Faculdade de Medicina da Universidade do Porto ^ ´ Cranio osseo I 12ª Semana – Teórica I 22ª Aula de Anatomia 21ª Aula desgravada Aula leccionada pela Professora Doutora Dulce Madeira 7 de Janeiro de 2003 “O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera.” E com esta frase, aqui fica um grande abraço a todos os “sensatos” que esperaram até que a aula estivesse na reprografia. Introdução O crânio é uma estrutura simples (“quem não souber crânio, pode ter a certeza que não passa no exame” ) mas ao mesmo tempo bastante complexa. É por esse motivo que, para além de ser necessário estudar individualmente os ossos que o constituem, é extremamente importante estudá-lo como um todo! Sugestões: Para um estudo mais profundo dos ossos do crânio individualmente, é recomendado que usem o Gray O crânio visto como um todo está muito bem explicado no Gardner. Funções O crânio fornece: uma caixa para o encéfalo, (funciona como exoesqueleto, protecção, isolamento); cavidades para os órgãos da sensação especial: visão audição equilíbrio olfacto gosto aberturas para a passagem de ar e alimentos; dentes para mastigação. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 1 de 14 Crânio Ósseo I Que vocabulário usar? Nóminas Portuguesa Inglesa Caixa craniana Brain case Conceitos Calva/Calote craniana Skull case Crânio ósseo Cranium Brasileira1 Calvária Calva Definições: Crânio ósseo —cabeça óssea sem a mandíbula Calvária2 Calote Face Óssea —é o que sobra da caixa craniana; é o resto das paredes laterais e da base do crânio depois de ter tirado o Calote; é o receptáculo da base do crânio —parte superior da caixa craniana —conjunto de ossos da superfície anterior da cabeça óssea que se encontram inferiormente ao plano transversos que passa pela glabela (com excepção das órbitas) Estruturas onde ocorre: Ossificação Endocondral: base do Crânio com excepção do osso timpânico maior parte do Occipital parte petrosa e mastóide do Temporal corpo e asas menores do Esfenóide Etmóide concha nasal inferior Intramembranosa: Frontal Parietal parte escamosa do Temporal porção superior da parte escamosa do Occipital Vômer Lacrimal Nasal Palatino maior parte dos apófises pterigóides e as asas maiores do Esfenóide Zigomático Maxila Mandíbula ( tanta coisa só para dizer quase toda a calote craniana :p ) 1 A nómina Brasileira é incorrecta! Citando a prof. Dulce: "Não se atrevam sequer a usar a palavras como 'borda' no exame. Têm logo um risco por cima!" 2 Segundo rezam as histórias e as lendas, era por onde os Vikings bebiam uma bebida fermentada que se chamava Calva. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 2 de 14 Crânio Ósseo I Fontanelas (também conhecidas como moleirinhas) São áreas membranosas temporárias que ligam fendas entre os ângulos ou bordos de alguns ossos em ossificação no crânio. Estas regiões só são visíveis nas crianças até aos 12 meses de vida (), não estando presentes nos indivíduos adultos. Frequentemente são 6 e estão situadas nos dos ossos parietais: 1 fontanela anterior (bregma) 1 fontanela posterior (lambda) 2 fontanelas esfenoidais (ptérion) 2 fontanelas mastoideias (astérion) A fontanela anterior que tem umas grandes dimensões (cerca de 4 cm por 2,5 cm) tem a forma de um losango3. Posteriormente temos a fontanela posterior que é mais pequenina, em regra de forma triangular. Existem depois lateralmente uma fontanela anterolateral e uma posterolateral. A posterolateral está ao pé da porção mastoideia do temporal e a outra à beira da grande asa do esfenóide) que são duas fontanelas mais pequenas. Imagem 2: Vista lateral do crânio de um recém nascido 3 Imagem 1: Vista superior do crânio de um recém nascido Imagem 3: Vista posterior do crânio de um recém nascido Quando a gente olha para uma sutura sagital num adulto não parece uma seta mas sim uma linha direita. A definição deste nome deve-se ao aspecto da sutura sagital mais fontanela anterior, que no recémnascido tem um aspecto de uma seta a apontar para adiante. