CURSO DE ESTATÍSTICA APLICADA NO EXCEL (MÓDULO FINANÇAS – opções parte 2) Alguns fatos relacionados a opções; O modelo de Black-Scholes; Inserindo a função de Black-Scholes no Excel; As gregas: O Delta O Teta O Gama O Vega O Rô 1. ALGUNS FATOS RELACIONADOS A OPÇÕES Antes de iniciar a discussão sobre opções, devemos padronizar a notação a ser utilizada. A tabela a seguir mostra as variáveis que estão relacionadas ao cálculo do preço de uma opção: S0 ST X r C0 P0 Ct σ T Pt -Preço da ação no momento zero (hoje) -Preço da ação na data de exercício -Preço de exercício da opção -Taxa de juro de mercado1 -Preço da opção de compra no tempo zero -Preço da opção de venda no tempo zero -Preço da opção de compra no tempo t - Desvio-padrão dos retornos de ações - Prazo para a maturidade, expresso em anos2 -Preço da opção de venda no tempo t A seguir, fazemos uma pequena discussão sobre alguns fatos relacionados ao mercado de opções. Fato 1. O preço da opção de compra é dado por: C Max[ S 0 VP( X );0] A princípio esse fato pode não parecer tão óbvio. Mas, considere, por exemplo, as seguintes características S0 63, X 60, C 2 , ou seja, o preço da ação no momento atual é 63, uma opção de compra vale 2 e seu preço de exercício é 60. Vamos mostrar primeiro que: c Max[ S 0 X ;0] , não considerando ainda o termo do valor presente VP(). Esse exemplo está no arquivo opções.xls, na planilha fatos. 1 Taxa de juros expressa em termos anuais. Se os juros são de 10% ao ano, colocamos 10% na fórmula de Black-Scholes. 2 Nesse caso, se tivermos uma opção que expira em 3 meses, T=90/360 e T=0,25. Se expira em 50 dias, T=50/360 ou T=0,1389. Com os dados fornecidos teremos Max[63 60;0] 3 e, dessa forma, C=3. Suponha que não, que C=2. Dessa forma, podemos montar uma estratégia de arbitragem e ganhar dinheiro comprando uma opção de compra por 2, exercendo-a imediatamente e comprando a ação por 60, logo depois vendendo a ação no mercado por 63 e obtendo um lucro de 1, ou seja, 63-60-2=1. Como é sabido, tal possibilidade de arbitragem não poderia durar muito no mercado. Sendo assim, uma opção de compra americana deve ser vendida por mais do que a diferença entre o preço da ação e seu preço de exercício. Mas, ainda estamos nos esquecendo de considerar a possibilidade de se inserir a taxa de juros nessa análise. Sendo assim, devemos mostrar que: c Max[ S 0 VP( X );0] Ou seja, que na verdade o preço da opção de compra deve ser vendida por mais do que a diferença entre o preço da ação e o valor presente de seu preço de exercício. Considere uma taxa de juros de 10% ao ano e agora C=2. Como poderia ser montada uma estratégia de arbitragem? No tempo t=0. Vende uma ação a descoberto (contrato a termo) e embolsa 63; Compra um título que paga x=60 no tempo T; 60 o Desembolso inicial => PU 54,55 (1 10%) Compra uma opção de compra por 5; Total da transação 63-54,55-5 = 6,45 de lucro No tempo T, quando vencem os contratos. Compra a ação para entrega. Não conhecemos o preço hoje. ST; Resgata o título por x=60; Exerce a opção se ela estiver “in the money”, ou então deixa ela virar pó. Isso irá depender de ST. Para ver como se comporta o resultado, suponha um preço da ação em 40 e outro em 70. Note que, no primeiro caso, seu resultado final será um lucro de 20 mais o resultado da operação no momento t. Ou seja, 6,45 + 20 = 26,45. No caso do preço da ação estar em 70, a opção é exercida, mas gasta-se mais na compra da ação para honrar o contrato a termo. Nesse caso, teremos apenas o lucro obtido no momento zero, 6,45. Assim, qualquer que seja o preço da ação no momento T desconhecido, temos uma oportunidade de arbitragem no qual não há perdas. Portanto, a opção de compra está barata, e seu preço deve subir para evitar essa arbitragem. Usando o atingir meta para a data t=0, encontramos que C=8,45. Sendo assim, C deve ser maior que 8,45 para evitar a possibilidade de arbitragem nesse mercado, e mostramos