PARA ALÉM DAS COTAS: AS BARREIRAS A SEREM TRANSPOSTAS NO MERCADO DE TRABALHO Wallace da Rocha Machado1 Renata Romanholi Eik2 Pensar cidadania é pensar efetiva participação dos indivíduos nas decisões individuais, sociais e coletivas, assim como acesso a serviços e bens sociais, exercendo seus direitos e deveres. Participação efetiva significa integração, convívio, interação com o ambiente em que se vive e se socializa. Os que não são diferentes para as pessoas com deficiência em nossa sociedade, necessitam dessa integração e participação social, também exercem ou deveriam exercer seu dever, utilizar os serviços da comunidade e ter seus direitos efetivados. Esses direitos devem ser encarados como necessários para sua acessibilidade e equidade, para seu convívio social, ainda mais considerando que não se tratam de percentual mínimo, estima-se segundo a ONU que há cerca de 500 milhões de deficientes no mundo, sendo que no Brasil esse número pode ultrapassar os 16 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 10% da população, onde esse número pode chegar a 16%, considerando o Brasil como país subdesenvolvido, fator fundamental para se analisar as origens, prevenção e reabilitação da pessoa com deficiência. É necessário visualizar a PCD no contexto de metamorfoses da questão social, principalmente no enfoque as relações e oportunidades de trabalho, fator condicionante das adversidades e precarizações à situação sócio-econômica, que intensificam os números de pessoas com deficiência dependendo de cada realidade específica. No combate à discriminação, especificamente no contexto do mundo do trabalho, as PCD`s e pró-ativos a legitimação de direitos, partilham desde 1960, de alguns recursos e mecanismos legais conhecidas como ´´políticas de ação afirmativa``. 1 Graduando do 4°ano de Serviço Social da Faculdade de História, Direito e Serviço Social/UNESP/Franca. Pesquisador Júnior do Núcleo de Pesquisa: ´´Mentalidade e Trabalho: do global ao local. Bolsista PIBIC / CNPq. - e-mail: [email protected] 2 Graduanda do 3°ano de Serviço Social da Faculdade de História, Direito e Serviço Social/UNESP/Franca.– e-mail: [email protected] ´´São conhecidas as medidas de ação afirmativas mais praticadas no mundo: sistema de cotas, funções designadas ou reservadas, empregos abrigados, empregos reformulados, empréstimos para pequenas empresas e cooperativas, direitos de produção exclusiva, incentivos fiscais, esquemas de geração de renda, negócios por conta, apoios especiais, oficinas abrigadas de trabalho, contratação prioritária, reconceituação de exames médicos, adaptação de máquinas e equipamentos, adaptações de locais de trabalho, busca de profissionais qualificados, reconceituação de deficiência, adaptação de funções, flexibilização de horários e processos de produção etc. Todas elas não surgiram de uma só vez e sim isoladamente de acordo com os valores de cada época.``(Sassaki, 2006, p.84) Medidas estas que tinham por objetivo, possibilitar e aumentar a contratação de pessoas com deficiência, na tentativa de corrigir desvantagens e desigualdades no mercado de trabalho, eliminar a descriminação baseada na deficiência, pagamento de divida da nação, aqueles desempregados injustamente ou que no passado sofreram tratamentos precários e sobreviventes de guerra (adquirindo alguma incapacidade ou deficiência). Remete-nos a esse cenário conjuntural, empresas com exigências incoerentes com nosso contexto de subdesenvolvimento, onde a escolaridade é baixa e os níveis de serviços públicos escassos. Como efetivar papel de cidadania para os PCD`s no mundo do trabalho no contexto atual? É possível exercer cidadania mediante a política de trabalho pelos PCD`s? E quando estão incluídos, são protegidos de alguma forma mediante o Capital que exclui? Partiremos da análise do Trabalho como efetivação de cidadania, ponderando na conjuntura em que vivemos em que o trabalho é central e determinante para as nossas relações sociais, fator inclusivo e de exclusão de condições mínimas de sobrevivência. Considerando as pessoas com deficiência como excluídas, segundo dados do IBGE, são cerca de 24 milhões de PCD`s, sendo um grupo com baixa escolaridade, com poucas possibilidades de participação devido aos lugares ainda inacessíveis, pelo preconceito e principalmente