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 3 de 14 Crânio Ósseo I Importância Clínica das fontanelas (para os mais curiosos) O facto de serem diferentes (uma losângica e outra triangular), permite ao obstetra, ao fazer o toque antes do bebé nascer, saber qual é a posição da cabeça do feto porque consegue tocar e perceber e palpar qual é a fontanela que está em posição mais próxima, portanto saber se o bebé está com uma apresentação intracefálica mas em posição correcta ou em posição incorrecta porque consegue definir e palpar a fontanela que está naquela posição. Para além disso, depois do nascimento, se houver alterações da pressão intracraniana (tudo o que está dentro do cérebro), há variações e há modificação da forma da fontanela que pode ficar convexa para o lado exterior. E o pediatra tem a capacidade de, ao palpar, saber qual é a pressão que está dentro da cabeça do bebé, portanto saber se este é normal ou apresenta alguma anormalidade. Por outro lado, quando é necessário tirar sangue ao recém-nascido e não se tem o devido acesso, é um bom meio para fazer um acesso a um seio que passa profundamente à fontanela (que é o seio sagital superior) e assim retirar sangue do bebé sem o traumatizar dramaticamente. Todas estas fontanelas, as duas laterais e esta posterior acabam por desaparecer muito precocemente, no decurso do primeiro ano. A fontanela anterior, por exemplo, persiste em regra até ao 18 meses, podendo demorar até aos 2 anos, dependendo da velocidade do crescimento do bebé permitindo ao pediatra analisar se está a desenvolver de uma forma dentro dos parâmetros da normalidade ou não e portanto daqui a utilidade deste tipo de estudo. Desta forma, no adulto não existem fontanelas, mas sim pontos craniométricos resultantes da ossificação dessas áreas (pontos de cruzamento entre suturas): Bregma Lambda Vertéx Astérion Ptérion Inión —Intersecção das suturas sagital e coronal —Intersecção das suturas sagital e lambdóide —ponto mais alto da calote —junção das suturas lambdóide, Occipitomastóide e parietomastóide —junção do parietal, frontal, asa maior do esfenóide e parte escamosa do temporal. – ponto mais saliente do osso occipital Nós nascemos com um cérebro relativamente grande que depois se vai desenvolvendo ao longo dos anos: muito rapidamente nos 2 primeiros anos e depois mais lentamente até aos quinze anos (“pode espirrar!...” ) e o crânio vai acompanhando esse crescimento. O crânio vai acompanhando esse crescimento mas aos 14/15 anos, o tamanho/dimensão/crivo/capacidade craniana que tem a nossa cabeça, está mais ou menos estabilizada, daí para adiante, cresce muito lentamente, quase nada, e basicamente os ossos do crânio do crânio aumentam de espessura e as suturas ficam completamente sem qualquer capacidade de crescimento. O crescimento faz-se naturalmente por aposição de osso na tábua externa do crânio e por remoção da tábua interna. Pelos 35 anos adquire-se a capacidade craniana máxima que é maior nos homens que nas mulheres (“porque os homens têm um cérebro de maiores dimensões que as mulheres – óbvio”, não é? ) Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 4 de 14 Crânio Ósseo I Mas por essa altura também começa a acontecer um processo de regressão: todas as estruturas começam a ser solidificadas ao nível da tábua interna e o processo de sinostose vai distendendo até ao nível da tábua; os ossos ficam completamente ligados entre si, tendo desaparecido os ligamentos suturais. Posição anatómica: “face virada para nós”; olhos dirigidos para o horizonte a cabeça deve ficar mais ou menos horizontalizada, de acordo com o plano de Frankfurt4 ou plano Orbitomeatal5 (plano horizontal que passa pelo bordo inferior da órbita e pelo bordo superior do meato acústico externo a base do occipital deve ficar cerca de 5cm acima do bordo inferior do corpo da mandíbula Revisões da aula de articulações “O crânio consiste numa série de ossos os quais, na sua maior parte, estão unidos por articulações imóveis (suturas). Apenas a mandíbula se move livremente através de uma articulação sinovial (temporomandibular). As suturas cranianas apresentam um ligamento sutural que têm importantes funções na mobilidade no parto e no crescimento do crânio.” Normas Nesta aula vamos analisar quais são as características morfológicas do crânio quando vistas pela sua face externa. (“mas quando visto [o crânio] pela face externa, visto que esta estrutura é mais ou menos ovóide, posso olhar por aqui, por aqui, por aqui, por aqui, por aqui... ou por baixo“) e portanto, dependendo do modo como se analisa o crânio ósseo temos várias perspectivas do crânio classificadas em diferentes normas: norma Vertical norma Frontal norma Occipital norma Lateral norma Basal —crânio visto de cima —crânio visto de frente —crânio visto de trás —crânio visto de lado —crânio visto de baixo (vai ser analisada na próxima aula) Nota: As normas confundem-se entre si, havendo estruturas que se encontram presentes em mais do que uma norma. 