ADMINISTRAÇÃO Recursos Humanos - O quadro de pessoal da Copel contava, em 31 de dezembro de 2000, com 6.148 empregados, apresentando uma redução de 5,9% em relação aos 6.536 empregados do final de 1999. A relação de consumidores por empregado alcançou o índice de 739, considerando-se apenas os empregados lotados na Unidade de Negócios da Distribuição. Treinamento - As atividades de treinamento compreenderam cursos de formação e aperfeiçoamento técnico e outros específicos para o desenvolvimento das carreiras profissional e gerencial. A Empresa também está dando os passos iniciais para o estabelecimento de uma Universidade Corporativa. Centro de Operação da Geração (COG) - Em continuidade à fase de implantação do Centro de Operação da Geração, foi concluída e testada a instalação dos equipamentos para monitoramento remoto da Usina Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (GNB) - antiga Usina Segredo - através de consoles remotas do Sistema de Supervisão e Controle Digital. Essa usina veio a somar-se às Usinas de Salto Caxias (SCX) e Gov. Bento Munhoz da R. Netto (GBM), que já integravam o centro. As três usinas totalizam 91,8% da potência total instalada na COPEL. Modernização da Usina GBM - Dando prosseguimento ao processo de substituição do sistema de proteção das unidades geradores por um sistema de tecnologia digital, foram concluídos os trabalhos nas unidades 1 e 2 restando as unidade 3 e 4, cuja programação de execução é até junho de 2001. Usina Hidrelétrica de Marumbi (MUB) - Dando continuidade ao processo de recuperação da Usina de Marumbi (MUB), em setembro/2000 deu-se início aos trabalhos de substituição equivalente a 30% do comprimento total do conduto adutor e conduto forçado, além da pintura geral deste. Até o final do ano foram fabricados e entregues na obra 50% dos segmentos de condutos e montados 10%. Tal recuperação possibilitará a operação da usina com maior confiabilidade. Usina Termelétrica Figueira - A Usina Termelétrica de Figueira, situada no município de Figueira, utiliza carvão mineral da região como combustível principal. A Copel Geração iniciou os trabalhos para repotenciação dessa central em janeiro de 1999 com a finalidade de aumentar a potência instalada em 125 MW. No ano 2000 foram concluídos os estudos de viabilidade do empreendimento e também os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA). Está em andamento o processo de escolha da tecnologia a ser utilizada na repotenciação. A previsão de início de operação comercial da usina é dezembro de 2002. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SIG-GIP - (Sistema de Informações Geográficas para Gestão da Iluminação Pública) - Em 2000 a Copel desenvolveu um protótipo do sistema de Informações Geográficas para a Prefeitura Municipal de Curitiba, Secretaria Municipal de Obras Públicas, para gerenciar a iluminação pública de Curitiba e o PROCEL Programa de Conservação de Energia Elétrica. O sistema foi instalado na PMC/SMOP e está funcionando desde janeiro/2000. A Prefeitura aprovou o protótipo e a proposta comercial. O respectivo convênio de cooperação técnica está em fase de assinatura. SEIOPM - (Sistema Estratégico de Informações Operacionais da Polícia Militar) – Estão sendo desenvolvidos um protótipo do SEIOPM e um Plano Diretor para implantação do sistema em todo o Estado, visando à gestão da segurança pública no Paraná. O correspondente convênio de cooperação técnica está em fase de assinatura. SIG-GÁS - (Sistema de Informações Geográficas para Gestão de Gás) - Foi concluído o protótipo do SIG-Gás - Módulo Cadastro, o qual será submetido à aprovação da Compagás, cujo objetivo é construir ferramentas que permitam o cadastramento dos elementos que compõem a rede de distribuição de gás natural. Estão sendo levantadas todas as necessidades da Compagás, visando ao desenvolvimento dos outros módulos do SIG-Gás, ou seja, planejamento, projeto, manutenção e operação da rede de distribuição de gás. SIG-COM - (Sistema de Informações Geográficas para Gestão de Telecomunicações) - Foi Desenvolvido o Sistema de Informações Geográficas - módulo Cadastro, com o objetivo de permitir o cadastramento da rede de fibra óptica abrangendo informações referentes aos componentes da rede e à conectividade das fibras do ponto de presença(POP) às instalações do cliente. PROJETOS Gestão de Projetos - O Sistema “GPS - Gestão de Projetos e Serviços de TI” é um software desenvolvido no ambiente Lotus Notes utilizando a tecnologia de “workflow”. Tem por objetivo disciplinar o fluxo de andamento de um projeto ou serviço