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ANÁLISE DA EXPRESSÃO DA ORF AC5 DO TORMV E DETECÇÃO DE SEU
TRANSCRITO EM PLANTAS DE N. benthamiana
LIMA, Alison Talis Martins (Bolsista); ZERBINI, Francisco Murilo (Orientador); BARROS,
Danielle Ribeiro (Estudante); ALFENAS, Poliane Ferreira; CARVALHO, Murilo Geraldo
(Professor)
A incidência de begomovírus em tomateiro tem aumentado drasticamente nos últimos anos
após a introdução do biótipo B de Bemisia tabaci no Brasil. Dentre as espécies predominantes
no país está o Tomato rugose mosaic virus (ToRMV), descrito como parte de um complexo
viral causando mosaico dourado e deformação foliar em tomateiro na região do Triângulo
Mineiro, Minas Gerais. A análise de nucleotídeos do DNA-A desse vírus indicou a existência
de uma ORF denominada AC5, presente apenas em algumas espécies de begomovírus. A
análise funcional da ORF AC5 foi realizada apenas para o Watermelon chlorotic stunt virus,
não sendo encontrados indícios de sua expressão. Entretanto, as sequências de aminoácidos
das proteínas potencialmente traduzidas a partir das ORFs AC5 do WmCSV e do ToRMV são
bastante distintas, com apenas 41% de identidade. O acúmulo da proteína AC5 em plantas de
Nicotiana benthamiana foi demonstrado via imunolocalização, utilizando-se um anti-soro
produzido a partir da proteína in vitro. Neste trabalho, mutações sítio-dirigidas foram
realizadas em um clone contendo uma cópia do genoma viral do ToRMV. Os clones mutantes
foram confirmados via seqüenciamento e utilizados para inoculação de plantas de N.
benthamiana. Tanto o clone mutado como não mutado foram incapazes de infectar
sistemicamente plantas de N. benthamiana. Clones infecciosos do vírus mutante para a ORF
AC5 contendo o genoma viral entre duas origens de replicação encontram-se em fase de
construção e serão utilizados posteriormente para análise fenotípica. Ensaios de Northen Blot
realizados a partir de extrato de RNA total de plantas de N. benthamiana infectadas pelo vírus
foram positivos para a presença do mRNA da ORF AC5. Entretanto, novas hibrizações serão
realizadas para confirmação da especificidade da sonda utilizada. Em conjunto, esses
resultados indicam que a ORF AC5 é de fato expressa em tecidos de plantas infectadas pelo
vírus. (CNPq)
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AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE CLONES DE Eucalyptus pellita À MANCHA
FOLIAR E DESFOLHA CAUSADAS POR Cylindrocladium pteridis.
OLIVEIRA, Leonardo Sarno Soares (Bolsista-IC); TITON, Miranda; ALFENAS, Rafael
Ferreira (Bolsista-IC); LAU, Douglas; ROSSE, Leonardo Novaes; FERNANDES, David
Evandro; ALFENAS, Acelino Couto (Orientador)
A ampliação da base genética dos clones utilizados em plantios comerciais de eucalipto por
meio da utilização de diferentes espécies tem sido apontada como uma das formas de
introduzir genes de resistência às principais doenças da cultura. Entre as diversas espécies,
Eucalyptus pellita é considerada uma fonte promissora de resistência a doenças. Assim,
avaliou-se a resistência à mancha foliar e desfolha causadas por Cylindrocladium pteridis de
23 clones de E. pellita oriundos de seis procedências. Dois clones foram utilizados como
comparadores (E. grandis - resistente e “urograndis” suscetível). Plantas com 3 meses de
idade foram inoculadas com uma suspensão de esporos ajustada para 1x104conídios/mL e a
seguir incubadas em câmara de nevoeiro a 25ºC no escuro por 24h. Após incubação, as
plantas foram transferidas para casa de vegetação e após 30 dias avaliadas quanto ao
percentual de desfolha. Observaram-se diferenças no nível de resistência dos materiais em
relação à desfolha, sendo que dentre os clones avaliados, dois foram suscetíveis à doença com
percentual de desfolha acima de 35%. Dois clones apresentaram desfolha inferior a 20%
sendo considerados resistentes e os demais clones apresentaram valores intermediários entre
20 e 35% de desfolha. O clone comparador resistente apresentou a menor desfolha e o
suscetível apresentou valor intermediário. Mediante a escassez de informações sobre a
incidência dessa doença em E. pellita em nível de campo, novos estudos são fundamentais
para aprofundar o conhecimento sobre a resistência dessa espécie à desfolha causada por C.
pteridis.
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AVALIAÇÃO DA SUPRESSIVIDADE DE Meloidogyne spp. POR Pasteuria penetrans
EM SOLOS DE CAMPO. EVALUATION OF Meloidogyne SPP. SUPRESSIVITY BY
Pasteuria penetrans IN FIELD SOILS.
PODESTÁ, Guilherme Silva (Estudante); FREITAS, Leandro Grassi (Orientador); FERRAZ,
Silamar (Professor)
A bactéria Pasteuria penetrans foi introduzida em campos de cultivo de fumo na região de
Tubarão, Santa Catarina, há 5 anos em quatro áreas altamente infestadas por Meloidogyne
javanica e Meloidogyne incognita em 1000 plantas, por parcela, na quantidade de 6 g de pó
de raiz contendo 7,0 x 108 esporos por grama de pó, suspensos em 20 litros de água e
aplicados por pulverizador costal sem bico em jato contínuo, nos pés das plantas das linhas de
plantio. Amostras de solo foram coletadas, espalhadas em camadas finas sobre bancadas em
casa de vegetação por 60 dias para inativar os nematóides e cada amostra foi dividida em duas
partes, sendo que uma parte foi autoclavada duas vezes por 1 hora a 120 °C e a outra não foi
autoclavada. Os solos das amostras autoclavadas ou não foram distribuídos em copos
plásticos de 300 mL e reumedecido até a capacidade de campo. Após 3 dias 1000 J2 de M.
incognita foram depositados em cada copo e em seguida cobriram-se os copos com papel
alumínio até o momento do transplantio de uma plântula de tomate com 10 cm de altura, dois
dias depois. Após 36 dias coletaram-se as plantas e os números de ovos e de galhas por planta
foram avaliados. Os números de galhas das quatro amostras foram reduzidos por Pasteuria
penetrans em 31, 49, 43 e 35% e o número de ovos em 35, 30, 73, 15% respectivamente,
quando comparados aos números observados em solos das mesmas amostras onde a bactéria
havia sido morta durante o processo de autoclavagem, denotando a ocorrência de
desenvolvimento de supressividade dos nematóides por esse agente de biocontrole.
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CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA DE RAÇAS DE Hemileia vastatrix
COSTA, Danival Ricardo da (Bolsista); ZAMBOLIM, Laércio (Orientador); ZAMBOLIM,
Eunize Maciel; CAPUCHO, Alexandre Sandri (Estudante); CAIXETA, Eveline Teixeira
A resistência genética do cafeeiro é a estratégia de controle mais adequada para reduzir os
prejuízos causados pela ferrugem por ser altamente efetiva, específica ao patógeno e causar
menor danos ao ambiente. Entretanto, a vida útil das variedades resistentes tem sido curta. A
quebra de resistência tem sido atribuída em parte, sem que nenhum estudo comprove, a
habilidade de H. vastatrix evoluir e superar a proteção conferida pelos fatores de resistência, e
pela distribuição heterogênea de raças do patógeno com diferentes genes de virulência, em
formação, devido à pressão de seleção exercida pelos genótipos resistentes. Este trabalho teve
como objetivo caracterizar raças de H. vastatrix a partir de reações em clones diferenciadores.
