Dinâmica do nitrogênio, produção de biomassa seca e

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DINÂMICA POPULACIONAL DA ÁCAROFAUNA EM AGROECOSSISTEMA ERVATEIRO,
NO MUNICÍPIO DE DOIS VIZINHOS - PR
Orientado: Alfredo de Gouvêa
Orientador: Prof. Dr. Luis Francisco Angeli Alves
Data da defesa: 28 de março de 2003
O avanço da fronteira agrícola e a necessidade de atender um mercado em
crescimento, levaram a uma mudança no sistema de cultivo da erva-mate, na região Sul do
Brasil. Os problemas fitossanitários, desapercebidos no sistema e exploração extrativista,
começaram a ter importância, pois a implantação do monocultivo levou à simplificação do
ambiente e a perdas passaram a ser economicamente significativas. Por ser uma essência
nativa a erva-mate possui mais de oitenta espécies de animais se alimentando de diferentes
partes da planta e um manejo que considere os diversos fatores envolvidos neste
agroecossistema particular é fundamental para que perturbações não venham promover
uma explosão populacional de algumas destas espécies, podendo aumentar o custo de
produção e baixa a qualidade do produto. Neste contexto foi realizado em Dois Vizinhos-PR
um trabalho com objetivo de estudar a dinâmica populacional de ácaros fitófagos e seus
predadores. Para tanto, foram realizadas de agosto de 2001 a julho de 2002, coletas de
folhas de diferentes partes da planta e contado o número de ácaro ao microscópio
estereoscópico. Durante o período estudado foram constadas associadas às plantas de ervamate duas espécies de ácaros fitófagos Dichopelmus notus e Oligonichus yothersi e três
espécies de predadores identificados como sendo Euseius concordis, Iphiseiodes zuluagai e
Agistemus sp. O ácaro D. notus ocorreu em maior número em folhas maduras e na face
inferior de folhas dos estratos inferior e médio e nas folhas da região interna da copa e O.
yothersi predominou em folhas maduras e na face superior das folhas. A concentração de E.
concordis e I. zuluagai sempre foi maior na face inferior das folhas maduras localizadas nos
estratos inferior e médio, na região interna da copa. Os ácaros D. notus, O. yothersi, E.
concordis e I. zuluagai tiveram picos populacionais em período de temperatura amena e
baixa precipitação pluviométrica. Nas folhas da região externa da copa das plantas a maior
densidade populacional de Agistemus sp. também ocorreu na face inferior, mas seu pico
populacional ocorreu em período de alta temperatura e precipitação pluviométrica elevada,
sendo observado indicadores de influência mutua entre estas espécies.
EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE CÚRCUMA (CURCUMA LONGA L.) EM
XANTHOMONAS AXONOPODIA PV. MANIHOTIS
Orientado: Odair José Kuhn
Orientador: Prof. Dr. José Renato Stangarlin
Data da defesa: 03 de fevereiro de 2003
A Bacteriose da mandioca causada por Xanthomonas axonopodis pv. manihotis é
considerada a doença de maior importância para a cultura e está distribuída por todos os
locais onde esta é cultivada. Manivas infectadas se constituem na principal forma de
disseminação da bactéria para novas áreas de cultivo. O controle químico de fitobactérias é
difícil devido à escassez de produtos, bem como, os existentes são usados exclusivamente
em culturas de alto valor econômico. Por outro lado, o controle alternativo de doenças de
plantas mostra-se promissor, com a descoberta de muitos compostos secundários de
plantas medicinais que apresentam atividade antimicrobiana. Nesse contexto, a cúrcuma
Curcuma longa (Zingiberaceae) planta originária do sudeste da Ásia, apresenta em seus
rizomas compostos que possuem ação antimicrobiana que podem ser utilizados no controle
de doenças bacterianas em plantas. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar
os efeitos do uso de extrato aquoso de quatro genótipos de cúrcuma em X. axonopodis pv.