4 Porque foi descrito num congresso de antropologistas em Frankfurt em 1882, razão pela qual também se chama Plano de Frankfurt 5 Orbitomeatal: como o próprio nome diz, vai desde a órbita (inferior) ao meato acústico externo (superior) Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 5 de 14 Crânio Ósseo I Norma vertical Numa norma vertical, vê-se: parte do frontal, parte dos ossos parietais, uma porção interparietal do occipital parte superior das escamas dos ossos temporais (tudo isto ossificado por ossificação intradérmica ou intramembranosa 6) O diâmetro transverso, perto da região occipital, é superior no local onde existem aquilo que já conhecem aquilo como as tuberosidades ou bossas parietais. No osso parietal, muito próximos do occipital e da sutura sagital, temos os buracos parietais que dão passagem a veias emissárias (veias que vêm do interior do crânio para a circulação extracraniana, ou seja, que ligam os seios venosos da dura-máter com a circulação extracraniana). Imagem 4: Vista superior do crânio de um adulto Suturas visíveis Ossos que envolvem Quanto à forma(*) Coronal Frontal e parietais (sutura frontoparietal) Serreada Sagital Parietais (sutura interparietal) Denteada Lambdóide Occipital, parietais Denteada (*) Nota: A organização das articulações do crânio em suturas serreadas e denteadas é importante para que haja diminuição da mobilidade e para que haja maior fixação dos ossos. 6 Pergunta: “ossificação intra........ não sei porque é que não me respondem... “ (porque será?) Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 6 de 14 Crânio Ósseo I Norma Frontal “Visto de frente, a cabeça óssea é uma estrutura ovóide, com um diâmetro vertical maior que o diâmetro transverso, em que o seu terço superior é genericamente liso, o seu terço intermédio é de uma complicação extrema e o terço inferior inclui a mandíbula”. Ossos envolvidos: frontal maxila zigomático nasais mandíbula Nota: a mandíbula faz parte da norma frontal da cabeça óssea mas não da norma frontal do crânio ósseo. Imagem 5: Vista frontal da cabeça óssea de um adulto “Se o Pedro passar...” Osso frontal duas bossas frontais7 dois arcos superciliares – relacionado com o desenvolvimento dos seios frontais glabela – região lisa e sem pêlo, localizada na porção nasal entre os arcos superciliares sutura metópica – persistente até aos 5 anos, encontrando-se fundida (90 a 92% dos casos) no indivíduo adulto margem supraorbital – apresenta uma parte aguçada (2/3 laterais) e uma parte arredondada (1/3 medial) devido à existência do buraco/chanfradura supraorbital, por onde passam os vasos e nervo supraorbital 7 que são salientes nalgumas pessoas, noutras nem por isso e são mais salientes nas meninas jovens (MUITO IMPORTANTE!!! Quem não souber isto não passa no exame!!!) Peta! Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 7 de 14 Crânio Ósseo I Osso maxilar Osso par, situado inferiormente ao frontal Constituído por um corpo Quatro apófises zigomática – que se articula com a apófise maxilar do zigomático frontal – que se articula posteriormente com a apófise maxilar do frontal e anteriormente com os ossos nasais palatina – que forma o palato duro, juntamente com a lâmina horizontal do palatino alveolar – constituída por 8 alvéolos, apresenta uma eminência canina entre a fossa incisiva e a fossa canina Quatro superfícies Superfície anterior o o o o o chanfradura nasal, sutura intermaxilar, que forma na sua parte superior a espinha nasal anterior apófise frontal buraco infraorbitário (na mesma linha que o supraorbitário e o mentoniano) Superfície medial Superfície orbital Superfície infratemporal Zigomático Forma a maçã do rosto Apresenta um corpo com três faces: Externa/Zigomática facial – onde se insere o músculo zigomático maior e menor Orbital Temporal 3 apófises maxilar frontal temporal Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 8 de 14 Crânio Ósseo I Zigomático (continuação) 5 bordos antero-inferior – articula-se com o maxilar antero-superior/orbitário – faz parte da margem da órbita postero-superior/temporal – apresenta