Para isso, seis isolados foram inicialmente multiplicados em Coffea excelsa, para a obtenção
dos uredosporos que foram inoculados em clones diferenciadores do CIFC (Centro de
Investigações das ferrugens do cafeeiro, Oeiras, Portugal) e pertencentes ao DFP/UFV. As
inoculações consistiram na aplicação de 20 gotas de 5 μl de suspensão de uredosporos
(2mg/ml), na face inferior de folhas destacadas, acondicionadas no interior de gerboxes. Após
a incubação, estes foram transferidos para câmara com ambiente controlado de umidade,
temperatura e fotoperíodo. Foram realizadas quatro avaliações semanais, a partir do início dos
sintomas. Os clones diferenciadores detectaram as raças I, II e III de H. vastatrix. A raça I,
que possui os genes de virulência v2,5, causou sinais de H. vastatrix no diferenciador 32/1, que
contém os genes de resistência SH2,5. A raça III, portadora dos genes v1,5 causou sinais de H.
vastatrix nos diferenciadores 87/1 e 128/2, portadores dos genes SH1,5 e SH1,
respectivamente. Quatro isolados foram caracterizados como raça II por não terem sido
capazes de infectar os clones diferenciadores. Esse fato, associado à quebra de resistência de
cafeeiros resistentes indica o surgimento de novas raças e a necessidade de buscar novos
diferenciadores para detectá-las. (PIBIC/FAPEMIG/CNPq)
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CARACTERIZAÇÃO DE ISOLADOS DE Ralstonia solanacearum DE DIFERENTES
REGIÕES EUCALIPTOCULTORAS DO BRASIL E DETECÇÃO POR PCR EM
MUDAS DE EUCALIPTO
SILVA, Ricardo Roberto (Bolsista); LAU, Douglas; ALFENAS, Acelino Couto (Orientador)
A propagação clonal de espécies florestais proporciona ganhos em produtividade, mas
também aumenta o risco de epidemias por fitopatógenos. O escasso conhecimento do
patossistema Rs-eucalipto e os recentes relatos de epidemias de Ralstonia solanacearum (Rs)
que inviabilizam minijardins e plantios formados a partir destes, justificam projetos que visam
caracterizar isolados de Rs, de diferentes regiões eucaliptocultoras do Brasil, e desenvolver
técnicas de detecção do patógeno durante o processo de produção de mudas. Colônias típicas
de Rs foram obtidas a partir de material vegetal (miniestacas, minicepas, mudas e
seguimentos de caules maduros) sintomático ou não oriundo de diferentes estados (MG, ES,
BA, MA e PA). Para a comprovação da patogenicidade, os isolados foram inoculados em
Nicotiana tabacum e Lycopersicon esculentum. Dos 56 isolados obtidos, 30 mostraram-se
patogênicos causando necrose quando injetados em folhas de tabaco e murcha e exsudação
em gota quando inoculados em tomateiro. Testes bioquímicos indicaram que todos os
isolados pertencem ao biovar 1, o que em associação com a capacidade de incitar necrose em
folhas de tabaco e infectar tomateiro sugere pertencerem a raça 1. Visando a detecção por
PCR, 7 pares de oligonucleotídeos descritos na literatura para detecção específica de Rs foram
testados quanto à reprodutibilidade na amplificação e no desenvolvimento de reações a partir
de colônias bacterianas. Cinco pares de oligonucleotídeos foram capazes de amplificar os
produtos esperados nas condições testadas, sendo também eficientes em reações a partir de
colônias bacterianas. Houve grande correspondência entre isolados patogênicos que
apresentaram o produto de PCR (primers PS1/PS2) amplificado, embora três isolados que não
incitaram qualquer reação nas inoculações realizadas apresentassem o produto. Os
oligonucleotídeos selecionados auxiliarão em programas de monitoramento do patógeno e
melhoramento. (PIBIC/CNPq)
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CARACTERIZAÇÃO DO TRANSCRIPTOMA DA INTERAÇÃO Puccinia psidiiEucalyptus grandis
MARQUES, Virgínia Martins (Bolsista-IC); YAMAZAKI LAU, Elene (Estudante);
BROMMONSCHENKEL, Sérgio Hermínio (Orientador)
Puccinia psidii Winter é um basiodiomiceto parasita obrigatório que causa a ferrugem do
eucalipto, uma das principais doenças da eucaliptocultura no Brasil. Esta doença ocorre em
plantas com menos de dois anos de idade, em brotações novas e em viveiros. Os sintomas são
necrose, deformação e presença de pústulas amarelas em folhas novas, podendo causar morte
das porções apicais, redução da área fotossintética e perda da dominância apical. Este trabalho
tem por objetivo caracterizar o transcriptoma da interação E. grandis-P. psidii. Construção de
uma biblioteca de cDNA a partir de mRNA isolado de folhas jovens de E. grandis
naturalmente infectadas por P. psidii, denominada EUGR-PU, como parte do projeto
Genolyptus. Sequenciamento e análise das sequencias no banco de dados do NCBI. Foram
geradas e analisadas 7274 ESTs dessa biblioteca. A comparação dessas seqüências com as do
banco de dados do NCBI (Blastx) revelou que 138 (1,9%) dos ESTs possuem similaridade
com genes de fungos, 69% com genes de plantas e 28,9% não seqüências similares
depositadas em bancos de dados. Os 138 ESTs similares a genes de fungos foram agrupados
em 114 contíguos pelo programa Cap3. Cerca de 50% dessas seqüências foram similares a
genes de basidiomicetos (Cryptococcus, Ustilago, Uromyces e Puccinia) e o restante
similares a genes de outros fungos. Além disso, 60,5% destes contíguos codificam proteínas
com similaridade a proteínas hipotéticas e 39,5% com proteínas de função conhecida, tais
como proteínas ribossomais, proteínas envolvidas com glicólise, metabolismo de lipídios, de
aminoácidos, de DNA e de RNA. A comprovação da origem fúngica desses genes será
efetuada por meio de macroarranjos contendo clones que representam essas 114 seqüências
únicas e 462 clones que representam genes sem similares depositados em bancos de dados,
utilizando como sonda DNA genômico de P. psidii e Eucalyptus grandis. (CNPq/MCT/Fundo
Verde-Amarelo/Projeto Genolyptus)
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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE ISOLADOS DE Hemileia vastatrix
MAIA, Thiago Andrade (Bolsista-IC); ZAMBOLIM, Laércio (Orientador); ZAMBOLIM,
Eunize Maciel; CAIXETA, Eveline Teixeira
A primeira constatação do fungo Hemileia vastatrix Berk. et Br., agente causal da ferrugem
do cafeeiro, no Brasil, foi em 1970. Desde então, esse patógeno continua sendo a principal
doença do cafeeiro. A grande variabilidade genética do fungo é uma barreira para a obtenção
de cafeeiro com resistência duradoura. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial do
marcador RAPD na caracterização molecular de isolados de H. vastatrix. O conhecimento
prévio da população desse fungo é fundamental para o sucesso dos programas de
melhoramento do cafeeiro. Para este estudo foram utilizados três isolados, purificados e
previamente caracterizados como raças l, II e III por clones diferenciadores. Os DNAs foram
obtidos de uredosporos desses isolados multiplicados em Coffea excelsa. Como controles
foram utilizados DNAs de Verticillium hemileiae e Acremonium sp. (hiperparasistas de H.
vastatrix) e de C. excelsa (planta hospedeira). Dos 174 primers RAPD, escolhidos ao acaso,
160 apresentaram padrões de bandas semelhantes para as três raças e cinco não foram
repetitivos. Os primers polimórficos OPA-07, OPG-05, OPI-03, OPI-10, OPJ-10, OPT-08 e
OPY-10 diferenciaram o isolado l (raça I) dos demais, e OPK-20 diferenciou o isolado ll (raça
II) do l e lll (raça III). O isolado lll foi caracterizado pelo primer OPK-09. Outros isolados
estão em processo de caracterização por AFLP, visando detectar maior polimorfismo entre os
isolados. (FAPEMIG/CNPq)
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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE UM ISOLADO DE COWPEA APHIDBORNE MOSAIC VIRUS (CABMV) INFECTANDO NATURALMENTE PLANTAS
DE Canavalia maritima E C. ensiformis
MADUREIRA, Plínio Magalhães (Estudante); ALFENAS, Poliane Ferreira; ZERBINI,
Francisco Murilo (Orientador); ALCÂNTARA, B.K (Estudante); KITAJIMA, Elliot W.
(Professor)
Plantas de Canavalia maritima (Aubl.) Thou. (feijão-de-praia) apresentando sintomas de
mosaico foram encontradas na praia de Massaguaçú, Caraguatatuba, SP. A análise em
microscópio eletrônico de transmissão indicou infecção por um potyvírus. Ensaios de
transmissão mecânica resultaram na infecção de várias plantas testes incluindo leguminosas
como feijão-de-porco (C. ensiformes). As amostras foram enviadas ao Laboratório de
Virologia Vegetal Molecular do Departamento de Fitopatologia para análise molecular a fim
de determinar a identidade viral. O vírus foi concentrado a partir de folhas de C. ensiformis
apresentando sintomas. Foi realizada extração de RNA a partir da preparação viral
concentrada e o RNA foi utilizado como molde para a amplificação via PCR das regiões
codificadoras das proteínas NIb (replicase) e CP (proteína capsidial), e da região 3 linha nãotraduzida (3 linha NTR). Os fragmentos de PCR foram clonados e submetidos ao
sequenciamento. A análise da sequência indicou identidade de aproximadamente 96% com o
Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), um potyvírus amplamente disseminado no
Brasil em diversas espécies de leguminosas. Na literatura há relato de mosaico em feijão-depraia em Porto Rico causado por um potyvírus, porém sem identificação ao nível de espécie.
