13009177267.2011 VAL

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DISLEXIA E A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
RESUMO
A dislexia é uma dificuldade específica de aprendizagem da leitura que
requer principalmente para seu completo diagnóstico a passagem de teste de
leitura e teste de inteligência. No quadro de um exame médico e psicológico
que comprove objetivamente as dificuldades de leitura e exclua como causa
atrasos de desenvolvimento de natureza, sensoriais, doenças neurológicas e
psiquiátricas ou problemas maiores de escolaridade.
Graciete Serrano e Orlando Alves da Silva (1998) revelaram ter obtido
resultados
muito
sobreponíveis
num
grande
número
de
crianças
disortográficas, possivelmente disléxicas, defendendo esta abordagem como
tratamento de eleição para a maior parte dos casos e atribuindo as melhorias à
correção de disfunções proprioceptivas ocasionadas por vícios de posição,
disfunções estas que terminariam por gerar bloqueios cognitivos susceptíveis
de comprometer a leitura. Critica-se este ponto de vista contrapondo-se uma
concepção da dislexia e do próprio S.D.P. enquanto “síndromes de
dislateralidade”, ambos concorda numa desarmonia geral das funções
hemisféricas que não somente o tratamento proposto como também outras
intervenções bem sucedidas e que o potenciam poderiam ajudar a resolver.
A dislexia acompanha a pessoa no dia-a-dia em sua aprendizagem, não
é uma dificuldade em compreender os conteúdos de aula, o que seria resolvido
com aulas particulares, um reforço em algo dificultoso para o aluno, é um
distúrbio, e como tal segue a criança e adolescente em sua aprendizagem. O
que ocorre, é que pode acontecer da equipe de saúde fornecer o diagnóstico, e
muitas vezes não conseguir fazer o acompanhamento, algo que poderia ser
terapeuticamente melhorado acaba por tornar o diagnóstico erroneamente
taxativo ao paciente.
A família acaba por perder-se e não saber lidar com a situação, colocada
em suas mãos, chega a procurarem profissionais e dizer que o filho tem
dislexia, e que é por isso que não se comporta bem em casa, uma razão seria
um mau comportamento, e outra, a dificuldade no progresso escolar, devido à
dislexia.
A dislexia demonstra seus principais aspectos, modalidades, tipos e os
tratamentos possíveis, embora a dislexia seja uma dificuldade presente em
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sala de aula, ela é de difícil entendimento e por este motivo, muitas vezes as
crianças com essa dificuldade, passam a ser mal interpretada, dificultando
assim o diagnóstico. Por este fato, é necessário que os professores estejam
atentos, sobre o que é a dislexia, evitando assim o diagnóstico tardio, o que
dificulta no tratamento. A prática psicopedagógicas mais moderna tem
mostrado que, mesmo na ignorância a criança tem se mostrado persistente
certamente por elaborar mecanismos inteligentes de defesa ou de manutenção
de uma dinâmica grupal na qual se encontra inseridas.
Contudo fica indispensável ressaltar que equipes multidisciplinares
compostas por médicos, pedagogos, psicopedagogo, psicólogos, professores
entre outros como pais envolvidos, cada vez mais se colocam a serviço dos
casos de problemas de aprendizagem, colaborando para que as crianças
encaminhadas possam desfrutar inteiramente sua cidadania. No estudo
destacou se uma nova modalidade de tratamento, denominada de PANLEXIA,
que deveria ser aplicada pelas escolas, a fim de facilitar a inserção deste aluno
ao mundo das palavras, através da leitura e escrita. Demonstra-se também
neste estudo a importância do acompanhamento desses alunos por equipes
multidisciplinares que, envolvidas nesse processo, pode propiciar a superação
desta dificuldade de aprendizagem.
Palavras Chave: Dislexia, Dificuldade de Aprendizagem, Diagnóstico; Panlexia,
Metodologia, Escola, Família.