de TI, deste o registro da demanda até a sua finalização, proporcionando uma visibilidade adequada das atividades, prazos e custos durante todo o ciclo de vida. O sistema auxilia o processo de gerência de projetos, disciplinando o fluxo de trabalho desde a formalização de uma oportunidade de negócio ou necessidade do cliente, a análise de sua viabilidade por especialistas, a aprovação pelas áreas envolvidas, pelo avaliador da qualidade e pela equipe gerencial, o planejamento e controle da execução, até a conclusão do projeto ou serviço. Projeto Luz no Campo - O projeto “Luz no Campo” foi lançado pelo Ministério de Minas e Energia no Paraná, que deverá ser o primeiro Estado brasileiro a ter 100% dos consumidores da área rural atendidos com energia elétrica. A COPEL aceitou o desafio lançado pelo Governador do Estado de ser a primeira empresa do setor a levar energia elétrica a 100% dos proprietários rurais. Para a operacionalização do projeto “Luz no Campo”, a COPEL Tecnologia da Informação desenvolveu um sistema para cadastramento dos clientes e emissão dos contratos de acordo com os moldes do projeto. Esse sistema também permite seja emitido um relatório que auxilia o levantamento em campo para construção da rede, como também a ligação da unidade consumidora após a conclusão da obra. Estima-se que ainda existem 40.000 propriedades rurais a serem ligadas, sendo o objetivo do programa alcançar todas elas. Como se trata de projeto social, parte do custo é assumido pelo consumidor e parte pela Copel. TELECOMUNICAÇÕES - No seu segundo ano de atuação como prestadora de serviços especializados de telecomunicações, a COPEL pode confirmar na prática as grandes vantagens competitivas de que dispõe para explorar este novo mercado. A existência de infra-estrutura representada pela extensa rede física instalada para transmissão e distribuição de energia elétrica, a detenção de direitos de passagem , a experiência na operação e manutenção de sistemas de telecomunicações complexos, e a visão estratégica que concebeu e materializou uma grande rede de fibras ópticas interligando todo o Estado do Paraná para transmissão de voz e dados muito antes dos possíveis concorrentes, permitem hoje à COPEL não só disponibilizar para o seu sistema corporativo o que existe de mais moderno em termos de telecomunicações com baixo custo, como também explorar um mercado em franca expansão com preços extremamente competitivos. Hoje a COPEL dispõe de uma rede de fibra óptica de 2.400 km em cabos OPGW ( Optical Ground Wire ) nas redes de transmissão de energia e cerca de 800 km de acessos urbanos por cabos ópticos auto-sustentados com sistema de transmissão SDH. A topologia em anel do sistema, a capacidade de transmissão da fibra e a tecnologia empregada garantem padrão de qualidade e confiabilidade excepcional ao sistema da COPEL , características cada vez mais valorizadas pelas operadoras e clientes corporativos. Todo esse investimento, que hoje existe de mais moderno em termos de tecnologia de telecomunicações, foi efetuado em época extremamente favorável, principalmente em razão da taxa cambial então vigente que possibilitou condições de custo excepcionais. Em 2000 a COPEL Telecomunicações obteve um faturamento externo de R$ 23,8 milhões, com um crescimento de 91% em relação ao ano anterior, relativo a serviços de telecomunicações prestados a operadoras como a EMBRATEL, GLOBAL TELECOM, GVT, BRASIL TELECOM, IMPSAT e SERCOMTEL e outros clientes corporativos, como supermercados, bancos, instituições de ensino e provedores, totalizando 363 links comercializados para 92 clientes. Além disso, evitou um custo de mais de R$ 40 milhões ao optar por não terceirizar os serviços de telecomunicações necessários a suas operações com energia. Em 2001 estão previstos investimentos no sistema de telecomunicações da ordem de R$ 19 milhões para a expansão de mais 400 km ao backbone óptico, ampliação da capacidade de transmissão e construção de acessos urbanos. As perspectivas nessa área são muito promissoras em função do rápido crescimento da demanda, da entrada em operação de novas empresas de telecomunicações na região, da expansão industrial e comercial do Estado do Paraná e do desenvolvimento tecnológico, que indica uma utilização cada vez maior de transmissão de voz, dados e imagens em altas velocidades, somente compatível com sistemas de transmissão em banda larga como o da COPEL. POSICIONAMENTO Mercado - O mercado de atuação da Copel concentra-se, principalmente, no Estado do Paraná. Apesar da possibilidade de desenvolvimento de um mercado