Este é o primeiro relato da infecção natural do feijão-de-praia pelo CABMV.
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COLONIZAÇÃO DE RAIZES E
RIZOBACTÉRIAS DE Pinus taeda
SOLUBILIZAÇÃO
DE
FOSFATOS
POR
BINOTI, Daniel Henrique Breda (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
COUTO, Juliana Margarido F.; FERREIRA, Eraclides Maria (Estudante); MAFIA, Reginaldo
Gonçalves; MACHADO, Patricia Silva (Bolsista-IC)
A colonização da rizosfera por bactérias deve-se a uma maior disponibilidade de nutrientes
em relação ao solo não-rizosférico. As rizobactérias desempenham importante papel no
suprimento de fósforo(P) para as plantas, fato que tem despertado a atenção para a utilização
desses microrganismos como inoculante comercial ou no manejo de suas populações como
forma de promover uma melhor utilização do P existente no solo ou adicionado como
fertilizante. Deste modo, o presente trabalho objetivou testar a capacidade de isolados de
rizobactérias promotoras de crescimento em colonizar raízes de P. taeda e solubilizar
fosfatos. Para avaliar a capacidade de colonização, sementes de P. taeda foram
microbiolizadas e semeadas em meio de ágar-água. A avaliação foi realizada visualmente, 30
dias após a semeadura, considerando-se que a presença de colônia turva de aspecto
esbranquiçado ao longo e em volta da raiz, demonstra a colonização radicular pelas
rizobactérias. Para testar a solubilização de fosfatos, discos de papel filtro rizobacterizados
foram depositados sobre o meio contendo precipitado de CaHPO4. A bactéria foi considerada
como solubilizadora de fosfato quando houve a formação de halo ao redor das colônias que
solubilizaram fósforo. Dos nove isolados testados, ( UFV-AL9, UFV-AM5, UFV-AM2,
UFV-F3, UFV-G2, UFV-G4, UFV-Z1, UFV-F6 e UFV-X2 ) todos apresentaram capacidade
de colonização in vitro e dentre estes, apenas o isolado UFV-AM5 apresentou a formação de
halo no meio de cultura, demonstrando assim resultado positivo para a solubilização de
fosfatos in vitro.
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CONTROLE DA FERRUGEM DO CAFEEIRO PELA APLICAÇÃO DE
FUNGICIDAS SISTEMICOS VIA SOLO E FOLIAR ASSOCIADOS COM A
APLICAÇÃO DE FÚNGICIDA CUPRICO.
BENTO, Priscila Braga Pereira (Estudante); ZAMBOLIM, Laércio (Orientador); SOUZA,
Antonio Fernando (Estudante); TEREZA, Josuel Silvestre (Estudante); FONTES, Luiz Felipe
(Estudante)
A ferrugem do cafeeiro causada pelo fungo Hemileia vastatrix é considerada a principal
doença do cafeeiro. O objetivo do trabalho foi avaliar moléculas de fungicidas + inseticidas
sistêmico, via solo e foliar, em associação com cúprico no controle da ferrugem e na
produtividade. O ensaio foi instalado em Dezembro/2003, numa lavoura de cinco anos de
idade, com duração de três anos, no município de Coimbra-MG, variedade Catuaí vermelho,
espaçamento 2x1m. O experimento seguiu o esquema de parcelas subdivididas com oito
fungicidas aplicados nas parcelas, dispostos no delineamento em blocos ao acaso com quatro
repetições, com e sem aplicação de Oxicloreto de cobre nas sub-parcelas. Os tratamentos das
parcelas foram: 1- Testemunha; 2- Triadimenol + Dissulfoton GR (40 Kg/ha); 3Cyproconazole + Thiametoxam GR (35 Kg/ha); 4- Imidacloprid + Triadimenol GR (40
Kg/ha); 5- Imidacloprid GDA + Triadimenol CE (1 + 4,0 L/ha); 6- Imidacloprid GDA+
Flutriafol SC (1 + 4 L/ha); 7- Trifloxystrobin CE (0,9 L/ha); 8 - Flutriafol SC (1,5 L/ha). O
Oxicloreto de cobre (3,0 kg/ha) foi aplicado nas sub-parcelas nos meses de dezembro e
março. A aplicação dos produtos via solo nos tratamentos 2, 3, 4, 5 e 6, foi realizada no mês
de dezembro e a aplicação foliar nos tratamentos 7 e 8, feita nos meses de dezembro e março.
A incidência da doença foi avaliada na época da colheita. A produção em cada ano foi obtida,
colhendo e pesando os frutos de cada unidade experimental com mais de 80% de café cereja.
Todos os tratamentos foram eficientes no controle da ferrugem. Obteve-se cerca de 24 % a
mais na produção, nos tratamentos que receberam aplicação de Oxicloreto de cobre em média,
nos três anos agrícolas consecutivos em relação àqueles que não receberam.
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CONTROLE
DA
ALTERNATIVOS
REQUEIMA
DA
BATATEIRA
COM
PRODUTOS
DUARTE, Henrique da Silva Silveira Duarte (Bolsista); ZAMBOLIM, Laércio (Orientador);
RODRIGUES, Fabrício Ávila (Professor); NETO, Pedro Nery de Souza (Estudante); LOPES,
Ueder Pedro (Estudante); BENTO, Priscila Braga Pereira (Estudante); FONTES, Luiz Felipe
P. (Estudante); LIMA, Gilciana A. Cabral (Estudante); MILAGRES, Nivaldo Sérgio
(Técnico)
A requeima (Phytophthora infestans) é a principal doença da batateira, devido a sua alta
agressividade e é favorecida por molhamento foliar superior a 10 horas e por umidade relativa
(UR) alta (neblina, chuva fina, orvalho e ou irrigação freqüente favorecem a doença).
Objetivando avaliar a eficiência de produtos alternativos no controle da requeima foi
conduzido um experimento no campo utilizando-se o delineamento em blocos casualizados
com 10 tratamentos e 4 repetições empregando-se a cultivar Asterix. Os tratamentos (T)
utilizados foram: T1-Testemunha; T2-Silicato de Potássio na dose 60 g/L (pH=5,5); T3-ViçaHorta (4 Kg/ha) + Chlorothalonil (2 Kg/ha); T4-Fosfito (4 L/ha); T5-Calda Bordalesa 1%;
T6-Rocksil (10 g/L); T7-Bordasul (2,5 g/L); T8-Viça-Horta (4 Kg/ha); T9- Viça-Horta (4
Kg/ha) + Silicato de Potássio na dose 60 g/L (pH=5,5) e T10-Cymoxanil + Mancozeb (60 +
700g/Kg i.a.) na dose 2,5 Kg/ha. As pulverizações foram feitas semanalmente. A severidade
foi avaliada utilizando uma escala de notas de 0 a 100% e calculada a área abaixo da curva de
progresso da requeima (AACPR). A temperatura e UR média diária durante o experimento
foram de 17,6 0C e 84,5 %, respectivamente, sendo altamente favoráveis à requeima. A UR
média foi superior a 90 % por vários dias causando molhamento foliar superior a 10 horas. O
T10 baseado no uso de fungicidas apresentou maior eficiência no controle da requeima com
menor valor de AACPR (14,82). Os T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8 e T9 apresentaram
AACPR de 65,27; 57,00; 44,48; 49,75; 41,82; 58,02; 54,41; 47,20; 47,80, respectivamente. A
produtividade do T10 foi de 20,6 ton/ha, sendo superior aos T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8 e
T9 que apresentaram produtividade de 0,0; 1,0; 13,0; 10,0; 12,0; 2,0; 1,5; 4,0 e 3,5 Kg/ha,
respectivamente. Conclui-se que os produtos alternativos não são eficientes no controle da
requeima da batateira sob condições climáticas altamente favoráveis a doença. (FAPEMIG)
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CRESCIMENTO IN VITRO DE ISOLADOS DE FUNGOS DA PODRIDÃO SOB
DIFERENTES TEMPERATURAS
COSTA, Cecília Ladeira Lopes (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
RESENDE JUNIOR, Marcio Fernando Ribeiro (Bolsista-IC); BERNARDINO, Daíse
Cardoso de Souza
A podridão-branca é causada por um grupo heterogêneo de fungos que degradam todos os
componentes primários da madeira, inclusive a lignina. No entanto alguns desses fungos têm
capacidade de degradar seletivamente lignina o que lhes confere o potencial de emprego na
biopolpação e destoca biológica. A primeira consiste no tratamento da madeira com fungos
ligninolíticos antes da polpação convencional, com a vantagem de propiciar uma redução de
custos e ser uma tecnologia não agressiva ao meio ambiente. Já a destoca biológica consiste
na biodegradação dos tocos remanescentes após o corte raso, tornando as áreas livres para o
preparo do solo e plantio. O objetivo deste experimento foi determinar a temperatura ótima de
crescimento de 14 isolados pré-selecionados de fungos da podridão branca em nove diferentes
temperaturas a fim de avaliar suas características termofílicas. Para isso, as culturas foram
repicadas para placas de petri contendo meio de BDA e após 10 dias repicados para
Erlenmeyers contendo meio de extrato de malte e glicose (1%) e incubados nas respectivas
temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 50 ºC, no escuro por 10 dias. Após esse
período as culturas foram filtradas e a massa micelial determinada. A maioria dos fungos
avaliados foi capaz de crescer a temperaturas relativamente elevadas, o que é fundamental
para o seu melhor desempenho nos processos de destoca biológica e biopolpação. Dentre os
isolados testados, B96, LIB8 e PC seriam os mais adequados para os ensaios de destoca
biológica e J2 e BSB os mais adequados para os ensaios de biopolpação.
