cap 40 – a indústria nos países desenvolvidos i

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A INDÚSTRIA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS:
REINO UNIDO, FRANÇA, ITÁLIA E ALEMANHA
A Revolução Industrial determinou e aprofundou a divisão internacional do trabalho criada com o mercantilismo e que era caracterizada pelo
pacto colonial. Quem tomou o expresso da industrialização garantiu seu lugar entre os mais ricos do mundo; a indústria definiu, portanto, quem
era rico e quem era pobre na divisão internacional do trabalho, ampliando ainda mais as diferenças econômicas e tecnológicas entre os países.
Os países de industrialização clássica - o G-7
No século XVIII, o Reino Unido foi o primeiro país a se industrializar, aproveitando a estabilidade política, o capital obtido com o
mercantilismo e as ricas jazidas de carvão mineral de seu território. A França logo seguiu o caminho de seu rival histórico. Itália e Alemanha só
passam a existir como Estado nacional no fim do século XIX (1870-1871), e por isso realizam sua Revolução Industrial um pouco mais tarde.
Fora da Europa, os Estados Unidos, primeira colônia a declarar independência, também são o primeiro país a se industrializar na América. O
Canadá inicia o seu processo de independência em 1867, e o Japão abre seus portos para o Ocidente após a ascensão da dinastia Meiji ao
poder em 1868.
Portanto, todos os representantes do processo de industrialização original ou clássica estavam industrializados no fim do século XIX.
Pela necessidade de matérias-primas e mercado de consumo para a atividade industrial que surgia, os países europeus e o Japão
expandiram seus impérios coloniais.
Os Estados Unidos fizeram sua expansão continental do Atlântico ao Pacífico e mais tarde ampliaram a sua influência sobre o continente
americano e o mundo. O Canadá, naturalmente rico em recursos minerais, cresceu sob o apoio financeiro e tecnológico de seu poderoso vizinho.
Como surgiu o G-7
Em 1973. Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha Ocidental reuniram-se pela primeira vez para discutir a política monetária
internacional após o fim do padrão ouro, definido em Bretton Woods. Nos meses seguintes, várias reuniões foram realizadas, desta vez com a
participação do Japão. Formou-se, então, o que passou a ser chamado pela imprensa mundial de G-5 (Grupo dos Cinco).
O Grupo dos Cinco mais a Itália reuniram-se pela primeira vez na localidade de Rambouillet. França, em novembro de 1975, para discutir a
economia mundial, então abalada pela crise do petróleo, e com o objetivo de coordenar a política econômica e monetária mundial.
Os mentores dessa idéia foram o presidente da França (Valéry Giscard d'Estaing) e o primeiro-ministro alemão (Helmut Schmidt). Em 1976,
o Canadá começa a participar das reuniões, e a associação passa a ser denominada G-7. No encontro de Tóquio, em 1986, Itália e Canadá são
aceitos oficialmente como membros do grupo.
Em 1998, a Federação Russa, que já participava das reuniões como país observador desde 1992, foi admitida como país membro do G-7,
em Denver em 1997, e a partir de junho de 2002 passou a integrar oficialmente o novo G-8 ou Cúpula dos Oito. Esse grupo reúne os sete países
mais ricos e industrializados do mundo mais a antiga potência soviética e faz oposição aos países pobres no conflito Norte-Sul.
A indústria no Reino Unido
O Reino Unido localiza-se no noroeste da Europa e, como você pode ver no mapa abaixo, é formado por Grã-Bretanha (Inglaterra, País de
Gales, Escócia) e Irlanda do Norte.
Grande potência econômica em séculos passados, o Reino Unido já foi o centro do maior império colonial do mundo: o Império Britânico.
Começou a perder importância após a Segunda Guerra Mundial, quando, juntamente com a França e a Alemanha, foi substituído como principal
líder do mundo capitalista pelos Estados Unidos. Os fatores determinantes dessa situação foram as perdas sofridas no conflito e a
independência das colônias britânicas, que eram o grande esteio de sua economia.
Nas décadas de 1960 e 1970 o Reino Unido disputou com a França a liderança econômica no continente europeu, o que resultou na
formação de blocos econômicos diferentes no continente. Em 2004, o Reino Unido apresentou o quarto PIB do planeta e o segundo da Europa,
atrás de Estados Unidos, Japão e Alemanha.
