SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE Verônica Siqueira da Rocha Queiroz A HUMANIZAÇÃO DO ENFERMEIRO DIANTE DO PACIENTE NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA Rio de Janeiro/2012 RESUMO Trata-se de um estudo descritivo, a partir de revisão bibliográfica com abordagem qualitativa. Os objetivos propostos são: Analisar os cuidados que são oferecidos ao pacientes de forma individualizada; Avaliar o grau de dificuldade que a enfermagem enfrenta para proporcionar cuidados de forma qualificada. A metodologia utilizada para a realização deste estudo foi uma revisão integrativa da literatura proposta por artigos científicos nas bases de dados Literatura Científica Eletrônico Library Online (SCIELO), humanização da equipe de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva; humanização em Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI): compreensões da equipe de enfermagem paciente terminal, família e equipe de saúde. O enfermeiro pode humanizar diante do exposto da enfermagem em que se mostra no objetivo e subjetivo o elo do paciente e seu familiar, devendo ser o canalizador das políticas humanizadas, objetivando e implementando a ação da humanização e ética. Palavras-Chaves: Humanização; Enfermeiro; Qualidade da Assistência; Unidade de Terapia Intensiva. ABSTRACT This is a descriptive study, based on literature review with qualitative approach. The objectives are: to analyze the care they are offered to patients individually, evaluate the degree of difficulty they face in providing nursing care in a qualified manner. The methodology used for this study was an integrative literature review proposed by scientific articles in Scientific Literature Databases Electronic Library Online (SciELO), humanization of nursing staff in the Intensive Care Unit; humanization in adult intensive care unit (ICU): comprehension of the nursing team terminally ill patient, family and health team. The nurse can humanize the face of nursing above that shown in the link objective and subjective patient and his family, the plumber should be humane policies, aiming at implementing the action and the humanization and ethics. Key Words: Humanization, RN, Quality Care, Intensive Care Unit. SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................8 OBJETIVO.....................................................................................................................10 DISCUSSÃO.................................................................................................................11 METODOLOGIA............................................................................................................18 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................20 INTRODUÇÃO A saúde constitui instrumento para a promoção da qualidade de vida de indivíduos, famílias e comunidades por meio da articulação de recursos institucionais, de iniciativas públicas e privadas. A História da Enfermagem no Brasil, iniciou-se no período colonial final e analisa a organização da Enfermagem no contexto da sociedade brasileira em formação. O marco da Enfermagem foi em 1854 com Florence Nightingale, filha de ingleses e que possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Seguiu para a guerra da Criméia, instalando-se em dois hospitais o seu serviço, prestando atendimento a 4.000 feridos. A estatística de mortalidade que era de 40% reduziu para 2%. Até meados do século XIX, era praticamente nula a assistência aos enfermos nos hospitais de campanha, onde a insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos. Acreditava-se em um meticuloso cuidado quanto à limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco, boa iluminação, boa nutrição e repouso, com manutenção do vigor do paciente para a cura. Com seu trabalho, lançou as bases dos modernos serviços de enfermagem. Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), Anna Nery não resiste à separação de seus dois filhos: um médico militar e um oficial do exército são convocados a servir a Pátria onde dois irmãos também lutavam. Anna Nery escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Improvisou hospitais e não mediu esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retornou ao Brasil. Ana Neri, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que fazia da mulher prisioneira do lar. O enfermeiro é o responsável da equipe de enfermagem, que é composto por auxiliares e técnicos que cuidam, faz a manutenção da saúde e orientam os enfermos para uma continuidade do tratamento e medidas nas diferentes situações críticas dentro da Unidade de Terapia Intensiva, de forma integrada e contínua. Com os membros