o processo de socialização

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA
CIÊNCIAS SOCIAIS EM SAÚDE
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO
Fonte: Ronaldo dias. Introdução à Sociologia, 2ª edição.
6.1.O ser humano como ser social
À necessidade de enfrentar as adversidades para sobrevivência,
obrigou o ser humano a se unirem e tornaram imprescindível a
convivência social. E ao nascer, já se encontram em grupo estruturado
com uma quantidade enorme de valores, normas, crenças etc. Sem este
convívio social, o animal homem dificilmente desenvolveria as
características que denominamos ‘humanas’.
A sociedade precede ao indivíduo, sendo o ser humano um produto
da interação social e que serão aceitos por estes.
6.2. Socialização e construção da identidade pessoal
Cultura é definida como tudo aquilo que é socialmente aprendida e
partilhada pelos membros de uma sociedade, uma herança cultural e
transmitida às gerações futuras.
O processo de socialização inicia desde o momento que nasce e
começa a receber influências do grupo (aprende a falar, o vestir, o modo de
comer etc.) sendo socializada e à medida que vai crescendo vai incorporando,
adquirindo novos hábitos e costumes integrando-se de foram cada vez mais
completa como membro dessa sociedade (profundamente cultural) e só
termina quando morre.
Todas as sociedades – rurais ou urbanas, simples ou complexa –
possuem cultura. Que possui sua integridade própria, seu próprio sistema de
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valores e seus costumes, que serão transmitidos aos mais novos pelo processo
de socialização.
A socialização é aquisição das maneiras de agir, pensar e sentir dos
grupos, da sociedade ou da civilização em que o indivíduo
vive, desde o
momento que a pessoa nasce, continua ao longo da vida e só termina quando
ela morre.
Mesmo com o processo de socialização, cada indivíduo adquire uma
personalidade própria, que o diferenciará dos demais e ao mesmo tempo o
identificará com seu grupo social (personalidade).
Há vários fatores que influenciam o desenvolvimento da personalidade,
entre eles:
a) a herança biológica: o conjunto de necessidades biológicas comuns
fazem os indivíduos interagirem de vários modos, o que provocará
comportamentos que o diferenciarão dos outros.
b) o ambiente físico: diretamente relacionado a nossa herança biológica,
ao mesmo tempo desenvolve preocupações com a segurança, a necessidade
de se proteger do frio etc., provocando modificações no comportamento
humano.
c) a cultura da qual o indivíduo participa: os indivíduos adquirirão certos
traços do grupo do qual participa e irão diferenciá-lo dos integrantes de outros
grupos.
d) a história de vida do indivíduo ou sua experiência biológica e
psicossocial únicas.
Personalidade Social
‘Personalidade’ é o sistema de tendências do comportamento total de
uma pessoa, que difere muito de uma sociedade para outra e dentro de uma
mesma sociedade.
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Existe um certo número de relações entre a estrutura da personalidade
do indivíduo e a estrutura da sociedade à qual pertence. Essa relação é
funcional, de maneira a permitir que os indivíduos ‘funcionem’ normalmente em
uma sociedade. A diferença entre normal e patológico difere de uma sociedade
para outra.
Em uma sociedade complexa como a brasileira, que apresenta diversas
subcultura e que desenvolverá um tipo de personalidade normal para esta
cultura. Assim como, as diversas ocupações profissionais criam seus símbolos
sociais, com base em figuras que possam servir de exemplo a ser imitado por
aqueles que se iniciam na profissão.
Os principais agentes de socialização são: a família (principal, relações
pessoais - informais), os pequenos grupos (‘panelinhas’), a escola (trabalha as
relações formais – impessoais), os grupos de status e os grupos de referência
(ídolos).
A televisão é um novo agente de socialização, dos meios de
comunicação em massa que existentes. Exerce um papel controverso,
influenciando o comportamento, particularmente da juventude,às vezes positiva
ou negativamente. Um exemplo, foi uma apresentadora famosa da TV anunciar
que teria um filho gerado como ‘produção independente, o que influenciou os
costumes e teve um aumento nos números de mulheres que tiveram filhos sem
darem importância para o pai. Bem como o vídeo explanou, a inversão de
valores da boneca, da alimentação, entre muitas outras coisas.
Após sua pequena explanação e a contextualização que a profª. Camila
nos concedeu descortinou alguns véus, principalmente, no individualismo da
profissão odontológica. Sempre fui contra ficar entre quatro paredes, desde o
início do meu exercício profissional, busquei trabalhar com outros colegas, em
clínicas. Sabia que estava faltando algo, a criação de minha família e sua
estrutura (pais divorciados, criada por avó e tendo que ser independente,
desde criança) sempre me estimulou a buscar o bem ao próximo, a harmonia
familiar e não decepciona-los. Levando a velha máxima, que minha avó e mãe,
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sempre ensinaram: “Como dizia Jesus: trate o próximo, como gostaria de ser
tratado”.
E por fim, em saúde pública, encontrei um pouco disso que eu queria
vivenciar e retribuir com minha profissão. No PSF, então, foi a utopia e o
desencanto/frustração, dá a impressão que chegamos lá, mas parece que
faltou perna. ‘Nadamos, nadamos e morremos na praia’, mais ou menos essa
sensação. E como discutimos em sala, não existe receita de bolo pronta,
construímos nossa história dia-a-dia, com nossa família, no nosso local de
trabalho, na nossa religião, com os amigos adquiridos ao longo da nossa
caminhada. Tentamos e reconstruímos todos os dias.
Diolena Sguarezi
Piracicaba, 15 de março de 2012.
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