O Reino Unido foi o grande artífice da Revolução Industrial, processo que alterou profundamente a economia mundial a partir do século
XVIII. Isso só foi possível porque o país reuniu condições favoráveis, como a consolidação de um Estado liberal controlado pela burguesia;
disponibilidade de capitais acumulados no mercantilismo, bem como de matérias-primas; mercado consumidor em seu extenso império colonial;
mudança na organização fundiária, que expulsou a população do campo, disponibilizando mão-de-obra para as indústrias; recursos naturais,
como o carvão e o ferro, muito utilizados na nova atividade; e inovações tecnológicas, como a invenção da máquina a vapor.
O êxodo rural e o crescimento das cidades vieram como conseqüência das indústrias que, a princípio, se localizavam próximo às jazidas de
carvão e aos portos. Por esse motivo essas áreas eram chamadas de "regiões negras", numa alusão ao pó do carvão que deixava tudo escuro.
As principais "regiões negras" eram Yorkshire, Lancashire, Midlands, País de Gales e Glasgow. Os tipos de indústria mais encontrados eram a
siderúrgica, a têxtil, a naval e a de material ferroviário.
A distribuição da indústria
Após duas guerras mundiais e depois de ter o grande império reduzido a algumas pequenas ilhas espalhadas pelo mundo, muita coisa
mudou no Reino Unido. O país só ingressou na Comunidade Econômica Européia (CEE) em 1973 e não se beneficiou das vantagens que a
associação proporcionou a seus membros desde sua criação em 1957.
O declínio do carvão como fonte de energia, bem como o esgotamento das jazidas desse recurso mineral, a era do petróleo e a necessidade
de novas tecnologias foram essenciais para mudar a situação e a distribuição das indústrias no país.
As tradicionais "regiões negras" foram as que sofreram a maior decadência nos últimos tempos. O fechamento de indústrias, o desemprego
e o êxodo da população são alguns dos problemas que atingem essas áreas. Setores como o têxtil, o naval e o siderúrgico enfraqueceram, mas
surgiram outros, como o petroquímico, o biotecnológico, o aeronáutico e o eletrônico, que têm alcançado notável dinamismo. As novas indústrias
procuraram outras áreas para se estabelecer.
Atualmente, as mais importantes regiões industriais inglesas são as áreas metropolitanas de Londres e de Birmingham. Facilidades como
oferta de mão-de-obra, existência de um mercado consumidor, excelente rede de transportes (rodoviário, ferroviário e fluvial) atraíram as
indústrias para a capital londrina desde o início da Revolução Industrial. Com um parque industrial diversificado (com empresas automobilísticas,
químicas, farmacêuticas, mecânicas), Londres é sem dúvida o principal centro industrial britânico.
Nessa nova fase industrial do Reino Unido, a cidade de Birmingham ultrapassou centros das antigas "regiões negras", como Liverpool e
Glasgow. Muita variedade e dinamismo caracterizam essa segunda maior região industrial inglesa, que conta com inúmeras indústrias de
tecnologia de ponta, como as petroquímicas e as de biotecnologia.
O neoliberalismo e a Terceira Via
Não se pode esquecer que, em 1979, o Reino Unido foi o primeiro país desenvolvido a adotar o neoliberalismo no governo da primeiraministra Margaret Thatcher. Como conseqüência da nova política, na década de 1980 grande parte das empresas públicas foi privatizada.
Também o desemprego e a pobreza aumentaram no país. Entretanto, a descoberta de petróleo na plataforma continental do mar do Norte deu
novo alento à economia do Reino Unido. Margaret Thatcher renunciou em 1990 e foi substituída por John Major, que enfrentou problemas com a
Irlanda do Norte e com a doença da vaca louca, que atingiu o rebanho britânico em 1996.