da equipe de saúde, analisa os problemas e tenta encontrar soluções para os mesmos, assegurando sempre sua prática dentro dos princípios éticos e bioéticas da profissão. A humanização deve traduzir princípios e modos de operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais e entre as diversas unidades e serviços de saúde (Mota, Martins, Véras, 2006). OBJETIVOS: Analisar os cuidados que são oferecidos aos pacientes de forma individualizada; Avaliar o grau de dificuldade que a enfermagem enfrenta para proporcionar cuidados de forma qualificada. A CRIAÇÃO A palavra Deus e seus derivados: fraternidade, justiça, verdade, liberdade e igualdade, esclarecem o mistério do ser humano. O lugar de uma subjetividade sadia que se constrói no encontro com a alteridade. Uma das questões centrais da reflexão sobre qualidade de vida está no trabalho, que deveria ser fonte de prazer e satisfação. Há necessidade de ações inovadoras que expressem a carência da humanização dos nossos hospitais e que envolvam, não apenas os aspectos físicos, mas também emocionais e sociais do doente, pois o indivíduo recupera-se melhor estando em um ambiente agradável, onde se sinta valorizado e bem cuidado (PINTO, 2008). O trabalho, na verdade, passou de uma concepção de sobrevivência, em busca de meios para satisfazer as necessidades básicas, até chegar nos dias de hoje, como sendo vital e fundamental para todo ser humano, essencial à vida e à própria felicidade. É inegável sua importância para o ser humano, pois através dele a pessoa se sente útil à sociedade e à vida. O trabalhador, nesse sentido, deverá ser ouvido, percebido e respeitado como ser humano e como cidadão. Desta maneira, a concepção de trabalho seria desvinculada da concepção de castigo, fardo, sacrifício e se transformaria em fator importantíssimo de felicidade. No entanto, não é esta a racionalidade presente nas organizações e instituições. A lógica predominante é a dos negócios, sustentada pela defesa das leis do mercado. Para OLIVEIRA et al, (2006), a efetivação da humanização nos serviços de saúde exige a união e colaboração de todos os envolvidos: gestores, técnicos, funcionários e a participação ativa dos usuários. Segundo REIS (2009) é necessário que a equipe possibilite intervenções que minimizem os efeitos produzidos por diversas situações aversivas durante o tratamento. O ambiente da UTI é muito complexo e desconhecido dos pacientes, sendo um ambiente estranho e agitado, apresentam muitas máquinas e os pacientes sofrem com privações (pouca mobilidade, banho no leito, interrupções constantes do sono, entre outros). Com a internação em UTI, o cliente gera um desconforto físico e emocional constantes, intensificando a ansiedade e o medo, fatores estes que desencadeiam o estresse no cotidiano da UTI e só dificultam a recuperação do estado de saúde do paciente. Com isso, os enfermeiros devem possibilitar que os pacientes recebam apoio dos familiares ou amigos para enfrentar as dificuldades e os estresses vivenciados em momentos tão delicados da vida. HUMANIZAÇÂO A humanização é entendida como valor na medida em que resgata o respeito à vida humana. Abrange circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo relacionamento humano. Esse valor é definido em função de seu caráter complementar aos aspectos técnico-científicos que privilegiam a objetividade, a generalidade, a causalidade e a especialização do saber. Humanização em saúde é resgatar o respeito vida humana, levando-se em conta as circunstancias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo relacionamento humano. Humanização significa dar condição humana a alguma ação ou atitude, é realizar qualquer ato considerando o ser humano como um ser único e complexo, onde está inerente o respeito e a compaixão para com o outro (FERREIRA, 2009). Paulo Freire (1979), parte da análise do contexto da educação como um processo de humanização, ou seja, o caráter problematizador que se dá através do diálogo. Conceito chave de humanização pelo Ministério da Saúde é respeitar o outro como ser singular e digno, conhecer o outro, por meio do diálogo, pois o ser humano é essencialmente um ser de linguagem tanto verbal quanto não verbal, um ser de relações,( Ministério da Saúde,2007). A humanização tem se constituído em uma temática central na atualidade, configurando um dos elementos que podem permitir o resgate do cuidado humanístico ao indivíduo que vivencia o estar saudável e o estar doente e à sua família. (Deslandes, 2005). Segundo Mezzomo (2001), um "hospital humanizado é aquele que sua estrutura física, tecnológica, humana e administrativa valoriza e respeita a pessoa, colocando-se a serviço dela, garantindo-lhe