que: C Max[ S 0 VP( X );0] Fato 2. Nunca é vantajoso exercer a opção de compra antecipadamente Suponha que S0 63, X 60, C 12, r 10% os dados relativos a uma opção de compra que vence em 1 ano, e que você resolva exercer a opção antes da data de vencimento, aproximadamente após 2/3 do ano ter passado. Além disso, vamos assumir que, nessa data, o preço da ação esteja em St 2 / 3T 80 . Nesse caso, você pode optar por 2 estratégias: Exercer a opção de compra e ganhar: Max[80 60;0] 20 ; Vender a opção no mercado aberto por no mínimo: 60 ;0] 21,876 (1 10%) 1 / 3 Você pode repetir o exercício para diferentes valores de S t que, em qualquer momento, será mais vantajoso vender a opção, ao invés de exercê-la. Max[ S t VP( X );0] Max[80 Fato 3. Paridade opção de compra e opção de venda: put-call-parity Esse fato atesta que a relação entre uma opção de venda e uma opção de compra é dada por: put t call t VP( X ) S 0 Para demonstrar isso, considere os dados do exemplo anterior, com S0 63, X 60, C 12, r 10%, T 1 . Qual deverá ser o preço da opção de venda put (P)? Em primeiro lugar vamos imaginar que temos putt callt VP( X ) S0 , por exemplo, P0 3 . Nesse caso, temos uma possibilidade de arbitragem que pode ser dividida em dois períodos. No tempo t=0. Compra uma ação por 60; Compra uma opção de venda desembolsando 3; Vende uma opção de compra ganhando 12; Toma um empréstimo de 1 ano que no vencimento tenha valor de: 60 empréstimo 54,55 . (1 10%) Essa estratégia gera um resultado positivo de 0,55. No tempo T=1. Vendemos a ação pelo preço ST; Exerce a opção de venda, se ela estiver “in the money”: Maximo( X ST ;0) ; Tem a opção de compra exercida pelo titular (a depender das condições de mercado), gerando um fluxo de caixa negativo: Maximo(ST X ;0) ; Paga o empréstimo de 60. Vejamos duas situações diferentes para o preço da ação no mercado, um no qual ele se encontra acima do preço de exercício, por exemplo, ST 90 , e outro no qual ele se encontra abaixo, como por exemplo ST 30 . Como pode ser visto, em qualquer das duas situações, o fluxo de caixa em T será zero. Nesse caso, como tivemos um lucro no momento t=0, então verifica-se a possibilidade de arbitragem. Vejamos como podemos calcular o preço da put. put t call t VP( X ) S 0 60 putt 12 63 (1 10%)1 putt 3,55 ou então use o atingir meta para encontrar esse valor: Fato 4. O preço de uma opção de venda americana é dado por: Pt Máximo( X S0 ;0) Caso essa identidade não se verifique, então teremos uma possibilidade de arbitragem no mercado. Para ilustrar, considere os seguintes dados de mercado: S 0 63, X 70, T 1, Pt 3 . Uma possibilidade de arbitragem seria: Comprar uma opção de venda gastando 3; Comprar uma ação no mercado gastando 63; Exerce a opção de venda imediatamente por 70; Obtém um lucro de 4 para cada transação dessas Para eliminar a possibilidade de arbitragem, devemos ter: Pt Máximo( X S0 ;0) Pt Máximo(70 63;0) Pt 7 Fato 5. O preço de uma opção de venda européia é dado por Pt Máximo(VP( X ) S0 ;0) Esse fato é justamente o inverso o fato 1. A única diferença é que o fato 1 se aplica a qualquer tipo de opção de compra (call), tanto as européias quanto as americanas. Ao passo que o fato 5 se aplica apenas a opções de venda (put) européias. Fato 6. Pode ser vantajoso exercer uma opção de venda americana antecipadamente. Ao passo que nunca é vantajoso exercer uma opção de compra, que não paga dividendos, antecipadamente, isso não é necessariamente verdade para uma opção de venda americana. Sendo assim, se o preço da opção de venda cai muito, fica vantajoso exercer antecipadamente a put. Sejam os seguintes dados de mercado: S 0 63, X 100, T 1, r 10% . Suponha que você tenha uma opção de venda e que o preço da ação caia, tornando a sua opção “in the money”. Dessa forma, a sua estratégia, antes da data de vencimento da opção será: Exerce a opção de venda: Máximo( X S0 ;0) Pega os recursos e investe em título