pela desinformação da sociedade e da família que super-protegem ou abandonam, contribuindo ainda mais para a intensificação do problema. No Brasil, especificamente, na constituição federal de 1988, prevê a proibição de qualquer discriminação no trabalho, com a pessoa com deficiência, além das políticas e leis estaduais e municipais. Em 1989, foi criada a CORDE (Coordenadoria Nacional para Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência) onde trouxe com mais detalhes, os direitos das pessoas com deficiência, através da Lei 7.853/89. Considerando outras leis criadas de suma importância, que estabeleciam políticas de inclusão e garantia de cidadania, mediante a equiparação de direitos. Uma dessas políticas é de emprego que visa incluir essa porcentagem da população nos empregos formais, através da Lei de Cotas (reserva legal de cargos) que configura o Artigo 93 da lei n° 8213/91. Essa cota prevê que a empresa com 100 ou mais funcionários tenha um percentual de 2% de pessoas com deficiência no plantel formalmente contratadas e esse percentual sobe a medida proporcional de: I – de 100 a 200 empregados...................2% II – de 201 a 500.......................................3% III – de 501 a 1000....................................4% IV – de 1001 em diante.............................5% Mas essa cota realmente é respeitada e cumprida no Brasil ? Nos últimos anos esse assunto se tornou muito forte e presente nas discussões, especificamente a partir de 2000, em decorrência do ultimo relatório da OIT, em 99, que previa a vulnerabilidade e escassez da efetivação dos trabalhadores PCD`s nos campos de trabalho, o que ´´convocou`` os empresários a se atentarem a essa questão e contratarem pessoas com deficiência formalmente. O objetivo da análise vai ao encontro à viabilidade, execução e caminhos à serem traçados à melhorar as condições de oportunidades e direito ao trabalho das PCD`s.Permear e nortear a pesquisa por alguns caminhos específicos: Como acontecem as contratações? De quais formas podem ser viabilizadas as contratações de pessoas com deficiência? Que fases e caminhos precisam ser superados à se objetivar melhoria do processo de contratação e estabilidade das funções a serem desempenhadas? Considerar o fator reestruturação produtiva à se analisar mudanças e traços com o novo contexto, fundamentalmente no município de Ribeirão Preto. O método a ser adotado na pesquisa baseia-se fundamentalmente na contemplação de questionamentos, apontamentos e possíveis saídas criativas e eficazes à questão tratada, por autores conhecedores e especialistas do tema. Entre eles se destacam: João Baptista Cintra Ribas e José Pastore, criteriosamente selecionados por meio de levantamento bibliográfico e por enfatizarem a questão trabalho para pessoas com deficiência. Não cometendo injustiças quanto á citação, não, podemos esquecer de ratificar a participação de Romeu Kazumi Sassaki, que discorre sobre o tema em ótica ampla das questões das PCD`s na sociedade de maneira geral, contudo, compõe um grande enfoque a categoria trabalho. O levantamento de suporte teórico também será feito através de documentos, leis e pesquisas de órgãos oficiais competentes ao assunto. Pesquisas e análises feitas por mecanismos como a ONU, OIT, Ministério do Trabalho, CORDE e COMPID (Conselho Municipal de Promoção e Integração das Pessoas com Deficiência de Ribeirão Preto), trazendo suporte comprobatório de dados quantitativos, almejando desvendar números da inclusão ou defasagem no cumprimento da lei, e qualitativos, elencando elementos que demonstrem como, quando e onde está se efetivando o processo. A análise enfocará o município de Ribeirão Preto, mediante entrevista com empregadores, empregados e órgãos que executam e elaboram políticas voltadas a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. No passado, o mercado de trabalho, pode ser comparado a uma verdadeira guerra à conseguir oportunidades e inclusão nos postos de trabalho por pessoas com deficiência. Pode parecer fatalista, mas o cenário comparado com uma guerra, tem ocorrido ao longo de várias fases, desde a exclusão, passando pela segregação, até a integração. Essas fases correspondem a dinâmica de pensamento e execução da inclusão de pessoas com deficiência, no decorrer da história. A fase