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CRESCIMENTO MICELIAL E GERMINAÇÃO DE CONÍDIOS DE ISOLADOS
BRASILEIROS DE Clonostachys rosea FRENTE A PESTICIDAS UTILIZADOS NA
CULTURA DO MORANGO
MACEDO, Paulo Eduardo França de (Bolsista); COTA, Luciano Viana (Estudante); SILVA,
Júlio Cesar (Estudante); MIZUBUTI, Eduardo Seiti Gomide (Professor); MAFFIA, Luiz
Antonio (Orientador)
O mofo cinzento, causado por Botrytis cinerea, reduz severamente a produção e qualidade em
pós-colheita em várias culturas, especialmente em morangueiro. Vem-se avaliando o
biocontrole para definir um modelo de manejo integrado da doença. Quatro isolados de
Clonostachys rosea, obtidos em condições brasileiras, foram antagonistas eficientes a B.
cinerea. Para uso desses isolados no manejo integrado do mofo cinzento, necessitam-se
maiores informações. Neste trabalho, avaliaram-se o crescimento micelial e a germinação de
conídios dos isolados frente a pesticidas utilizados na cultura do morango. Utilizaram-se
quatro fungicidas (tiofanato-metílico, captan, iprodione e procimidona e quatro inseticidas
(abamectcina, fenpropatrina, malationa e tiametoxam), em seis concentrações (dosagem
comercial, 25% e 50% acima e 25%, 50% e 75% abaixo da comercial), além da testemunha.
Conduziram-se experimentos, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro
repetições (uma placa de Petri= uma unidade experimental). Os quatros isolados foram
igualmente sensíveis aos fungicidas, que inibiram o crescimento micelial, mesmo nas
menores doses. Tiofanato-metílico e iprodione foram os que mais retardaram o início do
crescimento. Captan e procimidona foram os que interromperam mais rapidamente o
crescimento. Ocorreu resposta diferencial aos fungicidas, quanto à germinação: captan foi o
mais inibitório e tiofanato-metílico o menos. O inseticida tiametoxam não reduziu o
crescimento dos isolados, mesmo na maior concentração. Com abamectcina e fenpropatrina,
houve redução baixa do crescimento; malationa reduziu o crescimento, mesmo na menor
concentração. Para manejo integrado da doença, é crucial definir os pesticidas e os intervalos
de aplicações destes e de C. rosea, para otimizar a eficiência do biocontrole. (CNPq)
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DESCOLORAÇÃO DE COMPOSTOS TÓXICOS POR FUNGOS DE PODRIDÃO
BRANCA ISOLADOS DE PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO
RESENDE JÚNIOR, Márcio Fernando Ribeiro (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto
(Orientador); COSTA, Cecília Ladeira Lopes (Bolsista-IC); CAVALLAZZI, José Renato
Pereira; BERNARDINO, Daíse Cardoso de Souza
O uso de corantes sintéticos vem crescendo nas indústrias de papel, farmacéutica, textil e
alimentícia. Estes compostos são na maioria tóxicos, mutagênicos, cancerígenos, poluem o
ambiente e são de difícil degradação. Fungos de podridão branca são capazes de degradar a
lignina dentre outros componentes da madeira e apresentam sistema enzimático inespecífico
capaz de degradar também grande variedade de compostos tóxicos. Assim, avaliou-se a
descoloração causada por 11 isolados de fungos de podridão branca em diferentes classes de
compostos tóxicos utilizando o fungo Trametes versicolor como comparador. Os corantes
usados foram: RBBR, Verde Malaquita, Vermelho Congo e Xilidina. Foram testados 11
isolados: GAN, J2, J5, CE1.5, BOB1, BOB15, BOB4, C76, LIB8, B96 e BSB isolados de
amostras de madeira provenientes de tocos de plantações comerciais de eucalipto e o isolado
TV (Trametes versicolor). Os isolados foram inoculados em meio líquido de malte (2%) e
glicose (1%) contendo o corante testado (50µM) e avaliou-se a absorbância nos comprimentos
de onda específicos para cada corante de 3 em 3 dias durante 15 dias. Utilizaram-se 3
repetições e 1 tratamento controle com o corante sem inoculação. Todos os isolados causaram
descoloração em todos os corantes sendo que os controles não mostraram perda de cor. No
meio contendo Verde Malachita, J2 e TV, reduziram a absorbância em 7% da inicial e o
isolado BOB4 reduziu a absorbância do tratamento com Xilidina a 16% da inicial. Os
resultados demonstraram um grande potencial de detoxificação de corantes tóxicos por fungos
de podridão branca. Os isolados testados, em grande parte das vezes, se mostraram melhores
que Trametes versicolor, usado como comparador e relatado como um bom degradador de
madeira e de compostos tóxicos. Espera-se futuramente correlacionar a capacidade de
descoloração de compostos tóxicos com o potencial para a biopolpação de madeira de
eucalipto, destinada a fabricação de celulose. (FAPEMIG)
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EFETIVIDADE DE UM PROCARIOTA AUTÓCTONE DE FILOPLANO DE
TOMATEIRO COMO AGENTE DE BIOCONTROLE DA MANCHA BACTERIANA
PEQUENA E DO CRESTAMENTO BACTERIANO
BONON, Karina (Bolsista-IC); FERRAZ, Hélvio Gledson Maciel; FREITAS, Mônica
Aparecida de (Estudante); HALFELD, Bernardo de Almeida Vieira; ROMEIRO, Reginaldo
da Silva (Orientador)
Residentes de filoplano têm sido intensivamente investigados como possíveis agentes de
biocontrole de enfermidades de plantas, à semelhança das rizobactérias e os endofitas.
Todavia, uma pergunta que permanece é se, à semelhança das PGPRs, seriam os residentes
também capazes de promover crescimento de plantas. O presente experimento foi
estabelecido com o intuito de responder, ainda que em parte, esta indagação. Um isolamento
de Pseudomonas putida, obtido de planta sadia de tomateiro foi investigado quanto à sua
efetividade para o controle das doenças bacterianas - mancha bacteriana pequena
(Pseudomonas syringae pv. tomato) e crestamento bacteriano (Xanthomonas campestris pv.
vesicatoria). Todas as bactérias foram padronizadamente cultivadas em meio 523 de Kado &
Heskett (1970), multiplicadas a 28oC e preservadas por repicagem tubo-a-tubo e sob óleo
mineral, em geladeira (4oC). Água e fungicida à base de oxicloreto de cobre foram usados
como controles. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, com temperatura e umidade
relativa parcialmente controladas. Plantas de tomateiro (Santa Cruz ´Kada´) com 35 dias de
idade, foram pulverizadas com suspensão de propágulos de Pseudomonas putida (OD540= 0,3)
e, após 4 dias, inoculadas com os patógenos desafiantes supramencionados. Quando do
aparecimento dos sintomas, estimou-se a severidade de ambas as doenças, encontrando-se que
o agente de biocontrole foi eficiente em proteger plantas quando comparado com os controles.