de renda fixa pelos próximos 1/3 do ano, que é o período restante para completar 1 ano, e obtém o resultado: lucro Pt (1 10%) 1 / 3 . Suponha que o preço da ação caia de S0 63 para S t 30 . Então, o exercício da opção de venda gera um lucro de 70 que, aplicado no mercado de renda fixa, resulta em 72,3 no prazo de 1/3 do ano. Quanto mais baixo for o valor da ação, mais vantajoso passa a ser o exercício da opção de venda, mesmo estando longe do prazo de vencimento da mesma, o que não é verdade para a opção de compra. Fato 7. O preço das opções é convexo Suponha que temos três opções de compra, todas com a mesmo período de tempo até a data de vencimento (T), mas com diferentes preços de exercício (X), ou seja, X 1 15 , X 2 20 e X 3 25 . A propriedade da convexidade nos diz que a opção de compra com o preço intermediário deve ter um preço menor do que a média do preço da opção dos dois extremos, ou seja: C ( X 15) C ( X 25) C ( X 20) 2 Para provar tal propriedade, podemos usar a estratégia butterfly, que consiste em: Comprar um opção de compra; Vender duas opções de compra; Comprar outra opção de compra; Suponha que tenhamos as seguintes características: Custo da opção em t Nº de opções adquiridas Preço de exercício (X) Compra 4,5 1 15 Vende Compra 2,5 0,2 -2 1 20 25 Analisando como se comportaria o lucro com essa estratégia para diferentes preços da ação, encontramos a seguinte ilustração: 6 Lucro total 5 4 3 2 1 35 26 24 22 20 18 16 10 0 Preço da ação Como a linha de lucro total está acima do eixo x, ou seja, apresenta valor positivo para todos os resultados, então temos a possibilidade de fazer arbitragem nesse mercado. Podemos repetir esse cálculo mudando o preço das três opções para C1 2,25 , C2 1,35 e C3 0,2 , onde o resultado também será uma curva que promove um lucro sempre positivo. Conclusão, o preço das opções está errado, e a condição necessária para que C ( X 15) C ( X 25) tenhamos um ajuste de preço é encontrar: C ( X 20) . Essa condição 2 é conhecida no jargão do mercado como “a propriedade da convexidade do preço da opção de compra”. Ressalta-se que o mesmo vale para o preço de uma opção de venda. 2. O MODELO DE BLACK-SCHOLES No início da década de 1970, dois importantes pesquisadores, Fisher Black e Myron Scholes provaram uma fórmula que relacionava o preço de uma opção de compra européia com opções de venda, para uma ação que não pagava dividendos3. A fórmula utilizada para essa relação é dada por: C S 0 N (d1 ) Xe rT N (d 2 ) onde temos que N(.) é a distribuição normal padrão e: d1 ln( S0 X ) (r 2 2 )T T d 2 d1 T Podemos inserir facilmente essa fórmula no excel. Suponha os dados a seguir: Preço da ação (S) Preço de exercício (X) Tempo p/ maturidade (anos) (T) Taxa de juros livre de risco [r] Desvio-padrão (sigma) 100 90 0.5 4% 35% Com base nessas informações, podemos encontrar o preço de uma opção de compra a partir da fórmula de B-S. Primeiro encontramos d1 e d2. A seguir, usamos a função do excel =dist.normp(z) para encontrar N(d1) e N(d2) e depois a função acima para encontrar o valor de C. Para encontrar o valor de P, podemos recorrer à put-call-parity. Os resultados estão abaixo. d1 = d2 = 0.63028 N(d1) = 0.38279 N(d2) = Opção de compra = Opção de venda = Put-call-parity = 0.7357 0.6491 16.32 4.533 4.533 A função =dist.normp(z) Essa função irá retornar a função de distribuição cumulativa padrão para um determinado valor de z, ou seja, considera uma média zero e um desvio-padrão de 1. 3 M Scholes e Robert Merton ganharam o prêmio nobel em economia em 1997. Fischer Black já havia falecido em 1995. Sendo assim, se especificarmos que z=0, estamos nos referindo ao ponto médio da curva e, dessa forma, essa função nos retornará o valor de 0,5. Usando os mesmos dados do exemplo anterior, podemos ilustrar como se comportaria o preço da opção de compra calculada a partir da fórmula de B-S relativamente ao seu valor intrínseco, ou seja, se optarmos por exercer automaticamente a opção, dado por =Maximo(S-X;0). 