da exclusão incide no ponto em que as pessoas consideravam crueldade a idéia de PCD`s trabalhando, tido como exploração, emitindo idéia de condenação pela prática. Essa fase nos remete a verificar a ideologia protecionista e paternalista com a deficiência. Aparentemente a fase da exclusão foi superada, mas ao contrário, não é raro encontrarmos pessoas excluídas do mercado de trabalho por vários motivos: a falta de reabilitação física e profissional, escolaridade baixa, falta de qualificação profissional, inexistência de meios acessíveis às condições de ir e vir do PCD. O empecilho da falta de qualificação desencadeia outra barreira, quando oferecidos alguns serviços e projetos, que oferecem qualificação, não obtém resultados pelo distanciamento e incoerência com os novos mecanismos de produção. A segregação caracteriza-se por uma fase de falsa intentona em incluir as PCD`S, pois eram oferecidos trabalhos a serem executados nos interiores do Terceiro Setor, em oficinas protegidas de trabalho e no próprio domicílio, um laço de face também paternalista e que objetivavam o lucro fácil das empresas, podendo utilizar de mão-deobra barata e desregulamentada de direitos. A contemporaneidade da integração entre as empresas é claramente observada por alguns fatores que contrastam e ilustram-se em situações diferentes. Uma dessas situações diz respeito a contratação de pessoas com deficiência em diferentes órgãos públicos e empresas, desde que se adaptem as condições do cargo (instalações, ferramentas e acomodações) e condições físicas (equipamentos e a falta de acessibilidade). Outro tipo de situação, exige a seleção da pessoa a ser contratada, é realizada algum tipo de adaptação aos postos de trabalho, não necessariamente pela integração social, mas pelo caráter de praticidade e produtividade esperados. E uma ultima situação, a empresa que contrata á cargos exclusivos, portanto segregados, afastados do contato com público, em casos que podem ou não fazer as adaptações. Entre essas formas de integração não é possível visualizar nenhuma forma que possibilite algum tipo de interação social, ou mesmo o envolvimento em programas de desenvolvimento de recursos humanos, seja pela inacessibilidade ou deficiência na gestão das políticas empresariais. Os resultados até aqui encontrados fornecem alguns indícios concisos à nossa análise, mas pelo fato da pesquisa estar na fase inicial, não podemos em alguns fatores afirmar ou expor a ponto de esgotar o assunto aqui trazido. As políticas públicas voltadas para as PCD`s visam justamente a equiparação de possibilidades e direitos (na teoria), para que consigam com isso a melhoria em partes de sua sobrevivência, o que fortemente ocorreu nas ultimas três décadas através de várias convenções internacionais, documentos e movimentos legislativos para a melhor integração do ´´deficiente``no mercado de trabalho. Com isso ganharam forcas os movimentos e organizações que incidiram e novas vitórias e leis que pudessem cada vez mais equiparar oportunidades de trabalho. Essas convenções possibilitaram tratar e criar leis de proteção e compensação para os PCD`s como, por exemplo, o documento aprovado pela ONU, em 1975, intitulado como a ´´Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência``. Este documento de suma importância no cenário, contextualiza, conceitua a deficiência e delimita direitos como proposta a igualdade, condenando e punindo a discriminação, sendo um dos primeiros passos. Passos seguinte elaborados pela OMS na conceituação de deficiência, em 1980, atribuindo esses conceitos para o vertente trabalho, o que mais tarde a OIT, em convenção (1980), definiu outros parâmetros e conceitos para as Pessoas com deficiência ligadas ao mercado de trabalho. Realmente aconteceram as contratações, mas não ouve fiscalização da estabilidade do emprego e das adaptações nas ocupações de trabalho dos PCD`s. Segundo José Pastore em um de seus livros (´´Oportunidades de trabalho para portadores de deficiência``) traz dados de uma pesquisa realizada pelo SENAI, em 1999, para saber das empresas brasileiras, em que medida adotam política especifica de contratação de pessoas com limitações. De uma amostra de 516 empresas, destacou que: 1) 30 % apenas, declaram considerar as causas dos PCD`S dentro das políticas gerais da empresa. 