manihotis in vitro provenientes de cultivos de Jaboticabal-SP, Mara Rosa-GO, Maringá-PR e
Mercedes-PR e também, verificar o efeito curativo, através do tratamento de manivas de
mandioca infectadas com o patógeno, em plantio em solo esterilizado e em condições de
campo. No ensaio in vitro foram utilizados extratos aquosos dos quatro genótipos de
cúrcuma nas concentrações de 1, 5, 10, 15 e 20%, enquanto que in vivo, apenas nas
concentrações de 1 e 10% para os genótipos de Maringá e Mercedes. Água destilada e
antibiótico (22,5 mg L-1 de oxitetraciclina + 225 mg L-1 de estreptomicina) foram os
tratamentos controle negativo e positivo, respectivamente. As manivas (com 12 cm de
comprimento) foram tratadas por imersão parcial (1/2 do seu comprimento) durante 72 h
(± 28 ºC – condição de laboratório) em cada solução. Foram utilizadas três manivas por
tratamentos para o plantio em solo estéril e 36 para plantio em campo, com cinco e quatro
repetições, respectivamente. No experimento in vitro o extrato de cúrcuma impediu
completamente o crescimento da bactéria na concentração de 10% para o material
proveniente de Mercedes, enquanto que para a cúrcuma de Jaboticabal houve controle total
a 15% e de Mara Rosa a 20%. O tratamento químico com antibiótico, embora tenha
reduzido a população, não inibiu completamente o crescimento bacteriano na dosagem
utilizada. A cúrcuma proveniente de Maringá, embora apresente a tendência de controle,
não inibiu completamente o crescimento em nenhuma das concentrações testadas. Já no
experimento in vivo, tanto em solo esterilizado como em campo, as brotações foram
extremamente baixas, dado ao grau de infecção das manivas. O extrato bruto de cúrcuma a
10% proveniente de Mercedes, embora apresentasse efeito in vitro contra X. axonopodis
pv. manihotis, comportou-se como prejudicial para a mandioca em condição de campo, pois
houve redução do estande em relação aos tratamentos controle. Possivelmente, houve ação
tóxica direta sobre a fisiologia da planta ou indução de suscetibilidade. Já na concentração
de 1% da cúrcuma proveniente de Maringá, não houve diferença estatística em relação as
testemunhas para o parâmetro estande de plantas. O controle químico utilizado não foi
eficiente, uma vez que comportou-se igual a testemunha água. Com relação a severidade e
produtividade não se observou diferenças significativas entre os tratamentos. Os resultados
indicam que, embora apresentem atividade antibacteriana a X. axonopodis pv. manihotis,
os extratos de cúrcuma, nas concentrações utilizadas, não apresentam efeito curativo em
manivas de mandioca infectadas com o patógeno.
EFEITOS DE DIFERENTES PERÍODOS DE CONTROLE E CONVIVÊNCIA DE PLANTAS
DANINHAS COM A CULTURA DA MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz)
Orientado: Odair Johanns
Orientador: Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero
Data da defesa: 27 de março de 2003
A interferência causada pelas plantas daninhas é um dos fatores que pode afetar a
produtividade da cultura da mandioca. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a
interferência de diferentes períodos de controle e convivência das plantas daninhas com a
cultura da mandioca, cultivar Fécula Branca, visando determinar seu efeito no crescimento
da planta, bem como na produção e seus componentes. O experimento foi conduzido na
Estação Experimental da UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon, em solo Latossolo
Vermelho Eutroférrico. A cultura foi conduzida por um período de doze meses, com plantio
realizado em 03 de outubro de 2001 e colheita em 04 de outubro de 2002. O ensaio foi
instalado em delineamento experimental de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 2x10,
constituído de períodos crescentes de convivência e controle da comunidade infestante.
Avaliou-se o acúmulo de massa seca , número raízes, área foliar e acúmulo de amido, aos
30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 e 360 dias após o plantio, nos tratamentos que
até então haviam sido mantidos o tempo todo no mato ou no limpo. No término de cada
período de convivência da cultura com as plantas daninhas, nos tratamentos mantidos no
mato, avaliou-se a massa seca e a densidade de plantas daninhas, sendo determinada a
importância relativa de cada espécie. Na colheita, determinou-se o estande final, o número
de raízes por planta, o teor de amido das raízes e o peso da produção de raízes. Os
resultados mostraram que a convivência da cultura da mandioca com as plantas daninhas
provocou redução significativa no crescimento da cultura. As plantas daninhas de maior
importância relativa que ocorreram no experimento foram Digitaria horizontalis, Euphorbia
heterophylla, Brachiaria plantaginia, Bidens pilosa, Ipomoea grandifolia e Commelina
benghalensis. As perdas na produtividade de raízes na cultura ocasionadas pela
matointerferência, em situações extremas, foram bastante expressivas, chegando próximas
a 100%. Foram determinados os períodos de interferência para a cultura, nas condições do
experimento, sendo que o período anterior à interferência (PAI) foi de 60 dias e o período
total de prevenção da interferência (PTPI) foi de 90 dias, indicando um período crítico de
interferência (PCPI) de 60 a 90 dias após o plantio.
CARACTERIZAÇÃO DE ISOLADOS DE XANTHOMONAS AXONOPODIS PV.
MANIHOTIS POR ANÁLISE DE ISOENZIMAS E AGRESSIVIDADE
Orientado: Odair Johanns
Orientador: Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero
Data da defesa: 27 de março de 2003
A bacteriose ou murcha bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv. manihotis) é a
doença de maior importância econômica na cultura da mandioca e sua ocorrência está
generalizada em todos os locais onde esta é cultivada. A intensidade da doença está
relacionada, principalmente, com a resistência e idade da planta e com as condições
edafoclimáticas. Com o objetivo de obter informações sobre a variabilidade genética desta
bactéria em municípios produtores da região Oeste do Paraná, foi realizado um
levantamento, através de coletas de ramas com sintomas semelhantes aos causados pela
doença, em Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Missal, Nova Santa
Rosa e Pato Bragado. Foram coletadas ramas de variedades de mandioca destinadas para
indústria e para mesa. Os isolados obtidos foram caracterizados quanto à atividade “in
vitro” de amilase, análise eletroforética de isoenzimas de α e β-esterase e quanto à
agressividade. A partir de 61 materiais vegetais coletados, foi possível obter 19 isolados de
X. axonopodis pv. manihotis, sendo que, materiais provenientes de variedades de mesa
apresentaram maior incidência em relação àquelas para indústria. Manivas provenientes de
Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Mercedes apresentaram incidências de 10, 27 e 10%,
respectivamente, valores inferiores aos de Marechal Cândido Rondon (50%) e de Nova
Santa Rosa (58%). Os isolados puderam ser agrupados em três, seis e 12 grupos distintos
com relação à capacidade amilolítica, agressividade e isoenzimas de esterase,
respectivamente. Não houve relação entre a atividade de amilase e agressividade dos
isolados. Baseado na procedência, isolados de Marechal Cândido Rondon foram mais
agressivos que os provenientes das outras regiões amostradas. O agrupamento com base
em esterase permitiu verificar que isolados provenientes de Entre Rios do Oeste, Nova
Santa Rosa e Mercedes apresentam, entre si, alto grau de similaridade. Estes resultados
indicam haver diferenciação entre os isolados da bactéria presentes nos municípios
amostrados.