No poder desde 1997, depois de dezoito anos de governo dos conservadores, e reeleito em 2001, o trabalhista Tony Blair, que substituiu
John Major, aprofundou e ampliou as reformas de Margaret Thatcher. Garantiu, mediante lei, a independência do Banco Central britânico e
estabeleceu uma disciplina fiscal rigorosa, mantendo os impostos como os mais baixos da Europa. O apoio à empresa privada favoreceu o
crescimento do mercado de trabalho, reduzindo o desemprego para 4,5%, uma das taxas mais baixas do mundo. Entretanto, o Reino Unido
ainda enfrenta problemas como a doença da vaca louca, que atingiu os rebanhos do país, e crises nos setores da saúde, segurança e educação
- médicos, policiais e professores protestam por melhores condições de trabalho e por maiores salários. O primeiro-ministro britânico tem tido
uma participação ativa na luta contra o terrorismo, após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, incluindo o apoio à
invasão norte-americana ao Iraque, no início de 2003. Na política interna, destacou-se por conseguir os acordos de paz na Irlanda do Norte,
ameaçados, em 2004, pela decisão do IRA de retomar a luta armada. A popularidade de Tony Blair foi afetada por seu apoio à invasão do Iraque
pelos Estados Unidos.
A maior potência dos séculos XVIII e XIX continua sendo um país rico e com um bom padrão de vida. Mas, sem dúvida, não tem a
importância política e econômica que possuía até a Segunda Guerra Mundial.
A indústria na França
Rival secular do Reino Unido na Europa, a França, também detentora de vasto império colonial no passado, apresenta-se em melhor posição
no ranking dos PIBs e rendas per capita das maiores economias do mundo.
A França iniciou sua industrialização após a Revolução Francesa (1789), que colocou a burguesia no poder nos últimos anos do século XVIII.
Entretanto, só consolidou sua Revolução Industrial no século XIX, quando conheceu a estabilidade política, que chegou depois dos anos
conturbados que sucederam a Revolução Liberal.
As jazidas de carvão mineral determinaram a localização da indústria francesa nos seus primeiros tempos, quando se destacavam as regiões
da Alsácia e Lorena, na fronteira com a Alemanha.
Com as mudanças estabelecidas no decorrer do tempo, hoje outros combustíveis são utilizados na França, e a distribuição espacial da
indústria no país ficou bem diferente.
A França, mais que o Reino Unido, teve seu território devastado pela Segunda Guerra Mundial. Entretanto, dois fatores foram responsáveis
pela reconstrução de sua economia, no período que se seguiu ao fim do conflito:
 A ajuda financeira dos Estados Unidos através do Plano Marshall;
 O fato de o país fazer parte da Comunidade Econômica Européia.
As regiões industriais francesas
A principal região industrial da França localiza-se na área metropolitana de Paris, a "cidade-luz", centro político, cultural e econômico que
polariza o país. Possui um parque industrial muito variado, que reúne desde alta-costura, perfumes e cosméticos até aviões, automóveis,
produtos farmacêuticos e inúmeros outros tipos de indústria. Veja, no mapa abaixo, quais são as outras regiões industriais francesas,
A França conta com quarenta tecnopolos, entre os quais se destacam Lyon (indústrias química e têxtil), Toulouse (aviões) e Nantes
(indústrias químicas). Os principais portos franceses são: Marselha, no mar Mediterrâneo, e Le Havre, no oceano Atlântico (Canal da Mancha).
Recursos minerais e fontes de energia
Quanto às fontes de energia, a França importa do Oriente Médio e do norte da África quase todo o petróleo de que necessita. O gás natural é
explorado nos Pireneus, e as minas de carvão estão praticamente esgotadas. A França tem o maior índice de utilização de energia nuclear do
mundo. As hidrelétricas são construídas em rios que descem dos Alpes, dos Pireneus e do maciço Central Francês. Dentre os minérios, destacase a bauxita (minério de alumínio), explorada em Provença (Les Baux) e que alimenta importante indústria metalúrgica.
A França na atualidade
A França, que disputa com a Alemanha e o Reino Unido a liderança na União Européia, é um dos países mais industrializados do mundo.
Enfrenta também problemas comuns na Europa, como desemprego, imigração ilegal e envelhecimento da população. Além disso, é importante
potência nuclear. Realizou testes na Polinésia Francesa até 1996, quando foi obrigada a interrompê-los, sob forte pressão da comunidade
internacional.
É o país onde o Estado tem maior participação na economia. A intervenção do Estado tem sido fundamental para diminuir a taxa de
desemprego, através de planos de criação de postos de trabalho, além de incentivar a fusão de empresas para enfrentar o mundo globalizado.
Em 2000, em conseqüência dessa política governamental. o PIB francês cresceu 3,5% e o desemprego, que era de 12,5% em 1997, caiu para
9,6%. Em 2003, devido à crise econômica mundial, o país registrou uma nova queda no PIB, e o desemprego aumentou.
