INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO TRABALHO

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INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO TRABALHO, AVANÇOS E
DESAFIOS: estudo realizado em uma empresa de transporte rodoviário
Cleidison da Silva Santos
Orientador: Adriano Cordeiro Leite
O presente trabalho possibilitou a investigação da forma que esta sendo implantadas as
modificações organizacionais a partir da determinação judicial conforme a lei 8.213\91,
que em suma garante a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Este estudo teve como foco compreender, analisar o processo de inclusão dos
trabalhadores com deficiência no trabalho, a socialização organizacional e os desafios
encontrados pelas organizações para realizarem as modificações necessárias para
inclusão. Possibilitou analisar desde a entrada de funcionário até sua demissão na
empresa, pesquisar o processo de seleção, a filosofia interna e socialização
organizacional entre outros, dentro da perspectiva da inclusão social. No referencial
teórico explorou-se, a história da segregação onde as PCD eram excluídas da sociedade,
a integração onde a própria PCD era responsável por sua inclusão na sociedade, e por
último a fase da inclusão que se diferencia das duas anteriores onde sociedade,
organizações e sujeitos são responsáveis pela inclusão. Para a realização deste trabalho
utilizou-se da contribuição de vários autores, tais como: Abreu e Marques (2005), Bahia
e Shommer (2009), Batista (2004), Borges (2010) Borges e Alburquerque (2004),
Carvalho-Freitas et al. (2009), Freud (1996), Goffman (1988), Sassaki (1997), dentre
outros. Devido a utilização de entrevista e questionário a pesquisa teve uma amostra
quali-quanti. Para realização dos objetivos propostos, teve como participantes uma
gestora e 19 funcionários com deficiência de uma empresa de transporte rodoviário
(Master), foi realizada uma entrevista semi-estrutura seguido de um roteiro pré-definido
e aplicação de 19 questionários que utilizou-se do Inventário de Socialização
Organizacional (ISO), considerado como práticas de socialização atuantes, conceituados
por Borges e Albuquerque (2004), e Borges (2010) como táticas de pro-atividades e
como inventário de socialização, classificando as seguintes variáveis como táticas mais
utilizadas: competência e pro-atividade; tutoramento informal; integração com as
pessoas; modelação, feed back e integração com a organização. Observou a falta de
preparo de pessoal qualificado, ausência de programas e treinamentos para incluir e
socializar PCD e ausência de modificações arquitetônicas para inclusão. Evidencia-se a
permanência de trabalhadores dentro da instituição em decorrência da lei de cotas sendo
este um dos desafios encontrados pela organização no processo de contratação de PCD,
alegando não ter pessoas qualificas que atendem o perfil desejado pela empresa. A
ocorrência dos desafios encontrados conclui-se que seja devido à falta de políticas de
inclusão empresarial, para que a contratação não tenha como eixo principal em cumprir
a lei de cotas. Enfim o presente trabalho não aborda toda a complexidade que envolve
este tema da atualidade tão amplo, devido a vários atravessadores. Ainda tem-se muito a
ser desenvolvidos no campo da inclusão, seja nas organizações de trabalho, escolas e ou
na sociedade, possibilitando paras estas pessoas o direito de exercerem sua cidadania
com igualdade e equidade perante a sociedade.
Áreas do conhecimento: Ciências Humanas. Psicologia. Psicologia Social e
Organizacional.
Palavras Chaves: Inclusão. Organização. Deficiência. Trabalho. Socialização
Organizacional.
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