DINÂMICA DO NITROGÊNIO, PRODUÇÃO DE BIOMASSA SECA E CONCENTRAÇÃO
DE NUTRIENTES EM PLANTAS DE MILHO EM SOLOS SUBMETIDOS A EFLUENTES DA
SUINOCULTURA
Orientado: Rubens Fey
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Bernardi Luchese
Data da defesa: 05 de fevereiro de 2003
Com o objetivo de estudar os efeitos da aplicação no solo de dejetos líquidos de
granjas suinícolas no ganho de biomassa de milho, possibilidade de contaminação do
subsolo e da água por nitrato, foram conduzidos em casa de vegetação, ensaios de
lixiviação. Dois solos, um Latossolo Vermelho eutroférrico e um Argissolo Vermelho-Amarelo
foram acondicionados em colunas de PVC, em que, após receberem, superficialmente,
efluente de biodigestor, efluente pré-estabilizado por 120 dias e efluente fresco nas doses
de 0, 60 e 150 m3 ha-1 de cada material, foram submetidos à irrigação com água destilada,
em períodos intermitentes conforme índices pluviométricos médios para a região oeste do
Paraná nos meses de verão. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 2x2x3+2
sendo, 2 solos, 2 doses, 3 tipos de dejetos e 2 tratamentos adicionais (solos sem a adição
de dejetos) totalizando 14 tratamentos. As variáveis analisadas foram: ganho de biomassa
do milho aos 30 dias após a semeadura, concentração de nutrientes presentes na biomassa
de parte aérea de plantas de milho, e concentração de nitrato + nitrito e amônio nas
camadas de 0 – 20, 20 – 40 e 40 – 60 cm de profundidade em cada vaso. Os resultados
mostraram que o ganho de biomassa seca pelo milho ocorreu conforme a concentração de
nutrientes adicionados aos solos, sendo que as três maiores produtividades ocorreram no
tratamento com dejeto fresco 150 m3 ha-1, seguido por dejeto fresco a 60 m3 ha-1 e préestabilizado em esterqueira por 120 dias na dose de 150 m 3 ha-1, sendo também esses
tratamentos que obtiveram maiores concentrações de nutrientes nas folhas. A translocação
descendente de nitrato ocorreu, para os três tratamentos citados anteriormente,
responsáveis pela produção em biomassa do milho. Os tratamentos que não apresentaram
capacidade de poluição com NO3- foram: efluente de biodigestor, nas doses de 60 e 150 m 3
ha-1 e o pré-estabilizado em esterqueira por 120 dias na dose de 60 m3 ha-1.
DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO E ENXOFRE PARA A CULTURA DA SOJA E
PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA AVEIA NA PRESENÇA DE FOSFATO NATURAL
REATIVO, SUPERFOSFATO TRIPLO E ENXOFRE ELEMENTAR
Orientado: Alfredo Richart
Oriantador: Profª. Drª. Maria do Carmo Lana Braccini
Data da defesa: 24 de março de 2004
RESUMO: Para este trabalho foi conduzido um experimento, com dois cultivos, ambos em
condições de campo em sistema de cultivo mínimo, na área da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná - UNIOESTE, no município de Marechal Cândido Rondon em um solo
LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico. No primeiro cultivo utilizou-se a cultura da soja, com
objetivo de comparar o uso do fosfato natural reativo oriundo do Marrocos (Youssoufia) em
relação ao superfosfato triplo, associados ao enxofre elementar sobre a produção de
biomassa e componentes da produção da soja. O delineamento experimental utilizado
consistiu de blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições, sendo um fatorial 2 x
4 x 3, ou seja, dois fertilizantes fosfatados, fosfato natural reativo e superfosfato triplo com
quatro níveis de cada fertilizante (0, 100, 200 e 300 kg ha-1 de P2O5) respectivamente, e
três níveis de enxofre (0, 30, e 60 kg ha-1 S elementar). No inicio do florescimento foram
coletadas folhas de dez plantas por parcela para avaliar os teores de fósforo e de enxofre no
tecido foliar. Foram avaliados os componentes da produção da soja, produção de biomassa
seca, índice de eficiência agronômica e variação percentual para as variáveis produtividade,
produção de biomassa seca. Após a colheita da soja foi semeada aveia branca com objetivo
de avaliar o efeito residual do fosfato natural reativo e do superfosfato triplo associados ao
enxofre elementar. Após 120 dias a parte aérea da aveia foi coletada 0,5 m 2 aleatoriamente
dentro de cada parcela experimental, cortando rente à superfície do solo quando estavam
no estágio de enchimento de grãos para avaliar a produção de biomassa seca da aveia. Os
resultados indicam que para o primeiro ano houve superioridade da fonte superfosfato triplo
sobre a fonte fosfato natural reativo para os componentes de produção, produtividade,
número de vagens por planta e produção de biomassa seca da soja. Número de grãos por
vagem a dose de enxofre que proporcionou o ponto de máxima foi de 30,63 kg ha -1 de Selementar e o máximo da função que foi de 2,26 grãos por vagem, ocorrendo superioridade
da fonte FNR sobre a fonte SFT. O FNR apresentou IEA para produtividade da soja de 104%
com a associação de 100 e 200 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha-1 de S. Sem adição de enxofre foi
necessário 300 kg ha-1 de P2O5 para obter um IEA de 111%. A adição de 200 kg ha -1 de
P2O5 associada a 30 kg ha-1 de S proporcionaram um incremento da produtividade da soja
em 23% com o uso do FNR e um incremento de 15% para o SFT. A dose de 300 kg ha -1 de
P2O5 para ambas as fontes de fósforo e a dose de 60 kg ha-1 de S para o superfosfato triplo,
proporcionaram maior produção de biomassa seca da aveia. A associação de 300 kg ha -1 de
P2O5 com 60 kg ha-1 de S proporcionou um incremento da produção de biomassa seca de
aveia de 20% com uso do FNR e de 49% para o SFT em relação a testemunha. Apesar do
solo ser alto em fósforo, não sendo esperado respostas, estas ocorreram. Após a colheita da
soja foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0 – 10 e 10 – 20cm para
avaliação dos valores de pH em água e pH CaCl 2 0,01 mol L-1, fósforo disponível pelos
extratores Mehlich-1 e resina de troca aniônica e o enxofre disponível no solo. A aplicação
de SFT proporcionou teores crescentes de P no tecido foliar, por outro lado, não houve
efeito da aplicação de doses crescentes de FNR no teor de fósforo. O teor de S no tecido
foliar aumentou com adição das doses crescentes de fósforo quanto pelas doses crescentes
de enxofre para ambas as fontes SFT e FNR. A aplicação de SFT proporcionou teores
crescentes de P no tecido foliar, por outro lado, não houve efeito da aplicação de doses
crescentes de FNR no teor de fósforo. O teor de S no tecido foliar aumentou tanto pela
adição das doses crescentes de fósforo quanto pelas doses crescentes de enxofre para
ambas as fontes SFT e FNR. O Mehlich-1 superestimou os teores de P com aplicação do
fosfato natural reativo em relação à resina de troca aniônica. A aplicação de S-elementar
proporcionou maiores teores de S no solo somente para fonte FNR, na profundidade de 0 –
10cm, enquanto que, na profundidade de 10 – 20cm, não houve acréscimos para ambas às
fontes de fósforo. Houve pequeno decréscimo no pH em água e em CaCl 2 0,01 mol L-1 com
adição das doses crescentes de FNR e de enxofre elementar. Para o SFT, ocorreu pequeno
aumento do pH com adição de doses de enxofre e de fósforo. O pH do solo favoreceu a
solubilização do FNR pela adição do S-elementar.
AVALIAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA APÓS PRÉ-EMBEBIÇÃO
Orientado: Celso Ari Palagi
Oriantador: Profª. Drª. Marlene de Matos Malavasi
Data da defesa: 29 de março de 2004
RESUMO: A cultura da soja tem grande importância econômica no cenário agrícola
brasileiro, sendo que a produção de sementes contribui significativamente com este
processo. Métodos e testes de avaliação da qualidade das sementes que realmente
expressem o seu potencial são de grande valia. Esta pesquisa teve por objetivo buscar uma
metodologia alternativa capaz de minimizar os danos de embebição durante a realização do
teste padrão de germinação das sementes. Para tanto, sementes provenientes de três locais
de produção da região sul do Brasil, colhidas na safra agrícola 2001/02, dos cultivares CD
201, CD 202 e CD 210 foram avaliadas por meio dos testes: primeira contagem de
germinação, teste padrão de germinação, percentual de plântulas anormais, tetrazólio
germinação, tetrazólio vigor e emergência em solo. Os testes foram realizados em duas
épocas; a primeira, três meses após a colheita (3 MAC) e a segunda, seis meses após a
colheita (6 MAC). Em todos os testes partes das sementes foram pré-embebidas antes da
realização dos mesmos e, a outra parte seguiu a metodologia tradicional. A pré-embebição
consistiu na colocação das sementes em caixas plásticas sobre tela de aço inox, contendo
40 mL de água, por um período de 24h a 25oC, em câmara de germinação do tipo
Mangelsdorf. Após este período as sementes foram analisadas nos diversos testes,
conforme o prescrito nas Regras para Análise de Sementes. A semeadura no solo, para a
avaliação da emergência, foi realizada em estufa coberta com lona plástica transparente tipo túnel. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro
repetições. O trabalho foi desdobrado em dois segmentos conforme a procedência das
sementes; no primeiro foram comparados os cultivares CD 201 e CD 202 e no segundo
analisou-se somente o CD 210. Os resultados foram, então, submetidos à análise estatística
primeiramente, individual por época de avaliação em cada local, e posteriormente
procedeu-se à análise conjunta considerando as duas épocas e os três locais. Os resultados
obtidos permitiram concluir que a pré-embebição apresentou resultados superiores a 6% no
TPG para as sementes do cultivar CD 202 dos três locais, em pelo menos uma das épocas
de realização dos testes. A resposta positiva à pré-embebição das sementes do cultivar CD
202 é compatível com os resultados obtidos no teste de tetrazólio/viabilidade (1-5) e de
emergência em solo. O cultivar CD 210 apresentou resultados significativos à préembebição nos testes de primeira contagem de germinação e TPG, somente para as
sementes de Campo Mourão e Cascavel.