mais atrativo à Copel em outras localidades, suas receitas e operações são altamente dependentes da economia do Estado do Paraná. Não há garantias de que as condições econômicas do Estado do Paraná sejam favoráveis no futuro. Projetos de geração - A Copel realiza diretamente e participa, por meio de sua Subsidiária Copel-PAR, em diversos projetos de geração de energia elétrica, sujeitos a diversos graus de análise pelo Governo Federal e órgãos da administração pública, bem como a licenças, autorizações e vistorias, que envolvem aspectos ambientais, de engenharia e de construção. Adicionalmente, tais projetos dependem de vasta negociação e celebração de contratos com terceiros, bem como da efetiva implementação e realização dos projetos. Os diversos elementos envolvidos em tais projetos podem sofrer influências de terceiros, além do controle da Copel, bem como gerar maior demanda de recursos e prazo do que aqueles originalmente programados. Não há como garantir que todas as licenças e autorizações para todos os projetos nos quais a Copel está envolvida serão obtidas, que todos os contratos necessários serão celebrados em termos e condições favoráveis, que todas as etapas e custos do projeto serão realizadas conforme originalmente programado ou que quaisquer maiores necessidades de recursos financeiros para os projetos poderão ser supridas pelas partes deles participantes, inclusive pela Copel. Caso qualquer dos fatores acima ocorra com relação a qualquer dos projetos de que a Copel participa, que o torne inviável ou, de qualquer forma, impeça sua realização, a Copel poderá perder todos os valores já investidos no projeto em questão até o momento de sua suspensão ou interrupção. Neste caso, os recursos provenientes da operação de tais projetos, conforme programado anteriormente, não serão obtidos, o que poderá afetar negativamente os resultados operacionais, as perspectivas e estimativas da Copel quanto às suas operações futuras, bem como sua condição financeira. Concessões - A Copel conduz suas atividades de geração, transmissão e distribuição de acordo com Contratos de Concessão celebrados com o Governo Federal. A Constituição Federal exige que todas as concessões de serviços públicos devem ser realizadas mediante licitação. Em 1995, em um esforço para implementar esses dispositivos constitucionais, o Governo Federal aprovou a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 (em conjunto com suas posteriores alterações, a “Lei de Concessões”), que rege os procedimentos de licitação. De acordo com a Lei de Concessões, mediante solicitação da concessionária, as concessões existentes poderão ser renovadas pelo Governo Federal por períodos adicionais de até 20 anos, mediante requerimento efetuado pela concessionária, independentemente de sujeição ao processo de licitação, contanto que a concessionária tenha atendido aos padrões mínimos de desempenho e que a proposta seja aceitável ao Governo Federal. Devido ao grau de discricionariedade conferido ao Governo Federal pela Lei de Concessões no que diz respeito à renovação de concessões existentes e dada a ausência de precedentes quanto ao exercício pelo Governo Federal de seu poder discricionário, interpretação e aplicação da Lei de Concessões, não há como garantir que as concessões da Copel não serão renovadas em termos que sejam menos favoráveis do que aqueles atualmente em vigor. Financiamentos - Como uma sociedade de economia mista controlada pelo Estado do Paraná, a Copel está sujeita às regras e limites para contingenciamento de crédito ao setor público editadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil. Essas regras estabelecem determinados parâmetros e condições para que as instituições financeiras possam oferecer crédito a entidades do setor público, incluindose a condição financeira dos controladores de sociedades de economia mista. A legislação brasileira estabelece que uma empresa estatal, de modo geral, somente poderá utilizar os recursos de operações de crédito externo (empréstimos em moeda estrangeira) para refinanciar obrigações financeiras em aberto, desde que, até que sejam utilizados, os respectivos recursos sejam depositados conforme determinação do Banco Central do Brasil. A exigência de depósito não se aplica no caso de financiamento de importações e operações de financiamento que envolvam organizações multilaterais, tais como o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Mundial, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em decorrência dessas regulamentações, a capacidade de contrair dívida da Copel