um atendimento de elevada qualidade”. A visão holística do enfermeiro se refere a capacidade de ver, entender o paciente como um todo. Respeitar o espaço do paciente à hora certa da intervenção e como deve ser realizada fornecendo apoio de acordo com os seus princípios religiosos e culturais em comum acordo com os seus familiares, sabendo-se quando se define o cuidar, tende- se saber o grau até onde pode alcançar com determinadas patologias e o seu prognóstico. Segundo Cortina (1994) “A ética, num primeiro sentido, é um tipo de saber prático, preocupado em averiguar qual deve ser o fim da nossa ação, para que possamos decidir que hábitos devemos assumir como definir as metas intermediárias, quais os valores que nos deverão orientar, que modo de ser ou caráter temos que incorporar, com o objetivo de atuar com prudência, isto é, tomar decisões acertadas”. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Segundo Alves Filho (2004), humanizar no Centro de Terapia Intensiva significa cuidar do paciente grave de forma integral e personalizada, dando-lhe assistência no âmbito físico e psicológico, juntamente com a família um trabalho de esclarecimento de dúvidas quanto ao estado de saúde do paciente e de orientação quanto à sua participação no processo terapêutico, além do aspecto emocional. A doença e a hospitalização são situações que acarretam sofrimento psíquico aos envolvidos nesse processo. O ambiente hospitalar muitas vezes é para ela um local de proibições. A hospitalização pode tornar-se uma experiência aterrorizante, com determinação de horas para se repousar, alimentar, higienizar, enfim, receber visita. ALTERAÇÕES PRINCIPAIS FÍSICAS E EMOCIONAIS Durante o período de internação é fundamental o saber olhar, ouvir e falar não só com os pacientes e profissionais da equipe, mas ficar atenta aos familiares quanto ao seu grau de conhecimento e dificuldade de aceitar certas condutas que devem ser tomada em prol da melhoria do paciente. A humanização da assistência a saúde, tanto para os pacientes, como para os profissionais que atuam na área da saúde tem ocupado um lugar de destaque nas atuais propostas de reconstrução das práticas de saúde no Brasil, no sentido de alcançar maior integralidade, efetividade, acesso e qualidade (GOULART; CHIARI, 2010). O estresse pela sobrecarga de trabalho e o intenso número de atividade rotineira, acúmulos de funções, déficit de funcionário, várias horas consecutivas para obter salário desejado, acumulado com o sofrimento de perda do paciente na Unidade Terapia Intensiva, é que interfere nos pontos negativos em relação ao cuidar. A iniciativa inovadora que corresponde à produção de novas atitudes por parte dos trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do trabalho, incluindo aí o campo da gestão e das práticas de saúde, superando problemas e desafios do cotidiano do trabalho para transformar definitivamente o atendimento em algo que verdadeiramente respeita a dignidade da pessoa humana (BRASIL, 2010). A dor persistente que pode ser física ou mental, compromete a qualidade de vida decorrente ou agravada por fatores estressantes e acarreta em depressão, ansiedade, hostilidade, aumento das preocupações somáticas até no período de repouso. Conforme Malta e Nishide (2004) são fundamentais no processo de humanização, entender a equipe, de maneira interdisciplinar, atuando e potencializando as ações entre si e respeitando o potencial de cada um. O resgate das práticas de educação em saúde da enfermagem realizadas no Brasil desde o início das intervenções na saúde pública até os dias atuais apresentam avanços e perspectivas do processo. O cuidado não é apenas um privilégio ou característica da enfermagem. O enfermeiro tem que ter equilíbrio emocional para que haja sucesso no cuidar. Respeitar o paciente e suas fases do cotidiano é um atributo que se almeja na visão holística, tratando o indivíduo impar. De acordo com o Código de ética do Conselho Regional de Enfermagem (COREN;2006). O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, incluindo todos os elementos que compõem a equipe, referido no Art. 2º da Lei nº 7.498/86, para as 24 horas de cada Unidade de Internação, considera o sistema de classificação de pacientes, as horas de assistência de Enfermagem na assistência intensiva, os turnos e a proporção de 52 a 56% são Enfermeiros e os demais, Técnicos de Enfermagem. De acordo com Resolução RDC nº7,( 24 de fevereiro de 2010),os recursos humanos: Art. 12 As atribuições e as responsabilidades de todos os profissionais que atuam na unidade devem estar formalmente designadas, descritas e divulgadas aos profissionais que atuam na UTI. Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico médico, um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos. § 1º O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal; § 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal); § 3º É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação em, no máximo, 02 (duas) UTI. Art. 14 Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais: I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal; II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno. III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em cada turno. IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; V - Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; VI - Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade; VII - Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno. Art. 15 Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar disponíveis em tempo integral para assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI. A enfermagem tem como premissa básica o cuidado com o ser humano na sua totalidade e, de acordo com a sua natureza, reconhecendo-o como um ser com potencialidades e capacidades para agir e decidir, observando sua individualidade, necessidades, expectativas e realidades. Desta forma, ampliam-se as possibilidades para exercer sua autonomia e para transformar o contexto em que vive. RELAÇÃO PACIENTE E FAMÍLIA Quando um membro da família é hospitalizado ou fica doente, o equilíbrio e os papéis ocupados por cada um são afetados, a situação de crise vivida por familiares de pacientes internados em unidade de terapia intensiva pode ser exemplificada pela desorganização das relações interpessoais devido ao isolamento do paciente. O ambiente da unidade de terapia intensiva deve ser planejado de forma que minimize o estresse dos pacientes e funcionários incluindo iluminação natural, ambiente tranqüilo e confortável (CORRÊA; RODRIGUES; COUTINHO, 2008). METODOLOGIA A metodologia utilizada para a realização deste estudo foi uma revisão de literatura proposta por artigos científicos: humanização da equipe de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva; humanização em Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI); compreensões da equipe de enfermagem; paciente terminal, família e equipe de saúde. Nas bases de dados Literatura Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Base de Dado Bibliográfica Especializada na Área de Enfermagem (BDENF) publicada no período de 2004 a 2011.As palavras-chaves foram Humanização; Enfermeiro; Qualidade da Assistência; Unidade de Terapia Intensiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluiu-se que, a humanização está sendo encarada como uma necessidade de melhoria na qualidade da assistência prestada. O enfermeiro vivencia em sua rotina laboral situações de variabilidade, as quais implicam em mudanças repentinas na dinâmica de trabalho, na necessidade de providenciar e operacionalizar exames diagnósticos a pacientes que poderão alterar seu quadro de saúde, envolvendo a equipe com transdisciplinaridade (enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonodiologos, técnicos de enfermagem e os profissionais de apoio como: higienização, secretaria, laboratório e outros) à introdução constante de novas tecnologias no Centro de Terapia Intensivo. Segundo Bolela e Jericó (2006), "o mecanicismo e robotização das ações da equipe de enfermagem, que por serem rotineiras e, muitas vezes rígidas e inflexíveis, tornam o cuidado ao paciente impessoal, impositivo e fragmentado", dificultando a prática de um cuidado humanizado, e constituem-se nos principais obstáculos à implementação da política de humanização em saúde . A mudança ainda está muito lenta no que tange as situações de variabilidades que estarão sempre presentes no trabalho intensivista; aumento do número de enfermeiros, sem melhoria salarial, ausência de descanso e lazer, falta de atividades de relaxamento e o não reconhecimento da categoria. O atendimento humanizado deve ser implantado em todos os setores de atendimento à saúde. É necessário que se haja um treinamento específico para as equipes de enfermagem, um determinado tempo de adaptação para focar o cuidar, à medida que os fatores acima mencionados sejam valorizados de forma a suprir as necessidades do paciente, com respeito, carinho, ética e solidariedade proporcionando um ambiente agradável e satisfatório. O enfermeiro pode humanizar diante do exposto da enfermagem em que se mostra no objetivo e subjetivo o elo do paciente, enfermagem e seu familiar, devendo ser o canalizador das políticas humanizadas, objetivando e implementando a ação da humanização e ética. 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