(CNPq/FAPEMIG)
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FLUTUAÇÃO DA POPULAÇÃO DE FUNGOS DA PODRIDÃO-BRANCA COM
POTENCIAL PARA DESTOCA BIOLÓGICA E BIOPOLPAÇÃO
COSTA, Cecília Ladeira Lopes (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
RESENDE JÚNIOR, Márcio Fernando Ribeiro (Bolsista-IC); BERNARDINO, Daíse
Cardoso de Souza
O presente trabalho objetivou avaliar a freqüência de fungos da podridão branca com
potencial de destoca biológica e biopolpação a partir de amostras de cepa de eucalipto em fase
de apodrecimento, ao longo do ano em Monte Dourado – PA. Para isso, alocaram-se três
parcelas permanentes de 100 tocos cada para coleta mensal de amostras com níveis distintos
de degradação. Fragmentos de tecido de cada amostra retirada de cada cepa, foram
desinfestados superficialmente em álcool 50% por 30 seg., e a seguir imersos em solução de
hipoclorito de sódio a 0,5 %, por três minutos, e após enxaguadas em água deionizada. Os
fragmentos foram repicados para placas de Petri contendo meio de serragem de eucalipto-ágar
(20g:15g:1000mL água) e depois incubados a 25 °C no escuro por três dias. Após incubadas,
identificaram-se os isolados causadores da podridão-branca da madeira pelo teste de
Bavendamm. Para isso, discos de micélio com 7 mm de diâmetro das colônias crescidas em
meio de serragem de eucalipto-ágar foram repicados para placas de Petri, contendo o meio
extrato de malte-ágar-ácido tânico (15g : 20g : 5g : 1000mL água). As culturas foram
incubadas a 27°C no escuro por três dias, quando foram avaliados os resultados. Considerouse como da podridão-branca as culturas que apresentaram um halo de cor marrom. Após doze
coletas, a proporção de fungos FO+ manteve-se estável em todas as áreas, apresentando-se
maior nas áreas 01 e 35, nos meses de julho e agosto de 2005 e menor na área 129 nos meses
de novembro e dezembro de 2005.
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GENOTIPAGEM DE UMA FAMÍLIA DE IRMÃOS COMPLETOS DE Eucalyptus
grandis x Eucalyptus tereticornis.
NEVES, Leandro Gomide (Bolsista-IC); GUIMARÃES, Lúcio Mauro da Silva; CHRISTO,
Guilherme Gegenheimer Ornelas (Estudante); ALMEIDA, Adriano E A; LAU, Douglas
(Estudante); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador)
Microssatélites são seqüências simples de um a seis nucleotídeos, repetidas em tandem,
existentes no genoma de um dado organismo. Locos microssatélites são amplificados com
oligonucleotídeos que anelam em regiões flanqueadoras, conservadas em indivíduos de uma
mesma espécie. Constituem uma classe de marcadores moleculares muito úteis para
genotipagem, pois além de serem co-dominantes e altamente polimórficos, requerem pouca
quantidade de DNA; apresentam alta transferibilidade, boa repetibilidade, elevado poder de
resolução e custo relativamente baixo. Nos estudos de herança de determinadas características
como resistência à ferrugem, é fundamental trabalhar com progênies oriundas de cruzamentos
fidedignos. Assim, este trabalho objetivou genotipar uma família de Eucalyptus grandis
(G41) x E. tereticornis (ET7) segregante quanto à resistência à ferrugem, causada pelo fungo
Puccinia psidii. Para isso, analisou-se a segregação do loco EMBRA 8 (Brondani et al.,
1998), pertencente ao grupo de ligação 6, em heterozigose em ambos os genitores estudados
(G41 e ET7). O padrão de amplificação de cada indivíduo foi comparado com o do pais para
atestar a paternidade. A hipótese de segregação 1:1:1:1 dos alelos na progênie foi testada pelo
teste estatístico Qui-quadrado. Entre os 162 indivíduos não foram encontrados alelos distintos
dos presentes nos parentais, indicando ausência de mistura de pólen ou sementes. Embora os
alelos oriundos de E. grandis estejam segregando em uma proporção 1:1 (P=69,17%), o
mesmo não ocorre para os alelos de E. tereticornis (P=2,15%), sendo o melhor ajuste
determinado numa proporção de 10:7. A análise de um maior número de locos permitirá
estimar se esta distorção ocorre apenas para este loco ou se ocorre para outros locos presentes
em outros grupos de ligação, principalmente para o grupo de ligação 3 onde se encontra o
gene Ppr-1, que confere resistência à ferrugem em uma população de E. grandis (Junghans et
al., TAG 108: 175 – 180. 2003). (CNPq)
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HISTOPATOLOGIA DE RAÍZES DE CAFEEIRO (Coffea arabica) EM
INTERAÇÕES COMPATÍVEIS E INCOMPATÍVEIS COM Meloidogyne incognita
SILVA, Débora Gonçalves (Bolsista); OLIVEIRA, Rosângela D (Orientador)
Meloidogyne incognita é considerada a espécie de fitonematóide mais agressiva ao cafeeiro
(Coffea arabica) no Brasil. Estudos preliminares demonstraram que populações deste
nematóide oriundas de Minas Gerais foram incapazes de infectar cafeeiros `Catuaí`e `Mundo
Novo`. Com o objetivo de elucidar os mecanismos envolvidos nesta interação incompatível,
comparou-se a histopatologia de raízes de cafeeiros inoculadas com uma população
patogênica e outra não-patogênica ao cafeeiro. Mudas de cafeeiro `Catuaí` (suscetível) e
`Àpoatã`(resistente) foram inoculadas com 10.000 juvenis de segundo estádio de cada
população de M. incognita. Três mudas de cada tratamento foram colhidas a cada dois dias,
do primeiro ao décimo dia após a inoculação (DAI), e a cada cinco dias do décimo ao
quadragésimo DAI, para serem submetidas à coloração com fucsina ácida e posterior fixação
em formalina neutra tamponada. Em seguida, o material foi submetido à desidratação etílicabutílica e inclusão em uma mistura de parafina e cera de abelha. Após a desparafinização, foi
realizada a coloração com azul de astra e fucsina básica. A indução de células gigantes e o
desenvolvimento do nematóide somente foram observados em cafeeiro `Catuaí` inoculados
com a população patogênica. Não foi observado nenhum indício de formação de células
gigantes em `Àpoatã` ou `Catuaí` inoculados com a população não-patogênica. Essa
informação confirma a incapacidade das populações de Minas Gerais em infectar cafeeiros
susceptíveis. (CNPq)
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IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE RESISTÊNCIA A Puccinia psidii EM Eucalyptus
pellita
CHRISTO, Guilherme Gegenheimer Ornelas (Bolsista-IC); LAU, Douglas (Estudante);
BERNARDINO, Daíse Cardoso de Souza; FARIA, Sandra Eulália Santos (Estudante);
ROSSE, Leonardo Novaes; FERNANDES, David Evandro; ALFENAS, Acelino Couto
(Orientador)
A ferrugem do eucalipto causada por Puccinia psidii é uma doença muito comum e severa em
genótipos suscetíveis. Incide em brotações novas em mudas na fase de viveiro ou em plantas
no campo com até dois anos de idade. A resistência genética é considerada a melhor
alternativa de controle da doença. Um dos mecanismos de resistência à ferrugem é controlado
por um gene dominante de efeito principal denominado Ppr-1, mapeado em uma progênie de
E. grandis. Porém não se conhece a distribuição desse gene em outras espécies de Eucalyptus.
E. pellita considerada uma espécie resistente a diversas enfermidades vem sendo introduzida
em programas de melhoramento genético. Visando identificar novas fontes de resistência à
ferrugem para introdução em programas de melhoramento 23 genótipos de E. pellita oriundos
de seis procedências distintas foram inoculados com o isolado UFV2 de P. psidii (2x104
uredinósporos/ml). Após a inoculação, as plantas foram mantidas por 24h em câmara de
nevoeiro a 25°C, no escuro e em seguida levadas para câmara de crescimento a 22 °C sob
fotoperíodo de 12 h e 40 uM fótons/seg/m2, onde permaneceram até a avaliação. As plantas
foram avaliadas aos 12 e 20 dias após a inoculação com o auxílio de uma escala de notas
(Junghans et al., TAG, 108: 175-180, 2003). Entre os 23 genótipos avaliados, 12 foram
resistentes e 11 suscetíveis. Observou-se um amplo espectro de reações como imunidade
(ausência de interações macroscópicas visíveis), reações de fleck (pequena descoloração na
área infectada), extensas áreas necróticas (reação de hipersensibilidade), alta suscetibilidade
(intensa esporulação nas folhas e pecíolo das folhas inoculadas) e em alguns casos uma
pequena esporulação. Esse estudo permitiu a seleção de genótipos de E. pellita resistentes à
ferrugem que poderão ser introduzidos no programa de melhoramento genético e constituem a
base para futuros estudos de herança da resistência. (CNPq)
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IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE RESISTÊNCIA À MURCHA-DECERATOCYSTIS CAUSADA POR Ceratocystis fimbriata EM Eucalyptus grandis, E.