é limitada. Penalidades - Os Contratos de Concessão determinam os indicadores técnicos relativos a padrões de serviços e atendimento que devem ser observados pela Copel, objeto de constante aperfeiçoamento, nos períodos de adaptação, transição e finalmente aplicação desses indicadores. Caso a Copel não atenda aos padrões estabelecidos, estará sujeita a penalidades que vão desde advertência ou multa pecuniária até caducidade dos contratos de concessão, nos casos de reincidência continuada no descumprimento dos indicadores. Ademais, o completo atendimento desses padrões de serviços é requisito essencial para a renovação das concessões nos termos da Lei de Concessões. Questões ambientais - As instalações da Copel estão sujeitas a diversas leis e regulamentos federais, estaduais e municipais, bem como a diversas exigências de funcionamento, atinentes à proteção da saúde e do meio ambiente. Os órgãos governamentais pertinentes poderão impor leis ou regulamentos adicionais, aplicar uma interpretação mais rigorosa aos já existentes ou fazer exigências ambientais adicionais com relação às operações da Copel, obrigando-a a despender recursos adicionais em questões ambientais. Concorrência -Em 1996, a Companhia não enfrentava concorrência de outras concessionárias distribuidoras de energia elétrica, sendo a concorrência em sua área de concessão pouco significativa, representada por algumas empresas do setor privado e cooperativas que atuam no território de concessão da COPEL da seguinte forma: (i) COCEL – Companhia Campolarguense de Energia, que atua no município de Campo Largo; (ii) CFLO – Companhia Força e Luz do Oeste, que atua no município de Guarapuava; (iii) CLFSC – Companhia Luz e Força Santa Cruz, que atua nos municípios de Barra do Jacaré, Jacarezinho e Ribeirão Claro; (iv) CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina, que atua no município de Rio Negro; e (v) FORCEL – Força e Luz Coronel Vivida, que atua no município de Coronel Vivida. Nos termos da regulamentação em vigor, não obstante a Companhia goze de exclusividade para a distribuição de energia elétrica a consumidores de pequeno e médio porte (consumidores cativos) dentro de sua área de concessão, tal benefício não lhe é assegurado em relação aos Consumidores Livres. Dessa forma, os grandes clientes têm liberdade de escolha do seu fornecedor de energia, tendo inclusive a opção de auto-produção, co-geração e compra de produtores independentes de energia. Assim, embora a Companhia ainda não enfrente concorrência relevante em sua área de concessão, outros agentes de mercado de energia elétrica poderão vir a atuar na mesma junto aos seus Consumidores Livres, especialmente em face da atratividade de seu mercado de atuação. Dentre as possíveis concorrentes da COPEL, destacam-se as que já atuam no mercado paranaense, notadamente: CELESC, COCEL, FORCEL, CLFSC, CFLO e COCEL. É possível também que distribuidoras, geradoras e comercializadoras com concessão em outros estados do País venham a atuar no mercado paranaense, dentre as quais destacando-se as empresas privadas da região Sudeste. A fim de se preparar para esta concorrência, a Companhia vem buscando ampliar sua comunicação com o cliente, por meio do desenvolvimento de mecanismos de atendimento, bem como da ampliação de seu mercado de energia, oferecendo novos produtos e serviços, com a finalidade de aumentar as vendas e a geração de receitas. A COPEL acredita que suas principais vantagens competitivas são (i) os seus elevados índices de qualidade na distribuição de energia elétrica, (ii) seu vínculo histórico com o desenvolvimento industrial e político das comunidades onde atua, em face de sua longa existência, e (iii) elevada automação de seus sistemas de distribuição. Além disso, embora de acordo com a legislação brasileira as empresas de distribuição e transmissão de energia elétrica estejam obrigadas a permitir que terceiros utilizem suas linhas e instalações para a transmissão e a distribuição de eletricidade, os Consumidores Livres estão sujeitos ao pagamento de tarifas fixadas pelo Governo Federal pelo uso dos sistemas de distribuição e transmissão de energia. Outra potencial concorrência são as fontes alternativas de energia, como o gás natural, que a partir de 2003 poderá começar a ameaçar o mercado de atuação da Companhia. Algumas cidades importantes do mercado de atuação da Companhia, tais como Curitiba, Araucária, Dr. Ulisses, Cerro Azul, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Guaratuba, estão situadas em área sob a influência do gasoduto Brasil-Bolívia.