2) Dentre estas, cerca de 23% (7% do total) afirmaram possuir programas específicos de emprego ou parcerias com associações representativas e de assistência. Num total de 337.580 empregados registrados naquelas empresas, 2.414 (0,7%) foi considerado como portador de deficiência, logo atinge menos de 1% o que ficaria metade a baixo da porcentagem estabelecida minimamente pela lei de Cotas. Considerando ainda uma outra pesquisa:´´Retratos da Deficiência no Brasil``, publicada pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Fundação Banco do Brasil, mostrando num universo de 26 Milhões de trabalhadores formais ativos, 537 mil são pessoas com deficiência, o que representa apenas 2% do total. Podemos observar com isso que, no geral se inclui, mas sempre no limite do que a Lei determina, demonstrando com isso, que o fazem por que são forçadas ( quando fazem, se considerarmos empresas que superam a porcentagem e outras que se quer inclui alguém). As empresas contratam porque são intimadas a fazer, Não se contrata pelo nível de consciência de responsabilidade social e cidadania empresarial. Outra precarização nessa área é a falta de fiscalização dessas ocupações, em relação as adaptações necessárias, que respeite a limitação do PCD. Além da estabilidade desses empregados em seus postos de trabalho, muitos são despedidos e não são substituídos, e esses demitidos não conseguem ser admitidos em outras empresas, geralmente. O que se faz de análise dessa questão, vai ao encontro da situação dos PCD`s que em boa parte tem baixa escolaridade, de acordo com dados do IBGE. Esse fator de maneira geral, considerando a lógica do mercado capitalista e divisão internacional do trabalho que exige cada vez mais especialização, preparo técnico e conhecimento acumulado, é exigido de todos aqueles que vivem do trabalho, não sendo caráter exclusivo de requerimento para inclusão nos postos de serviço para as pessoas com deficiência. Considerando então além da falta de consciência e responsabilidade social, a baixa escolaridade, para um índice pequeno de contratados sendo considerados pessoas com deficiência. A falta de informação, o preconceito e o preparo para lhe dar com os limites e a possibilidades sobre a questão deficiência é um ultimo fator que considerei (para elaborar esse artigo considerando que existem inúmeros motivos de empecilho para o cumprimento e extrapolação de contratações para além das cotas, mas decidi me ater a apenas os fatores expostos) que traz o norte das adversidades e impedimentos do cumprimento para além das cotas. São poucos profissionais que temos inclusive no Serviço Social, instruídos e habilitados para alcançar possibilidades de superação de limitações e convivência com essas no cenário social ocupacional e de relações pessoais. Acontecem sempre algumas gafes e constrangimentos quando profissionais vão se relacionar ou intervier junto a esses. Esse universo inclui a área acadêmica também, passando principalmente pelo Serviço Social que pouco se pesquisa e investiga-se sobre as possibilidades de trabalho e situar o PCD no universo de mediação, dele enquanto individuo inserido na questão social. Enquanto estudante que tem a intencionalidade de pesquisar sobre esse assunto, falta referenciais característicos do Serviço Social que possa servir de parâmetro para o desenvolvimento dos estudos, devido ao grau de ´´deficiência`` que temos nessa área. Portanto, os empecilhos para cumprimento permeiam no campo da baixa consciência empresarial da responsabilidade social onde se contrata por obrigação, e não se faz nenhum planejamento político de contratação de PCD`s e estabilidade nos postos de emprego, comprometendo o que era para ser produtivo, em algo deficitário. Havemos de considerar que não há duvidas das habilidades profissionais e comprometimento dos PCD`s com os empregadores, mas a contratação se torna não intempestiva que resulta e desorganização e descontentamento para ambas as partes burguesia x proletário, o que poderia ser lucrativo para a lógica do capital e fator de qualidade de vida para o trabalhador. A má formação escolar e o pouco tempo de estudo, dificultam especialização e inclusão da mão-de-obra, percebendo a baixa qualidade na política de educação aplicada, não havendo saídas para o