Seu maior problema político tem sido o separatismo da ilha de Córsega, mas um plano de autonomia para a ilha parece ter provocado uma
trégua dos separatistas.
O país mantém um departamento ultramarino na América do Sul, a Guiana Francesa, que abriga desde 1968 uma base de lançamento de
foguetes, o Centro Espacial de Kourou, pertencente à Agência Espacial Européia. Outros departamentos de ultramar são Guadalupe e Martinica,
no mar do Caribe, e Reunião, no oceano índico.
A indústria na Itália e na Alemanha
Somente no fim do século XIX, Itália e Alemanha se consolidaram como Estados nacionais, o que explica a entrada tardia desses países na
corrida industrial e imperialista dos séculos XIX e XX. O processo de unificação italiano se completou em 1870, e o alemão em 1871. Só depois
de organizados politicamente, Itália e Alemanha iniciaram seu processo de industrialização.
A indústria na Itália
Quarto PIB da Europa, a Itália possui ótimos indicadores socioeconômicos.
A principal diferença entre a Itália e as outras três potências colonialistas européias (França, Alemanha e Reino Unido) estava no fato de o
território italiano ser pobre em recursos minerais. Por outro lado, a Itália, por ter entrado tardiamente na disputa pelas colônias da época, não se
beneficiou de um império colonial que abastecesse o país de matérias-primas ou funcionasse como mercado para seus produtos. Derrotada
juntamente com Alemanha e Japão na Segunda Guerra Mundial, a Itália teve sua economia praticamente destruída pelo conflito.
Beneficiada pelo Plano Marshall, a economia italiana foi reconstruída nas décadas de 1950 e 1960, também favorecida pela participação na
criação da CEE, embrião da atual União Européia.
Apesar dos esforços do governo, que participou da reconstrução da economia como empresário e planejador, as indústrias italianas
concentraram-se no Norte do país (Piemonte e Lombardia). O Sul, de estruturas tradicionais, marcadamente agrícola, contrasta fortemente com
o Norte industrializado. Uma das maiores preocupações dos dirigentes italianos, nas últimas décadas, tem sido diminuir as desigualdades
regionais (Norte/Sul) através de incentivos para a instalação de indústrias no Sul do país, na região chamada de Mezzogiorno.
Pobre em combustíveis fósseis, a Itália aproveita a energia hidrelétrica de rios que nascem nos Alpes e importa petróleo e gás natural de
países do norte da África e do Oriente Médio.
A principal região industrial italiana é o "triângulo" Milão-Turim-Gênova, no Norte do país, onde também se destacam as cidades de Trieste,
Bolonha e Parma. No Sul existem pólos industriais importantes, como Nápoles, onde se destacam as refinarias de petróleo importado, Bari,
Brindisi e Tarento. Na Sicília, destaca-se Palermo, e na Sardenha, a cidade de Cagliari.
O parque industrial italiano é bastante diversificado, sendo famosas as marcas Fiat (automóveis}, Alfa Romeo (automóveis), Olivetti
(eletrônicos), Pirelli (produtos químicos), sem falar nas grifes da moda atual (Benetton, Armani, Gucci, Versace).
A indústria na Alemanha
A Alemanha tem o PIB mais alto e também a renda per capita mais alta da Europa.
Unificada em 1871, a Alemanha sempre foi uma potência bélica com tendência a expandir seus domínios no continente europeu. Além disso,
tentou disputar a posse dos impérios coloniais formados por França e Inglaterra na África. Essa ambição levou o país a conflitos em 1914-1918
(Primeira Guerra) e em 1939-1945 (Segunda Guerra), dos quais saiu derrotado. Os resultados dessas derrotas foram a perda de territórios e a
destruição do parque industrial alemão. Entretanto, a maior das punições foi a divisão do país após a Segunda Guerra.
O crescimento rápido no século XIX
Apesar de ter se industrializado um século depois da França e do Reino Unido, a Alemanha já tinha superado essas nações no fim do século
XIX e liderava, com os Estados Unidos, a introdução das modernas tecnologias que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial.
Desde o início a mais importante região industrial alemã se formou na bacia dos rios Reno e Ruhr. O primeiro é a via de ligação do país com
o mar do Norte; no segundo havia as ricas minas de carvão que atraíram indústrias para a região.