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INTRODUÇÃO
As necessidades especiais podem ser de diversos tipos: mental,
auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. Deste universo,
acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças, na educação
básica, sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à
linguagem: dislexia, disgráfia e disortográfia. Entre elas, a dislexia é a de maior
incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política
educacional, especialmente a de educação especial.
O que é dislexia Dificuldade de ler, soletrar ou até mesmo identificar as
palavras mais simples, muito mais simples, muito mais do que preguiça,falta de
atenção ou má alfabetização, pessoas com esses sintomas podem ter dislexia.
Apesar da assustadora impressão do termo, dislexia não é uma doença, ela é
um distúrbio genético e neurobiológico de funcionamento do cérebro para todo
processamento lingüístico relacionado à leitura. O que ocorre são falhas nas
conexões cerebrais, assim as pessoas com dislexia tem dificuldade para
associar o símbolo gráfico e as letras ao som que elas representam e não
consegue organizá-los mentalmente numa seqüência coerente. Por exemplo, a
palavra a palavra "super-interessante" pode ser entendida por um disléxo como
"super-interessante". Os mesmos sintomas da dislexia podem aparecer para
vários outros quadros, como hiperatividade ou lesões cerebrais. Assim, o
diagnostico preciso deve ser feito por uma equipe multidisciplinar diz Maria
Ângela Nogueira Nico, coordenadora cientifica da Associação Brasileira de
dislexia.
A dislexia é uma dificuldade específica na aprendizagem da leitura com
repercussão, muitas vezes, na ortografia (disortográfia). Os disléxicos mais
comuns no âmbito escolar são aqueles que, sem consciência fonológica,
apresentam dificuldade de fazer o reconhecimento da palavra escrita, ou seja,
não conseguem transformar as letras em sons da fala (fonemas da língua
como vogais semivogais e consoantes). A dislexia é uma perturbação
específica de aprendizagem da leitura cuja detecção se faz já em idade
escolar, quando o nível de leitura não prospera de forma ajustada ao nível
acadêmico geral e ao restante desenvolvimento do indivíduo. O seu
diagnóstico requer um exame médico e psicológico atento a analise escolar,
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pessoal e familiar, ao estado mental e a eventuais sinais neurológicos, se
possível com avaliação do Q.I. e aplicação de teste de leitura.
Este trabalho tem como objetivo um aprofundamento teórico sobre as
dificuldades específicas da aprendizagem da leitura, a Dislexia, e também,
sugestões de atividades para que a criança possa superar esta dificuldade e ter
uma vida normal. A Dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na
área da leitura, escrita e soletrada, que impede uma criança de ler e
compreender com a mesma facilidade com que faz as crianças da mesma faixa
independente de qualquer causa intelectual, cultural ou emocional, é o distúrbio
de maior incidência nas salas de aula. Em entrevista com uma fonoaudióloga,
ela nos colocou que não existe nenhuma atividade ou modelo de jogo
específico para sanar o problema de dislexia numa criança, mas sim um
tratamento educativo para resolver as dificuldades que impedem ou dificultam o
desenvolvimento normal do processo da leitura.
Somente
este
último
será
capaz de
objetivar
as
dificuldades
experimentadas, permitindo confrontá-las com os desempenhos próprios
daquela faixa etária e normas de leitura daquele ano de escolaridade. A
dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler compreendendo o que se lê,
apesar da inteligência normal, audição ou visão normal e de serem oriundas de
lares adequados, isto é, que não passem privação de ordem doméstica ou
cultural. Encontramos disléxicos em famílias ricas e pobres. Enquanto as
famílias ricas podem levar o filho a um psicólogo, neurologista ou
psicopedagogo, uma criança, de família pobre, estudando em escola pública,
tende a asseverar a dificuldade persistir com os transtornos de linguagem na
fase adulta. Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a
dislexia seja uma doença da classe média, exatamente porque, temporão, os
pais conseguem diagnosticar a dificuldade e partir para intervenções médicas e
psicopedagógicas.