urophylla e E. pellita
ROSADO, Carla Cristina Gonçalves (Bolsista-IC); LAU, Douglas (Estudante);
BERNARDINO, Daíse Cardoso de Souza; FERNANDES, David Evandro; ROSSE, Leonardo
Novaes; ALFENAS, Acelino Couto (Orientador)
A existência de genótipos resistentes à murcha causada por Ceratocystis fimbriata e a
natureza letal desta doença tornam a resistência genética a melhor alternativa de controle. A
fim de identificar fontes de resistência à murcha-de-ceratocystis, foram inoculados com um
isolado de C. fimbriata do sul da Bahia 44 genótipos de três espécies do gênero Eucalyptus:
E. grandis (5 genótipos oriundos de duas procedências), E. pellita (23 genótipos de seis
procedências) e E. urophylla (16 genótipos de duas procedências). Genótipos altamente
resistentes e suscetíveis ao isolado de C. fimbriata utilizado foram encontrados nas três
espécies. Dos 44 genótipos avaliados, nove foram suscetíveis (1 E. grandis e 8 E. urophylla),
31 resistentes (3 E. grandis, 21 E. pellita e 7 E. urophylla) e quatro apresentaram reação
intermediária (1 E. grandis, 2 E. pellita e 1 E. urophylla). A fim de estimar a herdabilidade da
resistência nestas fontes, 28 progênies obtidas a partir de cruzamentos entre os genótipos de
E. grandis e E. urophylla foram avaliadas. Em média os genitores resistentes geraram as
progênies com as menores médias de extensão de lesão. Uma correlação de 0,82 foi obtida ao
se analisarem os cruzamentos de E. urophylla com diferentes níveis de resistência com uma
mesma mãe de E. grandis moderadamente suscetível. O genitor 1450 de E. urophylla
destacou-se dos demais pois em dois cruzamentos com genitores suscetíveis produziu
progênies nas quais a média da lesão no lenho foi próxima a sua média. A identificação de
materiais resistentes, a alta correlação entre as médias dos pais e suas progênies, e o efeito
pronunciado de alguns genitores resistentes em suas progênies indicam que estes podem
constituir fontes de resistência a serem empregadas no programa de melhoramento. (CNPq)
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INTERAÇÃO DE RIZOBACTÉRIAS PROMOTORAS DO CRESCIMENTO E
DIFERENTES ESPÉCIES DE Pinus SP
BINOTI, Daniel Henrique Breda (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
COUTO, Juliana Margarido F.; FERREIRA, Eraclides Maria (Estudante); MAFIA, Regianldo
Gonçalves; MACHADO, Patricia Silva (Estudante)
Rizobactérias isoladas de espécies de diferentes plantas podem exibir especificidade na
promoção biológica do crescimento. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a
especificidade de rizobactérias isoladas de mudas de P. taeda quanto à promoção de
crescimentto em espécies de pinus (P. taeda, P. elliottii, P. oocarpa e P. caribaea var
hondurensis). Empregaram-se nove isolados de rizobactérias (UFV-AL9, UFV-AM5, UFVAM2, UFV-F3, UFV-G2, UFV-G4, UFV-UFV-Z1, UFV-F6 e UFV-X2) pré-selecionados de
acordo com a capacidade de melhorar a qualidade de mudas. Cada isolado foi inoculado em
substrato comercial (1 ml a 108 ufc/tubete), separadamente, e a seguir efetuou-se a semeadura
das diferentes espécies de Pinus. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente
casualizado com 5 repetições de 20 plantas por tratamento. Aos 150 dias da semeadura,
avaliou-se a massa da matéria seca de raízes e da parte aérea das mudas, bem como o índice
de qualidade de Dickson. Constataram-se interações significativas para isolados e as
diferentes espécies de Pinus. Os incrementos da biomassa da parte aérea e do sistema
radicular variaram conforme o isolado e a espécie de Pinus, porém de maneira geral
observou-se maiores médias para as mudas de P. taeda. As mudas de P. taeda, inoculadas
com os isolados UFV-Z1 e UFV-AM5 apresentaram ganhos significativos de biomassa da
parte aérea, do sistema radicular e Índice de Qualidade de Dickson. Para mudas de P. elliottii,
observou-se também aumento significativo da biomassa da parte aérea quando inoculadas
com o isolado UFV-AM5, e do sistema radicular com os isolados UFV-X2, UFV-G2 e UFVAM5. O isolado UFV-AM5 não se mostrou específico para estas variáveis nas duas das
quatro espécies estudadas (P. taeda e P. elliottii).
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MEIO SUPORTE PARA AVALIAR A SOBREVIVÊNCIA DE UREDINIÓSPOROS
DE Puccnia psidii
LANA, Vanessa Mendes (Estudante); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador); ZAUZA,
Edival Ângelo Valverde (Estudante)
Nas avaliações da germinação de urediniósporos de Puccinia psidii a suspensão de esporos
tratada com óleo mineral é distribuída sobre a superfície de placas de Petri contendo meio
ágar-água 2%. Assumindo a possibilidade de se empregar outro método mais eficaz que o
rotineiro, comparou-se a germinação dos urediniósporos em ágar-água e em folhas de um
clone de eucalipto suscetível à doença. A comparação foi realizada durante os ensaios de
sobrevivência de urediniósporos de P. psidii sob diferentes binômios temperatura e umidade
relativa. Após cada tempo de armazenamento, para avaliação da germinação in vitro,os
esporos foram suspensos em 1 mL de óleo mineral e a seguir 400 µL da suspensão foram
semeados em placas de Petri,divididas em quatro quadrantes, contendo ágar-água 2%,
seguindo-se incubação sob escuro a 20°C por 48 horas. Para germinação in vivo, quatro gotas
de 0,3 µL da suspensão de urediniósporos de cada tratamento foram depositadas na superfície
adaxial da 3a folha da haste principal de um clone suscetível e a seguir mantida sob câmara
úmida na ausência de luz a 20°C por 48 horas. Após incubação, secções do tecido foliar,
retiradas da região de cada gota, foram diafanizadas em cloral hidratado por 5 dias. Os cortes
foram montados em lâminas microscópicas, contendo lactofenol-azul de algodão, seguindo-se
a contagem dos 30 primeiros esporos germinados por corte. Nas placas com lactofenol e azul
de algodão eram contados os 100 primeiros esporos germinados por quadrante. O método de
tecido foliar foi mais sensível, permitindo detectar esporos viáveis em períodos de
armazenamento superior a 50 dias, sendo, portanto, mais indicado por proporcionar maior
tempo de acompanhamento da sobrevivência dos esporos. (Aracruz Produtos da Madeira/
FAPEMIG)
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PRIMEIRO RELATO DE INFECÇÃO PELO GEMINIVÍRUS Tomato severe rugose
virus (TOSRV) EM TOMATEIRO NO ESTADO DE SANTA CATARINA.