o tubérculo marginal postero-inferior – muito irregular onde se insere o masseter postero-medial8 – articula-se com o esfenóide, maxila e ajuda a delimitar a fissura orbital inferior delimita 3 cavidades: órbita, que contém globo ocular músculos extrínsecos vasos e nervos destinados ao olho gordura estruturas fasciais cavidade nasal buraco piriforme (delimitado superiormente pelos ossos nasais) cavidade bucal Órbita Uma base (anteriormente) Um vértice (posteriormente) 4 paredes (superior, inferior, lateral e medial) parede superior lâmina orbital do osso frontal pequena asa do esfenóide canal óptico – para o nervo óptico e artéria oftálmica, que liga a órbita à fossa cranial média parede inferior superfície orbital da maxila face orbital do zigomático apófise orbital do palatino (posteriormente) sulco do canal infraorbital – dá passagem ao nervo e à artéria do mesmo nome, da fissura orbital inferior para o buraco infraorbital 8 matéria que a prof. Dulce gosta de perguntar no exame Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 9 de 14 Crânio Ósseo I Órbita (continuação) parede lateral superfície orbital do frontal superfície orbital do zigomático – orifício zigomático orbital – zigomático temporal superfície orbital da grande asa do esfenóide fissuras orbitais superior e inferior (posteriormente) parede medial lâmina orbital do osso etmóide osso lacrimal osso frontal corpo do esfenóide fossa para o saco lacrimal crista lacrimal posterior (anteriormente) buracos etmoidais anterior e posterior 2 eixos: eixo orbital – que se dirige-se posteromedialmente) visual/óptico – que é o eixo maior do globo ocular e se dirige posteriormente Fossa para a glândula lacrimal depressão no ângulo anterolateral do tecto, na superfície inferior da lâmina orbital do osso frontal (vai drenar através de um canal as lágrimas para o saco lacrimal) Fossa para o saco lacrimal formada pela expansão do bordo medial da órbita, entre as cristas lacrimais anterior e posterior, que se continua com o canal nasolacrimal, que por sua vez comunica com a cavidade nasal, formado parcialmente pela maxila e pelo osso lacrimal. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Imagem 6: Esquema da órbita Página 10 de 14 Crânio Ósseo I Relações Limites da fissura orbital inferior Órbita, Fossa temporal Fossa pterigopalatina (dá passagem ao nervo maxilar) Limites da fissura orbital superior Comunicação entre a órbita e fossa cranial média, dá passagem ao 3º, 4º e 6º nervos cranianos, aos três ramos do nervo oftálmico e às veias oftálmicas Medial Corpo do esfenóide Superior Superfície orbital asa maior do esfenóide (zigomático anteriormente) Pequena asa do esfenóide, osso frontal Inferior Superfície orbital da maxila e apófise orbital do osso palatino. Grande asa do esfenóide Relações da órbita Superiormente Fossa cranial anterior Inferiormente Seio maxilar Medialmente seios aéreos do etmoidal Lateral Fossa temporal e fossa infratemporal Citação: “O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não compreende.” (Pascal) Imagem 7: Diagrama com o eixo orbital e o eixo visual Norma occipital Ossos parietais Escama do occipital (a porção interparietal) Porção mastóide do osso temporal no ângulo inferior Suturas Sagital Lambdóide – que apresenta posteroinferolateralmente as suturas9: Parietomastóide Occipitomastóide 9 podem também aparecer nesta sutura ossos suturais Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 11 de 14 Crânio Ósseo I Osso Occipital 3 linhas linha nucal suprema músculos craniofaciais linha nucal superior trapézio (medialmente) esternocleidomastoideu (lateralmente) músculos do pescoço (inferiormente à linha) linha nucal inferior Protuberância occipital externa Inión – ponto mais saliente do osso occipital localiza-se no ponto médio entre o Lambda e o bordo posterior do buraco magno dá inserção em cima ao trapézio e em baixo ao ligamento da nuca Imagem 8: Vista posterior do crânio de um adulto Norma lateral Fossa temporal A linha temporal, que sai da apófise zigomática do osso frontal, e que rapidamente se divide em duas linhas: uma superior que é mais externa e uma linha inferior que é mais evidente. Ambas cruzam o osso frontal, a sutura coronal, passam pelo osso parietal, cruzam a sutura escamosa e entram no osso temporal. A superior desaparece e acaba por desaparecer mas a inferior