O que foi percebido é que os estudantes cometem erros diferentes, o
que nos faz pensar em diferentes tipos de dislexia, comparadas com as
crianças normais. Como exemplo aos leigos, uma criança sem o diagnóstico de
dislexia lê páginas e páginas sem cometer erro de leitura, visto que a criança
com dislexia troca as sílabas por outras, lê com omissões de palavras e até
prende-se em determinado ponto do livro, sem conseguir ir além.
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OBJETIVOS
Objetivo geral:
Contribuir para a identificação de crianças portadoras de dislexia, e os
tipos de dislexia e melhorar o desenvolvimento psicológico.
Objetivo específico:
Desenvolver um procedimento para identificar crianças portadoras de
dislexia, desenvolver intervenções acertavas no campo educacional e familiar a
fim de proporcionar melhor qualidade de vida para crianças dislexas.
Proporcionar conhecimento das principais referências teóricas do Método Irlen.
- Apresentar as dificuldades e necessidades cotidianas enfrentadas pelos
portadores de deficiência de percepção na leitura.
- Abordar as implicações biológicas, psicológicas, educacionais e sociais do
indivíduo portador de dislexia de leitura.
- Possibilitar uma visão integral do deficiente de leitura que favoreça a relação
educador-aluno.
- Habilitar os profissionais para a aplicação da técnica após a confirmação do
diagnóstico.
- Compreender a anatomia e fisiologia para a aprendizagem normal.
- Entender os aspectos neurofisiológicos que permeiam a Dislexia, Dipraxias,
Disgnosias e os transtornos de memória.
- Relacionar a aprendizagem a situações específicas da neurologia infantil.
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METODOLOGIA
A metodologia adotada foi a da abordagem qualitativa, através de
entrevistas em profundidade tanto com profissionais (fonoaudiólogos), quanto
com disléxicos. Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram possíveis duas
idas a campo, visitando um consultório e também a sede da AND.
Já existem muitos artigos a respeito da dislexia na internet, o que
facilitou a coleta de dados secundários. O maior problema que enfrentei foi em
relação aos horários não coincidentes: Foi difícil conciliar o meu tempo com o
dos profissionais e dos clientes, de modo que no pude fazer todas as
entrevistas pessoalmente, a maioria foi feita por e-mail e telefone.
Outra dificuldade enfrentada foi em relação à faixa etária dos clientes
entrevistados. A maior parte dos disléxicos em tratamento é de crianças, que
não saberiam responder algumas das minhas questões. Por isso, optei por
entrevistar os poucos adultos disléxicos que encontrei e os pais das crianças
disléxicas.
A presente pesquisa possui caráter exploratório e quantitativo.
Primeiramente realizou-se uma busca detalhada em livros, artigos acadêmicos
e na Internet, a fim de estabelecer um esclarecimento sobre as diversas
hipóteses de diagnóstico da dislexia e encontrar uma base teórica que
sustentasse o ponto de vista adotado no referido trabalho. Posteriormente
houve uma acareação entre a hipótese genética, defendida principalmente nos
estudos de Pennington (1997), que define a dislexia como conseqüência de
anomalias genéticas, e a hipótese neurológica, amplamente proposta por Orton
(1925, 1928) e que supunha a dislexia oriunda de distúrbios neurológicos.
Em seguida, optou-se pela união entre a hipótese neurológica e a
genética devido ao fato de elas tratarem de diferentes âmbitos da dislexia e,
possivelmente, serem complementares. A coleta de dados se deu através da
leitura de documentos científicos e revistas especializadas na área, bem como
do material mencionado anteriormente e a posterior compilação dos recortes
mais significativos para o presente trabalho.
Tais recortes foram extraídos de autores já examinados, a organização
de tais recortes se deu da seguinte forma: foram reunidos os sintomas da
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dislexia, e a partir daí, descobriu-se a importância da interdisciplinaridade das
áreas do conhecimento para o diagnóstico, sobre a qual discorremos logo
após.