LIMA, Alison Talis Martins (Bolsista); PEREIRA, Carlos de Ocesano (Bolsista-IC);
ALFENAS, Poliane Ferreira; PAULA, Marília Barbosa (Estudante); MELLO, Raquel Neves;
ZERBINI, Francisco Murilo (Orientador)
A incidência de doenças causadas por vírus incluídos no gênero Begomovirus da família
Geminiviridae tem aumentado significativamente nas últimas décadas, coincidindo com o
aumento populacional de seu inseto vetor, o aleirodídeo Bemisia tabaci. No Brasil, a
incidência de begomovírus em tomateiro aumentou de forma drástica a partir de meados da
década de 1990, com a introdução e disseminação do biótipo B de B. tabaci, altamente
adaptado ao tomateiro. Até recentemente, não havia relatos da ocorrência de geminivírus no
estado de Santa Catarina. Entretanto, em março de 2006, 20 amostras de tomateiros
provenientes do município de Santo Amaro da Imperatriz, apresentando sintomas típicos de
infecção viral, foram analisadas para a presença de begomovírus. A detecção foi realizada via
PCR utilizando-se oligonucleotídeos universais para o gênero sendo que todas amostras
analisadas foram positivas para a infecção. Para determinação da espécie viral, os fragmentos
obtidos via PCR de 5 amostras escolhidas aleatoriamente foram submetidos ao
sequenciamento. As sequências de nucleotídeos analisadas apresentaram identidade superior a
95% com o Tomato severe rugose virus (ToSRV), até então relatado somente nos estados de
Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. Esses resultados confirmam a tendência de rápida
disseminação de geminivírus e a inclusão do ToSRV entre as espécies predominantes no
Brasil. (PIBIC/CNPq)
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PRODUÇÃO DE CLAMIDÓSPOROS POR DIFERENTES ISOLADOS DE Pochonia
chlamydosporia.
ZOOCA, Ronaldo João Falcão (Bolsista); DALLEMOLE - GIARETTA, Rosângela
(Estudante); PODESTA, Guilherme Silva de (Estudante); NEVES, Wânia Santos (Estudante);
FREITAS, Leandro Grassi de (Orientador); FERRAZ, Silamar (Professor)
Clamidósporo é o inóculo mais eficiente para o estabelecimento no solo do antagonista de
fitonematóides, Pochonia clamydosporia, pois não requer nutrientes adicionais para sua
sobrevivência. O presente trabalho teve como objetivo verificar o potencial de produção de
clamidósporos de cinco isolados de P. clamydosporia, I-1, I-3, I-5, I-8 e I-10, obtidos de solos
dos estados do Paraná e Minas Gerais, infestados com Meloidogyne spp.. Discos de micélio
com 5 mm de diâmetro de cada isolado do fungo foram depositados em placas de Petri
contendo meio CMA e armazenados em BOD a 25ºC, no escuro. O delineamento foi o
inteiramente casualizado, com quatro repetições. Após 21 dias, avaliou-se a produção de
clamidósporos de cada isolado. Adicionaram-se em cada placa 10 mL de uma solução de
tween 0,1 %, rasparam-se as respectivas colônias com o auxílio de uma alça de Drigalski e
realizaram-se quatro contagens por repetição para determinar o número de clamidósporos por
isolado. A produção observada foi de 3,89 x 104 clamidósporos/mL pelo isolado I-1, seguida
dos isolados I-3 com 2,84 x 104, I-10 com 2,36 x 104, I-5 com 1,66 x 104 e I-8 com 0,38 x 104
clamidósporos/mL, sem porém ser observada diferença estatística entre eles. A eficiência
destes isolados no controle de Meloidogyne javanica será avaliada em casa de vegetação.
(CNPq)
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PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE FEIJOEIRO POR TRÊS RESIDENTES DE
FILOPLANO PREVIAMENTE SELECIONADOS COMO AGENTES DE
BIOCONTROLE
FREITAS, Mônica Aparecida (Estudante); BONON, Karina (Bolsista); GARCIA, Flávio
Augusto de Oliveira (Estudante); ROMEIRO, Reginaldo da Silva (Orientador)
Bactérias residentes de filoplano são aquelas que têm como habitat a superfície de plantas, e
ultimamente vem sendo estudadas como uma alternativa para o controle de doenças de
plantas. Há relatos na literatura de que esses organismos também são capazes de promover o
crescimento de plantas, de modo semelhante ao que ocorre com rizobactérias. Assim, esse
trabalho buscou avaliar se três procariotos, residentes de filoplano isolados de plantas sadias
de feijão e caracterizadas como bons agentes de filoplano (UFV-074, UFV-075 e UFV-172),
eram capazes de promover o crescimento de plantas da cultura. Para isso foi montado um
ensaio, em casa de vegetação, em que plantas no estágio V3 de crescimento, foram
atomizadas semanalmente, com suspensão de células dos antagonistas, 10 8 ufc/mL, até o
estágio R8, tendo o como controle plantas atomizadas com água e um total de 20 repetições.
Plantas no fim do estágio R8 foram então avaliadas quanto ao número de folíolos e de folhas,
peso de matéria fresca e seca, número de vagens, número de sementes, peso de sementes
(matéria fresca e seca). Não foi encontrada diferença estatística, pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade, para nenhum dos tratamentos, em nenhum dos parâmetros avaliados. Apoio
Financeiro: (CNPq/FAPMIG)
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REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp. À
FERRUGEM ASIÁTICA POR Phakospsora pachyrizi Sydow & P. Sydow.
FERNANDES, Michelle Bayerl (Bolsista-IC); BROMMONSCHENKEL, Sérgio Hermínio
(Orientador); CARRIJO, Fernanda R.F. (Estudante); NOGUEIRA, Sônia Regina (Estudante);
SANTIAGO, Thaís Ribeiro (Estudante)
Nos últimos anos, a ferrugem asiática, causada pelo patógeno Phakopsora pachyrhizi Sydow
& Sydow, tem se tornado um dos mais relevantes problemas para o agronegócio dos
principais países produtores de soja, dentre os quais se destaca o Brasil. Embora esse fungo
apresente uma ampla gama de hospedeiros, não existe um estudo detalhado da variabilidadse
da reação dos genótipos das diferentes espécies hospedeiras. Este trabalho teve como objetivo
verificar a reação de genótipos de feijão-caupi ao agente causador da ferrugem asiática, a fim
de identificar possíveis fontes de resistência a Phakospsora pachyrizi. O ensaio foi instalado
em casa-de-vegetação, na área experimental do Departamento de Fitopatologia da UFV.
Foram avaliados 54 genótipos de feijão-caupi a Phakospsora pachyrizi. Foram semeadas 3
sementes de cada genótipo em vasos contendo solo previamente esterilizado. A inoculação
das plantas foi realizada após estas apresentarem 2 trifólios totalmente expandidos. A
concentração da suspensão de inóculo do isolado monospórico PPUFV-01 foi ajustada para
1,5x 105 uredósporos /ml e adicionado 0,01 % de espalhante adesivo (Tween 80) e gelatina
incolor 1%. Depois de realizada a inoculação, as plantas foram mantidas 24 horas em câmaras
de crescimento na ausência de luz e sob alta umidade. Logo após, foram transportadas para
casa-de-vegetação, onde permaneceram até a avaliação. Foram observados diferentes tipos de
reação, desde genótipos que apresentaram ausência de sintomas à genótipos que apresentaram
intensa severidade da doença. Os resultados demonstraram que a espécie é hospedeira de
Phakospsora pachyrizi, sendo identificados genótipos que exibem diferentes níveis de
resistência ao patógeno. (CNPq)
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RESISTÊNCIA DE GENITORES DE Eucalyptus spp. À FERRUGEM E SEU
IMPACTO SOBRE O PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO.
CHRISTO, Guilherme Gegenheimer Ornelas (Bolsista-IC); LAU, Douglas (Estudante);
FARIA, Sandra Eulália Santos (Estudante); MASSON, Marcus Vinicius (Estudante); ROSSE,
Leonardo Novaes; FERNANDES, David Evandro; ALFENAS, Acelino Couto (Orientador)
Apesar da existência de genótipos resistentes à ferrugem (Puccinia psidii) em várias espécies
de Eucalyptus e do controle genético simples (e, portanto, de alta herdabilidade) da resistência
em progênies de E. grandis, a avaliação de clones comerciais (a maioria híbridos de E.
grandis x E. urophylla) tem revelado um alto percentual de materiais suscetíveis. Visando
compreender e alterar este cenário, determinou-se mediante inoculação sob condições
controladas, a resistência de 20 genitores (5 E. grandis e 15 E. urophylla) e de 30 progênies
oriundas do cruzamento desses genitores e de outros 13, cuja resistência não fora prédeterminada. Entre os genitores avaliados 50% foram suscetíveis (S2 – 15%; S3 – 35%) e
50% foram resistentes (S0 – 30%; S1 – 20%). Entre as 30 progênies, 11 apresentaram
segregação da resistência, sendo as 19 restantes compostas apenas por indivíduos suscetíveis.