Palavras-chave: sementes, germinação, soja, pré-embebição.
ANÁLISE DO CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS
SUBMETIDAS SATURAÇÃO HÍDRICA, PARA REVEGETAÇÃO DE ÁREAS CILIARES
Orientado: Evandro Nogarolli Casimiro
Orientador: Prof. Dr. Ubirajara Contro Malavasi
Data da Defesa: 14 de agosto de 2004
RESUMO: Com a finalidade de avaliar a influência de um período de saturação hídrica no
desenvolvimento inicial de quatro espécies arbóreas, Cordia ecalyculata Vell. (café-debugre), Colubrina glandulosa Perk. (sobrasil), Croton urucurana Baill. (sanga d’água) e
Hovenia dulcis (uva-japonesa), conduziu-se um ensaio em casa de vegetação nas
dependências da Estação Experimental Antonio Carlos dos Santos Pessoa, na Unioeste,
campus de Mal. Cândido Rondon – PR, 2433”40’ Sul e 5404”12’ Oeste, altitude de 420
metros. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados
compostos por 4 espécies (Espécies), 3 estádios de desenvolvimento das mudas (Idade), 2
tamanhos de tubete (Tubete), e 2 condições de crescimento (Condição hídrica) com 15
repetições. As mudas foram obtidas por meio de germinação das sementes, em bandejas
com areia autoclavada em condição de temperatura ambiente. A repicagem das plântulas
foi feita em tubetes, contendo substrato comercial realizando-se irrigações diárias e
adubação semanal (N, P, K, Mg, S, Zn, Fe, Mn). As condições de crescimento utilizadas
constaram da presença ou ausência de saturação hídrica por um período de 60 dias. As
mudas de sanga d’água apresentaram maior incremento em diâmetro do coleto diferindo
estatisticamente das demais. As mudas conduzidas em tubete de 300 cm 3 obtiveram maior
incremento em diâmetro do que aquelas conduzidas em tubete de 180 cm 3. Sob condição
de saturação hídrica, as mudas da espécie sobrasil expressaram o menor incremento em
altura, comparado àquela das espécies sanga d’água, uva-japonesa e café-de-bugre. Os
incrementos na altura e no número de folhas das mudas foi maior quando conduzidas em
tubetes de 300 cm3. Sob condição de saturação hídrica, verificou-se que as mudas de
sobrasil e café-de-bugre apresentaram redução na massa seca de raiz, enquanto que as
mudas de sanga d’água e uva-japonesa apresentaram acréscimos. O acúmulo de massa
seca de folhas foi favorável na condição de saturação hídrica para as espécies sanga d’água
e uva-japonesa; porém, as espécies sobrasil e café-de-bugre tiveram redução na massa
seca de folhas. Em tubetes de 300 cm3 as espécies apresentaram maior acúmulo de massa
seca de folhas do que em tubetes de 180 cm 3. A massa seca de folhas foi influenciada pela
idade de repicagem. A concentração de clorofila a, b e a+b não variou estatisticamente
com os tratamentos, demonstrando a sua plasticidade, mesmo em condições severas de
hipoxia.
