EXCLUSÃO SOCIAL E RACIAL: REPRESENTAÇÕES DE CRIANÇAS POBRES E NEGRAS Kathleen Kate Dominguez Aguirre Mestranda do PPGH/FURG [email protected] Cassiane de Freitas Paixão Professora adjunta da área de Sociologia/FURG [email protected] Dentre as diretrizes do Plano Nacional da Educação (Lei 13.005/14) estão a “superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”, assim como a “promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos” (BRASIL, 2014). Tendo no contexto nacional um país multicultural e de população majoritariamente negra, porém configurado por relações raciais desiguais, acreditamos ser necessário racializar esta discussão. O presente trabalho tem por objetivo discutir perspectivas para uma educação etnicorracial positiva a partir das práticas pedagógicas desenvolvidas na Escola Alcides Barcelos, localizada no Bairro BGV, na cidade de Rio Grande. De antemão, refletimos sobre a história da população negra no Brasil e de que formas estes atores sociais se constituíram enquanto cidadãos na sociedade brasileira, perpassando pela legislação que atende às reivindicações dos movimentos negros. Feita esta discussão, pensamos sobre a condição histórica da infância negra e sobre a promoção de uma educação antirracista, enquanto direito previsto em lei e que deveria se desenvolver dentre as relações escolares, desembocando em três encontros semanais desenvolvidos com crianças de 9 a 13 anos, alunos(as) de 4º e 5º ano da Escola Alcides Barcelos, onde buscamos ouvir e observar suas representações sobre raça, pobreza, perspectivas de mundo e de futuro a partir da contação de histórias de temática afro-brasileira mediadas por três convidadas negras. PALAVRAS-CHAVE: Educação etnicorracial; Raça; Pobreza; Representações sociais; Ensino de história.