GT-24 - cchla

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GT-24: SEMÂNTICA LINGÜÍSTICA: DESCRIÇÕES E
APLICAÇÕES
Coordenador:
Prof. Dr. Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Departamento de Letras)
E-mail: [email protected]
Local/horário: Salão Vermelho, 1º andar do CCHLA, 12 lugares; terça, 20 de
maio, 14:00-18:00h.
ÚNICO DIA
1. Semântica e gramática cognitivas: aspecto teóricos e aplicados
Prof. Dr. Luis Passeggi (Departamento de Letras)
O trabalho apresenta uma caracterização da semântica e da gramática cognitivas a partir de
sua concepção do significado e da estrutura semântica. Diversas noções são analisadas:
domínios cognitivos; perfil; base; redes, categorias complexas e construções. Num segundo
momento, serão sugeridas aplicações a questões de uso da linguagem de interesse da
lingüística aplicada: estruturas semânticas do discurso expositivo escrito; construções
gramaticais do texto didático de ciências; uso das metáforas nos textos didáticos;
compreensão/produção de textos expositivos de diferentes áreas do conhecimento (Língua
estrangeira, História, Geografia).
2. Construções comparativas e exemplificativas no texto
expositivo de ciências no ensino fundamental. Aspectos
gramaticais e semânticos
Karliane Fernandes Nóbrega. (Mestranda da Pós-Graduação em Estudos da
Linguagem – UFRN).
[email protected]
Este trabalho apresenta uma análise semântica do texto expositivo de ciências, no ensino
fundamental, com foco na relação construções gramaticais / estruturas semânticas, numa
perspectiva de lingüística aplicada. São descritas as construções gramaticais comparativas e
exemplificativas a partir de um corpus de textos de um livro de Ciências da 4º série, com
base em noções da gramática cognitiva, tal como apresentada por Passeggi (2001a; 2001b;
2002), e na classificação das construções proposta por Moura Neves (2002). Identificamos
68 ocorrências de construções comparativas e 98 de construções exemplificativas e
analisamos sua distribuição nos diferentes temas propostos pelo livro. Distinguimos os
conectivos gramaticais dos conectivos discursivos, evidenciando suas distribuições
específicas e caracterizando alguns aspectos formais das construções. Finalmente,
sugerimos uma análise do funcionamento discursivo dessas estruturas com relação aos
processos de compreensão do texto didático expositivo de ciências.
3. O uso da metáfora no texto do jornalismo econômico
Ayres Charles de Oliveira Nogueira (Mestrando da Pós-Graduação em Estudos
da Linguagem – UFRN).
O trabalho analisa textos do jornalismo econômico, mostrando a relevância do uso da
metáfora como recurso lingüístico e cognitivo com base em Lakoff, Johnson “Metáforas da
vida cotidiana” (1980/2002). As metáforas estruturais do nosso sistema conceptual criam
similaridades. Quando selecionamos a metáfora INFLAÇÃO É UMA DOENÇA, por
exemplo, observamos o estabelecimento de similaridades entre inflação e doença. Doença
diagnosticada, que pode ser grave, endêmica, contagiosa; estes também são os efeitos da
inflação. Há doença que não pode ser tratada apenas com um medicamento. Algumas,
inclusive, resistem a diversos medicamentos. Da mesma maneira acontece com a inflação.
Nem todo procedimento é pertinente, exeqüível, eficaz. E, alguns esforços são necessários a
fim de conter seus estragos. A metáfora INFLAÇÃO É UMA DOENÇA é apropriada à
nossa experiência por causa dessa similaridade que é metaforicamente induzida.
4. A organização da informação nos textos de vestibulandos da
UFRN: Estruturas temáticas das provas de Geografia
Karliane Fernandes Nóbrega (Mestranda da Pós-Graduação em Estudos da
Linguagem – UFRN).
[email protected]
O texto não corresponde a uma estrutura “semântica acabada”, mas a um esboço que
ajudará o ouvinte a construir sua própria “representação mental” das intenções do falante
(Tomlin, 2000). Tencionamos descrever a organização da informação dos textos das provas
de Geografia do vestibular da UFRN, focalizando as estruturas temáticas (Tema/Rema)
desses textos. Entendemos o Tema de um texto como sendo um ponto de partida
interacional e o Rema como um conjunto de sentenças tematicamente centradas (Castilho,
1998). Estamos utilizando aproximadamente 60 textos que têm características expositivasdescritivas. Estes textos foram produzidos como respostas da questão número dois da prova
discursiva de Geografia do vestibular 2002, que pedia aos candidatos para descrever o
assalariamento temporário no campo citando três características. Elaboramos um
formulário que permite visualizar o enunciado da questão da prova de vestibular, a
expectativa de resposta da COMPERVE e a resposta do candidato. Nossa análise esta sendo
feita de forma qualitativa, sobre a “caminhada interpretativa” realizada pelos candidatos do
momento em que lêem, ou seja, interpretam a questão até a produção de seus textos.
Estamos inferindo os procedimentos de leitura, ou seja de compreensão dos candidatos a
partir de “pistas” (ou indícios) deixados por eles nos textos. O principal ganho do
desenvolvimento deste trabalho será entender melhor aspectos semânticos da compreensão
e da produção textual dos vestibulandos, que são competências lingüísticas de fundamental
importância no processo ensino-aprendizagem. Assim como deve contribuir para uma
reflexão sobre o funcionamento da organização do texto de vestibulandos dentro de uma
perspectiva da Semântica do Discurso.
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