INFLUÊNCIA DO TAMANHO E FORMA NA QUALIDADE DAS SEMENTES DE MILHO
DURANTE ARMAZENAMENTO
Orientado: Jorge José Jurach
Orientador: Profª. Drª. Marlene de Matos Malavasi
Data da Defesa: 18 de junho de 2004
RESUMO: A cultura do milho, uma espécie originária das Américas e adaptada pelos
pesquisadores para as diferentes condições climáticas e épocas de semeadura, tem grande
importância no contexto econômico mundial. A produção de sementes em alta escala visa
ao máximo aproveitamento da matéria prima, e para uniformizar e facilitar a semeadura, as
sementes são classificadas quanto aos diversos tamanhos e formas, procurando oferecer ao
mercado um produto homogêneo e de fácil distribuição pelas semeadoras. A qualidade dras
sementes, principalmente dos tamanhos menores e as de formato arredondado tem sido
questionada pelos agricultores pela maior freqüência de problemas de emergência e
estabelecimento de campos. Com o objetivo de avaliar a qualidade do milho híbrido super
precoce CD 304, realizou-se estudo na Coodetec em Cascavel, PR. Para tanto foram
utilizadas sementes de lotes comerciais das peneiras chatas 18C, 20C e 22C e das peneiras
de formato arredondado 18R, 20R e 2R provenientes da safra 2001/2002. Durante quatro
épocas, a partir do mês de agosto/2002, a cada três meses, foram realizados os testes de
primeira contagem, germinação padrão, tetrazólio (viabilidade), teste de frio e emergência
em solo, para a avaliação da capacidade germinativa e vigor, e os testes de sanidade,
umidade e massa de mil sementes, para acompanhamento das condições sanitárias e físicas
das sementes, durante o período de armazenamento. O teste de emergência no solo foi
efetuado em estufas cobertas com plástico transparente. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado para todos os testes. Ela análise dos resultados obtidos, verificouse a manutenção da qualidade fisiológica por um maior período nas peneiras medianas, as
chatas 20C e 22C e a 20R, indicando suas maior longevidade e vigor. As peneiras redondas
18R e 22R e a chtsa de menor massa, a 18C, apresentaram-se com menor vigor e
longevidade.
EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDAS APLICADOS NA SOJA SOBRE O MILHO EM
SEMEADURA SUBSEQUENTE
Orientado: Jorge Paulo Artuzi
Orientador: Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero
Data da Defesa: 30 de junho de 2004
RESUMO: Com o objetivo de se avaliar o efeito residual dos herbicidas diclosulan,
sulfentrazone, imazaquin, imazethapyr, fomesafen, lactofen e chlorimuron-ethyl, aplicados
na cultura da soja, sobre algumas características agronômicas e produtividade do milho em
semeadura subseqüente, foram instalados cinco experimentos na Estação Experimental da
UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon, em solo Latossolo Vermelho Eutroférrico, na safra
agrícola de 2002/2003. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro
repetições. Cada experimento correspondeu ao período decorrido entre o momento de
aplicação dos herbicidas e a semeadura do milho: zero (semeadura no mesmo dia da
aplicação), 30, 60, 90 e 120 dias após a aplicação (DAA). Os experimentos foram
compostos por oito tratamentos: diclosulan 33,6 g i.a. ha-1, sulfentrazone 600 g i.a. ha-1,
imazaquin 140 g i.a. ha-1, imazethapyr 06 g i.a. ha-1, fomesafen 250 g i.a. ha-1, lactofen
144 g i.a. ha-1, chlorimuron ethyl 15 g i.a. ha-1 e testemunha (sem aplicação de herbicida).
O efeito residual dos herbicidas sobre a cultura do milho foi avaliado através da
fitotoxicidade (escala do EWRC), estande final de plantas, altura de plantas, número de
grãos por espiga e produtividade. A avaliação da fitotoxicidade revelou efeito bastante
pronunciado no experimento de zero a 30 DAA, sendo que este efeito teve correlação direta
com a redução do estande final plantas, com a altura das plantas, com o número de grãos
por espiga e finalmente com a redução da produtividade do milho, principalmente para ao
herbicidas Diclosulan e Imazaquin. Para o experim,ento de 60 DAA não houve uma
correlação direta entre os sintomas visuais de fitotoxicidade e os demais parâmetros
avaliados, o que demonstrou que a cultura do milho teve boa capacidade de recuperação
frente às injúrias provocadas pelos herbicidas no início do seu desenvolvimento. Nos
experimentos realizados aos 90 e 120 DAA não foram observados sintomas aparentes de
fitotoxicidade provocados por nenhum dos herbicidas utilizados, o que também foi
confirmado pela avaliação dos demais parâmetros, onde não houve diferença significativa
entre os tratamentos com herbicidas e a testemunha. Apesar de serem herbicidas
latifolicidas recomendados para a cultura da soja, os produtos utilizados apresentaram
efeito sobre a cultura do milho (híbrido 30K75), principalmente quando este foi semeado
em período anterior a 60 dias entre a aplicação e a semeadura.
DANOS DO PERCEVEJO-MARROM Euschistus heros (Fabr.) ÀS PLANTAS DE SOJA, EM
DUAS ÉPOCAS DE INFESTAÇÃO
Orientado: Luiz Carlos Nardi
Oriantador: Prof. Dr. Luis Francisco Angeli Alves
Data da defesa: 16 de abril de 2004
RESUMO: A soja é uma das principais culturas do agronegócio brasileiro, colocando o
Brasil no segundo lugar na produção desta leguminosa, com alto retorno econômico. Na
busca de alta produtividade se faz necessário observar detalhes que possam provocar
perdas e dentre estas, as pragas têm um papel relevante. As mudanças no sistema de
cultivo (semeadura direta e a antecipação de semeadura da soja nas regiões onde se
cultiva o milho safrinha), vêm ocasionando alterações de comportamento das pragas
agrícolas, principalmente dos percevejos, com destaque para o percevejo-marrom
Euschistus heros (F.). Este inseto, tido como praga secundária da soja na década de 70, se
tornou uma das principais nas últimas safras. Tem-se verificado que a chegada da
primavera e a semeadura da soja, os insetos infestam a lavoura no início do seu
desenvolvimento, desencadeando aplicações precoces de inseticidas químicos não seletivos.