Entre as progênies segregantes, houve um predomínio de indivíduos suscetíveis (proporção
R:S 1:3 em seis das 11 progênies). Considerando o total de indivíduos avaliados,
independentemente da progênie, 12% foram resistentes, percentual que atinge 25% se
computadas apenas as progênies formadas a partir de pelo menos um genitor S0, ou 41,5%
dependendo do genitor resistente. O comportamento de 16 dessas famílias em condições de
campo (áreas experimentais adjacentes a plantios comerciais) evidenciou a eficiência da
introdução de genitores resistentes, havendo uma correlação de 0,74 entre a média dos pais e
das progênies, sendo que as progênies com os menores índices de ferrugem apresentavam
pelo menos um genitor resistente envolvido no cruzamento. Assim, demonstrou-se, por meio
de inoculação sob condições controladas e infecção natural no campo, a importância da
avaliação prévia da resistência como critério de seleção de genitores a serem incluídos no
programa de melhoramento genético a fim de aumentar a freqüência de clones elites
comerciais resistentes à ferrugem. (CNPq)
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RESISTÊNCIA INTER-ESPECÍFICA DE Eucalyptus
BACTERIANA CAUSADA POR Ralstonia solanacearum
SPP.
À
MURCHA
MACHADO, Patrícia da Silva (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
MAFIA, Reginaldo Gonçalves; BINOTI, Daniel Henrique Breda (Bolsista-IC); FERREIRA,
Eraclides Maria (Estudante)
A murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum, incide em mais de 200 espécies
de plantas, englobando 50 famílias botânicas. Recentemente a murcha bacteriana causou
perdas de aproximadamente 6 milhões de reais em viveiros clonais de Eucalyptus spp. no
Brasil. Como se trata de uma enfermidade relatada recentemente na eucaliptocultura nacional,
pouco se sabe sobre a variabilidade genética das espécies de Eucalyptus quanto à resistência,
fundamental para o estabelecimento de estratégias de controle. Assim o presente trabalho
objetivou avaliar a resistência interespecífica de Eucalyptus spp. à murcha bacteriana. Para
isso, mudas de sete espécies foram transplantadas para o infectário, composto basicamente de
calha de fibro-cimento contendo areia, similar ao sistema de minijardim clonal utilizado em
viveiros de eucalipto. A infestação do infectário foi realizada em intervalos de 15 dias, com
suspensão de inóculo a 108 ufc/ml na proporção de 0,25l/m3 de areia. O transplantio das
mudas (60 dias de idade) foi realizado após o corte de 1/3 da porção basal do sistema
radicular. A avaliação da infecção bacteriana foi realizada quatro meses após o transplantio,
por meio do teste de exsudação microscópica em gota d’agua. Todas as espécies testadas
foram suscetíveis à doença, mas a freqüência de genótipos infectados variou com a espécie E.
tereticornis e E. grandis apresentaram, respectivamente, o menor (33%) e o maior (91,7%)
percentual de genótipos suscetíveis. As demais espécies (E. saligna, E. globulus, E.
urophylla, E.camalulensis, E. dunnii) apresentaram entre 52 a 65% de plantas infectadas.
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SOBREVIVÊNCIA DE UREDINIÓSPOROS DE Puccinia psidii SOB DIFERENTES
CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA
LANA, Vanessa Mendes (Estudante); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador); ZAUZA,
Edival Ângelo Valverde (Estudante)
Urediniósporos de P. psidii são de fácil disseminação a longas distâncias, sendo carreados
pelo vento, insetos, pólen, material vegetal propagativo e pelo próprio homem. Recentemente,
em portos da Austrália, detectaram-se esporos do fungo em containers com madeira serrada
de eucalipto. Como medida de exclusão que visa impedir a entrada do patógeno em regiões
livres da doença, recomendou-se a fumigação do carregamento com brometo de metila, a 80
cc/m3. Contudo, este produto é prejudicial à camada de ozônio, estando seu uso restrito até o
final de 2006 e é possível que os esporos não sobrevivam às condições ambientes durante o
transporte, não sendo necessário o uso de erradicação química. Assim, visando avaliar a
sobrevivência de urediniósporos de P. psidii, testaram-se deferentes combinações do binômio
temperatura (T = 15, 25, 30, 35 e 40°C) e umidade relativa (UR = 35, 55, 70, 87 e 100%) ao
longo do tempo (0, 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 90 e 120 dias). Avaliou-se a germinação de
urediniósporos: in vivo (tecido foliar de eucalipto, sob câmara úmida) e in vitro ( meio ágarágua 2% em placas de Petri). A sobrevivência foi favorecida às UR de 35 e 55%,
permanecendo os urediniósporos viáveis até aos 90 dias a 15°C; 20 dias a 25 e 30°C e 10 dias
a 35 e 40°C. A germinação sobre tecido foliar foi mais eficiente, permitindo detectar esporos
viáveis por mais de 50 dias. Considerando- se a temperatura de 30°C e UR de 70%, condições
normalmente encontradas durante o transporte naval de derivados de madeira durante 30 dias,
os urediniósporos não estariam viáveis. (Aracruz Produtos da Madeira/FAPEMIG)
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TAXONOMIA E PATOLOGIA DE Ascochyta spp. ASSOCIADAS A MALVACEAE
PARREIRA,Douglas Ferreira (Bolsista); BARRETO, Robert Weingart (Orientador);
BROMMONSCHENKEL, Sergio Hermínio (Professor); SOARES, Dartanhã José (Estudante)
O presente trabalho foi feito no intuito de aumentar o conhecimento sobre as espécies de
Ascochyta associadas a doenças em alguns membros da família Malvaceae, inclusive o
algodoiero, o quiabeiro e o hibisco. Foi formada uma coleção de espécies de malváceas para
utilização no trabalho de inoculação cruzada com o objetivo de detecção de possíveis
hospedeiros de Ascochyta spp. patogênicas a espécies cultivadas desta família e que poderiam
servir como reservatório de inóculo. As plantas obtidas foram mantidas em casa de vegetação
e posteriormente inoculadas com discos de cultura de cada um dos isolados fúngicos obtidos.
Os resultados de tais inoculações foram inconclusivos e há indícios de que o uso de conídios
como inóculo seja necessário para a obtenção de resultados mais significativos. Uma análise
da morfologia dos diversos isolados indicou que há pelo menos duas espécies envolvidas:
Ascochyta abelmoschi associada ao quiabeiro e Ascochyta malvicola, associada a outros
hospedeiros. Como Ascochyta é um gênero de morfologia bastante simples, existe muita
sobreposição de caracteres morfológicos entre espécies diferentes. Será, então, feito o
seqüênciamento das regiões rRNA-ITS dos isolados e uma comparação entre estes isolados e
a informação disponível sobre outras espécies de Ascochyta. (FAPEMIG)
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TRATAMENTO QUÍMICO PARA A ERRADICAÇÃO DE Botrytis cinerea EM
VIVEIROS CLONAIS DE Eucalyptus SPP.
MACHADO, Patrícia da Silva (Bolsista-IC); ALFENAS, Acelino Couto (Orientador);
FERREIRA, Eraclides Maria (Estudante); BINOTI, Daniel Henrique Breda (Bolsista-IC)
O presente trabalho objetivou selecionar produtos químicos para a erradicação de Botrytis
cinerea. Para isso utilizaram-se os seguintes produtos: Clorin®, hipoclorito de cálcio,
hipoclorito de sódio, dióxido de cloro, Quatermon® e Peroxitane®, a 0,5%, 1,0%, 2,0%,
3,0%, 4,0% e 5,0%. O ensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em
esquema fatorial (6x6), com três repetições. Para a erradicação micelial, discos de micélio
foram imersos por 5 min em cada tratamento e depois semeados em BDA. Para conídios uma
alíquota de 0,2 ml de suspensão a 105 esporos/ml, foi vertida em cavidade de placa de
porcelana que continha 0,2 ml de cada produto. Após agitação, 5 µl foram vertidos em 12 ml
de BDA a aproximadamente 49°C, seguindo-se incubação a 22°C por 48 h, quando se
calculou a porcentagem de erradicação do micélio e de conídios. De todos os produtos
químicos testados para a erradicação micelial, apenas o hipoclorito de cálcio e Clorin® foram
erradicantes de micélio, tendo em média 91% e 72% de erradicação respectivamente, a partir
de 3% do princípio ativo. Para conídios, os produtos foram altamente eficientes, com 100%
de erradicação a partir de 0,5%, com a exceção, do dióxido de cloro que apresentou
erradicação total somente a partir da concentração de 1%. Desta forma, o hipoclorito de cálcio
foi o produto mais eficiente tanto para a erradicação de conídios quanto de micélio e está
sendo testado para desinfestação de recipientes e britas, usados em viveiros.
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