mantém-se mais ou menos visível. e ao entrar no temporal leva à formação da famosa crista supramastóideia. Imagem 9: vista lateral da cabeça óssea de um adulto Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 12 de 14 Crânio Ósseo I A crista supramastóideia encontra-se superiormente à porção mastóide do osso temporal; é a parte mais posterior e inferior da linha temporal que se continua anteriormente com o bordo superior da apófise zigomática do osso temporal ou seja, arco zigomático. Na linha temporal insere-se a fáscia temporal. Profundamente está o músculo temporal que é responsável pela mastigação. O pavimento da fossa temporal contém os ossos: parietal, frontal, asa maior do esfenóide e parte escamosa do temporal. A área onde estes quatro ossos se avizinham é conhecida como ptérion10. A fossa temporal continua-se inferiormente com a fossa infratemporal Fossa infratemporal Meato Acústico Externo (MAE11) A parte superior e a parte adjacente da parede posterior do MAE estão formadas pela parte escamosa do temporal, enquanto que as restantes são formadas pela parte timpânica (ossificação intramembranosa). Parte Timpânica À frente da parte timpânica está o tubérculo pós-glenóide que fica atrás da cabeça da mandíbula. Triângulo suprameatal Na parte posterosuperiormente ao MAE, está o triângulo suprameatal12 que comunica com o ouvido que é delimitado anteriormente pela espinha suprameatal (inferiormente à crista supramastóideia). O triângulo suprameatal é da dependência da escama do temporal e não da apófise mastóide uma vez que existe no limite inferior uma sutura escamomastóideia que marca o limite superior da porção mastóide. Porção Mastóide do osso temporal A porção mastóide do temporal é uma estrutura com ossificação do tipo endocondral que não está visível ao nascimento (tem a haver com o desenvolvimento do ouvido médio). Inserções musculares Esternocleidomastoideu Esplénio da cabeça Longuíssimo da cabeça Incisura mastóide – onde se origina a porção posterior do músculo digástrico Sulco occipital – por onde passa a artéria occipital Buraco estilomastóideu – na extremidade medial da incisura mastóide, por onde passa o nervo facial 10 Ponto de grande importância médica, uma vez que é aí que passa o ramo anterior da artéria meníngea média Mas que nome giro para se dar a um osso... Já agora, aqui vai um abraço para todas as mamãs do pessoal da FMUP! 12 ponto médico importante onde se localizam células aéreas do seio mastóide (a principal comunica com o ouvido médio) 11 Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 13 de 14 Crânio Ósseo I E prontos... aqui têm mais uma aulinha para se entreterem a estudar... Para não fugir à regra (pelo menos perece que se tá a tornar tradição ), aqui ficam as inúmeras desculpas por a aula não estar antes na reprografia, se encontrarem algum erro, enviem um email para [email protected], muita sorte a toda a gente (porque vai ser mesmo precisa ) e os desejos de um bom estudo (como se isso fosse possível ). Boa Sorte pró estudo! Já agora, aqui fica um grande abraço aos colegas que tiveram o cuidado de tossir na aula de Crânio Ósseo I que, ainda para mais, foi leccionada pela Prof. Doutora Dulce (o ano passado tinha sido o Professor Barbosa – realmente só damos valor às coisas quando não as temos), facilitando assim a simples tarefa que é desgravar uma aula de Anatomia. A todos eles muitas felicidades. Aviso Diverte-te na Queima! Esta aula destina-se unicamente aos alunos que tiverem a dignidade de se oferecerem para desgravar aulas. Se não desgravaste nenhuma aula, não estás inscrito nem estás com intenções de te inscrever, pensa como seria a vida se toda a gente fosse como tu! Mas já que estiveste este tempo todo na reprografia para vires buscar esta aula, pode abrir-se uma excepção... Faz um bom uso desta aula e vê lá se ganhas um bocado de tino e começas a colaborar, ok? PS: Divirtam-se muito na Queima!!! PS 2: Mas não passem os limites PS 3: Felizmente a definição de “limite” é muito subjectiva, por isso, APROVEITEM!!! Hugo André Rodrigues & Igor André Faria Esta aula encontra-se disponível na Internet juntamente com a desgravação textual da Dulce a falar (ainda dá para rir um pouco com as frases sem sentido que ela diz... http://users.med.up.pt/hugorod/fmup/aula.html Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Página 14 de 14