Este trabalho teve como objetivo verificar o dano e a época de infestação do percevejomarrom em plantas de soja. O experimento foi conduzido em gaiolas no campo, com
quatro plantas por gaiola e três percevejos por planta, com sete repetições e três
tratamentos sendo, Tratamento 1 (presença dos insetos a partir do estádio V5 até o estádio
R3), Tratamento 2 (presença dos insetos a partir do estádio R3 até o estádio R8) e
Testemunha (isenta do percevejo-marrom). Verificou-se que a exposição da planta por
trinta e nove dias (V5 ao R3) associados à alta infestação provocaram danos significativos
nos parâmetros morfológicos (diâmetro do colo e altura de plantas), inclusive com morte
de plantas nestas parcelas. Nos parâmetros de produção (número de vagens normais,
número total de sementes, relação de sementes por vagem e peso total), ocorreu diferença
significativa tanto no Tratamento 1 (V5 ao R3) quanto no Tratamento 2 (R3 ao R8) em
relação à Testemunha.
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ATEMÓIA (Annona cherimola Mill. X A. squamosa
L.) cv. GEFNER SUBMETIDAS A TRATAMENTOS COM ÁCIDO GIBERÉLICO (GA3) E
ETHEPHON
Orientado: Marcos Campos de Oliveira
Orientador: Profª. Drª. Gisela Ferreira
Data da Defesa: 23 de agosto de 2004
RESUMO: As sementes de atemóia (Annona cherimola Mill. X A. Squamosa L.) não
germinam uniformemente. Por razão ainda desconhecida, depois de secas, ocorre inibição
da germinação das sementes. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos do ácido
giberélico (GA3), do ethephon e da interação de ambos os reguladores vegetais no processo
germinativo de sementes de atemóia, cultivar ‘Gefner’. O experimento foi desenvolvido em
2003, no Laboratório de Tecnologia de Sementes da Universidade Estadual do Oeste do
Paraná – UNIOESTE, em Marechal Cândido Rondon – PR. Empregou-se delineamento
experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 2 com os tratamentos
constituídos pela combinação de cinco concentrações de GA 3 (ácido giberélico) e cinco
concentrações de ethephon, resultando em 25 tratamentos, com repetições de 25 sementes
por parcela. As concentrações de GA 3 empregadas foram: 0,250, 500, 750, 1000 mg L-1 e
de ethephon: 0, 25, 50, 75 e 100 mg L-1. Os tratamentos com os reguladores vegetais
foram aplicados na semente por imersão das mesmas nas soluções de GA 3 e ethephon por
período de 36 horas. As sementes foram semeadas em rolo de papel germitest e levadas à
câmara de germinação onde permaneceram no escuro, com temperatura alternada entre
200C por 8 horas e 300C por 16 horas. As características avaliadas foram percentagem de
germinação, índice de velocidade de germinação, tempo e velocidade médios de
germinação, percentagem de plântulas normais, anormais e mortas, percentagem de
sementes dormentes e mortas. Concluiu-se que GA3 e o ethephon influenciam no processo
germinativo de sementes de atemóia melhorando a percentagem, a velocidade e a
uniformidade da germinação. Existe interação da ação dos reguladores vegetais estudados
no processo germinativo de sementes de atemóia e as melhores concentrações foram de
600 a 1000 mg L-1 de GA3 e de 100 mg L-1 de ethephon.