70 Fórmula de Black-Scholes 60 Valor Intrínsico Valor da Opção 50 40 Lembre-se da restrição (fato) 2: nunca é vantajoso exercer a opção de compra antecipadamente. 30 20 10 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 Preço da Ação (S) Esse resultado mostra a sensibilidade do preço de uma opção a oscilações no preço da ação. É possível observar que, como ilustrado anteriormente pelo fato 2, nunca é vantajoso exercer a opção de compra antecipadamente. Uma variável utilizada no cálculo do preço de opções pelo modelo de BlackScholes é o desvio-padrão da ação. Há duas formas de calcularmos esse desvio; a primeira é a partir da observação de seus valores históricos, denominada de volatilidade histórica4. A segunda é a partir da verificação da volatilidade implícita, obtida com o preço da opção. Nesse ponto, é importante chamar a atenção para o fato de que, como a fórmula de B-S trabalha com desvio-padrão anual, se você está calculando esse a partir de dados históricos que não sejam anuais, é necessário fazer um ajuste da seguinte forma: Variância anual = 12 x (variância mensal) Desvio-padrão anual = (12 x variância mensal)1/2 De uma forma geral: anual mensal 12 anual semanal 52 anual diário 252 Para obter a volatilidade implícita, precisamos recorrer à fórmula de B-S. Nesse caso, suponha os seguintes dados de mercado para S, X, T e r. Para calcular o 4 Há diversas técnicas estatísticas para se obter a volatilidade histórica de um ativo. Podemos usar modelos determinísticos da família GARCH, ou então modelos estocásticos. preço de uma opção de compra, imaginemos que 35% . Dessa forma, podemos calcular d1, d2, N(d1), N(d2) e, usando a fórmula de B-S, encontrar o preço de C=3,94. Preço da ação (S) Preço de exercício (X) Tempo p/ maturidade (anos) (T) Taxa de juros livre de risco [r] Desvio-padrão (sigma) 35 35 0.5 6% 35% d1 = d2 = 0.24496 N(d1) = -0.00253 N(d2) = Opção de compra = 0.5968 0.4990 3.94 Porém, sabemos que o preço da opção de compra está sendo negociado no mercado por c=5,25. Sendo assim, podemos usar o recurso “atingir meta” para o preço da opção de compra, fazendo variar o desvio-padrão. Assim, encontramos que 48,71% . Vejamos como se comporta o preço de uma opção de acordo com variações na sua volatilidade para os dados do exemplo anterior. Para tanto, vamos fazer uso da função tabela, e construir um gráfico: 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 Desvio-Padrão 3. INSERINDO A FUNÇÃO DE B-S NO EXCEL 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% - 10% Preço da opção de compra 7,0 Podemos criar uma macro no excel com a função de cálculo do preço de uma opção de compra e de venda além de uma função que encontre a volatilidade implícita no preço da opção, todos com base na fórmula de B-S5. Para tanto, será necessário criar uma função que calcule d1 e, além disso, devemos também usar a função de distribuição normal para encontrar N(d1). Nesse exemplo iremos não apenas criar a função, mas também torná-la um suplemento para ficar disponível no Excel, ou seja, vamos criar um módulo “Add-in”. A seguir temos a descrição das funções que serão usadas; Function d1(S, X, T, r, desvio) d1 = (Log(S / X) + r * T) / (desvio * Sqr(T)) + 0.5 * desvio * Sqr(T) 'onde: ' S é o preço da ação ' X é o preço de exercício da opção ' T é o tempo para expirar a opção ' r é a taxa de juros ' desvio é o desvio-padrão End Function Function opçãocompra(S, X, T, r, desvio) opçãocompra = S * Application.NormSDist(d1(S, X, T, r, desvio)) - X * Exp(-T * r) * Application.NormSDist(d1(S, X, T, r, desvio) - desvio * Sqr(T)) End Function Function opçãovenda(S, X, T, r, desvio) opçãovenda = opçãocompra(S, X, T, r, desvio) * X * Exp(-r * T) - S End Function Function volcompra(S, X, T, r, meta) ‘ meta é o preço da opção de compra (C), fornecido no mercado. maior = 1 menor = 0 Do