PLATÂO - REPÚBLICA

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PLATÂO - REPÚBLICA
Questão da República: o que significa a justiça e como pode
ser efetivada na sociedade humana?
LIVRO I
Personagens: Céfalo – estrangeiro idoso e abastado que
mora no Pireu, cidade-porto a cinco milhas de Atenas
Glauco e Adimanto – irmãos de Platão
Polemarco – aspirante a filósofo
Lísias – conhecido escritor de discursos
retóricos
Eutidemo?
Trasímaco de Calcedônia – renomado
professor de retórica
Alguns amigos de Sócrates
Local: A casa de Céfalo
Primeira definição de justiça (Céfalo)
Não mentir
Não ficar devendo nada – nem sacrifícios aos deuses
nem dinheiro aos homens
Definição refutada ; às vezes é justo mentir ou não devolver
o que se deve
Céfalo retira-se da discussão
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Segunda definição de justiça(Polemarco ou Simônides)
Dar a cada um o que é devido. Aos amigos um bem, aos
inimigos um mal.
Possível conseqüência: a justiça é a arte de furtar para
beneficiar os amigos e prejudicar os inimigos.
Correção da segunda definição: é justo fazer bem ao amigo
que parece ser e é bom e fazer mal ao inimigo que parece
ser mal e é mau.
Terceira definição de justiça (Trasímaco)
A justiça é a conveniência do mais forte. Cada cidade
promulga leis com vista à vantagem própria: a democracia,
leis democráticas, a tirania, leis tirânicas, etc. Então, o justo
é sempre o que é vantajoso para o governo constituído.
Passamos, neste diálogo, do conceito de justiça do homem
comum ao conceito de justiça absoluta: a idéia de justiça.
Conceito de justiça por convenção(nomos) - doxa
Conceito de justiça por natureza (phýsis) – episteme
Céfalo e Polemarco defendem conceitos mitológicos
(Simônides)
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Trasímaco e Clitofonte – concepção voluntarista
Glauco e Adimanto – tese contratualista – oposição entre
phýsis e nomos
Platão – justiça como harmonia. A sociedade como um fato
natural. O poder como função social necessária. Tal
concepção será desenvolvida por Aristóteles no Livro I da
Política – por natureza o homem é um animal político e
social.
Concepção orgânica – Antítese radical das duas posições
voluntaristas que entendem que o Estado surgiu da força ou
do consenso
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