40%);
- Não avaliados: 2 (2,27%) - presença de catarata e diagnóstico de glaucoma, não
sendo possível a avaliação da retina.
Em relação ao perfil demográfico encontrado neste estudo, houve maior prevalência
do sexo feminino (78,26%). A idade média do grupo, considerando-se ambos os
2
sexos, foi 64,95 anos. A média de valor da última glicemia aferida laboratorialmente
de 143,90 mg/dl.
DISCUSSÃO: A prevalência de RD na população adscrita na área da UBS foi 9,9%,
uma prevalência menor do que a encontrada em um estudos de prevalência
realizado em duas UBS na cidade de Luzerna, SC (38.4%).
CONCLUSÃO: Ainda estamos no período de coleta de dados, o que dificulta a
conclusão. A prevalência da DP encontrada entre os pacientes portadores de DM 2
pesquisados no presente trabalho foi de 9,9% dentre os já examinados. Ainda não
foi realizada a análise estatística dos dados coletados, aguardando o término da
coleta.
3
Download