While (maior - menor) > 0.0001 If opçãocompra(S, X, T, r, (maior + menor) / 2) > meta Then maior = (maior + menor) / 2 Else: menor = (maior + menor) / 2 End If Loop volcompra = (maior + menor) / 2 End Function Após, vá na planilha Excel, selecione arquivo/salvar como escolha um nome, como por exemplo opçãocompra.xla e na opção “salvar como tipo”, selecione “suplemento do Microsoft Excel”. Dica: o melhor lugar para salvar os seus add-ins é em: Arquivos de programa/Microsoft Office/Office 10/bibliote 5 Esse exemplo foi adaptado de Benninga(2000) e de http://www.geocities.com/WallStreet/9245/ Pronto, podemos usar essas funções a qualquer momento no nosso computador. Aqui vale um comentário sobre a aplicação da função volcompra. Inicialmente, estamos definindo um valor muito alto para a volatilidade, 100%, e outro muito baixo, 0%. Depois, sempre que a distância entre esses dois valores for maior do que 0,0001, calcule a média entre os dois, pegue esse valor e coloque na função de opção de compra. Se o valor encontrado pela opção de compra for maior do que a meta estipulada para (c), então o valor estimado da volatilidade está muito alto. Assim, recalcula para um novo valor “maior” para a volatilidade. Por outro lado, se com base na primeira iteração, o valor de C encontrado é menor do que o valor de C estipulado como meta, então modifica o valor “menor”. O comando loop faz com que esse procedimento seja repetido até que a diferença entre o maior valor e o menor seja < 0,0001. Podemos agora ver como se comporta o preço de uma opção de compra a diferentes valores para o preço da ação e da volatilidade. Vá no arquivo “BlackScholes – Plan1” na célula O13. Ali foi montada uma tabela no qual descreve, para duas volatilidades diferentes, como seria o preço de uma opção de compra com diferentes valores de S. O gráfico a seguir ilustra esse resultado: 70 Preço da opção de compra 60 B-S com vol de 20% B-S com vol de 50% 50 40 Quanto maior a volatilidade, maior o preço da opção 30 20 10 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 Preço da ação 4. AS GREGAS O DELTA O delta de uma opção de ações é a razão da mudança no preço da opção em relação a mudanças no preço da ação. Em outros termos, podemos interpretá-lo como a quantidade de ações necessária que devemos ter para cada opção vendida, como forma de se criar um hedge sem risco. Ou ainda, ele pode ser interpretado como a inclinação da curva que relaciona o preço da opção ao preço do ativo. É importante salientar que o delta de uma opção de compra é positivo, ao passo que o delta de uma opção de venda é negativo. c S Suponha que tenhamos encontrado um delta de uma opção de compra de valor 0,4. Sendo assim, para uma variação de 10% no preço da ação, teremos uma variação de 6% no preço da opção. Apesar de o investidor poder fazer um hedge com opções, hedge de delta, esse mudará a todo momento, o que implica na necessidade de ajustes periódicos para manter o hedge. O TETA O teta de uma carteira de opções é a taxa de variação de seu valor em relação a variações em T (prazo de maturidade), tudo o mais permanecendo constante. Como à medida em que se reduz o tempo para a maturidade a opção tende a ter um menor valor, o teta de uma opção é quase sempre negativo. O GAMA O gama de uma carteira de opções de um ativo é a taxa de variação de seu delta em relação ao preço do ativo. Também podemos nos referir ao gama de uma opção como sendo a curvatura da opção em relação ao preço do ativo. O VEGA O vega de uma carteira de opções é a taxa de variação do valor da carteira com relação à volatilidade do ativo a ela relacionado. Valores de vega muito elevados significam que a carteira é muito sensível a pequenas mudanças na volatilidade. O RÔ O rô de um portfolio de opções é a taxa de variação do valor da carteira com relação à taxa de juros, e serve para medir a sensibilidade dessa carteira a oscilações na taxa de juros.