Título do Vídeo: A rosa como indicador ácido

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Título do Vídeo: A rosa como indicador ácido-base
Nome dos participantes: Beatriz Barata, Mariana Cruz, Rita Guerreiro
Professor responsável: Filipa Batalha
Escola: Colégio Vasco da Gama
E-mail: [email protected]
Resumo
No dia-a-dia, deparamo-nos com diversos tipos de substâncias, as quais identificamos, em
linguagem comum, como sendo “azedas”/ “ácidas”, por exemplo. Cada uma dessas substâncias tem
a propriedade de ser ácida ou básica, podendo ser identificada facilmente. Esta identificação pode ser
feita de variadas formas, no entanto, na experiência realizada é utilizado um método natural, as
pétalas de rosa vermelha.
Desta forma, a experiência realizada tem como objetivo provar que as pétalas da rosa podem
ser utilizadas como indicador ácido-base uma vez que se verificou a mudança de cor do extrato
obtido consoante a basicidade ou a acidez das várias soluções utilizadas.
A identificação de cada solução como sendo básica ou ácida é feita através da escala de pH,
que apresenta diversas cores, consoante o nível de pH.
Conceitos
A escala de pH é uma escala logarítmica que mede a quantidade de iões H 3O+ presentes em
soluções diluídas.
A água pura a 25ºC apresenta pH=7. Quando lhe é adicionado ácido, o seu pH diminui,
ficando inferior a 7. Quando se adiciona uma base, o pH da solução aumenta, ficando superior a 7.
Assim, a escala de pH permite identificar e ordenar diversas substâncias consoante o seu valor de
pH.
No entanto, para se identificar o pH de uma solução é necessário estar na presença de um
indicador ácido-base, ou seja, que muda de cor conforme a solução em que se encontra.
As pétalas de rosa vermelha podem ser então consideradas um indicador ácido-base,
conforme provado na experiência realizada, pois apresentam na sua constituição antocianinas, grupo
de corantes vegetais solúveis em água responsáveis pela cor vermelha, que são muito sensíveis à
mudança de pH, e que apresentam diferentes cores consoante a concentração de iões H 3O+ da
solução. Desta forma, quando se encontram em solução com outras substâncias, ácidas ou básicas,
exibem variadas cores, conforme a seguinte escala:
Ilustração 1 – Escala de pH e respetiva cor
Ilustração 2 – Antocianina em meio ácido (à direita) e em meio básico (à esquerda)
Protocolo Experimental
Segurança:
Reagente
Riscos
Segurança
Amoníaco
R10, R23, R34, R50
S16, S36/37/39
Etanol
R11
S7, S16
Ácido Clorídrico
R34, R37
S26, S45
Hidróxido de Sódio
R35
S26, S28, S36/37/39
Tabela I – Riscos e segurança
Reagentes:
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Limpa-vidros
Lixívia (NaClO)
Solução aquosa de amoníaco (NH3)
Sumo
Sabão
Hidróxido de sódio (NaOH)
Ácido clorídrico (HCl)
Água (H2O)
Vinagre (CH3COOH)
Leite
Limão (C6H8O7)
Bicarbonato de sódio (NaHCO3)
Etanol (CH3CH2OH)
Pétalas de rosa
Material/Equipamento:
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Hotte
Manta de aquecimento (1)
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Tubos de ensaio (12)
Suporte de tubos de ensaio (1)
Gobelé (14)
Pipeta de Pasteur (14)
Balão de fundo plano (1)
Vareta de vidro (1)
Papel de filtro (1)
Funil de vidro (1)
Luvas, bata
Procedimento:
1. Colocar meio gobelé de pétalas dentro de um balão de fundo plano, que se encontra numa
manta de aquecimento. Colocar etanol aos poucos e aquecer para extrair o pigmento;
2. Transferir a solução para um gobelé;
3. Utilizando um funil, com papel de filtro humedecido, filtrar a solução;
4. Colocar algumas gotas das soluções a analisar dentro de cada tubo de ensaio, com o auxílio
de uma pipeta de Pasteur e rotular. É necessário dissolver e/ou triturar alguns destes
reagentes (ex: bicarbonato de sódio):
5. Colocar, utilizando uma pipeta de Pasteur, cerca de 4 gotas da solução de pétalas de rosa
dentro de cada tubo de ensaio;
6. Concluir acerca do pH de cada amostra.
Aplicações
A aplicação decorrente da experiência é a determinação do pH de substâncias, algumas do nosso
quotidiano, outras típicas das atividades laboratoriais de Química, com um indicador relativamente
fácil de obter e barato. A determinação do pH de uma solução aquosa pode permitir a identificação da
mesma ou avaliar o seu grau de pureza, por comparação com o pH tabelado para essa substância.
Esta aplicação, para além de fazer parte dos conteúdos curriculares de 8º e 11º ano, pode ser
aplicada em feiras de ciência e divulgação, para despertar o interesse dos mais novos pela ciência.
Conclusões
Conclui-se que o extrato de pétalas de rosa funciona como um indicador ácido-base: com limão ficou
vermelho, um ácido, e com o amoníaco ficou amarelo, uma base. O grau de dificuldade é médio: a
utilização da solução aquosa de amoníaco exige alguma precaução e hotte, mas pode substituir-se
por um detergente amoniacal. O hidróxido de sódio também deve ser substituído, caso não estejam
no 11ºano. Verificou-se que o indicador tem uma curta duração. Acrescenta-se que a cor da solução
aquosa de amoníaco com o indicador era amarela: a alteração para castanho ocorreu devido a
exposição ao ar.
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