EFEITO DO MANEJO DE HIGIENIZAÇÃO NA CARACTERIZAÇÃO DO DEJETO DE
SUÍNOS CRIADOS EM LÂMINA D’ÁGUA E NA EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE
TRATAMENTO DE DEJETOS
Orientado: Ricardo Yuiti Nagae
Orientador: Profª. Drª. Simone Damasceno
Data da Defesa: 10 de maio de 2004
RESUMO:
O caráter intensivo da suinocultura moderna vem causando sérias discussões
sobre os impactos ambientais decorrentes do acúmulo e da produção de grandes volumes
de dejetos com alto potencial poluidor. Alternativas de redução deste potencial, como o
sistema de tratamento composto por decantador associado a lagoas de estabilização, tem
demonstrado eficiência na redução do poder de poluição dos dejetos. Porém, em virtude da
variação das características físico-químicas deste resíduo, o dimensionamento dos sistemas
de tratamento toma como base dados empíricos que podem gerar o insucesso do projeto. O
presente trabalho visou buscar informações referentes à caracterização dos dejetos de
suínos em crescimento e terminação criados no sistema de lâmina d’água submetido a dois
diferentes manejos de higienização e verificar a eficiência do sistema de tratamento
constituído por decantador de tubos perfurados e lagoas de estabilização. A pesquisa foi
realizada em dois lotes de 1800 suínos em crescimento e terminação criados em sistema de
lâmina d’água nos períodos de fevereiro a junho/2003 (fase 1) e de agosto a
dezembro/2003 (fase 2). Os manejos de higienização adotados compreenderam limpeza da
lâmina com intervalos de 48 horas (fase 1) e 24 horas (fase 2), sendo que na fase 1 a
lâmina era preenchida com água a cada troca e na fase 2 a lâmina era preenchida apenas
com 1/4 do seu volume total com o objetivo de preenchimento da lâmina apenas com o
desperdício da água do bebedouro. Foram estabelecidos 6 pontos de coletas de amostras
com freqüência de coletas quinzenais. Foram avaliados os parâmetros DQO, Sólidos Totais,
Sólidos Voláteis, pH, temperatura ambiente, temperatura da lagoa e nutrientes N, P, K, Ca,
Mg, Fe, Cu e Zn. Os resultados obtidos mostraram que as características físico-químicas do
dejeto líquido foram similares nos dois manejos de limpeza. A produção média diária de
dejetos líquidos de suínos em crescimento foi de 11,4 L.suíno -1dia-1 na fase 1 e de 10,4
L.suíno-1dia-1 na fase 2. O consumo médio diário de água para o bebedouro e para limpeza
foi de 11,7 L.suíno-1dia-1 na fase 1 e 11,1 L.suíno-1dia-1 na fase 2 . Observou-se que o
manejo de limpeza a cada 24 horas teve influência no funcionamento do decantador de
tubos perfurados, apresentando remoção de DQO de 45,25%, ST de 49,45%, SV de
56,27%, NT de 27,35% e PT de 50,85%. O sistema de lagoas de estabilização foi eficiente
na remoção de carga orgânica nas seguintes proporções: remoção de DQO de 91,13%, ST
de 87,45%, SV de 92,37%, NT de 73,60% e P de 86,14%. O sólido obtido no decantador
de tubos perfurados apresentou altas concentrações de nutrientes N, P, K, Ca, Mg, Fe, Cu,
Zn, podendo ser utilizado como fertilizante orgânico para as plantas. A participação do
desperdício de água do bebedouro no volume total de dejetos produzidos (L.suíno -1dia-1) foi
maior do que a contribuição do manejo de limpeza de lâmina. Portanto, como alternativas
para redução da produção de dejetos líquidos em suínos em terminação é importante
associar o manejo de limpeza e a utilização de bebedouros com menor desperdício de água.
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA TINTURA ETANÓLICA DE GUACO (Mikania glomerata) NO
CONTROLE DA PODRIDÃO NEGRA (Xanthomonas campestris pv. campestris) EM COUVE-FLOR
Orientado: Sandra Cristina Vigo-Schultz
Orientador: Prof. Dr. José Renato Stangarlin
Data da Defesa: 26 de março de 2004
RESUMO: Com a utilização de irrigação e novos híbridos de couve-flor, consegue-se
produção durante todo o ano e alta produtividade. No entanto, a cultura vem sendo afetada
por várias doenças, como é o caso da podridão negra causada por Xanthomonas campestris
pv. campestris, fomentando novas e constantes pesquisas para controle dessa doença. Com
o objetivo de verificar o potencial de Mikania glomerata no controle da podridão negra em
couve-flor, tintura etanólica 50 oGL dessa planta medicinal foi utilizada nos seguintes
ensaios: atividade antimicrobiana in vitro atrvés do crescimento bacteriano em tubos de
ensaio contendo 100, 250, 500 e 1000 mg L-1 da tintura; indução de resistência local ou
sistêmica em plantas de couve-flor com 25 dias de idade, cultivadas em vasos plásticos sob
casa de vegetação, pela pulverização de tintura concomitantemente e 3 dias antes da
inoculação com o patógeno (água e calda bordaleza foram utilizadas como controle);
atividade de peroxidases em folhas tratadas e não tratadas de couve-flor com coletas
concomitantemente, 24, 48 e 72 horas após pulverização da tintura nas plantas e também,
após pulverização-inoculação. A tintura etanólica de guaco promoveu in vitro, uma inibição
no crescimento bacteriano a partir da concentração de 250 mg L -1. As concentrações de 500
mg L-1 e 1000 mg L-1inibiram em 24% e 38% o crescimento bacteriano em relação a
testemunha. Essa inibição poderia ser atribuída a compostos antibacterianos presentes na
tintura de guaco. No teste in vivo em plantas de couve-flor, ocorreu uma inibição da
colonização bacteriana na terceira folha para os tratamentos 100 e 500 mg L-1 de tintura
aplicados concomitantemente com a bactéria. Este comportamento foi semelhante ao da
calda bordaleza (tratamento controle), conotando desta forma, para a tintura de guaco, um
aspecto de controle por atividade antimicrobiana direta. Para a quarta folha não tratada,
mas inoculada, não houve diferença estatística entre os tratamentos e a testemunha. Com
relação aos resultados de atividade de peroxidases pode-se dizer que a indução desta
enzima somente se deu devido ao processo infeccioso e não pelos tratamentos com tintura
etanólica de guaco.
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