As principais hipóteses da origem da dislexia foram analisadas, cada
uma com seus espaços e sua logicidade. Procurou-se saber sobre as
dificuldades das crianças disléxicas em distinguir letras simétricas e em
desenvolver a consciência fonológica.
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CONCLUSÕES FINAIS
Conclui-se que a dislexia é um problema de base cognitiva que afeta as
habilidades lingüísticas associadas à leitura e à escrita, pois não se trata de
uma patologia, uma doença. Acreditamos que as pessoas são disléxicas e não
estão disléxicas.
Sendo que é importante saber que a dislexia ocorre independentemente
do fator sócio-econômico, cultural ou intelectual, mas seus efeitos vão além do
seu corpo e de sua inteligência.
E que o atual sistema escolar é desenvolvido para a maioria que não é
disléxica, ficando os disléxicos a margem de um sistema educacional que os
exclui e os aprisiona. Portanto, cabe aos educadores ir à busca, por conta
própria, das informações necessárias para que este quadro se modifique.
Com base nos resultados da pesquisa, tendo como matéria-prima as
entrevistas em profundidade com profissionais e pacientes, ficou claro que a
divulgação está ajudando a popularizar a dislexia. Esta, por sua vez, está
começando a ser vista de uma maneira diferente.
Muitos que antes acreditavam que fosse uma doença, hoje já percebem
que é, na verdade, uma síndrome, uma dificuldade que pode ser amenizada
através de tratamento específico. No entanto, a difusão entre os leigos ainda é
muito incipiente, de forma que ainda pode-se conferir um comportamento
preconceituoso em relação aos disléxicos.
Deve-se observar que, há alguns anos, no Brasil, não se ouvia falar da
síndrome por falta de conhecimento tanto dos profissionais, quanto dos leigos.
Com o aprofundamento na questão, pôde-se fazer uma maior divulgação do
que é a dislexia, de modo que as pessoas começaram a se identificar com os
sintomas e realizaram que os problemas que tinham não se deviam a qualquer
incapacidade neurológica ou psiquiátrica, mas um problema de linguagem.
Além disso, a fundamentação e comprovação da dislexia ajudam os
profissionais a aprimorarem o nível do atendimento. Agora, mais do que nunca,
sabe-se que, não só a dislexia existe como também que ela não é algo tão
raro. Desta forma, a comprovação científica da existência da síndrome,
auxiliada pela divulgação da mesma seriam os motivos principais para que a
procura pelo tratamento tenha aumentado. Futuramente, podem-se fazer
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pesquisas a respeito das mudanças neste mercado, hoje absorve pacientes
ainda crianças em geral indicadas pelas escolas e pedagogos. Já estão a par
da questão e adultos que só agora conseguiram encontrar um tratamento
indicado para o problema que vinham enfrentando durante toda uma vida, mas
que futuramente deve se deter ao público mais jovem, sendo que, os
diagnósticos vêm sendo feitos cada vez mais precocemente.
É preciso, também, que exista um trabalho simultâneo e um apoio
psicológico entre a comunidade escolar e família para que se consigam,
persistentemente, os objetivos da aprendizagem na educação que é fazer o
sujeito ascender socialmente, contornando todas as dificuldades encontradas
pelo disléxico. Só assim eles poderão ter uma educação digna e sem
preconceitos.
A importância de um diagnóstico precoce pode facilitar o trabalho
pedagógico sendo que os métodos de ensino podem ser adequados e
desenvolvidos para melhor atender o aluno disléxico e o melhor método para a
alfabetização de um disléxico nada mais é que a análise fonética ou analíticasintética, pois é a mais promissora abordagem no alcance da aprendizagem
da leitura e escrita. Só assim, será evitada a evasão escolar e a exclusão
social.
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