A reconstrução após 1945
Para compreender melhor a reconstrução da Alemanha depois da guerra, é preciso levar em consideração que, de 1949 até 1990, existiram
duas Alemanhas. Eram dois países diferentes, um de regime socialista e economia planificada (Alemanha Oriental) e outro integrante do mundo
capitalista (Alemanha Ocidental). Enquanto a Alemanha Oriental se perdia na burocracia e no atraso tecnológico da economia planificada, a
Alemanha Ocidental reerguia sua economia com a ajuda do Plano Marshall e participava da criação da Comunidade Econômica Européia.
tornando-se a terceira potência do mundo capitalista.
As duas Alemanhas passaram quarenta anos em "mundos" diferentes. Reconheceram-se mutuamente na ONU na década de 1970, mas
competiam em Olimpíadas e Copas do Mundo com equipes próprias. Amigos e parentes viviam separados arbitrariamente, desde 1961, pelo
Muro de Berlim, que só seria derrubado em 1989.
A reunificação alemã aconteceu em 3 de outubro de 1990, quase um ano após a queda do Muro de Berlim. O líder da Alemanha Ocidental,
Helmut Kohl, negociou a unificação com Mikhail Gorbachev (líder da URSS) e George Bush (então presidente dos Estados Unidos), apesar da
oposição do Reino Unido e da França, que temiam a nova ascensão da potência européia mais beligerante do século XX.
Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha enfrentou e enfrenta ainda grandes problemas de ajustamento
e adaptação. Não se pode esquecer que os dois países, durante quarenta anos, seguiram orientações econômicas opostas e que a Alemanha
Ocidental pagou as contas da unificação, ou seja, teve de investir muito dinheiro para levantar a economia da Alemanha Oriental.
Veja a seguir os principais problemas ocorridos no processo de reunificação das duas Alemanhas:
 O baixo nível tecnológico das indústrias orientais levou à falência inúmeras fábricas que não agüentaram a concorrência com as
empresas ocidentais.
 A falência dessas indústrias agravou o problema do desemprego. A competição no mercado de trabalho acabou por opor alemães
ocidentais e alemães orientais.
 Apesar da alegria do reencontro com amigos e parentes depois de tantos anos, não é fácil a convivência entre alemães do Oeste e do
Leste. Os dois países tinham ideologias muito diferentes para que houvesse uma imediata identidade de idéias, costumes e modo de vida entre
as duas populações.
 Apesar dos maciços investimentos na reunificação, as diferenças entre o lado oriental e o ocidental ainda são grandes. O índice de
desemprego no Leste é quase três vezes o da antiga Alemanha Ocidental.
Entretanto, resultados positivos têm sido obtidos com o crescimento econômico de áreas da antiga Alemanha Oriental, como a Turíngia, e a
remodelação da cidade de Berlim, capital da Alemanha reunificada.
Do ponto de vista político, a Alemanha se destaca ao negar apoio ao ataque ao Iraque promovido pelos Estados Unidos. Economicamente, a
"locomotiva européia" ainda sofre os efeitos da reunificação: crescimento de 0,75% do PIB em 2003 e 10,7% de desemprego em 2001.
As regiões industriais da Alemanha
A área mais industrializada do país continua sendo a Renânia, situada na confluência dos rios Reno e Ruhr. Essa região forma a megalópole
Reno-Ruhr, que reúne cidades como Colônia, Essen, Dortmund, Düsseldorf e outras. Aí encontramos vários ramos industriais, como o
siderúrgico, o automobilístico, o petroquímico, o de mecânica de precisão, o eletroeletrônico e o bélico.
Alguns centros isolados têm importância por sediarem fábricas de grandes transnacionais:
 Em Stuttgart está o grupo Daimler-Benz (automóveis).
 Em Munique, a Bayer (produtos químicos).
 Em Wolfsburg, a Volkswagen (automóveis).
Outras regiões industriais importantes estão concentradas em torno de cidades como Frankfurt (mercado financeiro), Hamburgo (principal
porto). Bremen, Leipzig e Dresden, as duas últimas na ex Alemanha Oriental.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
1- Identifique e caracterize a principal região industrial francesa.
2- Explique por que a Alemanha realizou sua Revolução Industrial bem depois da França.
3- Analise a participação do Estado na indústria italiana.
4. Justifique os principais problemas sociais surgidos após a unificação alemã
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