trabalhador que não se torna habilitado para o trabalho e não encontra emprego de qualidade e formal, voltando para futuras discussões, a informalidade das ocupações de trabalho dos PCD`s. A falta de informação e o preconceito envolto a essa causa que se torna empecilho para qualidade da inclusão e estabilidade no trabalho. A escassez de profissionais que ultrapassem limites para a efetivação de cidadania e direitos, especificamente, o trabalho para muito alem das cotas. Algumas características e fatores devem estar claros na realidade das contratações das PCD`s, à que não se confunda limitação, preconceito e desinformação. A mão-de-obra de pessoas com deficiência pode ser incluída nos serviços em geral. A capacidade das pessoas com deficiência é indiscutível, sendo tão produtivas como a capacidade dos trabalhadores sem deficiência. A inclusão da mão-de-obra de pessoas com e sem deficiência nas empresas, contribui eficientemente para a empresa alcançar seus objetivos econômicos e o cumprimento do esforço à introduzir e garantir o direito ao trabalho e a possibilidade de todos os trabalhadores apreenderem a viver com as diferenças e trocar conhecimentos. Essas características contemplam faces da empresa inclusiva, adotando alguns mecanismos e caminhos à melhoria das relações e contratação de trabalhadores, na visão ampla da acessibilidade que inclui a todas as pessoas. A ferramenta utilizada pela empresa inclusiva é justamente romper e transpor algumas barreiras práticas e fundamentalmente essências à legitimar melhores condições na inclusão do PCD`s e mudança de perfil de vários empregadores e funcionários envolvidos, desde a contratação a continuidade nos cargos e funções. Algumas dessas medidas seriam: a transposição da barreira atitudinal, a não vontade de efetuar acomodações físicas razoáveis, a falta de conhecimento e informação sobre recursos de reabilitação e técnicas de desenvolvimento de empregos e a falta de locais acessíveis. Em menor escala, a inclusão vem sendo praticada mesmo sem saberem que estão adotando uma abordagem inclusiva, especificamente no Brasil. Esse movimento foi possível a partir do momento que algumas empresas fizeram pequenas adaptações especificamente nos postos de trabalho, com o apoio de empregadores que reconheciam a necessidade de a sociedade possibilitar espaços que incluíssem pessoas com deficiência com qualificação para o trabalho e desejavam envolver a empresas à emprega-las modificando suas empresas. O projeto e consolidação da empresa inclusiva dever compor alguns itens essenciais à que as ações possibilitem efetivação e eficiência. Alguns desses itens diz respeito a acessibilidade em vários sentidos e setores das empresas: eliminação de barreiras físicas e subjetivas nas empresas, as arquitetônicas, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal. As arquitetônicas são as barreiras físicas ambientais; a comunicacional são as barreiras em relação a comunicação interpessoal (braile), na escrita e virtual; metodológicas, nas técnicas das empresas e métodos da empresa; instrumental que são as ferramentas e instrumentos acessíveis; programática, barreiras invisíveis inseridas nas políticas e leis e a atitudinal que incide no caráter moral, sem preconceitos, estigmas e discriminações. Acima de tudo a empresa inclusiva será aquela que primordialmente, enfatiza o valor da diversidade humana, englobando as diferenças individuais, proporciona mudanças nas práticas da empresa, implementando adequações e adaptações no ambiente físico e de convívio, promovendo cursos de capacitação e desenvolvimento das relações dos recursos humanos. Portanto, traçar e estudar novos rumos e fundamental, não é necessário ser pragmático à ser inclusivo, mas tornar-se algo natural e comum adotar tais métodos e desenvolver novos, à possibilitar a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, enfocando a qualidade dessa inclusão e estabilidade nos cargos ocupados. Bibliografia AMARAL, Lígia Assumpção. Pensar a Diferença: Deficiência. Brasília: CORDE. 1994. BARBOSA, José Paulo; NASCIMENTO, Aurélio Eduardo do Nascimento. Trabalho: História e Tendências. 3 ed. Ática. São Paulo, 2004 FALEIROS, Vicente de Paula.´´O que é política social?``.2 ed. Brasiliense. 1986. 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